Arquivos Exposição - Página 4 De 11 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Peça a Peça conta a história dos Piratas e Corsários na Costa Brasileira

Piratas e Corsários na Costa Brasileira é o tema do 117ª Peça a Peça que será realizado pelo Instituto Ricardo Brennand neste sábado (25), a partir das 14h. Nesta edição, serão narrados fatos e curiosidades sobre piratas e a pirataria na Costa Brasileira por meio de objetos que compõem o acervo do complexo cultural: uma arca, uma pistola pederneira e uma rapieira espanhola. Na programação, ainda haverá uma atividade interativa com os visitantes, uma caçada ao tesouro com pistas a serem desvendadas. O Peça a Peça é um programa mensal que acontece, sempre, na tarde do último sábado de cada mês e busca debater obras do acervo do Instituto Ricardo Brennand. Esta atividade está inclusa no valor do ingresso que custa R$ 30 inteira e R$ 15 meia entrada.   Serviço Peça a Peça – 117ª Edição Quando: 25 de agosto (sábado) Local – Instituto Ricardo Brennand - Alameda Antônio Brennand – Várzea. Horário: a partir das 14h30 Entrada: R$ 30,00 (Inteiro). R$ 15,00 (Meia) (Pessoas com deficiência, estudantes, professores e idosos acima de 60 anos mediante documentação comprobatória). Informações: (81) 2121.0352/ 0365

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Eu não estou louca, individual de Juliana Lapa, aporta na Torre Malakoff

A artista Juliana Lapa abre, no próximo dia 1 de setembro, às 16h, na Torre Malakoff a exposição individual Eu não estou louca. A mostra, que tem incentivo do Funcultura e apoio da Galeria Amparo 60 e da Companhia Editora de Pernambuco, reúne desenhos, fotografias e objetos criados pela artista entre 2015 – 2018. As obras, que seguem caminhos distintos, formam uma narrativa bastante consistente e representativa do trabalho da artista. Segundo Juliana Lapa, a mostra começou a ser pensada através de uma pesquisa sobre as relações silenciosas e silenciadas no espaço urbano. “gostaria muito de trabalhar uma carga emotiva em paisagens que evidenciam tensões ou afetos do cotidiano. Neste momento de maior busca e entendimento sobre as questões do feminino, passei a entender o meu próprio corpo como um território onde estas tensões e afetos transpassam o tempo todo. Este trabalho ampliou bastante a leitura sobre emoções humanas como motores para auto-revoluções, sejam impressas em paisagens urbanas ou no meu próprio corpo desenhado". A partir dessa ampliação, foi concebida a exposição Eu não estou louca. As imagens apresentadas, ao mesmo tempo que contam suas próprias histórias, cri am juntas uma narrativa a parte. “É um verdadeiro conjunto de possibilidades. Eu não estou louca levanta questões sobre a saúde emocional da mulher e as constantes invasões mentais e físicas que vivemos. Porém, também representa essa incredulidade com o que estou vendo, com esse presente fantástico que vivemos hoje, na política e também no estudo da espiritualidade”, detalha a artista. A literatura é também uma referência importante no trabalho da artista. A frase “no meio da nossa vida me encontrei numa selva escura e sombria”, de Dante, na Divina Comédia, foi uma referência na concepção da série de desenhos Breu, apresentada em parte na Torre Malakoff. A série retrata a entrada neste ambiente interno, denso, escuro. São autorretratos da artista adentrando nesse ambiente de floresta, um lugar sem filtros, "no campo das verdades". A volta constante à mata, local onde a mãe natureza reina absoluta, é um dos focos da artista. Outro aspecto forte da exposição é a identidade animalesca da mulher, que também aparece com muita força nos desenhos apresentados na exibição. São mulheres feridas, que venceram o sofrimento, que soltaram seus bichos. “É um movimento de reconhecer tanto um ser caminhando para a evolução, quanto um ser passível de reproduzir as mazelas que sofreu e que se transforma nessa figura que, em sua essência, é divina e medonha. Este ser representa a força da natureza inevitável, que denuncia que as nossas mazelas sociais e ambientais se relacionam com o feminino devastado e enfraquecido nas engrenagens sociais, políticas e econômicas. Esse conjunto de obras é um espelho muito sincero e até doloroso, espero que outras pessoas encontrem ali também suas dualidades." Segundo a artista, os diários que escreve regularmente, há anos, foram inspiradores e determinantes na produção de boa parte das obras em exibição e, por isso, parte deles será apresentada ao público durante a mostra, juntamente com algumas fotografias que também representam essa investigação constante da artista sobre as emoções humanas. Haverá o lançamento de um catálogo, que reunirá alguns textos críticos sobre o trabalho da artista assinados por Pollyana Quintella e Mariana de Matos. Ao longo da exposição haverá também uma programação com educativo atuante junto a adolescentes de baixa renda, oficina de desenho e uma programação de visitas guiadas com acessibilidade comunicacional.   SERVIÇO Eu não estou louca – Juliana Lapa Sábado, 1 de setembro, às 16h Visitação da mostra até 11 de outubro. Torre Malakoff Praça do Arsenal, s/n – Recife-PE Terça a sexta, das 10h às 17h. Sábado, das 15h às 18h. Domingo, das 15h às 19h.

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Beto Figueiroa lança catálogo da exposição ExistenCidades no MAMAM

O fotógrafo Beto Figueiroa lança esta quinta-feira (9), às 19h, o catálogo da exposição ExisteCidades no Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (MAMAM), no Recife. Na ocasião, também acontecerá uma visita guiada pela instalação com análise das 13 imagens expostas com o professor Afonso Jr., da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Mateus Sá e o músico Jr. Black, além de Beto. O projeto é realizado pela Jaraguá Produções com incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura – Funcultura. A exposição está em cartaz no museu desde o dia 2 de maio, numa estrutura que simula um ambiente quase urbano com recursos audiovisuais, composto de andaimes de construções vazados, utilizados como suporte para as fotografias. A assinatura da construção arquitetônica e identidade visual é de Luciana Calheiros e Aurélio Velho da Zolu Design. Para a ativação, Beto convidou Jr. Black, que criou textos inspirados em suas obras. No catálogo, as palavras do músico serão impressas ao lado das imagens. Nele também estarão reproduzidas as aplicações das imagens da própria exposição. Beto Figueiroa - Fotografia além da visão Beto Figueiroa passou parte da infância na histórica cidade de Goiana, Mata Norte de Pernambuco. Foi criado por uma mulher cega. Mãe Ná, sua avó, morreu em 2009, aos 106 anos e sempre foi uma referência não só na conduta de vida como na arte de enxergar. Para o menino Beto, o sentido da visão jamais foi parte essencial para a alegria. O jeito de ver as coisas se construiu de maneira diferenciada – bem provavelmente pela força dos ensinamentos de Mãe Ná, que jamais o viu, mas o acompanhou de perto, desde o início de sua carreira como fotógrafo. A afetiva história sobre o olhar especial de Beto Figueiroa, evidente em suas fotos, talvez seja a primeira explicação para o reconhecimento do seu trabalho. Lançou em 2014 a exposição "Morro de Fé", com curadoria de Mateus Sá e 25 fotografias coloridas e em preto e branco, impressas em grandes formatos, ocupando paredes, telhados com até 14 metros de largura. As imagens a céu aberto e em grandes proporções, foram fixadas nas fachadas e muros das casas no surpreendente suporte de pôster-bombs (lambe-lambe). Um ano após a intervenção no morro, o projeto ganhou o formato de livro, como um registro perene de uma intervenção efêmera, de 114 páginas. Com trabalho reconhecido pelas principais premiações do fotojornalismo nacional, como Vladimir Herzog, Beto participou de exposições individuais e coletivas, no Brasil e no exterior, além de inúmeras publicações em livros e revistas. Em 2007, esteve entre os dez brasileiros escolhidos pela Fototeca de Cuba e pelo Instituto de Mídia e Arte – Imea (SP) para representar a fotografia brasileira, sendo o mais jovem da seleção na mostra “Mirame – uma ventana da fotografia brasileña”, em Havana. Em 2016 lançou o livro “Banzo” pela editora Olhavê e o segundo da sua carreira.

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Exposição sobre surf e meio ambiente estreia na Galeria Janete Costa

O equilíbrio raro e perfeito entre homem e natureza experimentado pelos surfistas a cada onda pega é a emoção que o artista visual francês Serge Huot tenta partilhar em sua Danger, exposição que estreou dia 21, na Galeria Janete Costa, localizada no Parque Dona Lindu. A mostra é gratuita e segue em cartaz até 16 de setembro. O artista apresenta na Janete Costa um conjunto de obras feitas de restos de prancha, doados por surfistas ou recolhidos na praia desde 2013, que dão vida a objetos e instalações que convidam à reflexão sobre a natureza e a forma pouco respeitosa como nos relacionamos com ela. Logo na entrada da galeria, centenas de pedaços de prancha espalhados no chão sugerem uma geografia do lixo, lembrando o desenho dos continentes e as toneladas de plásticos e diversos outros materiais que dizimam a vida nos oceanos. No primeiro andar da galeria, o público é recebido por esculturas que parecem criaturas feitas de pedaços de prancha, entidades que resignificam e devolvem vida ao lixo. Huot trouxe ao Recife também gravuras em papel fotográfico, que retratam corpos de surfistas e pessoas próximas a ele, carimbados com tinta, revelando texturas que parecem sugerir uma cartografia humana e afetiva. A exposição conta ainda com vídeos que fazem ecoar e imperar dentro da galeria o barulho da água e o ritmo soberano da natureza. Para a curadora Valquiria Farias, há nas obras de Danger a referência ao surf como “relação ideal” entre o homem e a natureza. “O corpo está imerso nesse jogo ideal, eleva seu pensamento ao ritmo de uma onda preexistente. Por outro lado, há a fatura que liga essas obras a uma crítica real do consumo em que o próprio surf não está incólume”. Ainda segundo ela, Serge Huot procura mostrar esses dois momentos ao reunir restos de pranchas recortadas e retrabalhadas por ele em diversas situações. Além disso, as noções de acúmulo e efemeridade das coisas, recorrentes na produção do artista, fazem referência às noções apregoadas pelo novo realismo francês, principal influência do artista. Serviço Danger - Exposição do artista Serge Huot Abertura: 21 de julho Visitação: 22 de julho a 16 de Setembro de 2018 Horário: Quarta a sexta-feira, das 12h às 20h; Sábados, das 14h às 20h; Domingos, das 15h às 19h Local: Galeria Janete Costa – Parque Dona Lindu Entrada gratuita Informações: 3355-9825 ou galeriajanetecosta@gmail.com

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Rodrigo Braga inaugura Agricultura da Imagem no Museu do Estado

“O fotógrafo agricultor ara e planta uma imagem. Toda a minha fotografia é uma criação de mundo”, conta o artista visual Rodrigo Braga, que lança, na próxima quarta-feira (1) no Museu do Estado (Av. Rui Barbosa, 960, Graças), a mostra Agricultura da Imagem, com curadoria de Daniel Rangel. Nas obras apresentadas, que estão em formatos de fotografia e vídeo, é possível encontrar a lida do “fotógrafo agricultor”. Ao invés do fotógrafo caçador, que captura as imagens que encontra no mundo como se elas fossem presas, o agricultor constrói a imagem antes de fotografá-la. Há uma construção intencional no processo artístico de Rodrigo Braga. Há sete anos sem expor no Recife, o artista traz uma mostra que circulou nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Fortaleza e foi vista por aproximadamente 220 mil pessoas. Em termos de quantidade de obras, trata-se da maior exposição de sua carreira artística. Como argumenta o curador Daniel Rangel, no texto A tensão orgânica de Rodrigo Braga, “segundo o renomado artista canadense Jeff Wall, o fotógrafo agricultor é aquele que constrói suas imagens a partir de ideias concebidas previamente. Conceito oposto ao do ‘fotógrafo caçador’, (...) que captura o instante que vê”. Em Agricultura da Imagem, é possível encontrar diversas obras como que “semeadas” pelo artista. Além do fotógrafo agricultor, o visitante também irá se encontrar com os trabalhos de um artista viajante. “Vemos, na exposição, um pesquisador que vai buscar suas influências durante seus percursos e deslocamentos pelo mundo”, conta Daniel Rangel. A construção das fotografias de Rodrigo Braga resulta, portanto, da trajetória do artista por vários espaços naturais. Como se vê na mostra, o processo criativo de Rodrigo Braga se faz justamente através de um jogo no qual o artista não assume o papel de uma mera testemunha do espetáculo da natureza, em um posicionamento relacional romântico que situaria a natureza como um objeto a ser apenas apreciado. Aqui, o sujeito assume o lugar ativo de participante da natureza e o que entra em cena é a relação do ser humano com o espaço no qual ele se encontra. Há uma atividade criativa na relação sujeito-natureza aqui desvelada. “Eu faço intervenções nessa natureza com a minha própria ação e tento evidenciar justamente a mimese que a natureza já faz com ela mesma. O graveto se relaciona com a veia e com os espinhos dos peixes e assim vai”, justifica o artista. No entanto, não se trata simplesmente de jogar com a natureza, brincando com as formas que ela oferece, mas também de explorar a tensão que existe entre homem e natureza. No vídeo De natureza passional (2014), por exemplo, vê-se o artista à noite em uma clareira na Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, onde mora há sete anos. No decorrer dos 13 minutos da obra, Rodrigo Braga pega um pedaço de madeira que está no chão e começa a bater violentamente no solo ao seu redor. Ele espanca a terra até ela ficar fofa e quente e ele ficar cansado. Só depois disso, ele deita e dorme. Ainda no vídeo, vemos o dia ficar claro. O artista, então, acorda e sente a terra que bateu com todo o seu corpo. Traz-se em questão aqui justamente a relação intensa, violenta e profunda do ser humano com a natureza. Na obra, sente-se a familiaridade do artista com o meio natural, a água, a terra e os animais. Não é tanto por acaso: Rodrigo Braga nasceu em Manaus próxima à natureza e tem pais biólogos. “A natureza me traz gosto e familiaridade, mas é óbvio que eu sou um ser urbano de grandes cidades e carrego comigo todas as contradições que as pessoas urbanas têm. O meu trabalho não mostra uma paisagem idílica, romântica, irretocável, mas é justamente a minha visão, também urbana, sobre as paisagens que transito”, detalha o artista. No Rio de Janeiro, Rodrigo Braga mantém uma relação íntima com a mata, como se vê no vídeo acima citado, uma vez que a Floresta da Tijuca é justamente a maior floresta do mundo dentro de uma cidade. Não é preciso sair do Rio de Janeiro para entrar na mata, como acontece em cidades como São Paulo ou até mesmo no Recife. Além da tensão sujeito-natureza, o fotógrafo agricultor também explora aqui o aspecto mimético próprio da natureza. Em obras como Campo de espera (2011), é possível se deparar com a imagem de peixes mortos atados por uma corda em árvores. Acima da árvore, veem-se urubus que surgem em uma relação especular com os peixes que estão pendurados abaixo da copa da árvore. Em Inventário de peixes verdes (2014), folhas ordenadas horizontalmente no tronco de uma árvore aludem à imagem de peixes. De maneira igualmente mimética, a fotografia Biomimesis (2010) mostra as relações sutis entre a estrutura esquelética de um peixe e as ranhuras de uma folha seca. A mostra também conta com obras mais recentes, criadas pelo artista nos últimos cinco anos em diferentes regiões por onde passou, como Amazônia, Baía de Guanabara, Pernambuco, França e Estados Unidos. Uma das mais recentes, intitulada Mar Interior, foi uma instalação montada em 2016 no Palais de Tokyo, na capital francesa. “‘Mar interior’ é um termo de fato existente na geologia e significa literalmente uma porção de mar que ficou aprisionada, cercada de terra dentro de um continente”, explica Rodrigo Braga. No Museu do Estado, a obra será apresentada em registros fotográficos Outra obra recente que será encontrada na mostra é Florão da América, vídeo criado em 2016 em Paquetá, no Rio de Janeiro. Mais uma vez, vê-se aqui o artista que cria e intervém diretamente na paisagem por onde passa para a realização de uma nova imagem. Ele parte do mundo real, mas logo o transforma. A exposição fica em cartaz até o dia 06 de setembro. Rodrigo Braga Nascido em Manaus em 1976, Rodrigo Braga se mudou ainda criança para o Recife, onde se graduou em Artes Plásticas pela Universidade Federal de Pernambuco (2002). Atualmente vive no Rio de Janeiro. Expõe com

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Museu do Homem do Nordeste comemora 40 anos

Um real, um real, um real – a expressão comumente utilizada por trabalhadores informais dá nome à exposição que comemora os 40 anos do Museu do Homem do Nordeste (Muhne) e 70 anos da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), com abertura neste sábado (21). A mostra abre às 17h30, na Galeria Mauro Mota, com presença da curadora Ciema Mello, dando início à programação especial voltada para as quatro décadas de vida do Muhne, que segue até julho de 2019. Composta por peças do acervo do próprio museu, a proposta expográfica articula objetos antigos e atuais ligados à atividade ambulante, além de fotografias das décadas de 1960 e 1970 e dos dias de hoje, criando um arco histórico que simboliza a importância da economia informal e seus trabalhadores para a região Nordeste. “O museu tem uma visão plural e complexa sobre o que é a cultura nordestina, por isso vemos a questão do comércio informal como algo importante”, enfatiza Frederico Almeida, coordenador geral do Museu do Homem do Nordeste. Entre os objetos expostos, estão peças raras dos anos 1950 e 1960, como um tabuleiro de doce japonês e uma máquina fotográfica de lambe-lambe, originários da capital pernambucana, e um carrinho de café, peça vinda da Bahia e que ainda é utilizada por comerciantes informais nas ruas de Salvador. Há também diversos itens vendidos no comércio de rua, como cataventos, leques, bacias de metal, bolas coloridas, bambolês e vassouras. A curadoria da antropóloga Ciema Mello também insere no espaço expositivo duas coleções fotográficas do museu. As imagens feitas por Wilson Carneiro da Cunha em preto e branco enquadram cenas cotidianas do trabalho informal no centro do Recife no passado. Elas contrastam com o colorido das imagens de tempos atuais, feitas entre 2013 e 2014, e que compõem o recorte da coleção Nordestes Emergentes, realizada pela curadoria de imagens de fotógrafos como Rogério Reis, Fernanda Chemale, André Dusek, Iatã Cannabrava, Paula Sampaio e Gleide Selma. Aliando objetos às fotos, a mostra ressalta também a própria plasticidade que caracteriza a estética dos mostruários de rua. “Existe uma convivência notável entre a tradição e a mudança na economia informal de hoje. O camelô é também o sujeito que mais vende capinha de celular, mas ele continua a vender vassoura de piaçava”, explica a curadora Ciema Mello. Um real, um real, um real é também uma atualização da mostra de mesmo nome realizada pelo museu nos anos 1980, à época inspirada pela tese A viabilidade do setor informal, do Clóvis Cavalcante, pesquisador da Fundaj. Para a releitura contemporânea da exposição, a curadoria teve como base de estudo a tese Aventura do comércio informal no Recife, de Maria do Socorro Pedrosa de Araújo, também pesquisadora da casa. “Na visão do museu, os sujeitos trabalhadores informais são, à sua maneira, heroicos, porque conseguem sobreviver num cenário de adversidade. Em um país com altíssima taxa de desemprego, a economia informal tem um papel importantíssimo tanto do ponto de vista econômico quanto sociológico”, complementa a curadora. Serviço: Abertura da exposição Um real, um real, um real Data: 21 de julho de 2018 Hora: 17h30 Local: Galeria Mauro Mota, Fundaj Casa Forte. Av. Dezessete de Agosto, 2187

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Galeria Janete Costa recebe exposição sobre surf e meio ambiente

A complexa relação entre a humanidade e o meio ambiente analisada de cima de uma prancha de surf. Esse será o tema da exposição Danger, do artista visual francês Serge Huot, que estreia neste sábado (21), às 15h, na Galeria Janete Costa, e segue em cartaz até 16 de setembro. A exposição apresenta um conjunto de obras feitas a partir de restos de pranchas de surf, que relaciona a prática do esporte com questões ambientais, tema que toca o artista desde que ele chegou ao Brasil, no final dos anos 1980. A relação entre homem, natureza e sociedade, e a reflexão sobre o mundo urbano industrializado e o seu impacto no meio ambiente, sempre permearam a obra de Huot, que vive atualmente em Tambaba, litoral sul paraibano. As obras e instalações expostas da galeria foram feitas com restos de pranchas doadas por surfistas conhecidos e coletadas por Huot desde 2013. “Meus trabalhos com as pranchas são metáforas da ausência do surf, mas também podem se referir a outras maneiras de contato das pessoas com essa parte oceânica da natureza, cada vez mais afetada pelas inúmeras formas de exploração comercial e industrialização desordenada”, diz o artista. Huot trouxe ao Recife também gravuras em papel fotográfico, que retratam surfistas e pessoas próximas a ele, além de vídeo que trata do ritmo da água e da passagem do tempo e da destruição da natureza. Para a curadora Valquiria Farias, há nas obras de Danger a referência ao surf como “relação ideal” entre o homem e a natureza. “O corpo está imerso nesse jogo ideal, eleva seu pensamento ao ritmo de uma onda preexistente. Por outro lado, há a fatura que liga essas obras a uma crítica real do consumo em que o próprio surf não está incólume”. Ainda segundo ela, Serge Huot procura mostrar esses dois momentos ao reunir restos de pranchas recortadas e retrabalhadas por ele em diversas situações. Além disso, as noções de acúmulo e efemeridade das coisas, recorrentes na produção do artista, fazem referência às noções apregoadas pelo novo realismo francês, principal influência do artista.   Serviço Danger - Exposição do artista Serge Huot Abertura: 21 de julho, às 15h Visitação: 22 de julho a 16 de Setembro de 2018 Horário: Quarta a sexta-feira, das 12h às 20h; Sábados, das 14h às 20h; Domingos, das 15h às 19h Local: Galeria Janete Costa – Parque Dona Lindu Entrada gratuita Informações: 3355-9825 ou galeriajanetecosta@gmail.com

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Bruno Vilela celebra 20 anos de carreira com a exposição Hermes na Amparo 60

No próximo dia 26 de julho, às 19h, o artista Bruno Vilela inaugura a exposição Hermes, na Galeria Amparo 60. A mostra marca tanto os 20 anos de carreira do artista, que está há quatro sem expor no Recife, quanto os 20 anos da galeria, fundada em 1998, cuja primeira sede foi a casa de número 60, na Rua do Amparo, em Olinda. Esta é a primeira exposição em que Vilela integra desenho, pintura, fotografia e estudos, funcionando como uma grande instalação. As obras são costuradas por textos nas paredes, símbolos e ícones ressignificados pelo artista. Para inspirar essa série de trabalhos o artista se lançou numa pesquisa sobre o hermetismo. É por volta de 2.600 a.C. que surgem os primeiros registros do Hermetismo na história. Incorporados pelos egípcios na figura do Deus Toth, Hermes Trismegistos, o três vezes grande, é Mercúrio na mitologia romana. O semideus que tem a capacidade de levar o conhecimento do divino aos homens. “A figura de Hermes aparece até em igrejas católicas. Existe um mosaico da lendária figura numa catedral em Siena. A lenda diz que Hermes passou o conhecimento a Abraão e desde então todas as religiões têm fundamentos nos princípios herméticos. Do hermetismo surge a alquimia e dela os grandes arquitetos e artistas do renascimento que eram alquimistas”, conta Bruno. A grande obra do hermetismo é o Caibalion. Um pequeno livro com pouco mais de 120 páginas que elabora as sete leis herméticas. Na realidade a alquimia é a arte da transmutação. E a tão falada pedra filosofal é o conhecimento que transforma chumbo, pensamentos e sentimentos grosseiros, em ouro, elevação espiritual e iluminação. O hermetismo nada mais é que uma grande ciência, religião e arte, através da qual o homem aprende o caminho para a evolução. Através da pesquisa desses princípios, Bruno Vilela criou obras que revelam visualmente o conhecimento do grande mestre. São pinturas, desenhos e fotografias que surgem de um profundo mergulho no hermetismo. “As escrituras falam que Deus, O TODO, é indizível e incognoscível. A arte tem então a vocação de mostrar justamente o que não se consegue explicar com palavras”, destaca. A figura de Hermes abre a exposição na fotografia de uma escultura numa fonte. Espécie de oráculo que representa a conhecida citação do Caibalion: “Os lábios da Sabedoria estão fechados, exceto para os ouvidos do Entendimento. Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir, então vêm os lábios para os preencher com a Sabedoria.” A segunda obra tem como título mais uma citação do Caibalion: O Todo está em tudo. Tudo está no TODO. Um grande motor numa fábrica, feito de carvão e tinta acrílica, tem uma auréola que sai da sua grande roda. A sacralização e a possibilidade de se ver o criador em qualquer lugar. O grande motor criador do universo. A primeira obra do salão principal é uma fotografia de grande formato da asa de um avião. O Mensageiro faz referência as asas nos pés de Mercúrio. No céu vemos o Circumponto, antigo símbolo asiático que representa o sol e o universo, utilizado para meditação, feito de folha de prata, através de uma intervenção na fotografia. Ao lado surge o caduceu de Hermes, ressignificado através de duas fotografias e uma intervenção na parede, 2.600 a.C. é um díptico feito de uma imagem de uma Pirita, mineral que tem a propriedade de ser um amuleto que atrai prosperidade e elimina nós energéticos. Essa, em especial, foi fotografada pelo artista no Museu do Minério, em Belo Horizonte (MG), e tem o incrível formato de asa. A fotografia é replicada, espelhada e separada por um desenho feito a carvão na parede. Duas serpentes sobem em direção ao teto e são feitas das digitais do artista. O princípio da Transmutação dá título a obra seguinte. O leão de São Marcos recebe asas e também tem o papel de levar o conhecimento dos céus a nós mortais através do livro sagrado em suas patas. O espaço representado pela auréola e círculos ao redor de sua cabeça são os infinitos anéis do universo. O leão é feito de óleo e carvão. Na outra parede,  vemos uma grande montanha pintada a óleo. A obra tem 150x200 cm. No cume paira um triângulo em perspectiva feito de folha de prata. A montanha representa  O TODO das leis herméticas. Deus. O incognoscível. O triângulo ascendente é o céu. O triângulo descendente a terra. Os dois juntos formam a estrela de Davi. O casamento do Céu e do inferno escrito por William Blake. Os mesmos triângulos aparecem no teto e no chão da galeria com as frases: O que está em cima...É como que está embaixo. No centro da parede temos uma fotografia. É o ateliê de Burle Marx no seu sítio, no Rio de Janeiro. A composição mostra claramente um templo. Orientalismo foi um movimento do século XIX na pintura e dos anos 30 aos 60 no cinema regido pelas cores do Technicolor. Vemos o templo do mestre, de Hermes, perdido num delírio tropical entre as palmeiras. A última obra da parede tem por título também uma das leis herméticas: O que está em cima é como o que está em embaixo. O templo de Delfos na Grécia aparece como que mergulhado num mar escarlate. São as pálpebras dos olhos saturadas pela luz solar. Nesse templo, o oráculo falava aos humanos as palavras dos deuses através dos gases que saiam da terra e deixavam as sacerdotisas em transe. Também uma ligação, religação, religião, do céu com a terra. Do homem com os deuses. A última obra da exposição é um altar numa mesquita. Um grande desenho de 200x150 cm feito de carvão e tinta acrílica. Uma escada de madeira entalhada leva a um altar. Dentro dele uma luz brilha. É O Profeta. O espírito do grande mestre presente. As diversas influências de liturgias, iconografias, mitos e deuses presentes nessa exposição, de católicos a muçulmanos têm como objetivo mostrar como o pensamento hermético formou todas as religiões e o misticismo do mundo.   Serviço

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Arquivo Público de Pernambuco inaugura exposição do cronista Hermilo Borba Filho

“Hermilo, um cronista dos anos 1970” é a nova exposição do Arquivo Público de Pernambuco. A abertura será nesta quarta-feira, 18 de julho, às 18h30, no Arquivo, na Rua do Imperador, 371, Santo Antônio, com a realização de uma mesa redonda, composta por Leda Alves, Joca Souza Leão e Juareiz Correya. Coube ao Arquivo louvar o viés cronista de Hermilo, já que é a instituição que guarda em sua Hemeroteca todas as edições de jornais em que Hermilo publicou suas crônicas. Entre 1971 e 1976, a imprensa escrita de Pernambuco veiculava semanalmente crônicas de Hermilo Borba Filho, especialmente nos jornais Diário de Pernambuco e Jornal da Cidade. A pesquisa para as crônicas que serão expostas foram feitas a partir do livro Hermilo Borba Filho: Louvações, Encantamentos e Outras Crônicas, organizado por Leda Alves, Juareiz Correya e Jaci Bezerra. O temário eleito por Hermilo em suas crônicas é bastante rico: debruça-se sobre as cenas cotidianas do Recife nos anos 1970; sobre sua terra natal, Palmares; sobre a cultura pernambucana e suas expressões no teatro, música, folguedos populares, entre outros assuntos. A exposição reúne imagens do autor e edições de jornais pernambucanos com suas crônicas que circularam nos anos 1970. O Arquivo Público de Pernambuco é a instituição que guarda em sua Hemeroteca todas as edições de jornais em que Hermilo publicou suas crônicas, veiculadas semanalmente, entre 1971 e 1976, especialmente nos jornais Diário de Pernambuco e Jornal da Cidade. Ou seja, o visitante terá acesso aos jornais da época que difundiram o cronista Hermilo Borba Filho. A exposição, que ficará aberta ao público até o dia 31 de outubro, tem o apoio cultural da CEPE, Companhia Editora de Pernambuco.   Serviço: Exposição “Hermilo, um cronista dos anos 1970 Período: 18 de julho a 31 de outubro de 2018.   Abertura: Quarta-feira, 18 de julho, 18h30 Mesa Redonda com Leda Alves, Joca Souza Leão e Juareiz Correya. Local: Arquivo Público Estadual Rua do Imperador Pedro II, 371, Santo Antônio, Recife

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Exposição 'Caleidoscópio' participa da ação Um dia de Férias - Museu do Trem

No próximo sábado, dia 14 de julho, a exposição Caleidoscópio participa da ação Um dia de Férias- Museu do Trem, das 10h às 16h30, na gare do museu. A proposta, desse dia de atividades é aproximar o público do espaço, fazendo-o interagir tanto com o acervo da instituição, quanto com a exposição temporária. Para isso, foram organizadas três oficinas, para os mais variados públicos.  O artista Marcelo Silveira comandará a oficina Calidoscópio, cujo objetivo é produzir o objeto calidoscópio. Essa atividade pretende diversificar as possibilidades de percepção do espaço do museu, em seus mais variados olhares. O artista vai propor que sejam espalhados espelhos nos espaços do museu, de modo que revelem detalhes e imagens que num primeiro momento não são perceptíveis. Quem participar da oficina poderá mergulhar no universo trabalhado pela mostra Caleidoscópio que passei justamente pelas múltiplas possibilidades de uma imagem. A programação conta com uma oficina de confecção de fantoche em caixa de leite, com colagem e pintura, ministrada pela equipe do educativo do museu, e voltada para crianças. E também uma outra de Frottage, técnica que consiste em extrair do relevo de uma superfície sua forma. Nesta atividade, o acervo de placas do museu estará disponível para que, por meio do uso da Frottage, seja possível a construção textual da experiência vivida com a visita, dando ao público a possibilidade de registrar suas impressões. Além das oficinas, ao longo do dia, acontecerão diversas visitas guiadas, tanto para a exposição do museu quanto para a mostra Caleidoscópio. Haverá também a possibilidade de visita especial para deficientes auditivos, toda em libra. A proposta é que após o recorrido pelo espaço expositivo eles também possam participar da oficina de Frottage e deixar suas impressões sobre a experiência.   Serviço Caleidoscópio – Daniel Santiago, Gil Vicente e Marcelo Silveira Curadoria: Joana D´Arc Lima Visitação: Até 29 de julho de 2018 Museu do Trem: Rua Floriano Peixoto, s/n, São José Horário: Terça a sexta, das 9h às 17h, sábados das 10h às 17h, e domingo das 10h às 14h.    

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