Arquivos Exposição - Página 5 De 11 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Bruno Vilela celebra 20 anos de carreira com a exposição Hermes na Amparo 60

No próximo dia 26 de julho, às 19h, o artista Bruno Vilela inaugura a exposição Hermes, na Galeria Amparo 60. A mostra marca tanto os 20 anos de carreira do artista, que está há quatro sem expor no Recife, quanto os 20 anos da galeria, fundada em 1998, cuja primeira sede foi a casa de número 60, na Rua do Amparo, em Olinda. Esta é a primeira exposição em que Vilela integra desenho, pintura, fotografia e estudos, funcionando como uma grande instalação. As obras são costuradas por textos nas paredes, símbolos e ícones ressignificados pelo artista. Para inspirar essa série de trabalhos o artista se lançou numa pesquisa sobre o hermetismo. É por volta de 2.600 a.C. que surgem os primeiros registros do Hermetismo na história. Incorporados pelos egípcios na figura do Deus Toth, Hermes Trismegistos, o três vezes grande, é Mercúrio na mitologia romana. O semideus que tem a capacidade de levar o conhecimento do divino aos homens. “A figura de Hermes aparece até em igrejas católicas. Existe um mosaico da lendária figura numa catedral em Siena. A lenda diz que Hermes passou o conhecimento a Abraão e desde então todas as religiões têm fundamentos nos princípios herméticos. Do hermetismo surge a alquimia e dela os grandes arquitetos e artistas do renascimento que eram alquimistas”, conta Bruno. A grande obra do hermetismo é o Caibalion. Um pequeno livro com pouco mais de 120 páginas que elabora as sete leis herméticas. Na realidade a alquimia é a arte da transmutação. E a tão falada pedra filosofal é o conhecimento que transforma chumbo, pensamentos e sentimentos grosseiros, em ouro, elevação espiritual e iluminação. O hermetismo nada mais é que uma grande ciência, religião e arte, através da qual o homem aprende o caminho para a evolução. Através da pesquisa desses princípios, Bruno Vilela criou obras que revelam visualmente o conhecimento do grande mestre. São pinturas, desenhos e fotografias que surgem de um profundo mergulho no hermetismo. “As escrituras falam que Deus, O TODO, é indizível e incognoscível. A arte tem então a vocação de mostrar justamente o que não se consegue explicar com palavras”, destaca. A figura de Hermes abre a exposição na fotografia de uma escultura numa fonte. Espécie de oráculo que representa a conhecida citação do Caibalion: “Os lábios da Sabedoria estão fechados, exceto para os ouvidos do Entendimento. Quando os ouvidos do discípulo estão preparados para ouvir, então vêm os lábios para os preencher com a Sabedoria.” A segunda obra tem como título mais uma citação do Caibalion: O Todo está em tudo. Tudo está no TODO. Um grande motor numa fábrica, feito de carvão e tinta acrílica, tem uma auréola que sai da sua grande roda. A sacralização e a possibilidade de se ver o criador em qualquer lugar. O grande motor criador do universo. A primeira obra do salão principal é uma fotografia de grande formato da asa de um avião. O Mensageiro faz referência as asas nos pés de Mercúrio. No céu vemos o Circumponto, antigo símbolo asiático que representa o sol e o universo, utilizado para meditação, feito de folha de prata, através de uma intervenção na fotografia. Ao lado surge o caduceu de Hermes, ressignificado através de duas fotografias e uma intervenção na parede, 2.600 a.C. é um díptico feito de uma imagem de uma Pirita, mineral que tem a propriedade de ser um amuleto que atrai prosperidade e elimina nós energéticos. Essa, em especial, foi fotografada pelo artista no Museu do Minério, em Belo Horizonte (MG), e tem o incrível formato de asa. A fotografia é replicada, espelhada e separada por um desenho feito a carvão na parede. Duas serpentes sobem em direção ao teto e são feitas das digitais do artista. O princípio da Transmutação dá título a obra seguinte. O leão de São Marcos recebe asas e também tem o papel de levar o conhecimento dos céus a nós mortais através do livro sagrado em suas patas. O espaço representado pela auréola e círculos ao redor de sua cabeça são os infinitos anéis do universo. O leão é feito de óleo e carvão. Na outra parede,  vemos uma grande montanha pintada a óleo. A obra tem 150x200 cm. No cume paira um triângulo em perspectiva feito de folha de prata. A montanha representa  O TODO das leis herméticas. Deus. O incognoscível. O triângulo ascendente é o céu. O triângulo descendente a terra. Os dois juntos formam a estrela de Davi. O casamento do Céu e do inferno escrito por William Blake. Os mesmos triângulos aparecem no teto e no chão da galeria com as frases: O que está em cima...É como que está embaixo. No centro da parede temos uma fotografia. É o ateliê de Burle Marx no seu sítio, no Rio de Janeiro. A composição mostra claramente um templo. Orientalismo foi um movimento do século XIX na pintura e dos anos 30 aos 60 no cinema regido pelas cores do Technicolor. Vemos o templo do mestre, de Hermes, perdido num delírio tropical entre as palmeiras. A última obra da parede tem por título também uma das leis herméticas: O que está em cima é como o que está em embaixo. O templo de Delfos na Grécia aparece como que mergulhado num mar escarlate. São as pálpebras dos olhos saturadas pela luz solar. Nesse templo, o oráculo falava aos humanos as palavras dos deuses através dos gases que saiam da terra e deixavam as sacerdotisas em transe. Também uma ligação, religação, religião, do céu com a terra. Do homem com os deuses. A última obra da exposição é um altar numa mesquita. Um grande desenho de 200x150 cm feito de carvão e tinta acrílica. Uma escada de madeira entalhada leva a um altar. Dentro dele uma luz brilha. É O Profeta. O espírito do grande mestre presente. As diversas influências de liturgias, iconografias, mitos e deuses presentes nessa exposição, de católicos a muçulmanos têm como objetivo mostrar como o pensamento hermético formou todas as religiões e o misticismo do mundo.   Serviço

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Arquivo Público de Pernambuco inaugura exposição do cronista Hermilo Borba Filho

“Hermilo, um cronista dos anos 1970” é a nova exposição do Arquivo Público de Pernambuco. A abertura será nesta quarta-feira, 18 de julho, às 18h30, no Arquivo, na Rua do Imperador, 371, Santo Antônio, com a realização de uma mesa redonda, composta por Leda Alves, Joca Souza Leão e Juareiz Correya. Coube ao Arquivo louvar o viés cronista de Hermilo, já que é a instituição que guarda em sua Hemeroteca todas as edições de jornais em que Hermilo publicou suas crônicas. Entre 1971 e 1976, a imprensa escrita de Pernambuco veiculava semanalmente crônicas de Hermilo Borba Filho, especialmente nos jornais Diário de Pernambuco e Jornal da Cidade. A pesquisa para as crônicas que serão expostas foram feitas a partir do livro Hermilo Borba Filho: Louvações, Encantamentos e Outras Crônicas, organizado por Leda Alves, Juareiz Correya e Jaci Bezerra. O temário eleito por Hermilo em suas crônicas é bastante rico: debruça-se sobre as cenas cotidianas do Recife nos anos 1970; sobre sua terra natal, Palmares; sobre a cultura pernambucana e suas expressões no teatro, música, folguedos populares, entre outros assuntos. A exposição reúne imagens do autor e edições de jornais pernambucanos com suas crônicas que circularam nos anos 1970. O Arquivo Público de Pernambuco é a instituição que guarda em sua Hemeroteca todas as edições de jornais em que Hermilo publicou suas crônicas, veiculadas semanalmente, entre 1971 e 1976, especialmente nos jornais Diário de Pernambuco e Jornal da Cidade. Ou seja, o visitante terá acesso aos jornais da época que difundiram o cronista Hermilo Borba Filho. A exposição, que ficará aberta ao público até o dia 31 de outubro, tem o apoio cultural da CEPE, Companhia Editora de Pernambuco.   Serviço: Exposição “Hermilo, um cronista dos anos 1970 Período: 18 de julho a 31 de outubro de 2018.   Abertura: Quarta-feira, 18 de julho, 18h30 Mesa Redonda com Leda Alves, Joca Souza Leão e Juareiz Correya. Local: Arquivo Público Estadual Rua do Imperador Pedro II, 371, Santo Antônio, Recife

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Exposição 'Caleidoscópio' participa da ação Um dia de Férias - Museu do Trem

No próximo sábado, dia 14 de julho, a exposição Caleidoscópio participa da ação Um dia de Férias- Museu do Trem, das 10h às 16h30, na gare do museu. A proposta, desse dia de atividades é aproximar o público do espaço, fazendo-o interagir tanto com o acervo da instituição, quanto com a exposição temporária. Para isso, foram organizadas três oficinas, para os mais variados públicos.  O artista Marcelo Silveira comandará a oficina Calidoscópio, cujo objetivo é produzir o objeto calidoscópio. Essa atividade pretende diversificar as possibilidades de percepção do espaço do museu, em seus mais variados olhares. O artista vai propor que sejam espalhados espelhos nos espaços do museu, de modo que revelem detalhes e imagens que num primeiro momento não são perceptíveis. Quem participar da oficina poderá mergulhar no universo trabalhado pela mostra Caleidoscópio que passei justamente pelas múltiplas possibilidades de uma imagem. A programação conta com uma oficina de confecção de fantoche em caixa de leite, com colagem e pintura, ministrada pela equipe do educativo do museu, e voltada para crianças. E também uma outra de Frottage, técnica que consiste em extrair do relevo de uma superfície sua forma. Nesta atividade, o acervo de placas do museu estará disponível para que, por meio do uso da Frottage, seja possível a construção textual da experiência vivida com a visita, dando ao público a possibilidade de registrar suas impressões. Além das oficinas, ao longo do dia, acontecerão diversas visitas guiadas, tanto para a exposição do museu quanto para a mostra Caleidoscópio. Haverá também a possibilidade de visita especial para deficientes auditivos, toda em libra. A proposta é que após o recorrido pelo espaço expositivo eles também possam participar da oficina de Frottage e deixar suas impressões sobre a experiência.   Serviço Caleidoscópio – Daniel Santiago, Gil Vicente e Marcelo Silveira Curadoria: Joana D´Arc Lima Visitação: Até 29 de julho de 2018 Museu do Trem: Rua Floriano Peixoto, s/n, São José Horário: Terça a sexta, das 9h às 17h, sábados das 10h às 17h, e domingo das 10h às 14h.    

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Galeria Reciclada Cepe participa pela primeira vez da Fenearte

Transformar resíduos sólidos em algo produtivo é o grande desafio do mundo contemporâneo. A indústria gráfica, por exemplo, gera uma quantidade considerável de papel triturado resultante da máquina encadernadora. Na Cepe, esse suposto ‘lixo’ virou obra de arte graças à adição de cola e de muita criatividade para modelar esculturas e painéis. Assim nasceu a Galeria Reciclada Cepe, que agora expõe os trabalhos resultantes da iniciativa pioneira da gráfica pernambucana no Brasil na 19ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), de 4 a 15 de julho, no Centro de Convenções. Trata-se da primeira participação da Cepe no evento, onde terá um espaço de 37 metros quadrados, ocupados por cerca de 16 peças. O criador do acervo é o superintendente de produção gráfica, Júlio Gonçalves, que começou a colocar a mão na massa, literalmente, em março do ano passado. “A partir do momento em que tomei contato com o resíduo da máquina encadernadora, comecei a fazer testes com ele para ver no que poderia dar”, conta Júlio, artista autodidata autor de esculturas, painéis e peças utilitárias (bandejas, fruteiras) com inspiração pássaros, peixes, flores e figuras totêmicas. No repertório dos suportes para criação também entram o papelão das embalagens, madeirites, rolos de fita durex e até vasilhames de detergente. Para executar as obras, feitas no ateliê-laboratório dentro da Cepe, Júlio conta com a ajuda do auxiliar de acabamento gráfico Sílvio Capistrano, e Lígia Régis, da equipe do Diário Oficial. O próximo passo é transmitir o conhecimento a comunidades e criar uma fonte de renda a partir dos resíduos.

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Espaço Ciência recebe exposição sobre Aedes, mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya

A exposição Aedes: que mosquito é esse? foi inaugurada no dia 12 de junho, no Espaço Ciência, Museu Interativo de Ciência de Pernambuco, em uma iniciativa do Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz, em parceria com a farmacêutica Sanofi. O ambiente conta ainda com apoio da Rede Dengue, Zika e Chikungunya da Fiocruz, que coordena diversas ações integradas para o controle do Aedes na instituição. O diretor da Casa de Oswaldo Cruz (COC)/Fiocruz, Paulo Elian, afirma que “a exposição apresenta a complexidade científica e social dos problemas sanitários de maneira clara e em linguagem direta. É o conhecimento a serviço da vida e da saúde da população”. Para Hubert Guarino, diretor geral da Sanofi Pasteur no Brasil, a mostra procura contribuir para mudar o cenário das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no Brasil. “Acreditamos na educação como elemento chave para que a população tome consciência e cuide de sua saúde e de todos no seu entorno”, diz. . APRENDER BRINCANDO - A exposição reúne diversas atividades interativas. Entre as atrações, está o “Quintal Interativo”, em que é possível observar, com lupas, o ciclo de vida do Aedes aegypti e as fases ovo, larva, pupa e alada (adulto). A ideia é convidar o visitante a encontrar potenciais criadouros do vetor, como pneus, caixas d’água destampadas e garrafas armazenadas de maneira incorreta. O jogo no estilo point-and-click promete mexer com o público e se tornar uma das grandes sensações. O jogo “Detetive da Dengue” apresenta cenários com possíveis criadouros - o participante deve identificá-los e tocá-los para eliminar a ameaça. Quem encontrar e bloquear mais focos, ganha a partida e acumula pontos na passagem à próxima fase, com nova missão. A caça ao mosquito será intensa! Brincando, o visitante pode usar um aplicativo no celular para achar criadouros do inseto em locais distribuídos ao longo da exposição. Exposição é dividida em seis módulos MÓDULOS – A mostra é dividida em seis módulos, explorando diversos temas: “Mosquitos e vírus: combinação perigosa”; “Os vírus – por dentro dos vírus e Um Mosquito Doméstico – o zumzumzum da questão”; “Dengue”; “Zika”; “Chikungunya”; “Pesquisa em busca de soluções e Controle – esforço conjunto”. Uma impressionante escultura de mosquito fêmea, com mais de dois metros – criação do artista plástico Ricardo Fernandes –, recepciona o visitante e usa alta tecnologia para instigar o público: a partir da interação com sensores distribuídos em partes específicas do modelo 3D do Aedes aegypti, informações são projetadas em uma tela, com textos, imagens e animações. Vídeos e dispositivos interativos abordam a biologia, a origem, a distribuição e a evolução dos vetores Aedes no mundo. Os vírus e os sorotipos existentes até o momento compõem o segundo módulo da exposição. O que é e o que faz o vírus da dengue? Os tipos de vírus da dengue (DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4); o vírus da febre de chikungunya (CHIKV) e o vírus zika (ZIKV); origem e evolução dos vírus também são abordados. A exposição também aborda, em sua apresentação multimídia, aspectos sobre a febre amarela, já que a doença também pode ser transmitida pelo Aedes aegypti. O terceiro módulo explora o tema da dengue, sintomas e suas principais consequências para o corpo humano. No quarto e quinto módulos, zika e chikungunya dominam o espaço. São abordadas questões como a relação do vírus zika com a microcefalia e o histórico da chikungunya no Brasil. O sexto módulo aborda as principais pesquisas em andamento, em nosso país e no mundo, e as medidas de controle dos vetores que transmitem essas arboviroses. Entre outras questões, são tratadas: a evolução da resistência a inseticidas; a pesquisa e o desenvolvimento de vacinas, além do uso da bactéria Wolbachia (presente em várias espécies de insetos), uma novidade da Fiocruz para impedir a multiplicação dos vírus no Aedes aegypti. Complementando o último módulo, o controle do mosquito é abordado para mostrar a importância da participação da sociedade de maneira correta. Materiais do Ministério da Saúde e de parceiros na luta contra o mosquito podem ser acessados. Dois documentários fazem parte da exposição: O Mundo Macro e Micro do Mosquito Aedes aegypti – para combatê-lo é preciso conhecê-lo e Aedes aegypti e Aedes albopictus: uma ameaça nos trópicos, dirigidos por Genilton José Vieira, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). SERVIÇO Exposição Aedes: que mosquito é esse? Local: Espaço Ciência Endereço: Complexo de Salgadinho, Olinda Parque Memorial Arcoverde, Parque 2, s/n - Pernambuco – PE CEP: 53020-560 Atendimento (hora limite para a entrada de grupos: 16h) Segunda a sexta-feira: das 8h às 12h, e das 13h às 17h Finais de semana: das 13h30 às 17h Entrada: grátis | Classificação: sem restrição Informações: http://www.espacociencia.pe.gov.br/ Agendamento: (81) 3241.3226

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Caixa Cultural Recife apresenta exposição de artistas aborígenes da Austrália

A CAIXA Cultural Recife apresenta, de 13 de junho a 05 de agosto de 2018, a exposição O Tempo Dos Sonhos: Arte Aborígene Contemporânea da Austrália, a mais vigorosa, significativa e diversificada coleção de obras de arte dos artistas aborígenes a visitar a América do Sul. A exposição, que já passou por São Paulo, Fortaleza, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Curitiba, reúne mais de 40 obras, selecionadas por importância histórica. As obras que compõem o acervo são de nomes, como Rover Thomas, Tommy Watson e Emily Kame Kngwarray, que já tiveram os seus trabalhos expostos no MoMA e Metropolitan, de Nova Iorque, Bienais como a de Veneza, São Paulo e Sidney, entre outros eventos de prestígio internacional, como o Documenta, em Kassel, e Art Basel (Miami, Basel e Hong Kong). “Essa coleção é um presente à população brasileira. Em um acervo de mais de três mil obras, selecionamos aquelas mais significativas. Muitas já foram publicadas em inúmeros catálogos de arte, citadas em teses de doutorado e exibidas em várias instituições de prestígio na Austrália, Europa e América do Norte”, conta o curador brasileiro Clay D´Paula, que assina a curadoria com os australianos Adrian Newstead e Djon Mundine. As peças na mostra contam com uma linguagem moderna e contemporânea e técnicas diversas, tais como pinturas, esculturas, litografia e bark paintings (pinturas em entrecasca de eucalipto). Compõem o acervo obras da Coo-ee Art Gallery, a galeria mais antiga e respeitada em arte aborígene da Oceania. Peças de coleções privadas e instituições governamentais também atravessaram o oceano exclusivamente para esta exposição. Os trabalhos artísticos representam um período de 45 anos, desde o despertar da comercialização da arte aborígene contemporânea na década de 1970 até o presente. Além de circular pela América Latina e pelo Brasil pela primeira vez, a exposição também traz o primeiro catálogo publicado em português sobre a arte aborígene. Neste ramo movimenta-se cerca de 200 milhões de dólares por ano na Austrália. Estima-se que hoje mais de 7 mil artistas indígenas vivam de sua prática artística. “Nós, brasileiros, tivemos, até hoje, poucas oportunidades de conhecer todo esse universo da arte aborígene da Austrália, o que pode, inclusive, levar-nos a refletir sobre os povos indígenas de nosso país. O Brasil e a Austrália possuem muitas coisas em comum. Contribuir para aproximá-los e convidar ao diálogo é um dos objetivos dessa exposição”, justifica o curador Clay D´Paula. O Tempo dos Sonhos - Os artistas aborígenes pintam os seus sonhos (mas não a ideia Junguiana de sonhar e sua associação com o inconsciente). Para eles pintarem o seu “Sonhar” (dreaming, em inglês) implica recontar histórias que são atemporais a fim de mantê-las vivas e repassá-las a futuras gerações. Não se trata de algo religioso, mas ligado à sua própria sobrevivência. Essas pinturas contêm informações vitais, como, por exemplo, onde encontrar “água viva” permanente. Manter o “sonhar” vivo é a motivação fundamental para a prática da arte dos artistas indígenas da Austrália. Bark paintings - Os visitantes vão apreciar as bark paintings, pintura sobre entrecasca de eucalipto, típica do norte tropical da Austrália, região conhecida como Arnhem Land (A Terra de Arnhem). Essa é uma das formas de expressão artística mais antiga do mundo, com mais de 40 mil anos. Inicialmente, as bark paintings tinham uma pobreza estética muito grande porque não foram criadas para durar, mas sim para cerimônias ou decoração. Hoje, elas trazem uma execução primorosa, sendo consideradas como arte, não artefato, e estão em museus renomados, além de integrarem coleções particulares. Artistas participantes - A mostra reúne os artistas aborígenes de maior projeção internacional, com uma paleta refinada e luminosa, como a do celebrado artista Rover Thomas (1926-1998), com suas paisagens de cor ocre que mudaram, com sua visão, a percepção paisagística australiana. Suas pinturas podem ser apreciadas da mesma forma que as criadas pelos impressionistas no século XIX, mas sem horizontes. A estética desenvolvida pelos artistas lembra o minimalismo e o expressionismo. No entanto, as obras criadas por eles trazem uma linguagem visual única e de verdades eternas – lembrando que os artistas indígenas da Austrália, na sua grande maioria, não tiveram contato algum com a arte europeia. “A arte não é uma invenção dos europeus. Toda cultura tem a sua própria e singular forma de expressão: seja na música, na dança ou na pintura. Não existe diferença entre uma obra de arte criada no deserto e na cidade. Elas devem ser apreciadas e reconhecidas da mesma forma. Esta exposição vem descortinar tais pré-conceitos, reconhecendo as obras criadas pelos artistas indígenas de todo o mundo. A arte aborígene, por exemplo, não é uma cópia, nem uma réplica. Mas uma linguagem visual inovadora e revolucionária”, afirma o curador Clay D'Paula. A grande estrela da exposição é Emily Kame Kngwarray (1910-1996). Mulher, negra, que começou a pintar aos 79 anos de idade. Emily é considerada pela crítica uma das maiores pintoras expressionistas do século XX. Ela foi comparada a Pollock e Monet, entre outros expoentes que figuram nos livros da história da arte. Emily estará representada na mostra com a pintura “Sem título, 1992”. Emily tornou-se a artista mais querida da Austrália. Representou o país na Bienal de Veneza e em vários outros eventos de arte internacional. É importante ressaltar que Emily nunca teve acesso à arte ocidental, logo, enquadrar a sua pintura dentro de um movimento artístico europeu pode ser um equívoco. Ela que, sem falar uma palavra em inglês, já expôs lado a lado com Picasso, Kandinsky e Mondrian entre outros másters internacionais da arte. “Ou eles que exphttp://portal.idireto.com/wp-content/uploads/2016/11/img_85201463.jpgam com ela”, complementa Clay D´Paula. Serviço: Exposição: O Tempo dos Sonhos: Arte Aborígene Contemporânea da Austrália Local: CAIXA Cultural Recife Endereço: Avenida Alfredo Lisboa, 505, Bairro do Recife, Recife - PE Período: 13 de junho a 05 de agosto de 2018 Abertura: 13 de junho às 19h Visitação: 14 de junho a 05 de agosto de 2018 Horário: terça-feira a sábado, das 10h às 20h | domingo, das 10h às 17h Classificação indicativa: Livre Entrada gratuita

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Artista Daniel Cavalcanti monta primeira exposição individual no Recife

O artista plástico pernambucano Daniel Cavalcanti abre, no dia 7 de junho, sua primeira exposição individual, na Garrido Galeria Eventos, do marchand Armando Garrido, em Casa Forte, Zona Norte do Recife. Intitulada de 'Cores de Noronha', a mostra surgiu durante viagem feita pelo artista ao arquipélago pernambucano, onde se encantou com as cores exuberantes da natureza local. Inspirado pela beleza das ilhas, Daniel criou uma série de 13 telas de pinturas abstratas, que remetem às ondas, o céu, as rochas, o sol e todas as cores e formas da localidade paradisíaca. "A beleza e a vibração de Noronha mexeram comigo. Foi assim que estas telas surgiram: foi a expressão do meu sentimento frente à grandeza daquele lugar. A exposição já era um desejo antigo e depois tudo foi acontecendo e fluindo para que realmente se realizasse. Encontrei o lugar e as pessoas ideais.", explicou o artista. Sob a batuta de Léo Silva – colecionador de arte e proprietário de mais de 200 obras de assinadas por nomes como Reinaldo Fonseca, Ploeg, Edson Menezes, José Claudio, Pragana, entre outros - que faz sua estreia como marchand, o vernissage começa às 19h, com um coquetel para convidados. Durante o vernissage serão vendidos catálogos que trazem imagens dos quadros. “Foi uma forma que encontramos de disponibilizar o trabalho para mais gente.” – explica o Daniel. A exposição fica aberta ao público até o dia 30 de junho, com entrada gratuita. Sobre o artista: Daniel Cavalcanti começou a pintar sobre telas em meados de 2015. O que era apenas um hobby ganhou força com o apoio dos amigos e familiares. No ano seguinte, o pernambucano resolveu se dedicar às artes plásticas, chamando a atenção de arquitetos reconhecidos no Estado, o que garantiu a sua participação na Casa Cor Pernambuco, em 2017. No mesmo ano, abriu seu estúdio de artes plásticas, em Boa Viagem. Em 2018, Daniel Cavalcanti fez sua primeira exposição coletiva na 19ª Expo de Artes do Imip e, recentemente, participou da mostra de arquitetura e decoração RioMar Casa, onde suas telas estiveram presentes na decoração de três ambientes. Serviço: Exposição Cores de Noronha Vernissage: 7 de junho, às 19h Local: Garrido Galeria Eventos (Rua Samuel de Farias, 245, Casa Forte) Período: 7 a 30 de junho

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Mostra “No Coração de Maio de 68” em exposição no IRB

O Instituto Ricardo Brennand segue com seu calendário anual de exposições e traz para Pernambuco, a mostra original, em turnê nacional, “No Coração de Maio de 68”, que ficará em cartaz, de 22 de maio a 22 de julho, na Pinacoteca. Esta exposição marcará o 50º aniversário das manifestações e greves ocorridas em maio de 68, na França. Esta mostra consiste em dois módulos: um conjunto de 43 fotografias tiradas durante os eventos de maio de 1968, pelo renomado fotógrafo Philippe Gras, e por uma série de dois filmes documentários intitulados “Maio de 68, uma estranha primavera” do historiador e cineasta Dominique Beaux. As obras que estarão expostas compõem um projeto liderado pela Associação dos Amigos de Philippe Gras e pela Produtora Filmes dos Quatros Planetas e conta com o apoio do Institut Français e da Aliança Francesa. O relatório fotográfico de Philippe Gras difere de toda a documentação já conhecida. Em primeiro lugar, pela qualidade artística de suas imagens, depois pelo olhar empático e distanciado, focado nos momentos capturados. Porém seus arquivos só foram descobertos após seu desaparecimento em 2007. Já a série de Dominique Beaux permite reler os acontecimentos pelo prisma de testemunhos de atores da política, de partidos, do serviço civil e de unidades de campo, e ajuda a entender os pontos fortes e fracos de uma ordem social. Os Intelectuais do Maio de 68 Aproveitando o gancho, o Instituto Ricardo Brennand vai promover entre os dias 26 e 29 de junho, das 8h às 12h30, o curso “Os intelectuais do maio de 68”, que faz parte da 12ª edição do Para Ler. O objetivo é fazer uma leitura dos intelectuais que vivenciaram o maio de 68, na França, como Edgar Morin, Gilles Deleuze, Pierre Nora, Michael Foucault, entre outros. O curso será ministrado pelo prof. Dr. François Dosse e as inscrições poderão ser feitas pelo site www.institutoricardobrennan.org.br. Mais informações pelo (81) 2121.0352 Serviço: Exposição No Coração de Maio de 68 Local: Pinacoteca do Instituto Ricardo Brennand, Alameda Antônio Brennand, S/N – Várzea. Visitação: de 22 de maio a 22 de julho Horário: Terça a domingo, das 13h às 17h. Ingressos: R$ 30,00 (inteiro) e R$ 15,00 (meia entrada) - Pessoas com deficiência, estudantes, professores e idosos acima de 60 anos mediante documentação comprobatória. Informações: (81) 2121.0352/ 0365

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Pesquisa da Sociedade Brasileira de Dermatologia conclui que exposição solar leve não impacta na produção de vitamina D

Um estudo inédito promovido pela Sociedade Brasileira de Dermatologia, durante o II Simpósio Nacional de Cabelos e Unhas, em agosto de 2017, no Rio de Janeiro, identificou que a utilização do fotoprotetor e exposição leve ao sol não afeta a capacidade de síntese cutânea de vitamina D. Coordenado pelos dermatologistas Flávio Luz (secretário-geral), Clívia Carneiro, Hélio Miot (1o secretário) e Sandra Durães, o estudo contou com o apoio da equipe do laboratório de análises clínicas da Universidade Federal Fluminense (UFF) e envolveu 95 voluntários, entre dermatologistas, alunos e participantes espontâneos. Os participantes foram divididos em três grupos: confinados da exposição solar por 24h, expostos a doses baixas de sol (10-15 min que não chegam deixar a pele avermelhada) com e sem fotoprotetor tópico (FPS 30). Os seus níveis de vitamina D no sangue foram medidos na manhã antes da exposição solar e também na manhã seguinte, permitindo o cálculo da variação desses níveis, no intervalo de 24h. A pesquisa revelou que a variação dos níveis plasmáticos de vitamina D foi maior para o grupo exposto com filtro solar do que para o grupo confinado, mostrando que ocorreu síntese efetiva de vitamina D após breve exposição ao sol, mesmo com filtro solar. “A diferença da variação dos níveis plasmáticos de vitamina D entre o grupo exposto com filtro solar e o grupo exposto sem o filtro não atingiu diferença significativa, indicando que não houve diferença substancial entre a exposição solar leve com e sem filtro solar”, explica Hélio Miot. O médico salienta que a síntese de vitamina D depende de doses muito baixas de UVB em pequenas áreas do corpo. A radiação atinge a pele através do vestuário leve e couro cabeludo, áreas que não são completamente cobertas pelo filtro solar. Entre outras informações decorrentes do estudo realizado pela SBD estão: - O uso regular de filtro solar nas áreas diretamente expostas ao sol para prevenção ao câncer da pele, queimaduras e fotoenvelhecimento tem sido criticado por alguns profissionais como importante causa da hipovitaminose D na população devido à redução de sua síntese cutânea, culpando o dermatologista e sua recomendação do uso de filtro solar. Até o momento, nenhum estudo havia sido conduzido para avaliar e subsidiar recomendações de uso de filtro solar, especialmente, em populações de risco para hipovitaminose D. - A vitamina D é um importante hormônio produzido a partir da ingesta nutricional, e, principalmente (90%) pela pele, a partir da exposição leve à radiação UVB. Desempenha importantes funções no organismo, principalmente no metabolismo ósseo, imunidade e resistência à insulina. Diversas condições clínicas e de hábitos interferem nos níveis de vitamina D, como dietas restritivas, cirurgia bariátrica, obesidade, hepatopatia, nefropatia, idosos, acamados, indivíduos que não se expõem diretamente ao sol, sedentarismo, diabetes mellitus, entre outras. - Significativa fração da população mundial apresenta níveis plasmáticos de vitamina D insuficientes e até deficientes. Isso tem originado políticas de suplementação da indústria alimentar (por exemplo, laticínios, sucos industrializados), ou mesmo suplementação oral em populações de risco (por exemplo, idosos). - Os resultados do experimento subsidiam a manutenção da indicação da fotoproteção regular frente à exposição moderada ao sol e confirmam que a exposição solar mais segura para a pele deva ocorrer fora dos horários de pico do UVB (10h-16h), sob vestuário adequado, sem risco de vermelhidão (o que degrada a vitamina D da pele) e sem compromisso da síntese de vitamina D. - A atual epidemia de hipovitaminose D deve decorrer da ingesta insuficiente e, principalmente, dos hábitos de lazer e de trabalho em ambientes abrigados da proteção solar, característicos da sociedade moderna que não se expõe ao sol no seu cotidiano. Isso não depende do uso de filtro solar. Ademais, há elementos ligados ao indivíduo, como a espessura da pele exposta (reduzida em idosos), má-absorção do intestino (como ocorre em pacientes que fizeram cirurgia bariátrica), medicamentos de uso regular, obesidade, sedentarismo, e variações nos receptores de vitamina D nos tecidos, que interferem com a síntese e disponibilidade de vitamina D.

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Murillo La Greca recebe mostra Vetores

A partir desta terça-feira (8), a união se fará força e movimento no Museu Murillo La Greca, equipamento da Prefeitura do Recife, gerido pela Secretaria de Cultura e pela Fundação de Cultura Cidade do Recife. Reunindo trabalhos de nove artistas, entra em cartaz a exposição Vetores – Mostra Coletiva de Artes Visuais, que promove um encontro panorâmico e quase cartográfico de linguagens diversas, num esforço de mapear paisagens da arte contemporânea. Os artistas que se encontram na mostra são Elen Braga, Adones Valença, Tatiana Cavinato, Renan Marcondes, Mariana de Matos, Betina Guedes, Daniel Cabral e os convidados Lia Letícia e Grupo Favela News. Criando seus próprios espaços, todos eles trazem novas ficções sobre a vida, valendo-se de situações rotineiras, mas muitas vezes não percebidas corriqueiramente, tendo a força como eixo principal do discurso. Elen Braga cria um ambiente que ressignifica os limites atribuídos ao corpo. Contrapondo à máquina, a força brota da fé no trabalho de Adones Valença. A política, representada como vetor de poder, aparece nos trabalhos dos artistas convidados Lia Letícia e Grupo Favela News. A pintura de Tatiana Cavinato evoca a força das utopias, dos delírios e do imaginário e Renan Marcondes lembra a necessidade da pausa, numa instalação convite. Já Mariana de Matos manifesta sua força empoderada em palavras e, por fim, Betina Guedes e Daniel Cabral passeiam pela força de suas geografias simbólicas, mapeando memórias e lugares. A exposição é gratuita e segue em cartaz até o dia 22 de junho. O Murillo La Greca funciona de terça a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h, e, no sábado, das 15h às 18h. Serviço Vetores - Mostra Coletiva de Artes Visuais Visitação: 8 de maio a 22 de junho Horário: De terça a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 17h, e, no sábado, das 15h às 18h Local: Museu Murillo La Greca (Rua Leonardo Bezerra Cavalcante, 366, Parnamirim) Entrada gratuita Informações: 3355-3129

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