Arquivos Formação - Página 2 De 2 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Grupo Alpha investe R$ 5 milhões e abrirá 10 unidades

O Grupo Alpha deve inaugurar 10 novas unidades até o ano de 2022 em diferentes cidades do Brasil. Petrolina, Feira de Santana, Salvador, Recife, Gravatá, Pesqueira, Garanhuns, Piracicaba já são as cidades confirmadas, enquanto outras ainda estão em negociação. O grupo educacional pernambucano espera estar presente em todas as regiões do Brasil em dois anos, investindo cerca de R$ 5 milhões. Para sua expansão, a empresa busca ainda profissionais para formar sua equipe, adequando os seus serviços ao perfil de seu público. Entre 2012 a 2019, vários polos foram inaugurados no interior de Pernambuco e na Região Metropolitana do Recife (RMR), como Serra Talhada, Camaragibe, Olinda e Paulista. Atualmente, o grupo pernambucano já possui mais de 15 polos. “A ideia é criar uma instituição de Ensino de Qualidade, onde todos tivessem o prazer de adquirir conhecimento, além de conquistar uma vaga no mercado de trabalho através do sonho de realizar uma faculdade", disse a CEO, Luciana Vitor. Além dos cursos de Graduação, Pós-Graduação, Cursos Técnicos e Cursos de Aperfeiçoamento, o grupo oferece o Colégio Alpha, um projeto de Educação Básica, que oferta os níveis de Educação Infantil e Fundamental. A sede da empresa fica no bairro da Boa Vista. As outras unidades estão espalhadas na Região Metropolitana do Recife: Janga, Camaragibe, Igarassu, Olinda, Cabo de Santo Agostinho, além de cidades do interior de Pernambuco, como Palmares, Caruaru, Carpina, Goiana, Vitória de Santo Antão, Petrolina, Serra Talhada. O grupo também se faz presente em algumas cidades do Brasil, como Natal, e em duas cidades do Rio Grande do Norte.

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TIM Tec oferece cursos online e gratuitos durante as férias

Para ajudar quem busca atualização ou mesmo recomeçar a vida profissional, o Instituto TIM oferece diversos cursos livres, gratuitos e à distância com o TIM Tec. O vasto conteúdo é voltado a diversas áreas como empreendedorismo, estruturação web, programação, produção de texto, programação em linguagem java, programação de games, entre outros. A iniciativa está apoiada no conceito MOOC, em que qualquer pessoa pode acessar a ferramenta pelo site e fazer os cursos gratuitamente. O TIM Tec conta, atualmente, com 30 cursos diferentes, desenvolvidos por especialistas selecionados pelo Instituto TIM a partir de diretrizes da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do Ministério da Educação (Setec/MEC). O conteúdo pode ser acessado por qualquer interessado pelo site cursos.timtec.com.br.

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Deloitte: Empresários do NE planejam investir em qualificação em 2020

O levantamento da Agenda 2020, realizado pela Deloitte, traz as perspectivas para um cenário mais positivo para os negócios em 2020 de 1.377 empresas que, juntas, faturam o equivalente à metade da riqueza gerada no País, totalizando R$ 3,5 trilhões em receita no último ano. O levantamento apontou que 97% dos empresários do Nordeste, que participaram da pesquisa, pretendem melhorar a qualificação de seus funcionários e 95% desejam adotar novas tecnologias em suas organizações se o cenário econômico se mostrar positivo em 2020. Mais investimentos em Educação (95%) e investimentos na Saúde (78%) são itens apontados como principais prioridades esperadas do governo para 2020. O combate à corrupção, que se destacou com 72% na edição anterior, esse ano foi apontado por apenas 57% dos respondentes. “A Agenda 2020 indica claramente que os líderes empresariais estão acompanhando de perto uma série de temas da agenda pública, especialmente no campo social, e entendem que as respostas a essas pautas são capazes de influenciar a promoção da competitividade e da confiança para a realização de investimentos”, ressalta Altair Rossato, CEO da Deloitte. Como ação estratégica, o Nordeste se mostra cauteloso em investir, sendo a região que menos pretende adquirir outras empresas no próximo ano (48%). Também em relação à expansão dos negócios, assim como o empresariado das regiões Centro Oeste e Norte, os resultados indicam que os empreendedores devem aguardar um cenário mais positivo da economia para investirem. Apesar disso, à frente das demais regiões, 44% afirmam que devem abrir novas unidades de produção, caso esse ambiente econômico se desenvolva. Mais informações sobre a pesquisa "Agenda 2020" em http://www.deloitte.com/agenda2020.

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Inscrições abertas para o Programa de Desenvolvimento Gerencial do INTG

Como se preparar para os novos desafios da liderança? Esse é o mote da nova turma do Programa de Desenvolvimento Gerencial (DG) lançado pelo INTG para 2020. O curso é voltado para empresários, gerentes e dirigentes, com o objetivo de impulsionar a competitividade das empresas por meio da preparação dos seus profissionais. O conteúdo da formação aborda  temas como gestão estratégica de pessoas, gestão da mudança e gestão da inovação, desenvolvimento de equipes, entre outros (veja o conteúdo completo no link abaixo). "Desenvolver uma visão mais estratégica da liderança e formar profissionais com maior capacidade de engajamento e mobilização de suas equipes são alguns dos resultados esperados no programa", afirma a consultora Andréa Carvalho, que faz a coordenação executiva desta edição ao lado da consultora Luciana Almeida. A coordenação técnica do curso é dos consultores Francisco Cunha e Cármen Cardoso. Os encontros do DG 2020 acontecerão quinzenalmente, nas terças-feiras, das 18h às 22h. Mais informações através do link: DG2020. As inscrições podem ser feitas no endereço: www.dg2020.intg.org.br  

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Cesar School promove segunda turma do Eita!

Nos dias 7 e 8 de fevereiro o Cesar School está promovendo uma a nova turma do EITA! Trata-se de um treinamento de dois dias com o objetivo de preparar profissionais para enfrentarem, de forma ativa, os desafios de um mundo em constante transformação. O coodenador Rodrigo Cursino conta que no curso os alunos aprenderão sobre temas essenciais para que se tornem agentes de transformação nas organizações. "Isto se dará através do uso de técnicas facilitadoras para entender sobre o mindset da agilidade, como ter atitudes empreendedoras e inovar com propósito". O EITA! é estruturado em quatro pilares: atitude empreendedora, inovação, tecnologia e agilidade. O treinamento é voltado para profissionais das áreas de recursos humanos, de saúde, de comunicação e Marketing, além de líderes e gestores de projetos e pessoas empreendedoras. A carga-horária total é de 16h. O investimento é R$960,00 Para acessar mais informações e realizar inscrições no treinamento, basta acessar http://bit.ly/treinamento-eita

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Jeoás Farias promove curso sobre Presença Digital

O jornalista Jeoás Farias promove no dia 21 de setembro, no Impact Hub, o curso Presença.Digital - Planejamento e Gestão. Com duração de 7 horas/aula, a formação está dividida em quatro módulos, voltada para profissionais liberais, empresários ou empreendedores que já tem conhecimento sobre a dinâmica das redes sociais, mas quer tem o objetivo de se apropriar mais do dia a dia do seu site, redes sociais e WhatsApp institucionais. Os módulos do curso são Cliente+, Conteúdo+, Gestão+ e Relatório+. O investimento no curso é a partir de R$ 350 (valor promocional até o dia 13 de setembro).  Material completo do curso e coffee break estão inclusos. "Eu capacito empresas e profissionais para gerenciar as suas redes sociais, dentro de lógicas estruturais para fazer que a comunicação funcione", conta o jornalista.  Se você não entende para que servem as hastags, tem dificuldade para realizar uma anúncios online no Facebook ou Instagram, por exemplo, ou precisa avançar na compreensão das métricas da sua rede, esses são alguns dos temas cobertos pela formação. "Sobre a empresa, fazemos também uma imersão para mostrar que se a gente não souber quem somos nós (empresa, produto e cliente), não teremos o que falar. Quem sou eu? O que oferece? Qual o meu público alvo? Temos material para analisar isso no curso. Isso é importante para captar o melhor de você e apresentar o que você é nas redes sociais", explica Jeoás. A formação é voltada para profissionais de comunicação, profissionais liberais (como médicos, engenheiros, advogados, corretores de imóveis), além de grupos corporativos. As inscrições podem ser realizadas no Sympla: bit.ly/cursoPresencaDigital.  

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AESO-Barros Melo promove curso de Comunicação e Oratória

A boa comunicação é atributo importante no mercado de trabalho. A fim de colaborar para o desenvolvimento desta técnica, as Faculdades Integradas Barros Melo (AESO) promovem o curso de Comunicação e Oratória, com o professor Vicente Santos, que carrega experiência de quarenta e oito anos de ensino, dia 14 de setembro, das 8h às 18h, na Videoteca da instituição. “Cada vez mais é preciso, em qualquer atividade profissional, que tenhamos uma comunicação eficiente. Ao longo da minha trajetória, observei que as pessoas falham muito na hora de expressar-se, de falar em público. É bem comum o nervosismo e a timidez aflorarem nesse momento, causando enorme prejuízo ao emissor”, argumenta o palestrante. O objetivo do curso, de um dia, é trabalhar, com os estudantes, técnicas e estratégias fundamentais para a comunicação oral. O professor também vai destacar a importância da expressão corporal e mostrar alguns erros de postura e cacoetes, que comprometem bastante o discurso. As inscrições podem ser feitas no departamento comercial da FIBAM (Av. Transamazônica, 405, Jardim Brasil II, Olinda, PE/Brasil).Para participar, é preciso fazer o investimento de R$ 150. O valor inclui a apostila e o certificado. Vicente Santos é formado em Letras pela Universidade Católica de Pernambuco, antiga UCP. Fez cursos de extensão na área de Linguística e Comunicação. Foi professor de grandes colégios e cursos do Recife. Há 13 anos, participa do Projeto Educação da TV Globo Nordeste. SERVIÇO Curso de Comunicação e Oratória Quando: 14 de setembro, das 8h às 12h e das 14h às 18h. Onde: Videoteca das Faculdades Integradas Barros Melo (AESO) - Av. Transamazônica, 405, Jardim Brasil II, Olinda, PE/Brasil Quanto: R$ 150. Inscrições: Departamento Comercial AESO-Barros Melo Informações: (81) 2128-9762

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Professores também querem aprender

As novas tecnologias digitais mudaram a maneira como os estudantes adquirem informações e, por consequência, estão pressionando uma transformação da escola. O acesso a conteúdos do mundo inteiro ao alcance de poucos cliques empoderou os alunos. Aulas em vídeos, textos e infográficos de diversos autores além de jogos educativos são atualmente alguns dos caminhos mais dinâmicos e lúdicos trilhados pelas crianças e adolescentes no processo de aprendizado. Um cenário que desafia o professor a assumir um novo papel, não mais de transmitir os assuntos. O educador do Século 21 está se transformando em um curador na sala, um profissional que orienta a construção do conhecimento. Além disso, é incitado a ter um trabalho mais dinâmico na condução das aulas. O protagonismo do aluno na sua própria formação, um dos temas mais recorrentes dos últimos anos na discussão sobre a aprendizagem, suscitou uma nova atitude também dos docentes. “Uma das demandas que estamos enfrentando é a necessidade de um protagonismo do professor”, aponta Patrícia Smith, professora do Departamento de Métodos e Técnicas da UFPE e doutora em Educação pela University Of Newcastle Upon Tyne. Para Patrícia, as dificuldades do professor para alcançar o engajamento dos estudantes são diversas. Currículo denso, pressão do tempo e da aprovação dos exames de acesso à universidade e a própria estrutura física das escolas são barreiras. Entraves também identificados pelos alunos, que os levam a perder o interesse pelo espaço de aprendizagem formal, que é a aula. “Nos últimos anos temos uma escola desinteressante para os estudantes. Mas eles são sociáveis na sua vida, são protagonistas no seu meio e alguns deles são até líderes. Mas quando chegam na sala não decidem nada. Todo mundo diz a eles o que devem fazer”, exemplifica Smith, apontando uma das raízes da desmotivação dos jovens nas instituições de ensino. No workshop Algomais Educação 2018, realizado em setembro, alunos de 10 escolas públicas e privadas do Recife e de Olinda falaram sobre o que consideram positivo e negativo no aprendizado. O estudante Cassiano de Oliveira, da Escola Municipal Vila Sésamo, aponta que uma boa aula é aquela em que o professor consegue a atenção dos alunos sem ser rigoroso. “Na nossa escola já aprendemos usando música. Também fizemos um trabalho sobre fotografia, produzindo imagens sobre o que nos representa e o que não nos representa. Algumas dessas experiências são únicas, em que conseguimos aprender até brincando. Precisamos de mais aulas dinâmicas”, deseja. Outra demanda quase que unânime dos estudantes é por práticas pedagógicas que apresentem o conhecimento aplicado. As teorias e aprofundamentos de conteúdo descontextualizados são apontados como fatores que reduzem o interesse na escola. “Vejo que a maior dificuldade é pôr em prática o conhecimento. Sempre me pergunto: como vou usar isso na minha vida? Acho que todos já fizeram esse questionamento como aluno”, disse Ana Camila Nogueira, aluna do Colégio Madre de Deus. A dificuldade em aplicar o tempo necessário para promover a aprendizagem é outro desafio apontado pelo estudante Johnny Hsu, do Colégio Marista São Luiz. “Existe a necessidade de termos mais qualidade na didática. Mas outro problema é a duração das aulas. Como promover uma abordagem mais dinâmica em uma aula de 45 minutos? O pensamento fica inconcluso e já passamos para a aula seguinte”. Além das dificuldades e anseios apontados pelos estudantes, o docente atravessa atualmente um novo momento dentro das escolas. Ao mesmo tempo em que é cobrado para ser o protagonista da organização de uma aula mais atrativa, ele passa a ter um papel de curador. Um profissional que indica as fontes de estudo de qualidade, estimula a pesquisa e contribui para que o estudante alcance maior autonomia na sua formação. Um orientador do processo de aprendizado dos alunos, perfil que há pouco tempo era mais comum apenas no ensino superior. O sociólogo francês Edgar Morin, no projeto Fronteiras do Pensamento, definiu por meio de uma ilustração, o novo papel do docente. “Ele deve ser o regente da orquestra, observar o fluxo desses conhecimentos e elucidar as dúvidas dos alunos. Por exemplo, quando um professor passa uma lição a um estudante, que vai buscar uma resposta na internet, ele deve posteriormente corrigir os erros cometidos, criticar o conteúdo pesquisado. É preciso desenvolver o senso crítico". Para Rogério Cavalcanti, professor de geografia do Colégio Fazer Crescer, o grande desafio da docência é justamente aguçar a curiosidade dos alunos e estimulá-los a pensar na aplicação dos conteúdos. “Educação não é um banco de conhecimento. Paulo Freire defendia que é preciso colocar uma fagulha, de alguma forma acender a curiosidade dos estudantes”. Rogério faz uso de práticas pedagógicas que privilegiam o diálogo para estimular o interesse dos alunos pela aprendizagem. Ele trabalha com as redes sociais e as novas tecnologias que são usadas pelos alunos e promove momentos de reflexão aplicada sobre os assuntos de aula. “Uma das atividades é fazer com que os estudantes se imaginem como gestores públicos que precisam resolver ou minimizar um problema real de um bairro ou de uma cidade. Assim discutimos em sala conteúdos como urbanização e formação econômica do Brasil. Os conhecimentos são socializados e apontam para uma aplicabilidade”, afirma. Para produzir aulas mais dinâmicas e assumir esse papel de curadoria, o grande problema, mencionado por especialistas e reconhecido pelos professores, é que a formação docente nas universidades não os capacitou com as competências exigidas por esse novo aluno e por essa nova escola. “Sentimos falta de oficinas mais práticas para exercer o nosso trabalho. Na universidade tínhamos muitas discussões acadêmicas, que são importantes, mas que não nos habilitaram a exercer nosso trabalho no dia a dia, da própria prática na sala de aula”, aponta o professor Jefferson Góes, do Colégio Equipe. Segundo pesquisa da ONG Todos pela Educação e do Itaú Social, realizada pelo Ibope Inteligência neste ano, “71% dos professores estão insatisfeitos com sua formação inicial. Para eles, faltaram conhecimentos sobre gestão de sala de aula (22%) e fundamentos e métodos de alfabetização (29%). Ou seja, a prática da profissão”. Para reduzir as dificuldades da formação

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Mais crianças no espaço público faz bem para a saúde delas e da cidade

Uma pesquisa encomendada pela marca OMO investigou a rotina de 12 mil famílias em 10 países. O resultado? Cinquenta e seis por cento das crianças passam uma hora ou menos brincando ao ar livre. Esse tempo é menor do que o período dado a presidiários para os banhos de sol em cadeias de segurança máxima. Além de acarretar problemas no desenvolvimento das crianças, mantê-las muito tempo em ambientes fechados faz com que percam a relação com a cidade. Perde-se também o sentimento de pertencimento com o local onde vive. Não raro, especialmente os filhos da classe média, mal conhecem o bairro onde moram. Numa crônica publicada na Algomais, Joca Souza Leão destacou o espanto do primeiro encontro de seu neto, Pedro, com o Centro do Recife. "Como os meninos de classe média da sua idade, 10 anos, Pedro só conhecia os caminhos da escola, do clube, um ou outro parque, a praia de Boa Viagem, shoppings, aeroporto e saídas da cidade para o interior e litoral. De carro. E de bicicleta, com o pai, João, em algumas incursões pelas precárias ciclovias domingueiras", contou o cronista. A falta de segurança urbana é um dos principais motivos que leva os pais a resguardarem seus filhos entre quatro paredes. O engenheiro Leonardo Maranhão, por exemplo, diz que costumava fazer passeios com o filho, mas abandonou a atividade há um tempo: "eu poderia correr em um parque com ele. Mas a insegurança não deixa. Ele tem que ficar gradeado". Já a administradora de empresas Silvana Queiroz queixa-se da falta de áreas verdes na cidade. “Acho muito importante o contato com a natureza, porém não é fácil numa cidade como o Recife, com poucas praças e até mesmo porque a parte de areia da praia ficou muito restrita. Os pais realmente têm que ser criativos para estimular esta interação ou buscar alternativas”, lamenta. Mas urbanistas defendem que esses problemas devem ser enfrentados pela população. A arquiteta e urbanista Clarissa Duarte, professora e pesquisadora da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) adverte que quanto mais gente na rua, mais segura ela se torna. Ela destaca o quão necessário é o esforço de todos para mobilizar e causar a mudança de hábito nas crianças. E um ponto de partida é deixar o automóvel na garagem: “se cada um de nós não tiver um pouco de coragem para ‘reconfigurar’ sua zona de conforto e passar a utilizar menos o transporte particular individual, as crianças jamais terão a oportunidade de perceber uma cidade diferente, mais coletiva, mais saudável e divertida”, defende a urbanista que leva seus filhos desde pequenos a pé ou de bike para a escola. Mas, ela mesma admite como foi difícil deixar o mais velho, Vicente, de 9 anos, ir para o colégio, sozinho e a pé, num trajeto de um quilômetro. "Ele me disse: Mãe! Não é você mesma quem diz que podemos ser assaltados em qualquer lugar? Mesmo dentro do carro ou entrando no portão de casa? Eu tô ligado!", relembra a urbanista. "Como o pai já havia concordado, só me restou encorajá-lo e testar a nova experiência urbana, que nada mais era do que a confirmação de que os milhares de dias indo a pé ou de bicicleta, com a nossa companhia, o preencheram de autoconfiança e do desejo de caminhar pela sua cidade". A jornalista Vanessa Bahé é outra mãe que costuma levar o filho Eduardo para a escola de bicicleta, desde o início de 2017. Aos poucos também tem dado mais autonomia para ele nas ruas. “Ele sente na pele a falta de cuidado com o pedestre e ciclista no nosso trânsito. Este ano passei a levá-lo na bicicleta dele, pois está crescendo. Vou ao lado dele na via e, como não temos uma ciclovia na cidade, usamos uma faixa de carro mesmo. Sinto que muita gente respeita quando vê que estou acompanhando uma criança, mas, vez ou outra, alguém buzina para ultrapassar a todo custo”, relata. Apesar dos percalços, Vanessa e o filho continuam usando o modal e acreditam na mudança: “quanto mais pessoas usarem a bicicleta, mais consciência terão. Isso é um processo de construção. Torço para que essa relação carro, transporte público e bicicleta seja saudável e todos se respeitem”. MENOS CARROS Assim como Vanessa, muitos ativistas e urbanistas torcem para que aumente o número de pessoas que levam seus filhos a utilizar as ruas e que esse movimento estimule políticas para assegurar espaços públicos seguros e de qualidade. Uma experiência com bons resultados foi a Ciclofaixa de Turismo e Lazer, projeto da Prefeitura da Cidade do Recife que oferece nos fins de semana e feriados 36,5 km de faixa exclusivas para as bicicletas. A iniciativa, segundo a PCR, conquistou a adesão de uma média de 17 mil pessoas por dia, muitas delas pessoas de classe média que, pela primeira vez, pedalaram na cidade com seus filhos. Na verdade, a dependência dos veículos motorizados, um costume desenvolvido nos centros urbanos dos séculos 20 e 21, diminui a utilização das ruas, dando espaço para as quilométricas filas de carros vistas diariamente no trânsito da cidade. A Nova Agenda Urbana, desenvolvida na Terceira Conferência das Nações Unidas sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentável – Habitat III partiu com a ideia de promover a mobilidade urbana sustentável ligada às temáticas de idade e gênero, atreladas ao desenvolvimento territorial. Para Clarissa, a chamada mobilidade ativa estimula a humanização das ruas. “Além de ser mais saudável para todos, caminhar ou pedalar oferece a oportunidade de observar, conviver e trocar experiências com pessoas diferentes de si e é uma das principais chaves para a conquista de uma cidade mais justa e sustentável”, observa a urbanista. “Se apenas vivemos limitados aos espaços de nossas casas, condomínios, escolas, clubes e shoppings, não temos a chance de conhecer outras realidades, pessoas de classes sociais diferentes, com necessidades e gostos distintos dos nossos. A rua é o espaço da troca por excelência, e estar na rua (fora de um carro!) nos ensina a ser mais respeitosos e cuidadosos

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