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Iperid

Gilberto Freyre Neto

"Pernambuco deveria pensar em exportar para a Costa Ocidental Africana"

Novo presidente do Iperid, Gilberto Freyre Neto, fala dos seus planos à frente da entidade, analisa a conjuntura internacional e destaca as mudanças no comércio mundial com a Nova Rota da Seda. O megaprojeto da China prevê uma conexão entre os oceanos Atlântico e Pacífico na América do Sul, e o especialista defende que empresários locais atentem para as oportunidades criadas com essa transformação logística. Uma profunda transformação no comércio internacional está em curso com a Nova Rota da Seda, protagonizada pela China e que pode beneficiar o Brasil nas suas relações comerciais com outros países. Num dos percursos dessa rota, o Gigante Asiático planeja criar uma conexão entre os oceanos Pacífico e o Atlântico na América do Sul, numa alternativa logística mais rápida para suas importações e exportações.  Como parte da estratégia foi construído o Porto de Chancay, no Peru, um megaprojeto chinês inaugurado no ano passado. O trajeto seria completado por estruturas ferroviárias e hidroviárias que atravessariam o País até chegar a um porto no litoral brasileiro. Mas ainda não existem definições a respeito, embora os governos de Brasília e Pequim estejam em intensas conversas sobre o assunto. Para o novo presidente do Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia), Gilberto Freyre Neto, a rota bioceânica traz boas perspectivas para Pernambuco. Mesmo que num primeiro momento sejam beneficiados apenas os estados no Brasil que forneçam proteína animal, minério e grãos à China, a tendência é que novas linhas ferroviárias sejam conectadas a esse percurso. Assim, Suape poderia escoar mercadorias chinesas e também produzidas no Estado para países do outro lado do Atlântico, em especial os situados na Costa Ocidental Africana. A região, segundo Freyre Neto, terá um expressivo crescimento populacional nas próximas décadas. Nesta entrevista a Cláudia Santos, o presidente do Iperid detalha as consequências desse superlativo projeto logístico chinês, reforça a importância da Transnordestina para que Pernambuco possa usufruir desse novo cenário do comércio mundial e fala dos planos à frente da entidade. Quais são seus planos à frente do Iperid?  Temos dois eventos, que promovemos anualmente, e vamos realizá-los também em 2025. O Iperid Global Trends, uma abordagem que traz as tendências do mundo para Pernambuco. Estamos no tempo quente das tendências globais, vivemos um ciclo de guerras entre Ucrânia e Rússia, Paquistão e Índia, Israel e Palestina, além da participação americana nesses conflitos e a presença da China dentro dessa nova equação de poder global, uma guerra comercial sendo travada entre China e Estados Unidos. São tendências globais com um grau de complexidade talvez nunca visto nessa civilização moderna, são debates muito desafiadores para todos nós. Temos também a Conferência Guararapes, que é um mergulho em temas estratégicos, com os quais debatemos com instituições como as Forças Armadas, órgãos de planejamento do Estado, governos federais, estaduais e municipais, sociedade civil e universidades. São temas em campos estratégicos como energia, clima, e tudo isso hoje dentro de um escopo que causa guerra, causa conflito, movimentos que precisamos conhecer e entender. São assuntos que fazem parte das estratégias das instituições que se representam dentro desse colegiado das relações internacionais que têm Pernambuco como polo consular, por ser parte desse Saliente Nordestino (a parte da América do Sul mais próxima da África e relativamente próxima da Europa que abrange cidades como as capitais Maceió, Recife, João Pessoa e Natal). Não utilizamos adequadamente essa projeção de Pernambuco como polo consular. São 42 consulados, se eu não me engano, que se representam aqui. Isso é um número considerável. Essa projeção de Pernambuco oferta para a diplomacia no seu espectro mais amplo – diplomacia econômica, científica, cultural, educacional – um soft power, uma cultura rica, uma identidade forte, uma condição de trocas culturais muito interessante com os países amigos. Isso precisa ser melhor utilizado pelos próprios governos mas, acima de tudo, pela sociedade para impulsionar investimentos estrangeiros como, por exemplo, a atração de empresas do exterior que queiram instalar aqui uma fábrica. Disso decorre a necessidade de se traduzir a cultura brasileira empresarial para esse estrangeiro.  "Um colegiado das relações internacionais tem Pernambuco como polo consular, por ser parte desse Saliente Nordestino. Não utilizamos adequadamente essa projeção do Estado." Temos uma diversidade de representações diplomáticas que oferta essas relações que começam sempre no debate sobre cultura. As pessoas primeiro querem se conhecer para, depois, estratificar seus próprios interesses, e isso vai sendo organicamente absorvido por instituições, empresas, pelo turismo, pela sociedade. É dentro desse conceito que o Iperid se impõe. O Iperid é um espaço de catálise para isso acontecer da melhor maneira. Temos condições de ser o elo com o estrangeiro que de nós conhece pouco ou conhece só o estereótipo.  Além disso, vamos fomentar o debate em outros temas como realização da COP 30, em Belém. Outros assuntos pelos quais transitaremos também são mais soft power, dizem respeito à relação do Brasil com nações que reconheceram a independência do País, há 200 anos, que estão nos ofertando possibilidades de cooperações internacionais em campos da ciência, tecnologia e meio ambiente.  O que está sendo programado? Está sendo debatida a realização, no segundo semestre de 2025 e no primeiro semestre de 2026, de uma série de atividades como forma de marcar esses 200 anos de reconhecimento das relações internacionais. Volto a falar da projeção de Pernambuco, do Saliente Nordestino, nessa dinâmica. Devido ao ciclo de independência ocorrido aqui (antes de o Brasil se tornar independente em 1822) temos relações diplomáticas construídas, por exemplo, com os EUA desde 1815, é a representação diplomática americana mais antiga nas Américas. Isso demonstra o apreço de Pernambuco por seus interesses democráticos, representativos e pelas relações com países que tinham, nas suas dinâmicas liberais, modelos a serem seguidos. Esse apreço aconteceu com França, Reino Unido e vem sendo construído com todos os povos que, por identidade, se fazem representar aqui.  No Iperid, fazemos as traduções adequadas de Pernambuco para o mundo, seja o mundo ocidental, ibérico, anglo-saxão, europeu, sul-americano, latino, Costa Ocidental Africana ou para o mundo asiático, que faz parte do

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marco alves iperid

Marco Alves: "Pernambuco peca em política externa"

Especialista em direito internacional e fellow do Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia) analisa o impacto de uma recessão global e da guerra na Ucrânia e as perspectivas do Brasil no cenário internacional. Num mundo a caminho de uma recessão global, que vive o acirramento da disputa entre China e Estados Unidos pela hegemonia econômica mundial e o impacto da guerra na Ucrânia, o fortalecimento dos Brics e do Mercosul é um fator positivo para o Brasil, segundo Marco Alves. Mestre em Ciências Políticas, em Direito Internacional e Europeu e em Relações e Negócios Internacionais, Alves afirma que esses agrupamentos evitam a dependência econômica com outros países e cria novas oportunidades, como a possibilidade de os Brics formarem uma área de livre comércio. “Já pensou uma zona comercial de 3,2 bilhões de habitantes? Seria simplesmente a maior zona de livre comércio do mundo, com duas superpotências, líderes mundiais em matérias-primas e hidrocarbonetos e um dos celeiros do mundo”. Com a experiência de ter atuado em 27 países (incluindo o Brasil, onde trabalhou para o Governo de Pernambuco), Marco Alves é fellow do Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia), mora na França e atua no continente africano como especialista na retomada econômica em zonas complexas para organizações humanitárias. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele analisou a redução da influência política e econômica da Europa, como consequência da guerra na Ucrânia, ressaltou a importância do presidente Lula para a inserção do Brasil no cenário internacional e lamentou que Pernambuco não aproveite a rede consular de que dispõe, como estratégia para se destacar no mercado externo. O mundo caminha para uma recessão global? Quais seus reflexos no Brasil e em Pernambuco? Muitas das agências internacionais anunciam o risco de recessão para boa parte do mundo. O Banco Central Europeu já fala [que pode atingir] metade dos países da Zona do Euro, incluindo Alemanha e Itália, duas principais potências industriais do conjunto. Nos Estados Unidos, esforços do Banco Central estão reduzindo o aumento da inflação, mas terá impactos na atividade econômica do país pela limitação do acesso ao crédito. Eles só vão se segurar graças a uma economia extremamente subvencionada em detrimento do resto do mundo. A União Europeia está disposta a ir pelo mesmo caminho e aceitar que empresas fechem e o desemprego suba para controlar a inflação. A grande diferença é que na Europa vamos pagar mais caro a energia do que os EUA e vamos importar o gás deles. Na China, vamos ver como o país se recupera da crise da Covid e a abertura total de todas as restrições, o que impactará a economia mundial. Ou seja, vamos todos pagar a conta dessa crise que é de vários níveis (econômica, energética, geopolítica), alguns mais do que outros. Penso no continente africano dependente das compras chinesas de matéria-prima e das ajudas internacionais ocidentais. No Burkina Faso, país que conheço bem, a inflação atingiu mais de 20% este ano, e teve falta de gasolina (tal como em outros países vizinhos). Isso, cumulado às situações de ataques terroristas, dois milhões de deslocados no território, secas e insegurança alimentar agregam dificuldades a uma situação já extremamente complicada. O Brasil vai sentir os impactos, mas, como é costume, um pouco depois dos demais. Não está garantido que haja crescimento para 2023, segundo dados oficiais. A inflação continua presente, apesar de a taxa Selic ter aumentado umas setes vezes (se não estou enganado). O País priorizou vender commodities – em detrimento de um desenvolvimento industrial consolidado – mas como vendê-las se a maioria dos compradores está limitando seus gastos? Qual vai ser a variação do valor das commodities neste contexto internacional? Qual será o valor do barril de petróleo que terá um impacto tremendo no custo das exportações e importações brasileiras? Como equilibrar os desafios externos e internos? São perguntas essenciais e tenho a sensação de que, devido à campanha presidencial, não estão em pauta ainda, mas têm que vir logo. A vantagem que o Brasil tem em relação a outros países é sua capacidade de resiliência e sua reatividade em termos macroeconômicos. Ē um país que reage muito rápido às políticas instauradas. Veremos rapidamente se o que será executado funciona ou não. Em relação a Pernambuco, o Estado tem uma vantagem geográfica tremenda que continua mal aproveitada. Existe, no meu ver, um déficit estratégico por parte do Governo Federal que não soube valorizar o território, mesmo com os investimentos recentes. Existe também uma falta de coerência entre Estados do Nordeste, cada um puxando para seu lado para se tornar hub regional, quando um ponto focal forte traria mais resultado e poderia se espalhar para os demais. E último ponto: Pernambuco peca em política externa, aliás, não há política externa. Nada é coordenado para atuar como um pivô comercial no panorama internacional. Quantos acordos firmados e efetivos temos com outros portos do mundo? Quantas rotas marítimas diretas estão em funcionamento? Acredito que poderíamos ter feito mais, apesar de ter reduzido um pouco essa desvantagem. Acho que os dirigentes sucessivos não dimensionam o quão importante seria colocar Pernambuco no mapa, de fato. Temos uma das maiores redes consulares do País e não sabemos fazer diplomacia econômica. Vamos ter que aprender e fazer. Nesse cenário global, como fica a polarização entre China e EUA pela hegemonia econômica mundial? A guerra na Ucrânia permitiu aos EUA revitalizar a Otan, que estava parada, e fazer com que a Europa queira estar submissa à defesa americana em detrimento de construir uma Europa da Defesa. O segundo impacto da guerra é e será a perda de força da Alemanha. Ela construiu seu modelo econômico com o gás russo barato, agora vai tentar manter sua indústria comprando um gás americano quatro vezes mais caro e sem real possibilidade de reatar com os antigos parceiros, se a situação geopolítica o permitisse, porque foram sabotados os dois gasodutos Nord Stream 1 e 2. Os vencedores deste conflito, do ponto de vista político e econômico, são os

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thales castro iperid

Thales Castro é eleito novo presidente do Iperid

O cientista político e cônsul de Malta, Thales Castro, foi eleito como novo presidente do Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia (Iperid). O vice-presidente para a nova gestão é João Canto, que é um dos primeiros fellows do think tank. Rainier Michael, cônsul da Eslovênia e presidente fundador do Iperid, foi nomeado também como presidente de honra do instituto. "Os novos desafios desse período são realizar um evento internacional forte junto ao Japão no dia 2 de março, aumentar a base de fellows e ampliar a perspectiva do Iperid como entidade que vai consolidar seus quatro pilares: público-político-estatal, diplomático, do mercado privado e o acadêmico. Além disso, pretendemos também lançar o Iperid para o Futuro. Essas são as bases da nossa gestão", afirmou Thales Castro. Thales Castro é cônsul de Malta em Recife. Foi presidente da Sociedade Consular de Pernambuco entre 2010-2019. É doutor em ciência política e professor da UNICAP, coordenando o curso de Ciência Política. Foi eleito presidente do IPERID para o biênio, 2023-2024, em 16/01/2023. João Canto é internacionalista, especialista em logística e em inovação. Possui mais de 10 anos de experiência na área de comércio internacional, na iniciativa pública (Agência de Desenvolvimento Econômico-ADEPE e Complexo Industrial Portuário de Suape) e privada (Netuno, Fiepe e FCA). Atualmente é Consultor de Negócios de Exportação na Acumuladores Moura. Foi eleito vice-presidente do IPERID para o biênio, 2023-2024, em 16/01/2023.

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Iperid entrega Carta Aberta ao prefeito eleito João Campos

Durante o período de campanha eleitoral deste ano o Iperid difundiu entre os candidatos à Prefeitura do Recife a necessidade de ter um olhar estratégico para a paradiplomacia na gestão do poder municipal nos próximos anos. Com a confirmação do resultado do pleito eleitoral, a diretoria do instituto enviou uma carta aberta ao prefeito eleito João Campos, do PSB. Confira abaixo o conteúdo do documento na íntegra, que foi recebido pelo novo prefeito da capital pernambucana. Carta Aberta do IPERID – Instituto de Pesquisas Estratégias em Relações Internacionais e Diplomacia ao Prefeito eleito João Campos Estimado Prefeito eleito do Recife, João Campos, A diretoria do IPERID – Instituto de Pesquisas Estratégias em Relações Internacionais e Diplomacia na condição de primeiro Think Tank do Nordeste e participante da elaboração do projeto O Recife que Precisamos – O MUNDO 2021, reconhece e parabeniza sua vitória. Tendo em vista a proposta apresentada quando de entrevista à Revista Algomais em sua edição 37 de novembro, quando foi indicada a criação do Invest in Recife, colocamo-nos à disposição para apoiar na articulação e criação da agência, criando pontes de diálogos sustentáveis com instituições nacionais e internacionais para fortalecermos o desenvolvimento de um amplo diálogo entre a academia, empresariado, a área parlamentar e consular presentes no Recife. Desta forma receba os mais altos votos de estima e sucesso nesta jornada, Rainier Michael Herbert de Souza Presidente do Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia (IPERID)  

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Delegada Patrícia estará na live O Recife que Precisamos nesta quinta-feirra

Nesta quinta-feira (dia 22) será realizada mais uma live com um candidato à Prefeitura da capital pernambucana para debater as propostas do projeto O Recife que Precisamos 2021. Desta vez, a entrevistada será a Delegada Patrícia. O evento digital é promovido pela Revista Algomais, Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia), Rede Gestão (que congrega mais de 30 empresas e organizações), e o Observatório do Recife e será transmitido no Facebook e no canal do Youtube da Algomais, das 18h30 às 20h. Serão debatidos os seguintes eixos temáticos: O Futuro, que inclui o planejamento de longo prazo da cidade, para além do período de mandato do próximo prefeito, A Cidade, abrangendo o controle e o ordenamento urbano, O Caminho, que engloba a mobilidade sustentável (a pé, de bicicleta e por transporte público) e ordenamento do transporte motorizado. Também serão discutidos: A História, preservação dos bens e marcos históricos e culturais da capital mais antiga do Brasil, primeira a completar 500 anos em 2037, sobretudo no que diz respeito à recuperação do Centro da cidade, O Rio, preservação e aproveitamento do Rio Capibaribe como principal ativo ambiental da cidade e rearticulador do território urbano e O Mundo, que abrange as oportunidades que se apresentam para o Recife no âmbito das relações internacionais e diplomacia, como maior hub consular do Nordeste (43 consulados), nos campos educacional, cultural, do empreendedorismo digital, das relações políticas e dos investimentos. A ancoragem do debate será feita em conjunto pelo presidente do Iperid Rainier Michael e pelo coordenador da Rede Gestão e diretor executivo da Algomais Ricardo de Almeida. A live contará ainda com a apresentação da proposta de O Recife que Precisamos realizada por Francisco Cunha, integrante do Observatório do Recife, e com a participação do repórter da Algomais Rafael Dantas.

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Hoje Mendonça Filho na live O Recife que Precisamos

Mendonça Filho será o primeiro candidato a participar da série de lives que vai debater com os pretendentes à Prefeitura da capital as propostas do projeto O Recife que Precisamos 2021. O evento digital é promovido pela Revista Algomais, Iperid (Instituto de Pesquisas Estratégicas em Relações Internacionais e Diplomacia), Rede Gestão (que congrega mais de 30 empresas e organizações), e o Observatório do Recife e será realizado nesta quinta-feira (8) no Facebook e no canal do Youtube da Algomais, das 18h30 às 20h. Serão debatidos os seguintes eixos temáticos: O Futuro, que inclui o planejamento de longo prazo da cidade, para além do período de mandato do próximo prefeito, A Cidade, abrangendo o controle e o ordenamento urbano, O Caminho, que engloba a mobilidade sustentável (a pé, de bicicleta e por transporte público) e ordenamento do transporte motorizado. Também serão discutidos: A História, preservação dos bens e marcos históricos e culturais da capital mais antiga do Brasil, primeira a completar 500 anos em 2037, sobretudo no que diz respeito à recuperação do Centro da cidade, O Rio, preservação e aproveitamento do Rio Capibaribe como principal ativo ambiental da cidade e rearticulador do território urbano e O Mundo, que abrange as oportunidades que se apresentam para o Recife no âmbito das relações internacionais e diplomacia, como maior hub consular do Nordeste (43 consulados), nos campos educacional, cultural, do empreendedorismo digital, das relações políticas e dos investimentos. A ancoragem do debate será feita em conjunto pelo presidente do Iperid Rainier Michael e pelo coordenador da Rede Gestão e diretor executivo da Algomais Ricardo de Almeida. A live contará ainda com a apresentação da proposta de O Recife que Precisamos realizada por Francisco Cunha, integrante do Observatório do Recife.

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"Educação não é despesa, mas investimento". Confira entrevista com Kenys Bonatti

Numa série de entrevistas com os fellows do Iperid, começamos hoje com Kenys Bonatti Maziero, que é pró-Reitor de Pós-Graduação e Extensão do Centro Universitário UNIFBV e sócio diretor da A7 Consultoria Empresarial. Nessa conversa em formato ping-pong, ele responde três perguntas ao repórter Rafael Dantas sobre educação no cenário global pós-pandemia. O que muda no ensino superior no cenário pós-pandemia? Quando falamos de mudanças na educação, precisamos entender que elas são constantes e sempre em evolução. A pandemia nos trouxe uma aceleração de um processo que já estava em crescimento (Educação a Distância – EAD) com uma perspectiva diferente, as aulas remotas mantiveram o compromisso do dia e horário previstos no formato tradicional, além da frequência controlada. Neste processo, sem adentrar nas adversidades da sociedade em relação a tecnologia, percebemos que muitas pessoas puderam enxergar os benefícios deste formato, em especial o relacionado ao deslocamento (logística). Meu entendimento é de que o formato EAD continuará em crescimento, o formato remoto será integrado dentro da estrutura tradicional criando um ambiente híbrido e as atividades relacionais e práticas serão muito mais valorizadas pelos estudantes. Preparar os profissionais para estarem prontos a atuar num mercado global seguirá sendo uma tendência? Sem sombra de dúvidas, todo este processo tem trazido os profissionais aos seus limites, à um processo de adaptação rápida e entendimento mais ampliado da estrutura organizacional que faz parte. O trabalho Home Office que já é bastante difundido fora do país e vinha em uma crescente, não foi experimentado por nós na sua normalidade, o isolamento fez com que toda uma família estivesse ao mesmo tempo, no mesmo espaço, com responsabilidades distintas, emoções e medos ampliados e concentração comprometida, por um lado foi extremamente positivo no sentido de entendermos nossas necessidades e fragilidades pessoais, por outro aquelas famílias com baixa inteligência emocional entraram em conflito mais elevado. Precisamos entender que cada vez mais a qualificação profissional é essencial, trabalhar nossas questões comportamentais e emocionais, sabendo que a tecnologia sem dúvidas é o elo de conexão entre as pessoas e as empresas e que você pode exercer uma atividade remotamente, ou seja, a tendência é de que as vagas passem a ser cada vez mais disputadas por indivíduos em regiões diferentes, aumentando a competitividade. Apesar desta preparação para um mercado global ser parte das responsabilidades da empresa, lembre-se que você é responsável por ampliar seu conhecimento, invista no seu principal ativo: você. Uma das tendências mais tratadas no meio profissional é a da inovação. Como as instituições de ensino superior tem contribuído com esse cenário? As faculdades e universidades do exterior estão num nível mais acelerado que as brasileiras na questão inovação ou estamos no mesmo patamar? Cada vez mais as Instituições Brasileiras vêm ampliando sua participação em pesquisas, equipamentos de alta tecnologia e programas que tragam inovação para ser discutida dentro do seu Campus. Nossa sociedade ainda precisa virar uma chave conceitual em relação à Educação, precisam entender que Educação não é despesa, mas investimento. Estes aspectos culturais trazem impacto direto ao processo de pesquisa e inovação que requerem comprometimento. A inovação tem sido bem representada pelas startups, modelo que encontra cada vez mais espaço nas Instituições de Ensino Superior. A inovação tem sido responsável por nos entregar ferramentas que facilitam o nosso dia a dia, além de soluções que representem avanço nas mais diversas áreas de estudo de uma sociedade, um exemplo disso neste cenário, são as ações relacionadas à construção de respiradores, tecidos que combatem o vírus, produtos que facilitem a higienização, entre outros apresentados. Se compararmos com as universidades no exterior, percebo que temos dois pontos: a competência e conhecimento dos envolvidos andam em patamares muito equivalentes, por isso temos tantos brasileiros lá fora; o segundo ponto é a questão do investimento e aí sim, temos um distanciamento maior, será preciso ainda uma evolução cultural, política e de gestão para que tenhamos recursos e programas melhor estruturados e suportados financeiramente.

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Conferência: Sahashi destacou aliança entre Japão e EUA

O professor doutor da Universidade de Tóquio Ryo Sahashi palestrou neste final de semana na Conferência Internacional promovida pelos consulados do Japão, de Malta e da Eslovênia e o Iperid no Recife. Especialista em relações internacionais, o convidado especial palestrou sobre “As relações internacionais do Japão: dilemas de segurança, temas estratégicos e perspectiva”. Na palestra, o professor tratou sobre a triangulação Estados Unidos, China e Japão. "Nesse aspecto as relações entre os três é de manutenção de equilíbrio da segurança regional no sudeste asiático", destacou o vice-presidente do Iperid, Thales Castro. De acordo com Thales, o convidado especial ressaltou também a importância da aliança entre japoneses e americanos. "É uma aliança para contrabalancear o poderio da China naquela região. A China ainda é a segunda maior economia do mundo e tem forças armadas de maneira bastante expressiva. O objetivo dessa relação é estabelecer um regime de manutenção das normas internacionais com equilíbrio de poder naquela área. Por isso, a relação com os Estados Unidos é considerada prioritária pelos japoneses". Segundo Thales, a palestra destacou também que a aliança interessa ao Brasil, como referência na América do Sul. "Para o Brasil é importante estreitar as relações com o Japão, abrir a sua economia, mesmo em tempo de calamidade e saúde pública, para que se aprofunde a relação triangulada entre Brasil, Estados Unidos e Japão na América Latina".

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Conferência internacional no Recife recebe professor da Universidade de Tóquio

Os Consulados do Japão, de Malta e da Eslovênia e o Iperid promovem uma Conferência Internacional com a presença do professor doutor da Universidade de Tóquio Ryo Sahashi. A palestra do convidado especial, que é  Phd em relações internacionais, terá o tema "As relações internacionais do Japão: dilemas de segurança, temas estratégicos e perspectiva". O evento acontecerá no próximo dia 14/03 (sábado), às 15h30, na Sala Ibmec da UniFBV Wyden. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo site: http://go.wyden.to/conferenciainternacional

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Exposição Diplomacia & Arte promove encontro cultural

A Casa do Derby recebeu neste mês de dezembro a exposição Diplomacia & Arte. A exposição reuniu produções de fotografias (de Rainier Michael, cônsul da Eslovênia) e de artes plásticas (por Thales Castro, cônsul de Malta) e os lançamentos do livro "O Acordeão Vermelho" (que é assinado por Kátia Gilaberte, embaixadora no Erene, Escritorio do Itamaraty para o Nordeste, e por Luciana Grether) e do CD de música popular brasileira "Bossa Nova Songbook, Volume 4" (de Alberto Lopes Asfora, embaixador do Erene) O evento contou ainda com apresentações musicais do senegalês Cheikh Guissé (voz e violão), juntamente com Johnanthan Malaquias (acordeão), Alexandre Rodrigues (clarinete), Kelsen Gomes (piano). Mais de 15 representações diplomáticas estiveram presentes no evento, que recebeu cerca de 150 visitantes. Em 2020 outras exposições estão previstas pelo grupo para o Recife. A exposição de Rainier Michael está prevista para circular também nas cidades de Brasília e São Paulo, além de atravessar as fronteiras, chegando na Áustria e Eslovênia. O cônsul, que é presidente do Iperid, é fotógrafo e artista Plástico amador, morou nos Estados Unidos, Japão, Alemanha e Áustria e viajou fotografando mais de 30 países. Ele realizou residência artística na Usina de Arte, no município de Água Preta, onde documentou a imponente estrutura industrial da Usina Santa Terezinha. Sua produção fotográfica conta com influência de Henri Cartier, Bresson e Robert Doisneau, assim como Sebastião Salgado. "Sempre procuro realçar os contrastes das formas e da luminosidade nas fotografias, buscando enquadramentos que expressem o cotidiano de forma inusitada", conta. Suas pinturas tem como grande influência o Movimento Modernista Brasileiro (Semana de Arte Moderna de 1922).

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