Arquivos Literatura - Página 8 De 9 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Festival A Letra e a Voz celebra a literatura e a história pernambucana entre os dias 24 e 27

Revisitando as páginas escritas pelos emancipacionistas do século 19, o Festival Recifense de Literatura A Letra e Voz chega à sua 15ª edição, entre os próximos dias 24 e 27 de agosto, no Recife Antigo. O festival, que celebra este ano um dos mais importantes capítulos da história pernambucana, contará com recital de poesia, apresentação musical e espetáculos de dança e teatro, além de palestras sobre os desdobramentos da Revolução de 1817 na literatura, no cinema e na política brasileira. A realização do festival é da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e Fundação de Cultura Cidade do Recife. Em função das obras na Avenida Rio Branco, tradicional cenário das atividades do festival, a programação deste ano migrou para o Cais da Alfândega. Lá, com vista para uma das mais emblemáticas paisagens recifenses, será montada a Feira do Livro e a estrutura para a realização das palestras e mesas, preservando o princípio da celebração do livro e da leitura no passeio público, para fazer reverberar Recife afora toda cultura e toda produção literária. Entre os palestrantes confirmados para o début da feira, estão o escritor e jornalista Paulo Santos de Oliveira, o escritor e dramaturgo Cláudio Aguiar, a cineasta Tizuka Yamasaki, e o historiador Antônio Jorge Siqueira. Também participarão das discussões, como mediadores, a Presidente da Academia Pernambucana de Letras, Margarida Cantarelli, Heloísa de Morais, da Fundação de Cultura Cidade do Recife, e Felix Galvão Batista Filho, diretor do Arquivo Público de Pernambuco. Na quinta-feira (24), a solenidade de abertura do festival começa às 18h, com a execução da Suíte 1817, peça que o instrumentista Múcio Callou compôs, inspirado na Revolução Pernambucana. Na ocasião, haverá ainda o lançamento do 1º Edital da Coletânea de Ensaios sobre o Recife, que selecionará 10 trabalhos sobre passagens históricas importantes da capital pernambucana, para compor a publicação. A partir das 19h, uma mesa redonda protagonizada pelos escritores Paulo Santos de Oliveira e Cláudio Aguiar tratará da Revolução de 1817 como inspiração literária, com mediação da também escritora e magistrada Margarida Cantarelli. No segundo dia de evento, a revolução e seus efeitos na cultura brasileira serão debatidos sob a perspectiva da produção cinematográfica nacional. Na mesa da sexta-feira (25), a diretora com mais de 11 longas-metragens no currículo, Tizuka Yamasaki falará sobre o tema, com mediação de Heloísa de Morais, a partir das 18h. No sábado (26), a programação começa mais cedo. Às 16h, Heron Villar e Thony Silas estarão autografando exemplares do HQ A Noiva. Às 17h, haverá recital poético, seguido de uma mesa sobre a Revolução de 1817 e seu desdobramento histórico na política brasileira. O historiador Antônio Jorge Siqueira desenvolverá o tema e o diretor do Arquivo Público de Pernambuco, Félix Filho será o mediador. O último dia do festival será dedicado à formação de leitores. A partir das 16h do domingo (27), letra, voz e fantasia se encontram nas histórias da contadora de causos infantis e arte-educadora Adélia Oliveira. Às 17h, a programação ganha corpo com a apresentação do Ballet Simone Monteiro. E encerra, às 18h, com a apresentação do espetáculo teatral O Suplício de Frei Caneca, escrito por Cláudio Aguiar, com direção de José Francisco Filho, na Basílica do Carmo. Festa do Livro – Para semear boas leituras entre os recifenses, o Festival a Letra e a Voz contará ainda, entre os dias 25 e 27, com a tradicional Festa do Livro, programação literária de venda de títulos novos e usados a preços diversos. Para esta 15ª edição, foram habilitados 15 expositores, via edital público, entre livreiros, sebistas e cordelistas, que disponibilizarão parte de seu acervo para venda. Em cada estande, será oferecida uma programação com lançamento de novas edições, sessão de autógrafos dos autores e homenagem aos escritores locais e recitais poéticos, para resignificar os espaços públicos e promover uma nova revolução em cada pernambucano, por meio da literatura.  

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Oficinas de fotografia para crianças estimula relação entre imagem e literatura

Criar narrativas através de imagens. Montar imagens a partir de uma história. Caruaru e Olinda recebem o projeto “Fotografia e outras histórias”, que tem o objetivo de desenvolver a linguagem fotográfica de forma lúdica, com inspirações literárias e conta com o incentivo do Funcultura. Ministradas pela fotógrafa Olga Wanderley, as aulas acontecerão em bibliotecas comunitárias e escolares para as crianças das comunidades vizinhas. Cada local terá 32 horas de oficinas, divididas em 8 encontros com 4 horas de duração. Em Caruaru, o trabalho será desenvolvido a partir do dia 21 de agosto, na biblioteca da Escola Municipal Josélia Florêncio da Silveira, no bairro de São João da Escócia. Já em Olinda, as oficinas estão previstas para começar em outubro, na Biblioteca Multicultural Nascedouro, em Peixinhos. O público alvo são crianças com 8 a 11 anos. As atividades propostas no projeto promovem o despertar da curiosidade e da sensibilidade fotográfica. Os participantes realizarão tarefas para aguçar os sentidos, como fazer enquadramentos olhando através de cartões perfurados para exercitarem a capacidade de observação dentro do quadro e caminhar vendados pelo mesmo ambiente para criar histórias sobre aquele local sem utilizar a visão. As aulas têm ainda caráter inclusivo, contando com o recurso de tradução para Libras. As crianças participarão também de uma mini oficina de cartonaria com a equipe da Cartonera do Mar. Eles aprenderão técnicas para montar um livro com o que foi desenvolvido durante as aulas. No final de cada oficina, será realizada uma exposição com os trabalhos dos alunos. O projeto “Fotografia e outras histórias” surgiu de experiências anteriores realizadas em bibliotecas comunitárias no Poço da Panela e no Alto José Bonifácio. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail fotografiaeoutrashistorias@gmail.com. Mais informações no site www.fotografiaeoutrashistorias.com Serviço Projeto Fotografia e outras histórias Onde: Escola Municipal Josélia Florêncio da Silveira (Caruaru) – A partir do dia 21 de agosto Biblioteca Multicultural Nascedouro (Olinda) – Previsto para outubro Carga horária: 32 horas, divididas em 8 encontros Inscrições por e-mail fotografiaeoutrashistorias@gmail.com

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Abertas as inscrições para o 15º Festival Recifense de Literatura

Está chegando a hora de festejar a literatura na cidade que já produziu tantos e tão fundamentais escritores e poetas. Até hoje (11), estão abertas as inscrições para autores locais e nacionais, livreiros, cordelarias, editoras, sebos ou vendedores de livros autônomos interessados em participar do processo de exposição e comercialização de livros e outras atividades literárias do 15º Festival Recifense de Literatura - A Letra e a Voz e da Festa do Livro, que serão realizados entre os próximos dias 24 e 27 de agosto, no Recife Antigo. As propostas deverão ser encaminhadas à Gerência Operacional de Literatura e Editoração (GOLE), no mezanino do Teatro Barreto Junior, no Pina, no horário das 8h às 12h e das 13h às 17h. O formulário de inscrição e mais informações sobre a convocatória estão disponíveis na página da Secretaria de Cultura (http://www2.recife.pe.gov.br/), no site da Prefeitura do Recife. Entre outras informações que se fazem necessárias, os proponentes deverão detalhar suas atividades dentro do setor livreiro, incluindo sua experiência em eventos literários e perfil de seu acervo. O resultado da convocatória será divulgado também no site da Prefeitura do Recife e no Diário Oficial. Após a divulgação, os selecionados terão três dias úteis para apresentar documentação exigida. Serviço: Convocatória para o 15º Festival Recifense de Literatura - A Letra e a Voz e Festa do Livro Período: Até a próxima sexta-feira (11) Inscrições: Teatro Barreto Junior, Rua Estudante Jeremias Bastos , Pina Horário: Das 8h às 12h e das 13h às 17h Informações: 3355-6398 (PCR)

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marcelino freire

Meus textos são gritos

Escritor sertanejo, radicado em São Paulo, Marcelino Freire é dono de um texto forte e enxuto, que tem sido reverenciado pelo público e crítica. Em 2006 ganhou o Prêmio Jabuti com Contos Negreiros. Na entrevista concedida a Cláudia Santos e Rafael Dantas, regada a risos e reflexões, ele fala sobre sua trajetória e critica a glamourização da literatura. Como foi sua infância no Sertão? Sou de Sertânia. Tem 26 anos que moro em São Paulo. Recentemente comecei a pensar de novo na saída da minha família do Sertão de Pernambuco para ir morar em Paulo Afonso, na Bahia. Quase me torno cidadão baiano. Quando eu tinha 8 anos de idade a família veio para o Recife. Minha mãe teve 14 gestações. Dessas, 9 vingaram e eu sou o caçula. Essas mudanças foram motivadas por trabalho? Foi a procura por melhores condições. Agora vocês viram que Sertânia foi manchete nacional, em função da Transposição do Rio São Francisco. Estou agora com 50 anos. Eu estaria esperando água até agora se estivesse na cidade, estaria pulando e fazendo festa naquele lago artificial como meus conterrâneos estão fazendo agora. (risos). Curiosamente, apesar de ter saído muito jovem, Sertânia não saiu de mim. Indiretamente eu peguei essa herança de meu pai. Ele tinha muito receio de que a gente, chegando no Recife, disesse que era do Recife. Acontece muito isso, quando você chega na capital, vindo do interior, você não é de Sertânia, de Cabrobó, você é já do Recife. Eu cheguei com 8 anos e fiquei até os 24. Fiz faculdade na Unicap, não terminei o curso de letras. Depois tive esse chamamento para São Paulo, deixei faculdade, deixei tudo. Lá todo mundo me perguntava de onde eu era, porque eu falava diferente. E eu afirmava com todas as letras: Sou de Ser-tâ-nia. Levei essa herança para São Paulo e estou lá até hoje. Como a literatura entrou na sua vida? Dessa necessidade de ler, de aprender logo. De ganhar uma profissão. Minha mãe insistia que a gente estudasse. Então muito novinho, uns 7 anos, eu já lia. Em um momento, com uns 8 ou 9 anos de idade, a poesia de Manuel Bandeira atravessou o meu caminho. Uma poesia que eu vi em uma gramática de um irmão mais velho. A poesia se chamava “O Bicho”. A partir dessa leitura eu quis ser aquele poeta. Eu gostei daquilo que ele falou para mim. Eu não sabia que existia um homem catando comida na minha rua. Eu via, mas não enxergava. Eu pensei: se ele diz uma coisa que eu não sei, ele deve ter outras coisas que eu não sei para me dizer. Fui atrás do livro do Manuel Bandeira, de outras poesias dele, numa casa que ninguém lia. Não havia biblioteca, daí uma professora sabendo desse meu encantamento, me deu uma antologia do Manuel Bandeira. Eu quis ser poeta a partir dessa contaminação que Manuel Bandeira exerceu em mim. Aí fui atrás de outras poesias e fiquei um menino melancólico. Um menino que achava que iria morrer tuberculoso. Manuel Bandeira tinha tuberculose, fui descobrir outros poetas com a mesma doença, Castro Alves, Augusto dos Anjos. Eu achava que iria morrer cedo. Eu tinha muita melancolia. Nunca fui de exercitar os músculos do corpo. Nunca fui bom de futebol ou de educação física. Eu era bom de escrever e ler poesia. Eu exercitava os músculos da alma. Qual foi a reação de sua mãe ao saber que você queria ser poeta? Nunca vi uma mãe criar um filho e querer que seja poeta quando crescer, mas dessas profissões que você sabe as funções que ela tem. Você sabe para que serve um médico, um engenheiro. Mas para que serve um poeta? Agora, curiosamente, o primeiro lugar que fui respeitado como escritor foi na minha casa, porque eu não era bom para exercitar esses músculos cotidianos. Levantar uma pedra, carregar um balde, fazer uma feira. Era péssimo. Agora me colocasse para escrever! Eu escrevia as cartas da casa. Lia as bulas de remédio da família inteira. Lia a Bíblia para minha mãe. Aí ela dizia: não mande Marcelino fazer isso, mande ele escrever. Eita menino que escreve bonito!. Porque o grande momento meu da criação era quando ela mandava eu escrever as cartas para as comadres dela. Eu escrevia aquelas cartas muito bonitas a partir do que ela noticiava para mim. Eu enfeitava e no final eu lia. E ela se emocionava. Na leitura da Bíblia, lembro que eu inventava milagres. Ela estava acompanhando a leitura, aí ela dizia: Jesus fez isso? Eu dizia: fez. (risos)! Nunca tive muita disposição para as coisas práticas, mas eu lia bastante. Lendo romances, contos, poesias, fui percebendo o poder da leitura. Ora, eu operava milagres (risos)! Eu emocionava pessoas escrevendo uma carta. Eu lia as bulas de remédio da família inteira. Se eu lesse uma bula errada eu matava todo mundo. Desconfie daquele que você julga o mais fraco da casa. (risos). Como foi participar das oficinas de Raimundo Carrero? A partir da leitura de Bandeira comecei a escrever poesia, participando de grupos de poesia já aqui no Recife. Participei de um grupo chamado Poetas Humanos. Paralelo a isso eu trabalhava em um banco. Fui office boy, escriturário e revisor de textos, no finado Banorte. Estava muito cansado do banco, eu ia ser chefe de seção. Quando me vi chefe de seção, eu disse: vou fechar a bodega, minha trajetória não vai por aí não. Cheguei em casa dizendo que fiz um acordo lá e deixei o trabalho. Meus pais disseram: meu filho, o que você vai fazer? Eu disse: vou dar o dinheiro da indenização para vocês e vou passar um tempo conhecendo os escritores dessa cidade. Olha que coisa, no final dos anos 80, deixei o banco numa semana, na outra eu vi um anúncio no jornal dizendo que o Carrero, que eu conhecia de livros, estava criando a primeira turma de criação literária no Recife. Eu disse: é isso! Me escrevi. Acontecia

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5 poetas para conhecer a literatura pernambucana (dicas de Cícero Belmar)

Pernambuco tem uma vasta história na literatura poética. Mas o Estado não tem apenas grandes poetas do passado. Cícero Belmar, jornalista e membro da Academia de Letras de Pernambuco (APL), indica para os amantes da literatura 5 poetas contemporâneos para conhecer mais sobre versos e composições pernambucanas. Confira abaixo as indicações: Cida Pedrosa Sertaneja e atual secretária da Mulher da Cidade do Recife, a poetisa Cida Pedrosa lançou recentemente nova releitura do livro As Filhas de Lilith (poemas). A publicação já foi citada como uma declaração de amor às mulheres, mais do que simplesmente um livro de denúncias. Ela lançou o seu primeiro livro em 1982 (Restos do Fim) e coordenou na década de 80 o Movimento de Escritores Independentes de Pernambuco. Ela tem 7 livros publicados e participações em antologias pelo País e pelo exterior, com discurso feminista e libertário. José Mário Rodrigues Belmar indica também o poeta, jornalista e advogado José Mário Rodrigues. Nascido em Flores, ele é autor do livro "Os Motivos da Eterna Brevidade" e membro da Academia Pernambucana de Letras desde 2014. Na lista de obras do autor estão também: A estação dos ventos (1973); Os motivos (1975); Declaração da eterna brevidade (1979); Para exorcizar a ilusão (1979); Respiração do absoluto ou Ar da solidão (1983); O eterno de todo dia (1987);Trem de nuvens (1997); As rédeas da solidão (1993); Alicerces de ventania (2003). Marco Polo Guimarães Autor do livro "Autopsia do Bípede" (editado pela Confraria do Vento), Marco Polo Guimarães tem um caminho bem diversificado. Músico,integrou a banda Ave Sangria na década de 70. Foi jornalista do Diário de Pernambuco, Jornal do Commercio e revista Continente, entre outros veículos. Tem uma produção literária vasta. Além da poesia, ele envereda também pela crônica em algumas de suas obras. Raimundo de Moraes Belmar destaca que Raimundo de Moraes é o único poeta pernambucano vivo a usar heterônimos (quando não é criado apenas um nome fictício, mas uma nova personalidade para o próprio escritor). Entre as produções do escritor, Belmar destaca o livro Tríade, quando ele uma paródia de três 3 mulheres do sabonete araxá, de Manuel Bandeira. Gerusa Leal Da obra da recifense, Gerusa Leal, Belmar destaca o livro "Versilencios". Com essa obra ela venceu o prêmio Edmir Domingues de Poesia 2007 da Academia Pernambucana de Letras. Ela tem poemas e contos publicados ainda nas coletâneas Contos de Oficina, organizadas pelo escritor Raimundo Carrero. Entre os prêmios da carreira da poetisa estão nos concursos da Fliporto (com o poema Momento) e do Prêmio Maximiano Campos com Os brincos prateados.

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Cepe abre inscrições para terceira edição do concurso nacional de literatura

Começam hoje (27) e se estendem dia 11 de agosto as inscrições para a terceira edição do Prêmio Cepe Nacional de Literatura. O edital e anexos já estão disponíveis no site editora.cepe.com.br, no portal www.cepe.com.br, no face da Cepe Editora e no site da Secretaria de Administração: htttp://www.portais.pe.gov.br/web.seadm. O certame distribui um prêmio total de R$ 80 mil, sendo R$ 20 mil para cada uma das categorias em que está dividido: romance, conto, poesia e infantojuvenil. Além disso, os livros vencedores serão publicados pela Cepe Editora. O resultado está previsto para ser divulgado no mês de dezembro. O concurso foi criado pelo governo do Estado por meio da Companhia Editora de Pernambuco, em comemoração aos 100 anos da Imprensa Oficial do Estado de Pernambuco, instituída em 27 de dezembro de 1915 pelo governador Manoel Borba. O Prêmio tem atraído a participação de autores de todas as regiões brasileiras e também do exterior. Em sua primeira edição, foram registradas 579 inscrições, incluindo as oriundas de Portugal, Estados Unidos, Chile e Holanda. Na segunda, foram contabilizadas 711 inscrições, figurando entre elas as procedentes da Alemanha, Japão, Uruguai e, como na edição anterior, também de Portugal e dos EUA. Em 2016, um dos vencedores foi o pernambucano de Vitória de Santo Antão Walther Moreira Santos, com o livro de poemas Arquiteturas de vento frio. O prêmio é aberto a brasileiros residentes no país e no exterior, bem como estrangeiros naturalizados, que poderão inscrever apenas uma obra em uma única categoria. Outro pré-requisito do concurso é que, além de serem escritas em português, as obras devem ser totalmente inéditas. (Governo do Estado de Pernambuco)  

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Carrero na Bienal do Livro do Agreste

Um dos focos principais da III Bienal do Livro do Agreste, que acontece entre os dias 17 e 21 de maio, na Praça Mestre Dominguinhos, em Garanhuns, é a capacitação. Estão programadas duas oficinas gratuitas. A oficina de Criação Literária será ministrada por Raimundo Carrero, nos dias 18 e 19, a partir das 10h. O escritor vai apresentar os segredos da ficção, através de exercícios e do estudo de escritores clássicos ou consagrados. Já a oficina “Eu, Repórter: a elaboração da notícia pelo cidadão” acontece no dia 18, às 10h, e ficará a cargo dos jornalistas Sheila Borges e Diego Gouveia. A dupla ensinará os participantes a produzir notícia conhecendo esse processo e criando um método próprio de apuração e validação da informação. A III Bienal do Livro do Agreste é uma realização da Associação do Nordeste das Distribuidoras e Editoras de Livros – Andelivros, com apoio da Prefeitura de Garanhuns. Além das oficinas, a Bienal conta com palestras, lançamentos de livros, contações de histórias e shows inteiramente gratuitos e abertos ao público. A intenção é dar à Bienal um caráter regional, atraindo moradores de cidades vizinhas. “É muito importante que tenhamos tido a oportunidade e os meios necessários para fazer da Bienal um evento à altura que Garanhuns merece”, destacou o diretor de feiras da Andelivros, Alventino Lima. Serviço: III Bienal do Livro do Agreste Data: 17 a 21 de maio Horário: 9h às 21h Local: Praça Mestre Dominguinhos Valor: Gratuito http://revista.algomais.com/noticias/raimundo-carrero-realiza-oficina-literaria-na-fenelivro http://revista.algomais.com/noticias/v-festival-riomar-de-literatura-vai-homenagear-joaquim-cardozo-e-hermilo-borba-filho http://revista.algomais.com/noticias/o-jornalismo-me-levou-a-literatura-afirma-cicero-belmar  

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Brasil e Portugal criam prêmio de literatura infanto-juvenil

Os ministérios da Cultura de Brasil e Portugal criaram ontem (5) o Prêmio Monteiro Lobato de Literatura Infanto-Juvenil , como forma de incentivar jovens leitores. A proposta é premiar, anualmente, autor e ilustrador dos países de Língua Portuguesa, conhecidos como lusófonos. O prêmio foi um dos acordos bilaterais relacionados à produção cultural assinados durante a 10ª Reunião de Ministros da Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que ocorreu nesta sexta-feira em Salvador. “Nós [brasileiros] ainda lemos muito pouco e precisamos da formação de novos leitores através desse incentivo às comunidades dos países de língua portuguesa para os seus escritores de literatura infanto-juvenil. É de um grande significado a assinatura desse prêmio e nos moldes de um prêmio exitoso na comunidade, como o Prêmio Camões”, disse o ministro da Cultura brasileiro, Roberto Freire. O encontro reuniu ministros ou  representantes do Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste e ocorre na data em que é comemorado o Dia da Língua Portuguesa. Políticas públicas De acordo com o Ministério da Cultura, a reunião é uma tentativa de definir uma “instância formal que coordene políticas públicas relacionadas à proteção, salvaguarda e promoção do patrimônio cultural material e imaterial dos nove países de Língua Portuguesa”. Durante o encontro, foram debatidas outras formas de apoio e colaboração em produções e trocas culturais. A proposta é valorizar as diversas culturas dos países-membros da CPLP, colocando em prática os acordos bilaterais assinados no encontro. “Nós temos alguns programas importantes, inclusive na visão do impacto econômico que a cultura tem: uma visão de que é necessário não apenas intercambiando documentários, filmes, peças de teatro, mas buscando tudo isso juntos com capacitação, integração econômica, busca de coproduções, para que também haja desenvolvimento desses países, para que não sejam somente receptores dessas culturas, mas para contribuir também nessa reciprocidade”, disse Freire. Após o encontro,  Freire confirmou o apoio a Angola na campanha pela candidatura de Mbanza Congo a Patrimônio Cultural da Humanidade. A região tem reconhecido valor cultural para o país e serviu de base para o reino do Congo, entre os séculos 8 e 15. “O mais importante para nós foi a solidariedade que sentimos da parte brasileira, para a valorização da nossa cultura. Angola viu satisfeita a sua reivindicação, que é o reconhecimento de Mbanza Congo, uma região histórica do nosso país, como candidata a patrimônio da humanidade. Os ministros da Cultura aqui presentes manifestaram a favor da paz e da cultura”, disse a ministra da Cultura de Angola, Caroline Cerqueira. A CPLP foi criada em 1996 e tem como principal objetivo o “aprofundamento da amizade mútua e da cooperação entre os seus membros” e é dotada de autonomia financeira. Além disso, constitui, “em consonância com as diretrizes da política externa brasileira, um foro prioritário de atuação do Ministério da Cultura em sua área de competência”. Cidade da Cultura Como a capital baiana foi escolhida para sediar o encontro, a cidade recebeu o título de Salvador Cidade da Cultura, em declaração assinada pelo ministro brasileiro. Assim será até 2018, quando ocorre uma nova reunião em outro país de língua portuguesa. O Ministério da Cultura informou que a escolha da capital baiana se deu pelo fato de ter sido a primeira capital do Brasil, entre os séculos 16 e 18. Além disso, a cidade é um “ponto de confluência de culturas europeias, africanas, ameríndias e centro de difusão da língua portuguesa nas mais diversas manifestações culturais”. “Nós temos em Salvador, na Bahia, talvez o estado mais multicultural, que tenha a diversidade como algo central e tem a ver com as nossas ancestralidades. E, como de praxe, o país que é presidente temporário da CPLP, a cidade onde se realiza a reunião, se transforma a cidade cultural da CPLP. Para nós, brasileiros, é motivo de muito orgulho de dizer a todo mundo o que significa Salvador”, disse Freire. (Agência Brasil)

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Projeto Arte da Palavra aproxima o público da literatura

O projeto Arte da Palavra, lançado este mês em 12 estados pelo Serviço Social do Comércio (Sesc), vai divulgar até dezembro a literatura no país, promovendo a democratização e facilitando o acesso da população à obra literária. O programa vai percorrer Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Pernambuco, Tocantins, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul. O técnico de Literatura do Sesc, Henrique Rodrigues, disse, em entrevista à Agência Brasil, que a entidade já promove muitas atividades de fomento à leitura usando sua rede de bibliotecas, mas decidiu agora criar esse projeto inédito de promoção da literatura, “fazendo o Brasil se conhecer”, através de circuitos. “Essa é a primeira vez que a gente está criando um circuito nacional de promoção da literatura”, afirmou o técnico. O primeiro circuito do Arte da Palavra envolve bate-papos do público com escritores, que vão para estados onde não residem. "Por exemplo, autores do Espírito Santo e de Pernambuco se juntam e vão circular no Tocantins e em Mato Grosso. Tem sempre essa mistura", informou Henrique. “Outra questão fundamental é que os livros deles vão ser lidos com antecedência em cada localidade, em clubes de leitura e escolas do Sesc, em atividades sistemáticas de estímulo à leitura”, completou. Entre os autores convidados estão Bráulio Tavares, ganhador do Prêmio Jabuti de Literatura Infantil em 2009; Cíntia Moscovich, vencedora do concurso de Contos Guimarães Rosa; e Rafael Gallo, vencedor do Prêmio São Paulo 2016. O segundo circuito de oralidades é voltado para contadores de história, rappers e outras pessoas que trabalham mais a expressão oral da literatura. No último dia 10, esse circuito ocorreu em Maceió, com uma dupla de artistas do Rio de Janeiro que trabalha com poesia e música e que já visitou Belém. A narração de histórias e a veiculação oral da poesia fazem parte do circuito. Criação O projeto inclui também o circuito de criação literária, que trata o tema em suas variadas manifestações em oficinas de literatura. Ao todo, o projeto vai passar por 48 cidades, reunindo 91 artistas e escritores. Henrique Rodrigues revelou que a meta para 2018 é ampliar o número de cidades e estados visitados. “A tendência é, em pouco tempo, que a gente tenha [o projeto] sendo realizado em todos os estados onde tenha o Sesc. A gente considera este ano um teste grande e complexo, com muita gente indo para cidades diferentes”. Como o Sesc tem grande alcance no Brasil, optou-se por fazer essa mistura, explicou Rodrigues. “Ou seja, pegar pessoas de um estado e mandar para outro, bem diferente. A gente quer promover a diversidade no seu sentido amplo”. Disse, ainda, que o grande objetivo do Arte da Palavra é atender à grande demanda socioeducativa e cultural que é a formação de leitores espontâneos de literatura, considerando as diferentes possibilidades de leitura, que ultrapassam o campo do livro impresso e abrangem as manifestações orais, entre outras frentes. Salientou que o Brasil não conhece o Brasil em todas as suas manifestações culturais. “A gente conhece pouco o nosso vizinho. Um estado não conhece a manifestação literária do estado vizinho”. Por isso, Rodrigues acentuou que o projeto visa fazer essa “farofa literária”. “A gente quer fazer com que esse pessoal se conheça; o público conheça mais esse pessoal e eles também conheçam outros públicos”. Metodologia A programação é aberta ao público em geral. O que se estabeleceu como metodologia é que nos encontros com autores e no circuito de oralidade seja feita também sessão voltada para instituições de ensino da rede pública. Isso significa que à tarde, há sessões voltadas para o público escolar e, à noite, sessões abertas para o público em geral. A entrada é gratuita. “Basta chegar”, disse Rodrigues. Somente para as oficinas de criação literária, que têm carga horária, é preciso fazer pré-inscrição, com taxa simbólica no valor médio de R$ 20, “para valorizar a oficina”, ressaltou. (Agência Brasil)

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Por que os médicos escrevem? Final (Por Paulo Caldas)

Antônio Carlos do Espírito Santo Minha motivação para escrever mudou ao longo da vida. Descobri muito cedo que meu lado psico era mais desenvolvido que o lado motor e que minhas tentativas de afirmação em meio aos colegas de escola eram bem-sucedidas no espaço do jornal mural do que no campo ou na quadra. Quando senti que a minha ‘panelinha’ de amigos próximos estava se desfazendo, ao final dos anos de ginásio, fui invadido por uma nostalgia adolescente e escrevi o meu primeiro livro, um manuscrito com ilustrações do autor. Até hoje lamento ter perdido o caderno onde narrei as aventuras que nunca vivemos em terras distantes, com as quais sempre sonhamos. Na faculdade, driblei os anos de chumbo participando das edições mimeografadas de um pasquim onde fazíamos piada de tudo e de todas algumas mais elaboradas, outras nem tanto. Depois, já professor e pesquisador, vieram os inevitáveis artigos científicos, os relatórios de consultoria e dois livros da especialidade que abracei como voto monástico de pobreza; a saúde pública. Paralelamente militava em grupos amadores de teatro, onde comecei o trabalho dramatúrgico, inicialmente voltado para o público adulto e, quando os filhos queixaram-se por não poder assistir as peças que o pai escrevia, me arrisquei a produzir textos para a infância e a juventude, alguns deles levados aos palcos do Recife. Para remediar as frustrações próprias daqueles que buscam organizar os inorganizáveis artistas amadores, rompi durante um tempo com o fazer teatral e me dediquei a transformar os textos em contos e, sabe Deus porquê, optei pelas peças para crianças. Hoje, aos 65 anos e com cinco livros de ficção dedicados a esse instigante segmento de leitores, tento dar um passo talvez maior que as pernas, que é a escrita de um romance. Amanhã, não sei qual será a minha motivação porque parafraseando Hipócrates, a quem tomamos como pai da Medicina, a arte é longa e a vida, curta. Wilson Freire Não acredito na correlação direta entre a pessoa ser médico(a) e ser escritor(a). Creio que o fato de existirem muitos desses profissionais exercendo esta outra atividade (de forma amadora ou profissional), não passa de probabilidade estatística. Assim, como estes, outras profissões também têm seus escritores relevantes ou anônimos no cenário das letras. Talvez o que exista seja uma mística pelo que a Medicina exerce no imaginário coletivo. Ela já é vista como algo quase divino entre os mortais. Quem não já escutou a frase: "Abaixo de Deus, só doutor ou a doutora?" Esse poder de, às vezes, o médico ou a médica ajudar um ente doente a reparar sua condição de são, o torne mais visível no seio das sociedades, por exercerem concomitantemente o ministério da escrita. (ou outra manifestação/expressão artística). A gênese da necessidade de se expressar através da Literatura antecede a escolha de uma profissão. Para mim, o que existe são escritores que se tornaram também médicos. Alguns muito bons e conhecidos. Outros, não. Selma Vasconcelos A Medicina é uma ciência do campo das humanidades. Apesar dos avanços tecnológicos de extremo valor, úteis para confirmar ou afastar a impressão diagnóstica percebida. A impressão ou hipótese diagnóstica é elaborada pelo médico com base na escuta, observação e no exame do paciente. O paciente torna-se assim o personagem de vivências pregressas, angústias, dúvidas e segredos que constituem um enredo a explicar a dor que traz consigo. A experiência de escutar, contar e recontar aproxima o médico do escritor, ou seja, de um contador ou intérprete de histórias que lhes são confiadas. Moacir Scliar, médico gaúcho, escritor e imortal da Academia Brasileira de Letras afirmava: “A Literatura e a Medicina são um território compartilhado”. Por outro lado, sabe-se que a Medicina é reconhecida, também como arte, uma vez que exige do médico uma capacidade sensorial perceptiva e refinada para vislumbrar os recônditos da alma humana. Tais argumentos, entre outros, podem explicar a quantidade de médicos que tem a escrita como atividade correlata. A condição humana em sua fragilidade nos comove, mobiliza e inquieta a ponto de sentirmos a necessidade imperiosa de dividir esta inquietação com o leitor e propiciar que este reflita sobre o mundo ao seu redor. Luiz Carlos Albuquerque Não vou parodiar Jânio com o "se fosse sólido comê-lo- ia" apesar de parecer que estamos novamente em tempo de mesóclises. Desde criança, eu era o cara que escrevia. Vizinho da biblioteca municipal, se eu não estivesse no campinho batendo bola, estaria entre os livros. No Colégio Salesiano, fiz mural, atas e o que precisasse. Na faculdade atualizei estatuto, fiz jornalzinho do diretório e, na posse de um presidente, escrevi os discursos tanto do que saía quanto do que assumia. Em Psiquiatria lê-se muito, me senti no meu elemento. Cedo cometi os primeiros pecados literários e tudo evoluiu naturalmente. Numa fase, gostava de procurar e ganhar concursos. A PCR promoveu o I Concurso Pernambucano de Textos de Humor, nos anos 80; ganhei o primeiro lugar. Pouco depois o governo do Estado lançou um Concurso Pernambucano de Poesia de Cordel – ganhei os dois primeiros lugares. O Bandepe fez concurso de Literatura, obtive o terceiro lugar em poesia. A Chesf fez Concurso de Causos – faturei o prêmio. Ganhei prêmio do Cremepe, em contos, do Sindicato dos Médicos de Pernambuco, ganhei prêmios de poesia dois anos seguidos – e um de fotografia. Em certa época fiz poesia de cordel "por encomenda" – para políticos, para a Chesf, para vinagre... Com "A Guerra dos Bichos", cordel para crianças, que é um álbum hoje editado pela Brinque Book (SP), já foi ultrapassada a marca dos 50.000 exemplares. A primeira edição foi para a Empetur, um cordel editado com esmero pela Nordestal, tendo ao lado de cada sextilha a ilustração correspondente em bico de pena, que eu fiz com o propósito de inventar o "cordel em quadrinhos"! E vieram "Na Força da Lua", contos, "Batra, o sapo", "As Aventuras de Urubill" e neste 2016 veio a segunda edição do "Eu, Singularíssima Pessoa", ensaio sobre a poesia e a psiquiatria de Augusto dos Anjos, com prefácio do saudoso mestre Othon Bastos. Ou seja, escrevo porque

Por que os médicos escrevem? Final (Por Paulo Caldas) Read More »