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"A pandemia escancarou a desigualdade educacional em nosso país"

Para falar sobre como qualificar a educação brasileira e pernambucana nos próximos 15 anos, entrevistamos o professor Mozart Neves Ramos. Ele é Titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira do Instituto de Estudos Avançados da USP – Ribeirão Preto e professor emérito da UFPE. Nesta entrevista, concedida ao jornalista Rafael Dantas, o docente fala sobre o impacto da pandemia no sistema educacional brasileiro, critica as gestões do MEC no Governo Bolsonaro e aponta os pontos estratégicos para que o País avance no setor educacional. Que passos o Sr. considera fundamentais para que a educação brasileira alcance uma qualidade satisfatória no cenário dos próximos 15 anos, de forma a colaborar para o avanço do desenvolvimento do País? O grande desafio da Educação brasileira é o de colocar numa mesma equação quantidade e qualidade. Ao longo das últimas décadas o país fez avanços importantes com relação ao acesso escolar, da creche ao ensino médio. Contudo, no que diz respeito à qualidade, em termos de aprendizagem escolar, o país está literalmente estagnado e num patamar muito baixo, especialmente no ensino médio – última etapa da educação básica e porta de acesso à universidade e ao mundo do trabalho. De cada 100 jovens que terminam o ensino médio, apenas 9 aprenderam o que seria esperado em matemática, em língua portuguesa é um pouco mais, ou seja, 29, mas nada que se possa comemorar. Além disso, o país apresenta uma grande desigualdade educacional, entre redes de ensino e dentro de uma mesma rede escolar. Portanto, entendo que o enfrentamento da baixa aprendizagem escolar e a redução da desigualdade educacional são os dois maiores desafios para alcançar a tão sonhada qualidade. Para isso, o Brasil precisa investir na qualidade do professor, pois, segundo pesquisas internacionais, esse é o fator mais importante, dentre vários, para alavancar a aprendizagem escolar. Investir desde a atração pela carreira do magistério, passando pela formação inicial e continuada, chegando a uma carreira cujo plano valorize o desempenho docente e a busca por aperfeiçoamento profissional ao longo da vida. O Brasil precisa investir mais em educação e melhor. O Brasil, é bem verdade, triplicou os investimentos, nos últimos 15 anos, em educação básica. O esforço precisa continuar se quisermos chegar ao patamar dos países que estão no topo da educação quanto ao per capita-aluno. Mas a gestão, por sua vez, deixa, em geral, muito a desejar, é preciso dar mais ênfase à eficiência, eficácia e efetividade dos gastos públicos em educação. Costumo dizer que o Brasil deveria aprender com o Brasil, e nesse sentido refiro-me ao belo exemplo do estado do Ceará no campo da alfabetização e ao estado de Pernambuco nas escolas de ensino médio em tempo integral. O país já tem caminhos seguros de bons resultados, mas é preciso dar escala nacional. O país não pode deixar de lado investimentos em inteligência artificial para a educação e o uso de plataformas adaptativas que irão ajudar exponencialmente na gestão da tão necessária flexibilização e diversificação da oferta educacional. Que prejuízos a pandemia deixa para o nosso sistema educacional e quais inovações experimentadas nesse período deveríamos ou poderíamos comemorar? A pandemia escancarou a desigualdade educacional em nosso país. Enquanto o setor privado respondeu com certa rapidez ao fechamento das escolas oferecendo ensino remoto, uma boa parte das crianças de escolas públicas ficaram, ao longo de 2020, sem acesso simplesmente por falta de conectividade digital, falta de internet e banda larga. Para essas crianças que ficaram à margem do processo educacional, segundo estudos do professor André Portela da FGV – SP, significa um retrocesso escolar à 2018, é como se o governo atual não tivesse existido para elas. A falta de uma coordenação nacional pelo Ministério da Educação (MEC), em colaboração com estados e municípios, como prevê o artigo 8◦ da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), agravou ainda mais. O país deveria ter iniciado este ano com um plano nacional de conectividade escolar para todas as crianças e professores da educação básica, pois o ensino remoto deverá ainda ser, em 2021, a forma de acesso majoritária às atividades escolares. Por outro lado, costumo dizer que o covid foi um catalisador para as mudanças que estavam em curso na educação, que estavam acontecendo, mas de forma muito lenta. Aqui me refiro ao uso das novas tecnologias no processo ensino e aprendizagem. Daqui para frente elas irão ocupar um lugar de destaque no apoio ao professor, constituindo aquilo que está sendo chamado de ensino híbrido. Isso irá impulsionar o conceito do aluno em tempo integral, que é diferente da escola em tempo integral. Quais os prejuízos causados pela atual administração do MEC e como revertê-los? Em pouco mais de dois anos foram três ministros, cuja preocupação maior foi agradar a ala ideológica do governo. Por exemplo, enquanto milhões (e não milhares) de crianças e jovens estão sem estudar, sem acesso à educação, por conta da pandemia, o governo prioriza no Congresso o homeschooling, uma das bandeiras dessa ala do governo, que, no máximo, atenderá a pouco mais de 7 mil famílias. Como disse anteriormente o governo deveria ter estruturado um plano nacional de conectividade digital, e usar os recursos do Fundo da Universalização dos Sistemas de Telecomunicações (Fust) para isso, pois o valor estimado em caixa é de R$ 23 bilhões de reais. Mas o presidente preferiu vetar o Projeto de Lei que iria assegurar internet e banda larga para estudantes e professores da educação básica. O próprio Fundeb que agora o governo faz propaganda dele, pois é de fato um avanço no financiamento da educação básica, ele próprio tentou barrar aos 45 minutos do segundo tempo, como costumamos falar no futebol. O que manteve vivo o Fundeb e sua aprovação foi a grande articulação e mobilização nacional em prol do projeto que tramitava no Congresso há bastante tempo. Foi, na verdade, uma grande vitória da educação brasileira. Com a chegada do ministro Milton Ribeiro renovei as minhas esperanças em termos do diálogo, especialmente pensando no seu antecessor, que buscou mais enfrentamento do que colaboração.

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De saída: Vélez e a crise na educação brasileira

Na semana em que o Governo Bolsonaro completa 100 dias, conversamos com especialistas em educação para comentar o desempenho do ministro que protagonizou as maiores polêmicas das últimas semanas. Em tempos em que a comunidade acadêmica discute o uso de tecnologia na educação, os novos desafios da docência, a necessidade de melhor infraestrutura e gestão na área (entre outros complexos temas), o ministro Ricardo Vélez Rodríguez trata como prioridade questões como a revisão da narrativa do Golpe Militar de 1964 e a censura prévia da prova do ENEM. Sem esquecer a carta aos diretores das instituições de ensino que encerrava com o slogan de campanha presidencial: “Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”. Fritado por aliados e opositores e com baixa popularidade, o ministro foi demitido hoje. O PhD em educação matemática pela Universidade da Califórnia, Luciano Meira, considera lastimáveis os primeiros 100 dias do Ministério da Educação do atual Governo Federal. “Anísio Teixeira, um dos fundadores da ideia de uma educação pública universal no Brasil, já reclamava nos anos 1940 sobre a falta de estratégia de uma política ampla e escalável de transformação através da educação no nosso País. Nós nunca fomos bons no desenho estratégico dos sistemas de educação pública e isso não mudou muito nos últimos 50 ou 60 anos. Mas nós escalamos atualmente para um outro nível. Nós não apenas não temos estratégias, mas os procedimentos mais cotidianos e comuns de operação da máquina pública em que o MEC é responsável estão sem nenhum governo ou gestão”. . . O docente citou como exemplos as dificuldades do MEC em conduzir o Plano Nacional do Livro Didático (PNLD), os procedimentos relativos à operação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e a avaliação dos processos de alfabetização. “Nós nos encontramos numa situação lastimável para a qual deveríamos todos nos mobilizar para uma tomada de rumo imediata porque cada dia perdido nessa indefinição, inoperância e, de fato, desastrosa gestão representa muito mais tempo adiante na construção de um futuro cada vez mais longínquo”, propôs Meira. O professor Armando Vasconcelos, diretor do Colégio Equipe e vice-presidente do Sinepe-PE (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de Pernambuco), ressaltou que Ricardo Vélez Rodríguez não chegou ao ministério por meio de um viés técnico, mas por indicação do guru ideológico do Governo Bolsonaro, Olavo de Carvalho: “Ele é estranho aos melhores quadros educacionais da educação brasileira. Um ilustre desconhecido da comunidade universitária e do próprio MEC”. . . Na lista dos "pecados" cometidos por Rodriguez, o diretor afirmou que ele desmontou as melhores equipes técnicas do ministério em três meses, intrometeu-se na instrumentação do ENEM e definiu um método único de alfabetização. “A desmontagem de equipes técnicas é um desastre para o governo e tem efeitos desastrosos como estamos vendo. A interferência no ENEM, levado por critérios ideológicos é típico de uma pessoa sem compromisso com a qualidade da educação do Brasil", ressalta Vasconcelos, que também faz críticas no campo da alfabetização. "O Brasil passou a adotar um método único de alfabetização e foi na contramão do mundo inteiro, que adota em diversos métodos, de acordo com perfil dos alunos e professores. Isso contraria o que vem sendo adotado nos melhores sistemas de educação do mundo nas políticas de alfabetização”. Armando lembrou ainda do episódio da carta endereçada aos diretores de escolas, que sugeriu o canto do Hino Nacional e o envio das imagens para o MEC. “Foi ridícula. Recebi a carta, como todos os diretores. Uma carta sem sentido nenhum. Considero fundamental ao novo ministro da educação se comprometa com os novos rumos da educação do Brasil. Aponto como compromisso com novos rumos a implementação da Base Nacional Comum Curricular e a implementação de uma política séria de formação de professores. Temas que o atual ministro não tratou”, concluiu. Outra crítica do ministro é Karla Falcão, que é historiadora, consultora em educação e uma das lideranças do movimento RenovaBR em Pernambuco. “A escolha de Vélez para assumir o Ministério da Educação foi não somente uma má escolha técnica como também uma incoerência política. O presidente se elegeu falando sobre desideologização da educação, mas indicou um ministro que se apegou a questões narrativas e estéticas, em vez de resolver os problemas reais da educação brasileira”. . . Karla destacou que de acordo com o INEP, 2,8 milhões de crianças e jovens estão fora da escola e que o Instituto Ayrton Senna apontou que o Brasil tem um prejuízo de R$ 7 bilhões aos cofres públicos por causa da incapacidade de combater e evasão escolar. Problemas que passaram longe da agenda dos 100 primeiros dias do ministro do MEC. “Só 12,7% das crianças mais pobres aprendem o adequado em português no 5º ano, enquanto 86% das crianças mais ricas atingem os níveis adequados de aprendizagem. Isso tem que mudar e Velez já demonstrou que não tem condições de promover essa mudança. Não precisa ser situação ou oposição para saber que a mudança no comando do Ministério da Educação é necessária. Basta ser a favor da educação e do Brasil”. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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MEC seleciona três municípios de Pernambuco para implantação de curso de graduação em medicina por instituição de educação superior

O Ministério da Educação selecionou nesta quarta-feira, 21, 28 municípios do país para implantação de curso de graduação em medicina. No estado de Pernambuco, foram selecionados os municípios de Arcoverde, Goiana e Araripina. Prefeitos e representantes das secretarias de saúde dessas cidades estiveram em Brasília e assinaram o termo de compromisso para a implantação dos cursos. “O primeiro propósito com a implantação desses novos cursos é preservar a qualidade da formação médica no Brasil”, explicou o ministro Mendonça Filho. “Em segundo lugar, vamos gerar mais oportunidade na formação médica em municípios distantes, onde a população muitas vezes não tem acesso a médicos e profissionais ligados à saúde. Expandir e interiorizar a formação médica é fundamental para que a gente possa ter uma boa formação de um lado e mais oportunidades para quem precisa de acesso a saúde de boa qualidade”. Segundo o secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior (Seres) do MEC, Henrique Sartori, para autorizar a abertura de vagas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste do país, foi feito um levantamento a fim de identificar quais municípios estavam em condições de receber os novos cursos de medicina. A medida reforça a política do MEC de interiorização da educação superior. Seleção – “Os municípios selecionados passaram por uma seleção criteriosa em relação à sua capacidade de saúde”, disse Sartori. “[Foram avaliados] os equipamentos de saúde que existem no município, tudo aquilo que indica a Lei nº 12.871, que é a Lei dos Mais Médicos, em relação ao quantitativo de leitos no município, ao hospital com potencial para se tornar um hospital de ensino, equipe de atenção básica e um campo de prática que garanta aos alunos uma boa educação e uma educação de qualidade”. A previsão é que a entrega dos cursos seja feita em dezembro deste ano. “O próximo passo agora é abrir o edital de seleção de mantenedoras, no qual as faculdades serão selecionadas nesses municípios que hoje assinaram o termo de compromisso”, garante Sartori, reforçando que o processo deve durar oito meses. Também presente ao evento, o secretário de Educação Superior (Sesu) do MEC, Paulo Barone, destacou que a parceria entre o governo federal e as prefeituras é fundamental para o sucesso do empreendimento. “O papel do MEC é garantir cursos de boa qualidade em todo o país”, afirmou.

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MEC credencia Unicap para oferecer cursos a distância

O Ministério da Educação credenciou a Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) para oferecer cursos de ensino superior na modalidade à distância (EaD). A portaria foi assinada pelo ministro Mendonça Filho e publicada no Diário Oficial da União. Ela tem validade de 10 anos. As aulas estão previstas para começar no segundo semestre. Recentes mudanças na regulamentação das instituições de ensino superior têm garantido celeridade no credenciamento de novos cursos. “Em uma área com tantas mudanças tecnológicas como a educação a distância, é de suma importância que a legislação seja modernizada para garantir que cada vez mais pessoas tenham acesso ao ensino de qualidade. Por diferentes motivos as pessoas precisam fazer um curso superior a distância, ainda muito recente na educação brasileira. Ao atualizar a regulamentação, buscamos incluir justamente essas pessoas”, lembrou Mendonça Filho. Técnicos do MEC foram à instituição no ano passado para verificar se a Unicap cumpria as exigências necessárias para oferecer cursos EaD. Eles analisaram a estrutura, bem como o próprio núcleo EaD, a equipe e a metodologia desenvolvida. A instituição obteve nota máxima do MEC. A Unicap já oferece alguns cursos de extensão, e a partir do segundo semestre de 2018 passará a oferecer cursos de graduação. O primeiro desses cursos deve ser o de licenciatura em ensino religioso, área que, na instituição, já conta com mestrado e doutorado. O reitor da Unicap, padre Pedro Rubens, destaca que um dos objetivos é a formação de professores. “Além da irradiação da universidade, que tem apenas um campus, sobretudo em Pernambuco e na região Nordeste”, explicou. De acordo com ele, a ideia é buscar parcerias com outras instituições para fazer com que o os cursos a distância cheguem aos estudantes. “O grande desafio da EaD é oferecer qualidade aos alunos. Queremos inovar a maneira de dar aula por meio da metodologia ativa, e consolidar instituições que tenham o mesmo perfil que o nosso”, adianta. Mudanças – Em junho, o MEC publicou portaria que regulamenta o Decreto nº 9057, de 25 de maio de 2017, com o objetivo de ampliar a oferta de cursos superiores na modalidade a distância, melhorar a qualidade da atuação regulatória do MEC na área, aperfeiçoar procedimentos, desburocratizar fluxos e reduzir o tempo de análise e o estoque de processos. A portaria possibilita o credenciamento exclusivo de instituições de ensino superior (IES) para oferta de cursos na modalidade educação a distância (EaD), o que anteriormente só poderia ser feito se a IES já fosse credenciada para a oferta presencial. Com isso, as instituições poderão oferecer exclusivamente cursos EaD na graduação e na pós-graduação lato sensu, ou atuar também na modalidade presencial (credenciamento pleno). O intuito é ajudar o país a atingir a Meta 12 do Plano Nacional de Educação (PNE), que determina a elevação da taxa bruta de matrícula na educação superior para 50% e a taxa líquida em 33% da população de 18 a 24 anos. Na mesma linha, as IES públicas ficam automaticamente credenciadas para oferta EaD, devendo ser recredenciadas pelo MEC em até 5 anos após a oferta do primeiro curso EaD. Assessoria de Comunicação Social

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MEC assina autorização para construção de novo campus do IFPE

As autorizações para a construção da sede definitiva do campus Abreu e Lima do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) e funcionamento da unidade foram assinadas pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, nesta segunda-feira, 4, em Abreu e Lima, na região metropolitana do Recife. Orçada em R$ 13.947.107,57, a obra deve ser entregue à população até o segundo semestre de 2018, elevando a capacidade de atendimento do campus de 369 para 1.200 estudantes formados por ano. Mendonça Filho destacou a importância desse campus para a região e lembrou que a unidade, desde 2014, funciona de maneira provisória, alugada pela prefeitura, no anexo de uma escola particular. “É algo que vai mudar a realidade de Abreu e Lima e de toda a região da mata norte do estado”, destacou. “Sabemos que aqui temos muitas indústrias no entorno e essa base industrial precisa de gente preparada, qualificada para que a gente possa gerar mais empregabilidade. “ O ministro destacou ainda que, do ponto de vista de liberação de recursos, o MEC tem conseguido atender ao andamento das principais obras espalhadas por todo o país. “Estamos valorizando não só a educação técnica e tecnológica, mas também a educação superior”, afirmou. Emocionado, o prefeito de Abreu e Lima, Marcos José, disse que a chegada do campus é um momento especial para a cidade: “Há anos estamos na esperança desta realidade. A educação é um passaporte para o futuro. É por meio da educação que teremos nossos alunos, tanto da rede municipal quanto da rede estadual, irmanados em torno do aprendizado. Acreditamos que, por meio da educação, o Brasil vai mudar de cara e será melhor para o futuro de nossa gente”. Ampliação – A estruturação do campus Abreu e Lima integra o projeto Expansão 3 do governo federal e terá uma área construída de 6.346,14 m², em um terreno próximo à BR-101 Norte, doado pela administração municipal. Com a entrega da sede definitiva, será possível ampliar a oferta de cursos. A expectativa é de que sejam abertas formações técnicas nas áreas de saúde e segurança. Entre os cursos atualmente disponíveis no campus Abreu e Lima está o de técnico em enfermagem, que foi o primeiro na área a ser ofertado por uma instituição pública no eixo norte da região metropolitana do Recife e zona da mata pernambucana. No vestibular do IFPE 2017.2, o campus registrou a maior concorrência, atingindo 20,97 candidatos por vaga, o que superou em quase o dobro o segundo colocado – algo que se justifica diante de uma demanda reprimida por qualificação profissional naquela região. As atividades acadêmicas do campus Abreu e Lima começaram em dezembro de 2014, com dois cursos técnicos – auxiliar administrativo e recepcionista –, por meio do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec). O primeiro curso técnico subsequente, voltado para aqueles que já concluíram o ensino médio, foi o de técnico em segurança do trabalho, em 2016, tendo por base um levantamento de necessidade de mão de obra qualificada para atender ao mercado de trabalho da região, estudo feito pelo instituto de pesquisa Praxian Business & Marketing Specialists, em 2012. Na avaliação da reitora do Instituto Federal de Pernambuco, Anália Ribeiro, o campus em Abreu e Lima faz parte de um conjunto de ações que visa expandir e qualificar o espaço do IFPE dedicado à educação. “Hoje, de forma regular, são dois cursos técnicos funcionando”, atenta. “Além do curso de enfermagem, temos o de técnico de segurança do trabalho. Assim, estamos indo no caminho certo de prover para a região aquilo que ela está realmente precisando. ” Universidade Rural – O ministro Mendonça Filho aproveitou a oportunidade para, ao lado da reitora da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Maria José de Sena, assinar um termo que autoriza a licitação para investimentos de R$ 9.733. 918,00 na UFRPE. O primeiro será a construção do restaurante universitário da unidade acadêmica de Serra Talhada. A obra está estimada um R$ 2.746.797,52. O segundo é a construção do restaurante e da biblioteca da unidade acadêmica de Garanhuns, nos valores de mais R$ 2.906.784,34 para o restaurante e R$ 4.080.336,19 para a biblioteca.

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MEC libera R$ 287 milhões para conservação de escolas

O Ministério da Educação liberou R$ 286,97 milhões para escolas públicas de educação básica de todo o país. O montante foi repassado por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) às unidades executoras de escolas estaduais e municipais, e é referente à primeira parcela do Programa Dinheiro Direto na Escola de 2017. Segundo o MEC, os recursos deverão beneficiar cerca de 21,7 milhões de alunos em 85,7 mil escolas. O benefício é destinado a pequenos reparos nas unidades de ensino e manutenção e conservação da infraestrutura das instituições. A verba também pode ser utilizada para a compra de material de consumo e de bens permanentes. O valor é pago às escolas em duas parcelas durante o ano. O PDDE foi criado em 1995, com o objetivo de prestar assistência financeira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas privadas de educação especial mantidas por entidades sem fins lucrativos. (Agência Brasil)

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Ministro Mendonça Filho libera R$19,6 milhões para instituições Federais de Pernambuco

  O Ministério da Educação liberou nesta terça-feira, 04, R$ 19,6 milhões em recursos financeiros às instituições federais de ensino vinculadas à pasta em Pernambuco. Os recursos serão aplicados na manutenção, custeio e pagamento de assistência estudantil, entre outros. "Desde o início do ano, o MEC já repassou R$ 186,48 milhões para as instituições federais localizadas no estado", completou o ministro Mendonça Filho. O MEC ainda aumentou o limite de empenho para as universidades e institutos federais em 10 pontos percentuais. A liberação do orçamento de custeio, que é utilizado para a manutenção das instituições de ensino, passou de 60% para 70%. Já o orçamento de capital, utilizado para adquirir equipamentos e fazer investimentos, passou de 30% para 40%. Os recursos estão previstos na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2017. Essa liberação cobrirá as despesas de custeio e investimento das unidades de modo a não comprometer o funcionamento de nossas instituições. Essa elevação aumentará o limite de empenho em mais R$ 900 milhões para as universidades e os institutos federias em todo o país. No total, foram destinados R$ 349,86 milhões em recursos financeiros para as instituições de todo o País nesta terça-feira. A maior parte dos valores, R$ 256,82 milhões, será repassada às universidades federais, incluindo repasses para hospitais universitários. Já a rede federal de educação profissional, científica e tecnológica receberá R$ 90,40 milhões. O restante, R$ 2,64 milhão, foi repassado ao Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES), ao Instituto Benjamin Constant (IBC) e à Fundação Joaquim Nabuco (FUNDAJ). Desde o início do ano, o MEC repassou R$ 3,76 bilhões para as instituições federais vinculadas à pasta, incluindo o que foi destinado ao pagamento de despesas das universidades e institutos federais, do Instituto Nacional de Surdos, do Instituto Benjamin Constant e da Fundação Joaquim Nabuco.

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MEC lança Programa Nordeste Conectado, que poderá beneficiar 16 milhões de pessoas

O Ministério da Educação (MEC) lançou nesta sexta-feira, 30, no Porto Digital, em Recife, o Programa Nordeste Conectado, que irá interligar, em alta velocidade, instituições federais de educação e pesquisa à Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) nas capitais e no interior do Nordeste. O programa vai possibilitar, também, que instituições de educação superior e estadual de pesquisa se interliguem à infraestrutura de internet em alta capacidade. O programa pode atingir, ainda, 12,6 mil escolas públicas e beneficiar uma população de mais de 16,3 milhões de pessoas, distribuídas pelos nove estados da região. Com o Nordeste Conectado, essas instituições terão acesso a uma rede com possibilidade de alcançar uma velocidade de 100 Gbps. “É um passo muito importante, que avança de forma célere para que a gente possa ter consagrada a oportunidade de ampliação e melhoria da educação e da pesquisa na nossa região”, celebrou o ministro da Educação, Mendonça Filho. O ministro destaca que a parceria vai beneficiar 39 campi de instituições federais. “Em um tempo em que a internet e a tecnologia contribuem ainda mais com o avanço da ciência, seja por meio de pesquisas ou trocas de conhecimento, vamos conectar, em alta velocidade, as principais universidades, institutos, centros de pesquisas e parques tecnológicos à RNP do Nordeste”. Desses 39 campi, três terão, pela primeira vez, acesso à internet de alta velocidade com qualidade. Para implantar a Fase 1 do Nordeste Conectado, prevista para operar a partir do mês de dezembro, o MEC vai investir R$ 25 milhões em 2017. Nessa primeira etapa, haverá um aumento da capacidade do backbone (rede de alto desempenho) da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) para 100 Gbps no Nordeste, beneficiando 23 campi de institutos e universidades federais no interior com velocidade a partir de 1 Gbps, ou seja, 59% do público-alvo do programa. Com a operação, o backbone da RPN vai passar por mais de 70 cidades, cuja população gira em torno de 16 milhões de pessoas. Quando estiver em andamento, no ano de 2018, a previsão é que a RNP venha a gerar uma economia anual de R$ 3,7 milhões no atendimento a essas instituições, no custeio de conexões com velocidades limitadas (de até 100 Mbps) e conexões por satélite no interior (de até 10 Mbps). O diretor-geral da RNP, Nelson Simões, comemorou a iniciativa. “O Programa Nordeste Conectado é uma ação extremamente importante para suportar a ampliação da infraestrutura que atenderá as universidades, institutos federais, hospitais e a comunidade acadêmica em geral nos próximos 20 anos”, disse. “Essa parceria permitirá alcançar o interior do Nordeste em alta velocidade, interligando as principais instituições de conhecimento”. Cooperação – O programa é fruto de uma cooperação técnica firmada entre o MEC, a RNP, e o Ministério de Minas e Energia, por meio da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf). Seu principal objetivo é o compartilhamento de infraestrutura ótica em toda região Nordeste, tendo como suporte as linhas de transmissão da Chesf. Uma das metas do MEC com o programa é preparar a rede acadêmica nacional para os próximos 20 anos e reduzir, até 2020, o custo anual da RNP em R$ 7,6 milhões pela substituição de conexões atualmente alugadas por essa infraestrutura compartilhada de alto desempenho. Além disso, o programa tem o objetivo de ampliar parcerias com os provedores privados locais e regionais de internet, que estenderão a capilaridade atual das fibras óticas. O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, reafirmou o apoio às iniciativas do MEC. “Nós vamos buscar sempre correr atrás dessa disposição que o MEC tem de inaugurar obras, para que possamos alcançar a infraestrutura necessária para levar e difundir o conhecimento que o povo brasileiro e, acima de tudo, o povo pernambucano precisa”, garantiu. O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, parabenizou a parceria. “Essa ação mostra que há uma parte importante do país pensando no Brasil e no futuro, de que forma nós vamos conseguir transformá-lo em um país sério, moderno e que garanta oportunidades à nossa população. Isso me faz ter a certeza de que estamos no caminho certo”. Segundo Maia, é com ações como o Nordeste Conectado que o Brasil “vai superar muitos dos seus problemas, garantindo uma educação de melhor qualidade e uma produtividade melhor para os brasileiros”. Parcerias e cronograma – O MEC pretende apoiar os estados que possuem estratégias de interiorização de suas redes para a educação, alcançando diretamente mais de 70 cidades. Os estados que participam da Iniciativa Veredas Novas do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI) poderão compartilhar a infraestrutura do Nordeste Conectado para as suas políticas públicas, interligando universidades, institutos superiores estaduais e apoiando a conexão de escolas públicas. Além da Chesf e do MCTIC, o Nordeste Conectado conta com a parceria do Ministério da Defesa, das instituições da Rede Federal de Educação, do Conselho Nacional de Secretários Estaduais para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), secretarias estaduais de Ciência, Tecnologia e Informação (CT&I) e provedores locais e regionais de internet. A licitação para a compra dos equipamentos e para a execução do programa já foi realizada pela RNP. Atualmente, os equipamentos estão sendo fabricados e a entrega está prevista para RNP em agosto, com instalações previstas para setembro. Tecnologia – Em julho do ano passado, o ministro da Educação, Mendonça Filho, homologou o funcionamento da Faculdade Cesar de Educação, no Porto Digital, que oferece mestrado profissional em engenharia de software e em design, além outros cursos de extensão e de pós-graduação. Como vice-governador, apoiou a implantação do Porto Digital. E, posteriormente, já como governador, em 2006, assinou o contrato de cessão do edifício onde funcionava a antiga sede do Banco do Estado de Pernambuco (Bandepe), no Cais do Apolo, para destiná-lo à instalação de empresas do Porto Digital.

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Nabuco sedia curso gratuito da Microsoft

A Faculdade Joaquim Nabuco, no Recife, sediará o programa Students to Business (S2B). O curso, que é oferecido gratuitamente pela Microsoft, tem como objetivo capacitar estudantes na área de Tecnologia da Informação (TI), fazendo uma ponte entre novos profissionais e empresas com demanda de mão de obra qualificada. Serão abertas três turmas - distribuídas nos turnos da manhã e tarde. A abertura oficial do programa acontece no dia 26 de abril, no auditório da Nabuco Recife, às 11h. Podem participar estudantes do ensino médio, técnico, superior ou de pós-graduação que estejam regularmente matriculados em uma instituição reconhecida pelo MEC. O Programa prevê capacitação em tecnologia Microsoft nas áreas de Banco de Dados, Desenvolvimento de Sistemas Web, Teste de Software e infraestrutura de servidores Windows Server. Além disso, o curso vai divulgar as principais ferramentas da Microsoft em Nuvens utilizadas para o desenvolvimento de sistemas e tecnologias de informação para empresas. Para o coordenador do curso de Redes de Computadores da faculdade, Osmar da Silva, esta é uma oportunidade para potencializar ainda mais a cultura empreendedora na instituição. “O S2B vai incentivar os participantes a desenvolverem novas ideias, gerando um ambiente de cooperação multidisciplinar com foco empreendedor. Estamos sediando este programa, oferecendo nossos laboratórios porque acreditamos que, mais do que formar novas ideias, é preciso criar uma cadeia de inovação”, comenta. O Coordenador do curso de Sistemas de Informação da Faculdade, Arlindo Correia, acredita que o S2B surge como uma oportunidade de aperfeiçoar e capacitar profissionais para o mercado atual de TI. “Sabemos que o objetivo do programa é criar uma ponte entre a necessidade de novos profissionais e a demanda das empresas por mão de obra qualificada”, pontua. As inscrições para o S2B já estão abertas, e seguem até 28 de abril, através do site da Microsoft. Para participar, basta estar regularmente matriculado no ensino de nível médio ou superior e ter conhecimentos básicos em tecnologia. Após o resultado de uma prova de conhecimento, os estudantes selecionados farão os treinamentos indicados pelos especialistas da Microsoft. Ao fim do curso, os participantes receberão o certificado de conclusão.

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Estados e municípios pedem mais investimento da União na educação básica

Em debate ontem (14) na comissão especial do Congresso que discute a Proposta de Emenda à Constituição que torna permanente o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), representantes dos estados e municípios brasileiros pediram uma maior contribuição da União com a educação básica. Para os entes, o governo federal, instância que mais arrecada, deveria destinar mais recursos para a infraestrutura das escolas, pagamento de professores e outras questões necessárias a um ensino de qualidade. Segundo o Ministério da Educação (MEC), a questão deverá ser debatida a partir de maio. "É uma oportunidade histórica de colocar uma maior contribuição da União no Fundeb", disse o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação, Idilvan Alencar, que representa os secretários estaduais de educação. O presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, Alessio Costa Lima, reforçou: "A União tem o maior poder político e poder de arrecadação e, de fato, investe menos. Os recursos que mantêm a educação básica no país hoje são dos municípios e dos estados. A União banca cerca de 18%". O Fundeb - fundo composto por recursos federais, dos estados, Distrito Federal e municípios e destinado a financiar a educação básica no país - foi criado em 2006 com previsão de vigorar até 2020. Atualmente, a União oferece um complemento de 10% do fundo. Qualidade mínima Tanto os estados quanto os municípios e o MEC concordam que a discussão da manutenção do Fundeb deve estar associada a uma discussão dos parâmetros de qualidade que o país quer alcançar no ensino. O chamado parâmetro Custo Aluno-Qualidade (CAQ) deveria ter sido implementado no ano passado e está previsto no Plano Nacional de Educação (PNE), que estabelece metas para melhorar a educação até 2024. Entre elas, a de elevar o investimento anual em educação para, pelo menos, 10% do PIB. Atualmente, o investimento é de 5,3% do PIB. O CAQ define quanto cada aluno precisa para ter acesso a uma educação com um padrão mínimo de qualidade. Para tanto, define também o que é um ensino de qualidade e quais são os insumos necessários para ofertá-lo. Segundo o diretor de Valorização dos Profissionais de Educação da Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino do MEC, Marcos Silva Ozorio, deve ser discutido, além de um CAQ nacional, também um CAQ regional. "Minha opinião é que deve ter um CAQ nacional, essencial, e que a partir daí devemos identificar o que é diferente entre, por exemplo, Amazonas e São Paulo. O cimento, a geladeira ou outro insumo qualquer que se pense para a educação tem um custo diferente para chegar ao Amazonas do que para chegar a São Paulo. Acho que podemos identificar as várias diferenças regionais e, ao mesmo tempo, tentar, via CAQ, minimizá-las", opinou. De acordo com Ozorio, o MEC criou um grupo no final do ano passado para discutir - junto com o CAQ - a melhor maneira de pagar a conta e de coordenar o investimento de cada ente. O grupo inclui membros dos estados, municípios e entidades representativas dos secretários de Planejamento e Administração. A primeira reunião deverá ocorrer em maio. Sobre a possibilidade de ampliar o investimento da União no Fundeb, o diretor do MEC disse que a discussão está posta. “A sociedade apresenta e temos que sentar e discutir", falou. (Agência Brasil)

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