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Crianças lideram engajamento climático e ampliam espaço da agenda ESG nas escolas

Dados apresentados na Bett Brasil 2025 mostram que 73,4% das crianças entre 7 e 14 anos já se preocupam com a crise climática, revelando papel decisivo da educação ambiental no futuro do planeta A preocupação com o meio ambiente começa cedo. Segundo dados apresentados na Bett Brasil 2025, 73,4% das crianças de 7 a 14 anos já se dizem preocupadas ou muito preocupadas com as mudanças climáticas. O levantamento integra a Pesquisa Nacional sobre Mudanças Climáticas, realizada pelo Movimento Escolas pelo Clima em parceria com a Reconectta, e confirma o protagonismo da faixa etária mais jovem no ativismo ambiental. O dado reforça a importância de inserir a sustentabilidade como valor fundamental nas práticas pedagógicas. O tema ganhou destaque no painel “Do local ao global: Educação e ESG como estratégias para um mundo sustentável”, conduzido por Thaís Brianezi (USP e SECLIMA) e Edson Grandisoli (Escolas pelo Clima). Eles discutiram como a educação pode integrar políticas públicas, sociedade civil e setor privado em torno da agenda ESG. Thaís apresentou um projeto da Fapesp que articula educação ambiental e comunicação, com destaque para a formação de professores em escolas municipais de São Paulo e o uso da plataforma MonitoraEA para acompanhamento contínuo das ações. Edson Grandisoli reforçou a gravidade do cenário atual, em que seis dos nove limites planetários já foram ultrapassados, e destacou o papel otimista e mobilizador das crianças. “Quando analisados de forma conjunta, essa faixa dos 7 aos 14 anos é a que soma mais qualidades para encampar ações de ativismo climático, especialmente mulheres. Temos um público interessado nessa pauta, e precisamos aproveitar isso”, afirmou. A relação entre educação e ESG também foi debatida por Ewerton Fulini (Instituto Ayrton Senna) e Carmen Murara (Grupo Marista). Fulini lembrou que a educação é o ponto de partida da agenda ESG, pois é onde se formam valores e competências. Já Carmen destacou os dois compromissos centrais das instituições de ensino: a formação cidadã dos estudantes e a sustentabilidade do próprio produto educacional. “Todos precisam se envolver nessa pauta. É assim que ela começa, e é preciso darmos o exemplo”, concluiu. Serviço:A Bett Brasil 2025 segue até 1º de maio no Expo Center Norte, em São Paulo. Mais informações: www.bettbrasileducar.com.br. 4o

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Implementacao do projeto do coletivo Mangueboyz de captacao de agua na comunidade Arruado3 EditalJovensnoClima2024 foto Danyllo Feliciano Cavalcanti

Edital Jovens no Clima 2025 seleciona 18 coletivos para projetos ambientais no Recife

Iniciativas lideradas por jovens receberão R$ 20 mil e serão apresentadas na COP-30, em Belém (PA) A Prefeitura do Recife divulgou o resultado do Edital Jovens no Clima 2025, que selecionou 18 coletivos formados por jovens de 15 a 29 anos com propostas voltadas para enfrentar os desafios ambientais da capital pernambucana. Cada projeto receberá R$ 20 mil para ser implementado e terá um representante na Conferência da ONU sobre o Clima, a COP-30, que será realizada em Belém, no Pará. O edital, lançado pela Secretaria de Direitos Humanos e Juventude em parceria com a Rede Conhecimento Social, Delibera Brasil e organizações internacionais como a Bloomberg Philanthropies, recebeu 51 inscrições. Os critérios de avaliação foram definidos por uma comissão mista de representantes da sociedade civil e do poder público. A lista dos contemplados e suplentes está disponível no aplicativo ou site Conecta Recife, no botão “Jovens no Clima 2025”, e também na edição nº 52 do Diário Oficial do Recife, publicada em 26 de abril. “Estamos apostando na formação de jovens protagonistas na agenda climática e na transformação de ideias inovadoras em ações práticas que impactem positivamente seus territórios”, destacou o secretário Marco Aurélio Filho. O primeiro encontro entre os grupos selecionados e os realizadores será realizado no dia 17 de maio. Entre os projetos selecionados estão iniciativas como “Confabulando Ibura: Juventude, Território e Clima”, “Clima Queer: Corpos que Habitamos, Territórios que Defendemos”, “Pé de Beberybe” e “Semeando o Recife”, que integram arte, ancestralidade, comunicação e educação ambiental em suas propostas de impacto local. Confira a lista dos 18 projetos selecionados: Confabulando Ibura: Juventude, território e clima Chico no Clima Clima  em  Cena:  Jovens  Artistas  por  um  Pina Verde Alerta   Vermelho:   Monitoramento   Climático   e  Ações Educativas sobre a Maré Vermelha RECORTE RECIFE Conte uma História e Plante uma Muda Clima em Ação: Várzea Sustentável Entra  Apulso,  território  de  esperança:  juventude, arte e clima Comunicação Ambiental Refúgio Verde Jovens defensores do rio Beberibe Recife  Azul:  Complexo  sustentável  e  facilitação  ecológica na RPA 4 Clima  Queer:  Corpos  que  Habitamos,  Territórios  que Defendemos AGORA É A NOSSA VEZ Semeando o Recife Recicla Afaya a ancestralidade Nagô preservando a Natureza Pé de Beberybe Rota  –  Rede  de  Orientação  Territorial  para  Ação  climática SERVIÇO📌 Resultado do Edital Jovens no Clima 2025📲 Acesse a lista completa: Conecta Recife > botão “Jovens no Clima 2025”📰 Diário Oficial do Recife (ed. nº 52): https://dome.recife.pe.gov.br/📅 Primeiro encontro: 17 de maio de 2025

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Fernando de Noronha disputa título de melhor destino turístico da América do Sul

Empetur lança campanha para impulsionar votação no World Travel Awards, considerado o Oscar do Turismo Com o objetivo de consolidar Fernando de Noronha entre os principais destinos turísticos do planeta, a Empresa de Turismo de Pernambuco (Empetur) iniciou uma campanha para incentivar a votação na ilha no World Travel Awards (WTA), maior premiação do setor turístico mundial. A votação está aberta ao público até o dia 3 de agosto e pode ser feita pela internet. A iniciativa visa mobilizar pernambucanos e turistas apaixonados por Noronha a apoiarem a candidatura da ilha em três categorias da etapa América do Sul: Melhor Destino de Praia, Melhor Destino para Lua de Mel e Destino Mais Romântico. Na sua 32ª edição, o WTA — apelidado de Oscar do Turismo — reconhece a excelência em experiências de viagem e hospitalidade em todo o mundo. Noronha, que já ostenta selos internacionais como o Green Destination e o título de Patrimônio Mundial Natural pela UNESCO, entra na disputa com credenciais de peso. Em 2024, a Baía do Sancho, uma de suas praias mais emblemáticas, foi eleita pela sétima vez como a melhor do mundo pelo TripAdvisor. “A indicação de Fernando de Noronha ao World Travel Awards reafirma o protagonismo da ilha no turismo internacional. É um reconhecimento à sua beleza natural e ao trabalho contínuo de preservação e promoção. Convidamos todos a participarem da votação e contribuírem para que Noronha conquiste mais este título", destaca Eduardo Loyo, presidente da Empetur. A premiação será anunciada no dia 27 de setembro, durante cerimônia oficial realizada em Cancún, no México. Noronha disputa com outros destinos renomados da América do Sul, mas aposta em sua biodiversidade única e compromisso com o turismo sustentável para conquistar o público votante. ServiçoPara votar em Fernando de Noronha:

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Hebert Tejo

"Temos duas novas propostas para a Escola de Sargentos do Exército com impacto ambiental muito menor"

Os danos ambientais provocados pela construção da Escola de Sargentos na APA Aldeia Beberibe são ressaltados pelo presidente do Fórum Socioambiental de Aldeia, Herbert Tejo. Ele diz que a obra afetará o abastecimento hídrico e espécies de flora e fauna, muitas delas que só existem na região. Mas afirma ter alternativas sustentáveis para projeto. O Fórum Socioambiental de Aldeia, presidido por Herbert Tejo, tem sido uma das principais vozes da sociedade civil na defesa ambiental da região. Após o debate acerca do Arco Metropolitano, o novo ponto de preocupação é a instalação da ESA (Escola de Sargentos de Armas do Exército). Com quase 23 anos, a organização tem como foco o equilíbrio ecológico. A principal preocupação dos seus integrantes não está na criação da Escola, mas na escolha da localização, que impacta diretamente o maior fragmento de Mata Atlântica ao norte do Rio São Francisco.   Herbert Tejo, que é mestre em gestão ambiental, e os demais membros do Fórum têm participado ativamente de debates e negociações com o Exército, o Governo do Estado e demais entidades envolvidas. O debate público conseguiu avanços significativos, como a retirada das vilas militares da área de proteção e a redução do espaço ocupado pelo empreendimento. No entanto, ainda há pontos de desacordo, principalmente no que diz respeito ao cumprimento do Código Florestal e da Lei Estadual 9860/86. Agora, uma nova proposta surge no horizonte, prometendo minimizar os impactos ecológicos do projeto e reacendendo o debate sobre a viabilidade de alternativas de locais para instalar a ESA. O Fórum Socioambiental de Aldeia tem sido uma voz muito presente da sociedade nos debates sobre o Arco Metropolitano e acerca da Escola de Sargentos de Aldeia. Como funciona essa organização? O Fórum Socioambiental de Aldeia é uma organização comunitária, sem fins lucrativos, apartidária e em 2025 está completando 23 anos. A entidade tem como missão a defesa do território da APA Aldeia-Beberibe, o combate em todas as esferas, pública e privada, às agressões ambientais e ao descumprimento do que estabelece a legislação ambiental vigente no País. A instalação da Escola de Sargentos na APA é a principal preocupação dos moradores de Aldeia atualmente? As ameaças ao território de Aldeia são muitas e de toda ordem: da iniciativa privada, com a especulação imobiliária desenfreada que resulta em adensamento populacional incompatível para uma Unidade de Conservação, e do poder público, pelas ações e omissões dos gestores públicos. No campo das ações, todos os projetos lançados nos últimos 15 anos operam na direção de degradar o meio ambiente nesta região. No campo das omissões, falham em cumprir suas obrigações de zelar e fazer valer o arcabouço legal protetivo desse território.  Até então, a maior das lutas vinha sendo contra o traçado norte do Arco Metropolitano, defendida por todos os governos desde 2012. O traçado que corta a APA Aldeia-Beberibe ao meio, inviabilizando o território como Área de Proteção Ambiental. Criamos a campanha Arco Viário, Arrudeia!, ou seja, “arrudeia” a APA. Nós nos dedicamos a estudar alternativas que o viabilizassem, para garantir a obra que reconhecemos como uma das mais importantes para o desenvolvimento do Estado.  Mas aí, no meio da luta contra o traçado do Arco, surge uma ameaça ainda maior: a localização do Complexo Militar da ESA, patrocinada por uma aliança poderosa, uma vez que se soma ao Exército Brasileiro, o Governo do Estado e o Governo Federal. Todos juntos em defesa do desmatamento evitável. Respondendo objetivamente sua pergunta: sim, a ESA hoje é nossa maior preocupação, não o projeto em si, mas sua localização irracional. Com um agravante, a ESA, onde se projeta atualmente, atrai o Arco que o governo quer. Essa convergência de duas obras é desastrosa ambientalmente para a região. Determinará o fim de uma Área de Proteção Ambiental. Haveremos de chamar de Área de Destruição Ambiental – ADA! "A ESA, onde se projeta atualmente, atrai o Arco que o governo quer. Essa convergência de duas obras é desastrosa ambientalmente. Determinaremos o fim de uma Área de Proteção Ambiental. Haveremos de chamar de Área de Destruição Ambiental – ADA!" Como têm sido as tratativas com o poder público? Quando o tema é a defesa do meio ambiente, as tratativas com o poder público são sempre difíceis. O discurso político ambiental é esquizofrênico. O discurso e a prática de quem exerce o poder costumam estar totalmente dissociados. O Exército alardeia que seu projeto da ESA, com o desmatamento que propõe e os impactos ambientais irreversíveis, é um exemplo de sustentabilidade para o mundo. O Governo do Estado, por sua vez, se afirma defensor do meio ambiente e é omisso na defesa do território. Em nenhum momento se manifestou na defesa das alternativas locacionais apontadas pelo Fórum, nem para ser contra. O Governo Federal, que brada ao mundo combater o desmatamento e preservar as florestas tropicais, vem ao Estado para criticar os ambientalistas e enaltecer o projeto desmatador. Mas reconhecemos a importância da iniciativa da governadora Raquel Lyra quando criou um grupo de trabalho por meio de decreto, o GT-ESA. Ou seja, criou uma mesa formal de diálogo composta por representantes do poder público, do Exército, o Fórum Socioambiental de Aldeia, um representante da UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco) e um da Alepe (Assembleia legislativa de Pernambuco). Foi importante porque até então não existia diálogo com o Exército. Nesse GT, tivemos a oportunidade de demonstrar as irregularidades legais, a desatenção com o arcabouço legal protetivo e dedicado ao território afetado, especialmente por se situar dentro de um local reconhecido pelo Estado como Área de Proteção de Mananciais e como Patrimônio Biológico de Pernambuco. Como resultado, o Exército promoveu três revisões do projeto original. Houve avanços. O desmatamento original defendido era de 188 hectares, depois foi revisado para 146 hectares, com o incremento de verticalização dos equipamentos. No final de 2023, o Exército retirou as duas vilas militares de dentro da Mata. Mas continua um desmatamento gigantesco de quase 100 hectares. Qual a principal preocupação do Fórum Socioambiental com esse projeto? Qualquer desmatamento em um bioma em extinção

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Nordeste lidera adoção de práticas ESG e fortalece competitividade sustentável

Empresas da região superam outras partes do país em conhecimento e implementação de ações sustentáveis A agenda ESG (Ambiental, Social e Governança) tem avançado significativamente no Nordeste, consolidando a região como referência nacional em práticas sustentáveis. Segundo um estudo da Serasa Experian, 38,8% dos empresários nordestinos possuem um alto nível de conhecimento sobre ESG, superando o Sudeste (34,7%). Essa conscientização reflete-se em ações concretas, com 76,9% das empresas nordestinas adotando iniciativas sustentáveis, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Entre as medidas mais implementadas, destacam-se a otimização do uso da água (97%), o uso de fontes renováveis de energia (62%) e a redução da poluição hídrica (76%). Apesar dos avanços, desafios como altos custos iniciais, escassez de profissionais qualificados e falta de incentivos governamentais ainda dificultam a ampliação dessas práticas, conforme explica a engenheira ambiental Emmanuelle Matos, do Centro Universitário Wyden. Pernambuco avança com iniciativas estratégicas O estado de Pernambuco se destaca com projetos de grande impacto ambiental e econômico. O Complexo Industrial Portuário de Suape inclui em seu Plano de Negócios 2025 metas como o “Plano Suape Carbono Neutro 2038” e a instalação da primeira planta de Metanol Renovável do Brasil. No setor privado, empresas como Stellantis, Baterias Moura e indústrias de energia renovável reforçam esse movimento, investindo em transição energética, reciclagem e uso de biomassa, gás natural, energia eólica e solar. Para Gustavo Delgado, coordenador dos cursos de gestão do Centro Universitário UniFBV Wyden, a economia verde é um caminho sem volta para o crescimento da região. “A sustentabilidade não apenas fortalece a imagem das empresas, mas também impulsiona novos negócios e posiciona o Nordeste de forma estratégica no cenário nacional e internacional”, afirma. Com um ecossistema cada vez mais voltado à inovação sustentável, o avanço de iniciativas no Nordeste posiciona a região como um potencial líder na economia verde, transformando desafios ambientais em oportunidades de desenvolvimento econômico.

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Washington S. Ferreira Junior

Docente da UPE assume liderança da Resiclima para fortalecer pesquisa sobre mudanças climáticas

Washington S. Ferreira Júnior coordena rede global de cientistas dedicada ao impacto climático na sociedade e biodiversidade A partir de 1º de abril, o professor doutor Washington Soares Ferreira Júnior, da Universidade de Pernambuco (UPE), assume a Coordenação Geral da Rede Resiclima, um grupo interdisciplinar que reúne pesquisadores de mais de 20 instituições no Brasil e no exterior. A rede investiga a relação entre as mudanças climáticas e seus impactos socioambientais, contribuindo para a produção científica e a disseminação de informações sobre o tema. Ferreira Júnior sucede o professor Ulysses Paulino Albuquerque (UFPE), que agora lidera a Coordenação de Produção Científica da Resiclima. Com atuação em diversas frentes de pesquisa, a Resiclima busca compreender como as mudanças climáticas afetam tanto os ecossistemas quanto as populações humanas. Os estudos envolvem temas como percepção pública das mudanças climáticas, impactos na biodiversidade, saúde e nutrição, além da comunicação eficaz sobre os riscos ambientais. Segundo Ferreira Júnior, a rede trabalha de forma interdisciplinar, unindo especialistas de áreas como psicologia, ecologia e etnobiologia, com o objetivo de fornecer dados que possam embasar políticas públicas e estratégias de adaptação e mitigação. Em agosto de 2024, a Resiclima realizou no Recife sua I Reunião de Perspectivas Multidisciplinares sobre as Mudanças Climáticas. O evento resultou na divulgação de uma carta aberta à sociedade, reforçando a necessidade de ações coordenadas diante da crise climática. A capital pernambucana foi escolhida como sede do encontro por estar entre as cidades mais vulneráveis do mundo às mudanças climáticas. Sobre Washington Soares Ferreira JúniorDoutor em Botânica pela UFRPE e mestre em Biologia Vegetal pela UFPE, Ferreira Júnior é professor associado da UPE e docente permanente nos programas de pós-graduação em Etnobiologia e Conservação da Natureza e em Ciência e Tecnologia Ambiental. Suas pesquisas exploram as interações entre grupos humanos e o meio ambiente, com foco especial no uso de plantas medicinais e na evolução de sistemas médicos tradicionais.

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Como resolver o impasse da Escola de Sargentos em Aldeia?

Empreendimento do Exército vai investir em Pernambuco R$ 1,7 bilhão e gerar empregos, mas ambientalistas advertem que a obra vai desmatar mais de 90 hectares de Mata Atlântica e pode prejudicar o abastecimento de água na Região Metropolitana do Recife. *Por Rafael Dantas Pernambuco é o destino de um investimento bilionário a ser executado pelo Exército Brasileiro na próxima década: a ESA (Escola de Sargentos das Armas). A estimativa é de um aporte na ordem de R$ 1,8 bilhão para construção do complexo educacional que deve reunir 6,2 mil pessoas, entre alunos e profissionais. Mesmo com a parceria do Governo do Estado no empreendimento e de boas expectativas de dinamismo econômico, há um impasse relevante acerca do impacto ambiental, visto que o projeto prevê o desmatamento de 94 hectares de Mata Atlântica, dentro da Área de Proteção Ambiental Beberibe-Aldeia. Alternativas ainda estão em discussão, propostas pela sociedade civil. O anúncio do projeto da ESA foi feito ainda em 2021, quando o Alto Comando do Exército Brasileiro decidiu reunir as 16 escolas de formação espalhadas pelo País em um único estabelecimento. Entre as condicionantes, estava a necessidade de espaço para a construção do complexo educacional e um campo de instrução associado para utilizar nas atividades de formação. O curso a ser oferecido é uma formação superior tecnológica, com duração de dois anos. O general Joarez Alves Pereira explica que os recursos desse empreendimento são garantidos pelo próprio Exército, a partir da alienação de um terreno que a instituição possui em Brasília, no Distrito Federal. “Como é uma área urbana de valor elevado, isso permitiu ao Exército patrocinar o investimento a ser feito na Escola, que será um grande indutor de desenvolvimento nessa região”, afirmou. Além do aporte do Exército (R$ 1,7 bilhão), houve um acordo de contrapartida do Governo do Estado de promover melhorias demandadas pelo empreendimento. Obras de mobilidade para o acesso à escola, para abastecimento de água e eletricidade e conexão de esgoto, entre outros investimentos urbanos que totalizaram cerca de R$ 110 milhões de recursos públicos de Pernambuco. EFEITOS ECONÔMICOS ESTIMADOS A opção foi por Pernambuco, onde a instituição tem as operações do CIMNC (Campo de Instrução Marechal Newton Cavalcanti). Nas justificativas técnicas para a escolha do local, apresentadas em 2023, estão listados aspectos, como o fato de o Exército Brasileiro já possuir o terreno no Recife e ter o referido campo de instrução contíguo à área de instalação da escola. No entanto, foram listados fatores que deixaram os ambientalistas em alerta, como a estimativa de que a construção da escola “tenderá a desenvolver uma nova região urbana próximo ao bairro de Aldeia” e que a “futura construção do Arco Metropolitano poderá favorecer o acesso à nova Escola”. A passagem do Arco Metropolitano pela APA Aldeia-Beberibe já é um dos debates mais tensos no Estado devido aos impactos ambientais previstos pelos especialistas no restante de Mata Atlântica que ainda não foi derrubada em Pernambuco. O próprio desenvolvimento da região urbana em Aldeia, que já vive uma dinâmica social complexa, levanta alguns alertas. A estimativa do general Joarez acerca dos efeitos positivos de desenvolvimento para a região está sob a injeção de uma massa salarial de R$ 250 milhões por ano com a folha de pagamento dos militares. É um efeito renda importante para o crescimento econômico de qualquer município brasileiro. “Além disso, a previsão é de que as obras durem efetivamente 10 anos. Por ocasião da construção, devemos gerar 12 mil empregos diretos e 17 mil indiretos”, afirmou. EMBATES AMBIENTAIS E NOVAS ALTERNATIVAS Além do prédio da escola, o complexo inclui ainda um Batalhão de Comando e Serviço e o estabelecimento de Vilas Militares para a moradia dos estudantes, dos profissionais e das suas famílias nas proximidades. O projeto inicial previa a supressão de 188 hectares da Mata Atlântica. Após os debates técnicos e os questionamentos legais das legislações ambientais na região, a área do empreendimento prevista para desmatamento reduziu para 94 hectares, para se conformar à Lei 9860/86, instituída pelo ex-governador Gustavo Krause, que delimitou as áreas de proteção dos mananciais de interesse da Região Metropolitana do Recife. Além da redução de terreno, houve uma primeira realocação de onde seriam instalados os prédios. Os questionamentos ambientais do projeto, levantados principalmente pelo Fórum Socioambiental de Aldeia e por pesquisadores das universidades pernambucanas, baseiam-se no fato de que a APA Aldeia Beberibe preserva um dos últimos remanescentes de Mata Atlântica em Pernambuco e abriga a Bacia do Rio Catucá, principal afluente do Reservatório de Botafogo. O comprometimento do equilíbrio hídrico na região colocaria em risco o abastecimento de quatro municípios da Região Metropolitana do Recife que dependem dessa reserva hídrica. Além disso, o local integra o chamado Centro de Endemismo Pernambuco (CEP). É uma das áreas do Nordeste que apresenta altíssimo valor para a conservação da biodiversidade, com espécies de fauna e flora que ocorrem exclusivamente na região, alvo de teses e artigos científicos. “Praticamente a Mata Atlântica de Pernambuco sumiu. Sobrou muito pouco, apenas um conjunto de fragmentos. Nossa luta é tentar manter essa região preservada. E, dentro dessa área, existe o maior bloco de Mata Atlântica ao norte do São Francisco, que é exatamente a área do Exército”, afirmou Hebert Tejo, presidente do Fórum Socioambiental de Aldeia e mestre em gestão ambiental. A organização tem apresentado alternativas ao projeto, com objetivo de reduzir ao máximo o impacto ambiental do empreendimento. Hebert relembra que o projeto inicial previa construções em cima do Rio Catucá, em áreas de nascentes, além de algumas regiões de fortes depressões da reserva. A partir dos debates sobre os impactos ambientais, o projeto inicial começou a ser modificado. A versão apresentada em março de 2023 (com 188 hectares de área) já passou por várias atualizações, que resultaram em projetos que foram reduzindo sua área construtiva e, até, retirando parte dos prédios da área de mata. O Fórum Socioambiental de Aldeia realizou um estudo amplo para identificar novas locações e sugerir outras possibilidades de instalação da escola, considerando um menor impacto do empreendimento. Ao

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O dilema do uso da água no Semiárido

*Por Geraldo Eugênio VALE A PENA PLANEJAR... É sabido que o estado que melhor se dedicou ao planejamento dos recursos hídricos na região Nordeste é o Ceará. Um estado basicamente tomado por terras semiáridas, do Cariri ao litoral, com problemas crônicos de disponibilidade de água para população, durante muito tempo símbolo de escassez, das migrações e das descrições do que representa uma seca em seus aspectos mais drásticos. Entre 1991 e 1995, quando Ciro Gomes governou esse estado, coincidindo com um período longo de seca, o grande temor era o abastecimento da Região Metropolitana de Fortaleza, o que se configuraria um caos total. Em um esforço louvável, a gestão estadual focou nesse problema, acelerando a construção de canais e adutoras de modo que a população da capital deixasse de ter o colapso de suprimento de água como um fantasma que a per seguia sem trégua. Há de se reconhecer que antes desse episódio, o governador Tasso Jereissati, quando assumiu a gestão do estado pela primeira vez em 1987, com seu time de gestores, havia colocado a questão hídrica como um dos principais desafios para o Ceará que, sem a segurança de contar com recursos hídricos, não haveria como atrair novos empreendimentos e crescer com sua economia. Ele tornou esse desafio um tema que sombreava qualquer diferença política, uma vez que mesmo seus adversários sabiam que ir de encontro a esse movimento seria assinar o atestado de óbito político. Hoje o Ceará é considerado como aquele que conta com o mais eficiente sistema de recursos hídricos em todo o País, capitaneado pelo louvável trabalho que realiza a Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos), fundada em 1974. …BEM COMO USAR O QUE SE TEM Pernambuco, há de se reconhecer, tem conseguido assegurar as linhas mestras de um plano de recursos hídricos para o Estado, por vários mandatos de governantes de linhas políticas distintas. Exemplos notórios são as barragens concluídas ou em construção em torno da região metropolitana, as barragens de por te médio no interior, e aproveitando da melhor forma possível o programa de Transposição das Águas do Rio São Francisco, uma iniciativa do Governo Federal. Destaque-se a finalização da Adutora do Agreste, o que resolve, ao menos em médio prazo, a de manda hídrica das principais cidades do Agreste e de dezenas de municípios e comunidades da região. Por falar na magnitude do que representa o funcionamento pleno dos canais da transposição, é importante lembrar que asseguram o abastecimento do açude Castanhão no Ceará e a presença da água nas torneiras de municípios como Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em Pernambuco. Em se tratando de Pernambuco, chama a atenção o fato de uma de suas cadeias produtivas mais robustas, a avicultura, seja de corte ou de ovos, espera ansiosamente pela finalização das obras de modo que um município como São Bento do Una, um dos mais importantes locais de produção de ovos do País, deixe de ver suas granjas e processadoras serem abastecidas por carros pipas. INDÍCIOS DE UM GRANDE TESTE À FRENTE Este início de 2025 tem acendido o sinal de alerta. Chegando a segunda quinzena de março com poucas roças estabelecidas do Sertão do Araripe ao Agreste. Neste estágio do ano já deveriam estar ocorrendo colheita de feijão de corda e o milho entrar no estágio reprodutivo com o surgimento dos pendões e espigas. Mesmo que, ao chegar em julho, consiga-se constatar que a quantidade hídrica foi um pouco abaixo da média histórica, o desafio a partir de agora é de como poder armazenar água suficiente que garanta a sobrevivência e o manejo adequado dos rebanhos de caprino, ovinos e bovinos, principal atividade econômica do semiárido dependente de chuvas. Em 21 de janeiro deste ano, a governadora Raquel Lyra publicou um decreto de emergência cuja ação abrangia 118 municípios com risco de seca hidrológica que afeta diretamente a toma da de água pelos principais reservatórios e a distribuição nesse conjunto de cidades. Há de se considerar que foi uma atitude de acerto ímpar, uma vez que o desenrolar do período chuvoso comprovou a precisão da medida. Reconheça-se a ação da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos, comandada por José Almir Cirilo e da APAC (Agência Pernambucana de Água e Clima) sob a liderança de Suzana Montenegro. Considerando-se que entre 2019 e 2024, um período de seis anos na região semiárida como um todo, ocorreram chuvas entre a média histórica ou um pouco acima desta, não se falando em secas regionalizadas, pode ser que a região tenha que se preparar para encarar um novo período de instabilidade aguda de disponibilidade de água. Repetindo o que vem sendo comentado, há algum tempo na coluna, a seca é a irmã que nem sempre será bem-vinda, mas fazendo parte da família, é essencial que se conviva bem com ela. Prever é se antecipar ao problema e quem melhor estiver preparado para enfrentar o desafio conta com maiores chances de solução para a equação que se põe à frente. TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO NO USO DOS RECURSOS HÍDRICOS O enfrentamento de uma seca, quando ocorrer, não é um atributo apenas dos governos. É fundamental a participação da sociedade civil e nesse aspecto algumas lições devem ser lembradas: 1ª. Situação das cisternas: Vale ressaltar que foi realizado um esforço e investimentos marcantes para dotar o semiárido com mais de um milhão de cisternas. Quantas estão funcionando? Quantas contam com calhas de coleta de água? Qual o uso que tem sido dado à água armazenada e àquela que chega por meio de carros pipas? Qual a responsabilidade para quem não manteve esse reservatório em funcionamento? 2ª. Aproveitamento das águas pluviais e subterrâneas para irrigação: Que se foque no uso racional e eficiente da água disponível para uso agrícola ou pecuário. Recomenda-se investir no uso do que existe de mais moderno na pequena e média propriedade. 3ª. Gestão de secas: Um fenômeno cíclico e, portanto, previsto, não se pode levar pelo acaso. O Brasil continua pecando em não dar a devida atenção aos mecanismos de

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Sérgio Xavier defende transição socioecológica e modelos regenerativos na Exporenováveis

Ex-secretário de Meio Ambiente de Pernambuco alerta para crise ambiental e necessidade de inovação inclusiva Na Exporenováveis, o coordenador Fórum Brasileiro de Mudança do Clima e ex-secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, Sérgio Xavier, destacou a urgência de uma transição socioecológica da economia, aliando inovação e inclusão social. Ele alertou que os modelos atuais são excludentes e concentradores de renda, além de agravarem o colapso ambiental. “A economia hoje é linear por natureza, vai para o lixo, e ela precisa ser circular e regenerativa. Precisamos de processos em que as empresas garantam que o ambiente fique melhor com a presença delas”, afirmou. Ele participou do painel Nossa oportunidade de salvar o planeta: As oportunidades da COP 30 no Brasil, ao lado de Adriano Lucena, presidente do CREA-PE, e de Alexandrina Sobreira, pesquisadora da Fundaj, tendo mediação de Ronaldo Cavalcanti, especialista em gestão socioambiental. Xavier ressaltou que a crise ambiental já compromete setores essenciais, como a geração de energia e o abastecimento de água. Ele citou o Rio São Francisco como exemplo do impacto das mudanças climáticas, destacando sua vazão reduzida e a contaminação da água. Para ele, projetos de energia renovável devem ser planejados com responsabilidade ambiental. “Em vez de desmatar, precisamos procurar áreas que já estão em desertificação, onde tem mais sol, então não há justificativa para abrir novas áreas”, defendeu. Outro ponto abordado pelo ambientalista foi a necessidade de uma governança sistêmica para enfrentar desafios globais. Xavier criticou o modelo atual de planejamento, que considera segmentado e hierárquico, e defendeu uma abordagem integrada entre diferentes setores e escalas de governo. “Não dá para resolver os problemas com os instrumentos de planejamento analógico e segmentado de hoje. Precisamos de modelos sistêmicos de gestão que envolvam governança local, estadual, regional, nacional e global”, explicou. Por fim, o ex-secretário enfatizou o potencial do Brasil em liderar essa transformação, aproveitando seus biomas e conhecimentos tradicionais para desenvolver uma economia sustentável. Ele citou o aproveitamento dos ativos naturais das florestas como uma grande oportunidade. “A Caatinga, com certeza, deve ter o melhor protetor solar do planeta. Suas plantas aguentam anos sob o sol e, ao menor contato com a água, se regeneram. Esse é o tipo de inovação que precisamos buscar”, concluiu. Vários desafios que estarão colocados na COP 30, que acontecerá neste ano no Brasil. Adriano Lucena defende engenharia inclusiva e sustentável para o desenvolvimento de Pernambuco O presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia de Pernambuco (CREA-PE), Adriano Lucena, reforçou a importância de um desenvolvimento que coloque as pessoas no centro das decisões. Para ele, não basta investir em infraestrutura sem garantir inclusão social e respeito ao meio ambiente. “Nós não podemos mais ter um falso desenvolvimento quando a gente não insere as pessoas. A engenharia tem que estar a serviço do cidadão”, afirmou. Ele destacou que a ciência e a engenharia possuem ferramentas para transformar a vida da população e que o CREA-PE está comprometido em promover debates e qualificação profissional para garantir essa evolução. Lucena ressaltou a necessidade de planejamento sustentável, especialmente em projetos estratégicos para Pernambuco. Segundo ele, é fundamental escutar as comunidades afetadas e garantir que as obras sejam feitas com segurança, qualidade e respeito às pessoas e ao meio ambiente. “A riqueza das energias renováveis deve ser compartilhada por todos, gerando oportunidades e reduzindo desigualdades”, afirmou. O presidente do CREA-PE também destacou a importância da formação continuada dos profissionais da engenharia, com investimentos em qualificação e inovação para enfrentar os desafios de um mundo globalizado. Alexandrina Sobreira ressalta desafios e avanços da agenda socioambiental global A pesquisadora da Fundação Joaquim Nabuco Alexandrina Sobreira destacou a importância da articulação entre diferentes esferas para a construção de políticas públicas eficazes no campo socioambiental. Com vasta experiência em conferências internacionais, ela relembrou sua participação na Conferência da ONU sobre Mulheres, em 1995, e no Habitat II, em 1996, ressaltando que a questão ambiental sempre esteve interligada a temas como pobreza e urbanização. “Os processos da ONU são lentos, mas fundamentais para garantir que diferentes realidades culturais e sociais sejam consideradas”, afirmou. Para ela, a COP 30, que será realizada no Pará, representa uma oportunidade única para o Brasil reafirmar seu compromisso com o desenvolvimento sustentável, especialmente diante do fato de que 87% da população brasileira vive em áreas urbanas. Alexandrina também apontou desafios na implementação dos acordos ambientais, mencionando a falta de sinergia entre as convenções globais e a necessidade de garantir financiamento para ações concretas. Segundo ela, o Brasil tem avançado, mas ainda enfrenta um descompasso entre suas diferentes agendas ambientais e sociais. “O meio de implementação é essencial, porque sem recursos, tudo fica apenas no discurso”, alertou. Além disso, destacou a importância da participação da sociedade civil na construção dessas políticas e mencionou iniciativas como o programa de cisternas no semiárido, um exemplo de como compromissos internacionais podem gerar impacto real na vida das pessoas. A ExpoRenováveis 2025, um dos principais eventos do setor energético no Brasil, foi promovida pela Associação Pernambucana de Energias Sustentáveis (Aperenováveis).

Sérgio Xavier defende transição socioecológica e modelos regenerativos na Exporenováveis Read More »

Recife Chuvas

É a economia... e o meio ambiente: a inevitável conexão com as mudanças climáticas

Eventos extremos, como as chuvas da semana passada, mostram que a resiliência urbana e políticas ambientais são essenciais para o desenvolvimento econômico Todo final de ano fazemos matérias de perspectivas econômicas para analisar o que vem pela frente. Para um dos especialistas nacionais que entrevistei, perguntei sobre os possíveis impactos das mudanças climáticas na economia. Ele sugeriu que eu entrevistasse um ambientalista. Ele falava de PIB, inflação, desemprego… não de meio ambiente. Além de todos os transtornos e até vítimas, as chuvas desta semana, mais uma vez, fecharam comércios, cancelaram aulas e deixaram casas inundadas e vários bairros sem energia. Vidas perdidas, patrimônios destruídos e cidades paradas esperando a chuva parar. Mais uma demonstração de que não dá para falar de economia sem tratar de meio ambiente. Os investimentos para tornar as cidades mais resilientes não são baixos. Em uma região com tantas famílias vivendo às margens dos rios e nos morros, a necessidade de políticas robustas de moradia ganham outra dimensão. DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DO RECIFE NO EVENTO DA FIEPE O novo secretário de Desenvolvimento Econômico do Recife, Carlos Andrade Lima, é um dos convidados da mesa de abertura do IV Seminário Brasil de Economia. O seminário, que acontece na próxima quarta-feira (12.02), é promovido pela Fiepe e o Conselho Regional de Economia de Pernambuco. Em 2024, o Recife foi responsável pela criação de um a cada três empregos com carteira assinada em Pernambuco. O número ratifica a posição da capital como principal cidade geradora de empregos formais do Estado. INVESTIMENTOS IMOBILIÁRIOS EM JABOATÃO DOS GUARARAPES A Direcional Engenharia expande sua presença em Jaboatão dos Guararapes com o lançamento dos empreendimentos Viva Vida Jardim Botânico e Direcional Conquista Jaboatão, que integram os programas Minha Casa, Minha Vida e Morar Bem Pernambuco. Os projetos somam 720 unidades habitacionais e incluem infraestrutura de lazer completa, além de obras de contrapartida social, como pavimentação de ruas e melhorias no abastecimento de água. “Com o lançamento de dois empreendimentos em Jaboatão dos Guararapes, reforçamos nossa atuação estratégica em uma cidade onde temos alcançado resultados expressivos”, afirma Renato Bezerra, superintendente comercial e de incorporação da Direcional em Pernambuco. NISSIN LANÇA PRODUTO DE OLHO NO MERCADO DO NORDESTE A Nissin Foods amplia sua conexão com o público do Norte e Nordeste ao lançar o Nissin Lámen sabor Cuscuz com Calabresa, um tributo à culinária regional. Com embalagem assinada pelo xilogravurista J. Borges, o produto não só celebra um dos pratos mais emblemáticos do Nordeste, mas também reforça a estratégia da empresa de valorizar a cultura local. “O cuscuz é uma verdadeira paixão no Nordeste, e trazer essa combinação em um lámen é nossa forma de celebrar a energia, os sabores e as histórias dessa terra tão vibrante”, afirma Danielle Ximenes, gerente da marca. A empresa, que é líder no segmento de macarrão instantâneo, possui uma das suas fábricas em Pernambuco, na cidade de Glória de Goitá. A outra unidade fica no interior de São Paulo. SETOR DE BARES E RESTAURANTES BATE RECORDE DE EMPREGOS EM 2024 NO PAÍS O setor de alimentação fora do lar criou 230 mil novas vagas em 2024, atingindo 5,74 milhões de trabalhadores, o maior número da série histórica iniciada em 2016, segundo a PNAD do IBGE. Com um crescimento de 4,2%, bem acima da média nacional de 0,8%, bares e restaurantes reforçam sua importância para o mercado de trabalho. Além disso, o salário médio no setor subiu 5,8%, chegando a R$ 2.190. Para que esse crescimento continue, empresários defendem medidas como a desoneração da folha de pagamento e o fortalecimento do trabalho intermitente.

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