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Maya lança novo single em parceria com Felipe S. da Mombojó

Via assessoria de imprensa. Com colaboração de Felipe S. da Mombojó, a cantora e compositora Maya lança QueCalor, seu segundo single pelo selo Tratore. A faixa ainda conta com a participação de Chiquinho, da Mombojó, Habacuque Lima (SP), nos sintetizadores, e Gabriel Moraes, na guitarra, mixagem de China e masterização de Estevan Sinkovitz (SP). Na canção, a cidade do Recife aparece enquanto pano de fundo, mas também personagem principal. A figura do tubarão – já enraizada no inconsciente coletivo da cidade – é o antagonista. Os arranha-céus existentes na cidade nos lembram de que a lógica falocêntrica impera até aqui, e é essa mesma lógica que invade o litoral.Por conta do desenvolvimentismo desenfreado e o consequente desequilíbrio ecológico, os tubarões acabaram se tornando, inclusive, um dos símbolos turísticos da capital. Mas os tubarões de não são apenas os que são expulsos de seu habitat e atacam os banhistasna praia de Boa Viagem. E nem apenas uma metáfora para a especulação imobiliária do litoral. Em seu novo lançamento, MAYA traz novamente uma reflexão sobre como a cidade, seu tecido urbano e suas violências são presença constante na maneira como a artista vivencia o Recife. Essa potência de sua canção, que já havia se manifestado em Papametralha (2021), seu primeiro lançamento, agora aparece fundida ao calor, aos tubarões e as próprias vivências da artista na cena cultural pernambucana. O projeto gráfico, as fotos de divulgação e o visualizer compõem sua criação e reitera sua simbologia ao trazer referências do cinema, seja do clássico Tubarão (1975), de Steven Spielberg, quanto a filmes de terror independentes e ao próprio cinema pernambucano. A construção da música de MAYA passa também pelo audiovisual, e é impossível separar a importância de uma coisa da outra em sua obra. Tanto que algumas de suas principais inspirações para compor as sonoridades que ela constrói em sua obra são, além do manguebeat, as trilhas sonoras de filmes de artistas como John Williams, John Carpenter e Ennio Morricone.Para a compositora, Que Calor é uma provocação para que possamos olhar em volta e atentarmos à nossa própria história e para onde estamos sendo conduzidos tão velada e violentamente”. O lançamento é um grito na voz de uma jovem e corajosa artista independente de Pernambuco em meio a um Recife cujas cenas artísticas costumam ser predominantemente masculinistas, cada vez mais sufocado pelo concreto dos prédios, pelas ilhas de calor, pela angústia dos trânsitos. Maya entende que enquanto a arquitetura “moderna” denuncia e deflagra os reflexos diante dos inúmeros edifícios espelhados, ficam os questionamentos: somos coniventes? Ou apenas formiguinhas-alvo dessas grandes lupas?Que Calor está em todas as plataformas de streaming e conta também com uma live session com Felipe, que está disponível no YouTube. Sobre a artista Maya é cantora, compositora, letrista e produtora pernambucana. A relação com a música foi iniciada ainda na carreira no jornalismo cultural e na crítica de cinema, sempre pensando em trilhas sonoras, assunto que foi tema de estudo de sua monografia. Essencialmente, seu entusiasmo em fazer música vem de sua relação com o cinema. Foi essa forma de arte que fez MAYA vivenciar seus primeiros processos de criação para trilhas de vídeos, sempre de forma intuitiva, dentro de um universo de referências que vai de compositores desde Ennio Morricone até John Carpenter, além de bandas/artistas como Portishead, Massive Attack, Beyoncé e Gal Costa. O primeiro single Papametralha (2021), lançado durante a pandemia, deflagra violências urbanas cotidianas - numa mistura de elementos sensoriais orgânicos em meio a uma estética distópica. Que Calor (2022), lançada em parceria com Felipe S. da Mombojó e mixada por China, é seu segundo lançamento, trazendo o calor do Recife e os tubarões da praia de Boa Viagem como metáfora para as violências que atravessam a urbe.

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Marília Parente volta aos palcos em show com banda no Recife

Na próxima quinta (9), compositora pernambucana apresenta repertório autoral, incluindo canções inéditas, no Bar Iraq, localizado na Boa Vista Via assessoria de imprensa. A próxima quinta-feira (9) marcará o retorno da cantora e compositora pernambucana Marília Parente aos palcos. A artista se apresentará, acompanhada por sua banda de apoio, no Bar Iraq, localizado no bairro da Boa Vista, área central do Recife, a partir das 20h. O evento contará ainda com discotecagem de Juvenil Silva. Na ocasião, Marília fará seu primeiro show aberto ao público desde março de 2020, quando tiveram início as medidas sanitárias de prevenção à covid-19 em Pernambuco e na maior parte do Brasil. "Eu tinha lançado meu primeiro disco no fim de 2019, de modo que a pandemia comprometeu completamente nosso planejamento de circulação e divulgação do trabalho. O público teve poucas oportunidades de assistir a esse show, motivo pelo qual resolvemos insistir nesse repertório, que foi enriquecido com algumas canções inéditas e singles posteriores ao álbum", explica a artista. No show, Marília canta e toca violão, craviola e teclado. Ela será acompanhada pela guitarra de Juvenil Silva, o baixo de Diego Gonzaga e a bateria de Caio Wallerstein. Artistas como Isadora Lubambo e Nívea Maria (Verdes & Valterianos) farão participações especiais. O evento integra o projeto “Na Medida do Possível”, que ocupa o Iraq às quintas. Em dezembro, a iniciativa promoverá ainda shows da bandas Jambre e Verdes & Valterianos, respectivamente, nos dias 16 e 23. Serviço//Marília Parente e Banda + DJ Juvenil Onde: Rua do Sossego, 179, Boa Vista, Recife-PE Quando: 9/dez (quinta-feira), às 20h Ingressos: Na hora ou garantido antecipadamente no Sympla, através do link: https: //www.sympla.com.br/show-marilia-parente---projeto-na-medida-do-possivel__1429667  

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"Sou apaixonado pela música de Pernambuco". Confira entrevista com Ayrton Montarroyos

Ayrton Montarroyos foi uma das revelações da música pernambucana nos últimos anos. Conversamos com o cantor no mês passado para a matéria de capa da Revista Algomais do mês de setembro (A Nova Música Pernambucana) e publicamos agora a conversa na íntegra em que fala do seu álbum de lançamento e sobre as produções musicais do Estado. Confira! Quais os planos da carreira para este ano? Gravei meu primeiro disco e estou fazendo lançamento dele. A turnê começou pelo Rio de Janeiro. Após o Rio, estou fazendo São Paulo. Vou fazer Recife, depois vou fazer interior de São Paulo. Estamos conversando com pessoal de Belém. É um momento interessante, bem importante. Tenho a sorte de lançar o primeiro álbum com as pessoas já sabendo quem eu sou. Nem todo artista tem essa oportunidade. Muitos lançam um disco para começar. Após a indicação para Grammy, cantei com Elba Ramalho, Cauby Peixoto, Angela Maria. Fiz show no Brasil inteiro. Isso me permite lançar o álbum com uma situação muito tranquila para um artista em primeiro trabalho. Sou muito grato por esse fruto que o destino está me deixando saborear com calma e na hora certa. Vivo para a musica, para mais nada. Vivo para cantar, só faço isso desde os 11 anos de idade. Adquiri um método de ser focado, disciplinado. Ter essa obstinação de ser dado a musica. Isso rende bons frutos que estou colhendo com o primeiro disco. Como tem sido a repercussão do primeiro álbum? A música começou a tocar na rádio Nova Brasil, nem sei como aconteceu. Nunca liguei. Nunca mandei disco. De repente acontece. O Jornal O Globo procurou para uma entrevista quando souberam que estava indo fazer show. De repente me ligam, para fazer uma matéria. Estamos nessa energia, de muito trabalho. Então meus projetos são sempre agraciados com essa sorte de ter um pessoal atento ao meu trabalho, que me ouve, sabe o que está rolando.  Nunca tinha feito show no Rio de Janeiro, de repente tem casa lotada. Mesma coisa aconteceu em São Paulo. Qual a relevância da participação no The Voice para sua carreira? Foi importantíssimo. Acho que temos que ser muito gratos pelas oportunidades que a vida nos dá. Muitas matérias que vem saindo até agora fazem a referência de "ex-The Voice". Eu me sinto orgulhoso. E gosto quando sai essa referência. Faz parte da história. Ate agora o maior acontecimento da minha vida pública foi a participação no The Voice, até maior que o lançamento do primeiro disco. Afinal, foi uma competição musical em que foram mais de 100 mil inscritos. Fui segundo lugar num programa, com 100 mil cantores, com musica popular brasileira, nesse momento, de uma depreciação da musica tão grande, com grandes clássicos, sem malabarismo vocal. Isso foi no final de 2015, tenho essa proximidade com o público até hoje. Moro em Higienópolis, São Paulo, e os feirantes me chamam pelo nome. É uma exposição em 3 meses que acessa muita gente. Recife é cidade onde sou mais reconhecido, quase a cidade inteira me conhece. Qual o grande aprendizado desse momento no concurso? Se hoje tenho bom relacionamento com a imprensa e se gravo comercial para fazer divulgação aprendi na Globo. Procuro passar pela vida e prestar atenção. Caminho sempre como aprendiz. Entrei ali para aprender muito. Ganhei mais que merecia. Aprendi a lidar com público e imprensa, entendi o que o povo gosta e não gosta. Qual a sua avaliação da música pernambucana? É bem interessante e acho um pouco pretensiosa as vezes. Sou apaixonado pela música de Pernambuco. 90% dos compositores do meu disco são pernambucanos. Canto muita gente do meu Estado… mas as vezes acho que a cena musical local fica um pouco numa bolha. Acho que arte não é para a gente. Não sei se é limitação natural pela distancia com eixo sul e sudeste. As pessoas deveriam ter mais acesso ao público. Se sentir mais a vontade de chegar mais perto. Zé Manoel saiu de Petrolina, saiu de Recife, veio para São Paulo. A carreira dele deu um salto quando veio para cá. Chegou aqui em São Paulo cantou juntou com Ana Carolina, Fafá de Belém… Não teve medo ou pretensão de ficar em guetos e bolhas. Muitos artistas em Pernambuco teriam possibilidade de atender muita gente se fossem mais abertos. A cena fica muito retraída. Somos um celeiro de talentos. Isadora Melo lançou um disco que é uma coisa linda, de canção popular. Foi pouco explorado ainda pela imprensa.   Quais os planos para o futuro? Tenho pouca expectativa para o futuro, procuro fazer o agora. Procuro não pensar muito no depois. Pretendo rodar com esse disco. Os lugares onde passei têm tido uma repercussão muito boa das pessoas. Como intérprete, minha função é 90% de pesquisar. Tudo que estou ouvindo vai me despertando uma vontade de querer fazer alguma coisa… música, sonoridade, arranjos. Despertando sensações. Antes tinha percepções e ia colocando nos shows, mas agora ele está pronto, tá montado. Consequentemente vou pensando no segundo disco, projetos futuros. Mas não costumo adiantar. Fazemos tanta coisa em tão pouco tempo. *Entrevista concedida ao jornalista Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais Para conhecer mais sobre o trabalho de Ayrton Montarroyos: https://www.facebook.com/ayrtonmontarroyos Programação de Shows de Ayrton Montarroyos  

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4 álbuns para conhecer a música instrumental pernambucana (dicas do Maestro Spok)

Trazemos hoje a indicação de quatro álbuns para conhecer a música instrumental pernambucana. O nosso roteiro musical foi escolhido pelo saxofonista pernambucano Spok, o maestro da SpokFrevo Orquestra. De clássicos da nossa cultura até produções mais recentes estão nessa lista.   Teatro Instrumental (Antúlio Madureira) O disco produzido em 1993 por Antúlio Madureira foi gravado no Estúdio do Som, no Recife, e tem a maioria do repertório com canções próprias (9 das 11). O trabalho traz ainda duas músicas de Heitor Villa-Lobos (Ária das Bachianas nº 5 e O Trenzinho do Caipira), além da faixa final, que encerra com Frevos para Marimbau: Hino do Elefante de Olinda (Clídio Nigro), Fogão (Sérgio Lisboa), Vassourinhas (Mathias da Rocha). Veja abaixo um vídeo com a música Cavaleiro do Sol, que é o tema de Abertura do Auto da Compadecida.     Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco O álbum é o trabalho do grupo pernambucano criado por Cussy de Almeida ainda na década de 1980. Como diferencial, o grupo misturou violas sertanejas com bandolins, cavaquinho, violão, percussões e contrabaixo. A produção do grupo seria uma continuidade do trabalho realizado pela Orquestra Armorial na década de 70. O disco foi gravado em 1984 e ganhou uma versão em CD no ano de 1997, gravado pela Funarte/Atração Fonográfica/Instituto Itaú Cultural. A produção foi de Maurício Carrilho.   Confira a música Cipó Branco de Macaparana, gravado nesse disco. (Confira mais músicas no YouTube neste link).   Frevos de Rua - Os melhores do Século  Spok indica também a coleção Frevos de Rua - Os melhores do Século, que foi gravada pela Orquestra do Maestro Duda e produzida por Luiz Guimarães.   Confira abaixo uma das músicas em destaque da coleção.       Renato Bandeira e Som de Madeira O álbum mais recente dos indicados por Spok é "De ponta cabeça", de Renato Bandeira & Som de Madeira. O Quarteto instrumental pernambucano é formado por Renato Bandeira (viola, violão e guitarra), Augusto Silva (bateria), Hélio Silva (baixo) e Júlio César (acordeom). O grupo tem influência da Orquestra de Cordas Dedilhadas de Pernambuco, Banda de Pau e corda, Quinteto Violado, Sivuca, Dominguinhos, Hermeto Pascoal entres outros grandes nomes da nossa música. Confira abaixo o vídeo da música De ponta cabeça. O CD/DVD pode ser adquirido na Passa Disco.     *Rafael Dantas – repórter da Revista Algomais (rafael@revistaalgomais.com.br)

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