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Música

Feiticeiro Julião resgata a Atlântida submersa em videoclipe

Atlântida existiu. Ou melhor, existe, nem que seja submersa dentro de cada pessoa que busca por um lugar onde há abundância para todos os seres e prosperam as artes e as ciências. O artista pernambucano Feiticeiro Julião também relembra a lenda e idealiza seu reino paradisíaco e, em crítica à intolerância que tem marcado os últimos anos no Brasil e no mundo, lança na próxima quinta-feira (12/3) o videoclipe Atlântida. A exibição será no Armazém do Campo, no bairro de Santo Antônio, às 20h, com entrada gratuita. Julião aproveita a ocasião para um pocket show, com convidados como Marília Parente, Publius e Henrique Costa, além de abrir um debate com o tema “A arte como forma de resistência em tempos de autoritarismo”. Dirigido pela cineasta Dandara Ferreira (que atualmente está desenvolvendo o longa-metragem e série “Meu nome é Gal”) e com roteiro do próprio músico, Atlântida foi filmado no Litoral Sul pernambucano e traz constantemente a imagem do mar, que remete à letra da canção, onde o músico revela “... vou descer pelo mar azul, aqui só posso cantar o blues”, e emenda, apimentando a letra com teor político: “Não tenho trato para ser um funcionário/ Não tenho saco ser artista no armário”, referindo-se ao que sempre escutou da avó, que lhe aconselha até hoje buscar outras formas de ganhar dinheiro, de se encaixar melhor no sistema. O “vilão” do clipe foi inspirado em Antônio das Mortes, o matador de cangaceiros, personagem de filmes de Glauber Rocha. Com camisa da CBF, ele traz o lado repressivo da contemporaneidade, de resolver as diferenças na base da violência. No entanto, quando se envolve com a música, Nazareno, nome que o vilão recebe no roteiro, acaba se contagiando, sonhando que está tocando e entra na ciranda dos hippies, encontrando assim redenção. “Sou filho de militantes, fundadores do PT, e é inevitável que minha música se misture com meu ativismo político”, acrescenta Julião. “Atlântida” é o segundo videoclipe do “Feitiço de Viola”, disco lançado pelo artista em 2019, pelo selo gaúcho Honey Bomb Records. O primeiro é “Mantra Térmico”, dirigido por Rodrigo Barros. SOBRE O ARTISTA O Feiticeiro Julião é um artista recifense na ativa desde 2011, ano em que tocou no festival Abril Pro Rock, após vencer um concurso de bandas. Seu clipe "Vou tirar você (da cara)" se tornou popular graças à irreverência e à performance presentes no vídeo e no show do músico. Em 2013, participou da trilha do premiado filme "Tatuagem" e no ano seguinte lançou seu disco "Mácula". Morando em SP de 2014 a 2018, ele se apresentou nos SESC Belenzinho e Campinas. Acompanhou na guitarra a banda Tagore, com a qual circulou por Sudeste e Sul e em 2017, e criou a dupla de forró Caramurú e Julião, circulando por festivais importantes, como o Morrostock (RS). Em 2019 voltou a morar no Recife e lançou seu novo disco, "Feitiço de Viola", através do selo gaúcho Honey Bomb Records. O disco tem tido boa repercussão, principalmente pela simplicidade das músicas e a presença de melodias cantaroláveis, com foco na viola caipira. Em setembro lançou “Mantra Térmico”, seu mais recente videoclipe. Em 2019 também iniciou o projeto Avoada, um coletivo com base nas cordas e arranjos de vozes e que possui uma forte postura política. O grupo lançou o EP “Marília, Marcelo, Julião e Juvenil” e dois videoclipes. Em 2020 vai lançar um disco novo, somente com forrós. O trabalho contará com participações importantes da cena pernambucana, como Juliano Holanda.

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Mumuzinho volta ao Recife para comandar roda de samba

Os fãs de samba podem comemorar. A festa “Maior Roda de Samba do Brasil” terá uma nova edição na capital pernambucana, no dia 28 de março. Com estrutura montada no Clube Português do Recife, o evento será animado pelo cantor Mumuzinho, que se junta aos grupos Vou Pro Sereno, Turma do Pagode e Revelação no line up. Relembrando grandes sucessos do ritmo, como “Fulminante”, “Deixa Acontecer” e “Lancinho”, o agito é assinado por Augusto Acioli. Com área única, os ingressos custam R$60, à venda nas lojas Figueiras Calçados dos principais shoppings da cidade e no site da bilheteria digital. Aqueles que preferem chamar todos os amigos para curtir os shows, tem opção de camarotes para 12 pessoas por R$1.200,00.

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Lulu Santos: turnê "Pra Sempre" virá ao Recife dia 3 de abril

Um dos mais bem-sucedidos artistas brasileiros, hitmaker natural, dono de clássicos incontestáveis e vendagens milionárias ao longo de uma carreira com 30 discos gravados, Lulu Santos virá ao Recife com o disco e a turnê "Pra Sempre". O show está marcado para 3 de abril, no Teatro Guararapes, com ingressos à venda a partir de R$ 75 [serviço abaixo]. A realização é da Plas Produções. Depois do estrondoso sucesso de público alcançado em 2018 com o disco "Baby Baby!" e do show "Canta Lulu" – em que mesclava clássicos da carreira com músicas de Rita Lee -, o artista lançou em 2019 um álbum e um concerto todo dedicado ao amor. Este, aliás, um dos temas de maior destaque em sua vasta obra. Acompanhado de banda formada por músicos reconhecidos pela excelência técnica, pelo suingue incomum e pela alta sofisticação que sua música exige, o cantor estará no palco com Sérgio Melo (bateria), Jorge Ailton (baixo), Hiroshi Mizutani (teclado), Tavinho Menezes (guitarra) e Robson Sá (vocal). Lulu Santos sempre se preocupou com a totalidade. No palco, tudo se completa sob sua concepção. Não por acaso, desde os anos 1980, sempre gostou de reforçar o mesmo pensamento: “Eu quero que o que a pessoa ouça seja bastante informativo, não só pelo teor musical, mas que a música realmente sirva para provocar alguma coisa". Ele é assim: um artista original, completo. E a forma que encontrou para celebrar o amor neste novo projeto não veio por acaso. O ponto de partida foi a cidade de Belo Horizonte (MG). "Volto para estrada com um show que defende as cores de um álbum feito para um amor em BH - e que se chama "Pra Sempre"... Nada mais apropriado", define Lulu. Os grandes hits de seu cancioneiro continuam sendo parte fundamental do show: "Junto ao repertório dos clássicos (que nunca podem faltar), vou incluir cinco destas minhas novas canções e que vão acabar parecendo mais clássicos, afinal, talvez eu seja mesmo o último romântico", diz. SERVIÇO Lulu Santos em "Pra Sempre" Dia 3 de abril (sexta-feira), às 22h Teatro Guararapes - Centro de Convenções de Pernambuco Informações: 81. 3182-8020 Ingressos Plateia: R$ 250 (inteira) e R$ 125 (meia) Balcão: R$ 150 (inteira) e R$ 75 (meia) * À venda na bilheteria do teatro, lojas Chilli Beans (shoppings Boa Vista, Recife, RioMar, Guararapes, Tacaruna) e site Bilheteria Digital.

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Quinteto Violado se une a Chambinho do Acordeon e Orquestra Criança Cidadã em show

O show “Gonzagão Sinfônico”, que traz os clássicos de Luiz Gonzaga em versão orquestrada, ganha reforço em sua estreia nacional, dia 28 de março, no Teatro Guararapes. O Quinteto Violado, que dividiu palcos e somou parcerias com o Velho Lua, se junta a Chambinho do Acordeon, que viveu o sanfoneiro no filme “Gonzaga: De Pai pra Filho”, e à Orquestra Criança Cidadã – sempre acompanhados, claro, por um trio pé de serra. O repertório terá canções escolhidas entre as mais de 500 registradas nos 56 discos gravados pelo pernambucano de Exu. Entre elas, “Asa Branca”, “Sabiá”, “Sala de Reboco” e “Qui Nem Jiló”. Os ingressos, a partir de R$ 40, já estão à venda (serviço abaixo). Voz que se tornou ícone da região Nordeste, Luiz Gonzaga deixou um legado incalculável à música, levando o forró pé de serra para todos os cantos do mundo. Dentro das homenagens pelos 30 anos de sua morte, a produtora pernambucana Art Rec Produções, em parceria com Chambinho, idealizou o espetáculo. “É sempre muito emocionante tocar e cantar Luiz Gonzaga. Na terra dele, será uma honra, uma alegria", festeja Chambinho, que tem no artista sua grande referência musical. Os pernambucanos do Quinteto Violado ansiavam pelo show: "Luiz Gonzaga representou uma espécie de estrela-guia para o grupo. Nossa história está intimamente envolvida com ele. E um projeto como este realiza um grande sonho nosso, que era de prestar uma homenagem ao lado de Chambinho do Acordeon, nosso amigo e parceiro musical", comenta Pedro Francisco de Souza, empresário do Quinteto. “A Orquestra Criança Cidadã tem uma estreita ligação com a cultura popular nordestina e com Luiz Gonzaga. Nosso primeiro álbum, gravado com Alcymar Monteiro, foi inteiramente dedicado ao Rei do Baião”, diz o maestro Lanfranco Marcelletti Jr. Gustavo Agra, fundador da Art Rec Produções, referência no segmento de entretenimento em Pernambuco, comemora: “Estamos muito felizes por tirar do papel e levar aos palcos este grande projeto que celebra e aplaude um dos maiores gênios da nossa música – ainda mais por ser daqui, do nosso estado.” CHAMBINHO – Nivaldo Expedito de Carvalho é compositor, ator, músico e cantor. Conhecido como Chambinho do Acordeon, canta acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo o autêntico forró pé de serra. Chambinho nasceu em São Paulo, em 1980. Aos 8 anos, mudou-se com a família para a cidade de Jaicós, no sertão do Piauí, onde aprendeu os primeiros acordes na sanfona com o seu avô Zezinho Barbosa. Essa primeira escola, tão afetiva quanto autêntica, deu a ele não só os macetes dos velhos sanfoneiros nordestinos como também o gosto pelo legítimo forró. Aos 11 anos, retornou para São Paulo. Após alguns anos tocando na noite, integrou a Banca Caiana, com quem gravou dois CDs lançados pela Warner Music. Em seguida, acompanhou a Banda de Pífanos de Caruaru, com a qual gravou o CD “No século XXI, no Pátio do Forró” (Trama, 2002), que faturou o Prêmio Tim e o Grammy Latino. Integrou o Trio Zabumbão. Acompanhou grandes nomes do forró, como Família Gonzaga, Anastácia e o humorista João Claudio Moreno. Após vencer 5 mil candidatos num processo seletivo da Conspiração Filmes, Chambinho recebeu a honrosa missão de interpretar, em 2012, o Rei do Baião no filme “Gonzaga – De Pai para Filho”, com direção de Breno Silveira. Protagonista, o artista estudou a fundo a vida e a música do Velho Lua e aperfeiçoou ainda mais seu jeito nordestino de puxar o fole e cantar o seu forró. Representou o filme e levou o ritmo em turnê internacional pelos Estados Unidos, França, Inglaterra, Itália, Suíça, Portugal, Espanha, Holanda e Rússia. Em 2013, recebeu a homenagem do Troféu Gonzagão, em Campina Grande, e foi homenageado na Calçada da Fama, em Arcoverde. Com cinco CDs e dois DVDs, segue carreira solo, mostrando ritmos como baião, forró, xote e xaxado para o mundo. QUINTETO VIOLADO – Referência na música brasileira e nordestina, reconhecido por sua identidade sonora e pelo manejo refinado dos ritmos e gêneros populares, o grupo pernambucano Quinteto Violado, surgido em 1971, teve em Luiz Gonzaga a mola propulsora para o estrondoso sucesso que fez, desde o início da carreira. A partir de um arranjo para "Asa Branca", tido pelo próprio Gonzaga como o mais bonito para a sua música, surgiu o que seria uma grande parceria e uma linda amizade. Na década de 1970, Gonzagão, Quinteto Violado e Gonzaguinha fizeram um circuito de concertos de música nordestina por universidades de São Paulo. Foi um dos momentos mais importantes da história do conjunto, que, ao longo de quase 50 anos de carreira, levou seu som para todos os continentes. Foram vários os encontros com Luiz Gonzaga: em gravações, shows e participações em discos. Durante uma entrevista na década de 70, quando perguntado o que representava o Quinteto Violado naquele panorama musical do Brasil, o Velho Lua foi enfático: "Tudo. A sustança, o tutano do corredor boi, a vitamina, a proteína. Padim Ciço, Frei Damião, Ascenso Ferreira, Lampião, Cego Aderaldo, Nelson Ferreira, Zé Dantas. Tudo isso é o Quinteto Violado." Hoje, o Quinteto Violado é formado por Marcelo Melo (violão e voz), Ciano Alves (flauta), Roberto Medeiros (bateria e voz), Dudu Alves (teclado e voz) e Sandro Lins (baixo). A ORQUESTRA – A Orquestra Criança Cidadã, gerida pela Associação Beneficente Criança Cidadã, é uma iniciativa que se consolidou no cenário cultural pernambucano e completou, em julho de 2019, 13 anos de inclusão social por meio da música. O projeto atende a 360 jovens, com idade entre 7 e 21 anos, da comunidade do Coque (Recife), do distrito de Camela (Ipojuca) e da zona rural de Igarassu. Com projeção nacional e internacional, realiza pelo menos uma apresentação por ano no exterior. Nestes 13 anos de existência, a Orquestra Criança Cidadã recebeu mais de 30 prêmios, incluindo o Prêmio Caixa Melhores Práticas em Gestão Local, de âmbito nacional. Na esfera internacional, a Organização das Nações Unidas escolheu a Orquestra como uma boa prática de inclusão social, em dezembro de 2010, e, em 2015, o projeto

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Orquestra Frevo do Mundo é o carnaval que não acaba

Por Yuri Euzébio O carnaval acabou. Com certo pesar e saudade, voltamos a programação normal da coluna falando de um gênero que tem tudo a ver com a folia de momo: o frevo. Pupillo, ex-baterista da Nação Zumbi e prodigioso produtor musical, lança o primeiro volume da Orquestra Frevo do Mundo. Projeto que ressignifica e revigora o ritmo pernambucano. Não é o apego às tradições do mais célebre gênero da música popular pernambucana que dá impulso ao álbum. Ao contrário, o  projeto traz o ritmo para o centro do universo da música pop nacional, juntando, em oito gravações inéditas, as colaborações de Caetano Veloso, Céu, Siba, Otto, Duda Beat, Arnaldo Antunes, Tulipa Ruiz, Almério e Henrique Albino. Figura fundamental da geração manguebeat, o baterista Pupillo produziu o projeto, idealizado por ele e Marcelo Soares, com o norte na renovação. Sua busca primeira foi por tirar o frevo do lugar “sagrado” - e, portanto, imutável - de manifestação popular que só é visitada no período carnavalesco. E construir um ambiente em que o gênero pudesse ser criado e consumido em escala mais ampla, em qualquer período do ano e não necessariamente atrelado à cartilha da cultura popular. O olhar pop de Pupillo sobre a história do frevo não podia minimizar a importância da Bahia na retomada do gênero no início dos anos 1970. Àquela altura, o frevo estava em baixa em sua terra natal. Tanto assim que Nelson Ferreira, seu principal compositor então em atividade, foi dispensado por todos os clubes da sociedade pernambucana. Convidado pelo Carnaval da Bahia, partiu para influenciar não apenas os instrumentistas, mas toda a geração de compositores baianos, sobretudo Moraes Moreira e Caetano Veloso. Algumas faixas de Orquestra Frevo do Mundo são especialmente exemplares da conexão entre Pernambuco e Bahia. Frevo tropicalista lançado em 1975, “A Filha da Chiquita Bacana” (Caetano Veloso) é reflexo justamente do efeito de Nelson Ferreira sobre a música baiana. Na nova gravação, ela junta a voz do autor à da paulistana Céu e aos metais de Maestro Duda, de Pernambuco. A mesma origem tem a canção interpretada pela nova musa pernambucana Duda Beat. Sucesso na voz de Gal Costa em 1982, “Bloco do Prazer” (Moraes Moreira/ Fausto Nilo) foi lançada por Dodô e Osmar em 1979 e é um dos diversos frevos compostos por Moraes e transformados em hits nacionais. Outras faixas de Orquestra Frevo do Mundo fazem essas conexões entre Bahia e Pernambuco por meio do arranjo. Lançada originalmente pelo autor Otto em seu eletrônico álbum de estreia em 1998, “Ciranda de Maluco” (Otto/ Dengue) ganha agora uma versão de trio elétrico com a adesão da guitarra baiana de Roberto Barreto, do BaianaSystem, e, mais uma vez, dos metais de Maestro Duda. Outro tema composto pela nova geração pernambucana é “Vida Boa” (Fabio Trummer), lançado pela banda Eddie em 2006. Na nova versão, interpretada por Almério, a canção ganha versos extras escritos pelo próprio cantor, tornando-se um manifesto pelos direitos das minorias no Brasil de hoje. Tulipa Ruiz reviveu o “Frevo Mulher” (Zé Ramalho), clássico do compositor paraibano gravado em 1978 pela cantora cearense Amelinha. Mais mestiça do que qualquer outra faixa deste álbum, “Ela É Tarja Preta” (Arnaldo Antunes/ Betão Aguiar/ Felipe Cordeiro/ Luê/ Manoel Cordeiro) ganha nova versão de Arnaldo Antunes. Mas, se repararmos no time de autores dessa faixa, vamos identificar também três paraenses e até um filho de sangue dos Novos Baianos, Betão Aguiar. Em suas pesquisas de repertório, Pupillo buscou canções clássicas que extrapolassem o Carnaval. A já citada “Frevo Mulher” é uma delas. Outra é “Linda Flor da Madrugada” (Capiba), interpretada aqui por Siba. Um dos compositores mais importantes não apenas de Pernambuco, mas da história da música popular brasileira, Capiba fez desse um frevo de meio de ano, para ser tocado além da folia. Este primeiro volume de Orquestra Frevo do Mundo fecha com a instrumental “Último Dia” (Levino Ferreira), levada por um naipe de sopros (saxes tenor, barítono e alto, flauta e flugelhorn) arranjado e tocado por Henrique Albino sobre as programações de Pupillo e Luccas Maia. Uma homenagem a todos os instrumentistas que carregaram o frevo pelo planeta, dentro e fora do Carnaval, muitas vezes sendo hostilizados pelos mais puristas, que não admitiam que se incluísse qualquer variação estilística no gênero. A banda base de “Orquestra Frevo no Mundo” embaralha músicos de São Paulo (Lucas Martins e Meno Del Picchia, tocam baixo; Mauricio Fleury, teclados; Alexandre Fontanetti, guitarra), Pernambuco (Luccas Maia nas programações e o próprio Pupillo em todas as baterias), Rio de Janeiro (Carlos Trilha nos sintetizadores), Rio Grande do Sul (Guri em outras guitarras) e outro filho sanguíneo dos Novos Baianos (Pedro Baby, também nas guitarras). O elenco se completa com o guitarrista belga David Bovée. Além de Maestro Duda, os também pernambucanos Roque Netto e Nilsinho Amarante assinam os arranjos de sopros. O álbum cumpre a promessa de modernizar um ritmo tão nosso. Cada versão é melhor do que a outra, ainda não consegui escolher a que gostei mais. Enfim, ouça!!! Com a Orquestra Frevo do Mundo é carnaval o ano inteiro. Faixas: “A Filha da Chiquita Bacana” (Caetano Veloso), por Céu e Caetano Veloso “Linda Flor da Madrugada” (Capiba), por Siba “Bloco do Prazer” (Moraes Moreira/ Fausto Nilo), por Duda Beat “Ciranda de Maluco” (Otto/ Dengue), por Otto e Roberto Barreto (BaianaSystem) “Frevo Mulher” (Zé Ramalho), por Tulipa Ruiz “Ela É Tarja Preta” (Arnaldo Antunes/ Betão Aguiar/ Felipe Cordeiro/ Luê/ Manoel Cordeiro), por Arnaldo Antunes “Vida Boa” (Fabio Trummer), por Almério “Último Dia” (Levino Ferreira), por Henrique Albino (instrumental)    

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Ney Matogrosso volta ao Recife com turnê bloco na Rua

Esbanjando energia, aos 77 anos Ney Matogrosso volta à capital do estado com seu exitoso espetáculo “Bloco na Rua”, dia 4 de abril no palco do Classic Hall. Com ingressos acessíveis, o espetáculo já lotou plateias nas principais casas de show do Brasil, Portugal e Inglaterra. Por aqui, a segunda etapa da turnê terá ainda o lançamento do DVD e álbum oficiais. No repertório estão presentes canções que marcam os mais de 40 anos de carreira de Ney, além de interpretações de músicas de outros artistas como Rita Lee, Caetano Veloso e Sérgio Sampaio. O repertório foi selecionado enquanto Ney excursionava com o show anterior e o seu critério não foi o ineditismo: “Não é um show de sucessos meus, mas quis abrir mais para o meu repertório. Dessa vez eu misturei coisas que já gravei com repertório de outras pessoas”, pontua Ney. A maçã, de Raul Seixas e Pavão Misterioso, de Ednardo, dividem espaço com as já clássicas Homem com H, Sangue Latino, Mulher Barriguda e a mais recente Inominável presentes no setlist do artista. A banda, que já acompanha o cantor há cinco anos, é formada por Sacha Amback (direção musical e teclado), Marcos Suzano e Felipe Roseno (percussão), Dunga (baixo), Mauricio Negão (guitarra), Aquiles Moraes (trompete) e Everson Moraes (trombone). A direção geral do registro em vídeo foi feita por Felipe Nepomuceno e contou com a direção de fotografia de Pablo Baião, que apostaram em uma estética visual voltada para produções cinematográficas. O visual, marca registrada do artista, tem figurino assinado pelo estilista Lino Villaventura que traduziu com maestria o cerne da apresentação. Bloco na Rua tem direção de cenário assinada por Luiz Stein, direção de luzes por Juarez Farion e supervisionada por Ney que, curiosamente, já trabalhou nessa mesma função em shows de Chico Buarque e Cazuza. Para receber o show, o Classic Hall terá ingressos será dividido em quatro setores, lotes de ingressos sociais para pista e front stage: Camarotes (R$1800, para dez pessoas); Front stage (R$280, inteira - R$160 social - R$140 meia entrada); Mesas (R$1200, para quatro pessoas) Pista (R$160 inteira, R$100 social, R$ 80 meia entrada). As vendas serão realizadas online no Bilhete Certo e em pontos físicos (Bilheteria do Classic Hall e Lojas Nagem nos shoppings Recife, Plaza Casa Forte, Tacaruna, RioMar e Boa Vista). SERVIÇO - NEY MATOGROSSO - TURNÊ BLOCO NA RUA NO RECIFE - Lançamento do DVD e álbum digital ao vivo. LOCAL: CLASSIC HALL- Av. Gov. Agamenon Magalhães, S/N - Salgadinho, Olinda - PE, 53110-710 QUANDO - 4 DE ABRIL DE 2020. ABERTURA DA CASA: 20H. HORÁRIO DO SHOW: 22H VALOR DOS INGRESSOS Camarote - $1800, para dez pessoas; Mesa - $1200, para quatro pessoas; Front Stage - sem mesa, R$280, (inteira), ingresso social $160, + 1Kg de alimento não perecível , meia entrada $140; Pista – sem mesa, $160 (inteira), ingresso social $100 + 01 Kg de alimento não perecível (social), Meia entrada $80.

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Boi da Macuca anima as ruas de Olinda durante a segunda de Carnaval

Na segunda-feira de carnaval (24), as ruas de Olinda serão tomadas pelo tradicional Cortejo do Boi da Macuca, que ocorre tradicionalmente desde 1989. Como de costume, a concentração ocorre a partir das 15h, na Sede da Cariri, e conta com o embalo do sanfoneiro Benedito da Macuca. A partir das 18h, o Boi segue com a Orquestra do Maestro Oséas, que conta com um repertório que consegue mesclar estilos que vão do Frevo ao Forró, reproduzindo clássicos e composições de nomes como os de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Otto, Banda Eddie, Academia da Berlinda e entre outros. Uma verdadeira odisseia musical que consegue mesclar tradição e a vanguarda. Como de costume, a Macuca homenageia anualmente uma personalidade local ou cultural. Nesta edição do cortejo, a homenagem será concedida a Dona Djanira Falcão, que de acordo o produtor e organizador Rudá Rocha, se destacava pelo carinho que oferecia ao mundo. “Dona Dejanira nasceu com o talento do aconchego, do abraço sem fim, que abarca todas e todos. Assim como nós, entremeados entre o litoral e o interior, ama carnaval e São João. É por isto e, na verdade, por muito mais do que isto, que dedicamos o Carnaval 2020 a Dejanira Falcão, a Querida Dona Dida”, enfatizou Rudá. MACUCA – Já é tradição: o Boi da Macuca sai, sempre, na segunda-feira de Carnaval, com concentração no Largo do Guadalupe, em frente à sede do Cariri Olindense. O famoso cortejo pelas ruas de Olinda é realizado, ininterruptamente, desde 1989, quando foi fundada a entidade cultural. Durante o São João, a festa acontece em Correntes, com arraial e cortejo pela área rural do município pernambucano. Cortejo do Boi da Macuca no Carnaval Segunda-feira – 24 de fevereiro Concentração com Benedito da Macuca, a partir das 15h, na Sede do Cariri Saída às 18h, com a Orquestra do Maestro Oséas Gratuito

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Casarão baiano lalá casa de arte aporta no Recife

O LÁLÁ CasaDeArte, que reúne os mais importantes nomes da cena musical brasileira em seu prestigiadíssimo Festival Oferendas,em Salvador traz pela primeira vez, toda a sua baianidade, cultura e curadoria para um intercâmbio festivo de energias carnavalescas e afetivas, no Recife. A convite da curadora cultural Luciana Nunes, a casa aporta na terça-feira de carnaval (25), a partir das 22h, no Sinpire. Localizado na Praça do Arsenal, o charmoso casarão recebe shows inéditos do rapper baiano Hiran, Juçara Marçale Kiko Dinuccicom o show PADÊ. A noite será capitaneada pelo DJ Mozaum, residente do Festival Oferendas, em Salvador, há seis anos. “Potencializar os encontros e as conexões, é isso que o projeto Lálá se propõe. O Festival Oferendas do LáláCasaDeArte recebe todo ano artistas pernambucanos como Dj Mozaum, Dj Patrick tor4, Barro, Romero Ferro, Alessandra Leão, Karina Burh, dentre outros maravilhosos. É uma honra ter sido convidado pelo espaço Sinspire para este dia de LÁLÁ no carnaval de Recife. Só tenho a agradecer,“ conta o Luiz Ricardo Dantas, diretor do LáLá e Festival Oferendas. Grande bordado feito a várias mãos, com a contribuição de artistas de todo o Brasil e do público, o Oferendas, que costuma levar centenas de recifenses para Salvador no dia 02 de fevereiro é um presente artístico e cuidadoso para Yemanjá e reúne mais 20 mil pessoas em torno do LÁLÁ Casa de Arte, no Rio Vermelho. Lançado em 2008, "Padê" traz o primeiro registro da parceria entre Juçara Marçal e Kiko Dinucci. Atravessado por temas e sonoridades que tomam como referência a vida urbana e a religiosidade afro-brasileira, o disco conta com um time robusto de canções escritas por Dinucci, entre as quais se destacam "São Jorge", "Atotô", "Roda de Sampa" e "Jatobá", está última, parceria de Marçal com Lincoln Antonio. Completam o álbum, as composições de Batatinha, Candeia, Luiz Tatit, entre outros. "Padê" é um marco importante da música brasileira deste século, pois marca o surgimento de uma parceria entre dois artistas que, desde então, não cessaram de nos surpreender. Um dos principais nomes da nova música da Bahia, Hiran combina o grimme londrino como o funk carioca, o r&b norte-americano e a vasta gama de possibilidades da música baiana. Seu disco de estreia “Tem Mana no Rap”, aborda temas como homossexualidade e o sproblemas que envolvem o contexto político do país. Conhecido nas pistas com o DJ Mozaum, Mozart Santos é artista plástico consagrado no estado, produtor cultural, VJ e DJ. Radicado no Recife soma anos como agitador cultural da cidade. Mozart é criador de grandes festas que renovaram e movimentaram a cena do Recife, à exemplo da clássica Festa Ai Meu Corassaum e do Festival Open Rua. Brasilian bass, disco music, anos 80 e 90, pop, samba, carimbós, mashups e ritmos eletrônicos são alguns dos estilos musicais que compõem o set eclético, divertido e de alta qualidade de Mozart Santos, que imprime no seu trabalho de DJ, a sua versatilidade artística. O LÁLÁ em Recife faz parte da programação do projeto Arsenal de Carnaval, do Polo Alternativo Sinspire. Desta quinta (20), até a terça-feira (25), o casarão recebe shows e apresentações exclusivas com atrações do calibre da prévia Tá Bom A gente Freva, DJ Lala K, Vinícios Lezo, Orquestra TBAGF, Daaniel Araujo, Graassmass, Maestro Spok e Convidados, Reverse,Romero Ferro, Bloco Curta Pernambuco, Jorge Ribas, Baque Mulher e muito mais. Os ingressos para o LÁLÁ Casa de Arte no Sinspire custam R$ 15 (Ingresso Social) e R$ 20 (Primeiro Lote) e já estão disponíveis no site da Sympla. SERVIÇO: CASARÃO BAIANO LÁLÁ CASA DE ARTE APORTA NO RECIFE EM CONEXÃO CULTURAL E CARNAVALESCA ENTRE RECIFE E SALVADOR Na terça-feira (25), às 22h, no Sinspire – praça do Arsenal – Recife Antigo. Ingressos: R$ 15 (Ingresso Social) e R$ 20 (Primeiro Lote)

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Carnaval 2020 com muita cultura popular na Casa da Rabeca

Palco genuíno da cultura popular pernambucana, a Casa da Rabeca do Brasil, em Olinda, celebra o Carnaval 2020 reverenciando o criador do espaço, o saudoso Mestre Salustiano. Na programação inteiramente gratuita 16ªedição do Carnaval Mesclado, dezenas grupos se apresentam a partir das 9h, com programação até as 17h O 16º. Carnaval Mesclado da Casa da Rabeca mescla caboclinhos, maracatus, bois, afoxés e passistas celebrando a tradição do espaço e oferece, também, estacionamento gratuito. No domingo (23.02), às 9h, um grande cortejo sai da Casa da Rabeca, seguindo pelas ruas do bairro, retornando ao local para apresentação dos grupos. Estão confirmados o Boi Pintado do Mestre Grimário, os Caboclinho Ubirajara e Tupã, Afoxé Elegbara, a Orquestra de Frevo Amizart, as Passistas Cia de Dança José Andrade, a Família Salustiano e a Rabeca Encantada, fechando com o Maracatu Piaba de Ouro. O Carnaval Mesclado segue na segunda-feira (24.02), com apresentações de grupos de caboclinhos e maracatus também a partir das 9h. Entre os grupos que participam os Caboclinho Índio Brasileiro, da cidade de Itaquitinga, Índio Tupy Guarani e Índio Brasileiro Buenos Aires, ambos do município pernambucano de Buenos Aires e Caboclinho dos Coites, de Tracunhaém, e o Bloco Caravana Andaluza também de Tracunhaém. Ainda, os Maracatus Águia Misteriosa (Nazaré da Mata), Carneiro Manso (Glória do Goitá), Leão de Ouro de (Condado), Leão Formoso (Tracunhaém), Pavão Dourado de (Tracunhaém), Formosa (Tracunhaém). Apoios – O evento conta com o apoio da Fundarpe/Secretaria de Cultura de Pernambuco/Governo de Pernambuco, Secretaria de Turismo e Lazer de Pernambuco e Prefeitura de Olinda e é promovido pela Família Salustiano, que reverencia o patriarca, Mestre Salustiano, falecido em 2008. Salu deixou um grande legado e seus filhos, netos e bisnetos seguem com o compromisso de perpetuarem o amor e a tradição à cultura popular. SERVIÇO: 16ª Edição do Carnaval Mesclado Quando: domingo e segunda-feira de Carnaval, dias 23 e 24 de fevereiro Onde: Casa da Rabeca (Rua Curupira, 340, Cidade Tabajara – Olinda/PE) Horário: 9h às 17h Quanto: Entrada gratuita Mais informações: 3371-8197

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Alceu Valença é comendador de Pernambuco

O governador Paulo Câmara entregou, nesta quarta-feira (12.02), a Medalha da Ordem do Mérito Guararapes ao cantor Alceu Valença, durante cerimônia no Palácio do Campo das Princesas, que reuniu diversos artistas da cultura pernambucana. A honraria, instituída pelo Decreto nº 4.891, de 20 de janeiro de 1978, é a mais importante comenda concedida pelo Estado a pessoas físicas ou jurídicas, brasileiras ou estrangeiras, que se destacaram por méritos excepcionais ou pelos relevantes serviços prestados a Pernambuco, simbolizando um gesto de agradecimento do Estado. “Estou muito satisfeito de promover esse encontro com todos os artistas que vão participar do Carnaval de Pernambuco e fazer essa homenagem a Alceu, que é mais do que justa, por ser esse grande pernambucano que faz da cultura a sua vida e que representa o nosso Estado. Alceu é um artista do qual nós temos muito orgulho, pela forma como ele faz cultura, pelo que ele representa. São 50 anos de uma carreira em favor do frevo, de Pernambuco, do Nordeste, do Brasil”, afirmou Paulo Câmara. “Como governador de Pernambuco, fico muito feliz em entregar a mais alta comenda que pode ser dada, que é a Medalha da Ordem do Mérito Guararapes, a um grande pernambucano que já tem tantos serviços prestados. Mas, o que é mais importante, ainda vai fazer muito em favor da nossa cultura”, acrescentou. Acompanhado da esposa, Yanê Montenegro, Alceu Valença agradeceu a comenda e destacou que ela representa tudo o que ele carrega na sua carreira: a luta pela cultura de Pernambuco. “Eu sou o novo comendador de Pernambuco. Essa medalha é o reconhecimento da cultura do meu povo no âmbito total da nação. Quando recebo isso, acho que não estou recebendo pessoalmente, acho que quem está recebendo é um representante da nossa cultura e a gente está homenageando quem? A nossa cultura. É preciso que a gente olhe para dentro para saber de onde são nossas raízes, porque um povo sem cultura não é nada”, disse Alceu. HONRARIA – A Medalha da Ordem do Mérito Guararapes é constituída de cinco graus (Grã-Cruz, Grande Oficial, Comendador, Oficial e Cavaleiro), em dois quadros (Efetivos e Especiais), estando o primeiro classificado por duas categorias: Ordinária e Suplementar. Remete a um importante episódio da história: a insurreição dos habitantes de Pernambuco contra o domínio holandês. Foram duas batalhas travadas, em 1648 e 1649, que colocaram em campos opostos os holandeses e as forças luso-brasileiras no Monte dos Guararapes (Jaboatão dos Guararapes). A Batalha dos Guararapes é considerada pelos historiadores como o marco da construção da identidade brasileira, porque uniu negros, índios e brancos contra o holandês invasor.

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