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Níveis elevados de colesterol são associados a maior risco de glaucoma

Um dos principais causadores de cegueira irreversível no País, o glaucoma consiste na morte progressiva das células ganglionares da retina. O desenvolvimento da doença se deve, principalmente, à elevação da pressão intraocular por acúmulo do humor aquoso, líquido que tem função de nutrição no olho – assim, podendo levar dano ao nervo óptico. Cerca de 1 milhão de pessoas no Brasil têm glaucoma, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo estudo publicado na Ophthalmology, em 2 de maio de 2019, com 136.782 participantes, níveis mais elevados de colesterol no sangue foram associados com maior risco de Glaucoma Primário de Ângulo Aberto (GPAA). “Nesse estudo, evidenciou-se que o uso de estatinas por cinco ou mais anos, quando comparado com nunca usar, foi associado com um risco menor de GPAA em pacientes com nível de colesterol alto. É interessante salientar que um dos pesquisadores acredita que esse estudo tinha limitações, por isso estudos adicionais são necessários para confirmar os resultados, especialmente devido ao uso generalizado de estatinas em idosos com risco particular de desenvolver GPAA”, afirma o médico do Hospital de Olhos de Pernambuco (HOPE) Rodrigo Coêlho. A perda visual começa geralmente pela periferia, por isso não apresenta sintomas nos quadros iniciais. Muitos portadores de glaucoma acabam nem sabendo que têm a doença. Segundo Rodrigo Coêlho, alguns erros são cometidos por pacientes. “O primeiro é não aderir ao tratamento por não fazer consultas regularmente com o oftalmologista. Alguns pacientes já diagnosticados não usam colírios ou pingam fora do olho”, explica. É importante destacar que não é indicado tocar no dosador do colírio para não contaminar o medicamento. Outro erro frequente é trocar o frasco do colírio por medicação para uso oral em gotas, além de deixar de usá-lo no dia da consulta ou dos exames. Ainda de acordo com o oftalmologista, é importante atentar para o uso correto de colírios. Lavar as mãos antes de aplicar, colocar o medicamento sem tocar no bico dosador para evitar a contaminação, pressionar com um dedo o canto interno do olho para reduzir absorção sistêmica e efeitos colaterais, fechar os olhos por alguns minutos e esperar pelo menos 5 minutos para instilar outro colírio. O tratamento do glaucoma pode ser feito, além do uso de colírios, com aplicação de laser e cirurgias, a depender de cada caso.

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Férias, hora de cuidar da visão

No período de férias escolares, os pais aproveitam o tempo livre para fazer inúmeras atividades de lazer com os filhos, mas, em muitos casos, esquecem de levá-los a um oftalmologista pra fazer a revisão da saúde ocular. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia, oito milhões de crianças sofrem com problemas nos olhos causados pelo exagero no uso de algumas tecnologias. E esses números podem aumentar durante o período escolar. Nas férias escolares, as crianças passam muito tempo em frente à televisão, computador ou olhando o celular. Esta maratona pode propiciar sintomas como cansaço visual, vermelhidão, lacrimejamento, sensação de peso nas pálpebras, entre outros. Em alguns casos, o baixo rendimento escolar pode ser ocasionado por dificuldades para enxergar, o que gera desinteresse do aluno, por não conseguir acompanhar o conteúdo das aulas. A ida ao oftalmologista pode corrigir um problema ou, até mesmo, prevenir uma doença mais grave. De acordo com cada característica, a criança ou adolescente pode ter miopia, hipermetropia ou astigmatismo. Essas doenças são descobertas por meio de um exame simples, indolor, rápido e que pode trazer benefícios consideráveis.  

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Avanço do glaucoma pode ser evitado com consulta ao oftalmologista

No próximo dia 26 de maio, o Instituto de Olhos do Recife (IOR) comemora o Dia Nacional do Glaucoma, alertando à população sobre a doença que afeta 4,5 milhões de pessoas no planeta, sendo a segunda causa de cegueira no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o glaucoma acomete mais de um milhão de pacientes com idade acima de 40 anos. “A estimativa é que, até 2020, mais de 11 milhões de pessoas sejam afetadas pela doença e percam a visão”, comenta o oftalmologista Roberto Galvão Filho, especialista em glaucoma no IOR. A data lembra a população da necessidade de ir regularmente ao oftalmologista para se submeter a exames, pois a forma da doença que responde por 80% dos casos é silenciosa e não causa dor ou apresenta outros sintomas. “Ainda não sabemos quais são as causas que provocam esta doença degenerativa do nervo óptico. Mas, ela é normalmente associada ao aumento da pressão intraocular e, se detectada no início, pode ser controlada”, explica Galvão Filho. Segundo o oftalmologista, corre mais risco de ter a doença quem passou dos 40 anos, tem histórico familiar da doença, hipertensão arterial, diabetes, além de pacientes com alto grau de miopia e pressão ocular elevada. Quem se enquadra nesses grupos deve ir ao oftalmologista uma vez ao ano. “As mulheres geralmente são diagnosticadas mais precocemente, porque elas vão com maior frequência ao oftalmologista. Já os homens, como vão ao médico só quando têm algum sintoma ou desconforto na visão, acabam descobrindo o glaucoma em estágios mais avançados e isso prejudica o tratamento”, comenta Galvão Filho. O Glaucoma é assintomático e, segundo a OMS, 80% dos casos não tratados evoluem para cegueira. “A perda visual só ocorre em fases mais avançadas. Mas é importante ficar alerta, porque se o tratamento não for realizado logo no início a cegueira é irreversível”, alerta o médico. As consultas com o oftalmologista devem ser periódicas. “Antes dos 40 anos, o paciente deve ir a cada dois ou máximo quatro anos. Após essa idade, a revisão deve ser feita uma vez por ano ou, no máximo, a cada dois anos”, explica Galvão Filho. COLÍRIOS - Há diversas possibilidades de tratamento. “Inicialmente, usamos colírios que controlam 85% dos casos. Quando isso não funciona, o paciente é submetido a uma cirurgia com laser ou tradicional, que tem altos índices de sucesso”, diz Galvão Filho. Segundo o médico, o maior avanço cirúrgico, nos últimos anos, são dispositivos intraoculares de redução da pressão. “Implantamos esses microtúbulos dentro do olho para que eles redirecionem e potencializem o fluxo de saída do líquido intraocular, reduzindo a pressão”, explica. Embora o glaucoma não tenha cura, com o diagnóstico precoce e o acompanhamento adequado, pode ser controlado e o paciente pode levar uma vida normal e plena.

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Cuidado com os olhos: oftalmologista alerta para os problemas de vista mais comuns no carnaval

O carnaval está chegando e durante a folia você não deve deixar de lado os cuidados com a saúde, não é mesmo? Caso contrário, a diversão pode dar lugar ao aborrecimento de ter que procurar um atendimento de emergência e perder horas preciosas da festa. Veja algumas dicas do oftalmologista e presidente da Eye Care Hospital de Olhos, Renato Neves, para que você possa aproveitar no carnaval e proteger a saúde dos seus olhos: Lentes de contato Nessa época do ano é comum as pessoas esquecerem de tirar as lentes de contato ao chegar em casa depois da folia, por isso ficam mais expostas às infecções. Por mais que a pessoa esteja cansada ela não pode esquecer de retirar as lentes e colocá-las na embalagem e solução adequadas, é um procedimento essencial para evitar as infecções oculares. Também não deixe de lavar as mãos antes de manusear a lente e evite contato delas com água do mar e da piscina”, explica o oftalmologista. Cuidado com as maquiagens Aqui o alerta para o risco no uso de maquiagem vencida ou no compartilhamento de produtos e objetos que entram em contato com os olhos. Se alguém estiver com alguma infeção ocular, por vírus ou bactéria, todo o grupo que usar a maquiagem pode se contaminar e em consequência se ver obrigado a passar o resto da folia dentro de casa. "Limpe bem a área dos olhos retirando qualquer resquício de maquiagem, isso é importante para evitar irritações e até lesões. Sombras brilhantes que possuem glitter são bem comuns nessa época do ano e o risco de uma partícula cair dentro do olho é grande. A purpurina pode machucar o cristalino e provocar até uma infeção mais grave. O ideal é retirar toda a maquiagem com um produto específico e lavar bem o rosto antes de dormir”, orienta o especialista. Adereços e fantasias Durante os meses quentes do ano, o risco de conjuntivite viral é maior – principalmente em lugares de praia, piscina e com muita concentração de pessoas, como em bloquinhos de carnaval e festas. Cuidado com o empréstimo de óculos e máscaras. "Fique atento também ao risco da conjuntivite tóxica. Ela é provocada por cremes e outros produtos que, espalhados pelo rosto e cabelo, escorrem e causam forte ardência e vermelhidão nos olhos. As dicas para evitar a contaminação por pincéis de maquiagem e rímel também vale também para esses casos", acrescenta o médico. Sprays e produtos químicos As espumas ou sprays de Carnaval também são grandes causadores de irritação nos olhos. Eles causam vermelhidão e às vezes dor intensa. "Ao ter contato com esses produtos lave os olhos imediatamente e não esfregue a região. Se os sintomas não melhorarem procure um atendimento médico o quanto antes", orienta o o oftalmologista. Óculos escuros Muitos blocos saem às ruas durante o dia e em horários com alta incidência de raios UVA e UVB. Por isso, além do protetor, utilize óculos escuros e bonés/chapéus para proteger os olhos dos raios solares que podem causar queimaduras iguais às causadas na pele. “A intensidade dos raios pode ser alta independentemente do calor que a pessoa sente. Nos dias nublados, os raios de sol passam através das nuvens finas e são refletidos na areia, na neve, em grandes paredões de centros urbanos e até no chão da rua”, conclui o Dr. Renato Neves.

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Os cuidados com a visão na primeira fase da vida

O diretor do Oftalmax Hospital de Olhos Paulo Suassuna orienta que é importante o acompanhamento semestral nos primeiros 2 anos das crianças de mães que tiveram problemas na gravidez. “Esses bebês podem apresentar baixa severa e irreversível da acuidade visual devido a alterações que ocorreram durante o desenvolvimento dos olhos na gestação”, informa. Doenças como toxoplasmose – oriunda das fezes de gato, pombo e cachorro, a Zika (transmitida pelo mosquito Aedes aegypt), a rubéola, e a sífilis, podem ser transmitidas para o feto durante a gestação acarretando consequências nas crianças como aparecimento de cataratas congênitas, lesões na retina e no vítreo (substância gelatinosa que preenche internamente o globo ocular), com grave comprometimento para visão. Suassuna ressalta ainda que, recém-nascidos identificados com microcefalia, podem apresentar problemas congênitos na visão, anormalidades graves na retina e no nervo óptico que podem causar baixa acuidade visual ou até mesmo a cegueira. Portanto, até o pequeno completar 2 anos é necessário manter um acompanhamento intensivo. “Esse é o período crítico de desenvolvimento da visão, porque a criança pode não estar enxergando bem, mas ela não consegue expressar ou perceber que está com problema ocular”, justificou Casanova. “É nessa faixa etária que começa a formar 90% da visão e há a possibilidade de se ter um melhor resultado no tratamento de doenças, pois a vista ainda não está 100% formada, por isso é necessário ter essa atenção redobrada”, completou. Passada essa idade crítica, deve-se levar a criança ao oftalmologista, pelo menos, uma vez ao ano. Nessa fase, o paciente dilata a pupila para uma avaliação do grau, exame realizado com auxílio de um retinoscópio e da régua de esquiascopia, instrumento este composto de inúmeras pequenas lentes. Entre os diagnósticos, pode ser constatada uma suspeita de ambliopia, termo conhecido como olho preguiçoso, causado quando por uma disfunção do olho, que tem como característica a diminuição da acuidade visual uni ou bilateralmente, ou seja, a dificuldade em enxergar formas e contornos dos objetos. A oftalmopediatra do Instituto de Olhos do Recife (IOR) Ana Carolina Valença Collier explica que isso pode ocorrer devido ao mau alinhamento dos olhos (estrabismos), graus elevados ou cataratas. “Caso não seja tratado, com o passar do tempo pode ocorrer uma baixa severa no desenvolvimento da visão comprometendo a compreensão das imagens”, alerta. A médica ainda ressalta a importância de levar a criança ao oftalmo anualmente, pois caso ela seja amblíope, só pode ser tratada até os 6 anos. “Se não for corrigida antes da formação completa da visão, poderá ter uma perda significativa”, afirmou. Normalmente o tratamento para casos com ambliopia é realizado com uso de óculos e em determinadas situações cirurgia. Porém quando tratada mais cedo, pode ser utilizado um oclusor infantil, que funciona como um tampão sobre o olho que enxerga bem. Essa técnica forçará o olho “mais fraco” a estimular a visão. Os pais têm um papel fundamental em perceber se os filhos estão com problemas de visão. Ruth Eleutério, médica do trabalho, por exemplo, descobriu há três anos que seu filho Renato apresentava hipermetropia. “Ele sempre que queria ver alguma coisa apertava o olhinho”, contou. Ao perceber a dificuldade dele para enxergar, ela antecipou a consulta na qual descobriu que Renato era hipermétrope e passou a utilizar óculos. “Hoje ele usa a metade do grau para estimular a visão. Depois que passou a utilizar óculos, teve outro comportamento. Houve uma melhora muito perceptível. Ele num instante se adaptou”, observa Ruth. Para oftalmologista Patrícia Rego, do Hospital Santa Luzia, quando a criança está na faixa dos 6 anos, período de alfabetização, a escola torna-se uma sinalizadora importante de possíveis problemas oculares. “Quando ela senta muito perto da lousa, aperta muitos os olhos para enxergar, lacrimeja ou até mesmo possui baixo rendimento escolar, pode ser um alerta para levar seu filho ao oftalmologista”, aconselha. A médica explica que se o problema for só num olho, a probabilidade da criança reclamar é muito pequena. “É importante os pais prestarem atenção nesses sintomas, além disso, procurar saber com professores, como está o aprendizado do seu filho na sala de aula”, ressaltou. Assim como Patrícia, Suassuna adverte que esses cuidados e acompanhamentos são indispensáveis. “Dessa forma, as patologias são identificadas e tratadas o mais precoce possível impedindo que no futuro apareçam problemas mais graves e irreversíveis provenientes do descuido quando criança.” Por Paulo Ricardo

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Óculos escuros evitam doenças

No Nordeste brasileiro, onde o clima de Verão dura praticamente o ano todo, os óculos escuros deixam de ser simples acessórios de moda e se tornam essenciais para a saúde dos olhos. Com a chegada da estação mais quente do ano no próximo mês, o uso das lentes protetoras é ainda mais importante e a atenção na qualidade do produto deve ser redobrada. A Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO) alerta que o maior cuidado a ser tomado é para que os óculos de sol tenham lentes com 100% de proteção contra a radiação ultravioleta (raios UVA e UVB), pois a nossa córnea é incapaz de absorvê-la e filtrá-la. Uma lente escura em más condições pode causar danos graduais e, em casos extremos, culminar na perda total da visão. De acordo com a SBO, os óculos sem proteção intensificam a radiação que penetra nos tecidos oculares, mesmo diminuindo a luminosidade do ambiente.A baixa incidência da luz ocasiona o aumento da pupila, fazendo com que os olhos absorvam ainda mais os raios nocivos. Por ocasionarem lesões cumulativas, a radiação solar deve ser evitada desde a infância. É importante que os pais habituem as crianças a usarem óculos escuros logo nos primeiros anos. O oftalmologista Theophilo Freitas, do Hospital Santa Luzia, revela que doenças como a catarata e a degeneração macular relacionada à idade (DRMI) são os exemplos mais comuns de consequências da exposição solar sem proteção adequada. No verão, os riscos de irritações e queimaduras nas córneas, além de doenças infecciosas aumentam. “Determinadas cores têm a capacidade de filtrar radiações de comprimentos de ondas específicos. Isso também é um fator importante”, adverte Theophilo Freitas. As lentes castanhas, cinzas e verdes são as mais eficientes no cuidado com os olhos. Já os óculos mais claros tendem a ser mais suscetíveis à luz, pois apresentam menor quantidade de pigmento e, consequentemente, menos bloqueio à luminosidade. Para garantir a qualidade do produto, recomenda-se que as óticas façam a medição dos filtros na presença dos usuários. Além disso, os óculos de qualidade não apresentam deformidade de reflexos. Para verificá-lo, basta checar posicionando as lentes contra a luz. A forma e o tamanho dos óculos também são fatores importantes a serem levados em conta. Os olhos também devem ser protegidos lateralmente devido à radiação indireta. Portanto, lentes ligeiramente curvas, que se adaptem ao formato do rosto, são mais indicadas. Armações maiores e hastes mais grossas também bloqueiam a luminosidade e aumentam a proteção cobrindo grande parte da área dos olhos. Além de protegerem contra os raios solares, os óculos servem como uma barreira contra resíduos do ambiente como a poluição da rua, a areia da praia ou elementos alergênicos.

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