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Nailson Vieira

Nailson Vieira leva o álbum “Sou, Estou” às sedes da cultura popular de Pernambuco

Turnê estadual percorre espaços tradicionais da Zona da Mata Norte, Sertão e Região Metropolitana do Recife a partir deste sábado (18). Foto: Hugo Muniz O cantor e compositor Nailson Vieira inicia neste sábado (18) a circulação estadual de “Sou, Estou”, seu primeiro álbum, em um projeto que valoriza e dialoga com os espaços da cultura popular de Pernambuco. As apresentações acontecerão sempre aos sábados, em cinco sedes de grupos tradicionais, passando pela Zona da Mata Norte, Sertão e Região Metropolitana do Recife, com entrada gratuita. A primeira parada será no município de Goiana, na sede do Caboclinho Canindé, seguida por uma apresentação em Condado, no dia 25, na sede do Cavalo Marinho Estrela de Ouro. Em novembro, o artista se apresenta em Arcoverde (01/11), na sede do Coco Raízes de Arcoverde, e em Olinda (08/11), no Grêmio Henrique Dias e no Cariri Olindense. O encerramento da turnê acontece em Nazaré da Mata, sua terra natal, no dia 29 de novembro, na sede do Maracatu Coração Nazareno, o primeiro maracatu de baque solto formado apenas por mulheres. Nailson, que assina voz e trombone, é acompanhado pelos músicos Leandro Gervásio (tuba e guitarra), Guilherme Otávio (trompete e guitarra) e Homero Basílio (bateria e percussão). “A ideia foi começar a circulação do álbum por esses espaços porque eles explicam quem eu sou. Eu sou um fruto dos terreiros de cultura popular, então estou retribuindo a minha formação e tudo o que aprendi nesses espaços.”, explica o músico. Além das apresentações musicais, o projeto propõe rodas de conversa entre Nailson e artistas convidados que também têm trajetória na cultura popular e desenvolvem trabalhos autorais. A proposta é promover o diálogo entre o público e os mestres das tradições, estimulando a troca de experiências e o fortalecimento das manifestações culturais. Natural de Nazaré da Mata e estudante de música na UFPE, Nailson carrega a vivência de brincante popular e busca inspirar jovens da periferia a encontrarem na arte uma forma de expressão e sustento. O projeto Nailson Vieira nas Sedes da Cultura Popular conta com incentivo do Governo de Pernambuco, por meio do Funcultura. SERVIÇONailson Vieira nas Sedes da Cultura Popular 🎧 Ouça o álbum “Sou, Estou”: https://l1nq.com/Yz094

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Antonio Mendes abre exposição “Vestígios de um Tempo Não Linear” em Olinda

Mostra celebra os 60 anos do artista pernambucano e propõe um diálogo entre tempo, memória e afetos na Casa Guita. Foto: Dayvison Nunes No dia 27 de setembro, das 14h às 18h, a Casa Guita, em Olinda, recebe a abertura da exposição “Vestígios de um Tempo Não Linear”, do artista plástico pernambucano Antonio Mendes, com curadoria do filósofo e professor da UFPE Filipe Campello. A mostra segue aberta ao público até o dia 25 de outubro, reunindo obras que atravessam a trajetória criativa do artista e celebram seus 60 anos de vida. A poética de Mendes transita entre o caos e a ordem, entre cores intensas, traços em expansão e fragmentos de memória. Suas telas trazem lembranças, afetos e paisagens que retornam em diferentes formas — ora figurativas, ora abstratas. Essa construção não-linear se aproxima do conceito de “tempo espiralar”, definido pela filósofa Leda Maria Martins, no qual passado, presente e futuro se entrelaçam em movimento contínuo. Entre os episódios que inspiram a obra do artista, está a lembrança do avô, que ergueu uma cerca com latas de óleo e arame em tempos de escassez. Essa memória, reelaborada na pintura, transforma a precariedade em invenção estética, aproximando o improviso popular da modernidade de nomes como Rothko e Mondrian. “Este momento tem um significado especial para mim. Não é um olhar para trás, mas uma forma de revisitar meu caminho e perceber como cada fragmento da minha história ganha novas camadas e sentidos. É meu modo de dar continuidade ao que nunca se fecha: uma construção em movimento”, afirma Antonio Mendes. Com uma trajetória marcada por individuais e coletivas desde os anos 1990, o artista parte da tradição paisagista figurativa para explorar simplificações de formas e interpretações mais livres. A mostra em Olinda não se apresenta como retrospectiva, mas como um convite a percorrer retornos, reinvenções e novas possibilidades de leitura de sua pintura. Serviço Exposição Antonio Mendes – Vestígios de um Tempo Não Linear📍 Local: Casa Guita – Rua Saldanha Marinho, 206, Olinda/PE🗓️ Abertura: 27 de setembro de 2025, das 14h às 18h📅 Visitação: até 25 de outubro de 2025🎟️ Entrada gratuita🔎 Mais informações: @atelierantoniomendes

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Governo investe em restauração da Igreja de São Pedro Mártir em Olinda

Ordem de serviço prevê obras de R$ 1,2 milhão para recuperar patrimônio histórico fechado desde 2015. Foto: Hesíodo Góes - Secom A governadora Raquel Lyra assinou, nesta terça-feira (16), a ordem de serviço para a restauração da Igreja de São Pedro Mártir de Verona, localizada no bairro do Carmo, em Olinda. Fechada desde 2015, a construção do século XVIII passará por um investimento de R$ 1,2 milhão, viabilizado pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) com recursos do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), dentro do Novo PAC. A iniciativa faz parte de um conjunto de obras de preservação que também inclui o Museu de Arte Contemporânea de Pernambuco (MAC-PE) e o Mosteiro de São Bento. “Nós estamos mais uma vez aqui em Olinda, trabalhando pela restauração do nosso patrimônio histórico e cultural. Quando olhamos para Olinda, vemos que é um patrimônio da humanidade e precisa ser cuidado com dignidade. Então, a partir desses investimentos, vamos devolver ao pernambucano, ao olindense, ao Brasil e ao mundo patrimônios que falam sobre a nossa cultura, a nossa história e a nossa religiosidade”, destacou a governadora Raquel Lyra. A obra prevê recuperação das fachadas, pisos, esquadrias e coberta, além de modernização elétrica, iluminação, combate a incêndio e acessibilidade. O projeto conta com a parceria entre Governo de Pernambuco, Fundarpe e Iphan. “Temos grandes parcerias com a Fundarpe, ligada ao Governo do Estado, o que reforça o compromisso da gestão estadual na preservação do patrimônio e da cultura. O Governo Federal, por meio do Iphan, também demonstra compromisso com a preservação cultural, com os importantes recursos destinados para preservação”, ressaltou o superintendente do Iphan em Pernambuco, Fred Brennand. A presidente da Fundarpe, Renata Borba, acrescentou que já são 12 obras de restauração em curso no estado, somando R$ 75 milhões em investimentos. A restauração da igreja também tem valor simbólico para a comunidade. “Restaurar patrimônio histórico e cultural como essa Igreja de São Pedro Mártir de Verona é devolver à comunidade esse espaço vital de espiritualidade e de fé”, afirmou o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Paulo Jackson. Obra: Restauração da Igreja de São Pedro Mártir de Verona, Carmo – OlindaInvestimento: R$ 1,2 milhão (Fundarpe/Iphan – Novo PAC)Previsão: Início imediato das obras de recuperação e modernização

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Patrimônio ameaçado: desafios e estratégias para preservar o Centro Histórico de Olinda

Degradada e sob pressão urbana, a cidade enfrenta uma tendência de esvaziamento populacional no seu centro histórico e a maior necessidade de fiscalização. Em paralelo, iniciativas de restauração e propostas de gestão federal buscam proteger seu patrimônio arquitetônico e cultural. *Por Rafael Dantas “O Sítio Histórico de Olinda tem passado por um processo de degradação acelerada”, alerta o presidente do Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico Pernambucano, George Cabral. Declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 1982, a cidade reúne um acervo arquitetônico e paisagístico singular, marcado por igrejas e conventos dos séculos 16 e 17, além do casario colonial. No entanto, ela convive com dinâmicas urbanas e mesmo culturais incompatíveis com a sua identidade e com a necessidade de preservação. Apesar de o Centro Histórico de Olinda reunir 1,2 km² tombados, com paisagens marcantes, rica vegetação e a vantagem de estar próximo ao litoral, o turismo local não alcança a mesma vitalidade observada em outros patrimônios da Unesco, como as cidades mineiras de Ouro Preto e Diamantina. Somam-se a isso problemas de violência urbana e poluição sonora, que não apenas afastam visitantes mas, também, comprometem a permanência dos próprios moradores. “Quando a Unesco tombou a Olinda, uma coisa que ficou bem clara na declaração: havia uma conjunção muito interessante do patrimônio construído, do patrimônio vegetal e da população que residia ali, como fazedora de cultura, como gente que animava aquele centro histórico. Mas esses moradores têm sido sistematicamente afastados, porque hoje é praticamente impossível você viver em sossego na cidade”, observa o historiador. George Cabral ressalta que os moradores estão abandonando Olinda em busca de tranquilidade. Eles se queixam da falta de regulação das atividades dos espaços de show que se instalam nos casarões, das prévias carnavalescas que se estendem ao longo de metade do ano e dos roubos. As queixas são relativas à falta de regulação das atividades dos espaços de show que se instalam nos casarões, das prévias carnavalescas que se estendem ao longo de metade do ano, dos roubos, inclusive de cabos de cobre que se conectam às residências. Situações de controle urbano, combinadas com o relaxamento das normas de preservação. Esse conjunto de problemas e a consequente tendência de esvaziamento de moradores amplia as dificuldades de gerir uma cidade centenária, que naturalmente já teria os desafios de captar financiamento para a manutenção dos principais ícones arquitetônicos ou de induzir a conservação dos imóveis pelos seus proprietários. A chefe do Escritório Técnico de Olinda do Iphan-PE, Ana Paula Lins, alerta que qualquer intervenção em imóveis tombados ou no entorno precisa de anuência do instituto, devido à proteção federal na região. Apesar de não tratar o cenário como alarmante, ela considera que há dificuldades em diversas frentes. Ana Paula lista, por exemplo, a falta de uma educação patrimonial dos moradores, a necessidade de definir regras para proteger ruas, igrejas e casario das grandes festas, a exemplo do Carnaval, bem como do reforço da fiscalização. Especialistas alertam para a falta de uma educação patrimonial por parte dos moradores, e para a necessidade de definir regras para proteger ruas, igrejas e casario das grandes festas, a exemplo, do Carnaval, bem como do reforço da fiscalização. “O número de intervenções irregulares cresce numa perspectiva muito maior do que os próprios órgãos podem dar conta, porque o número de funcionários e de técnicos não é suficiente para fiscalizar tudo o que vem acontecendo no Sítio Histórico”, justifica  Ana Paula. A folia do Carnaval e todo o seu ciclo de prévias fazem parte da identidade da cidade, isso é inegável. Porém, o tamanho que a festa alcançou também tem preocupado tanto em relação à preservação do patrimônio da cidade, como à própria integridade física dos brincantes. O assunto já chegou, inclusive, ao Conselho de Preservação dos Sítios Históricos de Olinda. DESAFIOS NA ÓTICA DO PODER MUNICIPAL A Prefeitura de Olinda explica que os principais desafios da gestão desse Sítio Histórico estão relacionados à alta complexidade técnica e financeira. “Muitas obras exigem recursos humanos especializados, materiais específicos e licitações complexas. Há também situações emergenciais, como no caso da Casa 28, interditada, e do Palácio dos Governadores, que demandam intervenções urgentes de coberta, fachadas e instalações”, relata Marília Banholzer, secretária de Patrimônio e Cultura de Olinda. Além da preservação direta dos imóveis, o poder municipal reconhece a dificuldade de lidar com as pressões urbanas da dinâmica local. Ou seja, equilibrar a necessidade de preservação com as demandas cotidianas da cidade, viva e habitada, e que também recebe atividades de massa, como o maior Carnaval de rua do mundo. “Mas estamos enfrentando esses desafios com planejamento, articulações para o uso do Fundo de Preservação, parcerias e até avaliando possibilidades de PPP (parceria público privada) em equipamentos. Isso nos permite avançar apesar das limitações”, explicou a secretária. A Prefeitura de Olinda explica que os principais desafios da gestão do Sítio Histórico estão relacionados à alta complexidade técnica e financeira. Muitas obras exigem recursos humanos especializados, materiais específicos e licitações complexas. A Prefeitura de Olinda informou que estão em andamento um conjunto de ações que envolvem tanto a zeladoria quanto a restauração de imóveis tombados. Entre as iniciativas, estão a recuperação da Praça Laura Nigro, a manutenção do Observatório do Alto da Sé – em parceria com o Governo do Estado –, a instalação de novas placas de sinalização turística e patrimonial, além das tratativas para a colocação de placas maiores. Também estão em fase de licitação e atualização de orçamentos projetos, como o Mercado da Ribeira e o Cine Olinda. A secretária afirma que o patrimônio e a cultura da cidade seguem sendo um importante motor econômico de Olinda, visto que movimenta as pousadas, os restaurantes, os bares, o transporte, bem como o artesanato e toda cadeia da economia criativa. “Cada restauração concluída não é apenas uma vitória da preservação mas, também, uma oportunidade de gerar novos fluxos turísticos, valorizar o comércio local e fortalecer a imagem da cidade no cenário nacional e internacional”, destacou Marília.  INVESTIMENTOS FEDERAIS NA CIDADE Mesmo com as preocupações, há investimentos externos em

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Livro de José Luiz Mota Menezes destaca patrimônio de Olinda

Publicação póstuma revisita a história da cidade tombada pelo Iphan e reconhecida pela Unesco Nesta sexta-feira (5), às 16h, será lançado no Instituto Histórico de Olinda o livro “Olinda nos seus diversos momentos”, de autoria do arquiteto, professor e pesquisador José Luiz Mota Menezes (in memoriam). Reconhecido pelo compromisso com a preservação da memória e do patrimônio cultural de Pernambuco, o autor recebe mais uma homenagem com a publicação, em evento aberto ao público e com acessibilidade garantida por intérprete de Libras. A obra apresenta um olhar detalhado sobre a formação urbana, os aspectos artísticos e os diferentes períodos da história de Olinda, desde o século XVI até sua consolidação como sítio histórico. O livro reforça a importância da cidade, que foi tombada pelo Iphan em 1968 e declarada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela Unesco em 1982. Entre os destaques, estão exemplares da arquitetura religiosa dos séculos XVI e XVII, como o Convento e a Igreja de Nossa Senhora do Carmo, além do Convento de Nossa Senhora das Neves, que integra o conjunto franciscano. A harmonia entre o casario, largos, igrejas, o mar e a vegetação compõe uma paisagem única, que ao longo dos séculos tornou Olinda um espaço singular na história e na cultura brasileira. O projeto foi realizado com incentivo do Funcultura e garantiu a impressão de mil exemplares, sendo 250 distribuídos gratuitamente em escolas, bibliotecas e instituições voltadas a pessoas com deficiência visual. A versão digital conta com audiodescrição das imagens, acessível por QR Code. As fotos são de Josivan Rodrigues, e os exemplares destinados à venda estarão disponíveis por R$ 40. “Mais do que um registro histórico, a publicação reafirma o legado de José Luiz Mota Menezes como pesquisador incansável da cultura pernambucana, que sempre buscou democratizar o acesso ao conhecimento e estimular a valorização da identidade e da memória coletiva do estado”, ressalta a produtora do projeto, Clarisse Fraga. ServiçoLançamento do livro “Olinda nos seus diversos momentos”Local: Instituto Histórico de Olinda – Av. Liberdade, 214, CarmoData: 5 de setembro (sexta-feira)Horário: 16hEntrada gratuitaValor do livro: R$ 40

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Forro Escaletado 2025 Foto de Jezz Maia

Forró Escaletado celebra nova fase musical com show no Fogo de Occa, em Olinda

Apresentação marca despedida da banda antes de turnê em São Paulo e destaca mistura de ritmos nordestinos com influências contemporâneas O grupo olindense Forró Escaletado se apresenta nesta sexta-feira (1º/08), no Fogo de Occa, no bairro do Carmo, em Olinda, trazendo ao palco sua nova fase musical, marcada pela fusão entre tradição e inovação. A banda, que nasceu do xote tradicional, agora incorpora elementos do baião, maracatu, coco e até reggae, resultando em uma sonoridade mais elaborada e urbana. O show também comemora o aniversário dos músicos Ícaro Annes (escaleta) e Arthur Maia (percussão), e será o último em Pernambuco antes da turnê em São Paulo. No repertório, clássicos da música brasileira se entrelaçam com composições autorais que reforçam o amadurecimento artístico da banda. “O repertório será um passeio afetivo pela música brasileira, costurando clássicos consagrados com composições autorais que dialogam com o presente sem perder de vista as nossas raízes”, afirma Ícaro Annes. Entre as músicas próprias, destaque para o single Tarde Laranjeira, gravado no Estúdio Carranca com produção de Buguinha Dub e disponível nas plataformas digitais. A proposta do grupo é expandir as fronteiras do forró com uma abordagem poética e contemporânea, mantendo o vínculo com mestres como Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Ary Lobo, enquanto dialoga com artistas como Maria Bethânia, Djavan, Milton Nascimento, Ednardo e Banda Eddie. “A gente navega com naturalidade entre clássicos do forró (...) ao mesmo tempo em que incorpora canções de artistas como Maria Bethânia, Djavan, Milton Nascimento, Ednardo e Banda Eddie”, explica o vocalista Max Espíndola. Além dos aniversariantes e de Max, completam o grupo Fernanda Vital (voz e percussão), Raphael Tenório (percussão) e Peu Drums (contrabaixo e percussão). A apresentação começa às 19h e promete ser uma celebração da diversidade sonora nordestina com olhar para o futuro.

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FOTO ACERVO BATADONI

Nas ruas de Olinda, tambores resistem: documentário celebra 20 anos do Batadoní

Filme "Tambor Louvado por Todos" resgata a memória do grupo percussivo e será exibido gratuitamente no Mercado Eufrásio Barbosa A cultura popular pulsa mais forte nas ladeiras de Olinda com a pré-estreia do documentário Tambor Louvado por Todos, que acontece no próximo domingo, 1º de junho, às 16h, no Teatro Fernando Santa Cruz, no Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa. Dirigido por Sara Brito, o filme registra os 20 anos de trajetória do grupo percussivo Batadoní, símbolo de resistência e expressão coletiva da musicalidade afro-latino-americana em Pernambuco. A sessão é gratuita, com retirada de ingressos a partir das 15h no local, e será seguida por debate com a equipe do filme. Formado a partir de encontros entre amigos e influenciado por mestres da cultura popular e pelos tambores cubanos, o Batadoní se consolidou como um coletivo autônomo que ocupa espaços públicos e fomenta vivências musicais em diversas cidades do estado. O documentário mescla entrevistas, imagens de arquivo e animações para contar essa caminhada — desde as primeiras rodas de percussão ao surgimento do Festival Segura o Bode e do Batadoninho, atividade dedicada a crianças, além das parcerias com maracatus e os desafios enfrentados durante a pandemia. Para a diretora Sara Brito, também integrante do grupo, o filme é um ato de resistência. “Registrar a memória de grupos como o Batadoní é uma forma de garantir sua permanência e visibilidade. Apesar da falta de apoio institucional, seguimos produzindo, educando e nos fortalecendo enquanto coletivo", afirma. Já para Vanessa Lorega, também do grupo, o Batadoní é "um espaço de pertencimento e construção coletiva, feito com identidade e organização". O filme foi contemplado pela Lei Paulo Gustavo e contou com apoio do Governo do Estado de Pernambuco, através da Secretaria de Cultura, com recursos do Ministério da Cultura. A pré-estreia também tem apoio do Centro Cultural Mercado Eufrásio Barbosa e da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco. ServiçoPré-estreia do documentário Tambor Louvado por Todos📅 Domingo, 1º de junho | ⏰ 16h (retirada de ingressos gratuitos a partir das 15h)📍 Teatro Fernando Santa Cruz – Mercado Eufrásio Barbosa, Largo do Varadouro, Olinda – PE🎟️ Entrada gratuita e aberta ao público

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Sindnei Tendler

"A exposição Deolinda vi o Recife acontece em junho na Bélgica"

Sidnei Tendler: Artista plástico carioca, que morou no Recife nos anos 1990, quando abriu o restaurante Mafuá do Malungo, organiza uma mostra em Bruxelas inspirada na capital pernambucana e em Olinda. Ele fala da sua trajetória internacional – iniciada a partir de uma oportunidade quando estava em Pernambuco – do seu processo criativo e do mercado de artes no Brasil. Em 1990, o artista plástico carioca Sidnei Tendler e sua mulher Carla, que é de Pernambuco, decidem mudar-se para o Recife para que as filhas cresçam sob o convívio caloroso da grande família pernambucana materna. Um dia, passeando pelo bairro das Graças, onde morava o sogro, Tendler deparou-se com um belo sobrado antigo, que ostentava a placa: nesta casa nasceu o poeta Manuel Bandeira. “Aí, eu falei: Vamos alugar! não sabia nem o que faria com a casa”, relembra o artista. Não demorou muito para que o casal com o cunhado e sua mulher abrissem o restaurante Mafuá do Malungo que, durante 10 anos, foi um point balado da cidade, frequentado por intelectuais, artistas e políticos.   A decoração da casa contava com um grande painel criado por Tendler, denominado A Cinza das Horas, nome de um conhecido poema de Bandeira. Numa ocasião, um cliente belga viu o quadro, achou-o interessante e convidou Sidnei para uma exposição na Bélgica. O ano era 1993 e, desde então, o artista realiza uma profícua carreira internacional até o ponto de se mudar com a família para Bruxelas.  Depois de todos esses anos, Sidnei Tendler volta-se para um projeto cujo tema é a terra onde surgiu a oportunidade de atuar no exterior. Com o bem-humorado título Deolinda vi o Recife, ele prepara uma exposição que será inaugurada em junho na Bélgica. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele fala do seu fascínio pelas cidades – talvez por influência de sua formação em arquitetura – da sua preocupação ambiental, que também impacta na sua criação, e sobre o mercado brasileiro de artes. Muitos dos seus trabalhos, como artista plástico, têm como tema as cidades. Qual o motivo desse seu fascínio por elas? Sou arquiteto de formação e sempre gostei de urbanismo, meu trabalho de conclusão de curso, inclusive, foi sobre o bairro do Catete, no Rio de Janeiro, e ganhou uma menção honrosa na União Internacional dos Arquitetos na Polônia. Sempre me interessei por filosofia, pela temática do homem e das suas facetas.  Depois que terminei arquitetura, pensei em fazer antropologia urbana, mas decidi fazer um curso de pós-graduação em design, que liga todos os meus interesses.  Minha produção artística começa com a fotografia e a fotografia que eu fazia, na época, remetia aos lugares por onde passei, era essa coisa do flâneur, que viaja, das paisagens, da arquitetura.  Como é essa relação entre a fotografia e as artes plásticas no seu trabalho? A fotografia foi o despertar do meu lado artístico com a poesia porque eu também escrevia e era assim que liberava o artista em mim, mas nunca havia relacionado a fotografia com a literatura. Fiz arquitetura, continuei fotografando, mas sem maiores pretensões, e levei esse lado da fotografia despretensiosa para a pintura.  Quando comecei a fazer os projetos das cidades e outros, passei a usar a fotografia como elemento do meu processo criativo. Eu começo fotografando, passeando pelas cidades, depois faço aquarelas e, em seguida, parto para a tela, que é um percurso que chamo de “o que eu vejo para o que eu sinto”. Assim, ia evoluindo no meu trabalho, sempre buscando referências para dar conteúdo escrito aos meus projetos.  Antes eu mostrava apenas o final dos trabalhos, que eram as telas, mas acho que é interessante as pessoas conhecerem o processo. Então, comecei a mostrar fotografias, nas exposições, além das aquarelas. Há uns três anos, uma curadora de fotógrafos olhou meu trabalho e disse que eu deveria mostrar mais fotos para expor o processo e sugeriu que eu fizesse uma exposição só com as fotografias, já que representavam meu trabalho como artista. Então, comecei a levar mais a sério essa ideia de mostrar também as fotos. Em que consiste esse projeto das cidades?  A ideia surgiu de outro projeto, um livro chamado 365, Um Diário Visual, em que, durante um ano, ao final de cada dia, eu fazia uma aquarela. Eu já morava na Bélgica, e quando fazia viagens, fotografava e, nesse livro, mostrei as 365 aquarelas e algumas fotos. Assim, comecei a perceber a existência da fotografia nas minhas telas, nas minhas viagens, nos meus passeios e resolvi tentar ver o que muda na minha pintura, quando muda a geografia.  Então, escolhi seis cidades de seis continentes para passar 10 dias em cada uma delas fotografando e pintando no próprio local. As cidades escolhidas foram: Rio de Janeiro (América do Sul), Los Angeles (América do Norte), Bruxelas (Europa), Sidney (Oceania), Cidade do Cabo (África) e Tóquio (Ásia). Assim, escolhi essas cidades e vi que era interessante, que a geografia realmente muda meu trabalho, muda as cores, muda tudo.  Foi um projeto muito legal, resultou num livro e, então, parti para a segunda ideia de fazer seis religiões, que foi bacana também, pois a religião não é marcada geograficamente, há países com várias religiões, como o Brasil, por exemplo. Então, no segundo projeto, viajei a alguns lugares, estudei, fui, por exemplo, a um congresso com o Dalai Lama na Suíça, para ver o budismo, passeei pela Índia, fui a dois centros iorubá, um em Salvador e outro no Rio de Janeiro, passei por igrejas europeias, fui a Palestina, Jerusalém, rodei o mundo e fiz o 6 Religiões, que também se tornou um livro.  E aí foi legal porque eu fiz essas seis religiões, depois eu fiz as seis cidades e em seguida fiz seis monumentos. E passei a chamar o conjunto desses trabalhos de trilogia.  E foi interessante porque, embora em todos os trabalhos, a pintura final seja abstrata, eles partiram de algo concreto como um monumento ou uma cidade.  Sua estadia no Recife é um episódio interessante na sua trajetória.

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Chico Chico leva turnê “Estopim” para Olinda com show intimista e potente

Apresentação acontece na Casa Estação da Luz e reúne repertório autoral e releituras de clássicos da música brasileira e internacional O cantor e compositor Chico Chico desembarca em Olinda com a turnê “Estopim”, no domingo, 27 de abril, na Casa Estação da Luz. O espetáculo, que marca a terceira participação do artista no Rock in Rio, promove uma experiência visceral, marcada por sua presença intensa no palco e uma voz que ecoa força e identidade. Com produção musical de Pedro Fonseca, o show carrega influências do universo rural e urbano que moldam a trajetória do artista carioca. No palco, Chico se apresenta de forma crua e autêntica, acompanhado apenas do próprio violão. O repertório mistura faixas do álbum Estopim, lançado pela Deckdisc em agosto de 2024, com composições anteriores e versões surpreendentes de artistas como Chico César, Rita Lee, Maglore, Zé Ramalho, Bob Dylan, Bob Marley, João Bosco e Beatles. A proposta é levar o público a uma jornada sonora entre o pop urbano e os ritmos da cultura popular brasileira, como maracatu, baião, galope e pagodão. Com passagens por importantes palcos do país — de festivais como Planeta Brasil e Universo Paralello a casas de referência como Circo Voador e Casa Natura —, Chico Chico reafirma seu espaço na nova MPB. O espetáculo une profundidade lírica, versatilidade musical e conexão com plateias diversas, do teatro às multidões de grandes eventos. SERVIÇO – CHICO CHICO NA CASA ESTAÇÃO DA LUZ📍 Data: Domingo, 27 de abril⏰ Horários: Abertura da casa às 16h | Show às 17h30 | Encerramento às 22h📌 Local: Casa Estação da Luz – Rua Prudente de Morais, 313 – Carmo, Olinda🎟️ Ingressos: R$ 80 (inteira) | R$ 40 (meia) | R$ 65 (social)

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Explorando a dor na arte: Exposição "Pequena Coleção das Dores" abre no Mercado Eufrásio Barbosa

Mostra da artista Luciana Padilha reúne mais de 200 imagens e propõe uma ressignificação poética da dor A exposição "Pequena Coleção das Dores", da artista, pesquisadora e professora Luciana Padilha, abre no Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda, hoje (28 de março), às 19h. Com curadoria de Rebeka Monita, a mostra é um desdobramento do doutorado da artista, explorando a relação entre criação e dor por meio de um inventário visual e poético. Aprovada no edital da Lei Paulo Gustavo, realizado pela Prefeitura de Olinda com recursos do Governo Federal, a exposição reúne mais de 200 imagens, divididas em núcleos temáticos, além de outras obras que dialogam com os processos criativos e afetivos da artista. O ponto central da exposição é o Inventário das Dores, composto por palavras retiradas de um dicionário que contêm a sílaba "dor", como “adorável”, “caminhador” e “adormecida”. “Eu saí recortando de um dicionário todas as palavras que continham a sílaba ou as três letras em sequência para recortar e colar. Isso virou uma obra que vai estar lá presente”, explica Luciana. Esse levantamento, que reúne mais de 1.767 palavras, não apenas reflete sobre a dor, mas sugere um novo olhar sobre ela por meio da arte. A artista transformou essas palavras em imagens capturadas com uma câmera lambe-lambe, uma técnica analógica que remete à fotografia ambulante tradicional. Esse processo artesanal resgata memórias e afetos, conectando-se com o conceito da exposição. A curadoria de Rebeka Monita organizou a mostra em diferentes núcleos, como o Grupo dos Sonhadores, que traz retratos feitos no Coreto da Praça do Carmo, e o Grupo Redor, que reflete sobre o entorno das ladeiras de Olinda, cenário afetivo da artista. Além das fotografias e do inventário, a exposição incorpora um olhar cartográfico sobre as dores humanas, mapeando territórios emocionais e subjetivos. A metodologia do projeto se inspira em referências como Gilles Deleuze, Félix Guattari e Suely Rolnik, criando um fluxo dinâmico de conexões entre palavra, imagem e memória. Durante o período da mostra, será lançada uma publicação digital (ebook) com a coleção completa de imagens e textos críticos sobre o processo criativo, incluindo contribuições da Profª Dra. Ana Karenina Arraes. 📍 Serviço:🖼 Exposição: Pequena Coleção das Dores👩‍🎨 Artista: Luciana Padilha🎨 Curadoria: Rebeka Monita📅 Abertura: 28 de março, às 19h📍 Local: Mercado Eufrásio Barbosa – Olinda/PE📆 Período: 28 de março a 15 de abril🎟 Entrada gratuita

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