Arquivos Olinda - Página 7 De 7 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Olinda

MIMO FESTIVAL reafirma line-up que preza por qualidade e inovação

Um dos eventos mais esperados do ano, com a participação de nomes de vanguarda musical de cinco continentes, e consolidado como o maior festival de música gratuito da América Latina, o MIMO FESTIVAL anuncia seu line-up para Olinda (17 a 19 de novembro). Prestes a completar 15 anos, em 2018, e marcado por passagens internacionais por Amarante (Portugal) e Glasgow (Escócia), a edição 2017 apresenta uma programação abrangente, com concertos inéditos de artistas de diversas nacionalidades. Neste ano, depois de passar pelas históricas Tiradentes e Ouro Preto, em Minas Gerais, e chegar à charmosa Paraty, na costa fluminense, e o Rio de Janeiro, o festival encerra as atividades em Olinda, berço da arquitetura colonial e do próprio MIMO. Um dos destaques deste ano é o cantor Otto, que apresenta o seu novo trabalho, o Ottomatopeia. O pianista pernambucano Zé Manoel, nascido em Petrolina, mostra o promissor trabalho “Delírio de um romance a céu aberto”, vencedor da mais recente edição do Prêmio da Música Brasileira, na categoria “álbum projeto especial”. Também estão confirmados o cineasta e músico Emir Kusturica & The No Smocking Orchestra, da Sérvia. A jovem francesa Laura Perrudin, que com uma harpa cromática eletrificada, mistura jazz, hip hop, soul e música eletrônica; o violinista e fantástico improvisador francês Didier Lockwood, com seus mais de 40 anos de carreira, 4 mil apresentações e turnês pelo mundo; o excepcional trio africano3MA, formado pelo renascentista Rajery com sua valiha, o mágico da kora Ballaké Sissoko e o incrível oudista Driss El Maloumi; o instrumentista, compositor e cantor de Mali Vieux Farka Touré, que foi considerado pelo jornal inglês “The Guardian” “o novo herói da guitarra africana”; o coletivo Ondatrópica, da Colômbia, que, com um pé na tradição e outro na modernidade, vai da cúmbia ao hip hop, passando pelo funk, dub, jazz e ska; o roqueiro português Manel Cruz, que ganhou notoriedade, na década de 1990, como integrante da cultuada banda Ornatos Violeta e faz a sua estreia no Brasil. PRÊMIO MIMO INSTRUMENTAL Um incentivo à renovação musical no Brasil, o Prêmio MIMO Instrumental foi criado em 2014, através de edital próprio, com enorme sucesso. Tendo como objetivo revelar e valorizar os jovens talentos do país, oferece aos solistas e grupos vencedores a oportunidade de integrarem a programação oficial do MIMO Festival, nas cidades históricas por onde passa, ao lado das grandes atrações nacionais e estrangeiras. As inscrições foram feitas gratuitamente através do portal MIMO e de acordo com o regulamento divulgado, destinando-se apenas a brasileiros natos, entre 18 e 35 anos. Para a etapa Olinda, o convidado será o paraibano Salomão Soares, que fará recital no MIMO Olinda em 18 de novembro, na Igreja de Nª Sª do Carmo. Lu Araújo define a premiação como “um momento especial de renovação”. CINEMA Serão exibidas 13 produções inéditas, entre longas, médias e curtas-metragens, divididas em duas mostras: Panorama Brasil e Um Outro Olhar. As projeções acontecerão na tenda do Mercado da Ribeira e no pátio da Igreja da Sé. São obras de diferentes gêneros, que cativam a plateia desde a primeira edição em 2004, com projeções ao ar livre, em telões, tendas, cineclubes e salas de exibição. Com direção e curadoria de Rejane Zilles, as sessões de cinema contarão com a presença com alguns ​ diretores das obras selecionadas por meio de edital​. A abertura da programação deste ano será com o longa-metragem pernambucano de Sérgio Oliveira, “Super orquestra arcoverdense de ritmos americanos”. O filme, premiado no Festival do Rio 2016, nas categorias “Melhor direção de documentário” e “Melhor fotografia”, traz, em tom de fábula, um recorte do sertão contemporâneo, onde convivem festas de debutantes riquíssimas e pessoas e animais em paisagens áridas. Outro destaque do festival é o longa inédito “Híbridos, os espíritos do Brasil” dos cineastas franceses Vincent Moon e Priscilla Telmon. O documentário ​explora o tema dos rituais religiosos Brasil afora e toda a musicalidade que emerge desses fenômenos sociais. Moon alcançou notoriedade internacional com a produção de vídeos para internet de artistas como REM, Arcade Fire, Tom Jones, Beirut, Grizzly Bear e Sigur Ros. Na Igreja da Sé será exibido o documentário "Onildo Almeida - Groove Man", que narra a história do caruaruense autor de clássicos imortalizados por Luiz Gonzaga. O pernambucano revisita aos 88 anos algumas de suas 600 canções. Interpretado por Agostinho dos Santos, Maysa, Jackson do Pandeiro, Chico Buarque, Gal Costa, Gil e Caetano, o compositor é chamado de “groove man” pelos tropicalistas, dada a variedade de gêneros e ritmos que explorou ao longo da carreira. Outros filmes narram a trajetória de ícones da música popular brasileira. É o caso de “Torquato Neto – todas as horas do fim”, sobre a vida e obra do poeta em diversas manifestações artísticas (a começar pela música) e o seu protagonismo na revolução cultural brasileira nas décadas de 1960 e 1970. Ele ficou conhecido como “o anjo torto da Tropicália”. O documentário “Clara Estrela” (de Susanna Lira e Rodrigo Alzuguir), conta em primeira pessoa, a trajetória de Clara Nunes. O longa-metragem é construído sem entrevistas, apenas com depoimentos da cantora na mídia impressa, na voz da atriz Dira Paes, e se destaca pelo ineditismo do arquivo de imagens e pela minuciosa seleção musical. Na mesma sessão será exibido o mais recente trabalho do cineasta Beto Brant “Ilú Obá de Min - Homenagem à Elza Soares, a Pérola Negra” - que acompanha o desfile do coletivo de tambores e corpo de baile formado exclusivamente por mulheres, pelas ruas de São Paulo no Carnaval de 2016, exaltando a cultura afro-brasileira. Já “Fevereiros”segue os passos de Maria Bethânia no Carnaval de 2016, quando foi homenageada pelo vitorioso enredo da Mangueira, “Maria Bethânia: A menina dos olhos de Oyá”. Completando a programação, uma rica seleção de curtas-metragens, onde a musica é protagonista. CHUVA DE POESIA O MIMO Festival também dedica um espaço à literatura com a tradicional “Chuva de Poesia”. Em 2017, com o tema “Mulheres poetas pelo mundo”, serão atirados do alto da Igreja da Sé, em Olinda, poemas de

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Rio de Janeiro e Olinda recebem, em novembro, o MIMO Festival

Um dos eventos mais esperados do ano, com a participação de nomes de vanguarda musical de cinco continentes, e consolidado como o maior festival de música gratuito da América Latina, o MIMO FESTIVAL chega em novembro ao Rio de Janeiro (10 a 12 de novembro) e a Olinda (17 a 19 de novembro), cidade onde nasceu. Prestes a completar 15 anos, em 2018, e marcado por passagens internacionais por Amarante (Portugal) e Glasgow (Escócia), a edição 2017 leva às duas cidades uma programação abrangente, com concertos inéditos de artistas de diversas nacionalidades. Neste ano, depois de passar pelas históricas Tiradentes e Ouro Preto, em Minas Gerais, e chegar à charmosa Paraty, na costa fluminense (6 a 8 de outubro), o festival segue pelo terceiro ano consecutivo para a Cidade Maravilhosa, tendo o palco principal na Marina da Glória e ocupando patrimônios como as igrejas da Candelária, Outeiro da Glória e Museu da República. Em Olinda, cidade-mãe do festival, o MIMO se mantém em igrejas e espaços históricos da cidade, com programação gratuita de concertos, cinema, etapa educativa, fórum de ideia e Chuva de Poesia. Destaque da programação A cidade pernambucana e o Rio receberão, com exclusividade no Brasil, alguns artistas em comum. Terão o Konono Nº 1, grupo que vem diretamente do Congo. Estão confirmadíssimos o cineasta e músico Emir Kusturica & The No Smocking Orchestra, da Sérvia. Estão no lineup, ainda, a jovem francesa Laura Perrudin, que com uma harpa cromática eletrificada, mistura jazz, hip hop, soul e música eletrônica; o violinista e fantástico improvisador francês Didier Lockwood, com seus mais de 40 anos de carreira, 4 mil apresentações e turnês pelo mundo; o excepcional trio africano 3MA, formado pelo renascentista Rajery com sua valiha, o mágico da kora BallakéSissoko e o incrível oudista Driss El Maloumi; o instrumentista, compositor e cantor de Mali Vieux Farka Touré, que foi considerado pelo jornal inglês “The Guardian” “o novo herói da guitarra africana”; o coletivo Ondatrópica, da Colômbia, que, com um pé na tradição e outro na modernidade, vai da cúmbia ao hip hop, passando pelo funk, dub, jazz e ska; o roqueiro português Manel Cruz, que ganhou notoriedade, na década de 1990, como integrante da cultuada banda Ornatos Violeta e faz a sua estreia no Brasil. Realizado por Lu Araújo Produções e Musickeria, o MIMO FESTIVAL é apresentado pelo Ministério da Cultura, Bradesco e Cielo, tem o patrocínio do BNDES e Hero – conjunto de aplicativos desenvolvido pela FS - além de contar com o apoio da Estácio, Azul Linhas Aéreas, como companhia Aérea Oficial, e Minalba como Água Oficial, apoio da Estácio e 99. Em julho deste ano, a segunda edição portuguesa do festival alcançou um sucesso estrondoso, levando 60 mil pessoas à cidade de Amarante. Na Escócia, em janeiro, o MIMO foi convidado para representar o Brasil ao promover o Showcase Scotland 2017, do Celtic Connections.

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Olinda sedia audiência pública sobre a Base Nacional

Olinda recebe nesta sexta-feira, 28, a segunda audiência pública para discutir a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). O encontro, promovido pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), pretende auxiliar seus integrantes na elaboração de um documento normativo que reflita necessidades, interesses, diversidade e pluralidade do panorama educacional brasileiro. O evento será das 9h às 17h e conta com apoio do Ministério da Educação. O Canal Futura fará a transmissão. Participam profissionais da educação e sociedade civil. A expectativa do CNE é que as primeiras partes da Base sejam aprovadas até novembro deste ano. O propósito dessa fase é ouvir representantes de todas as regiões do país, valorizando características locais que hoje ficam de fora do conteúdo visto em sala de aula. A primeira audiência pública foi realizada em Manaus, no início de julho. Outras três estão agendadas para Florianópolis (11 de agosto), São Paulo (25 de agosto) e Brasília (11 de setembro), de forma a contemplar todas as regiões do país. Por ser o órgão normativo do sistema nacional de educação, cabe ao CNE apreciar a proposta da BNCC elaborada pelo MEC, produzir um parecer e um projeto de resolução que, uma vez homologados pelo ministro da Educação, vão se transformar em norma nacional. Além do canal Futura, o canal do MEC no YouTube também fará a transmissão da audiência. Todas as audiências estarão abertas também ao público. Do CNE participam o presidente Eduardo Deschamps; o presidente da Comissão Bicameral que trata da BNCC, Cesar Callegari; o presidente da Câmara de Educação Básica e relator da Comissão Bicameral, José Francisco Soares; o relator da Comissão Bicameral, Joaquim José Soares Neto; o presidente da Câmara de Educação Superior do CNE, Luiz Roberto Liza Curi; e o vice-presidente de Educação Superior, Yugo Okida; entre outros membros do Conselho. A audiência será no Teatro Beberibe do Centro de Convenções de Pernambuco, localizado na Av. Professor Andrade Bezerra, s/n, Salgadinho - Olinda/PE.

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Confira as cidades mais endividadas de PE

Enquanto São Paulo é a cidade brasileira mais endividada do Brasil, o Recife é a cidade que lidera esse ranking em Pernambuco, de acordo com o Boletim de Finanças dos Entes Subnacionais, publicado pelo Tesouro Nacional. O estudo mapeou 146 municípios brasileiros com mais de 200 mil pessoas, catalogando as contas de mais cinco cidades pernambucanas. O índice de endividamento é a relação entre a dívida consolidada e a receita corrente líquida do município. O indicador da capital pernambucana é de 29%. Apesar de ser o maior estadual, é um indicador muito inferior aos 204,3% de endividamento de São Paulo e dos 87,73% do Rio de Janeiro. Considerando apenas os pernambucanos, após o Recife, os municípios de Paulista (24%), Olinda (23%) e Caruaru (22%), são os mais endividados. Endividamento (dívida consolidada/receita líquida): Recife – 29% Paulista – 24% Olinda – 23% Caruaru – 22% Petrolina – 17% Jaboatão dos Guararapes – 10% Fonte: Tesouro Nacional / Elaboração Algomais   Outro indicador relevante, levantado pelo Tesouro Nacional, é a autonomia financeira. Esse indicador mede o percentual da arrecadação própria do município em relação as receitas totais. Quanto menor esse percentual, sinaliza uma menor dependência dos repasses do Governo do Estado e do Governo Federal, além da capacidade de potencializar a arrecadação tributária local. O Recife é a cidade pernambucana, entre as analisadas, com maior autonomia, com o índice de 48% de arrecadação própria em relação ao total de receitas. Nessa lista, em segundo lugar aparece Olinda, com 36%. A cidade com menor autonomia é Paulista, com 29%. Autonomia própria (arrecadação própria/receita total) Recife – 48% Olinda – 36% Jaboatão dos Guararapes – 32% Petrolina – 30% Caruaru – 30% Paulista – 29% Fonte: Tesouro Nacional / Elaboração Algomais (Por Rafael Dantas)

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Análise do segundo turno em PE

Geraldo Julio (PSB), Professor Lupércio (SD), Anderson Ferreira (PR) e Raquel Lyra (PSDB) foram os vencedores no segundo turno. Gestores dos maiores municípios do Estado, o resultado das urnas que os consagrou como prefeitos traz algumas indicações importantes para o futuro político do Estado. A ausência do PT nos grandes colégios eleitorais de Pernambuco é uma tendência que se viu consolidar em todo o País. A derrota do deputado federal João Paulo tem um aspecto simbólico. Foi a maior diferença entre dois candidatos no segundo turno (61,3% x 38,7%), mesmo o socialista enfrentando o nome mais popular do Partido dos Trabalhadores na cidade. Como no cenário nacional, a tendência do PT é de entrar como coadjuvante nas composições de forças de esquerda para as próximas eleições e investir seus grandes quadros para voltar a ser significativo nas campanhas proporcionais. Ao PSB, a vitória de Geraldo Julio não pode ser creditada a uma homenagem ao ex-governador Eduardo Campos (como foi marcada a eleição de Paulo Câmara, por exemplo). Mesmo com propostas não realizadas (justificadas pelo candidato pela crise econômica que afetou os recursos públicos) e com erros eleitorais (como o posicionamento duro contra o Uber), a campanha de Geraldo aglutinou muitas forças políticas na cidade e teve um guia eleitoral bastante competente. Uma outra tendência nacional foi a maior diversificação de partidos nos grandes colégios eleitorais. Se o Rio de Janeiro escolheu o PRB e Curitiba o PMN, em Pernambuco a surpresa veio pelas mãos do Solidariedade. Aquela história de estar no lugar certo e na hora certa aconteceu com o Professor Lupércio. Além de uma campanha pra lá de bem humorada no segundo turno (ainda que nada propositiva) que atropelou Antônio Campos. O apelo pelos populares e ao apelidar Tonca como "candidato de Casa Forte", o professor trouxe à memória do olindense a rejeição de ter um prefeito de outra cidade, como o atual Renildo Calheiros. Sem Olinda, o PCdoB também se afunda junto ao PT e continua coadjuvante no pleito municipal. Seu desempenho na gestão é uma incógnita, visto que nunca ocupou cargo executivo e não tem um vereador na Câmara de Olinda. Caruaru foi a única cidade que elegeu uma mulher no segundo turno. Exceção a parte, a escolha de Raquel Lyra engorda o poder do PSDB, que passará a governar 24% da população brasileira a partir do próximo ano. Os tucanos alcançaram vitória em 28 das 92 cidades do país com mais de 200 mil eleitores. O ministro Bruno Araújo, presente na comemoração no Agreste, pode ser um voo alternativo do partido em Pernambuco, caso o PSB não marche nacionalmente com o candidato do PSDB em 2018. (Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais - rdantas@smftgi.com.br)

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Xô, cabileira

Houve um tempo - sombrio tempo, saliente-se - em que as paredes de Pernambuco eram tomadas pela mensagem Xô, cabilera, parida como que a fórceps, em português capenga e de gosto deplorável. Era endereçada ao candidato Marcos Freire, que, segundo indicavam as pesquisas, era o virtual vencedor da eleição que se avizinhava, para governador de Pernambuco. Era preciso derrotar o esquerdista Marcos Freire, pois, não importando os meios. Na guerra, tudo é válido, certamente avaliavam, para afastar qualquer resquício de consciência. A cada dia mais a luta se acirrava, como se fossem batalhas campais travadas no campo aberto da opinião. A indignidade, por seu turno, atingia o ponto de superlativa baixeza, ao se forjar o que buscava ser o flagrante de um encontro clandestino da esposa do candidato, dona Maria Carolina Vasconcelos Freire, com o então deputado federal Fernando Lyra, destacado membro do estado-maior da campanha do amigo Marcos Freire. Da farsa resultara uma ultrajante montagem fotográfica do casal desnudo, em um motel brasiliense. A vilania foi tanta que, mesmo integrantes da campanha do adversário, censuraram veementemente aquela calhordice. O próprio candidato, Roberto Magalhães, um homem digno, extremamente irritado com aquele procedimento ameaçou retirar seu nome do pleito, caso a prática criminosa, atribuída ao Serviço Nacional de Informações SNI, não fosse abandonada. Eram inaceitáveis as ofensas à honra do seu principal adversário, que, como ele, também era professor da Faculdade de Direito do Recife. Mas por que tanta vilania? - há que se perguntar. A resposta é simples: Marcos Freire era um líder nato e, na época, o poder estabelecido não acreditava dispor àquela altura de um nome capaz de arrostá-lo. Tinha. Tanto que, com a colaboração do voto vinculado, o eleito foi Roberto Magalhães. O tal voto vinculado só era válido se dado a um mesmo partido ou coligação, de vereador a presidente da República, passando por prefeito, deputado estadual, deputado federal, senador e governador.O resultado foi que Roberto Magalhães, ainda que anteriormente em desvantagem, elegeu-se governador com 909.962 votos, contra 814.447 de Marcos Freire. Mas quem foi Marcos Freire? Em linhas gerais, foi advogado, professor e importante político brasileiro, tendo como tal exercido os mandatos de deputado federal e senador por Pernambuco. Mas não foi só isso. Ele foi mais, muito mais. Qualificado intelectualmente, bem-apanhado pessoalmente e comunicador eficiente, não lhe foi difícil estabelecer uma parceria de sucesso com a vida. Tal sucesso, contudo, não veio embalado em um pacote de presente. Em 1950, Marcos Freire ingressou na Faculdade de Direito do Recife, e ali, cinco anos depois, bacharelou-se. Naqueles cinco anos começou a ser moldado não só o advogado mas, também, o político brilhante, já que ele participava ativamente da política estudantil. Sua vida pública, aliás, teve início naquele tempo, como oficial de gabinete do então prefeito Pelópidas Silveira. Dali em diante, foi uma vida de conquistas. Foi Secretário de Assuntos Jurídicos e, depois, de Abastecimento e Concessões da Prefeitura do Recife, cargo que ocupou até o movimento militar de 31 de março de 1964. Como era filiado ao Partido Socialista Brasileiro, o PSB, e naquela quadra da vida brasileira isso não era exatamente uma credencial, perdeu seu lugar. Elegeu-se prefeito de Olinda pelo MDB, quando obteve mais do que a soma dos votos dos outros dois candidatos por sublegendas do partido do governo, no entanto, fruto de uma atitude coberta de brio, renunciou ao cargo, pouco antes da posse, em repúdio à cassação do mandato do vice-prefeito eleito, Renê Barbosa. Era o funesto AI-5 mostrando a que viera. Entristecido com aqueles tempos, resolveu voltar-se para o magistério universitário, tornando-se professor na Faculdade de Ciências Econômicas. Ademais foi professor titular da cátedra de Direito Constitucional da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco, onde se graduara e ensinou também na Escola Superior de Relações Públicas de Recife. Em 1970, porém, não resistindo à vocação, elegeu-se deputado federal por Pernambuco, quando teve a maior votação do Estado. Orador com dotes excepcionais, logo ele chamou a atenção da imprensa para a contundência dos seus discursos não só sobre assuntos institucionais, mas igualmente em defesa das parcelas da sociedade que não podiam expressar livremente suas opiniões, como os artistas, dramaturgos, escritores e jornalistas. A campanha de Marcos Freire ao Senado, por seu turno, em 1974, foi a mais marcante ocorrida em Pernambuco durante o ciclo militar. Com sua oratória fácil, seu magnetismo e o seu poder de persuasão, ele conquistou eleitores em todo o Estado, com o slogan “Sem ódio e sem medo”. Conquistou 605.953 votos, contra 478.369 votos do adversário, o candidato apoiado pelo governador Francisco de Moura Cavalcanti e os ex-governadores Etelvino Lins, Cordeiro de Farias, Cid Sampaio, Paulo Guerra e Nilo Coelho. Vencera uma fortíssima estrutura de conquista de votos. Adicionalmente, além de jovem, carismático e simpático, o concorrente fora um político de 76 anos, chamado João Cleofas de Oliveira. Além de viver no Rio de Janeiro, Cleofas de Oliveira já havia perdido três eleições para o governo de Pernambuco, primeiro para Agamenon Magalhães, depois para Cordeiro de Farias e em seguida para Miguel Arraes, o que lhe valera o incômodo apelido de João Três Quedas. Lado a lado com a personalidade afável, porém, caminhava um homem movido pelo inconformismo, levando-o a formar, quando deputado, o grupo dos autênticos do MDB, uma ala mais à esquerda do partido. Lutou, e saiu vencedor, pela convocação da Assembleia Nacional Constituinte, pela anistia para os cassados e banidos pelo regime militar, pela eleição direta em todos os níveis, pela reforma agrária e pelo fim da censura aos órgãos de imprensa. Um dia, no entanto, e sempre chega um dia, Marcos Freire e a política se divorciaram. Ele se tornou presidente da Caixa Econômica Federal, e depois ministro da Reforma Agrária, no Governo José Sarney. Exerceu o. cargo por pouco tempo, de 4 de junho a 8 de setembro de 1987. Eram muitos os planos para fazer a tão sonhada reforma agrária - afinal era assunto do ministério de que ele era o titular - mas a indesejável das

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Del Rey e Sebastião e os Maias em Olinda

  Os 50 anos da Jovem Guarda serão comemorados na festa "Encontro de Brotos", com a apresentação da representante contemporânea do movimento, a banda Del Rey. O show acontecerá no dia 9 deste mês (sábado), no Clube Atlântico de Olinda, a partir das 22h. A noite ainda conta com a participação da banda Sebastião e os Maias. Os ingressos estão disponíveis antecipados no valor promocional de R$ 30. A notória parceria entre Roberto e Erasmo Carlos, que dividiu a história da música brasileira nos anos 60, é reinventada pela banda Del Rey, que foi concebida da fusão de dois dos maiores nomes da música pernambucana: a banda Mombojó e o cantor China. No show, além das consagradas canções da dupla, os integrantes expandem o repertório e exploram novidades em versões para músicas como "Pobre menina", "O Caderninho", "Devolva­-me", "Eu não presto, mas eu te amo", entre outras. A banda é formado por China (voz), Chiquinho Moreira (teclado), Felipe S .(guitarra e baixo), Marcelo Machado (guitarra e baixo) e Vicente Machado (bateria). OS MAIAS - Formada há quatro anos a partir da reunião de músicos pernambucanos que tem como identificação e formação musical a obra de Tim Maia, a Sebastião e os Maias concentra seu repertório não apenas nas músicas que permeiam o imaginário pop, mas também nas canções mais desconhecidas do cantor. O grupo é liderado pelo cantor e ator Rafael Cavalcanti, que atualmente faz parte do musical "Ópera do Malandro", dirigido por João Falcão. Além de Rafael, também fazem parte da banda: Chico Rocha (guitarra), Thiago Menezes "Chunito"(guitarra), Rafael Gadelha (baixo), Cássio Sales (bateria) e Bruno Melo (percussão). Nos shows, um potente naipe de metais e teclado transformam as apresentações, envolvendo a plateia numa atmosfera única. SERVIÇO: Encontro de Brotos apresenta Del Rey (abertura: Sebastião e os Maias) Quando: 9 de abril | às 22h Onde: Clube Atlântico de Olinda (avenida Sigismundo Gonçalves) Quanto: R$ 30 (primeiro lote - http://www.eventick.com.br/encontro-de-brotos-del-rey-e-s)

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