Arquivos Pernambuco - Página 6 De 113 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Daniela Levy Foto Leopoldo Conrado Nunes

"O conhecimento dos judeus influenciou Pernambuco nos ideais democráticos e humanistas"

Entrevista com Daniela Levy: A saga dos judeus que chegaram ao Recife com os holandeses é abordada em livro lançado pela historiadora. Ela conta como eles influenciaram o Estado em vários aspectos e ajudaram a difundir aqui ideias democráticas e diz que a saída deles da cidade foi digna de um enredo de novela, com ataque de piratas, naufrágios e enfrentamento da Inquisição até chegarem em Manhattan. Foto: Leopoldo Conrado Nunes Para a historiadora Daniela Levy, a saída dos judeus do Recife, no final do governo do Brasil Holandês, é comparável a um roteiro de novela. A pesquisadora não está exagerando. Ao embarcarem no navio Valk, rumo a Amsterdã, um grupo de 23 pessoas lutaram contra piratas, sobreviveram a um naufrágio, foram parar na Jamaica – à época colônia espanhola – onde enfrentaram a Inquisição. A única alternativa viável para sair de lá seria rumar para Nova Amsterdã, na América do Norte, a colônia holandesa mais próxima. Tempos depois, a cidade passa a se chamar Nova York e abrigar a maior comunidade judaica da diáspora. Doutora em história social pela USP (Universidade de São Paulo) e autora de vários textos sobre esse período histórico, Daniela é paulista, esteve no Recife para participar de um congresso e lançar o livro Do Recife para Manhattan – Os Judeus na Formação de Nova York, editado pela Cepe. Na ocasião conversou com Cláudia Santos sobre a participação dos judeus no Brasil Holandês, a influência que tiveram na implantação dos ideais democráticos em Pernambuco e no surgimento do capitalismo. A historiadora também detalhou a saga que realizaram para ajudar a construir uma das maiores metrópoles do mundo. A história dos judeus que saíram do Recife para Nova York ainda é pouco estudada. O que a levou a realizar essa pesquisa?   Sou judia e paulista. Morei uns anos em Nova York e, ao voltar, entrei no mestrado na USP.  Na busca por um tema de pesquisa, aceitei a sugestão da professora Anita Novinsky de estudar a história de judeus que saíram do Recife para Nova York. Aí, juntei a história dos judeus, que era algo do meu interesse, com Nova York, uma cidade que tenho apego emocional.  Mergulhei nos arquivos na Jewish Historical Society, na parte de manuscrito da New York Library. Pesquisei, conheci descendentes de judeus que viveram no Recife. Ou seja, as coisas foram acontecendo para que eu desenvolvesse a pesquisa. A missão de contar essa história foi um presente na minha vida. Ela havia sido levantada a primeira vez por um historiador norte-americano chamado Jacob Rader Marcus. Depois dele, ninguém estudou mais o assunto.  Eu usei a bibliografia dele, fui levantando documentos e, assim, descobri essa história. Há outros historiadores norte-americanos, como [Leo] Hershkowitz, que estudou sobre Asser Levy, um dos principais pioneiros que saíram do Recife, mas, ainda assim, é uma história pouco estudada. Entretanto, é muito intrigante, parece um enredo de novela, tem ataque de piratas, naufrágio, revolta dos indígenas norte-americanos, tem um pouco de tudo.  O que levou os holandeses, predominantemente protestantes, a firmarem parceria com os judeus? Que interesses tinham em comum? Quando o reino português passou a ser domínio da Espanha (período conhecido como União Ibérica),a Holanda era inimiga da Coroa Espanhola. Por isso, o rei da Espanha proibiu os holandeses de comercializarem o açúcar, que era enviado de Portugal para ser refinado e distribuído pela Holanda. Em resposta, os holandeses montaram a Companhia das Índias Ocidentais – que era uma companhia de expansão comercial das colônias do além-mar – e resolveram vir para o Brasil. Mas precisavam de mão de obra, pessoas que conhecessem a língua portuguesa e o território brasileiro.  A primeira vez que vieram para o Brasil, foram para a Bahia, mas não deu muito certo porque tinham poucos aliados que nem conheciam o território e nem falavam português. Na segunda vez, precisavam de soldados e contrataram mercenários de todas as nacionalidades: escoceses, ingleses e judeus portugueses que haviam fugido para Amsterdam, na Holanda, em 1536, para não serem presos pela Inquisição e poderem retornar ao judaísmo naquele momento. Isso porque no governo holandês havia liberdade religiosa. Então, a questão da língua foi importante para os negócios.  No livro, a senhora conta que os judeus sofreram muita discriminação no Recife por parte de protestantes e cristãos. Além das diferenças religiosas, esse comportamento também envolveu interesses econômicos, o temor da concorrência? Quando os judeus chegaram aqui, o governo holandês prometia a liberdade religiosa, mas veio também um grupo de protestantes conservadores que tinham certa reticência em aceitar judeus. No início, era algo mais ligado a questões religiosas, depois começou a haver uma rivalidade, não só desse grupo religioso, mas dos holandeses em geral.  No começo, os holandeses precisavam dos judeus, que conheciam a língua portuguesa e faziam a intermediação. Com o passar do tempo, eles começaram a falar português e não precisavam mais pagar comissão aos judeus para intermediar os negócios. Além disso, havia os portugueses católicos, que também tinham uma questão religiosa com os judeus. Isso porque os judeus falavam tanto com os luso-brasileiros, quanto com os holandeses que viviam aqui, tinham facilidade nos negócios devido a essa rede comercial que estabeleceram. Então, para os católicos e para os protestantes, era uma concorrência desfavorável, eles achavam que era injusto e, assim, criou-se essa rivalidade.  Apesar das diferenças, muitos senhores de engenho, num primeiro momento, aliaram-se aos holandeses. Por quê? Os senhores de engenho acabaram negociando com os holandeses por uma questão de sobrevivência. Além disso, muitos deles eram parentes desses judeus e, por isso, tinham facilidade de negociar melhor o seu açúcar e tiveram um bom relacionamento com o governo holandês, principalmente na época de Nassau. Ele era um homem de grande tolerância, um grande humanista, entendia que a boa convivência era importante para o desenvolvimento.  Com o passar do tempo, uma das promessas da Companhia das Índias Ocidentais era a de que quem viesse com eles poderia adquirir terras no Brasil. Isso era proibido aos judeus na Europa desde a Idade Média. Então,

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Dia dos Namorados deve injetar R$ 209 por pessoa no comércio pernambucano

Levantamento da Fecomércio-PE aponta otimismo moderado entre lojistas e preferência dos consumidores por compras em shoppings O Dia dos Namorados promete movimentar o comércio em Pernambuco em 2025, com expectativa de gasto médio de R$ 209 por pessoa. De acordo com pesquisa da Fecomércio-PE, em parceria com o Sebrae, 41,2% dos consumidores no estado pretendem celebrar a data. Presentes continuam sendo a principal forma de comemoração para 82,2% dos entrevistados, seguidos por saídas para bares e restaurantes (25%), jantares em casa (18%), viagens (10%) e shows ou baladas (3,6%). As compras devem se concentrar nos dias que antecedem o 12 de junho, com 57,4% dos consumidores planejando adquirir os presentes na mesma semana da celebração. Os shoppings lideram como canal de compra preferido, com 46,2% das menções, à frente do comércio tradicional (39,6%) e do e-commerce (14,2%). O cartão de crédito (55%) e o Pix (34,6%) devem ser os meios de pagamento mais utilizados. Roupas, perfumes, calçados, bolsas e joias aparecem entre os itens mais procurados. Embora o cenário seja favorável ao consumo, o empresariado pernambucano adota cautela na contratação de mão de obra temporária. Apenas 11,1% dos varejistas indicam intenção de reforçar suas equipes, percentual que sobe para 24,4% no setor de alimentação, especialmente nos estabelecimentos tradicionais (30,4%). Já nos shoppings, o índice cai para 9,5%. As ações de vendas mais mencionadas incluem uso de redes sociais (57,5%), incentivo às equipes (25,7%) e publicidade de rua (18,4%). A pesquisa indica uma expectativa média de crescimento de 11,7% nas vendas do varejo e de 13,2% no setor de alimentação. “O Dia dos Namorados é uma data muito importante para o comércio de bens, serviços e turismo e a pesquisa de sondagem de opinião da Fecomércio PE é uma ferramenta estratégica que ajuda o empresário a se preparar melhor, entender o comportamento do consumidor e planejar ações que atendam às expectativas do mercado neste período tão significativo para o varejo”, destacou Bernardo Peixoto, presidente da Fecomércio-PE. O economista Rafael Lima, da Fecomércio-PE, complementa: “Muitos consumidores estão priorizando experiências mais acessíveis ou optando por não participar da data. Ainda assim, o desejo de presentear permanece elevado entre aqueles que irão comemorar, o que mantém espaço para movimentação no varejo, especialmente em segmentos como vestuário, cosméticos e acessórios”.

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Autores pernambucanos marcam presença na Bienal do Livro Rio 2025

Evento reúne talentos da literatura de Pernambuco em bate-papos, sessões de autógrafos e encontros com leitores A Bienal do Livro Rio 2025, que acontece entre os dias 13 e 22 de junho no Riocentro, recebe uma delegação pernambucana de peso. Os autores Fernanda Castro, Mirela Paes, Maria Anna, Lair Sabóia, Lucas Santana e Adri Luna participam da programação oficial com debates, sessões de autógrafos e encontros com o público. A presença do grupo reforça a diversidade da literatura produzida no estado, com obras que transitam entre fantasia, romance, horror, literatura infantil e inclusão. A escritora Fernanda Castro, conhecida por obras de fantasia como O Fantasma de Cora, Lágrimas de Carne e o recente Mariposa Vermelha, estará em três momentos distintos na Bienal do Livro Rio 2025. No dia 18/06, participa do bate-papo “Romantasia: Romances que desafiam mundos”, às 17h, no palco Apoteose Shell, seguido de sessão de autógrafos. No dia 20/06, retorna ao evento no estande da Skeelo para a conversa “Raízes Fantásticas”, às 14h, também com sessão de autógrafos. Além disso, poderá ser encontrada na área da Suma, no estande da Companhia das Letras, entre os dias 19 e 22 de junho, sempre à tarde. Mirela Paes, autora de romances protagonizados por mulheres fortes e apaixonadas, participa no dia 20/06, às 14h, do bate-papo “O autor 360: Da escrita à venda”, no estande da Amazon Kindle. Além disso, estará presente todos os dias da Bienal às 11h e às 15h, em frente ao mesmo estande, para encontros com leitoras e criadores de conteúdo. A autora pode ser acompanhada nas redes sociais pelo Instagram @mirelapaes e TikTok @mirelapaes_. Lair Sabóia, doutora em Ciências e pesquisadora da neurodivergência, une sua expertise acadêmica à literatura infantil. No dia 18/06, das 10h às 11h, apresenta a contação “O mundo de Tito” na Areninha, voltada ao público infantil e educadores. No dia seguinte, das 11h às 13h, recebe leitores para autógrafos. Já no dia 20/06, das 13h às 15h, volta a autografar e, logo depois, conduz nova contação de história com o tema do luto infantil, com base em Gelinho no coração, também na Areninha. Lucas Santana, biólogue e autor queer do Nordeste, traz à Bienal sua literatura de horror e fantasia inspirada no cotidiano. Participa de bate-papo no estande da Skeelo no dia 16/06, às 14h, sobre “Narrativas góticas e sobrenaturais”, seguido por sessão de autógrafos. No dia anterior, 15/06, estará à tarde e à noite no estande da Taverna do Rei recebendo leitores. Elu é autor de Sangue Raro, O silêncio do mangue, Fruto podre, entre outros títulos, e também escreve para revistas e antologias. A escritora Adri Luna, que mistura romance, intensidade e mistério em suas tramas, terá sua sessão oficial de autógrafos no dia 14/06, às 14h, no estande da Ler Editorial. Também estará presente nos dias 13, 14 e 15/06 para encontros com leitoras, com direito a brindes e abraços. Seus livros são marcados por personagens intensos e histórias viciantes, que envolvem mafiosos e mocinhas destemidas. Maria Anna, autora de romances, livros de contos, infantil e assessora de comunicação editorial, também participa da Bienal. Todos os dias do evento, às 11h e às 15h, estará em frente ao estande da Amazon Kindle para conversar com leitoras e criadores de conteúdo. A autora já foi indicada duas vezes ao Prêmio Strix e se destaca por obras que misturam afeto, magia e encantamento. Serviço:Bienal do Livro Rio 2025📅 De 13 a 22 de junho📍 Riocentro – Zona Oeste do Rio de Janeiro🔗 Programação completa: site oficial da Bienal

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Orquestra Criança Cidadã leva música clássica gratuita ao Compaz

Apresentações nos dias 4 e 5 de junho aproximam a música de concerto da comunidade em ações de inclusão cultural no Recife. Foto: Augusto Cataldi/Ascom OCC A Orquestra Criança Cidadã realiza mais uma edição dos seus “Concertos para a Comunidade” nos dias 4 e 5 de junho, em unidades do Compaz no Recife. Gratuitas e abertas ao público, as apresentações buscam democratizar o acesso à música erudita e fortalecer os laços sociais por meio da arte, com foco nas regiões do Cordeiro e da Cohab. No dia 4, terça-feira, às 10h, o Compaz Ariano Suassuna recebe a Orquestra Sinfônica Infantojuvenil Criança Cidadã. Já na quarta-feira, dia 5, às 15h, será a vez do Compaz Paulo Freire, na Zona Sul, acolher a Orquestra Infantil Criança Cidadã e o Grupo de Sopros. As atividades são voltadas aos frequentadores locais e às famílias da região. As apresentações terão regência dos maestros Jadson Dias, à frente da Orquestra Infantojuvenil e do Grupo de Sopros, e Karolayne Santos, que conduz a Orquestra Infantil. O repertório, pensado especialmente para o projeto, combina obras clássicas e populares, promovendo uma vivência musical educativa e acessível a todas as idades. “A ideia dos Concertos para a Comunidade é fazer uma aula-espetáculo com o público. Interagir com a plateia, apresentar-lhe os diversos instrumentos que compõem uma orquestra, enfim, mostrar de maneira leve todo o universo da música clássica”, explica o maestro Jadson. A iniciativa reforça o compromisso da OCC com a inclusão, a formação de público e a valorização dos espaços de cidadania. O projeto é uma realização da Funarte com patrocínio da Caixa e do Governo Federal, por meio da Lei de Incentivo à Cultura. O calendário completo está disponível no site orquestracriancacidada.org.br/concertos. SERVIÇOOrquestra Criança Cidadã — Concertos para a Comunidade 2025📅 4 e 5 de junho de 2025⏰ 10h (dia 4) e 15h (dia 5)📍 Compaz Ariano Suassuna (Cordeiro) e Compaz Paulo Freire (Cohab/Ibura)🎟 Entrada gratuita | Classificação livre

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ACLF lança o Boa Vista Boulevard e reforça presença no mercado imobiliário do Recife

Novo empreendimento residencial será apresentado a corretores em evento exclusivo no Novotel e aposta em inovação e requalificação urbana A ACLF Empreendimentos promove o pré-lançamento do Boa Vista Boulevard, projeto que marca sua segunda operação na capital pernambucana. O evento, restrito a corretores imobiliários, aconteceu no Novotel Recife, no bairro de São José, e sucede o sucesso do Belém Boulevard, empreendimento que impulsionou a valorização de diversas áreas da cidade. O novo lançamento chega após a construtora conquistar a pontuação máxima no Troféu ADEMI, reconhecimento que reforça sua atuação pautada em qualidade, inovação e impacto urbano. Instalado na Rua das Ninfas, o Boa Vista Boulevard terá uma torre única de 39 pavimentos, com 288 apartamentos de 73 m², todos com uma vaga de garagem. Os primeiros dois andares serão destinados a áreas comuns e os demais a unidades residenciais, com destaque para o alto padrão construtivo e plantas flexíveis. A proposta permite múltiplas configurações: três quartos ou dois quartos ampliados, cozinhas tradicionais ou americanas, e integração entre sala e varanda gourmet. "Inovação está no nosso DNA: somos reconhecidos pelas práticas de ESG e por desenvolvermos planos urbanos capazes de transformar os locais onde as pessoas vivem, com qualidade e conforto", afirma o presidente da ACLF, Avelar Loureiro Filho. O projeto foi pensado para um bairro com forte presença comercial e de serviços, mas carente de novas opções residenciais.

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Sebrae impulsiona setor de beleza e estética na Hairnor 2025 com programa inédito e apoio a empreendedores

Feira conta com lançamento nacional, caravanas de todo o estado e estandes de pequenos negócios apoiados pela instituição Com um mercado em crescimento constante e o Nordeste se consolidando como polo estratégico para o setor, a Hairnor 2025 reúne, até o dia 3 de junho, milhares de profissionais da beleza no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. O Sebrae Pernambuco participa ativamente do evento, não apenas como apoiador, mas também com diversas ações voltadas ao fortalecimento dos pequenos negócios do ramo. A principal novidade é o lançamento do Programa Agente de Mercado – Beleza, uma iniciativa nacional com foco em ampliar a atuação B2B dos empreendedores do setor. Nesta edição, cerca de 30 pequenos negócios pernambucanos terão estandes subsidiados pelo Sebrae/PE, o que garante maior visibilidade para as marcas, estímulo a vendas diretas e ampliação das redes de contatos. “A Hairnor é muito mais que uma feira, é uma oportunidade estratégica para alavancar negócios, promover capacitação e atualizar profissionais sobre tendências do mercado”, destaca Gabrielle Carvalho, analista do Sebrae na Região Metropolitana do Recife. Além da presença do Sebrae Nacional, o evento inclui a participação de caravanas com mais de 300 empreendedores vindos da Zona da Mata, Agreste e Sertão. “A vinda de caravanas viabiliza acesso a produtos com melhores preços, fortalece o elo da cadeia produtiva e amplia o alcance da feira no estado”, afirma Alane Guimarães, gestora estadual de Beleza e Bem-estar do Sebrae/PE. Outra atração apoiada pela instituição é o Barber Pro Nordeste, congresso voltado a barbeiros que ocorre nos dias 2 e 3 de junho no Teatro Guararapes, com destaque para workshops do renomado empreendedor Elias Torres, o Seu Elias, referência no conceito de barbearia moderna no país. ServiçoHairnor 2025📍 Pavilhão do Centro de Convenções de Pernambuco, Olinda🗓 1º a 3 de junho, das 11h às 22h🔗 hairnor.com.br Barber Pro Nordeste📍 Teatro Guararapes Chico Science – Centro de Convenções de Pernambuco🗓 2 e 3 de junho, das 9h às 19h🔗 evento.barberpronordeste.com/venda

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Pernambuco fecha março com saldo negativo de empregos formais, aponta Novo Caged

Estado perdeu 3.478 postos de trabalho com carteira assinada, puxado por quedas no comércio e na indústria Apesar da recuperação do mercado de trabalho em nível nacional, Pernambuco segue em trajetória contrária. Segundo dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), o estado fechou o mês de março de 2025 com saldo negativo de 3.478 empregos formais — resultado de 49.384 admissões contra 52.862 desligamentos. A variação relativa foi de -0,23%, uma das piores da região Nordeste. A queda foi influenciada principalmente pelo desempenho negativo do comércio e da indústria de transformação, segmentos que ainda enfrentam instabilidade. No Nordeste como um todo, apenas Bahia, Maranhão e Piauí apresentaram saldos positivos no mês. Pernambuco se manteve entre os estados com maior retração, atrás apenas de Alagoas e Ceará. A combinação entre baixa dinâmica econômica e fragilidade em setores-chave contribuiu para o recuo no estado. Apesar do resultado negativo no número de vagas, o salário médio de admissão em Pernambuco teve leve alta no período, alcançando R$ 1.937,26 — crescimento de 0,65% em relação ao mês anterior. O valor, no entanto, segue abaixo da média nacional, que foi de R$ 2.225,17 em março. Esse dado reflete um mercado que oferece oportunidades com remuneração ainda restrita, especialmente nas ocupações de menor qualificação. Em todo o país, o mês de abril trouxe um alento, com a criação de 257.528 novos empregos formais e saldo positivo em todas as unidades da federação. No entanto, os dados de março deixam o alerta: para que Pernambuco acompanhe esse movimento, será necessário fortalecer políticas de incentivo à geração de empregos e dinamizar setores produtivos, especialmente comércio, serviços e indústria leve.

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"Um novo Brasil em 2033": Longo caminho para a Reforma Tributária e as expectativas para o País

Décio Padilha destaca os avanços da reforma, os desafios da regulamentação e a importância da compensação regional para um desenvolvimento mais equilibrado. *Por Rafael Dantas | Fotos: Tom Cabral O caminho da Reforma Tributária é longo mas as expectativas são promissoras. Décio Padilha, auditor fiscal da Secretaria da Fazenda de Pernambuco e ex-secretário de Adminsitração e da Fazenda do Estado, avalia que “o Brasil será outro a partir de 2033. Ele vai dar um salto”. A projeção foi feita durante o projeto Pernambuco em Perspectiva – Estratégia de Longo Prazo, uma iniciativa da Revista Algomais e da Rede Gestão, com patrocínio do Banco do Nordeste e do Governo Federal. A expectativa positiva está contabilizada também em cifras: um avanço adicional do PIB entre 12%, em um cenário mais conservador, e 20%, no quadro mais otimista.  O percurso para a aprovação da Reforma Tributária foi narrado por Décio Padilha que, na época, era presidente do Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal). Havia décadas de espera por um novo regime que interrompesse o que se convencionou chamar de “manicômio tributário”, o complexo sistema que muda constantemente em cada município e estado do País. Aprovar a Reforma Tributária era um sonho que parecia improvável, após décadas de espera e em um período de intensa polarização. O receio de perda de arrecadação e de tantos outros fatores foi superado por uma intensa articulação do Comsefaz, junto aos governadores, tendo como um dos protagonistas o economista Bernard Appy, que é o atual Secretário Extraordinário da Reforma Tributária. O cuidado com a medida estava concentrado especialmente nas mudanças sobre o ICMS que é o imposto responsável por uma média de 86% de toda a arrecadação dos estados. Com a aprovação, em 2023, da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) nº 132/2023, o Sistema Tributário Brasileiro iniciou uma das suas mudanças mais significativas, especialmente no que diz respeito à tributação sobre o consumo. A nova estrutura prevê a substituição de quatro tributos – o PIS (Programa de Integração Social), a Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social), o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) e o ISS (Imposto sobre Serviços) – por dois novos: a CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços), de competência federal, e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços), de competência estadual e municipal.  Segundo Décio Padilha, a reforma teve como pilares a simplificação e padronização do sistema, com o objetivo de tornar a cobrança de tributos mais clara e eficiente para contribuintes e também para os governos. “O atual manicômio tributário, com a mudança constante de normas que, até quem é especialista, às vezes não entende, leva as empresas brasileiras a gastarem 44 mil horas por ano para declarar e pagar tributos”. Um dos pontos centrais da reforma é a adoção do princípio do destino que estabelece a cobrança de impostos no local de consumo e, não mais, na origem. Essa alteração contribui para o fim da guerra fiscal entre os estados, uma prática comum para a atração de empreendimentos. A proposta também busca garantir maior segurança jurídica para empresas e investidores, além de enfrentar a regressividade do sistema atual – que penaliza proporcionalmente mais os que ganham menos. O grande desafio da construção desse novo cenário foi promover as mudanças sem provocar aumento da carga tributária total. POR QUE A ECONOMIA DEVE MELHORAR COM A REFORMA? O estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) sobre os impactos redistributivos da Reforma Tributária, realizado pelos pesquisadores Sérgio Gobetti e Priscila Monteiro, indicou que os investimentos do País devem crescer entre 20,3% e 25%, nos próximos 20 anos. Além disso, o consumo das famílias, um dos grandes contribuintes para a composição do PIB, deve ser elevado entre 12,6% (na hipótese conservadora) até 24,2% (na mais otimista). Os dados apontam ainda um crescimento das exportações entre 11,7% e 17,4%. Setores relevantes da produção nacional, como a indústria e a construção, podem ter saltos, respectivamente, de até 25,7% e 24,3%. A simplificação das regras e a padronização proporcionadas pela Reforma Tributária já trará uma dinâmica que reduzirá muito os custos e o contencioso jurídico. Mas não é apenas essa maior eficiência no pagamento dos tributos que promoverá o grande crescimento econômico esperado para os próximos anos. Na análise de Décio, essa organização do sistema vai oferecer segurança jurídica que muitos fundos de investimento estão esperando para aportar recursos no País. “O que trava investimento é a complexidade do sistema tributário. Uma má alocação de tributo acaba com qualquer negócio. Um efeito será, por exemplo, uma empresa que dirá que vem ao Brasil e não ao México, que é um país emergente, porque aqui temos uma legislação e três alícotas”, afirmou Décio. Ele comparou esse horizonte futuro com o atual, de 5.500 legislações que mudam todo dia e afugentam os fundos estrangeiros pela dificuldade de acompanhar, interpretar e aplicar o pagamento dos tributos. Além da atração desses investimentos para o Brasil, outras consequências positivas da Reforma Tributária decorrem da melhor distribuição de recursos entre os entes da federação e o cashback,  a devolução do imposto para o bolso do cidadão. “No momento em que o tributo será só sobre o destino, os estados mais pobres entram num processo de desconcentração de renda. Muita gente miserável do Sertão vai começar a ter acesso a emprego e renda. Segundo, quando devolvo dinheiro é significativo. Distribuir 100% do tributo de um botijão de gás para uma pessoa pobre, 100% do tributo de água e esgoto, de telecomunicações e energia elétrica é muita coisa”, afirmou Décio. Durante o evento, o auditor destacou que se a Reforma Tributária sobre o consumo tivesse sido aprovada há 15 anos, cada brasileiro hoje ganharia um adicional de renda mensal de R$ 460. O efeito redistributivo sobre a receita líquida, por exemplo, com as novas regras, beneficiará 172 dos 184 municípios pernambucanos, segundo o estudo do Ipea. Ou seja, 93% das cidades do Estado terão receitas mais robustas até o fim

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Mercado imobiliário e grandes obras pavimentam retomada da construção civil

Setor cresceu 1,1% em 2024, puxado por alta de 20,9% nas vendas de imóveis novos, enquanto requalificação da BR-232 e retomada da Transnordestina animam expectativas para 2025. *Por Rafael Dantas Tijolo por tijolo, a retomada da construção civil está se consolidando em Pernambuco. Em 2024, o setor cresceu 1,1%, puxado principalmente pelo segmento imobiliário que registrou um avanço de 20,9% nas vendas de apartamentos novos, segundo estudo da Brain Inteligência. Para 2025, as expectativas do setor estão voltadas para a retomada de grandes projetos de infraestrutura, em empreendimentos como a requalificação e duplicação da BR-232 e o início dos trabalhos na ferrovia Transnordestina. A demanda reprimida de imóveis por anos de crise econômica e pandemia contribuiu para a aceleração dos lançamentos no ano passado. Porém, um dos fatores que auxiliou nessa retomada foi o fortalecimento do Minha Casa, Minha Vida.  A Caixa Econômica informou que em 2024 foram investidos mais de R$ 3,72 bilhões em financiamentos no âmbito do Programa MCMV em Pernambuco, representando um crescimento de 57,5% em relação a 2023 (R$ 2,36 bilhões) e de 99,8% em relação a 2022 (R$ 1,86 bilhão). Foram mais de 21,4 mil contratos assinados em 2024, frente a 14,9 mil em 2023 e 13,3 mil em 2022. Além do programa federal, em Pernambuco há ainda o Morar Bem PE – Entrada Garantida, que já atendeu 10 mil famílias com subsídios para aquisição da casa própria.  Para 2025, o setor imobiliário tem algumas oportunidades no horizonte mas, também, desafios consideráveis. “O mercado de imóveis para segunda residência e para locação a turistas está efervescente, com muitos negócios acontecendo e muitos empreendimentos sendo lançados. Da mesma forma, os imóveis no padrão do Minha Casa, Minha Vida estão rodando em alta velocidade. O Governo Federal fez uma série de mudanças recentes que favoreceram esse segmento”, avalia Flávio Domingues, consultor na área de negócios imobiliários e de turismo e representante da construtora portuguesa Casais Engenharia. "O segmento de alto padrão no Recife continua em voo de céu de brigadeiro e, sem dúvidas, a Praia de Carneiros vive um boom enorme. Pernambuco é um destino que gera muito interesse para as empresas pela sua posição estratégica no Nordeste." - Flávio Domingues As mudanças do Governo Federal são referentes principalmente à ampliação do público alvo do programa. “O mercado do Minha Casa, Minha Vida que atende até o momento famílias com renda de até R$ 8 mil mensais, passará a atender famílias com até R$ 12 mil de renda mensal, na chamada Faixa 4. Incluiremos famílias com renda entre R$ 8 mil e 12 mil no rol daqueles que podem contar com taxas de juros subsidiadas. “O programa que financiava imóveis no valor até R$ 350 mil passará a englobar aqueles entre R$ 350 e R$ 500 mil”, afirmou Roberto Rios, diretor comercial da Construtora Carrilho. Em relação à nova modalidade MCMV Classe Média, a Caixa tem previsão de atender mais de 120 mil famílias em todo o Brasil. Apostando no bom momento do mercado, a Construtora Carrilho está com empreendimentos à venda em diversas regiões do Grande Recife, com propostas que vão de estúdios compactos a condomínios com ampla área de lazer. O Pátio Solare, na Imbiribeira; o Aurora das Flores, em Paulista; o Pátio Nattú, na Caxangá; o Tivo Studios (Espinheiro) e o Madá Studios (Madalena); além do Paço Decó, na Real da Torre, e o Torres de Olinda, na Avenida Transamazônica. São os projetos que estão no portfólio, focados em perfis variados de públicos. Com a mudança do Minha Casa, Minha Vida, a expectativa do setor é de impulsionar os lançamentos de imóveis mesmo na capital pernambucana. Com o teto mais restrito do MCMV, a maioria dos imóveis comercializados eram nos outros municípios da região metropolitana. O investimento em bairros menos tradicionais é uma das tendências do programa. A Tenda, por exemplo, tem empreendimentos em bairros do Recife que estavam fora dos portfólios, como Passarinho, Dois Unidos e Vasco da Gama.  Além da transição do programa, a Prefeitura do Recife tem se mobilizado para incentivar o setor imobiliário no Centro. Seja com novas construções e ou com retrofits de prédios ociosos nos bairros centrais da cidade, novos mecanismos de incentivos fiscais criados pelo Recentro devem atrair investimentos de moradia para a região.  LITORAL SUL EM ALTA Fora dos imóveis mais populares, o destaque do segmento foram os projetos de alto padrão, em especial no Litoral Sul e até no Recife. Após a consolidação de Porto de Galinhas, os destaques ficam para Tamandaré e, mesmo, Sirinhaém com a atração de empreendimentos residenciais e turísticos. “O segmento de alto padrão no Recife continua em voo de céu de brigadeiro e, sem dúvidas, a Praia de Carneiros vive um boom enorme. Pernambuco é um destino que gera muito interesse para as empresas pela sua posição estratégica no Nordeste. Sirinhaém está se desenvolvendo, com o lançamento de grandes projetos”, afirmou Flávio Domingues. O consultor avalia que Itamaracá, no Litoral Norte, poderá voltar a ser valorizado também com o já anunciado fechamento do presídio na ilha. Com um lançamento de alto padrão em Maragogi, pela Casais Engenharia, o Maragogi Privilege Residence Apart Hotel, Flávio destaca uma outra oportunidade para Pernambuco. A construção, em andamento, de um aeroporto no balneário alagoano, que é muito próximo no Litoral Sul pernambucano, pode contribuir para aquecer ainda mais o mercado local. Após investir na Praia de Peroba (AL), a empresa portuguesa estuda a chegada também em Pernambuco. Quem já está na região com robustos lançamentos no mercado de Tamandaré é a Soma Inc, com um conjunto de empreendimentos, como os condomínios Azzul, o Mar do Atlântico, o Paratiisi e outros três projetos. O volume geral de vendas da empresa na região é de R$ 700 milhões, com mais de 45 mil metros quadrados de área construída. Diferente dos modelos compactos dos imóveis em alta na Região Metropolitana do Recife, esses empreendimentos são mistos de apartamentos e amplas residências, à beira-mar, e generosas áreas verdes. Na praia dos Carneiros, por exemplo, com perfil de

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Crédito do Trabalhador injeta R$ 305 milhões na economia de Pernambuco

Mais de 64 mil celetistas no estado já contrataram empréstimos com garantia do FGTS e juros mais baixos O programa Crédito do Trabalhador, do Governo Federal, já beneficiou mais de 64,1 mil trabalhadores com carteira assinada em Pernambuco, liberando um total de R$ 305,72 milhões em empréstimos consignados até 7 de maio. Com valor médio de R$ 4,66 mil por contrato e parcelas médias de R$ 285,38, a iniciativa oferece crédito mais acessível ao trabalhador do setor privado, com taxas reduzidas graças à garantia de até 10% do saldo do FGTS. “O programa melhora a qualidade de vida das famílias trabalhadoras, que podem tomar um crédito com juros mais baixos, visto que os empréstimos têm garantias que chegam a 10% do FGTS”, afirma Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego. O ministro alerta, no entanto, para o uso consciente do recurso: “O trabalhador precisa ter cautela para fazer o empréstimo e pesquisar as melhores taxas”. Em nível nacional, o programa já movimentou R$ 10,1 bilhões em pouco mais de um mês, atendendo a 1,8 milhão de celetistas. A média dos contratos é de quase R$ 5,4 mil, com prestações de R$ 323,76 e prazo médio de 17 meses. O Banco do Brasil lidera a concessão de crédito, com R$ 2,7 bilhões emprestados, principalmente para quitação de dívidas mais caras, como cartões de crédito e CDCs. A partir de 16 de maio, entra em vigor a portabilidade do crédito consignado com FGTS, o que permitirá ao trabalhador transferir sua dívida para outro banco com juros mais baixos, promovendo concorrência entre instituições financeiras. “A portabilidade favorece o trabalhador, pois a instituição financeira poderá perder o empréstimo do CDC ou do consignado para outro banco se não oferecer taxas melhores”, destaca Marinho. Além da portabilidade, desde 25 de abril já é possível realizar a migração de dívidas antigas, o que contribuiu com um incremento de R$ 2 bilhões em empréstimos nos últimos 12 dias. A medida tem sido um dos impulsionadores da rápida adesão ao programa. O Crédito do Trabalhador conta atualmente com 35 instituições financeiras parceiras. Pernambuco se junta a São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná entre os estados com maior volume contratado — reforçando o impacto da medida na economia regional. 4o

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