Arquivos redes sociais - Página 2 de 2 - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

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Navegar é preciso, mas viver também é preciso

O mundo digital nos leva cada vez mais a ficar conectados. Do e-mail, passando pelas redes sociais, até a troca de mensagens, ninguém vive ou trabalha hoje em dia sem estar em rede. É um ponto sem retorno, dizem alguns especialistas. Contudo, esse novo comportamento tem causado problemas sérios. Um estudo feito em 2014 revelou que 420 milhões de pessoas, cerca de 6% da população mundial, podem estar viciadas em internet. Segundo outro estudo, feito pelo Hospital das Clínicas de São Paulo, um alto grau de conexão conduz a uma perda progressiva de controle e ao aumento do desconforto emocional. Os indivíduos que gastam horas excessivas na internet tendem a utilizá-la como meio primário de aliviar a tensão. Normalmente, apresentam perda do sono por causa do incitamento causado pela estimulação psicológica e desenvolvem problemas em suas relações interpessoais, entre outras consequências. No sentido contrário do aumento da conexão, tem surgido movimentos que estão estudando esse fenômeno. Uma deles é o time well spent (tempo bem empregado, em tradução livre), que pretende “libertar a mente dos usuários do sequestro de tempo promovido pelas novas tecnologias. Criado por um ex-funcionário do Google, Tristan Harris, o movimento propõe que os fabricantes de celular substituam o clique no ícone dos aplicativos pela necessidade de digitar o seu nome, fazendo com o usuário leve a se questionar a real necessidade de usá-lo naquele momento. Outro movimento que levanta a bandeira da desconexão é slowmedia. Criado por um grupo de jornalistas alemães, um dos princípios propostos é a realização de uma tarefa por vez. Inspirado no slowfood, que defende uma maior concentração na hora das refeições, o movimento também defende o consumo de uma mídia por vez, priorizando o foco e a atenção. Independentemente de movimentos, a nossa mente pede a desconexão. Algumas atitudes práticas podem ajudar nessa direção, sem impedir o acesso à tecnologia e ao uso das facilidades que ela trouxe à vida moderna: 1. Área de trabalho estratégica – Somente instalar aplicativos essenciais no celular e deixar visível na tela aqueles que tragam informação relevante. Os demais devem ser desinstalados e ficar fora do alcance fácil da nossa visão. 2. Menos notificações – Retirar, por exemplo, as notificações das redes sociais e dos aplicativos de mensagens, como o Whastapp, diminui a ansiedade pelas verificações frequentes do celular. A inversão desse processo, deixando de ser avisado para ir em busca da informação, permite dar maior atenção ao trabalho e às relações interpessoais. 3. Blocos de desconexão – Criar períodos ao longo do dia sem o uso do celular. Principalmente em atividades corriqueiras. Não levar o aparelho ao supermercado, deixá-lo em casa para caminhar ou fazer exercícios, não usar próximo da hora de dormir e mantê-lo desligado durante o sono são algumas atitudes simples de desconexão.

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Estudo mostra raio-x da intolerância nas redes sociais do Brasil

O Brasil é visto e reconhecido como um lugar pacífico, com um povo tolerante. Mas a internet vem ajudando a derrubar esse mito de que nós brasileiros somos tolerantes às diferenças. Um estudo realizado entre os meses de abril e junho pelo Comunica Que Muda, plataforma digital da agência nova/sb, monitorou a internet e encontrou dez tipos principais de intolerâncias. No total, foram analisadas 393.284 menções feitas por internautas de todo o país no Facebook, Twitter e Instagram e também em páginas de blogs e comentários de sites da internet. Expressões como cabelo ruim, gordo, vagabundo, retardado mental, boiola, malcomida, golpista, velho e nega predominam as nuvens de palavras encontradas em posts que revelam todo tipo de intransigência ao outro, em relação a aparência, classes sociais, deficiências, homofobia, misoginia, política, idade, raça, religião e xenofobia. Com o auxílio de um software de monitoramento, o Torabit, a equipe do Comunica Que Muda concluiu que a intolerância de maior audiência no Brasil é a política, com quase 220 mil menções; mais de quatro vezes superior à misoginia, que aparece em segundo lugar (50 mil menções); seguida por preconceitos relacionados a deficiência, aparência e raça. O Rio de Janeiro é o estado com maior volume de postagens intolerantes no país, seguido por São Paulo e Minas Gerais. Em termos relativos, na proporção com o número de habitantes, o Distrito Federal lidera o ranking. “A intolerância nas redes é resultado direto de desigualdades e preconceitos sociais em geral, não é uma invenção da internet. O que ocorre é que o ambiente em rede facilita que cada um solte seus demônios, ao dar a sensação de um pretenso anonimato. O mundo virtual é, portanto, mais uma forma para que os intolerantes se manifestem e ampliem o seu alcance”, destaca Bob Vieira da Costa, sócio-fundador da agência nova/sb. Dados da ONG Safernet mostram que denúncias contra páginas que divulgaram conteúdo do tipo cresceram mais de 200% no país. No primeiro momento, parece que a internet criou uma onda de intolerância. Mas o fato é que as redes sociais apenas amplificaram discursos existentes no nosso dia a dia. No fundo, as pessoas são as mesmas, nas ruas e nas redes. Se não, vejamos: o Brasil lidera as estatísticas de mortes na comunidade LGBT (dado da Associação Internacional de Gays e Lésbicas); mata muito mais negros do que brancos (Mapa da Violência); aparece em quinto em homicídios de mulheres (Mapa da Violência); registrou aumento de 633% nos casos de xenofobia (Ouvidoria Nacional dos Direitos Humanos); e 6,2% dos seus empregadores confessam não contratar pessoas obesas (site de recrutamento).

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Pesquisa: o brasileiro e as redes sociais

Uma pesquisa realizada em junho pelo Instituto Qualibest mostrou que o brasileiro fica conectado nas redes sociais praticamente o dia todo. Esta é a consequência de um mundo em que o smartphone virou quase uma extensão das mãos. A enquete constatou que 76% dos internautas brasileiros acessam as redes sociais pelo smartphone; 62% acessam pelo desktop (computador ou notebook) e 14% pelo tablet. O Instituto realizou 3.665 entrevistas com mulheres (53%) e homens (47%), das classes A (12%) B (45%) e C (43), no Brasil todo, com o objetivo de traçar um panorama atual do uso das redes sociais. E os resultados mostraram algumas curiosidades. Os entrevistados usam em média 6,5 diferentes redes sociais. As preferidas são Whatsapp (81%) e Facebook (74%), sendo também as mais acessadas, empatando em 92%. O terceiro lugar das mais acessadas é o Youtube, com 82%, seguido do FaceMessenger, 71% e Instagram com 59%. “As mulheres e a classe A puxam este número do Instagram para cima: ambas com 66% de acesso. E o acesso grande ao FaceMessenger foi uma surpresa: 71% é um número alto”, diz Daniela Malouf, sócia-diretora do Instituto QualiBest, o primeiro do Brasil a realizar pesquisas online. Snapchat foi outra surpresa: é quase tão acessado quanto o Twitter: 33% e 37% respectivamente. O Twitter é mais acessado (50%) pela classe A e menos acessado pelos mais velhos: 31% dos 37% do total. “Uma rede que não para de crescer é o Spotify. Quem leva este número para cima são os mais jovens (27%) e a classe A representa 30%, 21% do total da amostra”, diz Daniela. E quanto tempo passam conectados? Dos pesquisados, 43% passam o dia no Face e por isso não sabem medir o tempo de acesso. O Instagram se divide em 27% acessando 30 minutos por dia e 26% dizem passar o dia conectados. O Youtube se destaca por ser visto em duas horas e meia por dia (30%). Por outro lado 37% dos que acessam o Linkedin dizem não acessar todos os dias. Idem para Skype e Pinterest. Redes sociais e trabalho Mesmo durante o trabalho, os internautas ficam conectados: 26% ficam conectados mais de 3 horas no horário de trabalho enquanto 32% dizem acessar apenas 30 minutos por dia as redes para uso pessoal. Destaque para a classe C ( 39%) diz acessar até 30 minutos por dia enquanto a classe A (33%) diz ficar conectado mais de 3 horas. Apenas 6% das empresas não permitem acesso a nenhuma rede social no trabalho e 58% da classe A que trabalha depende do computador para realizar todas as tarefas diárias enquanto 46% da classe C, que trabalha, depende do computador. Selfies e notícias O Instituto Qualibest quis saber ainda o que as pessoas mais gostam de compartilhar nas redes. Os resultados: O que as internautas mais compartilham/ postam nas redes sociais são: momentos especiais (58%); vídeos e imagens divertidas (53%); notícias importantes/novidades tecnológicas (52%). As mulheres (49%) postam muito mais selfies do que os homens (32%). Enquanto 63% da classe A postam momentos especiais e comemorações, apenas 54% da classe C postam este tipo de conteúdo nas redes. Mulheres postam mais este tipo de conteúdo do que os homens. As mulheres postam muito mais mensagens de autoajuda do que os homens (48% e 37% respectivamente). E não há diferenças entre classe A e C quando o assunto é autoajuda. Ambas postam na mesma quantidade. As pessoas acreditam que as redes sociais aproximam muito mais do que afastam: 17% acreditam que as redes afastam enquanto 83% acreditam na aproximação, em especial quando o assunto é conhecer gente nova. 41% acham que as redes trazem este benefício e a classe C eleva este número para 46%. Sobre o Instituto QualiBest Fundado em 2000, o Instituto QualiBest foi pioneiro no segmento de pesquisas online no Brasil. Filiado à Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (ABEP) e à European Society of Opinion and Marketing Research (ESOMAR), o QualiBest conta com o maior painel online do mercado nacional, totalizando mais de 250 mil consumidores cadastrados em todo o país. O Instituto realiza pesquisas qualitativas e quantitativas com metodologias inovadoras e tecnologias de ponta para desenvolver maneiras eficazes e criativas de estudar comportamentos, preferências e mercados.

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