Arquivos Saúde - Página 47 De 52 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

saúde

Os riscos do colesterol alto para a saúde masculina

Colesterol alto, como se sabe, é um dos vilões da saúde. A concentração exagerada da gordura presente nas células é a responsável pela maioria dos casos de doenças cardiovasculares. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o colesterol alto mata mais de 4 milhões de pessoas ao ano no mundo. O que muitos não sabem é que o quadro também está relacionado a outros problemas que afetam a saúde masculina, como disfunção erétil e câncer de próstata. Segundo o andrologista Filipe Tenório, da Clínica Andros Recife, o colesterol alto favorece o aparecimento da disfunção erétil porque ele diminui a capacidade de circulação sanguínea nas artérias. “A ereção acontece quando a primeira camada do vaso sanguíneo libera substâncias que dilatam os vasos permitindo a passagem de sangue nos corpos cavernosos. Quando há obstrução nos vasos causada pelo acúmulo de gordura, eles não dilatam o suficiente e o sangue acaba não chegando ao pênis”, explica o médico. Isso foi comprovado em um estudo realizado pelo American College of Cardiology. A pesquisa entrevistou homens com elevados níveis de colesterol antes e depois de passarem por tratamento médico para reduzir essas taxas. O questionário continha perguntas sobre ereção e desempenho sexual com pontuação equivalentes de 1 a 5. Do início ao final do tratamento, houve um aumento de 24% na qualidade das ereções. Outra doença que é agravada pelo colesterol alto é o câncer de próstata. Uma pesquisa publicada na revista “The Journal of Clinical Investigation” revelou que o nível elevado da gordura contribui para o desenvolvimento do tumor devido a uma alteração química das células tumorais. “No estudo, os pesquisadores perceberam que o colesterol acumulou-se nas membranas externas das células desencadeando o desenvolvimento do câncer e impedindo a autodestruição das células”, afirma o urologista Guilherme Maia, do Hospital Santa Joana Recife. Cientistas do Instituto de Pesquisas Farmacológicas Mario Negri, em Milão, acreditam que a explicação está no fato de o organismo utilizar o colesterol para produzir hormônios masculinos que estariam ligados ao câncer de próstata. “Os hormônios andróginos, que têm um papel fundamental no tecido da próstata, são sintetizados a partir do colesterol, o que sugere uma relação biológica entre a substância e o câncer”, disse Cristina Bosetti, uma das autoras da pesquisa.

Os riscos do colesterol alto para a saúde masculina Read More »

Evento aborda a importância do check-up na prevenção de doenças

Recife, PE (agosto de 2017) – Diagnosticar precocemente doenças que ainda não tenham apresentado sintomas. Esse é o principal objetivo do check-up, que reúne uma série de exames solicitados por um médico para avaliar a saúde de seu paciente. O Check-up e a Prevenção de Doenças será o tema da próxima edição do Você com Saúde na Maior Idade, projeto do Hospital Santa Joana Recife lançado este ano. No dia 31 de agosto, às 15h, as geriatras Andréa Figuerêdo e Lilian Karine ministrarão palestras gratuitas sobre o assunto no Santa Joana Recife Diagnóstico. As vagas são limitadas e as inscrições, gratuitas, podem ser feitas pelos telefones 3412-2827 ou 3412-2823. Voltada principalmente a idosos e seus acompanhantes e familiares, a iniciativa tem como objetivo orientar e conscientizar sobre a importância do acompanhamento de questões relacionadas à saúde durante a terceira idade, com a intenção de assegurar mais qualidade de vida nesta etapa da vida. No dia do evento, profissionais do hospital irão aferir a pressão arterial dos participantes e realizar testes de glicemia. Também serão promovidas oficinas com as equipes de Nutrição, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. “No Brasil, assim como em outros países, o aumento da expectativa de vida é uma realidade. Frente a isso, nossa intenção é contribuir para melhorar o bem-estar dos idosos e reforçar a importância do envelhecimento com saúde”, ressalta Fátima Sampaio, gerente assistencial multidisciplinar do Hospital Santa Joana Recife. Serviço: Você com Saúde na Maior Idade – Tema: Check-up e Prevenção de Doenças. Data: 31 de agosto, quinta-feira. Hora: 15h. Local: Espaço Fidelidade - Santa Joana Recife Diagnóstico. Rua Dom Bosco, 961 - Boa Vista - Recife. Inscrições gratuitas pelos telefones 3412-2827 ou 3412-2823.

Evento aborda a importância do check-up na prevenção de doenças Read More »

O que fazer diante de uma vítima de parada cardíaca?

Você sabe identificar os sinais de uma parada cardíaca? Sabe fazer as manobras de reanimação (massagem cardíaca) ou usar um Desfibrilador Externo Automático (DEA)? Provavelmente, não. Isso porque, no Brasil, o socorro imediato e emergencial para os casos de parada cardíaca – e mesmo primeiros socorros básicos para acidentes mais comuns - ainda é negligenciado, e pouco difundido. Histórias reais e fatais ajudam a estimular a educação e conscientizar a população leiga sobre a importância do atendimento imediato em situações críticas, como nos casos de uma parada cardíaca. “Há muitos anos a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) faz alertas e campanhas educativas, inclusive com demonstrações públicas sobre a importância do socorro imediato às vítimas com parada cardíaca. Por isso, enfatizamos na nossa campanha – Coração na Batida Certa – as manobras de reanimação e uso do desfibrilador externo. A parada cardíaca e a morte súbita não dão sinais prévios e quem está por perto pode salvar uma vida”, explica a presidente da SOBRAC, a cardiologista Denise Tessariol Hachul. O infarto cardíaco (morte do tecido muscular do coração por falta de circulação sanguínea) é a principal causa de parada cardíaca e morte súbita no mundo ocidental. Outras causas são a insuficiência cardíaca, que pode ter várias origens, a embolia pulmonar e os problemas congênitos ou geneticamente determinados. Se o socorro é realizado de imediato, em muitos casos é possível reverter o quadro e diminuir os riscos de lesão cerebral, geralmente com sequelas irreversíveis. Entre 2001 e 2002, o paulista Gilmar de Oliveira, psicólogo organizacional aposentado, fez três cirurgias cardíacas e implantou um marca-passo definitivo, após dois infartos, aos 37 e 38 anos. Na época, Oliveira estava com a frequência cardíaca extremamente baixa, em torno de 25 batimentos por minuto. Nunca precisou de socorro imediato e nem de reanimação cardíaca. Somente em 2014, como voluntário durante da Copa do Mundo, em São Paulo, é que apendeu as técnicas de reanimação e como usar do Desfibrilador Externo Automático (DEA). “Aprendi os procedimentos e foi então que percebi a importância do treinamento para o público leigo. Embora não tenha feito nenhum atendimento durante a Copa, eu estava pronto para socorrer, se necessário fosse”, explica Oliveira, hoje com 64 anos. A mineira Luciana Alves, também portadora de marca-passo, não chegou a ser socorrida na rua. A primeira vez foi dentro de um hospital, quando estava em avaliação para diagnosticar seus sintomas; a segunda, também em ambiente hospitalar, por causa de uma queda brusca na frequência cardíaca. Aos 28 anos, Luciana sentiu os primeiros sintomas de uma arritmia cardíaca e, em junho de 2012, aos 38 anos, depois de uma internação em UTI, foi diagnosticada com Disfunção do Nó Sinusal (ou seja, disfunção do marca-passo cardíaco natural do coração) e recebeu o implante do dispositivo cardíaco artificial. “Sempre lembro do meu caso e vejo que é extremamente importante saber socorrer alguém de forma rápida e segura. Isso significa reduzir as chances de sequelas e uma infinidade de sofrimentos podem ser evitados. Depois de duas paradas cardíacas e um dispositivo implantado, voltei a realizar atividades normais, a fazer as coisas que sempre fiz e a praticar atividade física. Quando você está preparado para socorrer alguém, possibilita isso aos outros também”, diz Luciana, doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Minas Gerais, fundadora do Blog e-Patient Brazil – Pacemaker Users e presidente do Clube do Marcapasso, organização sem fins lucrativos cuja missão é ajudar pacientes com dispositivos médicos implantáveis. Em seu Blog e redes sociais, Luciana compartilha informações relacionadas à saúde e tecnologia, além de facilitar o contato regional e global entre médicos e pacientes. Geralmente, a parada cardíaca acomete pessoas ativas, que desempenham suas atividades cotidianas normalmente e, de repente, por estresse físico, emocional, ou outra razão, sofrem um mal súbito. E são esses sustos que servem de alerta. A carioca Aline Rocha tem um histórico parecido. Saudável e praticante de ciclismo e montanhismo, fez diversas investigações e tratamentos, até o último recurso, o implante de marca-passo em 2003, aos 30 anos de idade: “Depois de muitas síncopes e arritmias, inclusive fibrilação atrial!”. Aline também teve parada cardíaca dentro do hospital, sem precisar de socorro emergencial em locais públicos. Hoje, mesmo com o marca-passo implantado, sua maior distância em corridas marca 25km de montanha - esforço equivalente à uma maratona. “Fui socorrida por profissionais durante a minha cirurgia para o implante do marca-passo. Digamos que estava segura. Talvez não pudesse contar esta história, nem continuar correndo, caso tivesse uma parada cardíaca na rua ou em um show. Por isso, qualquer cidadão deve ser orientado e treinado para socorrer. Infelizmente, isso não é muito difundido e também não vejo aqui no Rio, por exemplo, desfibriladores portáteis (DEAs) em locais públicos, que deveriam estar disponíveis para aqueles que já sabem fazer a reanimação cardíaca”, relata Aline. Segundo a Presidente da SOBRAC, a maioria das mortes ocorre fora do ambiente hospitalar, sendo que 86% das paradas cardíacas acontecem nos próprios lares das vítimas e 50% são assistidas por um adolescente ou por uma criança, sem nenhum adulto por perto. Considerada de alta incidência, 14% das paradas cardíacas ocorrem em vias públicas ou em lugares de grande concentração de pessoas, como em aeroportos, dentro de aeronaves, shopping centers, estádios desportivos, cadeias públicas. Em todos os casos, o atendimento rápido é fundamental para que se evite a morte súbita ou sequelas decorrentes de uma parada cardíaca não recuperada. Sobre atividade física, a cardiologista lembra ainda que é sempre benéfica, para pessoas de todas as idades, gêneros e etnias. Alguns estudos, no entanto, observam que os exercícios de alta intensidade, quando realizados por longos períodos de tempo, podem aumentar o risco de morte súbita. Em indivíduos com mais de 35 anos, a principal causa de parada cardíaca durante a prática esportiva é a doença arterial coronária (DAC) e, assim como na população em geral, a avaliação deve focar o diagnóstico da DAC. “A divulgação desses depoimentos reais e a realização de ações concretas, dirigidas por sociedades médicas como Campanhas

O que fazer diante de uma vítima de parada cardíaca? Read More »

Saúde bucal: Saiba como prevenir os problemas mais comuns

No Brasil, infelizmente, as pessoas têm o péssimo hábito de ir ao dentista apenas quando surge algum problema bucal aparente ou muita dor. A prova disso é que, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) 2013, 55,6% dos brasileiros não se consultam anualmente. A recomendação dos dentistas é de que as consultas sejam semestrais. Segundo Rosane Menezes Faria, dentista da Caixa Seguradora Odonto, entre os problemas que mais levam pessoas aos consultórios estão a cárie, gengivite, periodontite, retração gengival, bruxismo e mau hálito. “Na maioria das vezes, são tratamentos que não precisariam ser iniciados caso o indivíduo tomasse alguns cuidados simples”, afirma. No entanto, poucos sabem quais seriam tais cuidados. Pensando na questão, a especialista listou algumas práticas que se mostram muito eficazes na prevenção dos problemas bucais já citados. “Vale lembrar que, mesmo com essas precauções, a ida semestral ao dentista com mote preventivo não deve, em hipótese alguma, ser descartada”, pondera. Abaixo, confira as orientações: Cárie Problema dental corriqueiro, a cárie consiste na deterioração dos dentes, causada por bactérias que fermentam os resíduos de alimentos compostos de amido e carboidratos presentes na boca. Segundo a dentista, a higiene bucal correta é a melhor maneira de prevenir a doença. “O consumo elevado de açúcar é preocupante, pois ele está presente em diversos alimentos ‘queridos’ pelo paladar do brasileiro. Por isso, é imprescindível escovar corretamente os dentes após as refeições e usar fio dental, que remove os restos de alimentos e a placa bacteriana nos locais aonde a escova não alcança”. Gengivite e periodontite A gengivite acontece quando a placa bacteriana fica concentrada entre a base do dente e a gengiva, o que irrita o tecido e, consequentemente, provoca inflamação. “O principal sintoma é o inchaço, sensibilidade e sangramento da gengiva durante a escovação e o uso de fio dental”, informa a especialista. Já na periodontite, a inflamação passa a atingir não apenas o tecido gengival, mas também a estrutura óssea que dá suporte aos dentes. Em estágios avançados, pode levar à perda dentária. Assim como no caso da cárie, a recomendação para não contrair os dois distúrbios está em manter uma boa higiene bucal. “Apesar de ser um ato cotidiano, nem todos sabem escovar os dentes corretamente. Na dúvida, procure um especialista para que as devidas orientações sobre o assunto sejam passadas. Além disso, é preciso realizar uma limpeza dentária a cada seis meses, pelo menos”, orienta. Retração gengival Enfermidade que pode acometer até pessoas que têm ótimos hábitos de higiene bucal, a retração gengival consiste no deslocamento da margem da gengiva, fator que desencadeia na exposição da raiz do dente. Rosane, da Caixa Seguradora Odonto, lembra que incômodo, dor e sensibilidade ao ingerir bebidas geladas são os principais sintomas. “O alongamento do dente e a alteração da cor do esmalte, do branco para um tom amarelado, também são fortes sinais do problema, que também pode surgir de forma silenciosa”. Apesar de poder ser causada por fatores genéticos, existem certas práticas que podem auxiliar o indivíduo a precaver a retração gengival. “Opte por escovas com cerdas macias e evite movimentos rápidos e bruscos na hora de escovar os dentes, principalmente nas regiões próximas às gengivas. Também é necessário ter moderação com alimentos e bebidas ácidas, como frutas cítricas, refrigerantes e bebidas alcóolicas, por exemplo”, recomenda. Bruxismo Por definição, chama-se de bruxismo os movimentos involuntários e periódicos (dos dentes), causados por uma pressão anormal sobre as articulações dos maxilares. “O distúrbio decorre da contração rítmica de alguns músculos da face e as consequências mais comuns são o desgaste e sensibilidade dos dentes”, explica a dentista. Ela ainda destaca que o bruxismo é classificado como primário ou secundário. O primário não está relacionado a nenhuma origem médica evidente, clínica ou psiquiátrica. Já o secundário possui o estresse e a ansiedade uma das como principais causas. “Então, neste caso específico, controlar a tensão e as variações de humor é a recomendação”, conta Mau hálito O mau hálito é um incômodo que afeta cerca de 50 milhões de brasileiros, segundo a Associação Brasileira de Halitose (Abha). Essa condição ,quando decorrente de problemas bucais, é causada pelo acúmulo de placa bacteriana ou por doenças periodontais. “Introduzir mais fibras na dieta por meio da ingestão de legumes e frutas, beber muita água, não ficar longos períodos em jejum, não exagerar no consumo de alimentos excessivamente açucarados e de proteínas de origem animal, além da higienização, são algumas práticas que minimizam ou até acabam com o mau hálito”, conclui a dentista.  

Saúde bucal: Saiba como prevenir os problemas mais comuns Read More »

Obesidade: combatendo o mal em família

Tema constante de discussões entre os profissionais da saúde, a obesidade afeta 41% dos homens e 40% das mulheres no país. As crianças também sofrem com o problema: um terço dos brasileiros com idade entre cinco e nove anos estão com o peso acima do recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Independentemente da faixa etária, a obesidade pode trazer consequências muito ruins ao organismo, como: hipertensão, diabetes, problemas cardíacos e na vesícula biliar, insuficiência renal etc. A reeducação alimentar familiar é uma alternativa para quem quer promover a conscientização em casa e ainda encontrar motivação para a própria dieta. Mas, para que a medida funcione e se torne mais simples, é importante ter o apoio de todos.  A nutricionista e coordenadora do Departamento de Nutrição do Hospital San Paolo, Flavia Salvitti explica que os primeiros alimentos que devem ser eliminados são os de “caloria vazia”. "Aqueles que são muito calóricos e nulos em vitaminas, sais minerais e proteínas. Salgadinhos, biscoitos, doces, refrigerantes e bebidas alcoólicas estão entre eles", observa. Aderir às substituições pode ajudar muito no processo de reeducação alimentar. Os biscoitos recheados, por exemplo, podem ser trocados pelos de fibras, por frutas secas ou iogurtes com pedaços de frutas. Substituam os bolos recheados por bolos simples, como de cenoura, fubá e mandioca. As bebidas gaseificadas e alcoólicas podem dar lugar aos sucos naturais, água ou água de coco. A nutricionista destaca que refeições à base de folhas, legumes e carnes magras, longe de frituras ajuda a ter uma vida mais saudável.  Uma dica da Flavia Salvitti é colocar as batatas para serem assadas ou cozidas, e a carne grelhada, sem adição de óleo. Para a nutricionista, mudar os hábitos alimentares é o primeiro passo para uma vida mais saudável. "O equilíbrio entre reeducação alimentar e a prática de atividades físicas certamente resultará na perda de peso. E ainda pode ser um agente de confraternização entre a família, que pode se alimentar e até praticar exercícios unida com mais frequência", avalia.

Obesidade: combatendo o mal em família Read More »

Asma: cuidados, verdades e mitos

Se o seu filho sofre de asma ou qualquer outra doença respiratória, você já deve estar preparada(o) para os dias de chuvas. Frio e umidade, somados a ácaros e fungos em muitos ambientes fechados acabam agravando as crises. Por isso, além dos cuidados básicos com a saúde, é preciso ter muita atenção com a limpeza da casa, que deve ser bem arejada. E é bom lavar aqueles casacos que ficaram guardados por meses antes de usá-los. No caso da asma, é bom reforçar cuidados, verdades e mitos sobre a doença. A doença, geralmente, tem origem genética, sendo mais propensa em crianças que tenham dermatite atópica. Ela é agravada, também, pelos fatores do ambiente aos quais os pequenos são expostos logo na primeira infância, como exposição à fumaça de cigarro e às viroses respiratórias. Apesar de não ter cura, o tratamento é essencial para a não progressão da doença. Veja as principais recomendações do chefe da Emergência Pediátrica do Hospital Esperança Olinda, Igor Colaço, para evitar as crises: · Manter hábitos de higiene para não contrair viroses respiratórias; · Lavar roupas de invernos, roupas de cama e bichos de pelúcia e colocá-los ao sol; · Usar capa antialérgica no colchão e travesseiro; · Evitar o uso de ventiladores que podem levantar poeira; · Manter o filtro do ar-condicionado limpo; · Evitar ambientes fechados, aglomerados e mofados; · Evitar contato com crianças gripadas; · Não trocar brinquedos usados com outras crianças, principalmente, aqueles que vão à boca. Confira alguns mitos e verdades sobre a doença: 1. Asma é mais perigosa em crianças do que em adultos – MITO Existem asmas mais perigosas em crianças e asmas mais perigosas em adultos. A gravidade é individual. Na verdade, crianças pequenas tem risco maior, pois possuem a via aérea de menor calibre e musculatura respiratória mais imatura. 2. Criança com asma pode fazer atividade física – VERDADE Atividade física aumenta a capacidade ventilatória. A única restrição é se a criança estiver em crise, pois precisa de repouso. Mas, se a doença estiver controlada, atividade física é indicada e uma boa aliada. 3. Asmático pode ter animais de estimação – VERDADE, mas depende. Pode ter se a pessoa não for alérgica a esses animais de estimação, ou seja, desde que o componente da asma não seja por alergia ao animal. Quem determina isso é o alergologista. 4. O uso de ar condicionado faz mal – MITO O aparelho não faz mal se estiver com o filtro limpo. Caso o ar fique muito seco, característica que algumas crianças não toleram, deve-se usar uma forma de umidificar o quarto, mas tendo atenção para não contribuir para o mofo. 5. Bombinha faz mal para o coração – MITO Prescrita na dose certa, ela trata o broncoespasmo e salva a vida da criança. O que pode acontecer é dar uma taquicardia como efeito colateral, que é esperado. Mas a própria crise asmática pode acelerar o coração. O asmático deve se isolar – MITO Ao contrário. O asmático deve se inserir ao meio e manter o ambiente adequado para ele. Atenção apenas para não se expor aos ambientes que contenham fatores que levam o paciente à crise. 6. Existe grau de gravidade da doença – VERDADE A asma é classificada em leve, moderada e grave. Existem alguns critérios específicos em literatura que são incluídos na consulta para melhor avaliação e escolha do medicamento adequado. Mas um dos critérios é o grau de obstrução ao fluxo de ar mesmo.

Asma: cuidados, verdades e mitos Read More »

Calendário de vacinação em dia?

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) conclamam a população, os médicos e demais profissionais de saúde a se contraporem ao movimento antivacinas, que surgiu nos países mais desenvolvidos e tem ganhado adeptos no Brasil. Para as duas entidades, a falta injustificada de vacinações pode causar o aumento da morbidade e da mortalidade de crianças, de adolescentes e da população adulta, “consolidando um retrocesso em termos de saúde pública”. As entidades alertam os pais e responsáveis sobre a importância de levarem crianças e adolescentes aos postos de saúde para receberem as doses constantes no calendário vacinal. “Não se vacinar ou impedir que as crianças e os adolescentes o façam pode causar enormes problemas para a saúde pública, como o surgimento de doenças graves ou o retorno de agravos de forma epidêmica, como a poliomielite, o sarampo, a rubéola, entre outros”, cita o documento. O documento foi divulgado durante a realização do 14º Simpósio Brasileiro de Vacinas, evento da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), que se encerrou no sábado (24), em Florianópolis (SC). A presidente da SBP, dra Luciana Rodrigues da Silva, entende que a manifestação das duas entidades expressa o compromisso de ambas com a saúde pública e valoriza a vacinação com um ato fundamental para o bem-estar individual e coletivo. Segundo ela, conforme também é reiterado na nota divulgada, “Vacinar-se e vacinar crianças e adolescentes correspondem a atos de cidadania. Recusar-se a estas práticas pode ser, inclusive, considerado uma ação de negligência”. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a vacinação em massa evita entre 2 milhões a 3 milhões de mortes por ano e é responsável pela erradicação de várias doenças. A OMS argumenta ainda que com vacinação também se reduziu a mortalidade por sarampo em 74%. No Brasil, estão disponibilizados na rede pública 26 tipos de vacinas para crianças e adultos. Graças à cobertura vacinal, iniciada na década de 1970, a varíola foi eliminada no país em 1973; a poliomielite, em 1989; e a transmissão autócnote de sarampo, em 2001. Segundo o Ministério da Saúde, o surto recente de febre amarela tem com uma de suas causas a baixa cobertura vacinal na região onde ocorreram as primeiras mortes, em Minas Gerais. Em 47% dos municípios com recomendação para a vacinação, a cobertura da vacina contra febre amarela era menor do que 50%. De acordo com os especialistas, o crescimento do movimento antivacinal tem levado ao ressurgimento do sarampo na Itália, Espanha, Alemanha e Portugal. Em 2017, das 1,6 mil pessoas que pegaram a doença na Itália, 88% não tinha tomado nenhuma das doses da vacina contra a moléstia. Em 1941, a Espanha registrava 1 mil casos de difteria para cada 100 mil habitantes. Em 1945, foi iniciada campanha de vacinação, o que levou a Espanha a registrar o último caso da doença em 1987. No entanto, ano passado uma criança da Catalunha, cujos pais são adeptos da campanha antivacina, foi diagnosticada com a doença. No Brasil, problemas desse tipo começam a surgir. Em 2011, uma criança paulistana da Vila Madalena não vacinada por opção dos pais contraiu o sarampo e contaminou outras 25. A campanha contra as vacinas tomou corpo com a publicação de um artigo do então médico britânico Andrew Wakefield na revista Science, afirmando que as vacinas provocavam autismo. O médico não conseguiu comprovar suas afirmações, teve o diploma cancelado e o artigo retirado dos anais da revista. Na avaliação do CFM e da SBP, com o advento das redes sociais o surgimento de informações inverídicas tem colocado essa ação preventiva em risco. Por isso, ressaltam: “boatos ou notícias que relacionam a vacina a efeitos colaterais, presença de elementos tóxicos ou nocivos em sua composição, sua ineficácia ou possível substituição por outros métodos não possuem, em geral, base técnica ou científica”. (Maxpress)

Calendário de vacinação em dia? Read More »

Arritmias Cardíacas: 10 informações úteis

No Brasil, 40 milhões de pessoas têm algum tipo de Arritmia Cardíaca. Estima‐se que até 20% da população seja acometida pela doença. Em 2009, em um levantamento realizado pela SOBRAC (Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas), em parceria com o Ministério da Saúde e com o DECA (Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial), foi apontada a ocorrência de mais de 320 mil mortes súbitas por ano em decorrência de arritmias cardíacas. Do total de mortes súbitas em decorrência de problemas cardiovasculares, estima-se que 80 a 90% são provenientes de algum tipo de arritmia cardíaca. Ainda assim, mesmo sendo tão prevalente, há muita desinformação a respeito da doença. A hereditariedade e outros fatores de risco merecem atenção de especialistas e, por isso, a consulta periódica com um cardiologista é fundamental. Mas, afinal, o que é uma arritmia cardíaca? Quais são os sintomas? Quais os tipos mais prevalentes? Qual o tratamento? Como prevenir? Visando informar corretamente sobre arritmias cardíacas e morte súbita, a SOBRAC listou 10 informações que você precisa saber para que seu coração bata no ritmo certo. Confira: 1. O que é arritmia cardíaca? R: Arritmia cardíaca é uma alteração que ocorre na formação ou na condução do estímulo elétrico do coração, as quais podem provocar modificações do ritmo cardíaco. As arritmias podem ser benignas e malignas. Indivíduos que apresentam problemas no músculo cardíaco, como infarto, cicatrizes de inflamações, doença nas artérias coronárias e insuficiência cardíaca, estão no grupo de maior risco. As arritmias em corações estruturalmente normais geralmente são benignas, embora haja exceções. 2. Como ocorre o batimento cardíaco? O coração é uma bomba formada por 4 cavidades: duas do lado direito e duas do lado esquerdo (os átrios e os ventrículos). Sua função é impulsionar o sangue que vem das veias para os pulmões e o sangue rico em oxigênio, que vem dos pulmões, para todos os nossos órgãos. Um sistema elétrico é responsável pela contração muscular no ritmo certo e pela sincronização dos batimentos das 4 câmaras do coração. Esse sistema elétrico é formado por um conjunto de células que geram o estímulo elétrico espontaneamente, denominado nó sinoatrial ou nó sinusal e por uma rede de nervos que espalha o estímulo pelo músculo todo. 3. Qual é o ritmo cardíaco adequado? R: O ritmo cardíaco adequado é ritmo regular, compassado. A frequência dos batimentos cardíacos depende da atividade que o indivíduo está realizando (repouso ou em exercício) e é medida pelo número de contrações do coração por uma unidade de tempo, geralmente por minuto. Por isso é expressa em BPM (batimentos por minuto). A frequência cardíaca pode variar muito, mas normalmente situa-se entre 60 bpm e 100 bpm num indivíduo em repouso ou atividades habituais. Para um indivíduo adulto em repouso, uma frequência cardíaca de 100 bpm, persistentemente, pode ser considerada alta. Em algumas situações, como durante exercícios físicos de alta intensidade, estes batimentos podem atingir até mesmo 180 bpm. Por outro lado, quando dormimos ou estamos em repouso, a frequência pode ficar abaixo dos 60 bpm e isso é considerado normal. 4. Quais são os tipos de arritmias cardíacas? R: Existem vários tipos de arritmias, mas as mais comuns são a taquicardia, quando o coração bate rápido e a bradicardia, quando as batidas são muito lentas. Existem também os batimentos fora de compasso, que se manifestam com pulsação irregular, como as extra-sístoles e a fibrilação atrial. 5. O que é a Morte Súbita Cardíaca? R: A morte súbita cardíaca é a morte inesperada, instantânea, causada pela perda da função de bombeamento do músculo cardíaco. A falta de função de bombeamento, na grande maioria, é causada por arritmias originadas nos ventrículos (fibrilação ventricular). A causa mais frequente de arritmias ventriculares na população em geral é o Infarto do Miocárdio. 6. Quem está sujeito às arritmias cardíacas e à morte súbita? R: Qualquer pessoa pode ter arritmia cardíaca, independentemente de faixa etária, gênero ou condição socioeconômica. As arritmias cardíacas podem acometer recém-nascidos, jovens supostamente saudáveis e esportistas. Mas são mais frequentes em pessoas portadoras de doenças do músculo cardíaco ou doenças hereditárias do sistema elétrico e também em idosos. 7. Quais os sintomas de uma arritmia cardíaca? R: Os principais sintomas das arritmias cardíacas são palpitações, batedeira no peito, sensação de batimentos rápidos, lentos, irregulares, às vezes cansaço de início recente e desproporcional ao grau de esforço realizado, tonteiras, desmaios, fraqueza, desconforto no peito. 8. Como é feito o diagnóstico de uma arritmia cardíaca? R: Quando uma pessoa percebe que seu coração está batendo de forma inadequada, deve procurar um cardiologista para avaliação clínica. O médico fará a anamnese, levantará dados da história familiar, realizará um exame clínico detalhado e um eletrocardiograma. A partir de então, outros testes são solicitados dependendo da necessidade de cada paciente, tais como: Ecocardiograma, Holter de 24h, Teste Ergométrico, Monitor de Eventos, Ressonância Magnética do Coração e Estudo Eletrofisiológico Intracardíaco. 9. Qual tratamento de uma arritmia cardíaca? R: Quem determinará o tratamento adequado é o médico especialista em arritmias (o Arritmologista ou Eletrofisiologista). Os tratamentos podem ser medicamentosos, por Ablação por Cateter (cauterização dos focos das arritmias) ou ainda pode ser necessário o uso de Dispositivos Cardíacos Eletrônicos Implantáveis (DCEI), tais como Marca-passo (MP), Cadioversor-Desfibrilador (CDI) ou Ressincronizador. 10. Como prevenir as arritmias cardíacas e a morte súbita? R: Para prevenir as arritmias cardíacas, assim como as demais doenças, é preciso ter hábitos saudáveis, alimentação saudável, não se exceder no consumo de bebidas alcoólicas, energéticos, não usar tabaco, tratar diabetes e evitar obesidade. Também é importante dar atenção à saúde emocional, evitando o estresse. Toda atividade física e/ou esportiva moderada traz benefícios à saúde, mas antes de iniciá-la, deve-se procurar um médico para avaliação clínica e orientação adequada. Por fim, visitas regulares a um cardiologista, pelo menos uma vez por ano, são fundamentais. Preste atenção nos sinais do seu coração, como pulsações irregulares, batimentos intensos, rápidos, cansaço demasiado e sem motivo aparente, tonturas e desmaios.

Arritmias Cardíacas: 10 informações úteis Read More »

Cuidado com os fogos no São João

Atenção responsáveis de plantão! A época dos fogos e fogueiras chegou e com ela aumenta o risco de queimaduras. Para garantir uma diversão tranquila durante as festas juninas, as crianças precisam ter a brincadeira com fogos sempre supervisionada por um adulto. O cirurgião plástico Marcelo Borges, coordenador do SOS Queimaduras e Feridas do Hospital São Marcos, alerta que não há fogos inocentes: “todos são prejudiciais à integridade física e merecem atenção redobrada, sobretudo quando manuseados por crianças”. O médico lembra que até o traque de massa, aparentemente inofensivo, pode causar acidentes, pois é difícil a criança manusear apenas um traque de massa. “Quando há um somatório da carga de pólvora, esses fogos se tornam tão perigosos quanto bombas ou rojões”, explica. Para evitar acidentes, o cuidado inicia na compra dos fogos. É preciso observar a data de validade e a condição de armazenamento, bem como não utilizar materiais de fabricação caseira. Na hora de soltar os fogos, eles devem ser segurados com as mãos e disparados ao ar livre, longe de árvores e da rede elétrica. Também é importante não tentar acender os fogos que falharem e não apontá-los na direção de outras pessoas. E o cuidado não se resume apenas à noite de festa. No dia seguinte, as cinzas que restaram da fogueira ainda podem causar queimaduras. Remova-as com atenção e longe das crianças. Mas se mesmo com todos os cuidados ocorrer queimadura, deve-se lavar imediatamente o local com água corrente. “Não utilize gelo, pois queima tanto quanto o calor”, reforça. Também não é indicado utilizar sabão, manteiga, pomada ou qualquer outro produto sem orientação médica, pois pode agravar o ferimento. “Oriente criança a não tocar a área queimada e procure atendimento médico o quanto antes para que o profissional possa avaliar o quadro e determinar o tratamento correto”, diz o cirurgião.  

Cuidado com os fogos no São João Read More »

Já levou seu filho ao oftalmo?

Poucos pais atentam para a necessidade de levar seus filhos ao oftalmologista, por desconhecerem a importância desse cuidado. Levantamento do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) mostra que 70% das causas de cegueira e problemas relacionados à visão infantil poderiam ser evitados se as medidas preventivas tivessem sido realizadas desde o seu nascimento. De acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, o primeiro exame que precisa ser realizado com o recém-nascido para avaliar a saúde visual é o teste do olhinho. Em 2010, por meio de um projeto de lei, o exame tornou-se obrigatório no Estado e deve ser feito nos primeiros 15 dias de vida, antes da mãe receber alta do hospital, com uma pediatra ou mesmo um oftalmologista. É possível diagnosticar doenças adquiridas antes do nascimento ou posteriormente no primeiro mês, como glaucoma, cataratas, tumores e alterações na retina. O exame é rápido e pode ser realizado com um aparelho chamado oftalmoscópio, no qual, o oftalmologista visualiza o reflexo vermelho do fundo do olho, ou seja, a retina. Caso o diagnóstico aponte alguma anormalidade, como a ausência do reflexo vermelho ou a pupila branca são realizados exames mais aprofundados para avaliar a necessidade de cirurgia. Foi por meio desse teste, que Karla Roque, gerente de relacionamento de uma unidade médica, descobriu que seu filho Kauã, com 3 meses de vida, tinha catarata congênita. “O médico precisou fazer a cirurgia de facectomia nos dois olhos dele – retirada da catarata - que impedia a passagem da luz com colocação de lentes intraoculares e posteriormente os óculos para corrigir a visão”, conta Karla. Atualmente, ela leva Kauã, que está com 4 anos, a cada três meses ao oftalmologista para avaliar a situação do grau. Segundo Fábio Casanova, diretor do Memorial Oftalmo, uma das formas que os pais podem detectar se existe algum problema é tirar uma fotografia da criança com flash. “Se os olhos aparecerem brancos é um dos sinais mais comuns que precisam ser observados o quanto antes, para que possa ser tratado com urgência, pois doenças com esse sintoma podem levar à cegueira”, alerta o médico. Mesmo quando o bebê não apresenta de imediato problemas de visão, a criança deve realizar exames periódicos aos longo dos anos. O teste de acuidade visual (AV), por exemplo, mede o quanto a criança enxerga, é realizado por meio de letras ou desenhos projetados na parede para que ela identifique o que está sendo mostrado. Também é importante verificar, novamente, a análise do fundo do olho, pesquisa de estrabismo que testa a movimentação dos olhos, o teste de visão de cores e até mesmo o grau. Até aproximadamente uns 6 meses, é normal a criança aparentar ter estrabismo, devido à incapacidade de fixação dos olhos. Mas caso se perpetue além dessa idade é necessário levá-la ao médico. O recomendado nessa fase é que a criança faça a consulta com o oftalmologista pediatra, pelo menos, a cada seis meses. Por Paulo Ricardo   Veja também : Os cuidados com a visão na primeira fase da vida Quatro dicas para prevenir problemas nos olhos Quais são os problemas oculares em criança      

Já levou seu filho ao oftalmo? Read More »