Arquivos Saúde - Página 50 De 52 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Saúde: grupos de corrida tomam as ruas do Recife

Basta estar na rua para perceber que sempre há alguém fazendo caminhada ou corrida. Diferentemente de outros esportes, um tênis confortável é o único requisito necessário para o início da atividade. Por isso, correr se tornou uma prática barata, simples e de fácil acesso para quem deseja começar alguma atividade física. Para que o exercício tivesse um ganho no número de praticantes e se tornasse, além tudo, algo agradável de se fazer, surgiram os grupos de corrida. Além de manter a saúde, esses corredores, de quebra, também se beneficiam com o aumento do convívio social. Criado inicialmente com o propósito de unir amigos para a realização do esporte, a Associação dos Corredores da Jaqueira (Acorja) é um dos maiores grupos de corrida do Estado - hoje possui mais de 200 integrantes. O bancário Luiz Holanda, conhecido no grupo como Lula, de 62 anos, é o fundador da associação, que existe desde 2005. Um ano antes, contudo, ele começou a dar os primeiros passos na atividade. "Comecei a correr já com 50 anos. Eu era superintendente de uma grande empresa, mas fui convidado a deixar o emprego. Essa perda complicou muito minha saúde. Como moro perto do Parque da Jaqueira (na Zona Norte do Recife), dei os primeiros "trotes" lá. O tempo passou e isso me motivou a entrar no mundo da corrida", relembra. Os treinamentos seguiram e ele foi conhecendo mais pessoas que ansiavam por uma unidade e organização melhor. Até que, em fevereiro de 2005, Lula decidiu oficializar a ideia. Ele idealizou uma logomarca, além da confecção de camisas para identificação do grupo. A partir de experiências do fundador em maratonas, o funcionamento do Acorja foi sendo alterado. "Nós nos tornamos um grupo focado em grandes distâncias", revela. Por isso, os novos membros são indicados a realizarem uma espécie de "aclimatação" ao esporte. Eles são direcionados a treinamentos mais leves para, após alguns meses, estarem aptos aos treinos com os mais experientes. "Temos que ser muito transparentes com as pessoas. Quando chega um iniciante, indico que ele faça uma assessoria. A pessoa que começa tem que caminhar, trotar, e nós não fazemos esse trabalho de base", explica. Por meio do esporte, barreiras que parecem intransponíveis são colocadas ao chão. Para Anderson Holanda, filho do fundador da Acorja, o início no esporte e no grupo foi para lidar com a depressão. "Comecei a correr no final de 2013, porque desde 2008 estava depressivo e tive que lidar com isso durante um tempo. Busquei fazer alguma coisa para me sentir mais ativo", conta. "Fui evoluindo, e me bateu a ideia de fazer um treino com o pessoal da Acorja. Coloquei em mente que tinha de fazer 10km para poder correr com eles. Em 2014, no aniversário do meu pai, foi a primeira vez que fiz essa distância", relembra. Para o educador físico Nuno Trigueiro, fundador e coordenador do grupo Nunage Running, a corrida se transforma num estilo de vida à medida em que seus alunos vão participando dos treinos. Há três anos, os atletas se encontram duas vezes por semana no Terceiro Jardim, em Boa Viagem (Zona Sul do Recife); além de treinarem, também, todos os sábados em diferentes locais da cidade. "Só tem um dia de folga para meus alunos: são três corridas semanais e três dias de exercícios complementares para condicionar o corpo para os treinos", detalha o educador físico de 43 anos. "Hoje, estamos com cerca de 100 matriculados. A maioria das pessoas que corre no grupo mudou seu estilo de vida. Elas começam a se alimentar melhor, beber menos, optar por hábitos mais saudáveis. Tenho um aluno que perdeu 14 quilos em menos de um ano", completa. Além dos treinos no Recife, o grupo Nunage Running gosta de diversificar os locais de corridas. Só este ano, os atletas praticaram o esporte nas ruas de Santiago, no Chile, e de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. O próximo destino é São Paulo. "Muitos casais treinam juntos, viajam conosco... Tem gente de todas as idades, mas a média é de 35 a 45 anos, de iniciantes a maratonistas", comenta Nuno Trigueiro. O início do esporte, entretanto, pode ser complicado, principalmente se o indivíduo levar uma vida sedentária. É necessário que, antes de tudo, fazer exames de check up para realizar treinos adequados ao seu estado de saúde. Os iniciantes devem começar com caminhadas aliadas a exercícios de alongamento e quecimento, que, posteriormente, evoluem para trotes para, enfim, a corrida propriamente dita. Estima-se que são necessários três meses de treinos, aliados a uma boa alimentação, para que o praticante consiga correr 15km. Dentre os benefícios para o corpo, estão a melhora da capacidade pulmonar e cardiovascular, a diminuição da pressão sanguínea, o auxílio na redução da osteoporose - doença que acomete os ossos -, além da melhora nos níveis de colesterol e ajuda no emagrecimento. A mente também ganha com o esporte: a corrida ajuda a aumentar a autoestima e promove uma descarga de adrenalina e hormônios, como a endorfina, que ajudam na manutenção do bem estar.

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Tapioca: para comer sem culpa

Com um cheirinho de comida regional do Nordeste e indicada pelos nutricionistas, a tapioca virou o prato da moda para quem está na luta contra a balança. Com a entrada dela na dieta, quem vai perdendo espaço nas refeições dos pernambucanos é o pãozinho. No entanto, as vantagens do alimento vão além do emagrecimento. De acordo com a nutricionista do Hospital Jayme da Fonte, Stella Bezerra, a tapioca é uma fonte de carboidrato natural, que apresenta baixo teor de sódio e gordura, além de ser isento de glúten. Logo, é um alimento indicado para os celíacos. A facilidade no preparo e o preço reduzido dos seus ingredientes são alguns dos atrativos que tem feito mais pessoas incluírem o prato em sua dieta. Além de ser bem saboroso. “A tapioca pode ajudar no emagrecimento por se tratar de um alimento de baixa caloria, uma porção de 50g fornece cerca de 70kcal. É importante ressaltar que não é a tapioca exclusivamente que promove a redução do peso, deve-se procurar um nutricionista para realizar o planejamento alimentar”, alerta a especialista. Para ficar em forma, o funcionário público José Gomes, 28 anos, fez a troca do pão pela tapioca no café da manhã e no jantar. Morando sozinho, ele aliou a praticidade com a batalha contra a balança. “Em dois meses perdi cinco quilos. Estou na academia também, mas acredito que uma grande parcela disso veio da alimentação”, afirma. A indicação dessa adaptação na sua dieta partiu da sua mãe, que já substituiu o pão francês pelo quitute nordestino há mais tempo. Mas ele lembra que na sua academia, mais pessoas têm seguido essa orientação, até para abandonar o glúten. “A substituição do pãozinho não foi tão difícil. Acho a tapioca muito gostosa. E não enjoa porque tem a opção de ter recheios diferentes. Por mim não volto atrás, estou me sentindo muito melhor”, afirma José Gomes. Mas, para aliar a tapioca à perda do peso, é importante ter atenção à escolha dos recheios. Com o surgimento das tapiocarias, uma série de ingredientes passaram rechear a tradicional merenda, como doce de leite, brigadeiro, catupiry, bacon. Um dos acompanhamentos mais típicos do prato que é contraindicado para o emagrecimento é o coco. “Apesar de ser natural, o coco é um alimento rico em gordura. Cotém um óleo que é bastante calórico. Quem não quer ganhar quilos a mais, é interessante retirá-lo. Esse recheio também não é indicado para pessoas diabéticas e com pressão alta, pois eleva o índice de gorduras no sangue”, orienta  a nutricionista do Memorial Jaboatão, Hilda Karla. “É interessante fazer tapioca com chia, que é uma semente rica em fibra, além do queijo branco”, sugere. Stella Bezerra faz ainda outras indicações sobre o recheio para tornar o prato mais nutritivo.  “Ao tratamos da tapioca, estamos abordando um alimento pobre em fibras e proteínas, e de elevado índice glicêmico. Portanto, o recheio ideal é aquele que melhore essas características, sendo aconselhado uma fonte de proteína: ovo, queijos, carnes ou frango e evitar a adição de gorduras. Outra dica é a utilização de fibras no preparo da massa, acrescentando linhaça, chia, farelo de aveia, entre outros”, afirma. Quem está antenado com a alimentação saudável deve se preocupar também com o preparo. Hilda Karla orienta que o ideal é que a tapioca seja feita em casa ou, caso consumida fora do lar, que seja um lugar em que se conheça a procedência. Pelas suas qualidades, a tapioca passou a ser oferecida em lanchonetes de academias e em restaurantes de comida saudável. É o caso do Mr. Fit, que serve o quitute em forma de wrap. A proprietária Fabíola Fraga afirma que o prato tem uma grande procura entre seus clientes. “A única diferença da tapioca tradicional é o formato que usamos, que é de wrap. Servimos doces e salgados e os consumidores têm a opção de recheios que incluem uma proteína, dois energéticos, semente e molho”, afirma. A maioria dos clientes faz a opção pelo prato salgado, pois buscam substituir a refeição e não uma sobremesa. De acordo com Fabíola, além da própria tapioca proporcionar saciedade, a inclusão de uma semente na massa (que é uma das opções oferecidas pelo restaurante) contribui ainda mais para não haver a sensação de fome. Dos recheios oferecidos, o único que não é "fit" é o leite condensado. As nutricionistas indicam que a ingestão de tapioca pode ser realizada ao longo do dia. Ela pode ser consumida no café da manhã, jantar ou lanches. Para os adeptos das academias ou aos praticantes de atividade física de modo geral, o prato pode ser consumido após os treinos, favorecendo a hipertrofia (o aumento do volume dos músculos decorrentes de estímulos gerados pelo exercício físico). É preciso, no entanto ter algumas cautelas. “É aconselhado incluir tapioca na dieta, mas que não seja consumida de forma excessiva, uma alimentação saudável deve ser baseada em variedade e equilíbrio”, destaca Stella. Outra precaução é com pessoas com diabetes. O prato é fonte de carboidrato de alto índice glicêmico (o açúcar presente no alimento é rapidamente liberado na corrente sanguínea). Por isso, é recomendado o consumo da tapioca associada a fontes de fibras e proteínas, que irão retardar a absorção do açúcar. Na moda, gostosa, saudável e prática, a tapioca vai ganhando ainda mais espaço na mesa dos pernambucanos. Seja  em casa, na academia ou na alimentação fora do lar.Com um cheirinho de comida regional do Nordeste e indicada pelos nutricionistas, a tapioca virou o prato da moda para quem está na luta contra a balança. Com a entrada dela na dieta, quem vai perdendo espaço nas refeições dos pernambucanos é o pãozinho. No entanto, as vantagens do alimento vão além do emagrecimento. De acordo com a nutricionista do Hospital Jayme da Fonte, Stella Bezerra, a tapioca é uma fonte de carboidrato natural, que apresenta baixo teor de sódio e gordura, além de ser isento de glúten. Logo, é um alimento indicado para os celíacos. A facilidade no preparo e o preço reduzido dos seus

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Discalculia ainda é desconhecida

“Eu não consigo aprender a somar. Por que os meus amigos entendem como fazer essa equação matemática e eu não?”. Para alguns, essas são apenas algumas desculpas de quem não quer estudar ou tem preguiça. O que muitos não sabem é que existe um distúrbio chamado “Discalculia”, originário de uma má formação neurológica, onde o seu portador tem bastante dificuldade em compreender a principal disciplina dos cálculos e seus conceitos. Segundo o livro “Dificuldades de Aprendizagem – um olhar psicopedagógico”, das autoras Daniela Leal e Makeliny Nogueira, cerca de 5% da população escolar brasileira tem esse transtorno. “A discalculia prejudica não só o rendimento na escola, mas, também, na resolução de problemas do dia a dia”, comenta a especialista na área de educação especial e inclusiva da Tutores Educação Multidisciplinar, Adelaide Sampaio. Os primeiros sinais da alteração neurológica podem ser identificados desde o começo das atividades escolares. “A partir da pré-escola, é possível observar quando o aluno tem dificuldades em compreender os sinais de ‘igual’ e ‘diferente’, mas apenas com a introdução dos números matemáticos mais específicos é que o problema pode ser de fato, diagnosticado”, explicou Sampaio. Assim, ao ser notada a presença de dificuldades com a disciplina dos numerais, a escola deve alertar aos pais do aluno para que os mesmos possam procurar um psicopedagogo ou neurologista. Durante a consulta, o profissional irá escolher entre testes como a Escala de Weshler de inteligência para crianças, de desempenho escolar ou baterias específicas de avaliação de habilidades matemáticas para conseguir detectar o distúrbio. Segundo o neurologista Lucas Alves, o diagnóstico é feito com apenas um dos testes. “Geralmente, usamos apenas um. Porém, quando há dúvidas, aplicamos outro exame para alcançar o laudo exato. O resultado sai na hora”, explica. É apenas após essa avaliação que será possível detectar qual o tipo de discalculia (verbal, gráfica, operacional, practognóstica e ideognóstica), assim como a melhor forma de tratamento. Além da intervenção, feita através de exercícios práticos de leituras e de interpretação dos números que devem ser exercitados tanto no consultório, como em casa, o aluno precisará de todo o apoio dos pais, amigos e da escola. Esses serão os responsáveis por valorizar a autoestima do estudante. Assim, o melhor caminho para a adaptação à discalculia está na busca por sempre mantê-lo motivado, “evitando a ocorrência de correções constantes e não o forçar a realizar tarefas quando o mesmo estiver nervoso por não conseguir fazer algo”, complementa Adelaide Sampaio. Apesar de não possuir cura, quanto mais cedo for descoberto o distúrbio e iniciado o tratamento, maiores são as chances de “aumento” da qualidade de vida do portador de discalculia. “A maior parte dos casos possui tratamento, o que possibilita uma melhora no desenvolvimento do jovem, com probabilidades de atingir um maior rendimento profissional e pessoal”, explica Lucas Alves. De acordo com o médico, os primeiros sinais de melhora já podem ser observados a partir da segunda semana de intervenção. Formas de trabalhar a discalculia Pode ser feito através do uso de simulação de situação problema, onde haverá a necessidade de construção de estruturas de classificação, seriação, partição, correspondências e grupos. Além disso, há algumas brincadeiras e jogos que também são utilizados como: Palitos: Uso de 16 palitos formando cinco quadrados. O objetivo do jogo é movimentar quatro palitos, originando três quadrados. Somar 15: Tabuleiro retangular numerado de 1 a 9 com seis fichas, onde apenas três são usadas. Tangram: Composto por sete peças (5 triângulos, 1 quadrado 1 paralelogramo) que juntos terão que formar um quadrado. Diversas combinações são permitidas. Intersecção: O jogo é formado por três circunferências entrelaçadas com fichas numeradas de 1 a 6. Nesse momento, o aluno deve colocar na intersecção os numerais que somem o mesmo valor. Portas com barreiras: O objetivo é percorrer todas as portas, começando por alguma ímpar, atravessando cada cômodo apenas uma vez.

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Número de doação efetiva de órgãos cai no Estado

Paloma Félix tinha apenas 20 anos quando começou a sentir fortes dores abdominais. Passou seis meses internada até ser diagnosticada com a Síndrome de Budd-Chiari, causadora de obstrução de veias do sistema de drenagem do fígado. Depois do reconhecimento da doença, o ultimato: ela precisaria de um novo órgão para sobreviver. Esperou mais cinco meses. Aos 21, foi submetida ao transplante de fígado. Hoje, oito anos depois, sente-se bem e se diz grata pela segunda chance que recebeu de uma família que disse sim à doação de órgãos. "Sou feliz novamente", conta. Assim como ela, este ano, 710 pessoas já foram contempladas pela doação de órgãos e tecidos em Pernambuco. Mas, na lista de espera, cerca de 1.200 pacientes ainda aguardam a sua vez. De acordo com dados da Central de Transplantes do Estado, o órgão com mais esperas, atualmente, é o rim (810), seguido de córnea (309) e fígado (70). No País, dados da Associação Brasileira de Órgãos e Transplantes (ABTO) apontam que a lista ultrapassou o marco de 30 mil pessoas. De acordo com a ABTO, Pernambuco está em primeiro lugar entre os Estados do Norte e Nordeste nos procedimentos de rim, coração, pâncreas e medula óssea, quando analisados os dados de janeiro a março de 2016. A associação alertou, no entanto, para a diminuição nas taxas de doadores efetivos, com queda de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado, e de efetivação da doação, que também caiu 4,8%. Os dados são preocupantes e, segundo a ABTO, se não forem revertidos, podem comprometer o trabalho dos últimos anos e consequentemente aumentar a mortalidade por doenças que podem ser salvas pelo transplante. O maior obstáculo enfrentado no processo de doação está na negativa de 44% das famílias de pacientes. Em Pernambuco, os números chegam a 39%. Muitas vezes, por falta de informação, parentes não aceitam a morte do ente querido e acabam negando a transferência dos seus órgãos para outras pessoas. “O fato da conversa em vida nunca ter acontecido entre a família é um impedidor bastante comum no processo. É preciso que se discuta sobre o assunto em casa para que cada vez mais pessoas sejam salvas”, afirmou o coordenador da Unidade Geral de Transplantes do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Amaro Medeiros de Andrade. O programa nacional de transplantes é controlado e monitorado pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), vinculado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Nos Estados, são as centrais de transplante que regulam a lista dos receptores, além de receber notificações de potenciais doadores com diagnóstico de morte encefálica e alocarem os órgãos baseadas na fila única, estadual ou regional. Em Pernambuco, a CTPE coordena 20 comissões intra-hospitalares de doação de órgãos, tecidos e transplantes (CIHDOTTs) sediadas em unidades de saúde do Recife e do interior. Há também quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs) nos hospitais Imip, Real Hospital Português (RHP), Santa Efigênia (Caruaru) e Dom Malan (Petrolina). ESCOLAS A gerente do SUS no RHP, Luciene Melo, defende que a conscientização sobre a doação de órgãos deve começar desde cedo, nas escolas. “As campanhas de sensibilização das famílias devem acontecer continuamente. É um trabalho de formiguinha que, se parar, perde a força”, explicou. “Toda conscientização tem que começar pela escola, de maneira lúdica. E também no local de trabalho. A discussão do tema deve atingir todas as faixas; crianças, jovens, adultos e idosos. As pessoas têm que entender a importância do ato de doar órgãos”, enfatizou Luciene Melo. A boa notícia, em Pernambuco, vem do município de Petrolina, no Sertão. Segundo o chefe da Unidade de Transplantes de Fígado (UTF), Cláudio Lacerda, nos últimos dois anos, o local se consolidou como um polo importante de captação de órgãos e tecidos. "A equipe de procura de órgãos da cidade é extremamente comprometida e vem tendo um desempenho excelente. Cerca de 30% dos doadores que estamos utilizando nos nossos transplantes são captados lá", ressaltou o médico. Coordenada por ele, a UTF atua no Hospital Jayme da Fonte, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc) e no Imip. Em julho, o Jayme da Fonte comemorou o marco de 800 cirurgias, do total de 1.040 realizadas pela UTF, consagrando-se o segundo maior programa particular de transplante de fígado do País. “Hoje, mais de 80% dos transplantes são realizados com sucesso. Após se recuperar da cirurgia, a pessoa volta a ter uma vida saudável e é reintegrada na sociedade”, explicou o médico Amaro Medeiro. “Quem nega a doação de órgãos precisa imaginar que um dia pode também estar do outro lado, à espera de um órgãos para sobreviver ou para que um ente sobreviva. Qualquer um de nós pode, a qualquer momento, passar a precisar de um transplante. Doar órgãos é um ato de amor sublime”.

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Um terço desconfia dos transgênicos

O consumo de transgênicos foi alvo de uma pesquisa inédita realizada pelo IBOPE Conecta e encomendado pelo Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB). A grande constatação do levantamento é que os brasileiros ainda tem poucas informações sobre a relação entre a produção de alimentos com a aplicação de conhecimento científico no agronegócio. Apesar disso, 80% dos brasileiros afirmaram já saber o que são transgênicos. O estudo identificou que apenas 23% das pessoas acreditam que o conhecimento científico auxilia na produção de alimentos. Para 44% dos entrevistados, esses alimentos ainda foram pouco testados, 33% acreditam que eles fazem mal a saúde e para 30% eles causam reações alérgicas. Entre as características positivas dos transgênicos apontadas pelos entrevistados estão a resistência a pragas (que foi lembrada por 77% da amostra) e o aumento de produção (citado por 73% das pessoas). O estudo relevou ainda que 61% atribuiu a essas plantas uma maior durabilidade, uma característica que ela não teria. Nenhum dos participantes enumerou corretamente quais são as culturas geneticamente modificadas disponíveis no Brasil. Soja e milho são os alimentos mais citados. A resposta correta, soja, milho e algodão, é mencionada por apenas 11% dos entrevistados, mas eles também acrescentam outros produtos na lista, como trigo e tomate, que não possuem versões geneticamente modificadas no mercado. A maioria (73%) dos entrevistados afirmou já ter consumido algum alimento transgênico. Dos 27% que disseram que não consomem ou não sabem, 59% se mostrou aberto ao consumo desse tipo de alimento. Em contraste ao pouco conhecimento das tecnologias aplicadas à produção de alimentos e as suas desconfianças, os brasileiros associam os avanços da ciência na contribuição da cura de doenças (84%) e entendem a sua relevância para o desenvolvimento de novos medicamentos. A pesquisa foi realizada pela plataforma Conecta do IBOPE Inteligência e teve como amostragem 2011 homens e mulheres a partir de 18 anos, das classes A, B e C, de todas as regiões do país, que não trabalham com biotecnologia ou em áreas correlatas. (Por Rafael Dantas, com informações do Ibope Conecta)

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Mitos e verdades sobre o colesterol

No Dia Nacional de Combate ao Colesterol, 8 de agosto, dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) revelam que cerca de 17 milhões de pessoas morrem em todo o mundo devido às doenças do coração. No Brasil, estimativas mostram que cerca de 40% da população tem colesterol alto e, consequentemente, estão mais suscetíveis a enfrentar problemas cardíacos. Atingindo grande parcela dos brasileiros, muitos mitos acabam sendo criados em torno do tema, o que prejudica fortemente o combate. Para Jeffer Luiz de Morais, cardiologista do Hospital Santa Catarina, “os problemas ocasionados pelo colesterol alto, assim como a falta de conhecimento sobre os alimentos mais prejudiciais à saúde do coração, aliado a falta de acompanhamento médico para casos mais preocupantes, mostra que muitas pessoas desconhecem as consequências que a doença pode trazer”. O cardiologista esclarece seis mitos (e verdades) sobre o colesterol que é responsável, também, por infartos, derrames e mortes súbitas.   Manter o colesterol bom (HDL) alto é bom para a saúde? Em partes. Embora seja melhor manter o colesterol bom – HDL, estudo da Universidade de Cambridge revela que, em algumas pessoas, pode potencializar o risco de doenças cardíacas. É vital analisar caso a caso para verificar quais são os melhores tratamentos para cada pessoa;   Realizar exercícios físicos auxilia no controle das taxas de colesterol? Verdade. Praticar atividade física ajuda a combater à obesidade e aumenta os níveis do ‘colesterol bom’;   Alguns sintomas são percebidos quando o nível de colesterol ruim aumenta no organismo? Mito. O colesterol é uma doença silenciosa, já que não demonstra qualquer sintoma. A única forma de medir o nível é realizando uma dosagem no sangue, que pode ser feita em muitas clínicas, farmácias ou hospitais; Os riscos de infarto são apenas a partir dos 30 anos de idade? Mito. Apesar de a maioria dos casos acontecerem nesta faixa etária, há riscos de ter um infarto em todas as idades. Para os casos hereditários, em que os filhos herdam  o gene que aumenta o colesterol, a situação é ainda mais preocupante. Fique atento; Consumir ovo potencializa os riscos de aumentar o colesterol? Em partes. Embora seja disseminado que o ovo é um vilão, estudo realizado pela Escola de Saúde Pública de Harvard (EUA), revela que consumir até sete ovos por semana pouco altera as taxas de  colesterol. “O ovo contém vitaminas do complexo B e minerais como zinco, selênio, fósforo e ferro, mas deve, sempre, ser consumido com moderação”, acrescenta Regina Carrijo, coordenadora de nutrição do Hospital Santa Catarina; Medicamentos são a única forma de combater o colesterol? Mito. Equilibrar a alimentação com mais frutas, cereais integrais, vegetais, nozes e legumes pode ser um importante remédio natural para os casos mais amenos da doença. Todavia, vale destacar que cada pessoa deve ser analisada de forma individual. Consultar o médico é sempre a melhor alternativa.

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Governo cria grupo de trabalho para elaborar projeto de plano de saúde popular

O Ministério da Saúde criou nesta sexta (5) um grupo de trabalho para discutir e elaborar o projeto de plano de saúde acessível. A portaria foi publicada no Diário Oficial da União e entra em vigor hoje, data em que se comemora o Dia Nacional da Saúde. A criação de uma espécie de plano de saúde mais popular, com custos menores, é defendida pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, em uma tentativa de aliviar os gastos do governo com o financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS). A proposta de Barros consiste em oferecer planos de saúde com menos serviços do que o que foi definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) como cobertura mínima obrigatória. A adesão a esse tipo de plano seria voluntária. Atualmente, a ANS, órgão responsável por regular o setor de planos de saúde, tem um rol de procedimentos obrigatórios que todas as empresas devem oferecer aos clientes. O Conselho Nacional de Saúde (CNS) já se manifestou contra a proposta do ministro. Para os conselheiros, a criação de um plano de saúde "popular" não resolveria os problemas do sistema de saúde do país e enfraqueceria a rede pública. O conselho defende mais recursos públicos para o SUS e saúde pública de qualidade para todos com os impostos já pagos pelos cidadãos. A proposta também gera polêmica no setor. Enquanto as operadoras de planos de saúde apoiam uma revisão das regras setoriais, os profissionais ligados à saúde coletiva dizem que as medidas trariam perdas para o SUS. Grupo de Trabalho O grupo de trabalho criado hoje terá 60 dias para apresentar seu relatório final. O prazo pode ser prorrogado uma única vez pelo mesmo período. Ele será composto por representantes do Ministério da Saúde, da ANS e da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização. A coordenação do grupo, a cargo do ministério, poderá, entretanto, convidar representantes de outros órgãos e entidades, públicas e privadas, além de pesquisadores e especialistas. Para a apresentação da proposta do novo plano, o grupo deverá elaborar documentos técnicos para qualificação do projeto e realizar estudos de impacto financeiro.

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Metade dos recém-nascidos não é amamentada na primeira hora de vida, diz Unicef

Aproximadamente 77 milhões de recém-nascidos não são amamentados na primeira hora de vida, deixando de receber nutrientes e anticorpos e sendo privados do contato corporal com suas mães, de acordo com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Este primeiro contato corpo a corpo é essencial para protegê-los de doenças e para contribuir com o sucesso da amamentação. France Bégin, assessora sênior de Nutrição do Unicef, afirma que se todos os bebês fossem alimentados apenas com leite materno desde o momento do seu nascimento até os seis meses de idade, mais de 800 mil vidas seriam salvas a cada ano. Quanto mais se atrasa o início da amamentação, maior é o risco de morte no primeiro mês de vida. Atrasar o aleitamento materno entre duas e 23 horas após o nascimento aumenta em 40% o risco de morte nos primeiros 28 dias de vida. Atrasá-la por 24 horas ou mais aumenta esse risco em 80%. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a amamentação comece ainda na primeira meia hora após o parto. No entanto, apenas metade de todos os recém-nascidos no mundo colhe os benefícios da amamentação imediata. De acordo com o manual de aleitamento materno do Comitê Português para o Unicef, o leite materno previne infecções gastrointestinais, respiratórias e urinárias, além de ter efeito protetor sobre as alergias. No que diz respeito às vantagens para a mãe, amamentar ajuda o útero a voltar ao seu tamanho normal e reduz as probabilidades de câncer de mama. A recomendação da OMS é de que o aleitamento materno seja exclusivo até o sexto mês e se estenda até os 2 anos ou mais, aí já com a introdução de outros alimentos, como frutas, legumes, verduras e carnes. De acordo com o Unicef, apesar dos esforços, os avanços na amamentação na primeira hora de vida têm sido lentos. Na África Subsaariana, por exemplo, onde as taxas de mortalidade de menores de cinco anos são as mais altas do mundo, o aleitamento materno precoce cresceu apenas 10 pontos percentuais desde o ano 2000. Na Ásia Meridional, onde as taxas de iniciação precoce de aleitamento materno triplicaram, passando de 16% em 2000 para 45% em 2015, o aumento está longe de ser suficiente: 21 milhões de recém-nascidos ainda têm de esperar tempo demais para serem amamentados. A análise do Unicef mostra que as mulheres não estão recebendo a ajuda de que necessitam para iniciar o aleitamento materno imediatamente após o nascimento, mesmo quando um médico, enfermeiro ou parteira assiste o parto. No Oriente Médio, no Norte da África e na Ásia Meridional, por exemplo, as mulheres que têm filho com o auxílio de uma parteira qualificada estão menos propensas a iniciar o aleitamento materno na primeira hora após o parto se comparadas àquelas que dão à luz com o apoio de parteiras não qualificadas ou familiares. Outro motivo que dificulta a amamentação precoce é o hábito de alimentar os bebês com outros líquidos ou alimentos. Em muitos países, é costume alimentar o bebê com fórmula infantil, leite de vaca ou água com açúcar nos três primeiros dias de vida. Quase metade de todos os recém-nascidos é alimentada com esses líquidos. Quando os bebês recebem alternativas menos nutritivas do que o leite materno, eles mamam com menos frequência, fazendo com que seja mais difícil para as mães o início e a continuidade do aleitamento. No mundo todo, apenas 43% dos bebês com menos de seis meses de idade são amamentados exclusivamente. Bebês que não são amamentados têm 14 vezes mais probabilidade de morrer do que aqueles que são alimentados apenas com leite materno, de acordo com o Unicef. No entanto, qualquer quantidade de leite materno reduz o risco de morte. Bebês que não recebem nenhum leite materno têm sete vezes mais chance de morrer de infecções do que aqueles que receberam pelo menos alguma quantidade de leite materno nos seis primeiros meses de vida. Semana Mundial da Amamentação A Semana Mundial da Amamentação é comemorada este ano entre 1º e 7 de agosto. A data é celebrada desde 1992 por iniciativa da Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (Waba, a sigla em inglês), órgão consultivo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Com o tema “Amamentação: uma chave para o desenvolvimento sustentável” e com o slogan “Amamentação: faz bem para o seu filho, para você e para o planeta”, a cerimônia oficial alusiva à semana será realizada amanhã (6), às 11h, na Casa Brasil das Olimpíadas, no Pier Mauá, no Rio de Janeiro. Da Agência Brasil

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Acupuntura auxilia atletas que praticam lutas a melhorar seu rendimento

O uso da acupuntura no esporte pode parecer novidade, mas existem relatos que há mais de três mil anos, já se utilizava pontos especiais de acupuntura antes de longos combates de lutas marciais, pois essa prática ajudava a aumentar a resistência do lutador. Além da falta de resistência, muitos lutadores sofrem com uma grande vilã, a dor, que gera incapacidade física. A acupuntura pode ser uma grande aliada no combate à dor, pois tem um efeito anti-inflamatório e analgésico. Ela também pode ajudar na prevenção de lesões e colabora no tratamento de problemas de ordem emocional, fator que influencia no desempenho de qualquer atleta. Para a médica e diretora do Center-AO, Centro de Pesquisa e Estudo da Medicina Chinesa, Márcia Lika Yamamura, sofrer uma lesão durante o esporte é comum e a acupuntura pode ser um aliado do atleta na hora de amenizar a dor. "Existem técnicas de acupuntura que promovem alivio imediato, sem a necessidade de tomar medicações analgésicas, que nem sempre permitidas durante as competições. A acupuntura auxilia também no tratamento de lesões já instaladas, como tendinites, inflamações, estiramentos, dores em geral, que podem atrapalhar a atividade física", explica. As lesões mais comuns que acometem um lutador são as do sistema musculoesquelético e podem ser divididas em tendinosas, articulares, musculares e ósseas. Em todas estas lesões o que incapacita o atleta é a dor em decorrência de processo inflamatório. "As lesões mais frequentes para quem pratica lutas são distensões musculares, entorses e luxações. Quando há rotura de tendões, distensões graves ou fraturas, a acupuntura é coadjuvante no tratamento da dor", afirma a Dra. Márcia. Trabalhar na prevenção de lesões na vida de um atleta é muito importante para melhorar seu desempenho. Para a Dra. Márcia e um bom condicionamento físico, bem como respeitar os limites individuais, são fortes fatores que previnem o aparecimento de eventuais lesões. "Quanto mais profissional for a pratica, melhor, pois se sabe que nem sempre é possível a recuperação completa do atleta antes do próximo treino. Assim, a acupuntura atuando na flexibilidade do atleta, em conjunto com a boa recuperação, auxilia na prevenção de lesões até um certo limite", explica. Além de tratar dores, a acupuntura pode ajudar os lutadores a ter um melhor rendimento. A diretora do Center-AO diz que nem todos os atletas são portadores de uma saúde perfeita. Na Acupuntura, considera-se que o bom rendimento físico depende da boa funcionalidade dos órgãos internos e, se porventura tiver problemas emocionais ou mesmo algum órgão interno enfraquecido, seu desempenho pode ser comprometido. "A prática da acupuntura propõe tratar os problemas emocionais e os órgãos em desarmonia, promovendo o equilíbrio como um todo", esclarece a Dra. Márcia. "As cãibras e as dores musculares, por exemplo, são decorrentes de desarmonia de um órgão interno, o Zang Gan, um órgão que tem relação direta com a atividade dos músculos. A ação da acupuntura, neste caso, pode fortalecer este órgão e evitar as dores", completa. Um fator que influencia no rendimento de um lutador é a ansiedade de vencer, os treinos intensos ou até mesmo um problema pessoal. Muitos treinadores vêm investindo no tratamento da mente, que aliada da prática de acupuntura pode gerar bons resultados. Há uma vertente de acupuntura que trata exatamente isso, se houver desarmonia de órgãos internos, o seu fortalecimento pode melhorar o desempenho do lutador. "O benefício da acupuntura na vida de um lutador é que além de corrigir problemas de saúde física, ajuda a manter um equilíbrio mental", conclui a Dra. Márcia.

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Pressão arterial elevada crônica aumenta o risco de glaucoma

Um novo estudo publicado na revista Investigative Ophthalmology & Visual Science (IOVS) descobriu que, a longo prazo, a hipertensão crônica aumenta a suscetibilidade de uma pessoa para o glaucoma. "Estes resultados sugerem que os médicos devem considerar os níveis de pressão sanguínea de um paciente na gestão da doença ocular que potencialmente causa a cegueira", afirma o oftalmologista Virgílio Centurion, diretor do IMO, Instituto de Moléstias Oculares. O glaucoma, a segunda principal causa de cegueira no mundo, é uma condição que ocorre quando muita pressão acumula-se no interior do olho. Este excesso de pressão empurra de volta o sangue para os vasos sanguíneos, resultando em perda de visão. Estudos têm demonstrado que a pressão arterial elevada é um fator de risco para o glaucoma. Mas as razões para isto nunca foram claras.  O estudo atual identifica uma razão para essas observações. "Anteriormente, pensava-se que a pressão arterial elevada poderia neutralizar a alta pressão ocular que leva ao glaucoma. Esta teoria foi suportada por estudos anteriores que mostraram que o aumento da pressão arterial, durante um curto período de tempo (uma hora), oferece alguma proteção contra a pressão ocular elevada, tal como a pressão sanguínea elevada assegura que o sangue continua a entrar no olho. No entanto, os dados recolhidos a partir de grandes populações de pacientes com glaucoma, posteriormente, sugeriram que a hipertensão em pacientes jovens protege contra a doença, mas é um fator de risco em pacientes mais velhos", diz a especialista em glaucoma Márcia Lucia Marques. Uma explicação para este fenômeno é que qualquer benefício da pressão alta é perdido com os danos que ela provoca aos vasos sanguíneos, uma consequência da hipertensão, que torna-se mais prevalente. Os autores testaram esta hipótese comparando o efeito da hipertensão aguda (uma hora) e da hipertensão arterial crônica (quatro semanas) em ratos de laboratório com pressão ocular elevada. "Quando os pesquisadores aumentaram a pressão arterial, durante quatro semanas, não obtiveram a mesma proteção contra a elevação da pressão ocular, como no caso de uma hora. O que isto significa é que ter a pressão arterial elevada por um longo tempo compromete a capacidade do olho de lidar com a pressão alta. Parece que a hipertensão pode danificar os vasos sanguíneos no olho de modo que não pode compensar as alterações no fluxo sanguíneo quando aumenta a pressão do olho", diz Márcia Lucia Marques. Esta nova compreensão das consequências da pressão arterial elevada irá ajudar os médicos a tratarem os pacientes com glaucoma. Em vez de ver a hipertensão como benéfica na luta contra a doença, o estudo sugere que ela deve ser identificada como um fator de risco. Mais estudos nesta área poderão informar melhor como tratar pacientes com hipertensão que também desenvolvem glaucoma.

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