Arquivos Saúde - Página 51 De 52 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Pesquisa inédita faz uma radiografia sobre o câncer de pulmão e revela que o brasileiro não fala sobre a doença com seu médico

Um dos principais resultados da pesquisa do instituto Datafolha, encomendada pela biofarmacêutica Bristol-Myers Squib, revelou que 76% das pessoas nunca falaram com seu médico sobre o câncer de pulmão. O objetivo era investigar o grau de conhecimento a respeito da doença que é a principal causa de morte entre homens e a segunda entre as mulheres no país, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Realizado por meio de entrevistas individuais com 2.044 pessoas, em 130 municípios do pais durante o mês de março de 2016, o levantamento buscou medir a percepção da população brasileira sobre o assunto e o resultado mostra que, embora a maioria tenha noções básicas sobre a doença, os números comprovam que há desconhecimento e falta de informação aprofundada. Assim, apesar do alto índice de respostas positivas quando questionados se sabem que a chance de sobrevivência no caso do diagnóstico da doença em estágio inicial é maior (95% de concordância), que fumantes são mais propensos a ter o câncer de pulmão (83%) e fumantes passivos (95%), ex-fumantes (88%) e não fumantes (85%) têm chance de contraí-lo, do total de entrevistados: Apenas 39% julgam-se bem informados sobre o câncer de pulmão. 44% da população julgam-se mais ou menos informados e 17% mal informados. 76% nunca falaram com o médico sobre a doença e 17% não sabem o que fazer para reduzir o risco de ter câncer de pulmão. 39% não se preocupam com a doença, uma vez que não são fumantes. 33% da população não estão tomando providências para reduzir o risco de contrair a doença. 25% consideram que câncer de pulmão atinge mais mulheres do que homens e 57% que o câncer de pulmão mata mais que câncer de mama, colorretal e próstata juntos. Aproximadamente três em cada dez brasileiros (27%) declaram conhecer alguém que tem ou teve câncer de pulmão e desta população 19% são representados por parentes. A pesquisa é o primeiro levantamento do gênero no Brasil e foi dividida em quatro módulos: conhecimento sobre doenças pulmonares e respiratórias; costume de fumar (quantidade média de cigarros por dia, razões que o levariam a parar de fumar, grau de concordância com hábitos relacionados ao cigarro); conhecimento sobre câncer de pulmão (grau de informação sobre, grau de concordância com aspectos relacionados à doença, grau de concordância com aspectos relacionados ao risco de contraí-la, conhecimento sobre assuntos relacionados a este tipo de câncer); sintomas e fatores de risco do câncer de pulmão (fatores que aumentam o risco de ter a doença, fatores que reduziriam esse risco e a proximidade com portadores da enfermidade). Outros destaques da pesquisa apontam que o conhecimento sobre doenças e riscos sobre câncer de pulmão se concentra entre o público mais escolarizado e de classes A/B, pessoas que, de modo geral, têm mais acesso a informação. Também é verificado que, embora as pessoas estejam cientes que fumar aumenta o risco de desenvolver a doença (87%) e que não fumar reduz esse risco (85%), a percepção com relação ao fumo passivo está menos disseminada: do total de entrevistados, 49% acham que a exposição ao fumo passivo aumenta o risco e 45% concordam que diminuir a exposição ao fumo passivo reduz o risco. Se, por um lado, algumas informações básicas sobre a doença parecem que estão disseminadas, por outro, os resultados também mostram que há necessidade de aprofundar o conhecimento e disponibilizar informações mais detalhadas sobre o câncer de pulmão, formas de prevenção e tratamento. Campanhas de esclarecimento e de incentivo às mudanças comportamentais poderiam provocar mudanças importantes neste cenário de relativo desconhecimento com foco na população em geral e especialmente às pessoas menos favorecidas, com menor escolaridade, pertencentes às classes C e D/E.

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Campanha alerta para doença de Stephen Hawking

Agosto é o mês de conscientização sobre a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). A campanha #EuTorçoPelaCuraDaELA, lançado pelo Instituto Paulo Gontijo (IPG), tem como propósito alertar a sociedade para a importância das pesquisas que visam encontrar uma cura para a doença. A proposta é que as pessoas façam doações e demonstrem seu apoio à causa postando fotos com os dedos cruzados - com a tag #EuTorçoPelaCuraDaELA - ou utilizando o filtro especial para foto de perfil no Facebook. A Esclerose Lateral Amiotrófica é uma doença neurodegenerativa progressiva que afeta os neurônios motores. A patologia leva à paralisia total e morte dentro de dois a cinco anos depois do diagnóstico. No Brasil, estima-se que existam de 12 a 15 mil pessoas com Esclerose Lateral Amiotrófica. No mundo todo, são cerca de 200 mil pessoas. A ELA tornou-se conhecida quando foi tema de uma das maiores campanhas de mídias sociais do mundo, o Desafio do Balde de Gelo, realizado em agosto de 2014. A arrecadação ultrapassou os R$ 400 milhões e ajudou a financiar pesquisas por novos tratamentos e pela cura em todo o mundo, por meio do Project MinE. O projeto é o maior estudo genético já realizado sobre as causas da ELA. No final de julho, duas publicações na renomada revista científica Nature Genetics, pesquisadores do consórcio identificaram quatro novos genes relacionados à doença. Considerado um enorme avanço na luta contra a ELA, a pesquisa só foi possível graças às doações conseguidas com as campanhas. Em 2016, o Instituto Paulo Gontijo retoma os esforços para angariar recursos brasileiros para a pesquisa, que tem o propósito de comparar 22.500 perfis de DNA - de pessoas com ELA e indivíduos sãos - para identificar os genes associados à doença. Até o momento, cerca de 7.800 perfis já foram analisados. O Project MinE conta com a participação de 16 países: Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Espanha, EUA, França, Holanda, Irlanda, Israel, Itália, Noruega, Portugal, Reino Unido, Suíça e Turquia. O Instituto Paulo Gontijo é a única entidade brasileira participante do projeto. “Com a campanha #EuTorçoPelaCuraDaELA, a expectativa é formar uma grande corrente de pensamentos positivos pela cura da doença e conseguir levantar doações para investirmos ainda mais nas pesquisas”, explica a diretora executiva do IPG, Sílvia Tortorella. “Queremos o envolvimento das pessoas, empresas, associações e de todos que puderem contribuir, aumentando o comprometimento da sociedade e levando conhecimento sobre uma doença que é rara, mas extremamente grave”.

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Primeiro teste rápido para Zika

A Secretaria de Saúde da Bahia obteve o registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e apresentou em Salvador, o primeiro teste sorológico rápido nacional para detecção do vírus Zika. Assim, o exame que costumava levar semanas terá resultado em até 20 minutos. O Secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, destaca que o teste rápido facilitará a vida da população, ao permitir às mulheres, por exemplo, saberem se já foram ou estão infectadas pelo vírus. “Hoje existe uma quantidade de pessoas com sintomas que não têm o diagnóstico definitivo, ou seja, você acha que a pessoa tem a zika, mas pode ser uma outra virose. A partir de agora, principalmente para as mulheres em idade gestacional, ter a informação se ela teve ou ainda não zika é extremamente relevante para a decisão dela, em iniciar uma gestação”, ressalta Fábio Villas-Boas. O dispositivo tem duas fitas portáteis (cassetes), que usam uma pequena amostra de soro do paciente. Uma das fitas reage com o anticorpo IgM, identificando infecções de até duas semanas. Já o segundo cassete reage ao IgC e identifica se o paciente já teve a infecção há mais tempo. Isso permite que o teste rápido detecte os anticorpos contra o vírus da Zika, no organismo do paciente, em qualquer fase da doença. “A zika, antes era diagnosticada, em laboratório através do PRC [método que detecta a presença de carga genética do vírus], o que era demorado e muito custoso. A partir de agora, poderemos oferecer o diagnóstico em qualquer posto de saúde nos lugares mais distantes do país, e em apenas 20 minutos, a população terá a resposta se tem ou teve zika”, explica o secretário. Parceria O teste foi desenvolvido em parceria da Sesab com uma empresa sul-coreana, que transferiu a tecnologia ao laboratório fabricante, a Fundação Baiana de Pesquisa Científica e Desenvolvimento Tecnológico, Fornecimento e Distribuição de Medicamentos (BahiaFarma), ligado à Secretaria de Saúde do estado. Com a autorização concedida pela Anvisa, o laboratório aguarda o pedido do Ministério da Saúde para iniciar a fabricação e distribuição a toda a população brasileira. A previsão inicial pode ser de até 500 mil testes por mês. “O processo iniciou-se em agosto do ano passado, com a assinatura do protocolo, porém o desenvolvimento do produto ocorreu entre setembro e janeiro, e nós começamos a fazer escalonamento de lotes-piloto, para registro do produto”, conta o diretor-presidente do Laboratório público, BahiaFarma, Ronaldo Dias. A Agência Brasil procurou o Ministério da Saúde sobre a previsão de pedido para a fabricação dos produtos, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O vírus Zika foi descoberto, na Bahia, em julho de 2015, quando casos associados à Síndrome de Guillan-Barré foram confirmados. De acordo com a Sesab, nos cinco primeiros meses deste ano, 36.725 casos foram registrados na Bahia. (Agência Brasil)

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Dor da chikungunya tem tratamento

Combater a dor. Esse é o principal desejo dos pacientes com suspeita de chikungunya que chegam diariamente aos serviços de urgência ou aos consultórios. Os analgésicos mais receitados pelos médicos, como dipirona ou paracetamol, na maioria dos casos, passam longe de aliviar o desconforto. Como a doença tornou-se um grave problema na saúde pública – até o início de maio havia quase 17 mil casos suspeitos e 371 confirmados – e alcança parcela significativa da população, surge neste momento uma série de indicações populares do que fazer para amenizar os sintomas. Cada um dá um pitaco. Entre os médicos, no entanto, foi desenvolvido um protocolo para orientar esse tratamento. Apesar do sofrimento que os pacientes passam nos primeiros dias da chikungunya, na sua fase inicial, há algumas restrições para o uso de medicamentos. “Não são recomendados os anti-inflamatórios nessa primeira etapa, pois caso esse paciente tenha dengue, e não a febre chikungunya, o uso desses medicamentos poderá desencadear uma reação hemorrágica. Os sintomas dessas duas doenças são bem semelhantes”, alerta o infectologista do Hospital Esperança, Moacir Jucá. Essa fase aguda dura de dois dias até duas semana. Leia mais: Pacientes com chikungunya procuram fisioterapia Enquanto as dores da dengue são consideradas leves e os sintomas da zika são classificados como de leves a moderados, a gravidade das sensações provenientes da febre chikungunya estariam entre moderadas e intensas, segundo os especialistas. Uma característica que acomete os pacientes desse quadro mais agravado é que a maioria segue para a fase subaguda da doença. “Cerca de 80% dos pacientes entram nessa fase, em que há uma piora das dores articulares, em geral nas mesmas regiões já acometidas no primeiro momento, apesar de não haver mais febre. Os pacientes que continuam por mais de três meses entram numa fase classificada como crônica da doença”, diz Moacir Jucá. De acordo com informações do Ministério da Saúde, os sintomas dessa última fase podem durar até três anos. A partir da fase subaguda e da fase crônica – já com um diagnóstico e um quadro clínico mais preciso da doença – são iniciados tratamentos com o uso de anti-inflamatórios esteroides ou não esteroides (estes últimos são conhecidos como corticoides). Aos pacientes que chegam à última fase é necessário acompanhamento de um reumatologista. Recentemente foi desenvolvido pela Secretaria de Saúde do Recife o protocolo "Manejo de Dor na Chikungunya", que designa qual o tipo de tratamento a partir da escala de dor do paciente, que é medida de 0 a 10. De acordo com a especialista em reumatologia e tutora de medicina da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Zelina Barbosa, que integrou a equipe de elaboração do protocolo, o nível da sensação dolorosa é medido durante as consultas médicas a partir de entrevistas com o paciente. “Identificamos algumas pessoas com graus 9 ou até 10. São casos mais intensos, que precisam de um acompanhamento de um especialista, pois pode haver a necessidade inclusive de usar derivados de morfina no tratamento”, afirma. Para as crianças, que também são vítimas frequentes da doença, o protocolo de tratamento é semelhante ao dos adultos, apenas considerando a ressalva das medicações que não são recomendadas para a fase infantil. “O quadro clínico dos pequenos é bem semelhante ao do adulto. Muitas manifestações cutâneas, além das dores nas articulares são muito presentes nas crianças. O tratamento também é muito parecido, respeitando drogas que têm restrições na infância. Buscamos os analgésicos, anti-inflamatórios e corticoides que são indicados para a idade”, ressalva Zelina. Com o desenvolver da doença alguns pacientes correm o risco de perder massa muscular ou até chegar a quadros de incapacidade funcional, de acordo com a médica. Nesses casos é possível fazer indicações de tratamentos alternativos com fisioterapia e até acupuntura. As indicações alimentares que têm sido propagadas pelas redes sociais, como o uso de sucos com inhame, não têm comprovação científica na literatura médica. RISCOS De acordo com a reumatologista do Real Instituto de Oncologia do Hospital Português e do Imip, Renata Menezes, os pacientes com maior risco de entrar na fase crônica, com comprometimento das articulações são as pessoas acima de 45 anos, portadoras de doenças articulares preexistentes. "O sintoma mais comum nessa fase é o acometimento articular persistente e semelhante à artrite reumatóide. Nessa fase podem ainda estar presentes a fadiga, rigidez matinal, artrite, tenossinovite e sintomas neurológicos", declara. Ela alerta que muitos pacientes estão se automedicando com corticóides, o que nem sempre é aconselhado, devido os riscos e contraindicações, além da volta dos sintomas após a suspensão da medicação (efeito rebote), que deve acontecer de forma moderada. Na fase crônica da artrite por chikungunya deve-se considerar, além dos corticóides, a possibilidade de uso de drogas usadas no tratamento da artrite reumatóide. (Rafael Dantas)

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Geração X (de 38 a 49 anos) é a mais sedentária

Uma pesquisa recente da SulAmérica sobre hábitos de brasileiros em diferentes faixas etárias mostrou dados alarmantes: todas as gerações analisadas apresentaram elevados índices de sedentarismo, entre 58,7% e 63,9%. O V Estudo Saúde Ativa – Gerações aponta que os níveis são superiores entre adultos de 38 a 49 anos, pertencentes à chamada Geração X – 63% dos participantes dessa faixa etária informaram que não praticam atividade física com regularidade.A combinação de falta de exercício, estresse e excesso de peso também impacta mais esse grupo (15,6%). Já a geração Y, com idades entre 24 e 37 anos, possui 60,6% de sedentários e 13,5% afetados pela tríade. A urbanização crescente, a falta de lazer ao ar livre e o tempo despendido na frente da televisão e com outros dispositivos eletrônicos são alguns dos principais responsáveis pelo cenário mapeado, de acordo com a pesquisa. Uma maior consciência sobre a importância da atividade física, com mais praticantes regulares de exercícios, foi encontrada nas gerações Baby Boomers (50 a 68 anos) e Z (até 23 anos) – que, ainda assim, possuem níveis preocupantes de sedentarismo: 59,6% e 58,7%, respectivamente. "Embora tenhamos cada vez mais acesso a informações sobre a importância da prática regular de atividades físicas e da adoção de uma alimentação saudável, os índices de sedentarismo ainda são elevados. A expectativa de vida da população brasileira segue aumentando e adquirir bons hábitos o quanto antes possibilitará manter a qualidade de vida nas faixas etárias mais avançadas", explica o médico e superintendente de Gestão de Saúde Populacional da SulAmérica, Gentil Alves. O sedentarismo é o quarto maior fator de risco de mortalidade no mundo, respondendo por 3,2 milhões de mortes por ano, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O primeiro passo para ter uma vida mais ativa e saudável, segundo Alves, é alimentar-se bem e aproveitar as oportunidades para se movimentar. "Caminhar e optar por escadas, sempre que possível, são ótimas alternativas para o carro e o elevador. Se praticarmos pelo menos 30 minutos de atividade física por dia, de maneira contínua ou em intervalos, as chances de complicações cardíacas e de surgimento de outras doenças são reduzidos em 50%", completa. Sobre o V Estudo Saúde Ativa – Gerações A pesquisa realizada pela SulAmérica traça o perfil de saúde das gerações Z (até 23 anos), Y (de 24 a 37 anos), X (de 38 a 49 anos) e Baby Boomers (de 50 a 68 anos), trazendo o recorte de informações coletadas por meio de dados dos participantes do Saúde Ativa, um conjunto de programas focados em prevenção e promoção à saúde e qualidade de vida.Em sua quinta edição, o levantamento analisou 43.641 questionários respondidos por segurados de 262 empresas em 13 capitais do país, de 2010 a 2013. A amostra, composta por 40% de mulheres e 60% de homens, considerou fatores como estresse, sedentarismo, consumo de álcool, tabagismo e doenças relatadas.

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Suco de laranja contra o peso e o envelhecimento

O suco de laranja pode ser um aliado em dietas de emagrecimento segundo estudos da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Um benefício proporcionado pela substância chamada leptina, responsável pela sensação de saciedade e que pode funcionar como moderador de apetite. A bebida também é um poderoso antioxidante e pode ajudar a combater o envelhecimento, de acordo com outro estudo desenvolvido também na Unesp. Já em outra linha de pesquisa, que investigou a inclusão do suco de laranja na dieta de obesos, observou-se melhora significativa nos níveis do LDL colesterol e do PCR, que é uma substância inflamatória. “Nos últimos anos contamos com a participação de 400 a 500 voluntários e em todos os casos podemos constatar que a inclusão do suco de laranja na dieta, além de não gerar ganho de peso, ainda melhorou os marcadores inflamatórios”, afirma a professora-doutora Thais Borges César, pesquisadora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Unesp e responsável por coordenar os estudos realizados na instituição. Nos últimos 16 anos o departamento de nutrição da Unesp de Araraquara desenvolveu uma série de pesquisas sobre o suco de laranja que comprovam que o consumo dessa bebida proporciona uma série de benefícios para a saúde, muito além da conhecida vitamina C. De acordo com os estudos, o suco é fonte de substâncias importantes como cálcio, o ácido fólico e o potássio, entre outros. Essa rica combinação de fitonutrientes fazem com que a inclusão do suco no cardápio ajude no controle do colesterol ruim, na diminuição da pressão arterial, prevenção do câncer e até mesmo no combate à obesidade. Situada no maior polo citrícola do mundo, a Unesp Araraquara tornou-se referência nos estudos relacionados às propriedades do suco de laranja. Entre as principais linhas de pesquisas da universidade está o alto poder antioxidante desse suco.  

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Água é tão bom que ajuda até a emagrecer!

Se você só toma água na hora em que sente sede, é melhor mudar seus hábitos. Quando se está sedento é sinal de que o organismo já está com déficit desse precioso líquido. E bota precioso nisso, afinal 60% do nosso corpo é composto por água e nas crianças esse percentual eleva-se para 80%. Toda essa abundância hídrica é necessária para realizar as inúmeras reações químicas que ocorrem no nosso corpo para mantê-lo funcionando. Por meio dessas reações é que se realiza, por exemplo, a digestão. Presente nas células e tecidos, a água também compõe boa parte do sangue, que é responsável por transportar os nutrientes dos alimentos que ingerimos – como as vitaminas, o ferro, entre outros. Portanto, trata-se de um arsenal importante para nos manter nutridos e fortalecer nossas defesas contra infecções. E pasme: a água também emagrece! “Ela ajuda a ter uma sensação de saciedade, ou seja, a não ter fome”, revela a endocrinologista Lúcia Cordeiro, do Instituto de Endocrinologia do Recife. Esse benefício, segundo a especialista, foi constatado num recente estudo norte-americano que pesquisou crianças em escolas onde o acesso à água era facilitado pela existência de bebedouros e comparou-as com as de colégios onde não havia essa facilidade. “Os alunos com acesso à hidratação tiveram ganho de peso 35% menor quando comparado ao outro grupo de estudantes”, informa a médica, que alerta, no entanto, não ser verdadeira a ideia de que água gelada acelera ainda mais o emagrecimento. “Não existem estudos que comprovem esse benefício”, rechaça Lúcia. A água também auxilia na prevenção da chamada retenção de líquido que provoca os desagradáveis inchaços no corpo, que são comuns nos dias quentes e na tensão pré-menstrual. Isso acontece porque a água presente na circulação sanguínea acaba extravasando para a região abaixo da pele, se acumulando em certos locais do corpo causando o edema. Ao beber muita água, faz com que o líquido retorne para os vasos e saia pela urina. Para que isso ocorra os rins precisam estar em bom funcionamento. E nesse caso, mais uma vez, a água tem papel fundamental. “Eles filtram tudo o que entra no nosso organismo e precisam da água para realizar essa função. Pessoas com tendência a ter cálculo renal devem ter atenção redobrada”, orienta a nutricionista Fabrícia Padilha, coordenadora do Curso de Nutrição da Faculdade Pernambucana de Saúde. Para os que sofrem com problemas intestinais como a prisão de ventre, a água pode ajudar e muito. Ela hidrata e amolece o bolo fecal, reduzindo seu volume e facilitando a excreção das fezes. “Muitos pacientes revelam nos consultórios que comem alimentos com muita fibra, mas não resolvem seus problemas de constipação. Isso ocorre porque eles não ingerem água na quantidade necessária”, aponta Fabrícia. Na verdade, consumir fibras alimentares sem a devida hidratação pode, segundo Lúcia Cordeiro, até aumentar a prisão de ventre. Numa situação extremamente oposta, isto é, na diarreia, o precioso líquido também exerce uma função importante. Isto porque há uma perda excessiva de água no corpo que precisa ser reposta para não provocar desidratação. O mesmo acontece nos quadros de vômitos e também de febre. FEBRE Nos estados febris há um aumento da temperatura corpórea e da transpiração, causando o risco de desidratação. “Quando a temperatura corporal excede os 37 graus perde-se 100 ml de água por hora em cada grau acima dos 37”, alerta Lúcia Cordeiro. Exemplificando podemos entender melhor: quando se está com 38 graus de febre, perde-se 100 ml de água a cada hora. Se alcança 39 graus, a perda eleva-se para 200 ml a cada hora. Portanto, se uma pessoa ficar 6 horas em estado febril e não for hidratada perderá 600 ml! E as consequências advindas por não repor a hidratação poderão ser sérias. “Caso um paciente esteja com febre e diarreia e não for hidratado pode sofrer uma lesão grave nos rins ao tomar um medicamento para a dor”, adverte Lúcia. É por isso, que quando estamos com alguma infecção e somos atendidos numa emergência, sempre nos oferecem analgésicos juntamente com soro fisiológico que combate a desidratação. E falando em febre, saiba que a água também é peça chave no controle da temperatura corporal, que é realizado pela transpiração. Sintetizado pela glândula sudorípara, o suor é produzido no momento em que o corpo atinge a temperatura acima dos 37 graus. Algo não muito difícil de acontecer em quem mora em localidades quentes como Pernambuco e quando se realiza atividades físicas. Pois sabia que o suor é 99% composto de água. Quanto devemos beber? Agora que já está ciente da importância da água para o nosso corpo, você deve estar se perguntando qual a quantidade ideal que devemos consumir para manter o organismo hidratado. Em média, uma pessoa que não realiza exercícios físicos intensos perde nada menos que 2,5 ml de água por dia, por meio da transpiração e da urina. E todo esse volume precisa ser reposto diariamente. Por isso, os médicos aconselham que sejam ingeridos de 2 a 3 litros por dia, algo como de 8 ou mais copos diários. Mas quantidade a ser consumida por um indivíduo que pratica atividade física intensa é diferente, assim como pessoas que apresentam certas doenças, como os que sofrem de insuficiência renal. Pode-se mesclar a hidratação com sucos de frutas e água de coco, porém com certa moderação. As frutas não substituem a água, porque contêm calorias e algumas substâncias que em excesso pode fazer mal a saúde. E fique longe dos isotônicos – que também são calóricos e possuem muito sódio e potássio – e dos refrigerantes, que também apresentam sódio, além de muito açúcar e não oferecem nenhum valor nutritivo. “Nos dias quentes do verão ou em situações como no Carnaval, quando se está exposto ao sol e suando muito, é necessário aumentar a quantidade de água ingerida”, recomenda a nutricionista Fabrícia. Falando em Carnaval, muitas vezes, pessoas passam mal e se sentem tontas no meio da folia. Um estado que pode configurar como falta de hidratação. “Na desidratação, o rim,

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Cuidados com a alimentação no Carnaval

A nutricionista Sylvia Lobo dá algumas dicas preciosas para se manter bem alimentado e saudável durante a folia de Momo: A mistura de sol e Carnaval é a pedida preferida pelos foliões de plantão. Mas, para a alegria durar além dos dias de festa, é preciso cuidados especiais com a alimentação. A recomendação diária é a ingestão de 2 litros de água para um adulto, nesta época do ano passa para 3,5 litros. Como as pessoas pulam e suam muito, o organismo fica desregular, causando desidratação e cãibras musculares. Entre as dicas para manter o equilíbrio corporal e garantir a hidratação, combinar sucos de frutas com água de coco, que é um isotônico natural e rica em minerais. Por exemplo, pode-se misturar a água de coco com suco de laranja e limão, que tem muita vitamina C, ou com suco de couve-folha, pois contém ferro. O alerta também deve ser direcionado para a origem dos alimentos, já que a maioria acaba comendo na rua. O folião deve evitar comer em locais abertos, onde ele não conhece a procedência, pois podem surgir as conhecidas, mas muito perigosas, intoxicações alimentares. Assim, é importante não sair em jejum para as festas, sejam nas ruas ou em locais fechados, para não ter hipoglicemia. Recomenda-se uma refeição rica em vitaminas, carboidratos e proteínas, mas leve, como frutas, inhame, queijo e sanduíches naturais. Porém, se o exagero fez parte da festa, principalmente, regada de bebida alcoólica, no outro dia a opção é por uma dieta rica em líquido. O que chamamos da lei da compensação, evitando comida com muito sal e gordura, pão e massas, em geral. Uma ótima opção seria o refresco de melancia. PEQUENOS FOLIÕES – Entre confetes e serpentinas, a folia de Momo também abre espaço para a garotada brincar. Mas no meio da farra, os pais não podem esquecer-se de ter bastante cuidado com o que os pequenos foliões vão comer durante o carnaval. Com a grande oferta e o pouco tempo, é comum que as crianças se alimentem de guloseimas e frituras, o que pode prejudicar a saúde dessa turminha. A orientação é que as famílias evitem os salgados prontos, como coxinhas e empadas, cujo recheio não pode ser avaliado. Fuja de frituras e comidas com muito sal: elas retêm líquidos e a criança pode ficar inchada, se sentindo mal. Também é importante não esquecer de dar bastante água e refrescos para que seu filho não desidrate com o calor. O ideal é levar o lanche das crianças de casa, em uma bolsa térmica. Pode ser um sanduíche de queijo branco – menos gorduroso que o amarelo, diminuindo o risco de uma dor de barriga indesejada, acompanhado de uma bebida natural, que repõe as energias e refresca. A bebida pode ser um suco de acerola, ou laranja, que tem vitamina C e ajuda na prevenção a gripes. Se não for possível levar já pronto, prefira comprar os alimentos que são feitos na hora, como espetinhos de carne e frango ou queijo branco no palito. A tapioca de queijo coalho também vale, mas sem o coco. RECEITAS: Suco de água de coco com couve-folha: cozinhar a couve-folha e passar no liquidificador com um pouco de água mineral. Após peneirar, adicionar a água de coco, que neutraliza o gosto da couve-folha. Não é necessário adoçar. Refresco de melancia: para cada 100 gramas de melancia (uma fatia com a espessura de “dois dedos”), adicionar dois copos de 200ml de água e bater no liquidificador.

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Alimentos para desintoxicar o organismo

Durante o período de festas de final de ano é comum as pessoas exagerarem na alimentação, afinal é difícil dizer não aos vários convites para as confraternizações de amigos secretos, festas da empresa, reuniões familiares, enfim, fica difícil resistir ao belíssimo peru, arroz com castanhas, taças de espumante e por aí vai. A preocupação com a dieta e os efeitos do exagero logo aparecem. A mesa da ceia bem servida e com fartura esconde vilões como sal, gordura, com destaque para a gordura saturada e o açúcar. No dia seguinte é comum acordar com sinais de inchaço, cansaço, dores de cabeça, desconforto abdominal e gases. Esses efeitos se devem ao acúmulo de toxinas no corpo. A alimentação adequada no período pós-festas é fundamental para auxiliar o organismo a eliminar essas toxinas e garantir o restabelecimento do bom funcionamento das funções orgânicas e evitar o tão temido ganho de peso deste período de final de festas. Além de uma alimentação balanceada, rica em nutrientes e uma boa hidratação, algumas atitudes potencializam a eliminação dessas toxinas. Pela manhã, tome uma xícara de chá de água morna com limão espremido dentro e uma raspinha de gengibre. Mantenha sua alimentação diária saudável, comendo em intervalos regulares de três em três horas e não fique em jejum. Aumente o consumo de verduras e legumes que aumentam a detoxificação: brócolis, couve-flor, couve, repolho, agrião, rúcula, alface, chicória, brotos e folhas de mostarda, pois estimulam enzimas no fígado responsáveis pela eliminação de toxinas de maneira mais rápida. As verduras amargas, como o agrião e a rúcula ativam o funcionamento do fígado e da vesícula biliar e auxiliam na eliminação de toxinas, além de ajudar no processo de digestão. Aumente a hidratação, consuma pelo menos 10 copos de água por dia nos intervalos das refeições, e consuma alimentos ricos em potássio, como: banana, mamão, ameixa, melão, frutas secas. O consumo frequente desses alimentos aliado ao aumento da hidratação auxiliam na diminuição de retenção de líquido (inchaço). Confira abaixo alguns alimentos que não são recomendados nesse período. · Evite o café neste período de detoxificação. A cafeína prejudica o processo de eliminação das toxinas. E pode diminuir o sono. · Prefira consumir carnes magras como peixes e frango sem pele, dando preferência as formas de preparo grelhada, assada, cozida. · Corte refrigerante e as bebidas alcoólicas. Essas bebidas contêm corantes e outras substâncias artificiais que prejudicam o processo de limpeza do seu organismo, mesmo as diet, light, zero. · Enriqueça a alimentação com alimentos termogênicos, que auxiliam na aceleração do metabolismo, como: gengibre, canela, chá verde, pimenta vermelha. Essas atitudes são fáceis de seguir e auxiliam você a manter o corpo mais equilibrado, garantindo mais pique para as atividades do dia-a-dia e maior qualidade de vida. Vale lembrar que o que realmente nos engorda é o período entre o Ano Novo até o próximo Natal, e não apenas nessa semana de festa, afinal não se pode culpar uma semana pelo que se faz ao longo de um ano. O profissional nutricionista é o mais indicado para te acompanhar e orientar para que você tenha mudanças de hábito alimentar de forma saudável. Sempre siga orientações nutricionais de um profissional nutricionista. *Cibele Regina Laureano Gonsalves é nutricionista e diretora do Departamento de Nutrição – SOCESP.

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Uma pitada de saúde

Responsáveis por realçar o sabor dos pratos, os temperos aguçam o paladar do homem há séculos. O interesse era tanto que, no início da Idade Moderna, os europeus resolveram se lançar ao mar em direção ao Oriente, em busca das cobiçadas especiarias indianas. Com a expansão marítima, os moradores do Velho Continente driblaram o monopólio árabe e puderam desfrutar mais facilmente não apenas do gosto, mas também, dos benefícios medicinais de condimentos como canela, pimenta do reino, cravo e noz-moscada. Os anos se passaram e os temperos hoje são comumente encontrados no Ocidente e uma ótima opção para quem quer aliar os prazeres da culinária aos cuidados com a saúde. “Eles são compostos por uma série de propriedades benéficas como anti-inflamatórias e antioxidantes. Alguns, inclusive, auxiliam na prevenção de doenças como o câncer”, explica a professora de nutrição da Faculdade do Vale do Ipojuca (Favip) Maria Auxiliadora. Nas duas páginas seguintes, você encontra uma lista com temperos saudáveis, além de dicas de como incluí-los no seu cardápio diário. Mas é importante lembrar que todos devem ser saboreados com moderação. “Se consumidos em uma dosagem acima da recomendada, podem provocar efeitos colaterais”, alerta a nutricionista clínica funcional Jandira Gadelha.

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