Arquivos Urbanismo - Página 3 De 9 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Governo abre edital para construir parque linear em Gravatá

Com o objetivo de proteger as margens do rio Ipojuca e, além disso, garantir mais um espaço de convivência para os moradores de Gravatá, o Governo de Pernambuco publicou um edital de licitação para a construção do novo Parque Ambiental Janelas Para o Rio. A obra ficará a cargo da Secretaria de Infraestrutura e Recursos Hídricos. O projeto foi elaborado pela Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), através do Programa de Saneamento Ambiental da Bacia Hidrográfica do Rio Ipojuca - PSA Ipojuca, que é financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O investimento gira em torno R$ 2,5 milhões. Este será o terceiro município a receber a iniciativa. Atualmente, estão em andamento as obras dos parques de Caruaru e São Caetano. O novo equipamento será implantado em uma área adjacente ao antigo Matadouro Público Municipal, no bairro do Jucá, que se encontra sem uso efetivo. O espaço conta com mais de 10 metros quadrados, onde pouco mais de cinco metros quadrados são voltados para o Setor de Equipamentos e Lazer e o restante destinado ao Setor de Preservação Ambiental. O prazo para a execução é de seis meses e a fiscalização da construção ficará por conta da Secretaria Executiva de Recursos Hídricos. “O Governo do Estado tem atuado fortemente no desenvolvimento de ações socioambientais. Nesse sentido, o projeto do Parque Ambiental Janelas para o Rio funciona como mola propulsora para o início de reabilitação do rio Ipojuca, contribuindo para sensibilizar a população sobre a importância de preservar o meio ambiente”, explica a secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista. A estrutura contará com passeios (calçadas), arborização e vegetação paisagística, pista de cooper, quadras esportivas, playgrounds, portaria, administração, quiosque, sanitários e bloco destinado à educação ambiental, área de reflorestamento, central de resíduos, mobiliário urbano, sinalização e iluminação pública. A ação consiste em um conjunto de intervenções previstas nos planos hidroambientais das bacias dos rios Capibaribe e Ipojuca, desenvolvidos com o intuito de proteger as margens do rio de usos indevidos e ocupações irregulares. Além disso, busca valorizar o espaço público com o incentivo ao lazer contemplativo, recreação, prática de atividades físicas e ao exercício da educação ambiental, potencializando o papel do rio na paisagem urbana, valorizando-o como marco paisagístico e elemento de incentivo à convivência social. Em construção - O primeiro Parque começou a ser construído em setembro de 2019, em Caruaru, no terreno da Escola Municipal Altair Nunes Porto, no bairro do Cedro, região de grande densidade demográfica e carência de áreas de lazer. A estrutura do espaço de convivência contempla uma área de mais de seis hectares, destes três hectares são de áreas reflorestadas. As obras devem ser concluídas até junho e beneficiará cerca de 70 mil pessoas. A iniciativa conta com o investimento de R$ 6 milhões. O segundo Parque Janelas para o Rio está sendo erguido na cidade de São Caetano, no loteamento São José, em uma área entre o rio e a BR-232. O equipamento possui 2,71 hectares, sendo aproximadamente dois hectares voltados para lazer e o restante destinado para preservação ambiental. A obra, que possui o investimento de quase R$ 3,5 milhões, deve ser finalizada dentro de sete meses. (Do blog do Governo de Pernambuco)

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Cúpula Hemisférica dos Prefeitos e Governos Locais acontecerá no Recife

Gestores municipais da América Latina vão se reunir em Pernambuco entre os dias 17 e 20 de março para a Cúpula Hemisférica dos Prefeitos e Governos Locais. Com o tema “Cidades inovadoras para as pessoas”, a Flacma (Federação Latino-americana de Municípios, Cidades e Associações de Governos Locais, a CNM (Confederação Nacional de Municípios) e a Amupe (Associação Municipalista de Pernambuco) têm a expectativa de receber autoridades de 24 países, além de representantes de várias agências da ONU (Organização das Nações Unidas). Segundo o presidente da Amupe, José Patriota, o evento tem como objetivo incentivar a construção de cidades que reconhecem o cidadão como o protagonista de suas decisões, o respeito às suas características e sua cultura e o uso de tecnologia e de novas ferramentas de gestão e participação social. A implementação de novas alternativas de financiamento das ações municipais e o fomento à criação de parcerias estratégicas com o setor privado, universidades e com a comunidade internacional são outros temas que o encontro pretende enaltecer. “Nossa expectativa é deixar um legado de boas práticas e experiências, além de modelos exitosos de desenvolvimento sustentável. Tem muita coisa boa no mundo e no Brasil acontecendo, mas que não são muito visualizadas. Existem municípios, por exemplo, que mesmo com pouco dinheiro, estão fazendo muito e conseguindo promover a reversão de seus indicadores negativos”, afirma Patriota. O caráter internacional do evento será reforçado com a participação de representantes da ONU. O prefeito de Al Hoceima, no Marrocos, e presidente da CGLU (Organização Mundial Cidades e Governos Locais Unidos), Mohamed Boudra, têm participação confirmada. De acordo com Patriota, é possível ainda a vinda do próprio secretário da ONU, o português António Guterres. Serviço: Informações e inscrições para participar da Cúpula Hemisférica dos Prefeitos e Governos Locais: www.cumbre.cnm.org.br.

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Árvores, um remédio para o cidadão

*Por Rafael Dantas A urbanização descontrolada reduziu significativamente as áreas verdes das cidades nas últimas décadas. Em paralelo a esse fenômeno, diminuiu também a qualidade de vida dos seus moradores. Concreto, prédios, viadutos. Uma paisagem típica do processo de verticalização tomou as capitais e formou metrópoles. Calor, barulho, fumaça, aglomeração de gente e carros. Desconforto tipicamente urbano que aumenta o estresse, a ansiedade, mas também e traz outros males para o organismo. Em compensação, pesquisas científicas confirmam que frequentar parques e ou morar em áreas mais arborizadas traz inúmeros benefícios para a saúde física e psicológica. Márcia Pastor, 75 anos, nasceu na zona rural do município de Calçados. Sua infância no Agreste pernambucano foi marcada pelo contato com a natureza. Ela cresceu em meio a atividades agrícolas e passeios na vasta região arborizada da sua vizinhança. Depois, foi morar em Garanhuns, que também é repleta de parques públicos, e há 40 anos se mudou para o Recife. Apesar da vida na capital, ela mantém uma rotina quase diária de contato com o verde. Moradora do bairro da Jaqueira, ela caminha regularmente no parque vizinho à sua residência. “Gosto de contemplar a natureza, respirar um ar mais puro e ouvir o canto dos pássaros. Isso me deixa mais leve e traz muitos benefícios orgânicos”. . A atividade física associada ao contato com o verde urbano traz um diferencial para a condição de saúde de Márcia Pastor, na análise da sua geriatra, a professora da Unicap e membro da Câmara Técnica de Geriatria do Cremepe Carla Núbia Borges. “Viver em áreas verdes, fazer caminhadas nos parques, equilibra os níveis de glicose, além de melhorar a postura, a força e o tônus muscular. Há também uma redução das dores musculares e maior oxigenação pulmonar e dos tecidos do corpo”, afirma a médica. . . Mais que o simples bem-estar, estudos acadêmicos já comprovaram que a exposição da população às áreas verdes promove benefícios à saúde. Um estudo da Universidade de Miami, por exemplo, apontou que os moradores dos bairros mais arborizados da cidade apresentaram incidência de diabetes 14% menor e registram 13% a menos de casos de hipertensão. Os pesquisadores revelaram também que, em média, as pessoas vivem três anos a mais quando moram nas regiões com maior presença da natureza. Outro estudo acadêmico, da USP (Universidade de São Paulo), indicou que áreas verdes promovem a mitigação de ruídos, o filtro de poluentes atmosféricos, a regulação térmica, entre outras vantagens. Como resultado disso são decorrentes cinco benefícios principais para a saúde: redução da mortalidade por quaisquer causas, diminuição de doenças cardiovasculares, queda de sobrepeso e obesidade, baixa dos índices de morbidades psiquiátricas (incluindo depressão e ansiedade) e desfechos positivos na gravidez. Quem também dedica parte do seu dia às atividades nas áreas verdes do Recife e desfruta de algumas dessas benesses é o universitário Daniel Praxedes, 24. Ciclista, ele escolhe as ruas mais arborizadas da cidade para pedalar. Para baixar o peso e relaxar, ele também caminha nos parques da cidade. “Sempre vou para minhas atividades físicas ou para a faculdade de bicicleta. Costumo também andar pela cidade, principalmente nos bairros com mais árvores, como o Espinheiro. Quem não gosta de estar em lugares com o ar mais puro? Quem não se sente melhor em frequentar espaços mais bonitos? Quem não se sente melhor com menos calor? Chego em casa cansado pelo exercício físico, mas realizado pelo simples fato de estar bem, de ter tido um momento de prazer em um local para espairecer a mente”, conta Praxedes. O morador de Olinda, Adailson Machado, 77 anos, circula pelas áreas áridas e verdes da Região Metropolitana do Recife. Agrônomo, ele presta serviços em Aldeia, onde desfruta de um melhor conforto térmico e ar mais puro. Mas também frequenta o Centro da capital em transporte público e a pé, sofrendo com as altas temperaturas. “Quando chego em Aldeia, mesmo no ônibus, a diferença de clima é perceptível. No Recife, com exceção de regiões como na Jaqueira, a arborização é muito ruim. Não é muito convidativo, mas mesmo assim ando para todo lugar”, conta o idoso. O bem-estar relacionado à temperatura, mencionado por Daniel e por Adailson, é um dos fatores com grande impacto na saúde da população. De acordo com o patologista Paulo Saldiva, no livro Vida Urbana e Saúde: os desafios dos habitantes das metrópoles, as alterações mais extremas de temperatura nas cidades podem levar inclusive a aumentos no número de mortes. “É impressionante como os picos de dias mais quentes levam a um aumento expressivo da mortalidade, a qual passa despercebida, pois está ‘camuflada’ pelas doenças que exacerbaram, como os infartos do miocárdio e os derrames cerebrais. Considerando que somos afetados pelas variações de temperatura, temos que imaginar antídotos que aumentem a resiliência urbana às mudanças climáticas, notadamente quanto às ilhas de calor urbano”, escreveu Saldiva. O médico aponta que o recurso mais reconhecido para reverter esse cenário ainda é a ampliação das áreas verdes, com a recuperação dos espaços invadido pelo concreto. “A presença da vegetação faz com que a radiação solar seja absorvida pelas folhas das árvores e a vegetação rasteira, reduzindo a temperatura”, aponta Saldiva. Ele indica que pesquisas científicas realizadas em várias cidades do mundo apontaram que parques urbanos e mesmo florestas de "bolso" – instaladas em pequenos espaços disponíveis na cidade – e experiências como a instalação de telhados verdes conseguem reduzir a temperatura local e contribuir para a saúde. CONTRA A ANSIEDADE “Frequentar mais parques e praças disponíveis na cidade traz maior sensação de relaxamento e calma nas pessoas. São áreas que tendem a ser menos barulhentas, que expõe menos seus frequentadores ao estresse”, afirmou o doutor em neuropsiquiatria e ciências do comportamento e coordenador do mestrado profissional em psicologia social da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Leopoldo Barbosa. “Além desses benefícios emocionais, são espaços que propiciam contato com um maior movimento de pessoas e são também mais convidativos para se movimentar mais". . Por outro lado, ele avalia que a preocupação típica da vida nas

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Telhado Verde e proteção social para jovens do Centro

Quem atravessa apressado pela Avenida Sul, pode passar sem perceber pelo casarão onde funciona a Comunidade dos Pequenos Profetas (CPP). Em contraste com o aspecto abandonado e com pouca vida de tantos edifícios no seu entorno, essa construção traz um “respiro” social e ambiental ao Bairro de São José. Na estreia do selo “Soluções Urbanas Criativas”, em que a Algomais passará a destacar iniciativas de alto potencial para revitalizar espaços urbanos, destacamos o projeto Telhado Eco Produtivo – semeando novos horizontes, que desenvolve uma produção agroecológica para a organização. A experiência, já reconhecida internacionalmente, faz um mix da promoção da alimentação saudável com a preservação do verde na cidade e a recuperação de jovens em condição de altíssima vulnerabilidade social. A história desse projeto se confunde com a do seu presidente Demetrius Demetrio. Ainda na juventude, após conhecer Dom Helder Camara e um projeto de apoio a moradores de rua, ele decidiu se dedicar a uma comunidade com a finalidade de recuperar crianças e adolescentes que cometem atos infracionais nas ruas do Recife. Trabalhar com esse público, no entanto, atraiu preconceito e rejeição ao casarão. O local já foi alvo de sete arrombamentos, sem que nenhum objeto de valor tenha sido levado. “As pessoas não queriam entrar aqui. Tinham preconceito porque acolhemos um grupo de crianças que cometem atos infracionais no centro da cidade. Não percebiam que quando estavam aqui, não estavam nas ruas”, conta Demetrius. O resultado disso foram invasões noturnas, por pessoas que destruíram tudo o que havia na casa e ainda jogavam a comida armazenada no telhado. As denúncias contra esses ataques não surtiram efeito. O que interrompeu esse ciclo de violência, que tanto sofrimento causava aos integrantes da organização, foi o telhado verde. Demetrius conheceu na Espanha os jardins na parte superior dos prédios. “Para não ficar com a energia negativa aqui dentro dos assaltos, veio o insight de fazer uma produção orgânica no telhado”. Ninguém acreditou no primeiro momento. Com o apoio de uma empresa parceira, ele conseguiu parte dos recursos necessários via um projeto da Petrobras Socioambiental, com investimento de R$ 250 mil. “Quando o projeto foi concluído, ficou mais evidente o ambiental porque no Estado não tem nenhum telhado verde como o nosso. Aqui são 400 m² de horta orgânica. Isso chamou a atenção das pessoas. Estamos no Centro da cidade, mas aqui é um oásis”, conta. Alface, salsa, berinjela, pimenta, sapoti, laranja, limão, entre outras variedades são colhidas na comunidade e servem tanto para o alimento das crianças e adolescentes que frequentam o espaço, como para doação para as famílias de baixa renda que vivem na região. Antes mesmo do telhado ficar pronto, a CPP recolhia garrafas PETs do Rio Capibaribe e plantava nelas mudas para uma horta vertical. Desde a sua implantação, uma tonelada desse material plástico já deixou as águas do Recife. Hoje, essas mudas seguem para as casas dos alunos, como uma forma de estimular a agricultura urbana e orgânica no bairro. Após a instalação do telhado orgânico, as invasões ao espaço cessaram. Hoje, pelo contrário, a organização recebe visitantes de diversos lugares para conhecer a experiência. A iniciativa, focada na questão ambiental e na alimentação saudável, acabou sendo importante também para a comunicação institucional da CPP na busca de novos parceiros. Com a produção orgânica no telhado e o preparo dos pratos na cozinha da própria casa, a CPP tem incentivado jovens a atuar na gastronomia, no qual Demetrius tem formação. Daniela Rodrigues, 19 anos, participa há três anos das atividades da CPP. Moradora do bairro, ela passa a maior parte do tempo na cozinha da instituição. “Quero ser uma chef. Aprendo muito sobre culinária saudável aqui. Sonho em seguir essa carreira e trabalhar ou criar um restaurante”, afirma. Como Daniella, outros jovens do projeto têm seguido essa carreira. A iniciativa foi reconhecida em dezembro pelo Prêmio de Direitos Humanos Nacho La Mata, do Conselho Geral da Advocacia Espanhola. Quem desejar ajudar ou conhecer de perto essa experiência, pode agendar visita pelos telefones (81) 3424-7481, (81) 8863-7718 ou pelo e-mail: cppclarion@uol.com.br. *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafael@algomais.com)

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Recife Antigo recebe oficinas e palestras de inovação e economia criativa

O Bairro do Recife é considerado o Vale do Silício brasileiro. A comparação com a região localizada nos Estados Unidos, berço das maiores empresas de tecnologia do mundo, não vem à toa: a capital pernambucana abriga um dos mais importantes pólos de inovação do país – o Porto Digital – e, em 2020, ganhou o posto de melhor cidade para se fazer negócios do Nordeste, de acordo com pesquisa da consultoria Urban Systems, em parceria com a revista Exame. Com a proposta de estimular o empreendedorismo inovador na cidade, as Faculdades Integradas Barros Melo (FIBAM) promovem o AESO Ocupa, que leva para o casarão 137, da Rua do Bom Jesus, palestras, workshops, cursos e outras atividades ligadas ao Design Gráfico, Jogos Digitais, Arte, Inovação e Tecnologia. Os encontros acontecem entre os dias 27 e 29 de janeiro e as inscrições podem ser realizadas a partir deste link. Segundo a coordenadora do curso de Design Gráfico da instituição, e organizadora do projeto, este é o primeiro de vários momentos de troca de conhecimento que as FIBAM irão proporcionar durante o semestre: “Sairemos de Olinda, onde fica a sede da Instituição, e levaremos para o bairro do Recife, região que hospeda um dos maiores pólos tecnológicos do país, bate-papos que envolvam cursos disponíveis na instituição e que possuam ampla ligação com a inovação e a economia criativa. O termo “Ocupa” significa justamente isso, levar a AESO para outro contexto, saindo da cidade-sede e ocupando outros espaços”, detalha. Direitos intelectuais, Planejamento de Exposições, Princípios da Animação, Imagem de Marca nas Mídias Digitais e Gestão de negócios para designers são alguns dos temas que estarão disponíveis no encontro. Confira a programação completa: Bate-papos: 27/01 – Das 17h às 19h Arte e desrazão: criar possíveis – Profa. Milena Travassos. Gratuito e aberto ao público. 28/01 – Das 17h às 19h Como proteger suas ideias: Uma breve imersão nos Direitos Intelectuais – Arthur Magalhães. Gratuito e aberto ao público. 29/01 – 17h às 19h Design, Purpurina e Folia – Mediada pela profa Gabriela Araújo, que trará como convidada a Designer Hallina Beltrão. Gratuito e aberto ao público. Oficinas: Workshop Planejamento de Exposições – Responsável: André Aquino. Dias 27 e 28/01 das 13h às 17h. Carga horária: 8h. Custo: R$60 Introdução ao Motion Graphics – Responsável: Raphael Sagatio. Dias 27, 28 e 29 das 9h às 13h Carga horária 12h. Custo: R$80 Oficina O corpo e a voz - Responsável: Mayra Waquim. Dias 27, 28 e 29/01 das 13h às 17h. Carga horária: 12h. Custo: R$80 Imagem de Marca para Mídias Digitais - Responsável: Othon Vasconcelos. Dias 28 e 29/01 das 13h às 17h. Carga horária: 8h. Custo: R$60 Gestão de negócios para designers e afins - Responsável: Nara Castro. Dias 28 e 29/01, das 13h às 17h. Carga horária: 8h. Custo: R$60

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Software pode ajudar gestores a tornar as cidades amigáveis para ciclistas e pedestres

Maria Fernanda Ziegler – Um software capaz de analisar o deslocamento de ciclistas e pedestres pela cidade foi desenvolvido por uma equipe internacional de pesquisadores apoiada pela FAPESP. A ferramenta, disponível gratuitamente on-line, tem o intuito de auxiliar gestores públicos a definir estratégias e ações que estimulem e tornem mais seguras as formas não motorizadas de mobilidade urbana. O estudo, realizado no Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos, compreende a maior análise de dados de ciclistas e pedestres já realizada. Os pesquisadores usaram dados gerados por usuários de bicicleta compartilhada e de um aplicativo para caminhada georreferenciado na cidade de Boston (Estados Unidos). Segundo os autores, a metodologia pode ser adaptada para outras cidades do mundo. “Depois de desenvolver o método para análise de dados, criamos um software livre que está disponível para todos. Estamos firmando uma parceria com a CET [Companhia de Engenharia de Tráfego] para analisar os dados de São Paulo. A ideia é que, a partir da análise de diferentes conjuntos de dados, seja possível identificar o que dificulta o aumento do fluxo de ciclistas e pedestres na cidade e, assim, propor novas estratégias e ações”, disse Fabio Kon, membro da Coordenação Adjunta da Pesquisa para Inovação da FAPESP. A pesquisa foi conduzida no âmbito do INCT Internet do Futuro para Cidades Inteligentes, financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela FAPESP. Também contou com apoio de bolsa da Comissão Fulbright que Kon, professor do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade de São Paulo (USP), recebeu para realizar estudos no MIT Senseable City Lab. A equipe de pesquisadores desenvolveu uma técnica para análise georreferenciada de dados a partir de 260 mil viagens de pedestres de quase 6 mil usuários, de maio de 2014 a maio de 2015, e 800 mil viagens de bicicleta. Os resultados da pesquisa foram publicados no Journal of Transport Geography. Comportamento de ciclistas e pedestres “Historicamente, as cidades têm investido em estruturas viárias sobretudo para carros, o transporte motorizado individual. Hoje, no entanto, sabe-se que incentivar as pessoas a caminhar e a usar a bicicleta como meio de transporte traz benefícios para a saúde, torna as cidades mais humanas e propícias para o convívio, além de reduzir os índices de poluição”, disse Kon. O pesquisador ressalta que essa preocupação tem mudado políticas e a forma de pensar as cidades em várias partes do mundo. “Por isso, desenvolvemos uma metodologia para analisar o fluxo de pedestres e ciclistas em uma cidade e com isso poder gerar ações para esse encorajamento”, disse. De acordo com o estudo, apesar de deslocamentos a pé ou por bicicleta serem cada vez mais reconhecidos como soluções para problemas urbanos, há ainda uma carência de pesquisas focadas em veículos não motorizados e quase nenhuma pesquisa sobre a comparação do comportamento de pedestres e ciclistas. “Não existem muitas análises sobre o comportamento de ciclistas e pedestres por causa da dificuldade de obter dados de qualidade. De pedestres é mais raro ainda. Dessa forma, o trabalho contribui para uma melhor compreensão das características de mobilidade não motorizada em relação à distância, duração, hora do dia, distribuição espacial e sensibilidade ao clima”, disse Kon. Comparando as diferenças O estudo realizado na cidade norte-americana demostrou que ciclistas e pedestres têm comportamentos muito diversos. Uma das principais diferenças está na distância percorrida pelas viagens. Os dados mostraram que ciclistas fazem viagens um pouco mais longas que pedestres, geralmente ligando bairros próximos, enquanto os que andam a pé tendem a fazer isso por alguns quarteirões, porém dentro de um mesmo bairro. Além disso, as viagens a pé têm picos durante a manhã (por volta das 9h), na hora do almoço (por volta das 12h30) e à tarde (por volta das 18h). Já as viagens em bicicletas apresentaram picos em horários semelhantes pela manhã e pela tarde, mas não apresentam pico significativo na hora do almoço. Ao contrário das viagens a pé, as de bicicleta tendem a ter direções opostas durante a manhã e durante a tarde, indicando o uso para ida e volta do trabalho. Outro achado do estudo foi que, nos dias mais quentes, há mais viagens de bicicleta. No entanto, quando chove ou faz frio, essas viagens são reduzidas. O mesmo não ocorre entre os pedestres, que tendem a ser mais regulares, independentemente das questões climáticas, embora haja uma diminuição sensível nas viagens a pé em dias muito quentes. “Se as cidades desejam promover o uso de bicicletas como meio de transporte, terão que investir na infraestrutura de ciclovias ou ciclofaixas. Especificamente em Boston, notamos que as pessoas não se sentem seguras ou confortáveis para esse tipo de deslocamento quando chove ou neva, situação em que o risco de ser prejudicado por carros parece ser maior. Se houvesse mais estrutura, o número de usuários não seria tão reduzido nesses dias”, disse Kon. O artigo Comparing bicycling and pedestrian mobility: Patterns of non-motorized human mobility in Greater Boston (doi: 10.1016/j.jtrangeo.2019.102501), de Christian Bongiorno, Daniele Santucci, Fabio Kon, Paolo Santi e Carlo Ratti, pode ser lido em https://interscity.org/assets/journal_of_transport_geography_2019.pdf. Agência FAPESP

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Operação do sistema de esgotamento implantado pela Codevasf em Cabrobó (PE) deve ter início em breve

O município de Cabrobó (PE) contará em breve com os benefícios da entrada em operação de um sistema de esgotamento sanitário integrado que oferecerá cobertura de 50% na coleta e no tratamento de esgoto. A obra foi realizada pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e mobilizou investimentos de aproximadamente R$ 14 milhões. A intervenção em Cabrobó integra os esforços da Codevasf de revitalização da bacia hidrográfica do São Francisco. Foram implantados 16 mil metros de rede coletora, 24 mil metros de ligações prediais e quatro estações elevatórias com dois mil metros de linhas de recalque até a estação de tratamento composta por lagoa facultativa e lagoa de maturação. As estruturas foram interligadas às já existentes no município para condução de efluentes. “O sistema tem capacidade para coletar, transportar e tratar quase 70 litros de esgotos por segundo e capacidade para atendimento a uma população urbana de quase 28 mil habitantes. A Codevasf tem se preocupado em realizar ações como essas, que melhoram a qualidade de vida da população e revitalizam o nosso rio São Francisco”, explica o superintendente regional da Codevasf em Pernambuco, Aurivalter Cordeiro. “Ao longo de 2020 daremos continuidade a ações semelhantes a essa de Cabrobó em outros municípios da bacia do rio São Francisco”, acrescenta. Após o término da obra, a Codevasf repassou o sistema para a prefeitura municipal, que, por sua vez, concedeu a operação à Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa). Neste início de 2020 a Compesa está realizando pequenos ajustes – investimento de R$ 80 mil – para que a operação do sistema seja iniciada.  

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Recife é recordista em tempo de espera no transporte público

Pesquisa do aplicativo Moovit apontou que o tempo de espera por um transporte público no Recife é o maior do País. O indicador apontou que o usuário de ônibus e trens na capital pernambucana é de 24,88 minutos. Seguem em tempo de espera Brasília (23,48 minutos) e Salvador (22,93 minutos). 10 cidades com maior tempo médio de espera no Brasil (em minutos) Recife - 24,88 Brasília - 23,48 Salvador - 22,93 Fortaleza - 19,91 Campinas - 19,8 Belo Horizonte - 18,81 Rio de Janeiro - 17 Porto Alegre - 16,84 São Paulo - 15,65 Curitiba - 13,19 A capital pernambucana aparece no levantamento ainda como a segunda do País em que há o maior tempo de deslocamento médio, com a marca de 62 minutos. Nesse cenário, o Recife fica atrás apenas do Rio de Janeiro e empatado com São Paulo.

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As cidades e suas novas estruturas e divisões urbanas

As avenidas, ruas, praças, parques, travessas, largos e demais espaços que compõem a estrutura de uma cidade dizem muito sobre a sua identidade. Na contemporaneidade muitas cidades têm tomado novos rumos estruturais e começam a observar suas consequências. Dentre os lugares diversos, existem os espaços de vivência e os de transição, e assim, os espaços públicos e privados; mas a rua deixa de ser um local, para ser apenas uma ligação. É sabido que todos os elementos precisam ser muito bem pensados e planejados na estrutura de uma cidade para que ela possa oferecer condições socioculturais necessárias à população. Em um território que se forma pelo somatório de edifícios e grandes construções, o espaço público é ou não concretizado fisicamente com tais construções, de maneira alguma pode ser substituído ou mesmo abandonado. Infelizmente, não é o que vem acontecendo; inclusive, os espaços de transição começam a tomar conta do urbanismo das cidades que ampliam sua estrutura basicamente com lugares apenas de passagem. Com isso os locais de vivência deixam de existir para dar espaço a ambientes de circulação efêmera que não provocam o sentimento de pertencimento na população. Pois, se o planejamento urbano não favorecer o conteúdo simbólico da cidade, essa passa a ser apenas um grande emaranhado de tecidos soltos sem muitos significados ou pregnância. Mesmo com a onda de especulação imobiliária com suas construções muitas vezes equivocadas, algumas cidades ainda procuram manter seu padrão urbanístico em harmonia entre os aspectos público e privado, antigo e moderno. Isso talvez enquanto propostas mercenárias ainda não tenham sido aceitas; ou quem sabe, realizadas. De qualquer forma, mediante às ameaças ao patrimônio, respaldadas pela sociedade de consumo, o conhecimento deixa de ser um direito e passa a ser praticamente um dever e conhecer a sua cidade é algo realmente importante para todo cidadão. Assim, destacamos o lema adotado pelo Núcleo de Orientação e Pesquisa Histórica (NOPH) de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, atualmente um ecomuseu: “Um povo só preserva aquilo que ama. Um povo só ama aquilo que conhece”. Uma cidade exige territórios articulados e lugares com capacidade de integração entre a comunidade; sem isso, fica evidente a dissolução do urbanismo seguida da urgência de uma nova trama urbana, considerando também a degradação física e simbólica dos bens culturais, espaços públicos e centros históricos. É necessário pensar os espaços com intenção de valorizar os aspectos urbanos e humanos da cidade, valorizando o convívio entre as pessoas. Não obstante, é possível que os espaços públicos de vivência e interação tenham sido substituídos não apenas e simplesmente por espaços privados de uso coletivo, mas inclusive, por outros espaços, aqueles não físicos — os virtuais. Além do mais, o uso frequente de mecanismos tecnológicos induz a população a buscar ambientes com estruturas favoráveis ao manuseio de determinados equipamentos, incluindo o interior de suas próprias casas. Contudo, o comportamento superficial aderido pela população impulsiona uma crise social, porque sua conduta é deficiente na construção e manutenção de valores, surgidos e mantidos por meio da interação afetiva entre os cidadãos. No bojo da urbanidade contemporânea, contemplada pelo afã do capitalismo em detrimento da cultura e preservação do patrimônio, é possível reconhecer uma crise vindoura, influenciada pela troca da cidade pública e social pela cidade fragmentada do lucro e da divisão. Diante disso, o que resta é buscarmos conhecer mais a fundo a nossa história e vivermos a nossa cultura de uma forma mais ativa e efetiva, para além das telas dos nossos computadores e gadgets e dos muros e grades de nossas residências. *Por Danielly Dias Sandy, museóloga e professora do curso de Artes Visuais no Centro Universitário Internacional Uninter.

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A criatividade das soluções urbanas

Na Agenda 2020, Francisco Cunha destacou a efervescência de inovações urbanas que têm surgido no Recife. “São diversas iniciativas importantes pela necessidade de qualificar a vida na cidade, revertendo alguns aspectos ruins da urbanização das capitais brasileiras, a partir da capacidade de inovação dos seus cidadãos”, destacou. O consultor antecipou no evento que a Revista Algomais irá lançar, a partir da próxima edição, o selo “Soluções Urbanas Criativas” para destacar bons projetos vindos da sociedade civil organizada, de organizações sem fins lucrativos, do poder público ou da iniciativa privada. Por parte do poder público municipal, Francisco Cunha chamou atenção para o programa Mais Vida nos Morros e para o Compaz. “São iniciativas importantes para a melhoria da qualidade de vida da população e para a promoção da segurança por meio da cultura da paz”. A participação das crianças e adolescentes no desenvolvimento de inovações urbanas é outro destaque dessa explosão de ações criativas no Recife. Os estudantes da rede municipal se engajaram em projetos como na criação da ecobarreira para contenção de lixo em canais. O trabalho da Comunidade dos Pequenos Profetas, que criou um telhado agroprodutivo em um casarão na Avenida Sul para atender jovens e crianças em situação de risco na região, também foi apresentado pelo consultor. Ao tratar sobre a Ilha de Antônio Vaz, Francisco Cunha destacou a relevância de pensar os quatro bairros que a compõem de forma integrada. “Temos discutido a necessidade de recuperar esse acidente geográfico. Há algumas iniciativas de revitalização dos bairros de São José e Santo Antônio. Mas não é possível encontrar uma solução para a região sem tratar também de Joana Bezerra e do Cabanga, pensando assim de forma conjunta essa ilha”, sugeriu. EMPREGO Um dos temas mais desafiadores para o Recife em 2020 será a geração de empregos. A última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) mostrou a capital pernambucana com índice de 17,4% de desemprego. "Dois polos importantes para geração de empregos em 2020 serão o de saúde, que já tem investimentos programados para vir, e o de tecnologia, que tem gerado muitas vagas", disse o economista Edgard Leonardo. Só o Porto Digital tem previsão de abrir 2,5 mil postos de trabalho.

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