Arquivos Yuri Euzébio - Revista Algomais - a revista de Pernambuco

Yuri Euzébio

Tagore lança "Drama" com participação do Boogarins

Por Yuri Euzébio Há algum tempo atrás fomos surpreendido com o lançamento do álbum de estreia da Tagore, "Movido a Vapor", misturando rock com ritmos regionais e muita psicodelia, o som do grupo se mostrava original e diferente de tudo o que existia até então. A junção de baião com rock psicodélico fez a cabeça de muita gente naquele 2014 e o forte sotaque do cantor marcou os ouvidos de quem ouviu. O álbum foi eleito um dos melhores daquele ano segundo a crítica especializada. Dois anos depois, o conjunto continuou sua trajetória com Pineal (2016) e rodou o Brasil, participando de festivais de música alternativa. Caso você ainda não conheça essa joia fina da nova geração da música pernambucana, aí vai um aperitivo: Pois bem este ano o artista pernambucano lançará seu novo álbum, já apontado como um divisor de águas de sua carreira mesmo antes de seu lançamento. "Maya" conta com a produção de Pupillo - que já produziu Edgar, Céu, Otto e diversos outros artistas - e trará novas texturas sonoras para o inventivo rock psicodélico do Tagore. O disco tem previsão de lançamento para o segundo semestre, mas, antes disso, Tagore apresenta uma música inédita. A faixa não fará parte do repertório do álbum, no entanto dá uma boa pista do que vem por aí. "Drama", já disponível em todos os aplicativos de música, foi composta por ele em parceria com Fernando "Dinho" Almeida, do Boogarins. “Drama é um grito no espelho, um pedido de ajuda ao seu próprio reflexo em busca de forças para encarar as desventuras da existência, entre elas, os desamores" - conta Tagore. O single foi gravado no estúdio Space Blues por Tagore (voz, violão e guitarra), João Cavalcanti (baixo e synth) e Pupillo Oliveira (bateria e percussão). Fernando "Dinho" Oliveira é convidado especial nos vocais e guitarra.

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As lives da pandemia

Por Yuri Euzébio Recentemente escrevi aqui que uma boa dica para se distrair nesse isolamento social era acompanhar os shows que os artistas promoviam em suas casas, as famosas lives do instagram. Não imaginava, contudo, que rapidamente esse virasse a principal expressão de uma classe artística e que fosse causar tanta polêmica. As lives começaram de forma despretensiosa e simples, com os artistas em casa acompanhados de um violão filmadas do celular mesmo, sem microfone, cantando suas músicas numa proposta bem caseira e pessoal. De repente, e sobretudo no mundo Sertanejo, houve uma mudança de estilo. Gusttavo Lima acabou, sem intenção acredito, sendo o marco de um novo formato. Ao investir em uma transmissão elaborada de seu show com cinco horas de duração, câmeras profissionais e patrocínio incluso, o cantor puxou uma fila inesperada e elevou o patamar das lives, pelo menos no mundo sertanejo. Logo em sequência disso, outros artistas do mundo sertanejo fizeram suas próprias superproduções, algumas cercadas de polêmicas com o uso de uma grande equipe rompendo o isolamento social, e logo bateram o recorde imposto por Gusttavo Lima. Agora há uma expectativa do público quanto a novas produções desse estilo. Recebi por e-mail uma chamada para a live de Luan Santana no dia 26 de abril. Analisar o mundo sertanejo não é a intenção desse colunista que vos escreve, até porque o conhecimento é muito raso e superficial para qualquer discussão, não vou esconder que esse novo sertanejo que domina as rádios atuais não me apetece, embora reconheça a força e o poder de engajamento do meio. O ponto aqui é que ao mesmo tempo que os sertanejos podem ter descoberto uma nova tendência no mercado musical diante do cenário de pandemia, podem ter perdido a essência do que eram as lives e iniciado uma competição sobre números envolvidos. Importante deixar claro que em todos esse shows, levantaram-se fundos e doações para o combate ao Coronavírus e auxílio dos mais vulneráveis, há também a preocupação em ajudar quem está precisando nesse momento tão difícil. A Nação Zumbi publicou em seu perfil no instagram uma nota a respeito das lives, informando que são uma banda e que seria muito perigoso para os músicos e para a equipe técnica romper o protocolo de isolamento social para oferecer o que a banda tem de melhor. Outros artistas como o grande Zeca Pagodinho, não fazem live porque não sabem tocar e não tem ninguém para acompanha-los. Outros permanecem numa estrutura modesta, caseira, voz e violão como muitos daqui de Pernambuco. Toda a nova geração do Reverbo participou do Pernambuco.som, projeto da Tv Pernambuco que promove encontros de artistas pernambucanos com transmissão semanal no youtube e nos canais da Tv, outros como Juvenil Silva tão mandando brasa dentro de casa com participações por videoconferência. Enfim, opções não faltam por aqui. Acredito que as transmissões de shows dos artistas em casa são uma grande opção de entretenimento para esse momento em que vivemos, além de manterem a cultura viva. Ainda que em alguns casos tenha virado competição de acessos e com produção rebuscada, como no mundo sertanejo, servem para aproximar os artistas do público de forma natural e espontânea e ainda ajudam quem está precisando. Particularmente, só assisti duas lives nessa quarentena, de Rodrigo Amarante e de Tim Bernardes e ambas me deixaram muito satisfeito. O formato foi voz e violão, na sala de suas casas, e para mim basta isso. No fim das contas, o que importa é ouvir boa música. Então aproveitem a temporada de lives dos seus artistas preferidos, cada um dentro de sua casa e não esqueçam de lavar as mãos sempre que necessário. P.S - Mais uma dica do que fazer no isolamento, assistam o Roda Viva com Jorge Ben Jor de 1995 com direito a Chico Science no time de entrevistadores. É sempre bom ouvir as histórias do morador mais famoso do Copacabana Palace.

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O que fazer na quarentena?

Por Yuri Euzébio A tv aberta vem trazendo uma intensa e importante cobertura acerca da pandemia do Coronavírus, mas chega um momento que é melhor se manter distante dessa programação. Pelo bem da sua saúde mental, é bom filtrar esse excesso de informação diária. Nos serviços de streaming, não faltam opções de qualidade para entreter você, querido leitor, nesse período de isolamento social. Como o negócio aqui é música, tomei a liberdade de levantar algumas opções de filmes que envolvam, de alguma forma, a maravilhosa mistura entre som e ritmo.  Todos estão disponíveis para deleite na Netflix. O Barato de Iacanga - Um belíssimo documentário com os bastidores do Festival de Águas Claras, o mais lendário festival alternativo dedicado à música brasileira. Fazendo sucesso entre a década de 1970 e de 1980, ficou conhecido como o "Woodstock do Brasil". Vínicius de Morais - Um doc drama que mistura diversas liguagens cinematográficas para falar sobre a vida do poetinha. A partir da realização de um pocket show em homenagem a Vinicius de Moraes e conduzidos por dois atores (Camila Morgado e Ricardo Blat) se dá início da reconstrução da carreira do cantor e compositor. Nascido em 1913 no Rio de Janeiro, Vinícius de Moraes testemunhou e foi personagem de uma série de transformações na cidade, tendo criado para si um dos percursos mais relevantes da cultura brasileira no século XX. Vale a pena assistir. Raul: O início, o fim e o meio -  A vida e a obra de um dos maiores artistas brasileiros. Expoente do rock nacional, Raulzito é desvendado desde o início influenciado por Elvis Presley até seu precoce fim, com uma parceria com Marcelo Nova. Claro que passando pela Sociedade Alternativa e os anos de parceria com Paulo Coelho. A obra descortina por imagens raras de arquivo, encontro com familiares, conversas com artistas, produtores e amigos, a trajetória da lenda do Rock brasileiro. Prepara a pipoca e vai correndo! Chasing Trane - Por aqui, também gostamos de jazz e esse eu assisti ontem. Por meio de entrevistas, filmagens antigas e informações privilegiadas, a obra relata a trajetória de um dos maiores músicos do jazz norte-americano, John Coltrane. Miles Davis: Birth of the cool - Um retrospecto da carreira do, talvez, mais importante jazzista de todos os tempos. O responsável por tornar o jazz um gênero musical mais difundido e por ter levado esse estilo para a população de massa, além de revelar outros grandes nomes da música, como o próprio John Coltrane, Wayne Shorter, Ron Carter, Herbie Hancock e Chick Corea. Veja o filme e depois ouça o Kind Of Blue. La La Land: Cantando Estações - Um belíssimo musical que conta a história da aspirante a atriz Mia e do pianista Sebastian que se conhecem  e se apaixonam perdidamente. Em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva Los Angeles, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo, enquanto perseguem fama e sucesso. Tudo isso embalado por lindas canções e perfomances dignas dos melhores tempos do gênero musical em Hollywood. O mesmo diretor, Damien Chazelle, realizou o empolgante "Whiplash - Em Busca da Perfeição" que também vale a pena assistir. Ray - A turbulenta história do gênio da música Ray Charles. A audácia e o talento incomparável do músico, o transformou em um fenômeno nas turnês e nos estúdios, mas drogas, mulheres e lembranças ruins afetaram muito a sua vida pessoal. A obra aborda sua perda de visão na infância, o quanto isso o prejudicou no início da carreira e alguns traumas que dificultaram sua carreira artística. Filmaço!! Dirty Dancing - Clássico dos anos 80, conta a história de Frances "Baby" Houseman, uma jovem que se apaixona pelo instrutor de dança Johnny Castle (Patrick Swayze) durante as férias em um resort. É sempre uma boa história para se rever e com uma trilha sonora recheada de clássicos. E, convenhamos, faz tempo que não passa na Sessão da Tarde. Mamma Mia! - Uma ode ao Abba. Musical que conta a história de Donna, a proprietária de um hotel nas ilhas gregas, está preparando o casamento de sua filha com a ajuda de duas amigas. Enquanto isso, a noiva Sophie convida três ex-namorados de sua mãe na esperança de conhecer seu verdadeiro pai. Não tem perfomances musicais memoráveis, mas é difícil não se pegar cantando algum sucesso da banda sueca. Tão ruim que fica bom!! Dê uma chance P.S: Outra alternativa pra quem tá em casa nessa quarentena são as lives do Instagram. Inúmeros artistas estão promovendo shows em suas casas e transmitindo via live na rede social. Destaco aqui duas iniciativas locais desse tipo de proposta, mas existem inúmeras outras que fique bem claro. Neste final de semana, o perfil @DescubraPernambuco inaugura uma ação cultural em conjunto com artistas do Nordeste. A primeira edição do Festival Palco em Casa, reunindo grandes nomes da cena musical da região, se dá nesta sexta-feira (27), sábado (28) e domingo (29). O evento contará com a participação de nove artistas e grupos, que farão pocket shows, sempre a partir das 19hrs. Confira abaixo a programação: Sexta-feira (27) 19h – André Rio 20h30 – Elba Ramalho 22h – Luciano Magno Sábado (28) 19h – Santana, o Cantador 20h30 – Maestro Spok 22h – Nena Queiroga Domingo (29) 19h - Cezzinha 20h30 – Quinteto Violado 22h – Gerlane Lops Quem também tá investindo nesse segmento é a TV Pernambuco, todo dia às 19h30 ela promove, a partir de seu novo programa Pernambuco.som, shows ao vivo de artistas pernambucanos. Com transmissão pelo youtube e nos canais digitais da emissora. Veja a programação completa no PortalEPC.com.br, mas já adianto que é só jóia fina e já teve Juliano Holanda, Sam Silva, Gean Ramos, Pc Silva, Mazuli e muitos outros estão por vir. P.S 2: Acaba de sair nas plataformas digitais, o novo álbum da Academia da Berlinda, "Descompondo o Silêncio", então já sabe... Se nada disso te chamou a atenção, corra pra ouvir que o balanço e o suíngue da banda podem te conquistar. Vamos  enfrentar o coronavírus com arte, cultura e muita música, portanto fique em casa, lave as mãos e se

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Sinspire sonoro reúne grandes nomes da cena musical em sua primeira edição no Recife

Por Yuri Euzébio O Recife vai receber entre os dias 12 e 15 de fevereiro, a primeira edição do projeto Sinspire Sonoro, que reúne grandes nomes da cena musical, em shows inéditos, apresentações, troca de experiências sonoras e inovações musicais. Karina Buhr, DJ Dolores e Luísa Nascimento (Luísa e os Alquimistas) são alguns dos nomes confirmados no projeto que ocorre no Sinspire, Praça do Arsenal – Recife Antigo. A programação abre com o Antimatéria Pré Porto, na quarta-feira (12), a partir das 22h e reúne artistas de Recife, Olinda e Noruega para sessões de improviso livre com percussões, vozes, música de ruídos e beats eletrônicos. Os artistas serão divididos em 3 combos e, por fim, tocam todos juntos. No line, Aishá Lourenço, Karina Buhr, DJ Dolores, Bongar, Siba, Paal Nilssen-Love, Tai Ramosleal, Una e Yuri Bruscky. Os ingressos já estão disponíveis no site do Sympla. Na quinta-feira (13), a partir das 23h, o Sinspire abre para a Donas, festa que reúne as DJs Allana Marques,Malu Donazan e Riana Uchôa para uma noite com as mulheres no comando do som. A Festa da Chapa Quente é o agito que ferve a pista do charmoso casarão, na sexta-feira (14), com shows do Joinhas Band, Lello Bezerra, David Neves, Maria Beraldo, e Grassmas. Os DJs Sangue no Olho e Vinícius Lezo completam a grade da noite, na regência das carrapetas Dale Balanço, a festa que encerra a programação do Sinspire Sonoro no sábado (15), às 23h, traz o grupo pernambucano Toca do Cuco, o DJ HTTP, Talismã e Luísa Nascimento, da banda Luísa e os Alquimistas (RN), para esquentar a pista até de manhã. PROGRAMAÇÃO ANTIMATERIA Quarta-feira (12), às 22h R$ 15 no Sympla Aishá Lourenço Karina Buhr DJ Dolores Bongar Siba Paal Nilssen-Love Tai Ramosleal Una Yuri Bruscky GG Albuquerque DONAS Quinta-feira (13), às 23h R$ 15 no Sympla Allana Marques Malu Donazan Riana Uchôa FESTA DA CHAPA QUENTE Sexta-feira (14), às 23h R$ 15 no Sympla Joinhas Band + Lelo Bezerra David Neves Maria Beraldo e Grassmass DJ Vinícius Lezo DJ Sangue No Olho DALE BALANÇO Sábado (15), as 23h R$ 15 no Sympla Toca do Cuco HTTP TALISMÃ Luísa Nascimento (Luísa e os Alquimistas) SERVIÇO: Sisnpire Sonoro Informações: (81) 9 9993.6266

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Festival Pré-Amp divulga programação

Por Yuri Euzébio O Festival Pré Amp, que esse ano tem como tema " Cultura como forma de resistência", segue forte para sua 17a edição, que acontecerá entre os dias 03 e 15 de fevereiro, com uma programação recheada de novidades. Foi mantida a mostra competitiva para a edição deste ano, onde 10 bandas dividias por região ( 02 vagas Agreste, 02 vagas Zona da Mata, 02 vagas Sertão e 04 vagas Região Metropolitana do Recife) disputam entre si por uma premiação que é a gravação, mixagem e masterização do seu primeiro álbum de carreira, além de garantir uma vaga na programação do Carnaval do Recife e no festival de inverno de Garanhuns. Nas duas semanas que antecedem o Festival, acontece o projeto palco escola, com uma programação intensa de atividades formativas como: 8 oficinas, 5 mesas de debates e 5 worshops em diversos pontos do Recife como o Compaz, Porto digital e armazém do campo). O projeto palco escola que está dentro das programações do festival Pré-AMP tem como objetivo oportunizar aos alunos das oficinas e workshops atuarem no mercado de trabalho da música e produção em geral. Como complemento das aulas teóricas os alunos estagiam no festival Pré-AMP, festival Rec Beat, carnaval do Recife dentre outras festas do período carnavalesco. Uma das grande surpresas deste ano são as duas atrações que fecharão as duas noites do festival. Na sexta-feira (14), sobe ao palco a banda Nação Zumbi, que volta ao carnaval do Recife, onde fará um show com os maiores sucessos de sua carreira e versões zumbificadas de músicas importantes na história da banda que é formada por Jorge Du Peixe( voz), Lúcio Maia( guitarra), Dengue( baixo), Toca Ogan ( percussão), Tom Rocha( bateria) Marcos Matias e Da Lua( alfaias). Já no sábado (15), quem fecha a noite, comemorando seus 30 anos de estrada, é a banda Eddie, uma das bandas pioneiras do Mangue Beat e idealizadora do Movimento Original Olinda Style. A banda formada por Fábio Trummer( guitarra e voz), Urêa( percussão e voz), Andrer ( trompetes e teclados), Kiko e Rob ( bateria e baixo), levará ao palco um show revisitando todas as fases da banda, além de inéditas do novo trabalho " Mundo Engano" , além de trazer sua antiga formação, Sonic Mambo, prometendo fazer todo mundo pular já entrando no clima de carnaval, no Cais da Alfândega, na semana Pré Carnavalesca, além das bandas selecionadas, que em breve serão divulgadas nas redes do Festival. A programação completa das oficinas estão nas redes sociais do Festival @oficial_amp) Oficinas: Local: Compaz Ariano Suassuna (Cordeiro) Fotografia - Marcelo Soares Sonorização - Marcos Negreiros O artista na era digital - Afonso Santi Elaboração de projetos - Sérgio Ricardo Iluminação - Natalie Revorêdo Técnica de palco - Black Stage Beatmaker - Thiago Honorato Criação de figurino - Bárbara Oliveira Workshops: Coordenação de BackStage - Ticiana Pacheco

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Porto Musical divulga programação completa

Por Yuri Euzébio Daqui a mais ou menos um mês, Recife confirmará sua vocação para as artes e cultura recebendo mais uma edição do Porto Musical. Consolidado no cenário nacional e internacional da música, o festival trafega desde 2005 fora da curva dos eventos do gênero no Brasil. Bienal, chega à nona edição nos dias 13, 14 e 15 de fevereiro de 2020, atraindo um público interessado em criação de redes, contatos, trocas de conhecimentos e geração de negócios. A programação ocorre em plena semana pré-carnavalesca, em espaços culturais do Bairro do Recife e na rua, onde fervem agremiações e milhares de pessoas, que saem de casa ou chegam à cidade para prestigiar e brincar nas manifestações culturais e populares que fazem de Pernambuco um dos estados brasileiros mais festivos do período. Essa experiência, que mistura clima de trabalho e folia, é uma característica exclusiva do Porto Musical, que oferece aos inscritos temas atuais e provocativos para o mercado da música em seminários, conferências e oficinas, trazendo ainda uma programação aberta ao público com 18 showcases e uma série de discussões sobre o mercado local nas Sessões Bolo de Rolo. A programação 2020 se dividirá entre a Praça do Arsenal, onde acontecem as apresentações musicais noturnas, e na frente do Paço do Frevo, com os daycases (showcases diurnos). O Paço do Frevo, um dos mais importantes centros culturais do Estado, por preservar e fomentar o ritmo genuinamente pernambucano, abriga também a série de encontros com profisssionais e temas locais, as chamadas Sessões Bolo de Rolo. As outras atividades serão realizadas no Cais do Sertão, Apolo 235 e Portomídia. Com 90% de sua equipe formada por profissionais do gênero feminino, optou-se também que a curadoria dos showcases tivesse a batuta de mulheres programadoras de festivais do Norte e Nordeste do Brasil: Carol Morena é criadora do Festival Radioca, da Bahia, e atuou como coordenadora geral do Festival Mundo, na Paraíba; Luciana Simões é idealizadora do Festival BR135, que acontece em São Luís do Maranhão; Renée Chalu, sócia do festival paraense Se Rasgum e Festival Sonido - Música Instrumental e Experimental; fechando o time com Melina Hickson, diretora do Porto Musical e empresária dos artistas Siba, Sofia Freire, Anderson Miguel e Tássia Reis. O Porto Musical espera uma média de 8 mil pessoas em cada noite de showcases do Porto Musical. Na quinta-feira (13), estarão no palco Vox Sambou (Haiti/Canadá), China (PE), UNA (PE), Ave Sangria (PE), Devotos (PE). Na sexta-feira (14), tocam The Raulis (PE), Aíla (PA), Frente cumbiero (Colômbia), Coco de Toré Pandeiro de Mestre (PE) e Siba (PE). O sábado, último dia do Porto, a noite mostra a diversidade da música brasileira com Maria Beraldo (SP), Filipe Catto (RS), Enme (MA), Luísa e os Alquimistas (RN) e Jéssica Caitano (PE). Em cada dia de evento haverá um daycase, sempre às 13h30. São eles: Arrete (PE), dia 13; A Hora do Frevo (PE), dia 14; e Guitarrada das Manas, no dia 15. Cais do Sertão – Este ano, o Porto está de casa nova para os seminários, conferências e pitchings. O espaço conta com infra-estrutura de ponta e atende os profissionais presentes e público inscrito com conforto e acessibilidade. Os seminários desta edição trazem temos como gestão de carreiras artísticas, trazendo uma turma da pesada: os quatro sócios da Let´s Gig, agência que trabalha com artistas como Luedji Luna e Liniker. Estratégias para lançamento digital também estão na pauta, em três horas de conversa com Marina Amano, fundadora da Listo Music. Os direitos autorais, com foco nas plataformas digitais também estarão em voga, com Márcia Xavier, administradora do repertório de titulares da UBC (União Brasileira de Compositores) no Norte e Nordeste. As conferências são consideradas dentro do Porto Musical momentos de reflexões e provocações sobre assuntos que rondam o mundo contemporâneo da música. “´São seis conferências criadas para sacudir cada um de nós que vivemos de música”, coloca Melina, que ao lado da produtora Pérola Braz montou painéis encontros com respeitados profissionais que trarão debates que mais questionam do que explicam: Existe música fora da bolha? É possível reagir ao algorítimo e ser visível? ; Política de Cancelamento na internet: justiça ou opressão?; O artista negro está em pé de igualdade com o artista branco?; Bregafunk: como uma música à margem do mercado, das políticas públicas e criminalizada consegue um público tão numeroso e diverso?; Por onde anda a crítica musical brasileira?; A música política: Pisando em Praça de Guerra. Entre as oficinas, André Abujamra aporta no Recife para a oficina Destribificação Abujamrica, onde atiça: inspiração cai do céu? , explorando o desenvolvimento das criações. Matheus Alves e Tomaz Alves Souza ministram a oficina “Música pra cinema: duas abordagens”. A dupla foi vencedora do prêmio de melhor trilha sonora original por Bacurau no 41º Festival de Havana. Além disso, a Oi Futuro e o British Council apresentam a masterclass “Você como uma marca”, parte do programa Asas, uma experiência para transformar seu produto ou artistas numa marca. No mesmo momento, o Porto Musical promove um encontro especial com produtores e instituições canadenses. Bolo de Rolo – Iniciada na última edição, a sessão é aberta ao público com atividades gratuitas pelas manhãs e tardes, no Paço do Frevo. Cultura popular e sua inclusão em palcos, a economia do frevo, acessibilidades e suas formas de integração no mercado, iniciativas do Sertão do Pajeú, pesquisas sobre estética e políticas públicas serão alguns tópicos debatidos. Ainda a mesa “Da lama ao caos – da gréia ao sucesso internacional”: Lorena Calabria, Paulo André Pires, Renato L, DJ Dolores e Alexandre Dengue discutem as estratégias que ajudaram no lançamento do clássico álbum de Chico Science e Nação Zumbi. Arena Sebrae de Pitchings – Com apoio do Sebrae, o Porto abre mais espaço para novos artistas apresentarem seus trabalhos para programadores de festivais nacionais e internacionais. Serão 50 pitchings de cinco minutos para cada artista. Neste tempo, terão a chance de exibirem, em formato livre, sua melhor performance. Os pitchings serão expostos diariamente, das 10h30 às 12h30,

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Um 2020 com muita música pernambucana

Por Yuri Euzébio Começamos 2020 do mesmo modo que encerramos 2019: de olho na música pernambucana. Entre lançamentos, shows, novas produções de artistas locais e a proximidade do carnaval, o novo ano promete muita coisa boa pros ouvidos dos amantes da boa música. Veja só um tantinho do que vem por aí. COMBO X CAI NO FREVO COM CIFRÃO O Combo X, projeto de Gilmar Bolla 8 e Bactéria, aposta no frevo para animar o carnaval 2020. “Cifrão é um frevo alegre, pra cima, e ao mesmo tempo, descontente com os caminhos do Brasil”, resume Gilmar. “Afinal, carnaval é para brincar e contestar”, completa. Os arranjos de “Cifrão” contam com metais e uma percussão agitada para criar a levada frenética que um bom frevo pede. A letra da música indaga repetidas vezes: “cadê o dinheiro?”, pergunta recorrente no dia a dia dos brasileiros desde que Brasil é Brasil. “É canção perfeita para cantar em coro nas ladeiras de Olinda, nas ruas do Recife Antigo e em um bom baile de carnaval. É frevo, de Peixinhos para o mundo”, descreve Gilmar. COMBO X: Em 2012, Gilmar Bolla 8, percussionista e fundador da Nação Zumbi, convocou um time de músicos de Peixinhos, bairro de Olinda, para apresentar um arsenal poderoso de alfaias, timbales, baterias e muitos efeitos. Com seu disco de estreia, "A Ponte" (2013), Gilmar Bolla 8 recebeu quatro indicações ao Grammy Latino, passou por palcos disputados de festivais como o Rec-Beat, e deixou uma sonoridade explosiva de ritmos africanos combinados a elementos tradicionais da cultura popular nordestina. Seis anos depois, Combo X apresenta "Meu Brinquedo", segundo disco do projeto, que celebra o encontro de dois ícones da música pernambucana: o próprio Gilmar Bolla 8 e Bactéria, tecladista e ex-Mundo Livre S&A, que atualmente está na banda de Otto e encabeça outros projetos musicais como Rozenbac. Combo X conta, ainda, com os talentos de Rinaldo Carimbó (percussão) e Izídio Lê (sopros). Em dezembro de 2019, Combo X fez a estreia de “Meu Brinquedo” no palco do Espaço 170 em São Paulo, durante a noite dos 20 anos da produtora Diversão e Arte, no SIM São Paulo. SIBA LEVA SUA CORUJA MUDA PARA OLINDA O cantor, compositor, músico, poeta e um dos mais inquietos e inventivos artistas de Pernambuco Siba lança "Coruja Muda" , seu terceiro e último álbum solo, com um show hoje (10/01) no Clube Atlântico, no bairro do Carmo, em Olinda. Apostando em ritmos locais e na tradição da poesia oral da região da Zona da Mata Norte de Pernambuco, o álbum é permeado por referências ao coco de roda, da embolada, zambê, toré, tudo isso envolto a guitarra, baixo e bateria numa mistura que quem já conhece a carreira do cantor sabe que é bom. O show se concentrará nas 11 faixas do disco, mas é certo que um ou outro clássico do repertório do poeta sempre pode aparecer. Sou suspeito pra falar, mas não dá pra perder uma maravilha dessa não. O show ainda vai ter participação de Mestre Bi, um dos novos nomes do Maracatu de Baque Solto que vem dando o que falar a frente do Maracatu Estrela Brilhante de Nazaré da Mata. Siba é um dos artistas mais originais e prolíficos do Estado, unindo tradição e modernidade desde os tempos de Mestre Ambrósio, passando por uma nova proposta de linguagem com a Fuloresta do Samba e resgatando a guitarra para construir um novo som na carreira solo. Não é toda noite que um mestre da cultura popular se apresenta por aqui, então eu, se fosse tu, não perdia de jeito nenhum.Eu, que não sou besta nem nada, estarei lá!! Serviço Show de lançamento do disco “Coruja Muda”, de Siba Sexta-feira (10), às 21h Clube Atlântico de Olinda – Avenida Sigismundo Gonçalves, 1002, Carmo, Olinda Ingressos: R$ 80 (inteira), R$ 45 (social, levando 1 kg de alimento não-perecível) e R$ 40 (meia) MARCELO CAVALCANTE, UM NOME PRA FICAR DE OLHO  O cantor e violonista Marcelo Cavalcante é um recifense radicado em Olinda. Envolvido com a cultura popular de Pernambuco, Marcelo acompanhou artistas como Mestre Ferrugem, Dona Cila do Coco e Dona Glorinha do Coco. Atualmente, ele lançou-se em carreira solo, com o frevo “Alto do Bonsucesso”, que saiu no Carnaval de 2019. Na mesma época, Marcelo montou, junto com Juvenil Silva, Marília Parente e Feiticeiro Julião o grupo Avoada, de música folk regional, com letras que falam do momento atual do país. Marcelo viajou por Pernambuco e Paraíba junto à Avoada, que se caracteriza como um projeto itinerante, gravando videoclipes na estrada e tocando pelos interiores do Nordeste. Em dezembro de 2019, o músico lançou o compacto “O Lobo de seu Ego Infernal”, com duas canções e direção musical de Thiago Gadelha, produtor da Toca do Lobo Records. Marcelo também participou do 48°FENAC, em MG, com a música “Passeriforme”.  Também gravou na trilha do espetáculo “Vento Forte Para Água, Bolha e Sabão”, com direção musical de Samuel Lira. Marcelo Cavalcante é figura constante nas noites olindenses, tocando um repertório de MPB e samba. Foi nessas noites que ele criou o Samba do Carcará, projeto que mistura música brasileira com a temática da resistência política. Cavalcante é um desses novos nomes que estão agitando a música alternativa local, participando ativamente de várias movimentações artísticas e construindo seu espaço com produção autoral. É um nome pra ficar de olho nesse ano que inicia. Se liga que o caba é bom.

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Encontro do Maracatu Nação Estrela Brilhante com a Orquestra Afrosinfônica

Por Yuri Euzébio Uma orquestra ancestral clássica, é assim que podemos definir o trabalho da Orquestra Afrosinfônica (BA), o grupo foi criado há 10 anos em Salvador, desconstruindo padrões mais tradicionais e evidenciando a cultura e a musicallidade afro-brasileira. Desde 2009, a orquestra resguarda a história por meio do canto.  São 22 integrantes que misturam a base da música clássica européia, em comunhão com a riqueza sonora do povo ao qual estão inseridos. É um dos grandes conjuntos musicais brasileiros, com um trabalho singular e que mantém viva a tradição e as características de um povo. Fundado em 1910, por ex-escravos entre os fundadores do Maracatu Nação Estrela Brilhante, destaca-se o Seu Cosme, pescador que cresceu em Igarassu na segunda metade do século XIX. Com residência no Alto José do Pinho, Marivalda Maria dos Santos, a famosa Dona Marivaldaque também é rainha da Nação é a atual presidente do Estrela Brilhante. Os grupos se encontram e dividem palco, no Alto José do Pinho, na próxima sexta-feira (20), a partir das 20h. Com regência do Maestro Ubiratan Marques, o encontro ocorre na Rua Severino Bernardino Pereira, 197 e é o segundo da série patrocinada pela chamada pública “Música em Movimento”,da Petrobras (o primeiro foi realizado em Salvador durante o Novembro Negro e contou com a participação do bloco afro Malê Debalê). O evento que é completamente aberto ao público também conta com o apoio da Prefeitura de Recife e realização da ONG Casa da Ponte. A Afrosinfônica faz uma abordagem erudita a pesquisas sonoras e conceitos intimamente ligados à música afro-brasileira, expressando-se sob forma de poemas sinfônicos. O conceito “afrosinfônico” cunhado pelo maestro, decorre da dissecação de elementos dessas expressões musicais para a composição de temas inéditos e tratamentos posteriores, como a criação de arranjos sinfônicos e orientação da expressão que se pretende extrair de cada instrumento da orquestra. Serão incorporadas ao repertório da orquestra, três músicas com arranjos sinfônicos criados especialmente para a ocasião: “Mãe D’água” e “Ponto de Oxalá” são adaptações de pontos de orixá das nações Ketu e Nagô, de domínio público, constantes do repertório do maracatu Nação Estrela Brilhante, e “Baião da Penha”, de Guio de Morais e David Nasser, foi a música escolhida para homenagear o pernambucano Luiz Gonzaga e seu repertório. Há também “Nação Maracatu do Amor”, que é mais que uma homenagem ao também pernambucano Maestro Moacir Santos, que assina a composição (com Nei Lopes) e arranjo. Essa música apresenta a tradição na qual está inscrito o trabalho de arranjo sinfônico do Maestro Ubiratan Marques, dada pela aproximação entre a música sinfônica e expressões da música popular, remontando a Moacir Santos e Heitor Villa-Lobos. Assim devem ser recebidas “Mãe D’água” e “1835” (apresentada no concerto de Salvador). A Orquestra Afrosinfônica ainda reserva para o concerto a música “Maracatu do Congo”, parceria entre o Maestro Ubiratan Marques e Mateus Aleluia. O Maestro criou um tema musical do cancioneiro popular que remete ao imaginário de uma filarmônica entrando na cidade, à frente de uma procissão, e Mateus Aleluia responde com a história de um Rei do Congo que se converte ao cristianismo, e depois, numa surpreendente reviravolta, o abandona para retornar a sua religião original. A música se relaciona com a religião de diversas maneiras, pernambuco já se estabeleceu como palco para festivais e shows de religiões cristãs, esse encontro serve como um reconhecimento e uma louvação da importância e da potência musical das religiões de matriz africana pro Estado, além de ser uma grande oportunidade para celebrar a riqueza espiritual e cultural do brasil, especialmente do Nordeste.  Mais uma vez, se eu fosse tu, não perdia por nada!! SERVIÇO ORQUESTRA AFROSINFÔNICA E O MARACATU NAÇÃO ESTRELHA BRILHANTE SE ENCONTRAM EM APRESENTAÇÃO INÉDITA NO RECIFE Na sexta-feira (20), às 20h, na Rua Severino Bernardino Pereira, 197, Alto José do Pinho. Entrada gratuita   --

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Final de semana com muita música

Por Yuri Euzébio O fim de semana reserva opções variadas para quem, assim como esse intrépido colunista que vos escreve, curte uma boa música. Diversos shows estão programados para acontecer e abrangem os mais variados públicos. Cometo a ousadia de tentar convencer você que lê essa ilha textual sonora a acompanhar alguma dessas apresentações. Por minha conta e risco. Comemorando 30 anos de carreira em 2019, a banda Eddie participa do 3° Festival da Juventude, que é uma realização da Prefeitura do Recife em parceria com o No Coquetel Molotov, e acontecerá amanhã (9/11), a partir das 13h, no Parque da Macaxeira, Zona Norte do Recife. O grupo, desde o seu início, no fim da década de 80, sempre levantou a bandeira de Olinda, levando o som urbano da periferia da cidade misturado ao rock, punk e outros ritmos, como samba, frevo, reggae, surf music, coco e pop numa embalagem que os músicos batizaram de Original Olinda Style, título de um dos clássicos álbuns da banda. A trupe liderada por Fábio Trummer já lançou oito discos, incluindo clássicos como "Metropolitano" (2006) e Carnaval no Inferno (2008). Dentre seus maiores sucessos estão “Pode me Chamar”, “Baile pra Betinha” e “Bairro Novo/Casa Caiada”. Ano passado, eles lançaram seu último disco de estúdio “Mundo Engano”, produzido por Pupillo. Com o tema #DefendendoDireitos, o Festival da Juventude completa três anos e se consolida no calendário cultural da capital, com a proposta de promover um encontro de celebração entre as diversas expressões da juventude da cidade. Para 2019, a estimativa é de um público de mais de 5 mil jovens. A prévia do Festival No Ar Coquetel Molotov é aberta ao público, e contará além da apresentação da Eddie, com os shows Margot, Arrete, Halo, 9K, Okado do Canal e o Afoxé Omim Sabá. Além disso, o Festival traz artistas circenses, oficinas, feira com artesanato e gastronomia, apresentações dos grupos culturais juvenis selecionados em edital, exposição e discotecagens, contemplando os mais variados gêneros musicais curtidos pela juventude pernambucana.   IVO THAVORA E DIZMAIA NO TERRA CAFÉ BAR   Já nesta sexta 08/11, Ivo Thavora e a banda Dizmaia se unem para uma festa dançante no Terra Café Bar. Ivo traz o repertório do seu disco de estreia, Rebento, lançado este ano, com algumas músicas de artistas que influenciam a sua carreira, como Gilberto Gil, Caetano Veloso e Sandra de Sá. Já a Dizmaia, vem com pérolas do síndico mais querido do Brasil: Tim Maia, além de composições autorais de um novo projeto musical, que a banda pretende lançar no próximo ano. A noite ainda reserva um encontro dos artistas no palco, com clássicos da música popular swingada do Brasil. Ivo Thavora e DizMaia no Terra Café Bar Rua Bispo Cardoso Ayres, 467, Boa Vista – Recife Ingressos à venda no local ou através do sympla: https://www.sympla.com.br/ivo-thavora-e-dizmaia-no-terra-cafe-bar__704414   Recife recebe Encontro Nacional das Mulheres na Roda de Samba Voltando ao sábado, Recife receberá também a segunda edição do “Encontro Nacional das Mulheres na Roda de Samba”, com homenagem à cantora e compositora Leci Brandão, referência para todas as mulheres que trabalham com música. O evento tem início às 15h, no Terra Café - Bar, localizado no bairro da Boa Vista. A entrada do show, que conta com as apresentações de Karynna Spinelli, Nena Queiroga e Carla Rio, entre outras cantoras que representam o samba, custa R$ 10 + 1kg de alimento não perecível. Considerado o maior evento de mulheres sambistas, o projeto vai acontecer simultaneamente em 19 estados brasileiros. Além do Brasil, haverá representação de mulheres do samba em três países no exterior: Argentina (La Plata), Portugal (Lisboa) e, por último, Itália (Florença), totalizando 25 cidades. A abertura da roda de samba acontecerá às 17h (horário de Brasília), com transmissão ao vivo no Facebook, contemplando todas as cidades participantes. Na capital pernambucana, grandes expoentes do ritmo estarão presentes, como: Karynna Spinelli, Gracinha do Samba, Helena Cristina, Nena Queiroga, Amanda Cabral, Mannu Travassos, Michelle Monteiro, Monica Feijó, Carla Rio, Riá, Selma do Samba, Monike Carvalho, Pandora, Keka Villaverde, Leide do Banjo, Sofia Souza, Kelly Rosa, Chris Mendes, Mayra Clara, Amanda Gânimo, Isadora Melo, Luisa Perola, Tambores de Saia, Gerlane Gell, Marilia Fernandes, Martha Lacerda, Ana Carolina, Gabriela Wanda, Ana Paula Marinho, Aryane Vieira, Babis Regina, Gilvânia Leal, Carla Souza, Erlani Silva, Eneyda Rodrigues, Cinthya Pimentel, Paloma Lima, Laura Proto, Mannu Ferreira, Suelen Nunes e Rhaissa Silva comandam agito. Com o intuito de promover a representatividade feminina no samba, o projeto ainda conta com as participações de mais de 25 cantoras, 15 instrumentistas, produtoras, técnicas, fotógrafas, batuqueiras locais, além do Cortejo do Tambores de Saia, Feira de Artesanato com o Coletivo Quilombar, e Feira das Mulheres Pretas.

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Bruno Souto, Elomar e Torre. Confira os lançamentos.

Por Yuri Euzébio Eu ainda era um garoto, salvo engano na sétima série, quando eu uma visita a uma livraria me deparei com o álbum “Acima da Chuva” da Volver, uma banda que (eu só iria descobrir depois) tem o mesmo nome de um filme de Almodóvar. Confesso que comprei o CD pela capa, um registro histórico da Praça do Diário, e história sempre foi a minha matéria favorita. Bem, ainda que despretensiosamente e ao acaso, fui apresentado a uma das mais diferentes bandas surgidas no Recife pós-mangue. A Volver faz um rock simples, puro e cru dos anos 60 e até aqui já lançou três álbuns. A banda resolveu fazer uma pausa e o seu vocalista, Bruno Souto, embarcou na inevitável carreira solo. Na última quarta-feira (30/10), Souto disponibilizou nas plataformas digitais “Valsa”, álbum em comemoração aos seus 15 anos de carreira. “Já faz um tempo que eu pensava em regravar algumas músicas da época da Volver e tal. Não para superá-las ou mesmo renegar as originais. Queria lançar um novo olhar sobre algumas canções antigas, revisitá-las”, explicou. A nova produção do artista tem a bênção e a garantia de qualidade do selo Passa Disco, e surgiu da vontade do músico em celebrar seu tempo de carreira. “Batizei o disco de Valsa, pois a palavra reflete como enxergo o passar do tempo nessa minha trajetória até aqui: feito passos em uma dança de valsa. Também faço um paralelo subjetivo entre a valsa e a beleza melódica das canções, os arranjos de cordas, etc. Importante deixar claro que o disco não é um “best of” com as minhas melhores composições, nem um apanhado do que as pessoas gostam mais”, justificou. De acordo com Bruno, no início do projeto seriam apenas músicas da Volver, mas para fechar um conceito resolveu regravar músicas que percorressem toda a sua trajetória. “Todos os cinco discos que lancei nesse período (três com a banda e dois na carreira solo) teriam de ser contemplados, nem que fosse com apenas uma música de cada”, detalhou. A ideia amadureceu e ganhou também duas canções inéditas, na abertura e no fechamento do álbum. O álbum reconstrói belíssimas canções em novos arranjos mais intimistas e amplia o universo do artista. Se você , assim como eu, era fã da Volver não vai se arrepender. Se não era, não pode perder a oportunidade de ouvir esse som classe alta. Enfim, eu se fosse tu, não perdia a chance. Elomar e Titane apresentam concerto em Recife Elomar, assim como seu conterrâneo João Gilberto, não é muito afeito à entrevistas ou um marketing forte de sua imagem. Sua obra fala por si só, tal qual a do pai da bossa nova. Nesses nossos tempos de instagramização da vida, isso é encarado com muita estranheza, mas se você conhece a produção do baiano, certamente gosta dele mesmo com toda dificuldade de saber qualquer coisa do artista. Pois bem, aos 81 anos, Elomar, compositor, violonista e cantor, divide palco, mais uma vez, com a artista mineira Titane, em concerto no dia 10 de novembro, domingo, às 19h, no Teatro de Santa Isabel, no Recife. Com trajetória de 30 anos e 5 discos gravados, o mais recente trabalho da cantora, o CD "Titane canta Elomar – nas estradas das areias de ouro" (2018), marca um tempo inédito em sua carreira ao se dedicar à obra de um único compositor. Como nos concertos realizados em Belo Horizonte (MG) e Vitória da Conquista (BA), Elomar e Titane serão acompanhados por Hudson Lacerda (violões) e João Omar, instrumentista e maestro, filho de Elomar, que tocará violão e violoncelo. O repertório foi selecionado especialmente para o concerto. Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro e na Loja Passadisco. Informações para o público nas redes sociais da cantora Titane, da Liquidificador Produções ou pelo telefone do teatro (81) 3355 3323. SERVIÇO - Elomar e Titane em Recife (PE) 10 de novembro de 2019, domingo - 19h Teatro de Santa Isabel (Praça da República) VENDAS Ingressos a R$100 e R$50 (meia-entrada) Bilheteria do Teatro - Praça da República, 233 - Santo Antônio – (81) 3355 3323 ou Loja Passadisco - R. da Hora, 345 – Espinheiro - Galeria Hora Center – (81) 3268 0888 Classificação indicativa: livre Mais informações para o público: Facebook: https://www.facebook.com/oficialtitane/ e Instagram: @titaneoficial Liquidificador produções - https://bit.ly/2N2OBOv TORRE PINTA A INFÂNCIA EM SEU SEGUNDO SINGLE, “TINTA” Segunda música do disco Pág. 72 já está disponível nas plataformas digitais A Torre é uma banda da cena independente de Recife, que nasceu do encontro de Antônio Novaes (guitarra e synth), Danillo Sousa (baixo e backing vocals), Felipe Castro (vocal e guitarra) e Vito Sormany (bateria), no final de 2017. A banda mistura referencias do rock, pop e eletrônico. Seu disco de estreia rua foi bem aceito pela crítica e destacado como melhor disco do ano, por importantes veículos nacionais. “Pintar o mundo com tinta de infância”. Esse é o espirito de “Tinta”, mais novo single do quarteto pernambucano, lançado na última quarta-feira (30) nas plataformas digitais. Com audição marcada para próxima terça-feira (05), às 19h, no Estúdio Apollo 17, o single foi escrito a partir de fotografias antigas e nos traz o desafio de buscarmos no ontem, luz para o hoje, contradizendo as vozes adultas que nos dizem que precisamos ser adultos. Na energia e na simplicidade de suas mensagens, a Torre quer ser criança e nos chama para participar da brincadeira através das diversas formas que podemos lembrar da nossa infância. A nova canção brinca com o muno imaginário dos pega-pegas e esconde-escondes. Mundo de criança arteira que não quer saber a hora de parar. O novo trabalho, Pág.72, marcado para ser lançado em novembro, no festival No Ar Coquetel Molotov, é um experimento focado nas memórias e reflexões sobre o passado e propõe uma experimentação como condutor para novos ambientes, sendo uma experiência sensorial quase física, com texturas, lugares e cenários, criados pela mistura dos sons que brotam e tomam formas. Ouça TINTA: Serviço: TORRE PINTA

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