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Galeria Base chega ao Recife com exposição Coletiva Eixo

Inauguração marca a ampliação do cenário artístico na capital pernambucana A capital pernambucana celebra a chegada da Galeria Base, que inaugura sua filial em Recife na quinta-feira, 20 de março, com a exposição coletiva Eixo. A mostra reúne obras de artistas como Bruno Rios, Guilherme Almeida, Lucas Länder, Matheus Ribs, Luiz Martins e Rafael Vicente, todos inéditos na cena local. A iniciativa de trazer a galeria para o Recife é de Gabriela Maranhão, que, após anos atuando no setor gastronômico, decidiu se aprofundar no universo artístico. “Minha trajetória profissional foi construída numa área diversa. Agora, com o passar do tempo e o despertar de novos interesses, a arte foi ganhando mais espaço. Assim nasceu a ideia de trazer para o Recife o trabalho que vem sendo desenvolvido pela Galeria Base em São Paulo”, destaca Gabriela. O fundador da Base, Daniel Maranhão, também pernambucano, expressa entusiasmo com a nova filial. “Eu acho uma ação inovadora e necessária, pois uma cidade tão rica culturalmente não pode se manter refratária ao que acontece fora de seu território. A Base Recife tem como missão ampliar o olhar do público sobre o que é arte, criar novos nichos e formar novos colecionadores”, afirma. Com essa proposta, a galeria busca apresentar artistas que já se destacam nacional e internacionalmente, como Guilherme Almeida, cujas obras estão no acervo do Museu Reina Sofia, em Madri. “Achamos importante começar trazendo nomes que não são conhecidos por aqui, mas que estão em ascensão”, complementa Gabriela. A exposição Eixo não apenas destaca a diversidade artística, mas também promove um diálogo entre obras e público, instigando reflexões sobre arte contemporânea. Lorraine Mendes, que assina o texto crítico da mostra, afirma: “O conceito de ‘eixo’ não se limita à ideia de um centro estático, mas se expande para um fluxo contínuo, onde o movimento, a transitoriedade e as diversas direções se entrelaçam.” Essa abordagem proporciona múltiplas interpretações, questionando as fronteiras entre o visível e o invisível, o físico e o imaterial. Para Gabriela, a abertura da galeria representa uma oportunidade de inserir a Base no circuito artístico recifense, promovendo novas intersecções com a produção local e contribuindo para o crescimento do cenário artístico da cidade. Serviço:

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Orquestra Criança Cidadã inicia turnê nacional com concertos gratuitos em cinco capitais

Projeto social leva a música erudita a Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e Brasília entre março e maio A Orquestra de Câmara Jovem Criança Cidadã, grupo formado por talentosos jovens do projeto social recifense Orquestra Criança Cidadã, inicia sua Turnê Nacional 2025 com concertos gratuitos em cinco capitais brasileiras. O circuito, que tem patrocínio da Caixa, acontecerá entre os meses de março e maio nas unidades da Caixa Cultural em Recife, Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza e Brasília. O concerto de abertura aconteceu no último sábado, 15 de março, às 16h30, na Caixa Cultural Recife. O repertório inclui obras de grandes compositores como Händel, Bach, Britten, Piazzolla, Villa-Lobos e Cussy de Almeida, apresentadas por doze instrumentistas de cordas sob a regência do maestro José Renato Accioly. Destaques da turnê As apresentações contarão com três jovens solistas de violino: Lara Peures, Jammily Pâmmella e Jéssica do Monte. Jammily, que conquistou o primeiro lugar na seleção interna, assume o papel de spalla da orquestra ao longo de 2025. Parte do repertório também foi executada nos Concertos pela Paz, realizados pelo projeto no Vaticano com a presença do Papa Francisco. A iniciativa reforça o compromisso da Orquestra Criança Cidadã com a disseminação da cultura musical como ferramenta de inclusão e diálogo entre os povos. A iniciativa é incentivada pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Rouanet, com realização da Funarte e patrocínio máster da Caixa e do Governo Federal. Agenda dos concertos

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Bendita Dica 2 credito Saulo Nobrega

Espetáculo premiado “Bendita Dica” chega ao Recife com sessão gratuita

Peça da Cia Burlesca (DF) mistura teatro, bonecos e música para contar a história de Santa Dica. Foto: Saulo Nóbrega O Recife recebe, no dia 21 de março, a premiada peça “Bendita Dica”, da Cia Burlesca, de Brasília. Com uma combinação envolvente de teatro, bonecos e música ao vivo, o espetáculo será apresentado no Teatro André Filho, no Espaço Fiandeiros, com entrada gratuita. Os ingressos estarão disponíveis uma hora antes da sessão, na bilheteria do teatro. A montagem retrata a trajetória de Benedita Cipriano Gomes, conhecida como Santa Dica, uma líder comunitária que, entre as décadas de 1920 e 1930, criou uma sociedade igualitária em Lagolândia (GO), baseada na solidariedade e na divisão justa da terra. A peça já percorreu diversas regiões do Brasil e venceu o Prêmio Sesc do Teatro Candango como Melhor Espetáculo Infantil em 2018. A apresentação integra o projeto “Circulá – Dica Daqui Pracolá”, que leva o espetáculo e oficinas de teatro ao Nordeste, incluindo sessões especiais para trabalhadores rurais. No Recife, além da exibição aberta ao público, haverá uma sessão exclusiva para a Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado de Pernambuco (Fetape) no dia 20 de março, acompanhada de uma oficina teatral. Serviço 📅 Quando: 21 de março (sexta-feira), às 19h30📍 Onde: Teatro André Filho – Espaço Fiandeiros (Rua da Saudade, 240, Boa Vista, Recife)🎟 Entrada gratuita – retirada de ingressos uma hora antes da sessão🔹 Classificação: Livre | Duração: 50 minutos📞 Informações: (61) 99208-9573 | @ciaburlesca

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Mostra na Arte Plural Galeria reúne obras de Petronio Cunha e Antonio Paes, explorando colagens e azulejaria

Arte e Afeto: A conexão entre pai e filho na exposição “Recortes Gráficos” A relação entre arte e memória ganha um novo capítulo na exposição “Recortes Gráficos”, que abre no dia 18 de março na Arte Plural Galeria (APG), no Recife. A mostra destaca o diálogo visual entre Petronio Cunha e Antonio Paes, pai e filho, que compartilham não apenas laços familiares, mas também uma trajetória criativa singular. Com cerca de 40 obras, a exposição traz colagens, painéis em azulejos, esculturas e técnicas gráficas, reforçando a influência mútua e a individualidade de cada artista. Com mais de 50 anos de carreira, Petronio Cunha se consolidou como um nome icônico da arte pernambucana, com trabalhos que marcaram o design gráfico e a cenografia cultural da região. Sua produção mescla referências arquitetônicas e experimentações visuais, explorando o uso de adesivo vinílico recortado, além de composições murais em azulejos. Segundo a curadora Joana D’Arc Lima, “Petronio Cunha é uma espécie de artista patrimônio no nosso meio”, destacando sua capacidade de transitar entre figuração e abstração com um olhar inovador. Já Antonio Paes segue seu próprio percurso, ampliando o diálogo com as artes visuais por meio da técnica do “Pochoir”, semelhante ao estêncil. Sua produção carrega influências da gravura, do jazz e da paisagem natural, refletindo uma abordagem interdisciplinar que complementa a herança criativa paterna. Para ele, esta exposição é um momento de reconhecimento e partilha: “Uma oportunidade para mostrarmos a imensa conexão que temos por meio da arte”. Além das obras principais, a exposição reserva um espaço especial para os cadernos de desenho de Petronio, oferecendo ao público uma visão íntima de seu processo criativo. Outro destaque são as esculturas em arame, que representam a leveza e a fluidez da experimentação artística dos dois artistas, reafirmando a arte como elo entre gerações. Serviço 📍 Exposição “Recortes Gráficos”📅 Abertura: 18 de março de 2025, das 18h às 21h (para convidados)👀 Visitação: A partir de 19 de março, de segunda a sexta, das 9h às 18h, e aos sábados, das 14h às 18h📍 Local: Arte Plural Galeria (Rua da Moeda, 140 – Recife Antigo)🎟 Entrada franca📲 Instagram: @arte_plural_galeria

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Curta Taquary Foto Tarciso Augusto

18º Curta Taquary: Festival Internacional de Curtas-Metragens promove diversidade e debate social

Evento acontece na cidade de Taquaritinga do Norte O Curta Taquary, festival de curtas-metragens, chega à sua 18ª edição entre os dias 20 e 26 de março. Realizado na cidade de Taquaritinga do Norte, em Pernambuco, o evento consolidou-se como uma vitrine para a diversidade cinematográfica, com uma programação que valoriza temas sociais, culturais e políticos. Com mais de 70 filmes selecionados, distribuídos em 12 mostras competitivas e não competitivas, o festival destaca a produção audiovisual independente, tanto nacional quanto internacional. As exibições são gratuitas e acontecem em diferentes espaços da cidade, incluindo praças e escolas, promovendo acessibilidade e formação de público. Além da exibição de curtas, o evento conta com oficinas, debates e painéis temáticos, abordando questões como diversidade, representatividade e sustentabilidade no cinema. Uma novidade desta edição é a inclusão de uma mostra dedicada às produções indígenas e afro-brasileiras, reforçando o compromisso do festival com a pluralidade de narrativas. O Curta Taquary também se destaca pelo incentivo às novas gerações de cineastas, promovendo intercâmbio entre realizadores e aproximando a comunidade do fazer cinematográfico. O evento reafirma o papel do audiovisual como ferramenta de expressão e transformação social, colocando Taquaritinga do Norte no mapa do cinema independente. A programação completa e detalhes sobre as atividades podem ser conferidos no site oficial do festival e em suas redes sociais. Serviço: 18º Curta Taquary Período: de 16 a 22 de março de 2025 Locais: Taquaritinga do Norte, Poção, Jataúba, Brejo da Madre de Deus, Santa Cruz do Capibaribe e Toritama Gratuito Mais informações: curtataquary.org e @curtataquary (Instagram)

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Eu fui junto

* Paulo Caldas “Andei por aí”, lançamento de Lourdes Meireles Leão, pode parecer, à primeira vista, considerando seu aspecto visual, mais uma publicação daquelas em que os autores guardam imagens selecionadas de suas experiências pelo mundo e as exibem como troféus de tais aventuras. No entanto, a escrita de Lourdes vai além das publicações comuns a esse gênero, graças ao enfoque concedido a temas abrangentes. Os registros contemplam aspectos socioeconômicos, sociológicos, antropológicos e histórico-culturais, sem, contudo, adotar formatos didáticos ou acadêmicos. Ao longo do texto, a autora evita critérios rígidos de técnicas literárias, optando por uma narrativa fluida e agradável, semelhante a uma prosa entre amigos, numa boa conversa em torno de tulipas de chope. O projeto visual primoroso assinado pela design Bel Caldas torna o livro atrativo do ponto de vista estético, tanto quanto o formato: 28 por 21 centímetros, que foge dos padrões convencionais. Os exemplares podem ser adquiridos através do WhatsApp: 81.8856.8856. *Paulo Caldas é Escritor —

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Iphan promove oficinas para capacitação em projetos de preservação cultural

Iniciativa visa fortalecer a captação de recursos e execução de projetos em defesa do patrimônio imaterial. Foto: Divulgação O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) inicia, no dia 11 de março, um ciclo de oficinas voltado à elaboração de projetos culturais para a preservação e salvaguarda do patrimônio brasileiro. A primeira edição ocorrerá em Recife (PE), na Faculdade de Ciências de Administração de Pernambuco da Universidade de Pernambuco (FCAP/UPE), das 18h às 22h. A iniciativa busca capacitar produtores culturais, educadores, comunidades tradicionais e demais agentes envolvidos na proteção do patrimônio cultural. As oficinas atendem a uma demanda crescente de detentores de saberes e práticas culturais reconhecidas como Patrimônio Cultural do Brasil, como o Frevo, o Ofício dos Mestres de Capoeira e as Matrizes Tradicionais do Forró. Além de promover a capacitação, a ação visa ampliar o acesso a recursos por meio de editais públicos e privados, leis de incentivo e programas como a Política Nacional Aldir Blanc (PNAB). O ciclo será conduzido por Clara Marques, produtora cultural e coordenadora-geral de Fomento e Economia do Patrimônio no Iphan. Segundo a organização, as oficinas são abertas a todos os interessados e garantem certificado de participação. As inscrições devem ser realizadas on-line. Serviço 📍 Oficina de Elaboração de Projetos Culturais de Preservação e Salvaguarda do Patrimônio📅 Data: 11 de março de 2025⏰ Horário: 18h às 22h📍 Local: Auditório João Coutinho, FCAP/UPE – Av. Sport Club do Recife, 252, Madalena, Recife-PE🔗 Inscrições: http://bit.ly/OficinaIphan

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Brasil celebra Oscar de Melhor Filme Internacional com ‘Ainda Estou Aqui’

Filme de Walter Salles conquista estatueta inédita para o país; Fernanda Torres fica sem prêmio de Melhor Atriz O cinema brasileiro alcançou um marco histórico na 97ª edição do Oscar, realizada na noite deste domingo (3), em Los Angeles. O filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles, venceu na categoria de Melhor Filme Internacional, tornando-se a primeira produção brasileira a conquistar a estatueta nesta categoria. A obra superou concorrentes de países como França, Alemanha, Dinamarca e Letônia. Durante seu discurso de agradecimento, Walter Salles dedicou o prêmio a Eunice Paiva, viúva do ex-deputado Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar no Brasil. O roteiro do filme foi inspirado na incansável busca de Eunice por respostas sobre o paradeiro do marido. O diretor também exaltou o trabalho da protagonista Fernanda Torres e sua mãe, Fernanda Montenegro, relembrando o legado das atrizes na história do cinema nacional. Apesar da vitória histórica, “Ainda Estou Aqui” não levou a estatueta de Melhor Filme, que ficou com “Anora”, grande destaque da noite com cinco prêmios no total. Fernanda Torres, indicada na categoria de Melhor Atriz, também não venceu, sendo superada por Mikey Madison, protagonista de “Anora”. A indicação, no entanto, reforçou a tradição familiar de excelência no cinema, já que Fernanda Montenegro também concorreu ao Oscar em 1999, por “Central do Brasil”. No Brasil, a premiação coincidiu com o período do carnaval, gerando uma celebração digna de Copa do Mundo. Máscaras de Fernanda Torres e Selton Mello (intérprete de Rubens Paiva), além de fantasias inspiradas no Oscar, marcaram presença em blocos carnavalescos do Recife, de Olinda e de diversas cidades. O filme de Walter Salles, que já havia gerado grande repercussão antes da premiação, consolidou seu impacto cultural ao conquistar a estatueta inédita. A vitória de “Ainda Estou Aqui” também reacendeu debates sobre a ditadura militar e suas consequências. O livro autobiográfico que inspirou o filme, escrito por Marcelo Rubens Paiva, voltou ao topo das listas de mais vendidos. Além disso, em janeiro deste ano, a Justiça determinou a correção da certidão de óbito de Rubens Paiva, reconhecendo oficialmente que sua morte foi resultado de violência do Estado brasileiro. Paralelamente, o Supremo Tribunal Federal (STF) anunciou que revisará a aplicação da Lei da Anistia para crimes de sequestro e cárcere privado cometidos durante o regime militar. Confira abaixo a lista dos premiados nas 23 categorias: Ator coadjuvante – Kieran Culkin, em A verdadeira dor Animação – Flow Curta-metragem animado – In The Shadow of Cypress Figurino – Wicked Roteiro original – Anora Roteiro adaptado – Conclave Maquiagem e penteado – A substância Edição – Anora Atriz coadjuvante – Zoe Saldaña, por Emília Pérez Design de produção – Wicked Canção original – El Mal, de Emilia Pérez Documentário de curta-metragem – A única mulher na orquestra Documentário   – No other land Som – Duna: Parte 2 Efeitos visuais: Duna: Parte 2 Curta-metragem em live-action – I´m not a robot Fotografia – O Brutalista Filme internacional – Ainda estou aqui Trilha sonora  – O Brutalista Ator –Adrien Brody, em O Brutalista Direção – Sean Baker, de Anora  Atriz – Mikey Madison, em Anora Filme – Anora

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Amor de Carnaval 

*Por Manu Siqueira Eu tive um amor de Carnaval. Alguns, eu diria. Mas um, especificamente, foi mais marcante. Depois do Carnaval, tivemos apenas um encontro. A magia se perdeu. Carnaval tem um encanto, não é? Uma energia meio inexplicável. Foi bonito o que vivi, e guardo memórias lindas desse Carnaval, que foi intensamente saboreado, com todos os seus exageros e fantasias.  Como celebrante de casamentos, contei, no altar, a história de um casal que se conheceu em pleno Carnaval, no Recife Antigo. Um amor mais maduro e bem inspirador, inclusive. Eu acho triste quem nunca amou no Carnaval. Quem nunca trocou olhares com alguém em um bloco e suspirou: “tô apaixonada”. Quem nunca trocou um beijo ardente embaixo de um sol de 40 graus. Quem nunca fez uma amizade que durou menos de cinco minutos. Carnaval faz isso. A gente toma banho de mangueira em meio a uma multidão de desconhecidos, borra toda a maquiagem, mas mantém o sorriso largo no rosto. Nada nos abala.  Tem uma coisa que gosto muito no Carnaval: a democracia. Na festa, brincam os ricos e os pobres, pretos e brancos, todos os gêneros e credos, quem torce pelo Náutico ou para o Santa Cruz. A gente é mais feliz no Carnaval. Lembro de uma vez estar com uma latinha não mão, ao lado de uma orquestra de frevo, em um bloco de rua, pulando e dançando, quando um catador, esfuziante de alegria, perguntou, com um sorriso grande no rosto, se minha latinha estava vazia para ele recolher. Resultado: pulamos juntos e nos abraçamos no meio do bloco. Nesse dia, chorei emocionada. Eu e ele éramos apenas foliões.  Carnaval, para mim, é isso: a manifestação mais autêntica, irreverente e original, vinda do povo para o povo. Para mim, é, ainda, um ato, sobretudo, político. É uma forma de amar, reivindicar, debochar, se emocionar e ser feliz. Uma ofegante epidemia, como disse Chico Buarque. O mesmo Chico também disse que Carnaval é desengano: “Deixei a dor em casa me esperando. E brinquei, e pulei e fui, vestido de rei. Quarta-feira sempre desce o pano”.  Carnaval, para mim, tem cheiro, gosto, tato e audição. Amo me arrumar para os blocos já ouvindo frevo. A minha memória olfativa mistura o cheiro das colônias infantis que eu usava nas matinês dos clubes na minha infância com a fumaça incessante dos churrasquinhos de rua. Tem mãos e braços entrelaçados ao som do frevo bem quente. Amo o ritual: preparar a fantasia no dia anterior, encontrar os amigos, pular e dançar até as pernas ficarem dormentes, reclamar do calor, da cerveja quente e da falta de carros de aplicativo. Chegar em casa, tomar um banho, desmaiar na cama e acordar no outro dia para começar tudo de novo.  Nasci no Carnaval. Tenho a alma festiva e, nessa época, glitter espalhado por todos os cantos do meu corpo. Quero continuar acreditando que, no Carnaval, “quem sabe um dia a paz vence a guerra. E viver será só festejar”.  Neste Carnaval, eu desejo que você receba “Aquela Rosa”, cantada lindamente pela Banda de Pau e Corda, que diz: “Lembro-me bem quando o bloco passou, você sorrindo jogou aquela flor, e eu, que na hora um violão tocava, lhe joguei um beijo e suspirei de amor”. Que a gente continue suspirando de amor pelo Carnaval e pela vida! *Manu Siqueira é jornalista (mmsiqueira77@yahoo.com.br)

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Trabalho de Wagner Porto Foto Cristiana Dias Acervo Adepe

Jornadas Criativas: Oportunidade de formação para os artesãos pernambucanos

Eventos promovem capacitação e inovação no setor artesanal. Foto: Cristiana Dias Para celebrar o Mês do Artesão, o Governo de Pernambuco e o Sebrae/PE lançam, em março, as Jornadas Criativas, parte do Programa Pernambuco Artesão. Os eventos ocorrerão em diversas cidades do estado, oferecendo uma excelente oportunidade para artesãos de todas as regiões. Datas e Locais: Programação e Temas A programação contará com a palestra “Artesanato: Da Produção ao Mercado”, conduzida pela especialista em gestão de projetos de artesanato Dorotéa Naddeo (MG). Serão abordados temas relevantes, como identidade cultural, estratégias de comercialização e acesso a novos canais de venda. Além disso, haverá um debate intitulado “Artesanato e Desenvolvimento”, mediado pelo laboratório de Design da UFPE, que apresentará o Estudo da Cadeia Produtiva do Artesanato de Pernambuco. Consultorias e Mentorias As Jornadas Criativas também oferecerão mentorias e consultorias nas cidades-sede, com 20 vagas disponíveis em cada local. Artesãos selecionados terão a chance de participar de encontros com designers e especialistas do mercado da economia criativa, proporcionando um ambiente de criação e inovação. Esta é a oportunidade ideal para desenvolver novas peças ou coleções! Inscrições Para garantir sua vaga, inscreva-se no site: Programa Pernambuco Artesão. No site, você também encontrará o cronograma completo das Jornadas Criativas.

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