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Endividamento cresce, mas inadimplência recua entre famílias recifenses

Pesquisa da Fecomércio-PE aponta melhora no pagamento de dívidas e reorganização financeira dos consumidores A nova edição da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), divulgada pela Fecomércio-PE, revela que 83,4% das famílias recifenses estavam endividadas em fevereiro de 2025, um leve aumento em relação a períodos anteriores. No entanto, os dados mostram um avanço na regularização financeira: a taxa de contas em atraso caiu para 27%, abaixo dos 29,4% registrados no mesmo período de 2024. Além disso, a parcela de famílias que declararam não ter condições de pagar suas dívidas no próximo mês também diminuiu, passando de 15% para 12,7%. O cartão de crédito segue como o principal meio de endividamento, utilizado por 91,6% das famílias, seguido pelos carnês (27,7%) e financiamentos de carro (6,5%) e casa (5,7%). Apesar da alta dependência do crédito, os consumidores demonstram maior controle financeiro, com uma média de 29,9% da renda comprometida com o pagamento de dívidas. Para o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, a redução da inadimplência é um reflexo positivo: “Isso reflete uma recuperação gradual do equilíbrio financeiro dos consumidores. Para o comércio, isso representa um ambiente mais favorável, onde os clientes têm maior capacidade de arcar com seus pagamentos, o que deve contribuir para as vendas e o fortalecimento do setor”. O economista da Fecomércio-PE, Rafael Lima, aponta que a melhora nos índices de inadimplência está ligada à recuperação do mercado de trabalho na cidade. “Apesar do aumento leve no índice geral de endividamento, a redução na inadimplência demonstra que os consumidores estão conseguindo administrar melhor seus compromissos, reflexo da retomada do mercado de trabalho no município. Essa evolução é importante para preservar o acesso ao crédito e sustentar o consumo, mesmo num contexto de juros elevados e outros desafios econômicos.”

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Paulo Dalla Nora Macedo

"Com Trump, a Europa terá que se aproximar da China e do Brasil. Criamos um programa para abrir mercados via Portugal".

Paulo Dalla Nora Macedo, economista e restaurateur, lançou, com o jornalista Guilherme Amado, o projeto Lisboa Connection, que estreia em junho um videocast e terá outros produtos com o intuito de fazer conexões do empresariado brasileiro com o mercado europeu a partir de Portugal. Ele afirma que a conjuntura atual, com os EUA se distanciando do Velho Continente, é propícia para esses negócios. Quando o economista Paulo Dalla Nora Macedo abriu o restaurante Cícero, na capital portuguesa, além de surpreender na decoração – composta por várias obras de artistas modernistas, a maioria pernambucanos – ele também inovou ao promover no bistrô debates com personalidades da cena política, artística e econômica. Agora, em parceria com o jornalista Guilherme Amado, ele leva essas conversas, a partir de junho, para o YouTube no videocast Lisboa Connection. Entretanto, ele inovou mais uma vez porque não se trata de um mero programa de entrevistas. “O videocast é a âncora do projeto”, distingue Macedo. Foram estruturados também outros produtos com objetivo de contribuir com negócios que desejam atuar na Europa. A ideia é fazer de Portugal uma conexão para o Velho Mundo. Haverá entrevistas mais curtas para o LinkedIn, abordando o ecossistema de inovação e, numa outra vertente, será realizado um seminário imersivo, para um grupo de empresários interessados em se posicionar no mercado europeu. Antes mesmo de o videocast estrear, o projeto foi lançado na residência do advogado Kakay (Antônio Carlos de Almeida Castro) e contou com convidados estrelados, como os ministros do STF Gilmar Mendes e Dias Toffoli; o presidente da Câmara dos Deputados Hugo Mota; os ministros José Múcio e Ricardo Lewandowski; e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, entre outros. O Lisboa Connection chega num momento oportuno, quando o presidente Donald Trump se distancia da Europa, num movimento que, segundo Macedo, levará o continente a buscar novos parceiros. Nesta entrevista a Cláudia Santos o empresário explica o seu novo projeto e analisa a conjuntura internacional. Qual a proposta do projeto Lisboa Connection? Esse projeto surgiu a partir do restaurante que tenho em Lisboa, o Cícero, onde já organizamos debates com a participação da imprensa brasileira e portuguesa e convidados do meio político, cultural e empresarial de Portugal e do Brasil. Chegamos a fazer mais de 15 debates com convidados como José Manuel Durão Barroso, ex-presidente da Comunidade Europeia; Gilmar Mendes (juiz do STF), Antônio Grassi (ator), enfim, muitos artistas, políticos e empresários já participaram e isso foi ganhando maturidade. Então, fui procurado por Guilherme Amado, jornalista de política brasileiro, que estava com a ideia de lançar um canal no YouTube, e eu disse a ele que já tinha um projeto desenhado e com nome registrado. Assim, surge o Lisboa Connection, que tem esse nome porque pensamos em Lisboa como um ponto de conexão para negócios do Brasil na Europa, mas não é o destino final, porque Portugal é uma economia muito pequena. O projeto não trata apenas das relações Brasil/Portugal. Eu disse a Guilherme: “tem que ser um programa que faça conexão para abrir mercados via Portugal para a comunidade europeia, ainda mais porque, nos próximos dois anos, o presidente do Conselho da Europa (o segundo cargo mais importante da instituição) é o antigo primeiro-ministro de Portugal, o Antônio Costa”. Ele topou a ideia e fomos buscar patrocinador para o programa. Em dezembro, conseguimos o patrocínio da Embraer, que é empresa brasileira que mais exporta tecnologia e tem presença forte e crescente na Europa, principalmente com aviões na área de defesa e de carga. Anunciamos o videocast recentemente e ele vai ao ar em junho. A âncora do projeto será o videocast que, na primeira temporada de um ano, terá 14 episódios, que são entrevistas de 25 minutos com personagens fundamentais da relação Brasil/Europa, não só políticos, mas também empresariais, culturais, etc. Além do videocast, haverá produtos específicos segmentados como entrevistas mais curtas para o LinkedIn, abordando negócios e o ecossistema de inovação, que tem uma conexão forte com a Europa, especialmente com Portugal, que virou um hub de inovação por causa do Web Summit, um dos maiores eventos de tecnologia do mundo que acontece em Lisboa há mais de 10 anos. Teremos entrevistas, por exemplo, sobre desafios e oportunidades proporcionadas pela inteligência artificial. Na área de cultura, também teremos conteúdo para o Instagram, com novos serviços e produtos voltados para essa área, desde seminários e conversas no Brasil, como, por exemplo, para pessoas do setor de cultura e inovação que queiram vir para Portugal. Quando eu digo cultura é TIC (tecnologia, inovação, comunicação). Outra vertente é um seminário imersivo em que montamos um roteiro de viagem para um grupo de empresários interessados em se posicionar no mercado da Europa. Isso será articulado com entidades, como Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimento) e Sebrae, e será setorizado, ou seja, empresários do segmento de moda e inovação, por exemplo, que possam investir numa viagem de cinco dias vão conhecer um pouco o ecossistema, conversar com interlocutores do setor público e futuros parceiros. Como o projeto se encaixa neste momento de posicionamento unilateral do Governo Trump, com novas configurações geopolíticas com a Rússia e alijamento da Europa? Encaixa-se muito bem, porque a Europa está precisando fortalecer amizades. O Brasil já é amigo da Europa, mas precisa estar mais próximo ainda porque ela está numa fase de extrema solitude. Ela contava sempre com os Estados Unidos na defesa da soberania e da garantia de segurança e isso acabou. Agora, países europeus precisam urgentemente se aproximar mais de outros blocos. Isso é uma das coisas que ajudou, inclusive, a conclusão do acordo com o Mercosul. Vamos assistir a uma aproximação da China com a Europa porque a Europa está sozinha, neste momento, e não tem capacidade de bancar, por exemplo, a estrutura de defesa de que precisa porque passou 80 anos confiando nos Estados Unidos. O único país que tem exército de verdade, na Europa, é a França, por incrível que pareça. Nos outros países, a estrutura militar de defesa é muito

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Recife se consolida como um dos destinos mais procurados para 2025

O Recife foi o terceiro destino nacional mais buscado para viagens em 2025, segundo levantamento do buscador de viagens Kayak. A capital pernambucana se mantém entre os destinos preferidos dos brasileiros, reforçando sua atratividade turística. O preço médio das passagens de ida e volta para a cidade ficou em R$ 1.798, representando um aumento de 24% em relação a 2024. O levantamento destaca a forte preferência dos viajantes pelo Nordeste, com sete cidades da região figurando entre as 10 mais buscadas. RENDIMENTO DOMICILIAR DE PERNAMBUCO SEGUE ABAIXO DA MÉDIA NACIONAL O rendimento domiciliar per capita de Pernambuco em 2024 foi de R$ 1.453, ocupando a 18ª posição entre os estados brasileiros, segundo dados divulgados pelo IBGE. O valor está abaixo da média nacional, que atingiu R$ 2.069, e distante do Distrito Federal, unidade federativa com maior rendimento, registrando R$ 3.444. Entre os estados do Nordeste, Pernambuco aparece em terceiro, ficando atrás do Rio Grande do Norte (R$ 1.616) e de Sergipe (R$ 1.473). EXPORENOVÁVEIS 2025 IMPULSIONA NEGÓCIOS E INOVAÇÃO EM ENERGIA LIMPA NO RECIFE Nos dias 12 e 13 de março, o Recife será o epicentro da energia renovável no Brasil com a ExpoRenováveis 2025, que acontece no Cais do Sertão. O evento, promovido pela Aperenováveis (Associação Pernambucana de Energias Sustentáveis), reunirá especialistas, investidores e empresas do setor para debater temas estratégicos como hidrogênio verde, biomassa e mercado livre de energia. A expectativa é atrair um público de 3 mil pessoas e consolidar a capital pernambucana como referência na transição energética. Além do congresso e da feira de expositores, a novidade desta edição é o salão de mobilidade elétrica, onde os visitantes poderão conhecer e testar veículos elétricos da BYD Parvi. BANCO DO NORDESTE LANÇA FNE COOPERA PARA IMPULSIONAR COOPERATIVAS O Banco do Nordeste criou o FNE Coopera, uma nova linha de crédito voltada para cooperativas produtivas de trabalhadores, oferecendo financiamento para aquisição de equipamentos, estruturação, capacitação e capital de giro. Com prazos de até 20 anos e carência de até quatro anos, o programa busca fortalecer o cooperativismo na região. Segundo Luiz Sérgio Farias Machado, superintendente de agronegócio e microfinança rural do BNB, a iniciativa visa a fomentar a colaboração e a geração de valor nos empreendimentos cooperativistas, impactando positivamente as comunidades locais. “É importante reforçar que a FNE Coopera é uma linha própria para as cooperativas. Os financiamentos aos cooperados permanecem sendo realizados de forma individual, principalmente por meio do programa Agroamigo”, alerta Machado.

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Pernambuco cresce 4,7% e supera média nacional

Estado registra maior alta econômica em 15 anos, impulsionado por investimentos públicos e diversificação da economia. Foto: Yacy Ribeiro Pernambuco encerrou 2024 com um crescimento econômico de 4,7%, o maior dos últimos 15 anos, segundo o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) do Banco Central. O desempenho supera a média nacional de 3,8% e coloca o estado à frente de importantes economias como São Paulo, Goiás e Bahia. A retomada dos investimentos públicos e a redistribuição do ICMS, que fortaleceu as finanças municipais, foram apontadas como fatores decisivos para essa expansão. Todos os setores produtivos pernambucanos cresceram acima da média nacional. O destaque foi a agropecuária, que avançou 11,3% devido à diversificação agrícola. A indústria também teve desempenho expressivo, com alta de 4,6%, impulsionada pelo polo automotivo de Goiana e pela fabricação de produtos metálicos, que registrou um salto de 17,2%. O setor de serviços, que representa a maior fatia do PIB estadual, cresceu 4,4%, enquanto o comércio teve um avanço de 5,4%, ambos acima dos índices nacionais. A governadora Raquel Lyra comemorou os resultados, ressaltando o ambiente favorável para negócios e investimentos. "Nosso time tem trabalhado incansavelmente para fazer de Pernambuco um estado melhor para se investir, trabalhar e viver. Estamos virando o jogo na atração de novos empreendimentos, na geração de emprego e renda e na melhoria da qualidade de vida", afirmou. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Guilherme Cavalcanti, reforçou a importância das políticas públicas na criação de um cenário econômico favorável. "Esse resultado reflete o esforço contínuo da gestão em criar um ambiente de negócios favorável, aliado a investimentos públicos robustos em infraestrutura, que têm sido fundamentais para impulsionar a economia do estado", destacou. Com a retomada do crescimento e um ambiente cada vez mais atrativo para investidores, Pernambuco consolida sua posição entre os estados de melhor desempenho econômico do país, fortalecendo sua competitividade no cenário nacional.

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PIB cresce 3,4% em 2024, impulsionado por serviços e indústria

Consumo das famílias e mercado de trabalho aquecido sustentam a expansão econômica A economia brasileira cresceu 3,4% em 2024, impulsionada pelos setores de serviços e indústria. O setor de serviços avançou 3,7%, refletindo o fortalecimento do consumo interno, enquanto a indústria cresceu 3,3%, com destaque para a construção civil (4,3%). Por outro lado, a agropecuária recuou 3,2%, impactada por fatores climáticos que afetaram culturas como soja (-4,6%) e milho (-12,5%). Consumo e desafios para 2025 Pelo lado da demanda, o consumo das famílias foi determinante, crescendo 4,8% graças à melhora do mercado de trabalho e aos programas de transferência de renda. A taxa de desemprego caiu para 6,6%, a menor já registrada, e os juros médios mais baixos ajudaram a manter o consumo aquecido. No entanto, o último trimestre do ano trouxe sinais de alerta, com inflação em alta e impacto negativo na demanda. Para 2025, a economia dependerá do equilíbrio entre política monetária e estímulos ao crescimento. Brasil se destaca no ranking de crescimento econômico global O Brasil conquistou a sétima posição entre 40 países no ranking de crescimento econômico de 2024, segundo dados da OCDE. Com um avanço de 3,4% no PIB, o país superou a média das economias mais desenvolvidas, como as do G7 e da União Europeia. O desempenho brasileiro ficou à frente de nações como Espanha, Turquia e Estados Unidos, mas atrás de potências emergentes como Índia, China e Indonésia.

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Carnaval do Recife 2025 bate recorde de público e movimenta R$ 2,7 bilhões

Com recorde de público, ocupação hoteleira de 97% e impacto econômico bilionário, a festa reafirma sua grandiosidade e diversidade cultural. Foto: Wagner Ramos O Carnaval do Recife 2025 se consolidou como um dos maiores do Brasil, reunindo 3,5 milhões de foliões em seis dias de festa. Com mais de 3 mil apresentações em 50 polos espalhados pela cidade, o evento foi um sucesso de organização e impacto econômico, gerando 58 mil empregos temporários e injetando R$ 2,7 bilhões na economia local. O turismo também esteve em alta, com ocupação hoteleira de 97% e a movimentação de mais de 190 mil passageiros no Aeroporto Internacional do Recife. Aprovação recorde e diversidade cultural Uma pesquisa realizada pela Prefeitura do Recife apontou que 96% dos foliões avaliaram o Carnaval como “ótimo” ou “bom”, e 98% declararam a intenção de retornar em 2026. O evento foi marcado pela diversidade cultural, destacando-se a presença de maracatus, caboclinhos, blocos líricos e grandes shows no Marco Zero. Nomes como Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Alcione e BaianaSystem animaram a multidão, culminando com o tradicional Orquestrão na madrugada da Quarta-feira de Cinzas. Impacto econômico e turismo em alta A movimentação turística foi expressiva: 30,7% dos visitantes vieram ao Carnaval do Recife pela primeira vez, enquanto 47,2% retornaram após experiências anteriores. O programa “Rota da Folia”, que transportou turistas dos hóteis ao Bairro do Recife, atendeu mais de 1.700 visitantes. Além disso, a transmissão online do evento alcançou 82 países, ampliando ainda mais a projeção internacional da festa. Segurança e infraestrutura Com 8 mil servidores municipais atuando na festa, a segurança e a infraestrutura do evento foram elogiadas. O Centro de Operações do Recife (COP) monitorou a cidade em tempo real, utilizando 498 câmeras e drones, garantindo uma festa pacífica. O evento também promoveu a inclusão social, com espaços de acolhimento para crianças e ações de combate ao trabalho infantil. Números do Carnaval do Recife 2025: . 3,5 milhões de foliões nos seis dias de folia, sendo 2 milhões no bairro do Recife e 1,5 milhão nos polos descentralizados e comunitários . Movimentação econômica foi de R$ 2,7 bilhões . 58 mil empregos temporários gerados . 8 mil servidores municipais mobilizados para o Carnaval

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Tendências do futuro do trabalho: Humanos x Máquinas ou Humanos + Máquinas?

Como a inteligência artificial, a automação e os novos modelos de trabalho estão redefinindo carreiras e exigindo adaptação constante de profissionais e empresas *Por Fábio Menezes O mercado de trabalho está em constante transformação, impulsionado por avanços tecnológicos, mudanças sociais e novas dinâmicas empresariais. Estudos do Fórum Econômico Mundial indicam que 65% das crianças que hoje ingressam no ensino fundamental atuarão em profissões que ainda não existem. Essa realidade impõe desafios tanto para profissionais quanto para empresas que precisam se adaptar rapidamente para permanecerem competitivas. A ascensão da inteligência artificial generativa representa um dos principais vetores dessa revolução. Tecnologias capazes de criar textos, imagens, códigos e, até mesmo, novas formas de interação estão impactando diretamente os modelos de trabalho. O potencial de eliminação de empregos com os recursos de automação é gigante, da ordem de milhões, mas, por outro lado, a tecnologia também criará novas oportunidades que exigirão capacidades específicas. Esse fenômeno exige que empresas adotem estratégias inovadoras para maximizar os benefícios da tecnologia e minimizar seus impactos negativos. Em geral, a ordem deve ser interagir para conhecer, em vez de evitar o distanciamento. Além da automação, o trabalho remoto e os modelos híbridos passaram a integrar a nova realidade organizacional. A flexibilidade, antes um benefício menos valorizado, tornou-se um fator decisivo na atração e retenção de talentos. Empresas que oferecem alternativas de maior equilíbrio entre vida pessoal e profissional tendem a ter maior engajamento e produtividade entre seus colaboradores. No entanto, essa nova configuração também impõe desafios para os gestores, que precisam criar mecanismos eficazes de comunicação, acompanhamento de desempenho e manutenção da cultura organizacional. Não é fácil, quanto mais nos distanciamos da experiência da pandemia, vão surgindo relatos de verificação de perda de produtividade com o home office. No entanto, quando bem administrados, esse recurso pode unir o útil ao agradável e reforçar a competitividade da organização. Para se destacar nesse cenário, profissionais devem desenvolver competências essenciais para o futuro. Criatividade, pensamento crítico e capacidade de análise são atributos fundamentais para lidar com a complexidade crescente. Além disso, a adaptabilidade e a capacidade de reaprender continuamente são características que garantem resiliência em um ambiente de mudanças constantes. O networking e a inteligência emocional também desempenham um papel crucial, pois a colaboração e o trabalho em equipe continuam sendo diferenciais importantes. As empresas que desejam se manter competitivas precisam adotar boas práticas alinhadas às tendências emergentes. Investir na capacitação dos colaboradores, personalizar modelos tecnológicos para atender demandas específicas e garantir a segurança da informação são algumas das iniciativas estratégicas que fazem a diferença. Além disso, o patrocínio das lideranças é essencial para que a transformação digital ocorra de forma estruturada e sustentável. Walter Longo afirmou que “nenhuma máquina será melhor do que um homem com uma máquina”. Essa perspectiva reforça a ideia de que a tecnologia deve ser vista como uma aliada, e não como uma ameaça. O futuro do trabalho não será marcado pela substituição do humano pela máquina, mas pela sinergia entre ambos. Empresas e profissionais que entenderem essa dinâmica e se prepararem adequadamente terão mais chances de prosperar nesse novo mundo do trabalho. *Fábio Menezes é sócio da TGI Consultoria

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Complexo de Suape prevê dobrar movimentação de cargas nos próximos anos

Maré favorável: Investimentos, como o novo terminal de Contêineres e a ampliação da refinaria, entre outros, vão proporcional ao complexo alcançar 50 milhões de toneladas de cargas movimentadas por ano. A regulação da BR do Mar e a possibilidade de escoar grãos do Matopiba também trazem boas perspectivas *Por Rafael Dantas O Complexo de Suape pretende dobrar o volume de cargas movimentadas nos próximos cinco anos. Após registrar quase 25 milhões toneladas em 2024, a meta é alcançar 50 milhões toneladas até 2030. O otimismo se justifica pelos investimentos em curso. O porto pernambucano está recebendo aportes significativos, como os destinados ao Terminal de Regaseificação de Gás Natural Liquefeito (GNL) e ao Terminal de Uso Privado. Além disso, articula sua entrada no transporte de grãos, ampliando sua atuação. Outro fator que impulsiona essa expansão é a chegada de investimentos bilionários. O embarque da European Energy, para a produção de e-metanol, e a ampliação da Refinaria Abreu e Lima fortalecem a competitividade do complexo. No horizonte de curto prazo está ainda a concessão do Terminal de Veículos e a criação de uma Zona de Processamento e Exportação. Apostas em muitas rotas que resultarão em um mar aberto de oportunidades para o desenvolvimento do polo industrial e portuário mais importante do Estado. Esse conjunto de investimentos estruturadores está sendo acompanhado também por melhorias da infraestrutura do Porto de Suape. A restauração do molhe de proteção (R$ 123 milhões) e as dragagens do canal externo (R$ 140 milhões, já concluída) e do canal interno (R$ 199,7 milhões) reforçam a segurança e aumentam a competitividade do terminal portuário. Com as melhorias, desde o ano passado Suape passou a receber navios da classe New Panamax, que é a maior dimensão permitida na América Latina. São as maiores embarcações que atravessam o Canal do Panamá. A rota direta para Singapura é um diferencial das operações possíveis, graças aos investimentos no porto. “Um dos destaques de 2024 foi a inauguração de uma nova rota com destino a Singapura, fortalecendo a conectividade do porto com mercados asiáticos e ampliando as oportunidades de negócios”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Guilherme Cavalcanti. “Sob a orientação da governadora Raquel Lyra, importantes obras de infraestrutura foram realizadas para modernizar, otimizar a navegabilidade e a eficiência das operações portuárias”. Além de ampliar o acesso a novos mercados, as obras voltadas ao molhe de proteção são essenciais para preparar o porto diante dos possíveis impactos da crise do clima. “Essa infraestrutura é fundamental para garantir a segurança das operações de granéis líquidos, que representam mais de 65% da nossa operação. É uma intervenção importante na preparação para a resiliência climática. Olhando para frente, esperamos ter mais variações do clima. É uma obra indispensável para manter o porto preservado”, justificou Márcio Guiot, presidente do Porto de Suape. MAIS BERÇOS DE ATRACAÇÃO E ACESSO A NOVO MERCADO Outra obra estratégica para o futuro de Suape é a construção de dois novos berços de atracação nos Cais 6 e 7. Com investimentos de R$ 204,5 milhões em dragagem e uma estimativa de R$ 600 milhões para a construção dos cais, a ampliação permitirá a movimentação de novas cargas. Uma dessas estruturas deve viabilizar o transporte de grãos, um segmento ainda não explorado pelo porto pernambucano. A competitividade dessa rota aumentaria significativamente com a integração ferroviária entre Suape e as principais regiões produtoras de grãos do País. A conexão com o Matopiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e o Centro-Oeste poderia atrair grandes volumes de carga para Pernambuco. No entanto, mesmo sem uma ferrovia, o intenso congestionamento logístico do Porto de Santos poderia tornar Suape uma alternativa viável para o escoamento da produção nacional. Essa é a aposta local enquanto a Transnordestina ainda é um sonho distante. Márcio Guiot explica que atualmente os grãos do gigante do agronegócio brasileiro são escoados no Sudeste, que enfrenta uma saturação. A conta é de que mesmo passando mais dias nos caminhões até chegar a Suape, essas cargas não aguardariam até 15 dias nos portos para sair, como tem acontecido em Santos. “A gente já busca colher os frutos desse setor mesmo antes da materialização da ferrovia, o que seria inserir Suape na rota do agro. Hoje, Suape não movimenta nenhum grão de soja e nem um grão de milho. Para o nosso mix de carga, vai ser muito saudável conseguir viabilizar as demandas desse setor”, declarou Guiot. A direção do Complexo de Suape já tem feito reuniões com representantes do agronegócio para abrir o caminho dos grãos para o Estado. Também já foi realizado um estudo de viabilidade para a construção de um terminal de grãos no complexo, realizado pela Infra SA. A construção dos Cais 6 e 7 está conectada, portanto, com esse potencial de trazer a produção do promissor setor do agro para Pernambuco. SUAPE E OS INVESTIMENTOS DA TRANSIÇÃO ENERGÉTICA Enquanto o mundo vive um momento de mobilização de investimentos em transição energética, o Complexo de Suape comemorou a vinda da indústria de e-metanol da European Energy (EE). O empreendimento está em fase de licenciamento ambiental e prevê um investimento de R$ 2 bilhões. O e-metanol vem ganhando destaque como uma solução sustentável para a transição energética. “O e-metanol pode ser utilizado tanto como combustível como em processos industriais. Os principais setores que demandam o produto como parte de sua estratégia de descarbonização são a indústria marítima e de plásticos”, explica Alexandre Groszmann, project manager Latin America (diretor de projetos para a América Latina) da European Energy. Essa molécula sintética é produzida a partir da combinação de hidrogênio verde, obtido pela eletrólise da água, e dióxido de carbono biogênico, capturado por meio de processos que envolvem biomassa, como a fermentação do etanol. O projeto atual de produção de e-metanol da empresa tem como foco principal a exportação para mercados que estão dispostos a pagar o chamado “prêmio verde” pelo produto. No entanto, iniciativas futuras poderão considerar o mercado interno. São estimados 250 empregos na fase de obras, além de 40 diretos na operação. O

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Paulo Câmara destaca o papel do crédito no desenvolvimento regional

No evento Pernambuco em Perspectiva, o presidente do Banco do Nordeste destacou a importância dos investimentos em infraestrutura e das parcerias para impulsionar o crescimento do estado. Foto: Tom Cabral O presidente do Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e ex-governador de Pernambuco, Paulo Câmara, foi o palestrante do primeiro encontro do ano do projeto Pernambuco em Perspectiva. Na pauta estava o tema Como financiar o desenvolvimento de Pernambuco com falta de recursos para investimento. Diante de um auditório repleto de empresários, gestores públicos e especialistas, o executivo destacou o crescimento da instituição nos últimos dois anos e avalia um cenário mais otimista de avanço da região, após anos de crises econômicas, sanitárias e políticas no Brasil. O encontro foi mediado pelo sócio da TGI Ricardo de Almeida e contou também com uma apresentação de Francisco Cunha sobre o esgotamento do ciclo de desenvolvimento do Estado e da necessidade de formulação de um novo modelo para as próximas décadas. Em sua fala, Paulo Câmara destacou os desafios enfrentados nos últimos anos, como crises econômicas e políticas, além da pandemia, e ressaltou a recuperação recente do país, com crescimento econômico e queda do desemprego. Ele enfatizou a importância do crédito como ferramenta essencial para impulsionar o desenvolvimento do estado e reduzir desigualdades, especialmente no semiárido. Também apresentou o papel do Banco do Nordeste nesse cenário, ressaltando investimentos em setores estratégicos, como infraestrutura, agricultura e turismo, além do fortalecimento de microcréditos e apoio às pequenas empresas. Entre os diversos números de destaque apresentados está o salto impressionante de 41% no volume de contratações de créditos, quando se observa o biênio 2023-2024, em comparação com 2021-2022, passando de R$ 42,5 bilhões entre 2019 e 2022 para R$ 59,9 bilhões. O evento reforçou a necessidade de colaboração entre os setores público e privado para viabilizar novos projetos e garantir que Pernambuco continue avançando. Temas como exportação, inovação e financiamento sustentável também foram abordados, evidenciando o compromisso com um modelo de desenvolvimento conectado às tendências globais. Com um público engajado e uma programação alinhada aos desafios do estado, o Pernambuco em Perspectiva reafirmou seu papel como um espaço para a construção de soluções e parcerias para o futuro pernambucano. A Algomais publica a cobertura completa do evento na edição deste final de semana.

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Pernambuco cria a rota turística do Queijo Artesanal

Projeto Chão de Queijo incentiva a cadeia produtiva de laticínios e do turismo gastronômico e cultural das cidades da Bacia Leiteira *Por Rafael Dantas / Fotos: Alexandre Albuquerque Para quem busca unir turismo e boa gastronomia, Pernambuco oferece experiências imperdíveis, como as vinícolas de Garanhuns e do Vale do São Francisco, além das tradicionais cachaçarias. Agora, um novo roteiro está sendo estruturado no Estado, destacando uma das grandes referências da culinária local: o queijo. Queijarias artesanais de 10 cidades pernambucanas estão abrindo suas portas para apresentar produtos exclusivos e compartilhar histórias e receitas que preservam a tradição. Algumas delas produzem variedades únicas no Brasil. Pernambuco conta oficialmente com 41 queijarias artesanais registradas na Adagro (Agência de Defesa e Fiscalização Agropecuária do Estado). No entanto, a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, vinculada à Adepe (Agência de Desenvolvimento de Pernambuco), estima que o número real seja próximo de 300. Dentro desse universo, um grupo de 13 produtores da Bacia Leiteira do Agreste passa a integrar o Projeto Chão de Queijo, que busca consolidar a Rota do Queijo Artesanal de Pernambuco, uma iniciativa oficial do Funcultura. “O Projeto Chão de Queijo nasce do desejo de valorizar um dos nossos patrimônios gastronômicos que é o queijo artesanal. Mais do que um simples roteiro, queremos contar as histórias por trás de cada produtor, mostrar a riqueza das técnicas tradicionais e conectar esses saberes a uma experiência de turismo com uma identidade forte local. Acreditamos que essa rota vai encantar visitantes e abrir portas para um reconhecimento ainda maior da nossa cultura", destacou Alexandre Albuquerque, idealizador do Projeto Chão de Queijo. Integram esse roteiro das queijarias artesanais, produções nos municípios de Alagoinha, Bom Conselho, Cachoeirinha, Garanhuns, Sanharó, São Bento do Una, Venturosa, Pedra e Pombos, no Agreste Pernambucano, além de Ribeirão, localizada na Zona da Mata Sul. Algumas dessas cidades já têm vocação turística, que é reforçada com mais um atrativo aos seus visitantes. Outros podem colocar um pé nesse setor da economia pernambucana que é intensivo em mão de obra e que gera oportunidades ligadas à hospedagem, à gastronomia e ao lazer. Os turistas que percorrerem a rota das queijarias artesanais terão a oportunidade de conhecer novos fornecedores e descobrir a origem dos queijos que consomem. “Muitas vezes, as pessoas compram queijo nas capitais, como no Recife, sem saber de onde vem ou quem o produz. Com a rota, poderão conhecer a história dos produtores, acompanhar o processo artesanal e entender o verdadeiro custo do queijo, que é diferente da produção em grande escala. Além disso, terão uma experiência no meio rural, já que muitas queijarias estão localizadas fora dos centros urbanos”, destaca Patrícia Magalhães, Consultora de Turismo e CEO da Avant Turismo PE. DAS COMMODITIES AOS QUEIJOS ARTESANAIS Apesar da tradição na produção de queijos, Pernambuco ainda enfrenta um alto nível de informalidade, especialmente no interior. No entanto, um movimento de valorização tem ganhado força, destacando a identidade e a história de cada produtor, ao mesmo tempo em que aprimora os processos produtivos, agregando sofisticação e reconhecimento ao setor. “O cenário atual de queijos aqui em Pernambuco e no Brasil também, atualmente, se divide em commodities (principalmente muçarela) e os queijos artesanais. Há espaço para ambos, percebemos que o público para queijos artesanais é bem mais seleto e também há ocasiões para cada tipo de queijo”, afirmou Vânia Freire Lemos, coordenadora de operações do CT Laticínios de Garanhuns (Centro Tecnológico Instituto de Laticínios do Agreste) do Itep (Instituto de Tecnologia de Pernambuco). Entre 2020 e 2023, o CT Laticínios, em Garanhuns, desenvolveu um projeto de incubação voltado para empresários da região interessados em atuar no setor de laticínios, por meio de um contrato de gestão assinado entre o Itep e a Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação de Pernambuco (SECTI). Durante esse período, os participantes trabalharam na prospecção, desenvolvimento e produção de queijos finos, especiais e até autorais, aprimorando técnicas e consolidando suas marcas no mercado. Após uma fase experimental, o Laticínio Belamente, de Garanhuns, deu sequência a sua produção própria na sede da Fazenda São José, onde atualmente produz queijos especiais das marcas Sambaiba e Belamente. No local, são fabricados oito tipos diferentes, usando tanto leite de vaca, como de cabra. Apostando na raça indiana Guzerá, conhecida pela rusticidade e pelo leite de alto teor de sólidos (percentual de gordura, proteína e minerais), José Bezerra, proprietário do Laticínio Belamente, decidiu investir em queijos autorais. “Achamos que era uma matéria-prima muito rica para ser vendida apenas como leite fluido, então começamos a experimentar e desenvolver receitas para aproveitar ao máximo seu potencial”, explica o produtor. A fazenda resgatou a tradição familiar na produção de queijos, interrompida por algumas gerações, e hoje se dedica à elaboração de produtos de média e longa maturação, naturalmente sem lactose e livres de conservantes. Além do leite do rebanho Guzerá, a queijaria também utiliza leite de cabra, animal símbolo da resistência da Caatinga. “Queremos explorar ao máximo os recursos do semiárido e produzir em harmonia com o meio ambiente, refletindo isso no produto final”, afirma José Bezerra. A fazenda também está iniciando a recepção de visitantes para roteiros guiados, mediante agendamento pelo Instagram ou por telefone. A coordenadora de operações do Centro Tecnológico Instituto de Laticínios do Agreste destaca que, no caso das queijarias artesanais, diversos protocolos de produção são seguidos até que se atinja o sabor específico de cada produto. “Os diferenciais de raça, alimentação, manejo, tipo de leite e processo produtivo artesanal são, sem dúvida, o conjunto que promove a produção de queijos especiais e sabores característicos. Outro diferencial é que o processo de produção é o mais natural possível”, destacou Vânia. DE PRODUTORES AO ATENDIMENTO AOS TURISTAS Para a maioria dos produtores, a recepção de visitantes na produção não fazia parte da rotina. Uma exceção é a Fazenda Polilac, localizada na entrada de Garanhuns, que já se consolidou como um dos atrativos para quem visita a chamada Suíça Pernambucana. O local atrai muitos visitantes pela venda de produtos artesanais, opções de

Pernambuco cria a rota turística do Queijo Artesanal Read More »