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Até 2060, 40% da Caatinga pode ser afetada pela mudança climática

Perda de espécies, substituição de plantas raras por outras mais generalistas e homogeneização de 40% da paisagem são as principais consequências das mudanças climáticas na caatinga, bioma que tende a apresentar clima ainda mais árido no futuro. A previsão é de um estudo cujos resultados foram divulgados no Journal of Ecology. Pesquisadores das universidades Federal de Pernambuco, Estadual de Campinas, Federal da Paraíba, Federal de Viçosa e do Instituto Federal Goiano se debruçaram sobre dados de coleções científicas, herbários e da literatura para compilar um banco de dados inédito, com mais de 400 mil registros de ocorrência de cerca de três mil espécies de plantas do bioma. Por meio de modelos avaliados e validados, com diferentes tipos de algoritmos estatísticos e inteligência artificial, foram feitas mais de um milhão de projeções com as possíveis respostas das espécies da caatinga às mudanças climáticas do futuro.

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Agrofloresta no Agreste

Projeto realiza implantação de agroflorestas no Agreste

A Semas (Secretaria de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Fernando de Noronha) realiza, em parceria com o Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá, o projeto Águas da Serra. Contemplado no edital 01/2021 do Fema (Fundo Estadual de Meio Ambiente), o projeto tem o objetivo de implantar um sistema de agroflorestas para moradores do município de Jataúba, no Agreste de Pernambuco, para promover a recuperação das nascentes do Rio Capibaribe. O projeto, que tem duração de 12 meses, e busca sensibilizar e capacitar cerca de 12 famílias agricultoras, quatro jovens guardiões e 30 estudantes do ensino fundamental para que eles entendam a importância da proteção às APPs (Áreas de Proteção Permanente). Para isso, promove o reflorestamento em quatro nascentes do Capibaribe que sofrem com o processo de degradação ambiental, por meio da implantação de quatro sistemas de agroflorestas e três de reuso de águas cinzas. Também realiza debates sobre a preservação de mata ciliares, mananciais e reservatórios, essenciais para o abastecimento público e demais atividades da localidade. As agroflorestas consistem em um novo modelo de uso do solo. Nelas, as plantações e cultivos são feitos em consonância com a flora natural da floresta e o cultivo é totalmente orgânico, com espécies enriquecedoras para o ecossistema. Com elas, o meio ambiente da região sofre menos degradações em relação ao cultivo em larga escala e à monocultura. O projeto ainda realiza ações de educação ambiental para 30 estudantes e duas educadoras da rede municipal de ensino de Jataúba, além de atividades formativas com potencial de recrutar e mobilizar novos integrantes. Ao todo, a ação vai atingir mais de 135 famílias agricultoras de diversas comunidades que usufruem diretamente dos recursos da água das nascentes e dos riachos.

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Triunfo inverno

Governo de Pernambuco lança a Rota do Frio 2023

O Governo do Estado de Pernambuco, em parceria com a Secretaria de Turismo e Lazer e Empetur, lança a aguardada Rota do Frio 2023. Para dar início à campanha, o poeta e repentista Toinho Mendes apresentará as cidades e pontos turísticos em uma Kombi caracterizada, interagindo com moradores e recebendo convidados para as festividades locais. A Rota do Frio inclui diversos eventos, como o tradicional Festival de Inverno de Garanhuns (FIG), a Festa do Estudante em Triunfo e o saboroso Festival Gastronômico em Gravatá. Além dessas, outras cidades como Taquaritinga do Norte, Caruaru, Serra Talhada, Bezerros, Arcoverde, Buíque, Pesqueira e Bonito também fazem parte desse circuito especial. O presidente da Empetur, Eduardo Loyo, destaca que a expectativa é atrair mais turistas para as cidades participantes durante esse período, permitindo que explorem todo o seu potencial turístico. “O nosso Estado tem muitas opções de turismo durante o inverno e é nosso objetivo apresentar essas opções ao público. A Rota do Frio chega para proporcionar isso e há programações que agradam todos os gostos. Nosso intuito é fomentar ainda mais o turismo e fortalecer esses munícipios que possuem tanta capacidade, atrativos e potencial, principalmente, nessa época do ano. É o primeiro ano de um projeto que terá continuidade e cada vez mais participantes”. A programação completa e dicas de turismo nas cidades participantes pode ser conferida no perfil do Instagram @descubrapernambuco.

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ia gestao publica

Inteligência artificial no Setor Público: rumo a um Estado ágil e eficiente

*Por Rafael Toscano Nos últimos anos, as revoluções da Indústria 4.0 têm desencadeado mudanças significativas em todos os aspectos da sociedade. Uma das maiores transformações é a adoção e a evolução da Inteligência Artificial (IA), que tem o potencial de revolucionar a forma como o setor público opera e como os governos servem seus cidadãos. A utilização de tecnologias disruptivas, como a IA, pode impulsionar a eficiência governamental, aprimorar a tomada de decisões e capacitar o Estado a oferecer serviços mais ágeis e personalizados. A IA como Aliada do Setor Público A Inteligência Artificial compreende uma série de técnicas e algoritmos que permitem que os sistemas computacionais simulem a inteligência humana e aprendam com dados, melhorando sua performance ao longo do tempo. No setor público, a IA pode ser aplicada em diversas áreas, como transporte, saúde, educação, segurança, administração pública e políticas públicas. A burocracia muitas vezes é apontada como um dos principais obstáculos à eficiência governamental. Processos demorados e complexos podem tornar a interação com o Estado uma experiência frustrante para os cidadãos. No entanto, com a IA, é possível automatizar e agilizar muitas dessas tarefas burocráticas. Chatbots e assistentes virtuais, por exemplo, podem fornecer respostas rápidas a perguntas comuns e orientar os cidadãos sobre procedimentos e serviços disponíveis. Além disso, a análise de dados pode ajudar os governos a identificar gargalos e pontos de ineficiência em seus processos, permitindo que sejam tomadas ações corretivas de forma mais ágil e precisa. Tomada de Decisões Baseada em Dados A tomada de decisões no setor público é frequentemente complexa e envolve um grande número de variáveis. Nesse contexto, a IA pode ser uma ferramenta poderosa para auxiliar os gestores públicos a tomarem decisões mais informadas e embasadas em dados. Ao analisar grandes volumes de informações, a IA pode identificar tendências, prever cenários futuros e ajudar a antecipar problemas. Isso pode ser especialmente útil em áreas como planejamento urbano, segurança pública e gestão de recursos, permitindo que o Estado adote medidas proativas para enfrentar desafios antes que eles se tornem crises. Serviços Públicos Mais Personalizados Cada cidadão é único, com necessidades e expectativas diferentes em relação ao governo. A IA possibilita a personalização de serviços públicos, tornando a experiência do usuário mais satisfatória e eficiente. Por exemplo, sistemas de recomendação podem sugerir programas sociais ou benefícios específicos para cada cidadão, com base em seu perfil e histórico. Isso evita que as pessoas tenham que procurar informações em diversas fontes, tornando o acesso aos serviços mais acessível e fácil. Desafios e Preocupações Embora a IA ofereça um enorme potencial para transformar o setor público, também há desafios e preocupações que devem ser abordados. A segurança dos dados é uma das principais questões, já que o Estado lida com informações sensíveis de milhões de cidadãos. É essencial garantir que as soluções de IA adotadas sejam seguras e estejam em conformidade com as regulamentações de proteção de dados. Outra preocupação é a possibilidade de viés nos algoritmos. Se os sistemas de IA forem treinados com dados que refletem preconceitos ou desigualdades existentes na sociedade, isso pode resultar em decisões discriminatórias ou injustas. É fundamental que os governos implementem mecanismos de auditoria e supervisão para garantir que a IA seja usada de forma ética e justa. Assim, a Inteligência Artificial tem o potencial de revolucionar o setor público, tornando-o mais ágil, eficiente e centrado no cidadão. Ao adotar tecnologias disruptivas como a IA, o Estado pode automatizar processos, melhorar a tomada de decisões e oferecer serviços mais personalizados e acessíveis. A colaboração entre setor público, sociedade civil e especialistas em tecnologia é fundamental para garantir que a IA seja utilizada de forma ética, responsável e em benefício de todos os cidadãos. O futuro do setor público está intimamente ligado à adoção de tecnologias disruptivas, e a IA certamente está no centro dessa transformação. Ao abraçar essa revolução tecnológica, os governos podem alcançar níveis inéditos de eficiência e melhorar significativamente a qualidade de vida dos cidadãos que servem. Rafael Toscano é gestor financeiro, Engenheiro da Computação e Especialista em Direito Tributário, Gestão de Negócios. Gestor de Projetos Certificado, é Mestre em Engenharia da Computação e Doutorando em Engenharia com foco em Inteligência Artificial aplicada.

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greve metro

Primeira greve contra o Governo Lula acontece hoje no Recife

Os metroviários de Pernambuco aprovaram uma paralisação de 24h. Com a decisão por unanimidade na assembleia, o Metrô do Recife não funcionará nesta quinta-feira, 13 de julho. A tensão com os profissionais que atuam no sistema surgiu a partir de três demandas não atendidas pelo Governo Federal: a retirada da CBTU do Programa Nacional de Desestatização (PND) do Governo Bolsonaro, os repasses necessários para o Plano de Restruturação do Metrô do Recife e a aprovação das pautas do Acordo Coletivo de Trabalho 2023. O presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, abriu as discussões na assembleia com um breve histórico sobre as demandas da categoria, destacando a falta de diálogo entre o Governo Federal e os trabalhadores. “Essa direção desde o primeiro momento até agora, essa diretoria busca o diálogo como o principal ponto de negociações. Mas, infelizmente, assim como o governo anterior, esse novo governo continua com o desejo de privatizar o sistema e diremos não. Não a privatização e sim a um metrô federal estatal e de qualidade”, disse. O sistema metroviário de Pernambuco passa por um longo processo de sucateamento desde que entrou no PND. Além do declínio na prestação de serviços no Recife, o modelo de privatização, concessão ou Parcerias Público-Privadas no setor de transporte sobre trilhos enfrenta fortes crises em todo o País. Os mais graves são na Supervia, no Rio de Janeiro, e as linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda, da CPTM em São Paulo. Além da sucessão de falhas, o modelo tem resultado em aumentos significativos no valor das passagens no Rio de Janeiro (R$ 7,40) e, recentemente, em Belo Horizonte (R$ 5,30). Mesmo com o cenário de crise, o Governo Lula tem mantido os planos do Governo Bolsonaro para os últimos sistemas que permanecem federais.

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Defesa Civil do Estado

Governo de Pernambuco inicia distribuição de itens de ajuda humanitária na Mata Sul

(Do Governo de Pernambuco) Em um trabalho conjunto para fornecer as ajudas humanitárias à população afetada com as chuvas nos 15 municípios da Zona da Mata Sul de Pernambuco, o Governo do Estado iniciou uma nova fase de atendimento, realizando as entregas dos materiais. Nesta terça-feira (11), as equipes da Defesa Civil do Estado começaram a distribuir colchões e lençóis para os habitantes dos municípios de São Benedito do Sul e Catende. Nos próximos dias, mais itens serão enviados, de acordo com a demanda. Além disso, a Secretaria de Saúde do Estado enviou hipoclorito de sódio para municípios da III Gerência Regional de Saúde (Geres), que incluem os atingidos pelas chuvas. A Defesa Civil do Estado informou que iniciou a doação de 260 colchões e 520 lençóis em São Benedito do Sul e 190 colchões e 380 lençóis em Catende. A entrega desse quantitativo dos itens será concluída nesta quarta-feira (12). “No dia de hoje, dois municípios afetados, São Benedito do Sul e Catende, já receberam itens de ajuda humanitária, mitigando os danos que a população sofreu naquela região. Nos próximos dias, mais itens serão enviados para a população, inclusive cestas básicas, que até a quinta-feira devem chegar, pois estão vindo de Minas Gerais”, comunicou o secretário executivo de Proteção e Defesa Civil, coronel Clóvis Ramalho. Em atenção à saúde dos habitantes, a Secretaria Estadual de Saúde encaminhou, nesta terça-feira (11), 30 mil unidades de hipoclorito de sódio para a III Geres. “A gente está distribuindo o hipoclorito em uma quantidade maior, porque em um período desse a necessidade também aumenta. Então o Estado já está fazendo essa distribuição via Gerências Regionais de Saúde. O nosso estoque da Saúde libera para as Geres, e as Geres fazem a distribuição aos municípios”, explicou a secretária executiva de Vigilância em Saúde e Atenção Primária, Verônica Cisneiros. O Ponto Avançado de Atendimento, instalado pelo Governo do Estado na Prefeitura de Catende, para dar apoio aos municípios, também está em pleno funcionamento. Os municípios precisam levantar os dados das ocorrências e inserir no Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2ID), do Governo Federal, para se candidatar a receber recursos federais, face às despesas necessárias. Nesta terça-feira (11), o Governo de Pernambuco já esteve ajudando os municípios neste processo.  “Nosso grupo de trabalho da Defesa Civil do Estado, além de outros órgãos do Estado, como Saúde, Planejamento e Assistência Social, estiveram hoje presentes no escritório em Catende para atender toda essa demanda e dar assessoria técnica a esses municípios”, disse o secretário executivo Clóvis Ramalho. DECRETOS – No último final de semana, o Governo de Pernambuco publicou dois decretos (n° 54.993 e n° 54.994) que estabeleceram situação de emergência em 15 municípios da Zona da Mata Sul do Estado, região atingida pelas fortes chuvas. Ontem, segunda-feira (10), a governadora Raquel Lyra anunciou a ampliação do prazo da situação de 60 dias para 180 dias. Os municípios incluídos nos decretos são: São Benedito do Sul, Belém de Maria, Água Preta, Catende, Quipapá, Xexéu, Barreiros, Joaquim Nabuco, Cortês, Jaqueira, Rio Formoso, Maraial, São José da Coroa Grande, Palmares e Primavera.

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Mar de plástico: como o mundo e Pernambuco estão enfrentando esse problema?

*Por Rafael Dantas Você sabia que podemos estar comendo um cartão de crédito por semana? De acordo com estudo encomendado pela WWF International e realizado pela Universidade de Newcastle, da Austrália, o ser humano consome até 1.769 partículas de plástico toda semana. A proliferação dos plásticos espalha partículas pelo meio ambiente e afeta não apenas a nossa alimentação. O descarte desse resíduo promove desequilíbrios preocupantes, cria grandes ilhas de lixo nos oceanos e mata muitos animais marinhos. Para enfrentar esse cenário, há um tratado internacional em construção para banir os plásticos desnecessários. O Brasil, sob o comando da ministra do Meio Ambiente Marina Silva, tem um papel relevante nesse xadrez global. No País, Pernambuco pode ter protagonismo nessa agenda a partir da experiência do Arquipélago de Fernando de Noronha. A cada minuto um caminhão de plástico é despejado nos oceanos, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas). Os ítens plásticos correspondem a 80% do número de resíduos acumulados. Além do extenso volume, esse é um material que pode durar até alguns séculos antes de entrar em decomposição. Diferente de outras cadeias produtivas, como a do alumínio que consegue recolher e reciclar quase todas as latinhas que circulam no País, a reciclagem dos plásticos ainda é pouco amadurecida. Todo o drama que envolve essa questão e algumas soluções foram discutidos no evento Noronha e Oceanos sem Plásticos, promoção do Lab Noronha pelo Planeta. “Estamos diante de um oceano de oportunidades, de fazer muita coisa, mas de grandes desafios. Temos um oceano único no Planeta. Quando pensamos nessa questão do plástico, por exemplo, em Noronha, chega lixo vindo até da África. Nos lugares mais profundos do oceano já foram encontrados plásticos”, afirma Ana Paula Prates, diretora de Oceano e Gestão Costeira do Ministério do Meio Ambiente. A ambientalista destacou o risco sanitário que o descontrole da produção e descarte de material representam. “Já existem vários estudos demonstrando que esse monte de plásticos, que é arrastado, é um dos grandes vetores de pandemias. Daqui a pouco, a gente vai começar a ver novas pandemias sendo trazidas pelos plásticos. Os impactos se estendem pelo turismo, pela segurança alimentar, na navegação, pesca, bem-estar animal, biodiversidade. Já está no plâncton e até no leite materno”, alertou Ana Paula. O enfrentamento à proliferação desses resíduos pelo Planeta está sendo costurado por meio de um Tratado Global contra os Plásticos. Representantes de 175 países estão em negociações para a escrita desse documento de referência, mas tem ainda poucos avanços, após duas rodadas de negociação. Ana Paula Prates indicou que o acordo não deve ser finalizado até o final do próximo ano, devido às disputas no setor, que movimentam diversos elos da indústria. O tratado deve prever ações sobre os plásticos que já foram depositados nos oceanos, a redução escalonada de alguns produtos e o banimento de outros produtos evitáveis. A definição do que é evitável é um dos grandes entraves da construção do documento. “O que está sendo discutido no tratado é que temos que fazer uma transição da economia linear para uma economia circular”, resume a diretora do Ministério do Meio Ambiente. Enquanto o mundo avança para assinar esse documento de referência para uma transição, Pernambuco já tem desde 2018 o Decreto Noronha Plástico Zero. O arquipélago está em transição, com forte trabalho educativo com os ilhéus e com seus visitantes. Muitos produtos de plástico deixaram de entrar na ilha desde a assinatura do marco legal, como pratinhos e talheres. A ilha está bastante sinalizada com campanhas educativas em direção ao fim do uso de materiais não essenciais. “O Noronha Plástico Zero é estruturado por meio do decreto datado de 2018 que iniciou efetivamente em 2019. Nesse caminho teve uma pandemia que inviabilizou muita coisa, mas hoje a gente trabalha com equipes de fiscalização, com técnicos, biólogos e engenheiros que ficam responsáveis por fazer a abordagem, tanto nas vias de entrada da ilha, no porto e no aeroporto, como também em bares, restaurantes e pousadas. É um trabalho de extrema importância de relevância ambiental para manutenção não só no arquipélago, mas para vida no oceano como um todo”, afirma Ramon Abelenda, gerente de Meio Ambiente de Fernando de Noronha. Ele afirma que hoje o maior desafio do arquipélago no gerenciamento dos resíduos sólidos está no fato dele receber um número de turistas elevado, em que há um tempo muito curto de conscientização quanto ao descarte adequado. “A gente tem que conscientizar o público que vem a Noronha antes de chegar na ilha. Isso é um desafio. Além disso, todo nosso resíduo é descartado no continente, ele não pode ser aterrado aqui. Então, um desafio a ser vencido é a redução do consumo aqui na ilha, com a priorização do uso de materiais e embalagens biodegradáveis”, explicou Abelenda. INICIATIVAS DA SOCIEDADE O enfrentamento ao problema do descarte dos plásticos no mundo passa por iniciativas amplas e de definição de marcos legais, bem como por ações individuais e de pequenos grupos. No Recife e em Fernando de Noronha há projetos como o Xô Plástico e o Minuto Noronha que atuam tanto no viés educativo, como no trabalho voluntário para retirada dos resíduos sólidos do meio ambiente. É o trabalho de formiguinha que tem alguns resultados bem impressionantes. O Minuto Noronha, iniciativa de dois moradores do arquipélago, Túlio Cesar e Giselle Duque, retirou da natureza nada menos que 4,42 toneladas de resíduos em 70 ações realizadas nos últimos quatro anos. Eles não recolhem apenas plásticos, mas também garrafas, metais e outros materiais e pesam a coleta a cada saída. “O projeto surgiu a partir de uma vontade minha de participar de ações de preservação ambiental. Daí nasceu o Minuto Noronha, que incentiva a cada pessoa a fazer sua ação tirando um pouquinho do seu tempo para ajudar a ilha”, declarou Túlio. Eles usam o tempo de folga do trabalho para andar pela ilha e retirar o que está em desequilíbrio com o meio ambiente. Após a abertura de um perfil no Instagram (@minutonoronha) sobre o projeto, a iniciativa

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Forte Noronha 2

Novas rotas aéreas fortalecem turismo de Fernando de Noronha

A ilha paradisíaca de Fernando de Noronha está expandindo seu alcance turístico com a inauguração de novas rotas aéreas que a conectam a Natal e Fortaleza. Essa iniciativa, realizada em parceria entre a Associação das Pousadas de Fernando de Noronha (APFN) e a Administração da Ilha, tem como objetivo fortalecer o destino e atrair mais visitantes. Aproveitando a oportunidade, a APFN está promovendo uma série de ações para divulgar o local, incluindo a visita de um famtour com 40 agentes de viagens das duas capitais nordestinas. Além disso, representantes da associação estão realizando visitas a operadoras e agências de turismo no Ceará, outro mercado importante para a região. As novas rotas aéreas são operadas pela VoePass Linhas Aéreas, com voos diários partindo do Aeroporto Internacional Aluízio Alves, em São Gonçalo do Amarante (RN). Os voos são realizados em aeronaves modernas, modelo ATR 72, com capacidade para até 70 passageiros.

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Esvaziamento dos cursos presenciais desafia as universidades

*Por Rafael Dantas O campus universitário está esvaziado. A constatação do professor da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) Pierre Lucena foi mostrada num vídeo curto postado no Twitter que viralizou. As imagens dos corredores do Centro de Ciências Sociais Aplicadas com pouquíssimas pessoas alcançaram 1,6 milhão de views. Por trás da alta repercussão está a preocupação sobre o futuro dessas tradicionais instituições de ensino superior. Antes alvo de desejo dos estudantes, elas estão sendo trocadas pelas formações a distância ou por outros percursos menos presenciais. A redução da comunidade universitária no espaço físico do campus tem diferentes causas que já foram reveladas por pesquisas nos últimos anos. Um dos fenômenos é o elevado número de alunos que desistem de estudar. De acordo com dados do Instituto Semesp, os cursos superiores presenciais do País registraram em 2021 uma evasão de 27,6%. Esse problema é compartilhado também no ensino a distância, com o preocupante índice de 36,2%. Além da fuga da formação superior, a migração para o ensino a distância é outro fenômeno com conexão direta ao esvaziamento dos campus. De acordo com os números do último Censo da Educação Superior, do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), do total de novos alunos nos cursos de graduação no País, 62,8% optaram por se matricular no ensino a distância, enquanto 37,2% aderiram à modalidade presencial. Embora os números indiquem um aumento dessa tendência na pandemia, desde 2015 o gráfico (abaixo) indica o avanço do EAD sobre o ensino presencial. No mesmo período, a soma de novos estudantes no ensino superior segue uma tendência de crescimento também. Associado à evasão e à migração para as plataformas de EAD, outro fator que acentua o problema foi uma mudança legal, em 2019, durante a gestão de Abraham Weintraub no Ministério da Educação, que permitiu uma carga horária de até 40% remota para os estudantes em cursos presenciais. Na prática, tornou as formações presenciais em híbridas. Um curso que teria cinco dias de aulas, por exemplo, poderia optar por dedicar dois dias ao modelo remoto. Essa dificuldade de manutenção dos estudantes está além da comparação com o ensino a distância e mesmo dos efeitos da pandemia. “Essa questão pós-pandemia em relação ao ensino superior é diferente do que acontece na educação básica, que está recuperando em sua plenitude a taxa de matrícula. No ensino superior, mesmo antes da pandemia, anunciava-se a necessidade de mudanças importantes por causa do cenário disruptivo que vivemos. Um tempo de desafios mais complexos, que exige novas competências e habilidades na formação dos alunos no ensino superior. Isso se refletia nas altas taxas de abandono. A cada 100 alunos ingressantes no ensino superior, 59 desistiam. O Inep fez essa análise de trajetória dos alunos entre 2011 e 2020, portanto antes da pandemia”, afirmou Mozart Neves Ramos, professor titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira da USP de Ribeirão Preto e ex-secretário de Educação de Pernambuco. POUCAS ATIVIDADES PRÁTICAS Para Pierre Lucena, que também é presidente do Porto Digital, há fatores da dinâmica universitária e da dificuldade de deslocamentos na própria cidade que têm incentivado a escolha dos estudantes para o ensino a distância. “Há diferentes tipos de pessoas no campus. Aqueles que otimizam tudo no seu tempo, estudantes que já estão trabalhando ou têm horários restritos, pensam duas vezes antes de sair de casa para uma aula, principalmente nos cursos mais teóricos. O aluno que mora em Rio Doce (bairro de Olinda) vai gastar três horas de deslocamento para a UFPE em um ônibus para passar três horas em aula. Ele faz o cálculo se não é válido dedicar aquele tempo para leitura. Estamos com um modelo desgastado, unidirecional, do professor falando e do aluno anotando”, critica Lucena. Especialmente nos cursos teóricos, ele avalia que os custos do deslocamento e de alimentação estão incentivando os estudantes a optarem por se matricular no ensino a distância de universidades nacionais. Mesmo em grandes instituições, com vasto reconhecimento acadêmico, nas modalidades a distância, as mensalidades podem ser mais baratas que a manutenção do aluno presencial numa universidade pública. Pierre Lucena considera que quando se trata de um curso mais prático, como as formações de saúde, em que o aluno passa um tempo dedicado à prática, ou mesmo no Centro de Informática, que possui uma dinâmica mais intensa nos laboratórios, o engajamento dos estudantes tende a ser maior. Na contramão, as formações mais teóricas, especialmente aquelas que não valorizam a vivência universitária e as atividades práticas, estão sob pressão. Estudante do quarto período do curso de Sistemas de Informação na UFRPE (Universidade Federal Rural de Pernambuco), Atlas Cipriano, 25 anos, percebe o esvaziamento do curso a cada novo período. Mesmo em uma área muito promissora de oportunidades de crescimento profissional, dos 40 alunos que iniciaram a formação, pouco mais da metade permanece no curso, dois anos após o ingresso no ensino superior. O fato de ser um curso presencial pesa bastante na taxa de desistência, segundo o relato dos seus colegas. “As aulas presenciais deveriam ser mais dinâmicas. Para mim ainda são muito tradicionais. Você vai e fica sentado na cadeira o dia inteiro. Deveria ter mais participação. A aula é pouco prática ou falha quando se aplica esse método. É muito convencional, em que o aluno fica vendo o professor passar slides”, afirmou Atlas. Como essa formação tem alta demanda por novos profissionais, o tempo de estudo na universidade acaba tendo uma concorrência do próprio mercado de trabalho. Atlas conta que, além das dificuldades de deslocamento e dos gastos em se manter no curso, muitos estudantes acabam conseguindo alguma colocação nas empresas, que os mergulham numa experiência prática, enquanto estão matriculados, o que dificulta seguir estudando até a formação. “Há aqueles que conseguem estágio e passam a sentir mais dificuldade de acompanhar e frequentar todas as aulas ou perdem a vaga em um estágio por causa do choque de horário com a faculdade”. DINÂMICA UNIVERSITÁRIA E OS CUSTOS PARA ESTUDAR Um grande contingente de estudantes matriculados atualmente nas universidades conviveram com pelo

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IOS oferece curso gratuito de Programação Web para jovens e pessoas com deficiência

O Instituto da Oportunidade Social (IOS), reconhecido por sua atuação na formação e empregabilidade de jovens para o mercado de trabalho através de cursos gratuitos, está oferecendo vagas para o curso de formação profissional em Programação Web, em Recife. Destinado a jovens de 15 a 29 anos e pessoas com deficiência a partir de 16 anos, que tenham cursado ou concluído o ensino médio na rede pública, o curso será presencial e acontecerá no Porto Digital. As inscrições estão abertas até o dia 26 de julho, podendo ser realizadas pelo site do IOS (https://ios.org.br/inscricao/). Os cursos são acessíveis, não exigindo conhecimentos prévios, e abrangem diversos conceitos administrativos, incluindo aulas práticas em softwares de gestão, Língua Portuguesa, Matemática, Empregabilidade, Cidadania e Habilidades Sociais (Soft Skills). Além disso, oferecem conteúdo sobre vivência corporativa, ensinando os alunos a elaborar e-mails, apresentações, participar de reuniões, ter visão de negócios e até mesmo desenvolver o briefing de um produto. O programa visa capacitar os alunos a se tornarem profissionais aptos a desenvolverem sites, abrangendo desde a programação até o web design, proporcionando condições plenas para aprenderem novas linguagens, como CSS, HTML5 e Javascript, e se destacarem no mercado de trabalho. Após a conclusão do curso, os alunos formados podem participar do Programa IOS de Oportunidades, que busca vagas de emprego, especialmente em empresas parceiras da instituição, além de oportunidades para formação universitária, ao longo dos três anos subsequentes à formação. O IOS já formou mais de 43 mil profissionais em áreas como Tecnologia da Informação, Administração, Recursos Humanos e Atendimento ao Cliente, contribuindo para um aumento de até 60% na renda dessas famílias. Serviço: Curso gratuito de Programação Web Público: jovens de 15 a 29 anos e pessoas com deficiência a partir de 16 anos Participantes devem estar cursando ou já concluído o ensino médio na rede pública Vagas: 40 vagas Duração: até quatro meses Inscrições: até 26 de julho Link para se inscrever: https://ios.org.br/inscricao/ Central de Atendimento - WhatsApp: (81) 98147-7179. Endereço: Porto Digital - Cais do Apolo, 222, 12º andar - Recife, PE, 50030-230

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