Arquivos Colunistas - Página 112 De 304 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Colunistas

foz fps imip

Pernambuco terá novo Centro de Inovação em saúde e educação

A Foz, localizada dentro da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), foi inaugurada ontem (06) e passa a ser o novo espaço para incentivar e abrigar empresas com soluções inovadoras no Estado, dentro das áreas de saúde e educação. O centro é uma instituição fundada pela FPS e pelo Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP). “O Centro de Inovação tem como objetivo conectar estudantes, profissionais da saúde e da educação, inovadores, empreendedores, investidores e startups a desenvolverem novos produtos, tecnologias, soluções e serviços que possam trazer impactos no desenvolvimento educacional e nos tratamentos de saúde. Como resultado, a melhoria da qualidade de vida do ser humano e a evolução contínua da prestação de serviços da FPS e do IMIP para a sociedade.”, disse o diretor da FOZ, Philippe Magno. O Coworking da Foz está localizado dentro do Centro de Inovação, em um espaço com mais de 800m². “O ambiente é todo pensado para oferecer comodidade, funcionalidade e mudanças e conexões. Levar seu time para um ambiente compartilhado pode ser extremamente benéfico para que floresça a criatividade, facilite a quebra de barreiras e surjam inovações essenciais para que sua empresa cresça ou mantenha o sucesso no setor em que atua”, acrescentou Philippe. O centro possui o Programa de Incubação da FOZ tem foco empresas nas áreas de saúde e educação ou que possuam soluções com possibilidade de aplicação às áreas citadas. Os negócios devem possuir produtos e serviços de alto valor agregado e com grande potencial inovador e tecnológico, devem estar na fase de construção ou validação do produto ou serviço.Serão ofertadas seis vagas e as startups são selecionadas via edital.

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elbia abeeolica

"Até 2026 teremos 33 GW de capacidade instalada de energia eólica, cerca de 80% será no NE"

A matriz eólica é um dos destaques no conjunto de energias renováveis que pode ser acelerada nesse período de crise energética global. Para a reportagem de capa desta semana, a Algomais ouviu com Elbia Gannoum, presidente da Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica). Publicamos hoje mais dessa conversa sobre as perspectivas do setor e do crescimento esperado já em 2022. Quais as suas perspectivas do impacto da guerra entre a Rússia e Ucrânia na transição global da matriz energética? Esse conflito que deve isolar um dos grandes produtores de combustíveis atrapalha, acelera ou é indiferente ao processo que o planeta vive?Há consequências de curto e longo prazo. No curto prazo o consumo de combustíveis mais poluentes podem até aumentar, mas no médio e longo prazo o que fica claro é que, além de as renováveis, como solar e eólica, serem as melhores escolhas do ponto de vista ambiental e também financeiro (porque se tornaram altamente competitivas), elas também são opções para que os países conquistem sua independência energética. Aqui em Pernambuco há uma grande expectativa da instalação de uma planta de produção de hidrogênio verde. O desenvolvimento desse combustível tem capacidade de aumentar os investimentos em energia eólica e as demais matrizes renováveis sustentáveis em Pernambuco e no Nordeste?Sim, tem sim. O hidrogêncio verde é uma das grandes apostas para o futuro no setor energetico. E para produzi-lo você precisa de energia renovável, de forma que isso certamente tem a capacidade de aumentar investimentos em eólica, tanto onshore como offshore, e energia solar. Atualmente quais os números principais da produção energética eólica em Pernambuco e no Nordeste? Qual foi o crescimento em 2021?O Brasil bateu recorde de instalação de nova capacidade em 2021, com cerca de 3,8 GW de nova capacidade instalada. Ultrapassamos a marca de 20 GW de capacidade instalada no Brasil no ano passado, cerca de 80% dessa capacidade está no Nordeste. Pernambuco tem, hoje, 898MW de energia eólica em 36 parques. Quais as expectativas para a região em 2022? Há grandes empreendimentos no horizonte?No Brasil, até 2026, teremos pelo menos 33 GW, cerca de 80% dessa capacidade instalada no Nordeste. Digo “pelo menos” porque isso se refere apenas aos contratos já fechados até hoje. Ou seja, esse número certamente será maior, até porque o mercado livre está crescendo cada vez mais para as eólicas. Considerando apenas os contratos já assinados, podemos estimar um investimento de cerca de R$ 80 bilhões nos próximos cinco anos. E as perspectivas são ótimas. Em 2022 devemos bater novo recorde de instalações, fruto dos leilões realizados nos anos anteriores e principalmente fruto do crescimento que a eólica vem tendo nos últimos anos no mercado livre. Também esperamos um bom avanço para a nova tecnologia das eólicas offshore. A ABEEólica avalia que o Decreto Nº 10.946, publicado pelo governo no final de janeiro de 2022, que dispõe sobre a cessão de uso de espaços físicos e o aproveitamento dos recursos naturais no mar para a geração de energia elétrica a partir de empreendimentos offshore, é um avanço crucial para que o Brasil possa iniciar seu caminho na implantação de parques eólicos offshore com segurança para o investidor, governo e sociedade. Talvez possamos já ver um leilão de offshore em 2023. Também vemos que as discussões e debates sobre hidrogênio verde devem se intensificar, assim como todas as demais tecnologias que são fundamentais na luta para conter o aquecimento global.

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inhame

O inhame da Costa

Ingredientes, receitas, e comidas em âmbito cultural, social e litúrgico, identificam as matrizes africanas, trazem memórias ancestrais, sabedoria e identidades de povos e de civilizações. Destaque para as tradições do golfo do Benin, também conhecido como Costa, “costa dos escravos”, “costa da malagueta”, “costa dos grãos”, “costa do ouro”. Nela estão os Iorubá/Nagô, co-formadores dos patrimônios culturais do Nordeste, em especial, de Pernambuco. O inhame, raiz tuberosa, da família das Aráceas, está integrado ao imaginário da criação do mundo para o povo Iorubá, e às tradições religiosas dos Iorubá/Nagô no Brasil. .A designação inhame, ainda hoje, é dada às diversas espécies dos géneros Dioscorea, Colocasia, Alocasia e Xanthosoma. O inhame, ou “inhame branco”, é chamado em Pernambuco de “inhame da Costa” e “cará-inhame São Tomé”, o que preserva a sua identidade de procedência africana, no que se pode entender por “terroir”. O inhame é base para diferentes cardápios, consagradamente de matriz africana, e de consumo litúrgico nas comunidades de terreiro. Ao mesmo tempo, o inhame é uma base alimentar do cotidiano, juntamente com a macaxeira, a farinha de mandioca, o jerimum; entre os demais ingredientes que dão identidade à mesa regional. Por representar a fertilidade, o inhame integra vários pratos dedicados a diferentes orixás. O orixá Ogum, também agricultor e caçador, gosta do inhame assado e coberto com azeite de dendê; ou ainda o inhame cru. As bolas feitas com a massa do inhame apenas cozido na água, e insosso, é um complemento para receitas de caças, peixes e legumes. Essas bolas também podem ser condimentadas com pimentas, dendê, e outros temperos. O amalá é um pirão feito de farinha de inhame, segundo as receitas tradicionais iorubá; que também pode ser feito com o inhame cozido e amassado, e complementado com um guisado de quiabos, azeite de dendê, carne, pimenta e outros temperos. Esse guisado, em Pernambuco, chama-se begueri, comida ritual do orixá Xangô. Outro prato do cardápio litúrgico é o “peté” ou “ipeté” é feito com o inhame cozido, acrescido de camarões, cebola e azeite de dendê, sendo comida ritual do orixá Oxum.Inhame cozido na água e sal, feijões cozidos no azeite de dendê, milho branco cozido, pedaços de coco seco, carne temperada de aves, formam uma comida ritual dos orixás gêmeos – ibejis. _ Isso me traz a lembrança de um cântico especial para oferecimento dessa comida:“Epo mbe, ewà mbe, isu mbe”(tem azeite de dendê, tem feijão, tem inhame)Muitos outros pratos são criados a partir do inhame para a cozinha ritual e para a cozinha do cotidiano nas casas, nas feiras, nos mercados, nos restaurantes. O inhame é rico em ferro, cálcio, fósforo, vitaminas do complexo B.O maior produtor de inhame no mundo é a Nigéria, país da África Ocidental, onde se encontram os Iorubá/Nagô.Contudo, o inhame abrasileirou-se e integra as nossas receitas, compõe o nosso paladar. É uma escolha cultural, uma forma de marcar identidade à mesa. RAUL LODY.

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foto em frente a FEA 1

"A guerra nos mostra como é inconveniente a excessiva concentração que temos no petróleo"

O conflito entre a Rússia e a Ucrânia expõe mais uma vez a dependência mundial dos combustíveis fósseis. Para saber se a guerra poderá acelerar a migração para as matrizes renováveis e sobre quais as alternativas nacionais nesse campo, conversamos com o economista Paulo Roberto Feldmann, que analisou o setor e opinou sobre quais os caminhos que o Brasil deve ou não traçar. Quais as suas perspectivas do impacto da guerra entre a Rússia e Ucrânia na transição global da matriz energética e no Brasil? Essa guerra nos mostra como é inconveniente a excessiva concentração que temos no petróleo. São muitas as crises geopolíticas que causaram e ainda vão causar aumento nos preços do barril do petróleo. Espero que o governo não mude a politica de preços da Petrobrás e também não crie isenções fiscais que reduzam o preço da gasolina por que qualquer destes caminhos traria problemas sérios para o país. O Brasil teve a experiência no passado do Proálcool e o Sr tem defendido que é a hora de trocar a gasolina por etanol. Quais os benefícios para a economia brasileira caso haja essa transição? O Brasil é um pais que já está totalmente preparado para o uso do etanol. 92 % dos carros em circulação já aceitam o etanol como combustível e todos os postos de abastecimento já estão adaptados. O etanol deveria ser utilizado numa escala muito maior e seria possível a chegarmos na possibilidade de metade da frota brasileira ser movida álcool. Com isso não precisaríamos nos preocupar com o preço da gasolina, que poderia aumentar, mas teria um impacto muito menor. Além disso, a relação entre o preço da gasolina e do álcool, que hoje é de 0,7, poderia cair para 0,5. Sem contar que o etanol é muito menos poluente que a gasolina. Quais seriam os caminhos para o País fazer essa transição para o etanol? O que deve se inspirar e o que deve diferir da experiência do Proálcool? O que falta no Brasil é aumentar a produção de etanol e para isso há que se conversar e negociar com os usineiros de álcool e açúcar. Teremos que aumentar a área plantada de cana de açúcar e facilitar aos usineiros essa expansão colocando o BNDEs para apoiar a mesma com linhas de financiamento especificas. O Proálcool foi um projeto bem sucedido na sua época. Há no Nordeste uma grande expectativa também com investimentos na área do Hidrogênio Verde. O conflito internacional atual deve acelerar esses empreendimentos pelo mundo? Sim, o hidrogênio verde é aquele produzido com fontes de energia limpa, como as que o Nordeste possui em profusão: eólicas e fotovoltaicas. Há uma expectativa enorme do mundo inteiro pela intensificação do uso do Hidrogenio Verde. O Brasil não pode perder mais uma corrida como essa, mas para isso precisamos ter um plano. Esperar que o mercado resolva tudo é o caminho que sempre adotamos no passado e que sempre nos levaram a permanecer no atraso.

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Quarto Beach Class Convention Recife

Bristol Recife Hotel ganha nova administração e vira Beach Class Convention by HÔM

A partir de hoje (1º de abril), o Bristol Recife Hotel & Convention passa a ser administrado pela empresa Mai Hotéis & Resorts, que já é gestora do Marulhos Resort by Mai e Nui Supreme Beach Living by Mai, ambos localizados em Porto de Galinhas. Com a nova administração, o empreendimento troca a marca, tornando-se o Beach Class Convention by HÔM, nova bandeira lançada pela Mai, como forma de expansão de suas atividades. Localizado a poucos metros da Praia de Boa Viagem, na Zona Sul de Recife, o Beach Class Convention by HÔM possui 272 quartos, 600 leitos, área de lazer com piscina, sauna, academia, restaurante, business center e muito mais. O ponto forte do empreendimento é a área de convenções, que engloba dez salas, com capacidade para mais de mil pessoas. “Nosso empreendimento estará focado no turismo corporativo, de convenções e no de lazer, tendo em vista que Recife é uma cidade com muitas atrações culturais, belíssimas praias e forte gastronomia. Além dos 120 empregos diretos e indiretos que o hotel gera, nosso foco é atrair cerca de 50 mil turistas por ano”, frisa Eduardo Loyo, Diretor Operacional do grupo MAI Hotéis & Resorts.

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Nathalia Grizzi Divulgacao 1

Martorelli Advogados lança área de ESG

Martorelli Advogados fortaleceu o seu portfólio de serviços lançando uma nova área dedicada à conformidade dos negócios aos princípios de ESG, sigla em inglês de Environmental (Ambiental) Social and Corporate Governance (Governança Corporativa). O foco é auxiliar executivos a definirem a estratégia de sustentabilidade das empresas e viabilizar o desenvolvimento de uma cultura de perenidade. Como forma de garantir uma atuação multidisciplinar, a nova área é composta por profissionais de diferentes times do escritório, como Nathalia Grizzi e Nathalia De Biase, da área empresarial, Andrea Feitosa, do tributário, Hélio Gurgel e Flávia Presgrave, do ambiental, Geraldo Fonseca, do trabalhista, e Guilherme Berejuk, da área de energia. "Um dos desafios é lidar com o amadurecimento dessa cultura no mercado, para que as pessoas passem a enxergar ESG não apenas como princípios distantes, mas como uma ferramenta que agrega valor ao negócio e que tem a capacidade de garantir a sua perenidade", afirma Nathalia Grizzi.

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socios gf

GF Capital atingiu R$ 200 milhões para investimentos no Nordeste

Sergio e Ana Luiza Ferreira, com mais de 30 anos de experiência em projetos de viabilidade econômica para empresas dos mais variados ramos, fundaram a GF Capital que possui foco em captação de linhas de créditos (principalmente Banco do Nordeste), investimentos de impacto e gestão de venture capital. Em 2021, a empresa foi responsável por assessorar na captação de cerca de R$ 200 milhões para serem investidos no Nordeste.

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leilao suape

Consórcio liderado por empresa pernambucana arremata Terminal de Granéis Sólidos de Suape

O consórcio SUA Granéis, formado pelas empresas Agemar, Loxus e Marlog, tornou-se o novo arrendatário do Terminal de Granéis Sólidos de Suape (TGSS). A corporação explorará o equipamento por um período de 25 anos. O terminal ocupa um espaço de 72 mil metros quadrados e está localizado no porto interno, na margem oposta ao Estaleiro Atlântico Sul (EAS). O projeto deverá render, nos próximos meses, investimentos da ordem de R$ 59,8 milhões ao atracadouro pernambucano. O edital de licitação foi anunciado no início de março pela Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq). A celebração do contrato está prevista para este ano e o início das operações, em 2024. A SUA Granéis deverá realizar investimentos para que o terminal seja dotado de capacidade estática mínima total de 12 mil toneladas, além da aquisição de sistemas de recepção rodoviária, sistema transportador de correias e equipamentos equivalentes para garantir a produtividade (prancha média geral) de 549 t/h (toneladas por hora) e 128 t/h, para a movimentação de coque de petróleo e açúcar ensacado, respectivamente.“Suape vai, daqui a cinco anos, triplicar sua movimentação, e se estabelecer como um dos mais movimentados do Brasil e o principal do Norte/Nordeste. Estamos muito satisfeitos com todo o apoio da Secretaria Nacional de Portos e do Ministério da Infraestrutura para este ato. Quero cumprimentar de forma calorosa o grupo pernambucano que teve a oportunidade, junto com duas outras empresas, de conseguir arrematar esse empreendimento. Contem com Pernambuco para qualquer tipo de investimento”, afirmou Roberto Gusmão, presidente do Complexo de Suape. “O Consórcio SUA Granéis é constituído de três empresas com know how no transporte de coque verde de petróleo, que é a carga principal desse contrato. Já vínhamos estudando esse terminal há mais de dois anos, desde que ele entrou na EPL (Empresa de Planejamento e Logística do governo federal) e TCU (Tribunal de Contas da União). Acompanhamos todos os trâmites. Foi um trabalho de dois anos e hoje saímos muito felizes com o resultado. Há muito trabalho a fazer e desafios pela frente. Temos a expectativa de dobrar essa produção de coque com o segundo trem da Refinaria Abreu e Lima e acreditamos que teremos bastante êxito nos próximos 25 anos", ponderou o representante do consórcio, Manoel Ferreira Neto. A movimentação de granéis sólidos no Porto de Suape apresentou importante incremento em 2021, em comparação aos números do ano anterior. No total, foram movimentadas 719.174 toneladas de produtos contra 588.202 toneladas em 2020, um acréscimo de 22,3%. Trigo e coque de petróleo foram os dois principais granéis movimentados.

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Hall Unit 1

Unit-PE inaugura nova sede com serviços à população e orientação a empresas

Com a instalação de sua nova unidade no Recife, o Centro Universitário Tiradentes focará no tripé inovação, protagonismo do aluno e interação com a cidade. A nova sede está localizado na Avenida Mascarenhas de Moraes, ao lado do Geraldão, e irá reunir todos os cursos disponibilizados anteriormente nas unidades Caxangá e Nossa Senhora do Carmo. Com mais serviços gratuitos disponíveis à população e nova experiência acadêmica, o local foi escolhido estrategicamente – está localizado na Aveenida Mascarenhas de Moraes, um importante corredor do Recife que liga a zona oeste da capital pernambucana à cidade de Jaboatão dos Guararapes e abrigará laboratórios, espaço para desenvolvimento da cultura maker e coworking para ex-alunos e parceiros. "Além de preparar e encaminhar novos profissionais ao mercado, também vamos continuar colaborando com a cidade. Vamos orientar empresas locais, desenvolver o empreendedorismo, ampliar as atividades de extensão nas comunidades e oferecer ao Recife atendimento jurídico e serviços em diversas áreas", adiantou Vanessa Piasson, reitora de Unit-PE. Ao todo serão oferecidos nove cursos de graduação - nas áreas humanas e sociais, exatas, biológicas e da saúde – e 11 em pós-graduação. Inovação, protagonismo do aluno e interação com a cidade é o tripé que norteará a nova experiência acadêmica. Estrutura Instalado ao lado do Geraldão, o empreendimento gerou 150 empregos diretos na obra, que durou 06 meses. Ao todo, a nova unidade tem dois pavimentos e estacionamento para 210 veículos. Está próximo à estação de metrô e ao Terminal Integrado Tancredo Neves e de paradas de ônibus, para facilitar o acesso de alunos, colaboradores e do público. São 40 salas, 11 laboratórios e 1 clínica integrada de saúde com seis especialidades para atendimento à população e a realização de aulas práticas para os futuros profissionais. A estrutura envolve ainda biblioteca com mais de 30 mil exemplares dos quatro mil títulos, entre físicos e virtuais e espaço para exposições. Há também auditório para congressos e palestras, com capacidade para 280 pessoas. As aulas ocorrerão no modo híbrido. Além de presencial, também será possível ter acesso ao conteúdo de maneira virtual, com a implantação de novas plataformas e atividades. "Os alunos poderão ainda ter aulas on-line de disciplinas complementares em instituições parceiras de ensino superior de outros países e ter uma nova experiência, além de aprender uma nova língua", acrescentou Vanessa.

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Vanessa Senai

"O problema da mão de obra qualificada é crônico e se intensificou com a pandemia"

Vanessa Pedrosa, coordenadora do Núcleo Pedagógico do Senai-PE, falou com a Revista Algomais sobre o cenário da formação de mão de obra em Pernambuco, após dois anos desafiadores da pandemia. Ela foi uma das entrevistadas da edição da semana, que tratou sobre o cenário de demanda de profissionais qualificados na retomada econômica após os piores dias do enfrentamento ao novo coronavírus. A capacitação profissional é um desafio para o setor industrial pernambucano? A pandemia piorou a situação? O problema da mão de obra qualificada no Brasil é algo crônico, que se intensificou com a pandemia. A prova disso é que, pouco antes do início dessa crise, uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) revelou que cinco em cada dez indústrias brasileiras enfrentavam problemas devido à falta de trabalhadores capacitados. Diante desse cenário, o SENAI-PE vem trabalhando para desenvolver programas de formação profissional que estejam voltados às demandas do mercado de trabalho, na perspectiva de elevar a competitividade da indústria brasileira. No entanto, essa capacitação profissional pode ser um desafio, em virtude da má qualidade da educação básica que é oferecida aos nossos alunos. O desafio é enorme, em virtude de fatores endógenos e exógenos que permeiam o ecossistema no qual está inserido o aluno da educação profissionalizante. Um estudo da CNI aponta que a grande maioria (96%) das indústrias tem dificuldade de encontrar operadores, uma função que não requer nível universitário. Onde se concentram as maiores demandas nas empresas? O maior quantitativo de capital humano dentro das indústrias se encontra nas áreas de produção. Por essa razão, as indústrias demandam muitos operadores e profissionais técnicos, que possam efetivamente fazer as engrenagens das fábricas funcionarem. E esse é um cenário complexo, porque vemos falhas na formação de base desses alunos, que deveria servir como tecido conceitual para uma posterior formação profissional. O modelo de Ensino Médio que vinha sendo ofertado no Brasil era bastante generalista, com foco apenas no Ensino Superior. Nossos alunos não saiam da escola prontos para o mercado de trabalho. Para se ter ideia, dados do Censo da Educação Básica 2020 revelam que, naquele ano, pouco mais de 12% dos estudantes brasileiros matriculados no Ensino Médio se dedicavam, também, à formação profissional. Esse dado é importante porque revela o quão distante estamos de países reconhecidos pela qualidade do seu sistema educacional, a exemplo da Finlândia, onde mais de 70% dos jovens finalizam a educação básica na modalidade técnica. Acredito que com a reforma do Novo Ensino Médio, que começou a ser implementada de forma obrigatória neste ano nas escolas do País, possamos ter uma valorização maior e aumento na qualificação da mão de obra no Brasil.  Diante do desafio de capacitação de mão de obra, quais os caminhos que o poder público e a própria iniciativa privada poderiam trilhar para aumentar a qualificação dos pernambucanos? O Sistema S, por meio do SESI e do SENAI, está à disposição da indústria para pensar em soluções voltadas para o fortalecimento da educação básica e da educação profissionalizante, respectivamente. O SENAI-PE, por exemplo, executa parcerias com diversos gestores públicos, com o objetivo de capacitar jovens e adultos para o mercado de trabalho. Também existem projetos como o Programa Emprega+, resultado de uma parceria entre o SENAI e o Governo Federal, que visa tanto capacitar profissionais desempregados quanto requalificar aqueles que já estão na indústria por meio da oferta de vouchers para serem distribuídos pela própria empresa. Além disso, o SENAI-PE consegue personalizar formações customizadas para as indústrias, de forma a atender a demandas específicas das indústrias demandantes. Diante do acelerado processo de transformação digital, como tem sido a experiência das empresas no treinamento e adaptação de suas equipes às novas tecnologias? Já estamos na Indústria 4.0 e na Educação na 5.0. Os gestores das empresas estão buscando desenvolver, junto às instituições formadoras, programas que possam instrumentalizar seus colaboradores. Enquanto SENAI, recebemos demandas para desenvolver cursos voltados para o processo de automatização da Indústria 4.0. Também estamos atuando de forma proativa, atualizando as grades curriculares dos nossos cursos para que eles possam atender às novas necessidades das indústrias e criando novas formações voltadas para os novos cenários do mercado de trabalho. O SENAI-PE, inclusive, também tem colaborado com o processo de transformação digital do setor industrial, por meio da atuação do seu Instituto SENAI de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs), que trabalha no desenvolvimento de soluções inovadoras para indústrias de todos os portes.

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