Arquivos Colunistas - Página 257 De 303 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

Colunistas

Diplomacia: cônsul da Malásia visita a ACP

O Cônsul representante da Comissão de Negócios da Embaixada da Malásia, Radihisham Ismail, esteve ontem na Associação Comercial de Pernambuco, onde foi recebido pelo diretor da ACP e presidente do Iperid, Rainier Michael, representando o presidente Luiz Alberto Carneiro. No encontro participaram Frederico Cavalcanti Petribú Vilaça, presidente da Usina Sao José Agroindustrial e o engenheiro da empresa Lucas Brito Leal; o consultor João Canto, fellow do Iperid; e Thales Castro, membro do conselho da ACP e Presidente da Sociedade Consular de Pernambuco. Julio Barbosa, Oficial de marketing da Embaixada e a esposa do cônsul, Sra. Tengku Noor Amalia Tengku Mansoor, também estiveram na visita ao Estado. O diplomata assistiu apresentações sobre o cenário econômico de Pernambuco e acerca das perspectivas nas relações internacionais e declarou o interesse do País asiático em firmar parcerias com empresários em Pernambuco. Enfatizou que junto com São Paulo, Espirito Santo, Pernambuco é um estado estratégico para a Malásia. A estadia dele no Estado tem motivação de conhecer as oportunidades de intercâmbio comercial. Radihisham Ismail esteve também na Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Sdec-PE), onde foi recebido pelos secretários executivos Luiz Cardoso Ayres Filho (Energia) e Antonio Carlos (Políticas de Desenvolvimento), e visitou o Complexo de Suape.

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Crítica| Aquaman

Aquaman se tornou, nos últimos anos, motivo de piada entre fãs da cultura pop. Séries animadas e até o sitcom nerd, The Big Bang Theory, não deixaram de tirar sua “casquinha”. Mas a era das gracinhas parece ter chegado ao fim com a estreia do filme solo do Rei dos Mares. Dirigido pelo especialista em filmes de terror, James Wan (Jogos Mortais, Invocação do Mal), Aquaman marca uma nova fase da DC Comics no cinema. A história começa pouco antes do nascimento de Aquaman e conta como seus pais se conheceram, um faroleiro, Tom Curry (Temuera Morrison), e a rainha do mar, Atlanna (Nicole Kindman). Já adulto e dividido entre a terra e o mar, Aquaman terá como missão tornar-se rei de Atlântida e enfrentar seu meio-irmão, o Rei Orm (Patrick Wilson), no intuito de evitar uma possível guerra entre os dois mundos. O tom sombrio das produções anteriores da DC deu lugar a um visual mais leve, em cenários que, de tão coloridos, lembram bastante um sucesso não muito antigo da concorrente Marvel, Thor: Ragnarok. As cores se destacam também no belo figurino do longa, elaborado por Kym Barrett e Nicanor Mendoza III. Barrett trabalhou em filmes como O Espetacular Homem-Aranha (2012) e na trilogia Matrix.   Ainda comparando Marvel a DC, do mesmo jeito que Hugh Jackman encontrou um personagem perfeito ao seu perfil, com Wolverine, parece que Jason Momoa também conseguiu o feito ao encarnar Aquaman. Na pele do ator havaiano, o herói é um misto de força, truculência e bom humor. A produção conseguiu reunir um elenco bem eclético, com a presença de grandes nomes do cinema mundial como a já citada Nicole Kindman e até de um conhecido astro dos filmes de ação, Dolph Lundgren. O ator sueco interpreta o Rei Nereus, um dos antagonistas da história. Completam o cast Willem Dafoe, no papel de Nuidis Vulko, uma espécie de mentor do Aquaman e a estonteante Amber Heard, que encarna Mera, a princesa guerreira de Atlantis, par romântico do protagonista e parceira na cenas de ação e alívio cômico. Aquaman tem um início empolgante, com boas cenas de ação, como a de Atlanna enfrentando os soldados de Atlantis logo no primeiro ato. Mas o uso excessivo da câmera lenta e até compulsivo de planos-sequência entediam e tiram um pouco do brilho de algumas dessas cenas. É como se James Wan quisesse revisitar um de seus sucessos, o Velozes e Furiosos 7.     Aquaman traz às telas uma louvável mensagem, mais até que grandes cenas de ação. Ao lutar para unir os dois reinos, terra e mar, o herói aquático, por ser mestiço, enfrenta mais que guerreiros de Atlantis, combate a intolerância e o preconceito, infelizmente, tão presentes em nosso tempo.

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Caju, o sabor brasileiro - Por Raul Lody

O Brasil ainda revela seus imaginários de um paraíso tropical, certamente em virtude das chamadas belezas naturais, reunindo diversos ecossistemas, incluindo-se amplo litoral, montanhas, florestas, vales, áreas alagadas como o pantanal, o cerrado, bacias hidrográficas magníficas como a da Amazônia, rios quase continentais como o São Francisco, enfim cenários privilegiados de flora, fauna e também de diferenciada ocupação humana, de cultura e de interpretações dessa diversidade que identifica e marca o país. Entre os muitos símbolos desse Brasil tropical, de natureza variada e generosa estão as frutas. Frutas carnudas, coloridas, saborosas, de odores e de gostos especialíssimos. Muitas frutas chegaram pela mão do colono português, introduzindo a manga, a jaca, a fruta-pão, a banana, todas originárias do Oriente, contudo as frutas da terra, nativas são muitas e de ocorrência nacional e assim destaco o nosso tão conhecido e celebrado caju. A exuberância e variedade de formas, de estéticas ecológicas, sempre marcam as nossas frutas, diga-se: frutas do mundo aqui nacionalizadas e tantas outras nativas, da terra, que juntas constituem esse rico acervo de cheiros e paladares que fizeram com que os viajantes, homens de arte e de ciência que vieram de diferentes partes da Europa para conhecer, documentar e revelar para o mundo essas terras tão exóticas, diferentes, de um Brasil tropical, pudessem exercer diferentes formas de documentação. Entre tantos viajantes artistas destaco Albert Eckhout, pintor que chegou ao Brasil, Pernambuco, por convite de Mauricio de Nassau, 1637/1644. Eckhout, nasceu em Groningen, Holanda, 1610 e integrou a corte de Mauricio de Nassau, convivendo com outro pintor Frans Janz Post. O trabalho visual, pinturas, de Eckhout ganha excepcional valor documentalista, registrando pessoas, tipos de características étnicas bem definidas e principalmente elementos de uma natureza muito colorida, diferente, marcada por frutas, árvores, flores, animais e cenários de uma exuberante natureza. No caso destaco uma das pinturas mais conhecidas de Eckhout chamada Mameluca, onde vê-se exímio trabalho de desenho botânico de cajueiro e seus frutos. A obra de Eckhout encontra-se no Museu de Copenhague, 1641, ofertada por Mauricio de Nassau ao rei da Dinamarca, Frederico III. A pintura Mameluca, retrata um tipo étnico, mistura de elementos raciais entre o branco, no caso o português, e o ameríndio, o nativo do Brasil. Em descrição detalhada da pintura de Eckhout, temos a seguinte análise: “(...) Ainda em plano próximo salienta-se uma árvore, um cajueiro (Anacardium Occidentale L.) abundantemente frutificado e com os cajus em diferentes estados de maturação (...).”1 O interesse em retratar o caju em um conjunto de onze telas, destaca a ocorrência e o significado da fruta para a região Nordeste, para ampla área da costa brasileira. A fruta de muitos usos O cajueiro é uma árvore celebrada e está no variado imaginário tradicional e popular brasileiro. Além do consumo da fruta in natura e muitos outros aproveitamentos da culinária enquanto doce, vinho, castanha assada que é muito apreciada e consumida como acompanhamento de bebidas ou na receita de bolos como o pé-de-moleque, um prato que integra a mesa festiva do ciclo junino é alimento diário de muitos brasileiros. Além das formas doces: em calda, como passa destacando o açúcar da fruta, a tão celebrada passa de caju, um quase símbolo do Ceará está ainda em pratos salgados, destacando-se a famosa moqueca de maturi. As bebidas feitas de caju também ampliam possibilidades gastronômicas e comerciais. Inicialmente a tão conhecida cajuada – suco de caju, excelente bebida refrescante e muito saudável. Ainda de maneira industrial a cajuína e o vinho de caju, além do licor e outras criações próprias da dinâmica inventiva das cozinhas A estética do caju e do cajueiro. A forte presença do caju no imaginário brasileiro ocorre em diferentes técnicas artesanais, retratando a fruta como tema principal ou compondo cenas regionais presentes no nosso artesanato/arte popular. Na xilogravura, o caju é um componente que centraliza muitas obras, ocorrendo ainda de maneira alegórica. Há uma referência dominante sobre o caju enquanto símbolo do trópico, do sol, das cores fortes e quentes e assim é interpretado e incluído em vasta produção dos gravadores populares. Entalhes de madeira, pinturas sobre tecido, bordados, pinturas em material cerâmico, sobre outras superfícies, pinturas sobre papel e tela entre muitas outras técnicas revelam a inventiva tradicional e contemporânea de mostrar o caju e sua trajetória, unindo o valor da fruta telúrica e demais temas que identificam a natureza brasileira, o cotidiano, a festa, o homem regional. Também nas tradições orais, na literatura, nas cantigas o caju é um tema muito ocorrente, fazendo diferentes autores louvar e relacionar a fruta com estéticas que revelam o Nordeste interpretando o homem do litoral, o ciclo das colheitas em um tempo em que os cajueiros chegam com suas flores bancas e dão frutas coloridas, exalando odores, anunciando sabores e preferências do brasileiro. Como o coqueiro (cocos nucifera L.) para o Oriental, notadamente o indiano, o cajueiro seria o mesmo para o brasileiro, representando se houvesse uma árvore símbolo do paraíso em virtude das inúmeras possibilidades do seu aproveitamento para a vida do homem. O cajueiro é uma árvore de múltiplos usos, sendo para o nativo, o da terra, uma espécie botânica que alimenta, que produz remédios, cuja madeira é empregada para a construção de embarcações, especialmente a jangada, além de representar no imaginário popular uma das plantas mais queridas do Nordeste. Assim, estabelecem-se profundas relações entre o brasileiro e o cajueiro, tendo na fruta uma forte referência de cultura. Pois o homem, esse eterno tradutor do meio ambiente, usa e dá significados aos inúmeros elementos da vida natural e assim vai representando os seus entornos e se representando, construindo identidades.

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Time da In Loco comemora Prêmio Caboré, o Oscar da publicidade brasileira

A empresa pernambucana In Loco, uma das gigantes do Porto Digital, recebeu ontem em uma cerimônia de gala na cidade de São Paulo, a honraria máxima da publicidade no Brasil: venceu o Caboré 2018 da categoria Serviço de Marketing. A premiação é uma iniciativa do Meio & Mensagem, publicação que lidera o segmento de publicidade e marketing no Brasil. “É uma grande honra para a In Loco, uma empresa de tecnologia brasileira que nasceu nos corredores da universidade, receber o maior reconhecimento da publicidade do Brasil. Gostaria de agradecer ao nosso time, parceiros e amigos que nos ajudaram até aqui”, declara André Ferraz, CEO e cofundador da In Loco. O Caboré é considerado o maior prêmio da propaganda brasileira e consagra os principais profissionais e empresas que contribuem para o desenvolvimento da indústria da comunicação no Brasil.

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Diagnósticos do Brasil faz investimento em Pernambuco

A Diagnósticos do Brasil inaugura amanhã (29) sua primeira unidade em Recife. A empresa está realizando em todo o País o investimento na ordem de R$ 50 milhões em ampliações e instalação novas unidades. "A escolha por Recife foi feita com base na localização estratégica numa região central do Nordeste. Hub das companhias aéreas, fácil acesso às rotas terrestres de outras capitais e cidades importantes que possuem grande volume de exames”, comenta o diretor geral do grupo, Antonio Fabron. Com a nova unidade, o grupo contribui com mais de 100 novos empregos em Recife. Cerca de 80% dos colaboradores são profissionais da área de saúde, sendo técnicos, biólogos, biomédicos e farmacêuticos. “A expectativa é chegar a 150 até o final deste ano, e 200 até o final do primeiro semestre de 2019”, explica Fabron. A nova unidade técnica conta com aproximadamente 3.600m² e capacidade para realização de 5 milhões de exames por mês. O diretor comercial do grupo, Tobias Thabet Martins, explica que todo o planejamento foi realizado com base nas necessidades do cliente e da região. “A estrutura foi espelhada nos demais empreendimentos da marca e as regiões Norte e Nordeste serão as mais beneficiadas. Equipamentos de última geração possibilitam uma operação ininterrupta e com alto nível de automação, proporcionando maior agilidade na coleta de exames e na entrega dos resultados”. Os exames realizados em Recife serão os mesmos disponibilizados na Matriz do Diagnósticos do Brasil, localizada em São José dos Pinhais. “Nossa capacidade operacional é de 7 milhões de exames por mês. Com as ampliações nas outras sedes e com a nova unidade técnica de Recife, a expectativa é quebrar os recordes e alcançar os 15 milhões de exames processados por mês”, conta Martins. De acordo com Fabron, em 2019 a perspectiva da empresa é de crescer em torno dos 50% em faturamento. "Com a nova unidade, haverá uma redução de até 20 horas no transporte para exames realizados. Com isso, o Diagnósticos do Brasil terá um aumento significativo da demanda de exames que devem ser terceirizados de toda a região Norte e Nordeste para a unidade de Recife".

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Curta pernambucano mostra a força de mulheres da Ilha de Deus

Situada numa grande reserva de estuário entre os bairros da Imbiribeira e do Pina, a Ilha de Deus é exemplo de resistência. Resistência atrelada à força de mulheres que de tanto pelejar por melhores condições de vida, vêm acumulando conquistas como a construção de um conjunto habitacional e de uma ponte, cujo nome não poderia ser outro: Ponte Vitória das Mulheres. Com produção da Tarrafa Produções, o curta de estreia de Anna Andrade, Entremarés, acompanha a rotina de três irmãs que adotaram a ilha como lar e fazem do mangue fonte valiosa de sustento. Através das lentes de Adalberto Oliveira, diretor de fotografia, o tempo parece correr devagar, conforme o ritmo do vento que balança as folhas dos coqueiros e faz dançar a vegetação dos manguezais. Do brilho negro das conchas que sobram da extração do sururu ao pouso de pássaros sobre a lama do mangue, imagens que mais parecem obras de um artista plástico. Em entrevista à Revista Algomais, a diretora Anna Andrade conta detalhes do projeto e revela como sua relação com a Ilha de Deus e com os moradores do local serviu de inspiração para a realização do curta.   O que te inspirou a falar sobre a Ilha de Deus? Como surgiu o projeto? Eu moro na Imbiribeira desde pequena, tenho 35 anos. Em toda minha vida sempre ouvi falar que a Ilha de Deus era um lugar muito perigoso. Na época, ela era uma comunidade toda feita de palafita, a ponte que ligava a ilha para o lado de cá era uma ponte de madeira. Tenho vários amigos incríveis, tanto na vila quanto na ilha e cresci ouvindo histórias de violência e vivenciando outras experiencias. Sempre foi uma coisa que talvez mais nova não tenha me atentado, mas já devia ser um incomodo. Em 2009, começaram a construção da ponte Vitória das Mulheres e, na sequência, a construção do conjunto habitacional da ilha. Foi nessa época que comecei a me envolver com cultura. Sempre trabalhei com música e literatura, nunca com cinema. Em 2014, comecei a participar de várias oficinas, de roteiro, produção, direção e numa dessas oficinas decidi escrever sobre a ilha. Sempre foi muito latente a força das mulheres nesse espaço, a luta por moradia, por saneamento básico e pela melhoria da sua realidade. E quando rolou essa transformação, eu achava que não poderia falar sobre outro lugar que não a Ilha de Deus. A força da mulher é muito arraigada nesse espaço e foi isso que me motivou a escrever o roteiro do Entremarés. Qual o maior desafio enfrentado durante a produção do curta? Na verdade, não teve muito desafio, pois desde sempre tenho relação com o espaço, com a comunidade, relação estabelecida com as meninas que aparecem no curta, desde o começo da pesquisa. Não surgiram muitas dificuldades. Tive o cuidado de levar a equipe do filme para a ilha e quando fomos gravar, ficamos a semana inteira, porque uma coisa é você ir passar o dia lá, outra é dormir e acordar com os sons do lugar. A ilha é um espaço singular: na parte do conjunto habitacional há sempre muito barulho de criança, do sururu, de tudo, e quando você se desloca para os viveiros, é um oásis, é barulho de pássaros, de mato, mas também barulho de nada (nem sei se isso existe!). Gosto muito de ir pra lá e gosto muito dessa sensação do muito e do nada. Não teve muito desafio, pois a galera já sabia que eu queria fazer o filme desde 2015 e quando saí pra gravar, rolou um movimento incrível de ajuda, de companheirismo e colaboração de todos os moradores e moradoras da ilha. O maior desafio não foi produzir o filme por lá, mas sim trazê-lo para fora e fazer com que esse estereótipo de lugar violento seja quebrado.   Das histórias e vivências que você ouviu das mulheres da Ilha de Deus, qual a que mais mexeu com você? Foram muitas histórias emocionantes que talvez eu nem possa contar, pois são histórias muito particulares, de momentos em que elas abriram o coração mais do que a gente esperava e que sensibilizou muito a gente. Talvez isso esteja de alguma forma no filme. Do que aparece no curta, posso destacar dois momentos: o primeiro é o que Ginha revela que nunca teve nada e quando queria brincar de Barbie com as amigas, vinha para a Pinheiros, uma avenida perto de onde moro e que antigamente tinha casas enormes de muita gente rica que jogava muita coisa fora. Elas pegavam Barbies quebradas para brincar. Se desdobra no momento em que diz que hoje a filha tem tudo, tem Barbie, tem tablet. Outro momento pesado dos relatos das meninas é quando Sandra fala sobre a época em que a mãe delas morreu e ela tinha de ir à maré pescar para dar de comer à Rita, a caçula. Elas só podiam escolher uma refeição por dia. Se for possível revelar agora, quais os projetos para o futuro? Algum longa mais adiante? Sobre o futuro, aprovei outro curta no Funcultura deste ano, se chama Chapéu de Fogo, que é sobre a SOBAC, a Sociedade dos Bacamarteiros do Cabo de Santo Agostinho. Ela já tem 67 anos em atividade, a única da Região Metropolitana. O doc vai trabalhar essa relação dos grupos de bacamarte, desse em específico, em meio a todo crescimento e empresas que se instauraram na cidade, e como eles conseguem integrar um grupo de resistência ainda nesse tempo em que vivemos.

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Gente & Negócios: Francisco Cunha, Jacques Barcia e Thiago Monteiro na Agenda 2019

A Agenda 2019, principal evento empresaria do final de ano do Recife, terá como palestrantes o consultor Francisco Cunha, da TGI Consultoria em Gestão, o futurista Jacques Barcia e o arquiteto Thiago Monteiro. O encontro empresarial, que acontecerá no Teatro Riomar, será pela primeira vez aberto ao público, com ingressos custando R$ 180. Francisco terá a difícil missão de apontar as perspectivas dos cenários do próximo ano para o Recife, Pernambuco, Brasil e para o mundo. Thiago Monteiro apresenta alguns dos cases da Haut de empreendimentos sustentáveis e mais humanizados na cidade do Recife. Apontando perspectivas para o futuro, Jacques Barcia aponta algumas tendências sobre a democracia após todo o momento de crise vivido por diversos Países do mundo ocidental. Você pode adquirir ingressos para a Agenda 2019 no link: https://www.sympla.com.br/agenda-2019__368555   Nx Boats lança nova embarcação O estaleiro pernambucano Nx Boats, comandado pelos empresários do segmento náutico Jonas Moura e Elizabeth Moura, lança com coquetel no próximo dia 22 de novembro, no Cabanga Iate Clube, no Pina, para cerca convidados e revendedores da empresa em todo o Brasil, a sua sexta embarcação fabricada em Pernambuco, a NX 340 Sport Coupe. Com 4 anos no mercado, a empresa contabiliza 337 barcos fabricados que primam pelo design arrojado, excelente navegabilidade e acabamento Premium. Os empresários já contabilizam o sucesso da nova embarcação com sete unidades vendidas, antes mesmo do lançamento oficial e com expectativa de fechar mais vendas no dia do evento. Para esse novo projeto o estaleiro investiu R$ 2,1 milhões em moldes e linha de produção e espera obter retorno do investimento em 15 meses. “Já contamos com 15 revendas autorizadas no Brasil e estamos presentes em 15 estados da federação. “Desde nossa fundação em 2014, crescemos cerca de 20% ao ano e nossas embarcações já cruzaram fronteiras e o atlântico, exportando para os EUA, Argentina, Uruguai e Turquia. Em 2019, pretendemos ampliar para o Paraguai e Emirados Árabes”, comemora Jonas Moura. Segundo Jonas, na linha de produção de barcos até 40 Pés, o estaleiro pernambucano é o que mais cresce no Brasil. Em faturamento para barcos de até 40 Pés, a empresa figura entre os três maiores estaleiros do Brasil. . . Kalulu Design & Comunicação expande sua atuação em PE Agência de publicidade, natural de Caruaru e com forte expertise em branding, amplia sua experiência no Estado, investindo em estratégias personalizadas de marketing. A Kalulu Design e Comunicação, agência de publicidade capitaneada pelos sócios Marcos Tenório e André George Medeiros, tem quase 7 anos de atuação no segmento de comunicação pernambucano, tendo atendido empresas de renome internacional como Natura, a agência iniciou seus trabalhos a partir da necessidade de suprir a demanda por serviços de marketing digital no Agreste. “Identificamos essa lacuna, juntamos um grupo de amigos com boas ideias e propusemos esse novo mercado, que era iniciante localmente. Trabalhamos em duas frentes no início: Redes Sociais e Webdesign, serviços que anteriormente eram desenvolvidos, com frequência, por empresas de informática, o que levava a pouca preocupação com questões de design e usabilidade para a comunicação do cliente”, pontua o designer Marcos Tenório, que também é Diretor de Criação na agência. Com um investimento inicial de R$ 70 mil na abertura da empresa, e uma entrada progressiva no mercado recifense, a agência projeta um crescimento de cerca de 30% somente para o próximo ano. “Hoje mais de 60% dos nossos clientes estão na capital pernambucana. Além disso, temos trabalhos desenvolvidos para profissionais e empresas de locais como São Paulo, Rio de Janeiro e Pará, e que rodam o país inteiro, a exemplo dos materiais de divulgação do espetáculo de Nelson Rodrigues, Senhora dos Afogados, bem como, do documentário O Cravo e a Rosa, que narra a vida e obra de Rosamaria Murtinho e Mauro Mendonça – ambas produções dirigidas Jorge Farjalla. Pedra fundamental do marketing, mas que, em alguns momentos, é deixada de lado por profissionais e empresas de diversos setores, o branding ou gestão de marca é um dos elementos centrais do sucesso da Kalulu.  “Observamos outra carência da região Agreste quando começamos: uma empresa especializada em branding. Normalmente, as marcas eram desenvolvidas por profissionais autônomos ou agências de publicidade, mas que nem sempre conversavam com a identidade e o contexto em que a marca estava inserida. Criamos então nosso departamento especializado em branding, no qual trabalhamos todos os aspectos da criação e gestão de marcas, seguindo metodologias projetuais próprias da área de design”, esclarece o publicitário André George Medeiros, à frente do núcleo de Planejamento e Negócios da empresa. Segundo os sócios, a união do branding com as mídias digitais foi justamente o que consolidou a agência no cenário de comunicação pernambucano, a partir do Agreste, possibilitando parcerias com grandes marcas, como Unicred Centro Pernambucana (atual Sicredi), Shopping Difusora, Casttini Planejados, Kivita Alimentos, além de empresas naturais de outros estados e, com atuação nacional, como a Natura e a Sorrifácil. . . Modigliani Bistrô traz novidades para o final do ano Adriana Alliz e Roberto Vasconcelos, sócios do Modigliani Bistrô, anunciam o lançamento de um novo menu de almoço executivo para as sextas feiras, a partir de dezembro. O novo cardápio é assinado por Luciana Sultanum. O bistrô promete ainda preços promocionais para confraternizações de final de ano na casa. "Estamos fazendo um menu fechado promocional (entrada, prato principal e sobremesa, com preço diferenciado) para confraternizações. Está nos planos dos sócios lançar em breve um novo espaço no Bistrô, uma varanda ao ar livre junto ao restaurante. "Estamos com essa ideia de inovar no espaço, com uma proposta de happy hour, para atingir mais forte também um público também mais jovem", afirma Adriana. . Rota dos Coqueiros é finalista da premiação PPP Awards Brasil A Rota dos Coqueiros – via pedagiada que dá acesso a praias do Litoral Sul e à Reserva do Paiva – é finalista do PPP Awards Brasil 2018, como a ‘Concessionária do Ano’. É a premiação mais importante de PPPs do país, que acaba de divulgar a shortlist. Ao todo, 35 iniciativas nacionais finalistas, em diversas categorias, concorrem ao PPP Awards Brasil. Realizado pela Sator e Radar PPP, a iniciativa destaca projetos de Parcerias Público-Privadas (PPP) e concessões.

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As habilidades para o emprego do futuro

O estudo O Futuro do Emprego, realizado pelo Fórum Econômico Mundial em 2018, concluiu que o rápido avanço da tecnologia – como automação, robotização e digitalização – pode eliminar cerca de 75 milhões de vagas de emprego em todo o mundo até 2022. Para se ter uma ideia tamanho do impacto, a relação entre o trabalho humano e aquele feito por máquinas e algoritmos, que hoje é de 71% para 29%, será de 58% para 42%. E, em 2025, pode alcançar a proporção de 52% para 48%. Ao mesmo tempo, de acordo com o estudo, a tecnologia deve criar cerca de 133 milhões de empregos, em virtude de novas necessidades que surgirão em outras áreas. Ao contrário do que vinha sendo avaliado, então, o estudo mostra que haverá um saldo positivo de 58 milhões de empregos. Mas o desafio ainda é maior do que se imagina, porque não basta apenas ter qualificação técnica para as novas oportunidades de trabalho, é preciso também desenvolver novas habilidades. Algumas delas, inclusive, devem se tornar mais importantes do que a própria profissão – que estará em constante transformação, podendo até desaparecer. Habilidades como pensamento analítico e análise sistêmica serão as mais exigidas para se candidatar às profissões tecnológicas. Haverá forte demanda por profissionais capazes de criar, com base na inteligência artificial e na internet das coisas, os algoritmos e os robôs que vão executar a maior parte das atividades do futuro. Por outro lado, o estudo também revela que, com a automação, o ser humano terá mais tempo para se dedicar às atividades tipicamente humanas. Nesse sentido, habilidades como criatividade, iniciativa, pensamento crítico, persuasão, negociação e resiliência serão ainda mais exigidas do profissional que não quiser perder sua vaga para um robô. Mas não bastam somente essas habilidades para se garantir um emprego no futuro. Existem duas outras habilidades que são ainda mais importantes. A primeira é a capacidade de aprender sozinho. E isso porque o conhecimento técnico tende a deixar de ser formal e linear, como já acontece em escolas e universidades, e passará a ser verticalizado e descentralizado. O reflexo dessa tendência já pode ser sentido atualmente em alguns mercados, que não mais exigem o diploma como uma condição para a contratação. A segunda das habilidades mais importantes é a responsividade, que é capacidade de responder de maneira rápida e adequada a novas situações. Como a mudança será uma constante em qualquer profissão daqui por diante, em virtude dos avanços tecnológicos, até mesmo as profissões em alta no futuro poderão ser afetadas. Por isso, o profissional que não se adequar rapidamente reforçará a tese, atribuída à Charles Darwin, na qual não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças.

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Se eu fosse eu

Martha Medeiros escreveu uma crônica, em 2000, fazendo menção a Clarice Lispector que também escreveu a respeito em 1968. A ideia original é de Clarice. Martha copiou. Clarice fez o perturbador e intrigante exercício de refletir sobre o que ela faria se fosse ela mesma. Martha também. Agora faço eu. Porque umas das coisas que eu faria se eu fosse eu mesmo, era copiar uma boa ideia sem ter vergonha de copiá-la. Sobretudo uma ideia genial. Então, neste momento, estou sendo eu mesmo. Se eu fosse eu, trabalharia apenas quatro dias da semana e dedicaria os outros três ao ócio. Não o ócio qualquer, mas o criativo, enaltecido na obra de Domenico De Masi. Usaria calça jeans e camiseta. Abandonaria terno e gravata. Assistiria mais a documentários do que a filmes. Nas reuniões, substituiria a xícara de café por uma taça de vinho. Uma para cada reunião. Mesmo nos dias com mais de cinco reuniões. Se eu fosse eu, elogiaria a beleza feminina, em alto e bom som, e não me preocuparia se iriam me interpretar como assediador. Acordaria somente quando o sono cessasse. Não abriria mão de sobremesas no almoço. Peidaria em qualquer ambiente. Moraria numa casa e não em apartamento. Criaria cachorros. Beijaria minha mãe todos os dias. Se eu fosse eu, não juntaria dinheiro e pararia de me preocupar com o futuro dos outros. Faria churrasco dia sim, dia não. Me dedicaria mais a escrever do que a advogar. Faria aula de canto. Diria na cara de quem não gosto que não gosto. Conversaria abertamente sobre todas as minhas fraquezas e defeitos, sem me preocupar com imagem, rótulos ou conceitos. Se eu fosse eu, viajaria sozinho quando bem entendesse. Não esconderia qualquer sentimento: raiva, paixão, ódio, amor, afeto. Opinaria sobre tudo nas redes sociais. Compraria uma vespa. Esmurraria políticos corruptos em encontros sociais, utilizando-me covardemente do elemento surpresa. Mandaria à merda meia dúzia de chatos. Tiraria um período sabático, por um ano, pensando no que deveria fazer na segunda metade da vida que me resta. Se eu fosse eu, dedicaria metade do dia ao meu filho, Joaquim, e desligaria o celular durante esse período. Faria turismo futebolístico pela Europa, durante três meses seguidos, somente assistindo a jogos e bebendo cerveja até cair. Diria a um ingrato o quanto ele foi ingrato comigo (sei que você está lendo isso, seu ingrato!). Mas lhe diria o quanto foi importante na minha vida. Estudaria psicanálise. Andaria a pé, por aí, sem destino. Eu só não sei se aguentaria ser eu mesmo o tempo todo. Minha vida seria um inferno, creio eu. E este ser que ora crer, sou eu mesmo. Porque toda crença vem de mim, inobstante se exteriorizar apenas aquele que, insistentemente, faz morada em mim, mas que no fundo não reflete quem verdadeiramente sou.

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Por um bairro todo caminhável

O Bairro do Recife hoje é uma ilha, embora tenha começado como um pequeno povoado portuário na ponta do istmo que ia desde o sopé das colinas de Olinda até o estuário dos rios Capibaribe, Beberibe, Jordão, Tejipió e Jiquiá, de frente para a linha dos arrecifes que protege a costa da “fúria do mar” e propiciou à localidade excelentes condições para o aportamento de navios, desde os primórdios da colonização, no início dos anos 1500. A região virou ilha com a abertura de uma passagem do Rio Beberibe direto para o mar, hoje junto ao Terminal de Açúcar, durante os trabalhos inconclusos de construção de uma base naval (que terminou sendo transferida para a cidade de Natal), no final da década de 1940. Uma área importante do bairro ainda é ocupada por atividades portuárias, mas a maior parte é destinada a atividades comerciais e de serviços que tiveram um grande incremento após a instalação do Porto Digital lá no início dos anos 2000. Pois é, justamente, neste território hoje insular que acontece no mês de novembro a segunda versão do festival Rec’n’Play que, dentre outros temas, conforme pode ser visto em matéria desta edição da Algomais, vai tratar de cidades inteligentes. Na versão do ano passado, tive oportunidade de coordenar no próprio festival uma oficina sobre a caminhabilidade no bairro (inclusive com caminhada guiada) e uma das conclusões a que chegamos foi que a cidade inteligente é caminhável ou, então, não é inteligente! Este ano proponho que a discussão se amplie para avançar em direção a uma primeira proposta de caminhabilidade radical da parte que não é porto na ilha do Recife. Um exemplo muito bom que pode servir de referência para isso é o chamado Boulevard Rio Branco cuja pedestrianização a prefeitura inaugurou no final do ano passado. E se todo o bairro fosse daquele jeito ali? A justificativa para isso é que muita gente já circula por lá e as distâncias no bairro são perfeitamente percorríveis a pé, desde que, claro, a condições de caminhabilidade (como regularidade do piso, acessibilidade, sombra, fachadas ativas, etc.) sejam garantidas. Isso, sem excluir os carros como pode ser visto no Boulevard Rio Branco. Parece ousado? Mas para que uma coisa possa vir a ser implantada, algum tipo de de antecipação “sonhática” precisa existir. Como disse o escritor francês Victor Hugo: “Nada como o sonho para construir o futuro. Utopia hoje, carne e osso amanhã”.

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