Arquivos Colunistas - Página 265 De 299 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Cerveja e "Buteco", casamento perfeito

Nada mais brasileiro, e porque não dizer pernambucano, que frequentar "buteco". Apreciar os pratos dessa culinária tão especial faz com que a gente tenha motivos de sobra para perpetuar ainda mais essa tradição. Não só pelo papel de socialização que esses estabelecimentos representam, os butecos estão presentes em nosso DNA e são programação certa para os nossos finais de semana. Com a finalidade de valorizar esse tipo de culinária tão especial, surgiu em 2000 o concurso "Comida Di Buteco", que acabou se transformando em um movimento, se podemos dizer assim “gastronomicamente democrático”, pois agrega diversas classes sociais, de todas as idades, e em todo Brasil. Abril é quando se dá o “start” do concurso que esse ano terá 21 cidades, com a inclusão de Florianópolis, alcançando as cinco regiões do País. Pelo terceiro ano consecutivo o teto de R$ 25,90 foi mantido, unificado para todos os participantes, com a criação do prato livre. Nessa primeira etapa serão conhecidos 21 campeões. Depois teremos a etapa nacional, com o campeão de cada localidade, e que contemplará o melhor Buteco do Brasil. 26 estabelecimentos localizados na região metropolitana do Recife estão participando. A coluna experimentou 5 pratos participantes e como não podia deixar de ser, escolheu 5 cervejas para serem com eles harmonizadas. O Sarapatel de Porco, extremamente popular da cozinha nordestina, do “Pra quem Gosta”, em Olinda foi o primeiro prato a ser provado. Segundo Jô, a proprietária do local, a receita era de sua avó, o que dá um toque ainda mais tradicional ao prato. Muito aromático, com um sabor intenso e textura tenra. Experimente com uma IPA, os aromas se destacarão, e assim terá um destaque exótico e delicioso. O segundo prato veio do bar do Cabo, em Brasília Teimosa, campeã da etapa 2017. Um camarão ensopado em um molho especial, chamado de Sabor do Nordeste. Vem servido com uma farofa molhada com o próprio molho. Com tempero mais leve que o anterior, uma Witbier é a pedida certa e dará ainda mais sabor a comida. Uma cerveja refrescante e cítrica com frutos do mar dá o equilíbrio perfeito. O terceiro veio do mercado da Boa Vista, mas com um toque mineiro. O Bar do Vizinho serviu um irretocável prato chamado “Porco Virado na Lata”. Tostado na medida certa. Ele vem com uma crosta da carne do porco bem crocante frita na banha. Como acompanhamento uma macaxeira com molho de tomate e torresmo, e alecrim fresco dando o toque final, turbinando osaromas. Um Double IPA ou uma Imperial IPA casam muito bem com o prato. A gordura da carne de porco pede uma cerveja mais potente. Do Ipsep vem o quinto prato, do Armazém 433. Uma panelinha com filé mignon, com textura de queijo coalho como se fosse um chip crocante e muito gostoso, acompanhado de uma cestinha com pães caseiros para se “melar” no molho. Batizado de “Panela Velha é que faz Comida boa”. Nesse vamos com uma tradicional Pilsen. Como é uma cerveja leve, vai combinar com o “salgadinho” do queijo. E pra finalizar um prato digno de ter na receita o personagem principal da coluna que é cerveja. Diretamente do Armazém Centenário, no Espinheiro, veio o prato “Boi Atolado”. Bem servido é um escondidinho de macaxeira com queijo gratinado. A costela na cerveja preta é um espetáculo a parte, bem exótico. A carne vem mergulhada no molho de queijo. Uma Pale Ale por exemplo. Por ser encorpada, de amargor profundo com aroma frutado e complexo fecha com louvor essa harmonização. Pratos é que não faltam no concurso Comida Di Buteco para “casar” com boas cervejas, agora é entrar no embalo e ser feliz e manter a tradição. Butecos: Pra Quem Gosta Cidade: Olinda Endereço: Rua Ary Barroso, 111 - Monte - Olinda Telefone: (81) 3429-9275 Funcionamento: Quarta a domingo: 11h às 17h Bar do Cabo Cidade: Recife Endereço: Rua Nanuque, 37 - Brasilia Teimosa - Recife Telefone: (81) 98873.0451 Funcionamento: Terça a domingo: 11h às 16h Bar do Vizinho Cidade: Recife Endereço: Rua da Santa Cruz, s/n - Box 2 e 3 - Mercado da Boa Vista – Recife Telefone: (81) 99890.5851 Funcionamento: Quarta a sábado: 11h às 18h e Domingo: 11h às 17h Armazém 433 Bar Cidade: Recife Endereço: Rua Rio Amazonas, 433 - Loja A - Ipsep - Recife Telefone: (81) 99709.0393 Funcionamento: Terça a quinta: 17h à 00h; Sexta e sábado: 17h à 01h Armazém Centenário Cidade: Recife Endereço: Rua Barão de Itamaracá, 10 - Espinheiro - Recife Telefone: (81) 3033.4002 Funcionamento: Terça a quinta: 17h à 00h; Sexta e sábado: 12h à 01h; Domingo: 12h às 18h

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Muita destruição em novo filme arrasa-quarteirão com Dwayne Johnson

Quando se fala em filme de ação dos anos 80, é difícil não lembrar dele: Arnold Schwarzenegger. O gigante austríaco dominava as produções do gênero, fazendo muito sucesso como Conan, O Bárbaro ou protagonizando a franquia Exterminador do Futuro. Mas seu "reinado" foi perdendo força, dando lugar a outros nomes, entre eles, o do ex-jogador de futebol americano, Dwayne "The Rock" Johnson. O grandalhão, de características bem parecidas com as de Arnold (pouca expressão e muita testosterona) conquistou de vez seu espaço. Seu mais novo filme, Rampage: Destruição Total, é uma prova disso. Na história, Dwayne Johnson interpreta Davis Okoye, um primatologista que cuida e tem como grande amigo um gorila albino chamado George. A rotina de Okoye é violentamente sacudida quando um experimento genético que havia sido realizado no espaço cai na Terra, contaminando alguns animais, entre eles, George. O contato com a substância desconhecida acelera o crescimento do animal e altera seu comportamento, tornando-o violento. Dá-se início, então, à principal proposta do longa, como o próprio título já revela: trazer à tela grande muito barulho e destruição.   Rampage: Destruição Total mais parece uma reciclagem de filmes clássicos de monstros como King Kong e Godzilla. A diferença, claro, está na qualidade dos efeitos especiais que, aliada a boa edição de som, proporciona ao espectador uma impressionante imersão na história, com direito a momentos de tensão e muitos sustos. O roteiro é bem confuso. Alguns personagens surgem e logo somem da história sem muita explicação, como os dois jovens auxiliares de Okoye no zoológico. O elenco também é ruim, tanto que (acredite!) apenas Dwayne Johnson se salva, talvez porque não arrisca muito nas expressões (rsrs). A dupla de vilões é, sem dúvida, a pior coisa do filme. A atriz sueca Malin Maria Åkerman e o americano Jake Lacy, que interpretam os irmãos Claire e Brett, proprietários do laboratório responsável pela pesquisa que resultou em toda a confusão, são fortes candidatos a figurar na próxima edição do Framboesa de Ouro. Completam o elenco Naomi Harris e Jeffrey Dean Morgan. Apesar dos pontos negativos, Rampage: Destruição Total deve agradar aos fãs do gênero. E Dwayne Johnson seguirá honrando o legado deixado pelos clássicos arrasa-quarteirões do passado.  

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Náutico volta ao topo em Pernambuco

*Por Houldine Nascimento O Náutico coroou o bom início de temporada com o título do Campeonato Pernambucano. Neste domingo (8), o Timbu levou a melhor sobre o Central ao vencer por 2 a 1. O cenário parecia desenhado para um triunfo alvirrubro, com quebra de recorde de público para clubes na Arena de Pernambuco, palco da final. Ao todo, 42. 352 pagantes estiveram no estádio. A torcida do Central também compareceu em peso, lotando a área reservada para os visitantes. O jogo começou como se imaginava, com pressão do Náutico. Logo aos 4 minutos, o atacante Wallace Pernambucano quase abriu o placar para o anfitrião, em boa cobrança de falta na trave. Após os 20 minutos iniciais, o Central se estabilizou e foi tomando conta. Da entrada da área, Fernando Pires mandou uma bomba, para defesa de Bruno aos 25. Dois minutos depois, Gildo recebeu lançamento, driblou Camutanga e empurrou para as redes. O gol legítimo foi anulado em decisão conjunta do assistente Cleberson Nascimento e do árbitro Nielson Nogueira. Além deste lance prejudicial, a Patativa sofria com a postura rigorosa da arbitragem para seus atletas e com um critério mais brando com os jogadores do Náutico. Aos 43, no entanto, o Náutico fez 1 a 0: Júnior Timbó quebra a marcação, invade a área e rola para Ortigoza, que finaliza. A bola sofre desvio de Danilo Quipapá, dizimando qualquer chance de defesa do goleiro França. No início da segunda etapa, outro lance decisivo: Jobson enfia o pé no rosto de Douglas Carioca e recebe apenas um cartão amarelo. Aos 11, o mesmo Jobson marca o segundo gol do Náutico ao driblar dois defensores do Central. A equipe de Caruaru ainda descontou aos 25, com Leandro Costa, de pênalti. E poderia ter empatado aos 34 minutos com Júnior Lemos, o atleta mais habilidoso da Patativa, que arrematou da entrada da área e acertou a trave. Ficou nisso. Festa alvirrubra na Arena. Após 14 anos, o torcedor volta a gritar “é campeão”. O Náutico foi o melhor time da primeira fase e soube jogar o mata-mata. Méritos do técnico Roberto Fernandes e dos jogadores, que compraram a ideia de resgatar o clube. Com casa cheia nas fases decisivas, a torcida provou que o Náutico ainda é um clube viável. A conquista dá força para o Alvirrubro buscar o acesso na Série C. Parabéns ao Timbu! Ao Central, fica a certeza de ter montado um time competitivo e muito forte para a disputa da Quarta Divisão nacional. Agora, a diretoria tem de trabalhar para segurar as principais peças. *Houldine Nascimento é jornalista

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“Um Lugar Silencioso” prova que ainda é possível inovar no terror

Com tantos filmes de terror ruins e genéricos chegando aos cinemas todo ano, não tinha como não desconfiar de mais um, ainda mais se tiver o nome de Michael Bay na produção, figura responsável pela barulhenta e sem noção franquia Transformers. "Um Lugar Silencioso" provou quão desnecessária fora minha desconfiança. Na história, uma família é perseguida por criaturas extraterrestres cegas, mas de audição bem aguçada. Para se protegerem, essas pessoas terão que viver em silêncio total. Além disso, serão assombradas por um trauma fruto de uma tragédia do passado, que marcou profundamente suas vidas. A luta pela sobrevivência frente a ameaça alienígena norteia o desenrolar da trama, mas o filme vai além dos sustos e cenas de perseguição característicos ao gênero.   Um Lugar Silencioso segue fielmente a cartilha de filmes como Tubarão, explorando a ideia de trabalhar o suspense sem mostrar muito, apenas sugerindo o perigo. O longa consegue prender a atenção do espectador com sua narrativa engenhosa, ainda que fugindo do convencional, com silêncio quase que absoluto durante boa parte da exibição. A ausência de som serve de prenúncio para grandes sustos. Parte do sucesso da produção está relacionada ao bom elenco. John Krasinski e Emily Blunt (casados na vida real) esbanjam boa química e carisma no papel do casal de protagonistas, Lee e Evelyn. John também é responsável pela direção, mostrando ter segurança e grande talento na função. Outra que se destaca é Millicent Simmonds, que interpreta Regan, filha do casal. Este é o segundo filme da atriz de apenas 15 anos, que já atuou também ao lado de Juliane Moore no filme Sem Fôlego. Krasinski, responsável também pelo roteiro, mostra ser possível inovar, trazer novas propostas até para gêneros que já se mostram bem saturados. Um Lugar Silencioso está, sem dúvida, entre as boas surpresas do cinema em 2018.

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Central e Náutico: 90 minutos para fim de jejum

Noventa minutos para o fim de um jejum. Torcedores de Central e Náutico aguardam com ansiedade o próximo domingo (8), data em que as duas equipes decidem o Campeonato Pernambucano, na Arena de Pernambuco. Já são 14 anos que o Timbu não conquista um título. Muito tempo para um clube considerado grande. Para a Patativa, a espera é ainda maior. É a primeira vez que o time de Caruaru chega à final do estadual, que é realizado desde 1915. Em 1986, o Central terminou o Brasileiro Série B na primeira posição do grupo F. Naquele ano, o campeonato foi dividido em quatro grupos e os primeiros colocados subiram para a Série A no mesmo ano. Dessa forma, não houve disputa pelo título. Por isso, o Alvinegro do Agreste se considera campeão, embora não reconhecido oficialmente pela CBF. No último domingo (1º), mais de 14 mil torcedores encheram o estádio Luiz Lacerda para acompanhar a inédita final. Num jogo com poucas chances de gol, Central e Náutico ficaram no 0 a 0 e tudo será definido mesmo na última partida. O destaque maior veio do técnico Roberto Fernandes, que divulgou uma escalação falsa minutos antes do jogo, o que irritou o treinador adversário, Mauro Fernandes. A Arena de Pernambuco também deve contar com um ótimo público. Isso porque mais de 30 mil ingressos já foram vendidos para a decisão. O grande motivo, evidentemente, é o bom começo de temporada do Náutico, que resgatou o orgulho de seu torcedor. Dessa forma, o Timbu bate o próprio recorde, atingido em 2014 em clássico contra o Sport pelo Pernambucano. Naquela ocasião, 30.061 pagantes compareceram. Por mais notório que seja o baixo nível técnico dos campeonatos estaduais, em geral, as fases finais sempre empolgam por mexer com rivalidades históricas. Quem ganha tem razão para celebrar. A quem perde, resta o lamento. *Por Houldine Nascimento

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Qual os estilos da cervejas pra Páscoa?

Na Semana Santa a pedida são os frutos dos mar. Principalmente os peixes e as comidas ao coco, onde se harmoniza tradicionalmente com vinho. Mas hoje temos uma variedade de cervejas que combinam e harmonizam perfeitamente com os mais variados gostos. Cervejas mais leves e até mais encorpadas combinam com pratos tradicionais, deixando essa época do ano ainda melhor. E ainda tem aquele chocolate de páscoa que pode também ser apreciado com uma boa cerveja. Vamos as dicas? Cerveja, diferentemente do vinho, harmonizamos mais por aproximação. Vinho é mais por contraste. Sabores mais fortes e intensos, cervejas mais alcoólicas. Pratos mais leves, cervejas mais refrescantes. No caso de um bacalhau. Escolha uma cerveja mais leve. Se não quiser ousar muito e seu paladar é mais tradicional, uma pilsen cai muito bem. Se gosta de dar intensidade ao sabor cheio de personalidade que o bacalhau possui, abra uma Witbier. Essa cervejas são de trigo, mas são mais leves e aromáticas. E deliciosamente cítricas com sua tonalidade amarelo palha. É um casamento perfeito. Pratos com camarão também são muito bem-vindos. Aquela maravilhosa posta de peixe frito também é um grato convite a ser combinado com uma Lager. São bebidas bem leves e suaves, e por isso harmonizam muito bem com frutos do mar de sabores menos intensos, como peixe frito, camarão e caranguejo.   Mas de vamos para sabores mais intensos e complexos. A dica é que sua cerveja siga essa mesma linha. Moquecas, pratos que levem sardinhas, paellas vão muito bem com IPAs e APAs. Experimente uma ostra crua com uma Stout. A complexidade dos dois sabores dão uma sensação realmente muito gratificante. Mas evite muito tempero para não mascarar o paladar e os maltes torrados se misturaram com o característico sabor dessa iguaria marinha.   E uma Stout também pra finalizar em grande estilo combinando com a tradição dos ovos de páscoa. Escolha um chocolate amargo e experimente a combinação. Os maltes torrados dão uma deliciosa sensação quando combinado com o amargor do chocolate. Se preferir um chocolate branco, harmonize com uma fruitbier, o aroma fica absurdamente gostoso. Imperdível. Agora é curtir todas essas dicas e ser feliz. Para que a fertilidade caracterizada pelo coelho de páscoa permita que se estenda a nossa cerveja para que nunca falte. Amém! MUNDO CERVEJEIRO Campanha da Itaipava revela que “O Verão Vive Dentro Das Pessoas” A cerveja Itaipava acredita que o verão é muito maior que uma estação do ano: é uma forma de viver a vida. Para comprovar a ideia“dentro da gente é sempre verão”, a cerveja lança nova campanha, composta por cinco filmes, além de ações em mídia digital. O projeto brinca com a temperatura corporal, fazendo referência ao verão interior de cada um, que pode durar o ano inteiro. “Se o verão é um jeito de viver a vida, ele nunca deve acabar, independente do clima. Por isso, para este ano, a Itaipava trabalha com a proposta de que não importa qual é a temperatura lá fora, nosso corpo está a 36,5º”, explica Eliana Cassandre, gerente de propaganda da marca. Intitulada “Em Você, É Verão O Ano Todo”, a campanha foi criada em parceria com a Y&R e tem início com o teaser que instiga as pessoas à medirem a sua temperatura. De forma bem-humorada, a chamada instiga para o segundo filme, que reforça a necessidade de continuar vivendo, o ano inteiro, com a mesma intensidade do período de dezembro a março. Assista em: https://www.youtube.com/watch?v=l1JnwWZE8a8&feature=youtu.be  

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8 fotos do Bairro de São José Antigamente

O Bairro de São José abriga desde igrejas históricas da cidade, como a Basílica da Penha, até estruturas importantes do cotidiano do Recife há décadas, como o Mercado de São José e a Estação Ferroviária Central. De acordo com Lúcia Gaspar, da Fundação Joaquim Nabuco, no início o bairro era habitado por pescadores. "Situado na parte central e mais urbana da cidade tem como referências o Mercado de São José; o estuário do Pina; a antiga Casa de Detenção, hoje transformada em Casa da Cultura; a Estação Central, onde hoje se encontra o Museu do Trem; a praça Sergio Loreto e, sua espinha dorsal, as ruas da Concórdia e Imperial", menciona no artigo sobre o bairro. Ela destaca que o local onde funciona mercado de São José já abrigava desde 1787 um pequeno comércio de verduras e frutas, chamado na época de Ribeira de São José. As fotos são do banco de imagens da Villa Digital, da Fundação Joaquim Nabuco. Clique nas imagens para ampliar. 1. Mercado de São José 2. Estação Ferroviária Central 3. Igreja Nossa Senhora da Penha (1825) 4. Praça Sérgio Loreto 5. Foto do Bairro Vista da outra margem do Capibaribe 6. Pátio do Terço 7. Vista dos telhados e igrejas do bairro (1905) 8. Rua Imperial VEJA TAMBÉM 8 imagens do Zeppelin nas paisagens do Recife 7 imagens do Bairro da Boa Vista Antigamente 8 imagens dos Fortes do Recife Antigamente 8 fotos do Porto do Recife antigamente

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Um problema de segurança nacional

Infelizmente no nosso País o problema da segurança pública transformou-se num problema de segurança nacional. Em recente participação no programa Globo News Painel, a propósito da intervenção federal no setor de segurança do Estado do Rio de Janeiro, o general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, do alto de sua experiência de primeiro comandante da missão de estabilização da ONU no Haiti, disse, com todas as letras, que o Brasil estava caminhando a passos largos para se transformar num “narco-país”. É o maior consumidor de crack, o segundo de cocaína e, hoje, o principal local de passagem de drogas no mundo. Isso sem produzir nenhum grama de cocaína nem fabricar fuzis militares ou metralhadoras, fartamente utilizados pelos traficantes no País inteiro. Segundo informações da Secretaria de Defesa Social de Pernambuco, a maioria absoluta dos chamados CVLI (Crimes Violentos Letais e Intencionais), os assassinatos, no Estado está relacionada ao tráfico de drogas, assim como, também, a maioria dos chamados CVP (Crimes Violentos Contra o Patrimônio), roubos e assaltos, são de celulares para troca por droga. Daí a grande importância, já muitíssimo atrasada, do tratamento do tema com uma abordagem nacional e a mais unificada possível. E, daí também, a importância da intervenção federal no Rio de Janeiro e da criação do Ministério da Segurança Pública. O secretário de Segurança Urbana do Recife, Murilo Cavalcanti, profundo conhecedor do enfrentamento da violência a partir da exitosa experiência da Colômbia, é taxativo ao afirmar: “a situação atual do Rio de Janeiro é a mesma de Medellín na década de 1980”. E mais: “o enfrentamento do problema da segurança pública no Brasil, dada a gravidade que assumiu, depende tanto da atuação articulada da indispensável ‘mão social’ como, também, da ‘mão dura’ da ordem estatal”. Uma "mão" só não resolve mais. Então, não há, em tese, do que discordar das medidas recentemente tomadas pelo governo federal, torcendo para que a coisa seja feita pelos responsáveis da forma mais profissional possível, ainda que, no momento, sob inescapável influência eleitoral. Mas é melhor começar e deixar pelo menos o problema estruturado para os próximos governantes do que não fazer nada e ver o crime organizado avançar cada vez mais sem enfrentamento inteligente e minimamente articulado. Torçamos, então!

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Mar adentro

Assisti, pela segunda vez, ao filme “Mar Adentro”, com Javier Barden no papel principal. O filme é sensacional. Baseado em fatos reais, Ramón Sampedro fica tetraplégico depois que bate com a cabeça na areia, ao dar um mergulho no mar. Deitado numa cama, sem qualquer movimento, por cerca de vinte e oito anos, Ramón resolve contratar uma advogada para suplicar ao Estado o direito de morrer. Perseguiu, desesperadamente, uma autorização judicial para tirar sua própria vida, argumentando que viver daquela maneira já seria estar morto, dia após dia. A justiça espanhola rejeitou o seu pleito. Mas num ato de rebeldia e, contando com ajuda de amigos, conseguiu tomar uma substância letal para, enfim, literalmente, “partir desta para uma melhor”, realizando seu desejo de morrer. Paralelamente, li, na última semana, o livro “Pulmão de Aço” de Eliana Zagui. A autora narra a sua própria trajetória de vida. Chegou ao Hospital das Clínicas de São Paulo aos dois anos de idade com poliomielite. Paralisia do pescoço aos pés e quase incapaz de respirar. Todos aguardavam a sua morte, em razão do grave quadro apresentado. Mas quarenta anos após, Eliana ainda vive na UTI do Instituto de Ortopedia e Traumatologia daquele hospital. Aprendeu a ler e escrever, concluiu o ensino médio, estudou idiomas. Escreve, pinta, usa celular e notebook utilizando, pasmem, a boca. Conhece o mundo pela internet, televisão e através das raras saídas do Hospital. Chegou a estudar formas de tirar sua própria vida. Porém, diferentemente de Ramón, desistiu desses pensamentos. Diz ela no livro: “Há tanta coisa que ainda não realizei. Sonhos, passeios, trabalhos. Isso me motiva.” Para explicar a escolha de Eliana, suas palavras bastam. Para tentar compreender a escolha de Ramón, tomo as palavras de Rubem Alves: “A vida humana, como fato biológico, não é o valor supremo. Todas as religiões reconhecem que, acima do valor da vida, está o valor do amor. Por causa do amor, até a vida pode ser sacrificada. As coisas que nos dão razões para morrer são as mesmas coisas que nos dão razão para viver”. Amo a vida! Quero morrer quando estiver velhinho, arrastando as sandálias. Mas entendo perfeitamente as escolhas de Ramón e Eliana. Aparentemente antagônicas, contudo, iguais. Um escolheu morrer e a outra escolheu viver. O que há de comum nesses caminhos? Ambos vão em busca do prazer. Pode haver prazer em morrer? Claro! O extermínio do sofrimento é o encontro com o prazer do não mais sofrer. Não vale a pena uma vida condenada ao sofrimento eterno. Eliana encontrou motivos para seguir em frente porque encontrou o prazer dos desafios. Ramón, sem desafios, encontrou razões para se despedir. A natureza humana fascina, com sua inexplicável e infinita complexidade. Nem o avanço tecnológico será capaz de alcançar a mais profunda intimidade dos pensamentos de uma pessoa. Mas uma coisa é certa: a vida que vale a pena ser vivida é a vida com prazer, desafios e dignidade. É para isso que estamos aqui, senhoras e senhores. Como diria Millôr Fernandes, “O pior não é morrer. É não poder espantar as moscas”.

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Os empregos e os algorítimos

Cerca de 65% das crianças que estão na escola hoje irão trabalhar em funções que atualmente não existem. É a principal conclusão de um estudo divulgado em janeiro deste ano pelo Fórum Econômico Mundial sobre os impactos da Transformação Digital. Outro estudo, “O Futuro do Emprego”, da Universidade de Oxford, realizado em 702 ocupações do mercado americano, diz que 47% das profissões devem ser automatizadas nos próximos 20 anos. Mesmo que não estejamos percebendo, mais assustador é saber que essas previsões já estão acontecendo em escalas e tempos diferentes em cada país. Entre as profissões mais ameaçadas estão as que podem ser feitas de modo mais barato e eficiente do que a mão-de-obra humana. Corretor, vendedor, secretária, porteiro, árbitro, motorista, fiscal, operadores e quase todas aquelas funções “meio” estão sendo as mais afetadas num primeiro momento. Num segundo momento, nem mesmo as profissões intelectuais estarão imunes ao processo de transformação mais rápido e intenso da história da humanidade. A inteligência artificial – em especial a deep learning, que é capaz de aprender e tomar decisões por conta própria – já pode redigir, por exemplo, peças jurídicas e até mesmo notícias. Portanto, grande parte dos jornalistas e advogados podem ser substituídos por algorítimos no futuro. Por outro lado, a transformação digital deve valorizar algumas profissões, mas quem não quiser ser substituído por um robô no futuro, como diz o jornalista Marcelo Tas, precisa deixar de agir como um robô. Nesse sentido, dois grandes tipos de profissionais se destacarão: aqueles ligados à criação e ao desenvolvimento de novas tecnologia e aqueles que vão cuidar das consequências da presença da tecnologia em nossas vidas. No primeiro grupo, estão os analistas de sistemas e engenheiros responsáveis pelo desenvolvimento de robôs e computadores com inteligência artificial e na integração de aparelhos e máquinas com a internet. Pesquisadores terão um grande campo de trabalho estudando novas formas de geração e retenção de energia para fazer toda essa tecnologia funcionar. Outro exemplo é o avanço na medicina preventiva, principalmente para as doenças sem cura, que já está criando muitas oportunidades na genética. No segundo grupo, o aumento da incidência de transtornos causados pelo uso intensivo da tecnologia, o apoio para mudança mais frequente de carreira e a formação de profissionais adaptados às novas demandas digitais são alguns exemplos de novas áreas de atuação que estão surgindo para psiquiatras, psicólogos e educadores. Os legisladores terão também muito trabalho para regular novos tipos de relações comerciais, criar impostos transnacionais e punir novos tipos de crimes, como aqueles que serão causados pelos carros autônomos, por exemplo. A conclusão que se pode chegar é a de que trabalho não vai faltar, mas é necessário estar preparado. Afinal, a história mostra que não são os fortes que sobrevivem, mas os que se adaptam mais rapidamente às mudanças. Uma nova forma de educação dos jovens e a “reeducação” contínua dos adultos parecem ser as chaves desse futuro que está sendo desenhado a cada dia mais rapidamente.

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