Arquivos Colunistas - Página 282 De 309 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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As cores da cerveja

Nossa percepção em relação aos sabores e aos estímulos que sentimos em relação ao que consumimos é diretamente ligado às cores. Se vamos ao supermercado, restaurantes ou qualquer outro estabelecimento que nos exponha ao que queremos beber ou comer, a apresentação é fundamental. As cores têm um papel muitas vezes determinante no que desejamos e traça um rumo do que devemos ou não “embarcar”, e muitas vezes, até o subconsciente trabalha silenciosamente nessa escolha. Com as cervejas isso não foge à regra. Com uma quantidade tão grande de estilos, marcas e rótulos, é plenamente natural que exista uma gama de variações de cores e tonalidades para assim causar o melhor impacto visual possível e assim estimular o nosso paladar. Mas e  o porquê de tantas cores? Afinal para alguns que começaram a curtir o universo das cervejas, “é apenas cerveja”, certo? De forma alguma, essa pluralidade dos tons é pura arte. Digamos que é a “noiva”, quando junto com os aromas dão uma largada e determinam qual tipo de cerveja queremos produzir ou consumir. Então o que define as cores? O que ela dizem? Vamos tentar explicar um pouco. A cor, como disse anteriormente, está ligada ao tipo de cerveja ou, podemos dizer também, ao tipo de receita. Ela mostra qual malte utilizado, nível de torrefação. Tal grau não interfere necessariamente na cor, muito mais no sabor. Então o equilíbrio nesse processo é fundamental para o sucesso das receita, mas a grosso modo podemos dizer que a combinação dos maltes vai dar a tonalidade da bebida. Outra coisa fundamental é que a cor não é determinante na graduação alcoólica. Podemos ter cervejas escuras, com graduação mais baixa que cervejas claras como as Pilsens. Dando um exemplo. Uma cerveja duble IPA é uma cerveja essencialmente alcoólica, ela pode ser clara e mesmo assim bastante forte. Uma cerveja com um tom bastante fechado e escuro, como uma Stout, pode ser bem mais leve. Cervejas escuras podem ter mais complexidade e serem mais densas, mas não obrigatoriamente mais fortes. Em se tratando do controle formal dessas cores existem duas escalas utilizadas para medir as cores da cerveja. A EBC, da Europa e a SRM dos EUA. No Brasil a escala usada é a EBC. A EBC, que quer dizer European Brewing Convention (Convenção de Cervejeiros da Europa) é aplicada a cerveja e também ao malte. Nessa escala, a cerveja clara tem que ter menos de 20 unidades de EBC, e quem tiver mais de 20 EBC, é definida como cerveja escura. A escala SRM tem como base a espectrofotometria, que usa a absorção da luz e a mede em certos comprimentos de onda. Existe uma diferença de 40% dos valores a escala EBC, nessa conta, 10 unidades de EBC, é equivalente a 4 de SRM, como explica o infográfico abaixo. Essas duas escalas mais formais é mais para os produtores de cerveja enquadrarem suas produções. Nós amantes e consumidores temos mais é que experimentar todas elas.

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4 igrejas que foram demolidas no Recife

O chamado progresso promoveu a demolição de vários prédios no Recife, entre eles igrejas. Históricas e com arquiteturas belíssimas, esse templos faziam parte do cotidiano da cidade. Selecionamos imagens de quatro que foram destruídos: Igreja dos Martírios, Igreja do Paraíso, Igreja Matriz do Corpo Santo e a Holy Trinity Church, conhecida como Igrejinha dos Ingleses. 1. Igreja dos Martírios De acordo com informações da Fundaj, o terreno da igreja foi doado para a irmandade do Senhor Bom Jesus dos Martírios, em 1782, no extremo da Vila de Santo Antônio, onde foi construída uma capela e posteriormente o templo, que só foi concluído em 1796 (foram cinco anos de obras). De acordo com Virginia Barbosa, bibliotecária da Fundação Joaquim Nabuco: "Embora fosse um templo pequeno, se comparável a outras igrejas da cidade, possuía um valor incomparável, principalmente pela fachada principal em estilo rococó (última fase do barroco), considerado uma das mais belas expressões arquitetônicas. Era situada na antiga rua Augusta (atualmente seria entre os módulos 3 e 4 do Camelódromo). Foi derrubada em 1973, justamente para abertura da Avenida Dantas Barreto, na gestão de Augusto Lucena na Prefeitura do Recife. 2. Igreja do Paraíso (1900) Foi destruída em 1944, durante a gestão de Novaes Filho na prefeito e do governador Agamenon Magalhães, também devido à Avenida Dantas Barreto. Ficava localizada no antigo Pátio do Paraíso, tendo sido construída no Século XVII. Apresentava fachada no estilo neogótico. De acordo com a pesquisadora Andresa Bezerra de Santana:  "Assim, a Igreja do Paraíso é mutilada e silenciada em 1944, não pela necessidade de abertura da avenida, mas pelo desejo de potencializar a rentabilidade do solo. A Igreja estava localizada no encontro da Avenida Guararapes com a Avenida Dantas Barreto, onde se localiza o Edifício Santo Albino". 3. Igreja Matriz do Corpo Santo O Largo do Corpo Santo e a Igreja do Corpo Santo surgiram ainda no século 16. A igreja foi demolida entre 1913 e 1914 no processo de modernização do Recife, para abertura da Avenida Marquês de Olinda. Uma curiosidade é que durante o governo holandês em Pernambuco esse templo foi transformado em calvinista. 4. Igrejinha dos Ingleses O primeiro templo anglicano do Recife, a Holy Trinity Church foi construída em 1838, na Rua da Aurora, onde hoje estão o edifício Duarte Coelho e o Cine São Luiz. Segundo o site da Diocese Anglicana do Recife, o prédio foi demolido em 1946, "pela necessidade de se alargar a rua que daria lugar à nova e arrojada avenida, a Conde da Boa Vista". *As imagens são do site da Diocese Anglicana do Recife

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Francisco Cunha faz palestra e caminhada no Rec'n'Play

O consultor e sócio da TGI, Francisco Cunha, ministra palestra no próximo dia 02 de dezembro no Festival Rec’n’play, que traz para o Recife Antigo uma série de workshops e atividades voltadas à experiências digitais criativas. Com o tema “Caminhabilidade no Bairro do Recife: um upgrade tecnológico”, a palestra que acontece no Apolo 235, das 8h30 às 12h, também contará com uma caminhada por pontos chaves do Bairro do Recife, guiada por Francisco, que é arquiteto e urbanista por formação e um dos integrantes do Movimento Olhe pelo Recife. No encontro, Francisco Cunha discutirá o que pode ser feito, através dos meios tecnológicos, para potencializar a experiência da mobilidade a pé nas ruas do Bairro do Recife, utilizando conceitos de caminhabilidade e apresentando um pouco da história do bairro. A palestra é uma iniciativa do CAM (Cidades Algomais), projeto da Revista Algomais que tem a proposta de debater questões da vida urbana sob a ótica de práticas bem sucedidas.

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89% dos insatisfeitos com a mobilidade reclamam da insegurança no trânsito

Na semana em que a população recifense está comovida com o acidente provocado por um motorista embriagado na Tamarineira, a pesquisa da Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) indica que, entre os insatisfeitos com a mobilidade urbana no País, 89% reclamam da insegurança do trânsito. A reincidência de tragédias criou com consenso de que é urgente mais rigor na punição aos motoristas que dirigem de forma insegura. Dar um "drible" nas autoridades do trânsito após ingerir bebidas alcoólicas é um comportamento que se tornou quase que comum nas grandes cidades. Não foram poucas as vezes em que ouvi alguém dar a dica de seguir por uma rua ou outra porque não tinham guardas. Ou ainda contar uma história de quase ter sido pego pelos agentes de trânsito após ingerir bebidas. Parece que não caiu ainda a ficha dos brasileiros de que uma atitude imprudente de dirigir alcoolizado pode acabar com a história de uma família. Como aconteceu nesta semana. Além da embriaguez, o comportamento de maneira geral dos motoristas no trânsito é agressivo. O estresse dos engarrafamentos quilométricos explica, mas não justifica a condução irresponsável nas ruas e avenidas. O esteriótipo do motorista esquentado e sempre apressado também virou banal. Infelizmente. Pesquisa A pesquisa da Aberje, que revelou esse número ouviu 323 profissionais e 155 empresas de todo o Brasil. O estudo revelou que um terço da população aponta a mobilidade como um dos principais problemas da cidade. O transporte coletivo (citado por 33% das pessoas) e o trânsito (32%) tiveram as piores avaliações. Do total de entrevistados, 60% disseram possuir veículo próprio. Os outros motivos de insatisfação no trânsito, além da insegurança, foram a falta de respeito às leis de trânsito por motoristas e pedestres (88%), a qualidade das calçadas (88%) e a falta de acessibilidade para pessoas com deficiência (86%). Os pedestres também sofrem nesse contexto, pois 39% dos entrevistados estão insatisfeitos com a quantidade de faixas de pedestres e 31% reclamam da localização delas. Nesta semana apresentaremos outros dados revelados na pesquisa coordenada pela Aberj. LEIA TAMBÉM Ciclistas sob ameaça no Recife Pesquisa aponta que 31,4% das rodovias pernambucanas são ruins ou péssimas Multa para pedestres e ciclistas: um retrocesso na legislação do trânsito    

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Sport ainda vive (por Houldine Nascimento)

“O pulso ainda pulsa e pulsa bastante.” A frase do meia-atacante Diego Souza após a vitória do Sport sobre o Fluminense por 2 a 1, no último sábado, reflete o sentimento da torcida rubro-negra. A esperança que parecia ter desaparecido na goleada sofrida por 5 a 1 para o Palmeiras ressurgiu, muito devido à consistente atuação da equipe pernambucana no Maracanã. Prova disso é que, com 23 minutos, André tinha feito os dois gols que garantiram o triunfo diante do clube carioca. Há duas rodadas, o rebaixamento parecia inevitável, especialmente pelo fraco desempenho do Leão. Àquela altura, o Sport já havia disputado 16 partidas neste segundo turno do Campeonato Brasileiro e vencido apenas uma: contra o Vitória, pior mandante da competição, em Salvador. Foram oito pontos conquistados de 48 possíveis. Para se manter na Série A, o Rubro-negro precisaria ganhar os três jogos restantes e torcer por resultados que o favorecessem. O primeiro passo foi a vitória ante o Bahia por 1 a 0 no Recife. Na sequência, veio o êxito contra o Fluminense no Rio. A situação ainda é difícil, mas os dois últimos jogos animam o torcedor. Para o duelo com o Corinthians, no próximo domingo (3), alguns setores da Ilha do Retiro já estão com os ingressos esgotados. O Leão não depende só de si. Precisa vencer o campeão brasileiro e rezar para que o Coritiba não vença a Chapecoense na Arena Condá ou que o Vitória não derrote o Flamengo no Barradão. Tanto a Chape quanto o Flamengo ainda tem objetivos na competição. As duas equipes buscam uma vaga na Copa Libertadores de 2018, fator que alimenta a fé dos pernambucanos. Caso o Sport continue na Primeira Divisão, dará um suspiro à péssima temporada do futebol do estado. Batalha dos Aflitos completa 12 anos O episódio mais trágico da história do Náutico completou 12 anos ontem. Em 26 de novembro de 2005, Timbu e Grêmio duelaram pelo acesso à Série A. Ao clube pernambucano, apenas a vitória interessava. E o Náutico teve muitas chances para que isso acontecesse: dois pênaltis a favor, quatro jogadores do adversário expulsos e o estádio dos Aflitos tomado pela massa alvirrubra. Incrivelmente, tudo deu errado e, mesmo com sete atletas em campo, o time gaúcho acabou ganhando por 1 a 0, gol de Anderson. A atmosfera absurda daquela partida parecia saída de um livro de Gabriel García Márquez. O Grêmio, que tinha tudo para seguir mais um ano na Segunda Divisão, retornou à elite nacional e com o título da Série B. Mano Menezes, hoje no Cruzeiro, era o técnico gremista e aquele jogo mudou o rumo de sua carreira, do time que comandava e do próprio Náutico, que desde então permanece num jejum de títulos.

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E aí? Qual seu tipo de cerveja? (Por Rivaldo Neto)

De vez em quando em uma conversa com amigos quase sempre sou abordado com a seguinte pergunta: Qual tipo de cerveja artesanal eu devo começar? A pergunta parece de fácil resposta, mas não é. Isso também não quer dizer que existe dificuldade em respondê-la, também não é o caso. A grande questão é a complexidade da pergunta, pois isso gira muito em torno do que é mais simpático ao seu paladar. Podemos assim dar alguns passos básicos, dicas simples para descomplicar esse processo de descoberta dos estilos e sabores do variado mundo cervejeiro e assim o “iniciante” começa um delicioso caminho até escolher os tipos, estilos, harmonização e até qual cerveja cai bem em alguns tipos de climas. O interessante nesse processo é equilibrar e ir abrindo o leque. A maioria das pessoas já experimentou cervejas Pilsens, até porque era o tipo de cerveja fartamente mais encontrada nos bares, restaurantes e supermercados. Isso não quer dizer que devemos deixar a “loira”, de lado, muito pelo contrário, ela funciona como uma espécie de “farol guia”. Mesmo tendo esse ponto de partida, que podemos chamar de ponto de equilíbrio, abra sua mente para o que está por vir. Não seja muito ousado no começo, vá com rótulos mais leves e menos robustos, mas não tenha preconceitos. As cervejas artesanais tem sabores muito mais diversificados do que a maioria está acostumado a provar. Quando for a um local que venda esse tipo de bebida, procurar se informar. Se estiver em uma loja especializada, procure o vendedor para que o ele possa fazer uma breve descrição do rótulo escolhido. Existe muita literatura sobre cervejas hoje na internet, descrevendo as famílias e os estilos. Uma leitura mais profunda sobre o assunto vai agregar muito as suas escolhas e assim delimitar um caminho. Esse conhecimento permite que ela seja escolhida de forma mais direcionada e que possa ser julgada de acordo com a família à qual pertence. Se seu ponto de partida, depois desse processo, foi iniciar com uma Pilsen ou Lager, vá passando por etapas. Depois de familiarizado, a ideia é embarcar em rótulos mais intensos com sabores mais amargos por exemplo. Um ponto fundamental nesse processo são as taças e copos, adquira alguns. Tenho visto em lojas kits para cerveja com ao menos 4 tipos para determinados estilos de cerveja. Isso eu posso garantir, faz toda diferença. Apenas citando um exemplo: Se por exemplo, você quiser optar por uma cerveja Weiss, aquele longo copo vai proporcionar a você uma experiência totalmente diferente pelas características que ele possui e as necessidade que o estilo necessita para que os aromas da bebida sejam aproveitados da melhor forma possível. São dicas simples que vai ampliar seu paladar e o seu conhecimento cervejeiro, pode apostar. MUNDO CERVEJEIRO O golaço da Babylon Fui ao lançamento da Kaffe Amber Lager , da Cervejaria Babylon, que ocorreu na Kaffe Torrefação e Treinamento. De antemão posso dizer que foi um golaço da Babylon. Ela é uma mistura de malte com o cold brew feito na própria Kaffe. O cold brew é uma forma de extração do café a frio, sem contato algum com água quente. Tal processo é bem mais lento e cuidadoso e pode chegar a 18 horas. O resultado é uma cerveja deliciosamente leve, refrescante com uma espuma intensa, densa e de excelente cremosidade. Um show!    

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Conheça “O Matador”, primeiro filme brasileiro produzido pela Netflix (Por Wanderley Andrade)

Após produzir a série brasileira 3% e ter alcançado boa recepção de seus assinantes, principalmente nos EUA, a Netflix aposta em mais uma produção tupiniquim, desta vez, um longa-metragem: O Matador. Escrito e dirigido pelo carioca Marcelo Galvão, o filme é um western no estilo Sérgio Leone, ambientado no sertão nordestino, período de declínio do cangaço. A história tem como protagonista Cabeleira, interpretado pelo ator português Diogo Morgado. Cabeleira teve uma infância marcada pelo abandono: ainda bebê, fora deixado sozinho em meio à caatinga. Prestes a ser devorado por uma onça, é salvo pelo conhecido pistoleiro, Sete Orelhas (Deto Montenegro), que executa o animal. Sete Orelhas resolve adotar a criança, que cresce aprendendo todos os pormenores do manejo de uma arma. Mas chega o dia em que Sete Orelhas vai à cidade grande e, desde então, nunca mais retorna. É quando começa a jornada de Cabeleira à procura por seu pai de criação. O roteiro falha ao mudar o foco do Cabeleira para o Tenente, personagem interpretado por Paulo Gorgulho. Tenente tornou-se pistoleiro após ter esposa e filho mortos a mando do Francês, um fazendeiro inescrupuloso dono da maioria das terras da região. A trama secundária quebra o ritmo do filme e faz o espectador esquecer do protagonista. Apesar do furo no roteiro, a história ganha força outra vez com o retorno de Cabeleira, culminando, enfim, em um surpreendente desfecho. O elenco é formado por grandes atores, entre eles, o experiente ator francês Etienne Chicot que já acumula 40 anos de carreira. Chicot atuou ao lado de Tom Hanks no filme O Código Da Vinci. Estão também no elenco a atriz Mel Lisboa, o ator Igor Cotrim e a cantora portuguesa Maria de Medeiros. Chama a atenção a fotografia do longa que, através de belos planos abertos, exibe a imensidão e secura das terras sertanejas. O sertão apresentado não é aquele extremamente caricato costumeiramente visto em produções televisivas. Não à toa, O Matador conquistou o prêmio de Melhor Fotografia no Festival de Gramado. As locações escolhidas para o filme foram o Pico do Papagaio e o distrito de Cimbre, em Pesqueira e as cidades de Paulo Afonso (BA) e Campinas (SP). Com O Matador, Marcelo Galvão consegue homenagear, de uma só vez, os clássicos westerns spaghetti e o sertão nordestino através de suas belas paisagens e personagens peculiares. Sem dúvida, uma boa estreia brasileira na era dos serviços streaming.  

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6 imagens dos arcos antigos do Recife

A primeira ponte construída na capital pernambucana foi a Maurício de Nassau, ainda no longínquo 1643. Chamada inicialmente como Ponte do Recife e também, durante um tempo, por Sete de Setembro, ela tinha um charme especial antigamente, que eram os arcos nas suas cabeceiras. De um lado o Arco da Conceição e do outro o Arco de Santo Antônio. Selecionamos três imagens de cada um deles. Arco da Conceição Instalado no lado do bairro do Recife, esse arco tinha portas, que segundo Gilberto Freyre foi edificado em 1645 e derrubado em 1913. O aumento do trânsito do cidade foi o motivo da sua demolição. Arco de Santo Antônio Ficava localizado na cabeceira oposta da ponte, no Bairro de Santo Antônio. As imagens são do acervo disponibilizado pela Villa Digital, da Fundação Joaquim Nabuco e a última do Instituto Arch. e Geogr. Pernambucano.  

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Ministério das Cidades promete recursos do FGTS para financiar mobilidade

O Ministério das Cidades, que até poucos dias era dirigido pelo pernambucano Bruno Araújo, anunciou uma linha de crédito para financiar projetos da iniciativa privada para melhorar a infraestrutura de mobilidade. O alto custo das obras para qualificar as cidades, como sistemas de transporte sobre trilhos ou corredores de ônibus, inviabiliza diversos projetos, que permanecem anos na gaveta. A novidade, anunciada hoje pelo Governo Federal, é que serão disponibilizados recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), pelo programa Avançar Cidades - o PAC do Governo Temer - para a instalação de BRTs, Veículos Leves sobre Trilhos (VLT), terminais rodoviário, pontos de ônibus e até mesmo aplicativos como GPS e sistema de informação para os usuários do transporte público. Só podem solicitar esses recursos operadoras de serviços de transporte público coletivo urbano ou empresas que já tenham projetos na área de mobilidade urbana. O Portal Brasil indica que as empresas interessadas em apresentar projetos precisam preencher uma carta-consulta que está disponível no página do Ministério das Cidades e enviá-la para a Caixa Econômica Federal. Essa é uma medida do programa Pró-Transporte, do Ministério das Cidades, que teve sua publicação ontem no Diário Oficial da União. A Instrução Normativa N.º 47 diz que o objetivo do programa é "melhorar a qualidade da prestação dos serviços de transporte público coletivo nos ambientes urbanos e a circulação de pessoas por intermédio do financiamento ao setor privado dos investimentos de implantação, ampliação, adequação ou modernização de sistemas de transporte público coletivo urbano e/ou transporte público coletivo intermunicipal de caráter urbano, além de ações voltadas à qualificação viária, ao transporte não motorizado (transporte ativo) e à elaboração de projetos de mobilidade urbana." Investir em transporte público é um caminho para desafogar as cidades, travadas pelos congestionamentos diários. O incentivo ao transporte ativo (não motorizado) é uma bola acertada do programa. A espera da iniciativa privada para o lançamentos dos projetos é um ponto que parece estranho. Os projetos de mobilidade deveriam estar integrados à planos maiores inclusive que às cidades, mas atendendo os interesses metropolitanos. O Ministério das Cidades afirmou em seu site apenas que o "programa contará com participação do poder público local – Estados e municípios - que será responsável pela autorização dos projetos, atestando que os mesmos atendem às legislações e requisitos locais".

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A quarta força do futebol nordestino

*Por Houldine Nascimento Pernambuco corre grande risco de virar a quarta força de um claudicante futebol nordestino. Isso porque o Sport, que disputa o Brasileirão, está seriamente ameaçado de cair. Com os rebaixamentos de Náutico e Santa Cruz para a Série C, o estado só teria um representante na Segunda Divisão. Caso o descenso rubro-negro seja confirmado, Bahia, Ceará e Alagoas passariam à frente dos pernambucanos: os baianos por terem Bahia e Vitória na Série A; os cearenses pelo Fortaleza na Série B e o Ceará na elite nacional em 2018; e os alagoanos pela dupla CRB e CSA na Segundona. Não há perspectiva de melhora para a prática futebolística por estas bandas. Além das gestões ruinosas que vêm afundando as principais equipes locais há anos, a Federação Pernambucana de Futebol nada faz para mudar esse quadro. Subservientes, os próprios clubes se curvam aos desmandos de FPF e CBF, resignados com as migalhas que recebem de cotas de TV. Pior do que isso: ajudam quem os maltrata a manter-se no poder. As Federações só existem em razão dos clubes, e não o contrário. E, se o trio de ferro do Recife passa por apuros, o que dizer do futebol do interior? O Central, que tem tradição e costuma dificultar a vida dos times da capital, não é sombra pálida do que já foi. O estádio Luiz Lacerda, onde manda seus jogos em Caruaru, sofre com a deterioração. Sem falar nas dificuldades financeiras por que passa a Patativa. Apenas o Salgueiro se apresenta firme, mais por méritos de seus gestores do que qualquer outra coisa. Não há uma política para fortalecer o futebol pernambucano, seja no Recife, Agreste, Zona da Mata, Litoral ou Sertão. Pernambuco já brilhou no cenário nacional muitas vezes. Em 1966, o Náutico passou por cima do Santos de Pelé em São Paulo. No ano seguinte, o Timbu foi vice-campeão da Taça Brasil, capitaneado por jogadores memoráveis, como Bita, Lala, Gena, Salomão e Ivan Brondi. O Santa Cruz também viveu momentos de glória, como em 1975, quando chegou às semifinais do Campeonato Brasileiro e teve Ramon como artilheiro dois anos antes. O Tricolor pernambucano também foi o primeiro e dos raros times do Brasil a derrotar nossa Seleção, além de projetar vários craques para o mundo, como Rivaldo, Givanildo, Nunes e tantos outros. No Brasileirão de 1986, o aguerrido Central não tomou conhecimento do Flamengo e venceu o time carioca por 2 a 1 em Caruaru. No Rubro-negro, havia Jorginho, Bebeto e Zinho em campo sob o comando de Lazaroni. E o Sport conquistou a Copa do Brasil de 2008 atropelando grandes adversários, foi vice-campeão da Copa dos Campeões após derrubar o São Paulo de Raí e fez campanhas marcantes no Brasileirão, chegando ao topo em 1987. Que os nossos clubes não fiquem presos ao passado glorioso, mas que se espelhem no que fizeram de bom noutros tempos. O povo pernambucano, tão apaixonado por futebol, não merece vivenciar tanto vexame. *Houldine Nascimento é jornalista e passa a escrever nas segundas-feiras para a Algomais sobre futebol

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