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Black Sabbath: Documentário registra último show da banda (Por Wanderley Andrade)

4 de fevereiro de 2017. Data difícil para os fãs da banda Black Sabbath. Noite em que Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler subiram ao palco pela derradeira vez, após quase meio século em atividade. A banda, natural de Birmingham, segunda maior cidade do Reino Unido, revolucionou o rock, popularizando o estilo Heavy Metal. Começaram em Birmingham e lá realizaram seu último show. Todos os detalhes da apresentação histórica estão registrados no documentário Black Sabbath: The End Of The End, que terá sessão única nos cinemas, na quinta (28). Difícil desassociar o Black Sabbath da palavra "polêmica". Quem nunca ouviu falar do show em que Ozzy Osbourne arrancou a cabeça de um morcego com uma mordida? O fato ocorreu em 1982 durante uma apresentação na cidade americana de Des Moines, Iowa. Em The End Of The End o grupo relembra algumas dessas histórias que tornaram a banda conhecida mundialmente. Falam sobre as críticas negativas recebidas no início e sobre o preconceito que sofreram. Histórias como a do guitarrista Tony Iommi, que durante as gravações do 13º álbum fora diagnosticado com câncer linfático. Geezer Butler destaca a persistência da amigo durante a fase de quimioterapia: costumava sair do hospital direto para o estúdio. Iommi também recebe o carinho de Osbourne, que exalta a força de superação do companheiro de banda. Ele acha incrível a forma como Iommi toca guitarra, mesmo sem a ponta de dois dedos da mão direita, consequência de um acidente na época em que trabalhava numa fábrica. O documentário intercala entrevistas e interpretações completas de algumas músicas tocadas em Birmingham, entre elas, “Iron Man”, “Snowblind”, “War Pigs” e “Paranoid”.  Também há bons momentos gravados durante um encontro do grupo em um estúdio dias depois do último show. Para os fãs, oportunidade de ver a banda em ação longe da pressão de um palco. Mas o melhor de The End Of The End vem justamente no fim, ou melhor, após os créditos finais. A entrevistas continuam, agora, divididas por temas. O grupo discute a suposta ligação da banda com o ocultismo, resultado de, segundo eles, interpretações erradas de suas canções. Em outro momento, Ozzy Osbourne fala sobre a relação com as drogas e o alcoolismo e as consequências ruins que trouxeram à sua vida. Conta detalhes de como largou o vício. The End Of The End é um presente aos fãs do Black Sabbath que não puderam estar em Birmingham. Fecha com excelência o ciclo de uma das grandes bandas da história do rock mundial. Cinemas e horários: https://www.ucicinemas.com.br/Home/CinemaHorarios/8113?origem=filtro  

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O milho é o vilão da cerveja? (por Rivaldo Neto)

A mudança de hábito dos consumidores em relação ao mercado de cervejas é algo que estamos vivenciando no nosso dia a dia. Há alguns anos o nosso mercado nacional era extremamente restrito e as variações de marcas quase não existiam. Por muitos anos as marcas mais populares eram a Antactica e a Brahma. Depois da fusão das cervejarias e o surgimento de outros rótulos encabeçados pela gigante AMBEV deram um novo impulso ao cenário nacional. Marcas como Schincariol e Itaipava, só para citar algumas, também tinham uma fatia fiel do mercado em algumas classes de consumidores. Hoje com o mercado aquecido pelas cervejarias artesanais e caseiras e a entrada cada vez maior de rótulos importados, o consumidor passou a se informar mais sobre os insumos na produção de nossas cervejas e cereais como milho e arroz estão na maioria de suas receitas. O termo “Cereais não Maltados” dão um frio na barriga dos cervejeiros de plantão. Segundo a lei de pureza alemã a cerveja é composta por água, malte, lúpulo e levedura. Mas assim como a cevada, o milho e o arroz são responsáveis como fonte de açúcar na produção da cerveja na fase da mostura, que é o cozimento dos grãos.   A legislação brasileira deu o aval para inclusão de outros componentes no processo de produção das cervejas, com isso uma pesquisa recente feita pala USP aponta que as grandes cervejarias brasileiras usam 45% de milho em suas fórmulas em vez da cevada (malte). O limite é de 50%. Para ser considerada premium, uma cerveja deve conter a quantidade máxima de 25% de cereais não maltados. Mas o porque da inclusão destes outros cereais? O motivo disso é um só, o custo. O milho gira em torno de 30% mais barato que a cevada, sendo assim as grandes cervejarias optaram em baratear esses custos. Entre milho e a cevada nutricionistas afirmam que ambas trazem benefícios. A sensação de “estufamento” não necessariamente é motivado pelos cereais, pode ser também relacionada ao processo de fermentação. Muito mestres cervejeiros de grandes companhias afirmam que o milho dá leveza a cerveja, e que o consumidor brasileiro prefere cervejas leves. Mas isso está mudando, mesmo que sutilmente. Hoje muitas pessoas preferem investir numa cerveja mais elaborada (obviamente mais cara) que em uma mais barata. O popular “bebe-se menos, mas melhor”. O sabor começa a ser o carro chefe na escolha da bebida. Não que as cervejas com milho sejam ruins, longe disso , já bebi e logicamente beberei em algumas ocasiões. Recentemente experimentei uma cerveja da cervejaria mineira Wäls a Wäls Hop Corn, que faz justamente uma brincadeira com esse debate. Trata-se de uma IPA com milho e três tipos de lúpulo (Columbus, Cascade e Amarillo) e que realmente ficou excelente. Mas prefiro escolher rótulos com mais insumos de qualidade em suas fórmulas. Isso porque eu como consumidor e amante de boas cervejas, prefiro priorizar o sabor e um processo de produção mais elaborado. Isso é o uma opção mais pessoal, que pode não ser a da maioria dos consumidores que achem que isso não afeta o produto final. O importante é beber a cerveja que você gosta. *Rivaldo Neto é designer e apreciador de boas cervejas (neto@revistaalgomais.com.br)

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Salvemos o sombreado do Espinheiro (por Francisco Cunha)

Tive a sorte de, embora não tendo nascido no Bairro do Espinheiro, tê-lo frequentado diariamente praticamente durante toda a minha vida, desde os três anos de idade. Morei, estudei e trabalho lá até hoje. E durante esse tempo pude testemunhar muitas mudanças. De todas, a que mais me incomoda e entristece é a sua contínua, perseverante e, até agora, irreversível, desarborização. Surgido na segunda metade do Século 19 em torno do Beco do Espinheiro (atual Rua), uma conexão entre eixos pioneiros de transporte ferroviário urbano no Recife: a Avenida João de Barros (por onde trafegava a maxambomba que ia para a Encruzilhada e, de lá, para Olinda e Beberibe); e a Avenida Rosa e Silva e Estrada do Arraial, por onde trafegava a maxambomba que ia até Casa Amarela. O Beco do Espinheiro margeava a “Matinha” (onde havia muitos “espinheiros”) e, mais do que os eixos, ligava os locais das conexões ferroviárias da Encruzilhada e da hoje Praça do Entroncamento (onde se encontravam as linhas de maxambomba que iam para Casa Amarela, Apipucos/Dois Irmãos e Caxangá). O bairro, no início do Século 20, foi arborizado com os famosos oitizeiros que, ao longo do tempo deu-lhe uma configuração toda especial, transformando as ruas em verdadeiros “túneis verdes”, com sombra farta e alguns graus a menos de temperatura em comparação com as áreas não arborizadas da cidade. Com a progressiva mudança, ao longo das últimas décadas, do uso do solo do Espinheiro (de predominantemente residencial unifamiliar para comercial e residencial multifamiliar em edifícios de apartamentos construídos em mais de um lote original), verifica-se uma ação sistemática de erradicação sem substituição dos oitizeiros e o consequente desmantelamento do efeito “túnel verde”, com abertura de “clareiras”, aumento da incidência solar e da temperatura média. Em suma, o espírito sombreado construído ao longo de um século inteiro está sendo progressiva e aceleradamente destruído. Não podemos deixar que isso aconteça! A perda sistemática da arborização secular de um bairro significa o empobrecimento ambiental irremediável de uma cidade inteira. Precisamos salvar o sombreado do Espinheiro porque, assim, estaremos ajudando a preservar a integridade verde da cidade tropical, castigada pelo sol a pino de sua condição quase equatorial. Sem árvores na rua não há sombra pública e, sem ela, não é possível caminhar de dia no Recife!

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Transformação digital: 6 modelos de negócios mais adotados (por Bruno Queiroz)

A transformação digital vem mudando os mercados com muita velocidade, mas nem sempre é fácil entender como funciona na prática. Para facilitar esse entendimento, preparamos um guia dos modelos de negócios mais usados atualmente no mundo digital: 1. Grátis - Como o próprio nome diz, o cliente não precisa pagar. Contudo, as informações pessoais dos usuários servem de base para a oferta de anúncios publicitários. É o modelo mais usado na internet atualmente. É o preferido dos buscadores (Google) e das redes sociais (Facebook, Instagram). 2. Assinatura - O modelo oferece produtos e serviços por meio de um pagamento mensal. Normalmente, possui diversos tipos de planos que vão dando acesso às funcionalidades avançadas. A tendência é que esse seja o modelo de maior crescimento por ser bastante lucrativo. Serviços de streaming de vídeo (Netflix) são os que mais usam a assinatura. 3. Freemium - É a união do modelo grátis com o modelo de assinatura. Funcionalidades básicas são oferecidas gratuitamente. Funcionalidades avançadas são cobradas. Esse modelo permite receita com assinatura mensal, venda de dados e de publicidade. É usado, por exemplo, pelos serviços de áudio (Spotify) e compartilhamento de arquivos (iCloud). 4. Demanda - Só paga quando usa. Operado da maneira correta, é um dos modelos mais disruptivos, por entregar normalmente um serviço inovador por um preço baixo. É também um dos que oferecem maior risco, devido à imprevisibilidade entre demanda e oferta. O Uber é a empresa que tornou esse modelo mais conhecido. 5. Marketplace - É uma plataforma que serve como vitrine e estabelece um contato direto entre vendedores e compradores, facilitando as transações e lucrando por meio de comissões em cada venda. O Mercado Livre é a empresa que mais simboliza esse tipo de modelo, que vem sendo adotado também por lojas de e-commerce, como Americanas.com. 6. Compartilhamento - Nesse modelo, uma parte oferece algo de sua propriedade durante tempo limitado à outra parte, que também é conhecida como economia compartilhada. O Airbnb, que permite o aluguel de quartos em casas e apartamentos, é a empresa símbolo desse modelo. Atualmente, é o mais novo e mais inovador dos modelos. 7. Ecossistema - Normalmente, é caracterizado por um sistema principal, que possui vários outros pequenos sistemas, como os aplicativos. Este é o modelo usado pelo Google, pela Microsoft e pela Apple, que criaram uma grande variedade de produtos e serviços interligados à sua rede, como o Android, o Windows e o IOS. É o mais antigo dos modelos e continua sendo muito lucrativo, mas também muito criticado por gerar uma “dependência” nos seus usuários.

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O dono da história (por Joca Souza Leão)

O dono da história é o contador da história. E o chato é o sujeito que interrompe o contador pra corrigir a história: “Não foi assim não. Nem foi com fulano, foi com beltrano.” Alguns não se contêm e dizem, até, “eu tava lá”. É de lascar! Além de chato, mentiroso. E mentiroso no mal, aliás, no pior dos sentidos, porque mentiroso no bom sentido é o contador de história que mente sem prejudicar ninguém, sem atrapalhar a história dos outros nem tirar vantagem alguma, além da admiração de todos pela sua narrativa. Mentira do bem só tempera e torna engraçada ou dramática história que era insossa, sem graça ou sem drama algum. Toda cidadezinha do interior tinha (e algumas ainda devem ter, acho) as figuras oficiais, consagradas e reconhecidas por todos pelos seus feitos ou desfeitos, mandos ou desmandos: o doido, o bêbado, o carola, o herege, o profeta, o erudito, o filósofo, o vagabundo, o corno, o brabo, o valente, o frouxo, o ricão, o riquinho, o generoso, o vilão, o pedinte, o orador, o poeta, o mentiroso, o chato, o galã, a virgem, a viúva, o cantador e o contador de histórias. Em Taperoá, sertão da Paraíba, terra de Ariano Suassuna, não ia ser diferente. Tinha de tudo. E o que não tinha, Ariano inventava. Ou aumentava. Chicó, mesmo, que ficou famoso como personagem do Auto da Compadecida, existiu de verdade. Certa vez, quando Chicó, o de verdade, não o personagem, contou uma de suas histórias e finalizou, como sempre, com o “não sei, só sei que foi assim”, o chato oficial de Taperoá irrompeu da pequena plateia: “E eu só sei é que essa história não foi assim.” E tentou contar a sua versão. Chicó foi implacável. “Vocês preferem as minhas mentiras ou as histórias sem graça desse sujeito sem nenhuma imaginação?” Chicó foi aplaudido e o chato vaiado. Certa vez, mal me comparando a Chicó (e bota má comparação nisso), eu ia contar uma história quando fui interrompido antes mesmo de começar, ainda na introdução. Quando disse que o Coronel Chico Heráclio tinha comprado a patente de coronel da Guarda Nacional, um dos ouvintes empeiticou: “Conheci o homem. E não é verdade. A patente de coronel não foi comprada coisa nenhuma. Foi conferida pelo povo de Limoeiro, em sinal de respeito.” Alguma dúvida? Com a interrupção, minha história foi pro beleléu. E me obrigou a apelar pra única coisa que não se requer de um contador de história: a verdade verdadeira. “Senhor, na realidade, Chico Heráclio comprou sua patente de coronel por 90 contos de réis em 1920. Tá tudo na biografia dele, escrita por Reginaldo Heráclio.” O fato verdadeiro, porém, é que minha história morreu de morte matada naquela noite, assassinada por um chato contumaz. Mas você, leitora, leitor, não merece o triunfo fugaz de um chato que interrompe histórias. Portanto, ei-la aqui: Certa feita, apareceu por Limoeiro um camarada inteligente e bom de gogó que se elegeu vereador sem o apoio do Coronel Chico Heráclio. Na eleição seguinte, o nome dele nem apareceu na lista de candidatos. – Esse aí era muito precoce. – Precoce como, Coronel? – Vereador com burrice de senador.

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Judeus do Recife em Nova York (por Leonardo Dantas Silva)

No mês de setembro, os judeus de Nova York estarão comemorando 363 anos da chegada dos primeiros 23 à ilha de Manhattan, que, saídos do Recife após a rendição dos holandeses em janeiro de 1654, vieram estabelecer a primeira comunidade judaica da América do Norte. A saga desse grupo originário da atual Rua do Bom Jesus, no Recife, foi descrita na época pelo rabino de Amsterdã, Saul Levi Mortera, pouco antes do seu falecimento em 1660, no manuscrito intitulado Providencia de Dios con Israel. Conta ele que judeus do Recife, passageiros do navio Valk, que empreendiam viagem com destino ao porto de Amsterdã, tiveram o seu barco tomado por espanhóis que ameaçavam de os entregar à Inquisição. Na Jamaica, porém, foram esses judeus libertados pelos franceses e, com eles, rumaram em direção à Nova Amsterdã a bordo do barco Sainte Catherine. Desse grupo de refugiados, 23 judeus, entre homens, mulheres e crianças, chegaram ao porto da Nova Amsterdã em setembro de 1654, estabelecendo assim a primeira comunidade judaica daquela que veio a ser a cidade de Nova Iorque. No Brasil Holandês (1630-1654), a comunidade de emigrantes judeus de Portugal floresceu, fundando a primeira sinagoga das Américas, a Kahal Kadosh Tzur Israel (Comunidade Rochedo de Israel), na atual Rua do Bom Jesus, em 1636. A 26 de Janeiro de 1654 as tropas portuguesas reconquistam o Recife com um ataque de proporções épicas, comandadas pelo general português Francisco Barreto de Menezes – que a partir de então ficaria conhecido como “o Restaurador de Pernambuco” –, pondo fim ao domínio holandês naquela região do Brasil. Nos termos da rendição, assinados na Campina do Taborda, local hoje ocupado pelo Bairro de São José, os vitoriosos são generosos para com os derrotados, dando aos holandeses um prazo de três meses (que seria prorrogado por mais três) para se retirarem do território recém conquistado, período durante o qual, segundo os mesmos termos, “anão serão molestados ou vexados e serão tratados com respeito e cortesia.” Segundo fonte judaica: “Surpreendentemente, o general Barreto de Menezes mostra uma tolerância muito pouco habitual ao permitir igualmente (ajudando até) a saída dos judeus portugueses, apesar destes terem passado a ficar sob a alçada da Inquisição, o que lhe teria à partida vedada qualquer possibilidade de clemência. A lei exigia a deportação imediata dos judeus para Portugal”. Acrescentando na narrativa: “Corsários, piratas e a intolerância religiosa ibérica tornariam ainda mais complicada a já difícil viagem de alguns desses judeus. Em Amsterdã, o rabino português Saul Levi Mortera – professor de Baruch Spinoza e mais tarde seu “excomungador” – deu conta dos percalços sofridos por uma destas embarcações no livro acima citado, um manuscrito não publicado do qual apenas restam seis cópias: “O navio foi capturado pelos espanhóis, que queriam entregar os pobres judeus à Inquisição. Ainda assim, antes de poderem cumprir os seus ímpios desígnios, o Senhor fez aparecer um navio francês que libertou os judeus dos espanhóis, levando-os depois para África, posto o que chegaram salvos e em paz à Holanda.” Um outro navio, atacado por piratas ao largo do cabo de Santo António, em Cuba, seria também resgatado por um barco francês – o Sainte Catherine, comandado pelo capitão Jacques de la Motthe. A 7 de Setembro de 1654, com 23 judeus portugueses a bordo, o Sainte Catherine aporta a Nieuw Amsterdam, na ilha holandesa de Manhattan, a cidade que mais tarde passaria a ser conhecida como Nova Iorque. Dessas 23 – homens, mulheres e crianças – sabe-se hoje muito pouco. São seis famílias, encabeçadas por quatro homens e duas viúvas. Só os seus nomes são mencionados nos registos oficiais. Mesmo assim é fácil adivinhar-lhes a proveniência: Abraão Israel Dias, Moisés Lumbroso, David Israel Faro, Asher Levy, Enrica Nunes e Judite Mercado. Entre esses adultos, foram identificados três homens citados no relatório da cidade como pessoas que assinaram o livro de atas da Congregação Zur Israel do Recife, no ano de 1648: Abraham Israel, David Israel e Mose Lumbroso. Em 1664, Nieuw Amsterdam passa para a coroa britânica e muda seu nome para New York. “Por volta de 1695, apesar de algumas restrições, os judeus tinham a sua primeira sinagoga improvisada, e a 8 de Abril de 1730 era dedicada a primeira sinagoga de raiz da comunidade que, logo à chegada, em 1654, escolhera o nome de Shearith Israel (Remanescente de Israel). Até ao final do século 19 tiveram duas línguas “sagradas”, ditadas pelos genes, pela fé e pelo apelo da memória: Faziam-se as orações em hebraico. Em português escreviam-se os documentos”. *Leonardo Dantas Silva é jornalista e assina a coluna Arruando por Pernambuco

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Em Defesa de Cristo: a história do jornalista ateu que se entregou à fé cristã

Apoiado em boas histórias e em campanhas de marketing junto a igrejas e líderes religiosos de destaque, o cinema cristão vem a cada ano levando mais pessoas às salas de cinema. Para se ter uma ideia, em 2015, o filme Quarto de Guerra ficou em 2º lugar na média de público por salas, na sua semana de estreia, perdendo apenas para o blockbuster Jogos Vorazes: A Esperança Parte 2. Outro bom exemplo é o longa Deus Não Está Morto, produzido pela Pure Flix Entertainment, atualmente, uma das grandes produtoras do gênero. Ele custou apenas (levando em conta, claro, o que se gasta atualmente em Hollywood na produção de um filme) US$ 2 milhões e arrecadou, só nos EUA, US$ 60,7 milhões. Trilhando o mesmo caminho, estreia este mês a nova aposta da produtora, o filme Em Defesa de Cristo, cercado (não poderia ser diferente) por uma forte campanha de divulgação e o apoio de nomes importantes do segmento gospel, como a cantora Aline Barros, que canta a música tema da produção. Em Defesa de Cristo é baseado na história real do jornalista americano outrora ateu Lee Strobel. Revoltado, após sua esposa Leslie (Erika Christensen) converter-se à fé cristã, decide usar seus dotes jornalísticos para provar que tudo o que se registrou e pregou até hoje sobre Cristo não passou de uma farsa. A jornada o levará, ironicamente, a um caminho inverso ao que um dia escreveu o autor bíblico da carta aos Hebreus: “a fé é a prova das coisas que se não veem”. Strobel precisará ver, ou melhor, ouvir os relatos das fontes, para, então, crer. E a fé, coincidentemente ou não, tem servido de tema para a maioria dos filmes cristãos lançados nos últimos anos, como o recente Você Acredita? além dos já citados no início. Ainda que insista em uma temática já tão explorada, Em Defesa de Cristo é superior, tecnicamente, às outras produções do gênero. A pegada e ritmo da narrativa lembra muito o clássico de 1976 estrelado por Robert Redford e Dustin Hoffman, Todos os Homens do Presidente. Destaco também a boa fotografia, marcada em alguns momentos por imagens trêmulas, bem no estilo câmera na mão. O elenco é formado por nomes importantes do cinema mundial, como a ganhadora do Oscar Faye Dunaway, conhecida por interpretar Bonnie Parker no filme Bonnie & Clyde: uma Rajada de Balas, grande sucesso de público e crítica de 1967. Tem também Robert Forster, indicado ao Oscar por sua atuação em Jackie Brown, de Quentin Tarantino. Mike Vogel interpreta o protagonista. O ator trabalhou em séries de sucesso, como Under The Dome e Bates Motel. No cinema, atuou em grandes filmes, como Histórias Cruzadas e Cloverfield – Monstro. Em Defesa de Cristo chega aos cinemas no dia 14 de setembro.  

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Marechal de Costas (por Paulo Caldas)

Ocultar é preciso. Ancorado na máxima da técnica literária “não revele; mostre”, entre outros tantos recursos que levam ao bem escrever, José Luiz Passos, pernambucano, professor de Literatura Brasileira e Portuguesa na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, que já concebera o elogiado Sonâmbulo Amador - vencedor do prêmio Bienal do Livro de Brasília e o cobiçado Portugal Telecom de literatura, além do Romance com Pessoas, sobre a dimensão moral dos personagens de Machado de Assis, trouxe à luz, no ano passado, Marechal de Costas (Alfaguara). No universo das palavras, no qual gravita com absoluta autoridade, José Luiz Passos revela com sutil descrição o perfil do protagonista Marechal Floriano Peixoto, a partir do trecho que escreve: “ele fecha os olhos e respirando a página, em seguida põe o livro sobre a cama”, aqui o gestual do protagonista na cena permite ao leitor intuir que Floriano também amava os livros. No mesmo trecho, o autor destaca a movimentação do personagem na cena diante de um cenário natural focado como se fosse por uma câmera com ângulo aberto e aos poucos fecha, com vagar, a lente nos detalhes certificadores presentes no cenário interno. Aí, faz a uso da destreza ao somar a luz do mundo exterior refletir a do lampião posto sobre a mesa “a luz arroxeada que se mistura o brilho do lampião em cima da mesinha cabeceira onde estão sua escova de pelos para farda, no estojo de lata, com a tesoura e navalha, a lupa e um abridor de cartas, uma caneta tinteiro, um feixe de lápis atados com a fita vermelha. Floriano embrulha cada um desses objetos numa peça de roupa e coloca uma por uma dentro da maleta aberta em cima da cama”, mostra um jovem metódico e disciplinado. Além do protagonista, construído literalmente com fidelidade, dois personagens merecem citação: um tal Napoleão que faz às vezes de tutor do menino Floriano cujo perfil autoritário, afeito a citações de eminências evocadas no campo da filosofia, como uma espécie de sargentão intelectualizado, e a menina Josina. O envolvimento de Floriano com sua meia irmã, Josina, começa com ela ainda criança. Aos sete anos de idade chamava Floriano de Floreão (flor dente-de-leão), com brincadeiras, incursões ao pé de castanhola, escondidos dos olhos do tio e tutor, Vieira Peixoto ou lendo as páginas do mesmo livro. Com ela casaria, não obstante a diferença de idade teriam filhos, chegariam à velhice. Em dado momento, longe dela, tratando da saúde, lhe escreve: “Sinhá... O que tenho passado na sua ausência, já de oito dias, só eu sei e é Deus que assim manda... tem tido umas saudades, uma tristeza tão grande por aqui, só, isolado, sem poder trocar palavras, que e ainda vivo por misericórdia de Deus. Saudades da mulher e dos filhos. José, Flor e a caboclinha Anunciada. A benção aos meus filhos. Adeus, minha mulher. Sou sempre seu marido inválido. Floriano”. Do afeto aos rancores - O conteúdo do livro perpassa duas fases marcantes da nossa história, tendo como fio condutor a narrativa de uma cozinheira supostamente aparentada de Floriano que, nos dias de hoje, 2013, testemunha o impeachment da então presidente Dilma Rousseff. O Marechal de Costas é um belo livro, essencial para se ler e guardar.

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Passo a passo do bom consumo de cervejas (por Rivaldo Neto)

Tomar cerveja é uma das coisas mais prazerosas para os amantes da bebida alcóolica mais consumida no mundo. Mas para aproveitar tudo que ela tem a oferecer temos que ter alguns simples cuidados e um passo a passo básico (que é até divertido). Primeiramente não tenha receio de experimentar as mais variadas formas e estilos da bebida. A pouco tempo tínhamos uma variedade pequena e restrita. Que se resumia a algumas cervejas escuras e uma infinidade de Pilsens. Já vi algumas situações inusitadas acontecerem. Pessoas que afirmavam que não gostavam muito de cerveja, simplesmente mudarem de conceito. Justamente devido a restrição que citei acima. Consumidores que ao experimentar, por exemplo, uma IPA, mudar totalmente de opinião. Ou até uma Stout com aquele aroma de café. Depois de escolher um estilo em que o seu paladar se agrade mais, um dos itens mais importantes é o copo ou taça que se será usado. Faz toda diferença, posso garantir. Os copos e as taças foram pensados, e seus formatos tem um significado. Eles vão dar a sustentação sensorial para que a bebida tenha seu acondicionamento adequado para ser consumida. Observe bem a espuma. Ela diz muito sobre o estado da cerveja que você está consumindo. Veja se ela está homogênea. Saiba que a espuma é formada por componentes do lúpulo, proteínas e açúcares. Ela dá à bebida um aroma especial. A espuma ajuda ainda a manter a temperatura do líquido no copo e também a evitar o contato do chopp ou cerveja com o ar, minimizando a sua oxidação, que leva à formação de aromas indesejáveis. Não esqueça da temperatura. Isso também é imprescindível. Entenda também que quanto mais gelada a cerveja for bebida, menos sabor você irá sentir, pois a papilas estarão anestesiadas. Algumas regras mais básicas podem ajudar. Cervejas de baixa fermentação, como por exemplo as Lagers mais claras, devem ser consumidas em torno de O° a 4°C. As cervejas Weiss ou fruit beers entre 5° e 7°C. Entre 8° e 12°C para as Lagers Escuras, Pale Ale, Amber Ale, cervejas de trigo escuras, Porter, Helles, Vienna, Tripel e Bock tradicional. Esses pequenos cuidados vão fazer com que você tenha uma experiência das mais gratificantes e satisfatórias. No mundo das cervejas a regra principal é sempre ousar. Viajar nos sabores nunca será demais. MUNDO CERVEJEIRO A Cervejaria Pratinha, com sede em Ribeirão Preto (SP), lançou um aplicativo no qual os consumidores podem modificar as receitas das cervejas da marca. Chamado BeerHackApp, é mais uma ação que sustenta o conceito de evolução e experimentação constantes da cervejaria. A ideia por trás do slogan Beer ReExperienced é promover a busca praticamente infinita pelos melhores sabores. Para isso, a cervejaria mantém um laboratório de ideias em frente a fábrica e agora, afim de gerar colaboração em massa junto aos seus consumidores, traz o aplicativo gratuito. Seu funcionamento é simples. Depois de se cadastrar com login e senha, o usuário poderá alterar, de acordo com suas preferências, o teor alcoólico, o IBU (amargor) e a coloração da cerveja (baseada na quantidade de malte). Após finalizar suas escolhas, ele poderá ver sua cerveja na tela e deverá enviar os dados pelo próprio aplicativo. Ao final de um determinado período, a Pratinha fará uma média dos valores escolhidos pelos consumidores, fabricará a cerveja e avisará todas as pessoas que ajudaram a “produzi-la” de que ela estará à venda em edição limitada. “É um projeto inédito no país e desconheço que haja algo semelhante no mundo. Dessa forma, interagimos com nossos consumidores e passamos a conhecer melhor seus gostos e preferências, além de provar na prática nossa vocação para aperfeiçoar as receitas”, comenta o diretor da Pratinha, José Virgilio Braghetto. Os parâmetros de teor alcoólico, IBU e coloração que os consumidores poderão escolher estão dentro dos limites mínimos e máximos estipulados para cada tipo de cerveja de acordo com os parâmetros definidos pelo BJCP (Beer Judge Certification Program). *Rivaldo Neto é designer e apreciador de boas cervejas (neto@revistaalgomais.com.br)

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PE: 10 concursos e seleções públicas e 3 mil vagas em disputa

Os concurseiros pernambucanos têm 10 concursos e seleções com inscrições abertas. Nesta semana três novos na lista: Prefeitura de Pombos, Prefeitura de Calçado e a Secretaria de Saúde de Pernambuco. Outra novidade foi o adiamento do final do período de inscrições para o Tribunal de Justiça de Pernambuco. Os salários variam de um salário mínimo até R$ 10,8 mil. Ao todo são 3.071 vagas em disputa. Confira abaixo o quadro de vagas e as informações referentes às inscrições e salários de cada seleção. Prefeitura de Calçado Vagas: 117 vagas Oportunidades: Agente de controle interno, agente administrativo, auxiliar de saúde bucal, médico plantonista, médico ambulatorista, médico veterinário, enfermeiro, odontólogo, psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, assistente social, farmacêutico, professores, secretário escolar, agente de endemias, agente de consultório dentário, técnico em enfermagem, Recepcionista Hospitalar, Assistente Administrativo Educacional, Auxiliar de Serviços Educacionais, Auxiliar de Serviços Gerais, Lavadeira Hospitalar, Eletricista, Guarda Municipal, Motorista, Coveiro, Copeira Hospitalar, Cozinheiro Hospitalar e Auxiliar de Sala de Parto Inscrições: Até o dia 30 de setembro, pela internet, através da página da Prefeitura de Calçado (www.calcado.pe.gov.br) ou no site Instituto ADM&TEC (www.admtec.org.br). Confira o edital: Edital Pref. Calçados Prefeitura de Pombos Vagas: 282 vagas Oportunidades: Pediatra, Obstetra/Ginecologista, clínico geral, ortopedista, psiquiatra e ultrassonografista, nutricionista, psicólogo, psicopedagogo, Intérprete, Braillista, professor de Educação Especial, ciências, educação física, geografia, história, inglês, português, matemática, assistente administrativo, motorista (classificação D), atendente de hospital, maqueiro, técnico em enfermagem, assistente contábil, técnico agrícola, técnico em edificações, auxiliar administrativo, auxiliar de creche, auxiliar de serviços gerais, coveiro, encanador, lavadeira, merendeira, pedreiro, copeiro, cozinheiro, eletricista e vigilante. Salários: De R$ 937 a R$ 3.000 Inscrições: Até o dia 8 de outubro no site www.upenet.com.br Confira o edital: www.upenet.com.br Secretaria de Saúde de Pernambuco Vagas: 45 vagas Oportunidades: Para atuar no Serviço de Verificação de óbito (SVO, em Caruaru e Recife) e na Vigilância Epidemológica Hospitalar, na Secretaria Executiva de Vigilância em Saúde (SEVS), para as funções de apoiador sanitarista, apoiador do sistema de informação em saúde, apoiador enfermeiro sanitarista, apoiador enfermeiro, apoiador codificador de cauda básica do óbito e apoiador auxiliar de necropsia. Salários: R$ 3.720 Inscrições: Até o dia 13 de setembro, via sedex, com aviso de recebimento (AR), encaminhadas à Vigilância em Saúde ou em lugares presenciais indicados no edital. Confira o edital: www.cepe.com.br (Diário Oficial de Pernambuco, dia 24 de agosto, página 6) Prefeitura do Vitória de Santo Antão Vagas: 173 vagas Oportunidades: cargos temporários na área de educação: profissional de apoio escolar ou cuidador (83 vagas), professor brailista ou intérprete (60 vagas) e professor auxiliar de educação especial (30 vagas). Inscrições: Até o dia 29 de agosto na Secretaria Municipal de Educação de Vitória de Santo Antão (horário das 13h às 16h). Endereço: Rua Demócrito Cavalcanti, nº 144, Livramento, Vitória de Santo Antão. Confira o edital: Prefeitura de VSA Universidade Federal de Pernambuco Vagas: 8 vagas Oportunidades: para professor substituto nas seguintes áreas: Canto, Cálculo Diferencial e Integral; Geometria Analítica e Álgebra Linear, Atendimento a Pacientes com Necessidades Especiais e Odontologia Hospitalar, Audiologia, Patologia Especial, Administração Geral, Direito do Trabalho e Legislação Social e Direito para Gestão. Inscrições: Até o dia 30 de agosto, com inscrições realizadas nos próprios departamentos. Salários: De R$ 2.408,08 a R$ 5.697,61 Confira o edital: ufpe 59-61 Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho Vagas: 2.242 vagas Oportunidades: nas áreas de educação, saúde, defesa social, planejamento e meio Ambiente, programas sociais e para a Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas do Cabo. Inscrições: Pela internet, através do Instituto Ecos, do dia 1 ao dia 21 de setembro. Salários: De R$ 937,00 a R$ 10.885,09 Confira o edital: edital cabo Prefeitura do Cumaru Vagas: 9 Oportunidades: Médicos para o serviço de saúde municipal Inscrições: Até o dia 28 de agosto na Prefeitura Municipal de Cumaru (Setor de Recursos Humanos, situada à Rua João de Moura Borba, nº 224, das 8h às 12h e de 13h às 15h,) ou pelo e-mail selecao2017cumaru@gmail.com Salários: R$ 5.600 Solicite o edital no email: selecao2017cumaru@gmail.com Secretaria de Desenvolvimento Social, Criança e Juventude de Pernambuco Vagas: 45 Oportunidades: Assistente de mediação, mediador de conflitos e auxiliar técnico da mediação, para as cidades do Recife, Jaboatão dos Guararapes, Caruaru e Petrolina. Inscrições: Até o dia 1° de setembro, através do site do Instituto Darwin (www.institutodarwin.org/) Salários: R$ 1.500 a R$ 2.700 Edital: Concurso da SDSCJ-PE Prefeitura de Cedro Vagas: 41 vagas Oportunidades: Médico clínico geral, técnico de enfermagem, técnico de laboratório, agente de combate as endemias, educador físico, enfermeiro, farmacêutico, fisioterapeuta, psicólogo e terapeuta ocupacional Inscrições: Até o dia 10 de setembro pelo site http://consulpam.com.br Salários: Entre R$ 937 e R$ 8 mil Confira o edital: Edital da PMC Tribunal de Justiça de Pernambuco Vagas: 109 Oportunidades: Para o preenchimento de cargos de cargos de técnico judiciário, analista judiciário e oficial de Justiça. Inscrições: Começam no dia 24 de julho e seguem até o dia 31 de agosto no site da organizadora (www.ibfc.org.br) Salários: Os vencimentos variam entre R$ 4.222,45 (médio/técnico) a R$ 5.502,12 (superior). Baixe o edital: TJPE

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