Arquivos Colunistas - Página 287 De 305 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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10 concursos com inscrições abertas em Pernambuco

O Estado de Pernambuco tem 10 concursos e seleções. São 690 vagas em disputa com salários de até R$ 7,5 mil. As oportunidades são para profissionais de nível básico, médio e superior. Os processos abertos mais recentemente foram para a Prefeitura de Paranatama, para a Câmara de Itaíba e para a Autarquia Educacional de Serra Talhada. Seguem com inscrições abertas os concursos do UPE, IFPE, Funape, Funase, entre outros. Confira abaixo o quadro de vagas e as informações referentes às inscrições e salários de cada seleção. Prefeitura de Paranatama Vagas: 12 Oportunidades: Para médicos generalistas de plantões de 24 horas ou 40 horas semanais. Inscrições:  Devem ser feitas até 5 de julho na Secretaria de saúde (localizada na Praça João Correia de Assis, 28). A prefeitura oferece ainda alternativa de realizar as inscrições via correios ou pelo e-mail: saude.paranatama.inscricoes@gmail.com Salários: Entre R$ 6 mil e R$ 7,5 mil Baixe o edital: Edital Paranatama Câmara de Itaíba Vagas: 7 Oportunidades: Vagas de auxiliar de serviços gerais, assistente administrativo, auxiliar de controle interno, técnico em Contabilidade e coordenador de Controle Interno. Inscrições: Devem ser realizadas até o dia 14 de agosto de 2017, pela web: www.contemaxconsultoria.com.br. Salários: Entre R$ 937 e R$ 2,5 mil Baixe o edital: PoderExecutivo(20170622) Autarquia Educacional de Serra Talhada Vagas: 75 Oportunidades: Auxiliar de serviços gerais (21), auxiliar administrativo (17), professor de educação básica (22) e professor de ensino superior (15). Inscrições: Até o dia 3 de julho de 2017. Mais informações no Prédio da Autarquia Educacional de Serra Talhada, na Avenida Afonso Magalhães, 380 – Nossa Senhora da Penha – Serra Talhada. Salários: Para a função de Auxiliar de Serviços Gerais e Auxiliar Administrativo remuneração de R$ 937. Os profissionais de Educação Básica terão remuneração a depender do grau de formação: Graduado: R$ 9,58 (nove reais e cinquenta e oito centavos), hora-aula; Especialista: R$ 10,25 (dez reais e vinte cinco centavos), hora-aula; Mestre: R$ 10,97 (dez reais e noventa e sete centavos), hora-aula. Os Profissionais contratados para a função de Professor de Ensino Superior terão remuneração também variável de acordo com o a formação: Especialista: R$ 16,80 (dezesseis reais e oitenta centavos), hora-aula; Mestre: R$ 29,32 (vinte e nove reais e trinta e dois centavos), hora-aula; Doutor: R$ 33,56 (trinta e três reais e cinquenta e seis centavos), hora-aula. Baixe o edital: Seleção Simplificada da Aeset Universidade de Pernambuco Vagas: 338 Oportunidades: Médicos, assistentes técnicos e analistas técnicos em Gestão Universitária para serem ocupadas nas unidades de Arcoverde, Caruaru, Petrolina, Salgueiro, Serra Talhada, Garanhuns, Mata Norte, Mata Sul, Região Metropolitana do Recife e Complexo Hospitalar Inscrições:  Até o dia 16 de julho de 2017, pela internet, através do site do IAUPE (www.upenet.com.br/concursos/17_UPE_17/UPE_17.html) Salários: Até R$ 4.599,02 Baixe o edital: Concurso da UPE Secretaria Executiva de Ressocialização - SERES Vagas: 85 Oportunidades: Servidores da Seres (oportunidades para profissionais com ensino superior em qualquer área e portadores de habilitação na categoria "B") Inscrições: Entre os dias 7 de junho e 3 de julho de 2017, via internet, no endereço eletrônico www.cespe.unb.br/concursos/seres_pe_17 Salários: R$ 3.872,82 (vencimento mais as vantagens) Baixe o edital: Concurso para a Seres Conselho Nacional de Técnico em Radiologia - Regional Pernambuco Vagas: 3 vagas (mais 75 para o cadastro de reserva) Oportunidades: Uma vaga para gente fiscal, uma para auxiliar administrativo e uma para técnico em contabilidade. Inscrições: Até o dia 10 de julho, exclusivamente via site www.quadrix.org.br. Salários: R$ 1.069,20 (para auxiliar e técnico) e R$ 2.057,15 (para agente). Os profissionais terão direito ao valor de R$ 330 de vale refeição. Baixe o edital: Concurso do CONTER Conselho Regional de Biomedicina Vagas: 3 Oportunidades: Uma vaga destinada à fiscal de biomédico (para graduados em Biomedicina; registrados no Conselho Regional de Biomedicina; e com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) - categoria “B”) e duas vagas para agente administrativo (necessário ensino médio completo). Inscrições: Até o dia 5 de julho de 2017, exclusivamente via internet, pelo site www.eplconcursos.com.br Salários: Entre R$ 2.000 e R$ 4.200 Baixe o edital: Concurso do CRBM Fundação de Aposentadorias e Pensões dos Servidores do Estado de Pernambuco (Funape) Vagas: 52 Oportunidades:  10 vagas para analistas jurídicos previdenciários e 42 vagas para analista em gestão previdenciária Inscrições: Entre os dias 19 de junho e 20 de julho pelo site da FCC (http://www.concursosfcc.com.br/) Salários: R$ 3.678,05 (com vale-alimentação de R$ 246,40) Baixe o edital: Concurso para Funape Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) Vagas: 100 Oportunidades: Para agentes socioeducativos (nível médio) nos municípios de Vitória de Santo Antão, Caruaru, Garanhuns, Petrolina e Arcoverde. Inscrições: De 7 de junho a 14 de julho de 2017, via internet: www.institutodarwin.org Salários: R$ 1.320 Baixe o edital: Seleção para Funase IFPE Vagas: 15 Oportunidades: Para professor substituto para atuar nos campi Afogados da Ingazeira, Garanhuns, Ipojuca, Pesqueira e Recife Inscrições: Até o dia 6 de julho pelo site: http://cvest.ifpe.ed.br/ Salários: Até R$ 5,6 mil Baixe o edital: Edital do IFPE

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Cervejeira. Tenha uma pra chamar de sua (por Rivaldo Neto)

Com a expansão cada vez maior do mercado de cervejas artesanais, importadas e de produção para consumo próprio, muitos outros objetos se incorporaram nesse contexto, agregando valor e criatividade a esse, digamos, novo hobby. Isso pode vir caracterizado desde os growlers, crowlers, taças, copos, camisas, adesivos, chaveiros e por aí vai. Hoje, além de ser prazeroso juntar uma roda de amigos para degustar e a opinar sobre essa ou aquela cerveja, isso passou também a ser muito divertido. Mas o objeto de consumo dos cervejeiros que está no topo da lista de desejos é a tal sonhada cervejeira. O que é uma cervejeira? Como existe a adega climatizada para os vinhos, a cervejeira é a versão para, como o nome sugere, conservação e climatização de nossa santa cerveja de cada dia. E com alguns ganhos. Primeiro existem versões compactas e com várias cores e  você não precisa de tanto espaço para colocá-la na sala por exemplo. E qual a vantagem em ter uma cervejeira em casa? Aí você pode também perguntar, porque não gelar no freezer? Primeiro, realmente só quem é cervejeiro que vai entender a satisfação de ter um “brinquedinho” desse. Segundo que como hoje existem muitos estilos de cervejas que para serem consumidas devem ter uma temperatura específica, a cervejeira auxilia na busca do grau ideal para degustá-la. Terceiro pela praticidade de ter uma espaço absolutamente seu, onde você possa,  por exemplo, acondicionar a bebida por estilos e até por embalagens, tipo lata, long neck, barril, garrafa de 500 ou 600ml.   Tenha apenas alguns cuidados ao comprar uma boa cervejeira. Pesquise bastante preço e a marca do produto. Veja as especificações técnicas, as suas variações de temperatura e as avaliações dos consumidores que já obtiveram o produto e dão os seus testemunhos dessa experiência com determinado produto. Marcas como a Consul, Venax e Gelopar têm bons produtos que vale a pena um estudo detalhado para escolher uma que atenda a suas expectativas. Depois é só chamar os amigos e dividir com eles a tarefa de tomar uma excelente cerveja, da forma correta com o auxílio de uma boa cervejeira. E pode acreditar, ela tem tudo para ser uma de suas melhores amigas. *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e apreciador de boas cervejas nas horas vagas    

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Conheça "Rodin", filme que provocou polêmica em Cannes

“É um Filme velho! ” Assim gritou um jornalista espanhol ao final da projeção do longa Rodin na 70ª edição do Festival de Cannes realizada em maio. Os jornalistas que participaram da sessão não perdoaram o mais novo trabalho do experiente diretor francês Jacques Doillon. Muitos, inclusive, questionaram se o filme realmente merecia estar entre os selecionados. A crítica maior ficou para a forma tradicional, até novelesca, escolhida por Doillon para contar a história do famoso escultor francês. Recentemente, Rodin foi exibido no Festival Varilux de Cinema Francês, evento realizado em 55 cidades do Brasil, cinco delas em Pernambuco. Rodin é considerado o progenitor da escultura moderna, um artista de renome mundial. Apesar disso, o filme de Doillon parece mais se preocupar com a vida promíscua do artista. Ele é retratado como um verdadeiro Don Juan francês, que mistura seu trabalho aos momentos de prazer com aquelas que servem de modelo para suas esculturas. Na história, Rodin (Vincent Lindon) vive com Rose Beuret (Séverine Caneele), mas costuma trair sua companheira com as alunas que frequentam seu atelier, entre elas, a famosa escultora francesa Camille Claudel (Izïa Higelin). Esse romance serve de norte para boa parte da trama. A cenas de amor entre Rodin e Camille estão entre os bons momentos do filme, graças também à boa química entre os atores Vincent Lindon e Izïa Higelin. A rotina de Rodin com a família também é mostrada. Rotina conturbada, por sinal. Rose não aceita as constantes traições do marido que, por sua vez, não mantém boa relação com o filho, a ponto de pedir que não o chame de pai, mas de mestre. O filme tem um roteiro ruim. Os fatos e subtramas são jogados ao espectador de forma quase que aleatória, tornando a história cansativa. Apesar do roteiro fraco, resta um alento: a bela fotografia de Christophe Beaucarne. O belga, que traz no currículo quatro indicações ao César (um dos mais importantes prêmios do cinema francês), faz um excelente trabalho no registro das cenas externas e das que acontecem dentro do atelier de Rodin, as que aparecem o artista moldando suas esculturas. Rodin ainda pode ser visto no Cinema da Fundação, que estendeu por mais uma semana a programação do Festival Varilux de Cinema Francês. Será exibido no sábado (24) às 20h, no Cinema do Museu. Confira a programação completa.

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Da placidez à rebeldia do Velho Chico (por Paulo Caldas)

Um singelo arrazoado nostálgico, uma viagem a remo contra o rumo do Rio São Francisco, na busca inglória de subverter seu curso inexorável, é a missão literária de Marise Helena de Araújo no seu “Petrolina, cadê você, menina?”, 284 páginas, Editora Gráfica Franciscana. O texto resgata das margens do rio fatos e personagens fictícios ou não, vivenciados nos inesquecíveis anos de 1960 e 1970. Aos olhos do leitor são como uma película de cinema rodando ao contrário, feito as rodas de uma diligência nos antigos filmes em preto e branco. No conteúdo, a autora tece bordado que mescla trechos em prosa poética do drama ao risível com passagens pelo encantado, quando adere aos mitos ocultos nas profundezas do rio. Mas é na época da interminável Jovem Guarda que a correnteza de letras se mostra mais célere e o leito mais caudaloso. Os contos, quase crônicas e as crônicas quase contos, contemplam os ditos, gírias, trajes, hábitos, cantos, ídolos e os rigores de uma sociedade tradicionalista em contraponto com as ingênuas manifestações que a revolução comportamental motivada pela ânsia de libertação dos costumes que, na ótica atual nem parecem tão revolucionários assim. A autora relembra os ritmos, trotes, críticas tímidas às baionetas políticas da época e dogmas compulsórios vindos do catecismo, contudo rejeitados pelas influências do comportamento da geração paz e amor, espelho refletor de uma espécie de Woodstock ribeirinho. Aquilo foi um antagonismo mais ou menos consentido, que tomou de assalto o cenário de um colégio de freiras e o cotidiano das famílias regidas sob um código de ética sertaneja, pontuado por recomendações ancestrais no cenário provinciano de uma Petrolina feita de lirismo e apego ao Velho Chico, seu amante líquido, infinito. Nesse universo, destacam-se os textos “As meninas que não foram à festa, A feira, A festa da padroeira, A serpente encantada, A donzela e o Rei Roberto Carlos e A menina e o vidente”. Serviço: O livro pode ser adquirido pelo Face book: Marise Helena de Araújo, ao preço de R$ 30,00.

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A transformação digital pode mudar até o modo de governar (Por Bruno Queiroz)

Em meio à conturbada cena política vivida atualmente no Brasil, com problemas graves de corrupção e uma grande necessidade por reformas, o processo de transformação digital, resultante da combinação do uso do smartphone com a internet, vem impactando não só as empresas, mas também os governos e, sobretudo, a vida dos cidadãos. Parece que filas, autenticações, carimbos e assinaturas vão ficando cada vez mais no passado. Grandes exemplos já são conhecidos, como a declaração de imposto de renda e a escolha das vagas para uma universidade federal, entre outras ações. Nesse sentido, o grande avanço da tecnologia pode vir a transformar até regimes de governo, como a democracia. Costumeiramente caracterizada pela representatividade, na qual os cidadãos escolhem representantes (vereadores, deputados, senadores) para legislar, o aplicativo Mudamos (www.mudamos.org), idealizado por um ex-juiz e lançado em março deste ano, está se propondo a colocar em prática o modelo de democracia direta, pela qual o cidadão pode requerer sem intermediários o aperfeiçoamento e a criação de leis. Pensado para usar o recurso do Projeto de Iniciativa Popular, previsto desde a Constituição de 1988, que permite a apresentação de projeto de lei diretamente pelos cidadãos, o aplicativo resolveu um dos grandes empecilhos para transformar o projeto em realidade: a exigência de 1% de assinaturas dos eleitores, cerca de 1,4 milhão atualmente. Além da dificuldade de coletar as assinaturas no papel, ainda havia o problema da verificação da autenticidade. Para ser um ideia do tamanho do problema, desde que a constituição foi promulgada há 29 anos, apenas quatro projetos foram apresentados nesse período e todos eles precisaram ser apadrinhados por um deputado federal para ter prosseguimento, desfigurando a proposta original da lei. Atualmente, menos de dois meses após o lançamento do Mudamos, o aplicativo já possui três projetos na fase de captação das assinaturas para serem apresentados à Câmara dos Deputados: pelo fim da compra de apoio político, reforma política  e segurança pública. O Mudamos usa a mesma tecnologia adotada pelos bancos (blockchain) que possibilita auditar a veracidade das informações do cidadão. Isso resolveu a alegação da Câmara dos Deputados de que não tinha condições técnicas de checar todas as assinaturas para dar andamento ao projeto. Seguindo essa tendência, o próximo passo da tecnologia é permitir um maior nível de interação entre o eleitor e o governo. Um exemplo é dispensar a urna eletrônica e usar o smartphone em plebiscitos, referendos e, até mesmo, nas eleições gerais (num futuro breve) para os representantes municipais, estaduais e federais, assim como para os cargos executivos: prefeito, governador e presidente. Além de simplificar a vida do eleitor, haveria uma grande redução de despesas para o governo.

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O que diz o livrinho? (por Francisco Cunha)

Feitas as contas, tenho mais de 40 anos de “janela”, observando com atenção o cenário político e econômico do País. Sim, desde que entrei na faculdade acompanho atentamente a cena nacional e posso dizer, sem medo de errar, que não lembro de ter visto uma situação política tão “enevoada” no curto prazo como esta que estamos vivendo nos dias de hoje. Fui testemunha ocular da segunda metade da ditadura militar, vivi a incerta abertura democrática, a luta e a conquista da anistia, a angustiante eleição e morte de Tancredo Neves, o titubeante governo Sarney, o decepcionante Plano Cruzado, a efervescente Assembleia Nacional Constituinte, a festa das eleições diretas para presidente, a surpresa da eleição, do confisco e do impeachment de Collor, o insólito governo Itamar, a desconfiança e o sucesso do Plano Real, a eleição e o governo de FHC, a revolucionária eleição e o governo distributivista de Lula, e o errático período Dilma. Sem falar na infinidade de crises inclusas em todos esses períodos... Todavia, sempre tinha um sentimento mais ou menos claro do que viria depois da tempestade, mesmo quando ela parecia (e era!) bem forte. Hoje, o tempo nublou de vez e a crise da sucessão do presidente Temer mergulhou nas “brumas de Avalon”, com o País literalmente dividido entre “coxinhas” e “mortadelas”, o que dificulta em muito a saída negociada do impasse... Em meio às névoas da incerteza, todavia, tenho uma firme convicção: a saída tem que ser constitucional, qualquer que seja ela! O Estado de Democrático de Direito foi, junto com a estabilidade econômica, a grande conquista da luta cidadã de toda uma geração, empreendida ao longo das últimas décadas. Qualquer tentativa de aventura fora disso, não podemos esquecer, é crime de lesa-pátria! Relata a crônica histórica que o primeiro presidente eleito depois da ditadura Vargas, o marechal Eurico Gaspar Dutra, sempre que lhe apresentavam alguma questão politicamente cabeluda, perguntava, apontando para o pequeno exemplar da Constituição de 1946 que levava consigo: “o que diz o livrinho?” O próprio presidente Temer, professor de direto constitucional que é, no seu discurso pós-impeachment, citando o presidente Dutra, prometeu ter sempre esta atenção. É chegada a hora do mais duro teste dos últimos tempos: fora do “livrinho” não há salvação e todo o resto, por mais sedutor que seja, não passa de aventura casuística!

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Papo de cronista (por Joca Souza Leão)

Rubem Braga Passou a noite enchendo a cara com o Diabo; os dois saíram do bar dia claro. – Vai pra onde, Rubem? – Vou dormir. E você? – Vou à missa... Antônio Maria Leitora: Meu marido sua muito no sovaco. Que devo fazer? A.M.: Divirta-se na área enxuta. João Antônio Morreu Esdras Passaes, amigo de João: – Matou-se de viver e de beber. Rachel de Queiroz – Meu maior desejo para o Ano Novo é prosperidade, paz, saúde, essas coisas. Mas minha vontade mesmo é olhar para o ano de frente e lhe dizer na cara: te dana! Lourenço Diaféria O sargento Sílvio morreu ao pular no poço das ariranhas no zoo e salvar uma criança de 14 anos. – Prefiro esse sargento herói ao Duque de Caxias. Mário Prata –A principal diferença entre a revista Playboy americana e a Playboy brasileira não é a língua. É a bunda. Arnaldo Jabor Encontro com uma leitora no calçadão do Leblon. – Jabor, o que você tem contra as mulheres raspadinhas? – Nada... Acho lindo, mas não consigo ver ali um bigodinho sexy... não consigo evitar... Penso no bigodinho do Hitler, do Sarney... Antônio Callado – Os personagens da vida real dividem-se em duas categorias: os que têm boa presença e os que têm péssima ausência. Boa presença, todos falam bem dele quando está presente; péssima ausência, todos falam mal quando está ausente. No mais das vezes, a mesma pessoa. Albert Camus – De um sonho pode-se dizer qualquer coisa, menos que é mentira. João Pereira Coutinho – Não é fácil comentar a loucura: uma pessoa acaba por confundir-se com ela. Luiz Ruffato (Na boca de Bibica, personagem.) – Seu Antônio, não sabia que o senhor apreciava safadeza. Luís Fernando Verissimo – Conto nos dedos os Homens que são Homens no Brasil: quatro. E eles estão dispostos a lutar pela regeneração do macho brasileiro. Eles só não se reúnem regularmente pra não parecer que é coisa de veado. Ferreira Gullar – Duvido que, num mundo cheio de gente, alguém possa meter na cabeça que só existe fulano ou fulana e achar que é impossível viver sem ele ou sem ela. O amor é uma doença como outra qualquer.

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Máquina do tempo (Por Bruno Moury)

Não é preciso nenhuma engenhoca construída por um cientista maluco para voltar no tempo (sim, eu também assisti De volta para o futuro). Minha máquina do tempo é um Graham’s Twany Port de 30 anos. Vinho do porto do bom! Foi ele que me trouxe até aqui. Estou em 1992. Tenho 17 anos. Acabo de chegar na Rua Bruno Veloso, em Boa Viagem, aqui mesmo no Recife. O Graham’s me trouxe, em sexta marcha, ao paraíso: uma gaiola de 150 metros quadrados. O apartamento 602 do Edifício Sérgio Godoy. Aqui guardei felicidade. Vejo a sala de estar. A varanda mais adiante. Reconheço os móveis. Olha lá, o bar da sala! Não se usa mais, em 2017. Dobro à direita, percorro o corredor e entro no quarto de Edmar, meu irmão. Escolho um disco de vinil, do Queen. Ponho Don’t Stop me Now para tocar na radiola, com Freddy botando pra foder. Saio do seu quarto e entro no meu. Abro meu guarda-roupas. Vejo, colado na porta, pôsteres do Legião, Paralamas, Guns e R.E.M. A cama desarrumada. O quarto está uma bagunça. Entro no quarto dos meus velhos. Lá está meu pai. Deitado na sua cama. O calcanhar rachado. Me aproximo com cuidado para não acordá-lo. Beijo o seu rosto e aliso o seu cabelo. Sussurro no seu ouvido: “obrigado, por tudo”! Minha mãe está ao seu lado. Estão descansando após o cozido. É um domingo. Deito entre eles. Abraço-os. Sinto o cheiro. Beijo-os novamente. Levanto. Retorno à sala. Abro a porta. Chamo o elevador. Estou no pilotis. Falo com Aderbal, o porteiro, que olha com cara de quem desconfia me conhecer. Desço as escadas. Estou na rua. Escondo-me atrás de uma árvore e fico espiando a escadaria do Almeida Garret, o prédio em frente. Lá, reunidos, estamos todos nós: eu, Paulo Gordo, Macaxeira, Forminha, Breno, Marne, Patão, Pitoquinha, Alessandra, Ana Paula, Maguinho, Arroz, Pompéia, Zéconha, Fifa, Mamá e mais um bando de amigos. Olha eu lá no meio da turma. Como sou magrinho. Olha como estamos felizes! Meu Deus! Quero ir lá abraçar a todos, mas não posso. Ah, Rua Bruno Veloso! Que saudade! Que prazer voltar aqui. Localização estratégica para um jovem com testosterona: uma esquina depois do Sampa Night Club e uma antes do Holliday. A lot of teachers! Jogar bola na praia, tomar Coca-cola na barraca do Gordo, comer e beber na picanha no Tio-Dadá, ir para festinhas de prédios vizinhos, jogar Playtime, Atari, andar de skate, surfar em frente ao Acaiaca (ainda não tem tubarão...). Delinquência juvenil perdoada pelo tempo. Saudade do caralho. Desculpe-me por escrever sobre meu infinito particular sob o efeito do Porto. Choro. Agora estou rindo. Estou eufórico. Escuto Stones. Sinto o cheiro da minha infância. Percebo que já retornei a 2017. Preciso dormir. Amanhã acordar. Quem sabe alugar uma fita de vídeo ou assistir aula no Colégio Atual. Sentar ao lado de Nilo. Meu amigo Nilo. Morto num acidente de carro. Vivo. Vivíssimo. Intacto em minha memória.

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Carlos de Hollanda: a voz que se alevantava (Por Marcelo Alcoforado)

Quando o Recife comemorou os 30 anos de existência do Salão dos Independentes, não se ouviu uma única voz, um sussurro sequer, a pronunciar o nome dele. Logo o nome dele, artista de méritos, um pintor, desenhista, ilustrador e, sobretudo, um escultor de especial talento. Estava configurada uma inominável injustiça, mesmo porque mais de que um artista, ele foi um defensor incansável da arte pernambucana. Já que se falou em injustiça, responda-se: o que é justiça? A resposta é relativamente simples: é o que está conforme o que é direito, o que é justo, incensurável. O reconhecimento do mérito de alguém faz, igualmente, parte do conceito de justiça. Então, pode-se dizer, sim, que justiça é a força moral de reconhecer o direito de cada um, vez que, somente através dela se alcançará a paz. Carlos de Hollanda, o injustiçado, ou para os que quiserem adocicar a verdade, o esquecido, organizou e participou do 1º Salão de Artes Independentes de Pernambuco, ocorrido em agosto de 1933. No Recife, era um tempo em que só se viam as ingentes dificuldades que dificultavam as atividades culturais, especialmente levar cultura ao povo. Os artistas ainda anônimos, muitos transbordantes de talento, existiam, como existem nos dias de hoje, mas se deparavam com obstáculos intransponíveis a vencer. Como mudar a ordem vigente, sem as armas do incentivo? Como tornar a arte um bem realmente acessível, tanto que estimule a sua produção? Ora, se desde as cavernas a arte se faz fundamental na vida das pessoas, por que não estimular esse fluxo? ruminava Carlos de Hollanda, e a plenos pulmões deblaterava a falta de apoio e de oportunidades. Não se imagine, porém, que a vida de Carlos de Hollanda foi toda voltada para o exercício da política. Entre as batalhas, produziu quadros, desenhos, capas de livros e revistas, e duas esculturas. A primeira, um busto do maestro Carlos Gomes, em madeira de lei, com 65 centímetros de altura, que se encontra no teatro de Santa Isabel. A outra, por encomenda do governo pernambucano, representava a pujança da nossa indústria, foi exposta no Rio Grande do Sul, em evento sobre a Revolução Farroupilha. Mesmo assim, a conduta de Carlos de Hollanda lhe traria dissabores. Quer ver um exemplo? A única vez que seus quadros mereceram uma visão de conjunto foi logo após ele haver morrido. Quer outro? De 1930 até hoje, não teve sua obra reunida para análise e reavaliação crítica! Este outro é profundamente censurável: hoje em dia, apesar da importância de que se reveste, a sua obra não tem um lugar adequado para facilitar o acesso ao púbico. Vaga, vulnerável a danos, em casa de parentes e amigos, quando deveriam estar em mãos profissionais. Para a imprensa, Carlos de Hollanda era um talento insubmisso e quase louco. Para Aníbal Fernandes, no dia seguinte ao de sua morte, este Carlos de Hollanda, de quem os jormais noticiaram, ontem, a morte, era um artista que a cidade precisava conhecer para sentir o seu desaparecimento. Ainda sobre a morte do artista, comentou o teatrólogo Waldemar de Oliveira: morre com ele um dos muitos artistas que o Recife possui e o Recife mata. E refletindo o quanto Carlos de Hollanda houvera sido esquecido, disse, mais adiante, que o artista fora mais do que anônimo: não passara das colunas amigas dos jornais e sua celebridade não foi além do Café Lafayette, uma antiga cafeteria existente na esquina da rua do Imperador com a Primeiro de Março. Carlos de Hollanda nasceu em 5 de maio de 1905, no Cabo de Santo Agostinho, conviveu com artistas do quilate de Percy Lau, Carlos Amorim, Bibiano Silva, Renato Silva, Augusto Rodrigues, Murilo Lagreca e Elezier Xavier, e morreu em 1938, aos 33 anos. *Por Marcelo Alcoforado, colunista da Revista Algomais

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Concursos em PE: 280 vagas com salários de até R$ 4,2 mil

Seis concursos e seleções públicas em Pernambuco estão abertos, com a abertura de 280 vagas. As oportunidades são para a prefeitura de Lagoa dos Gatos, para a Secretaria Executiva de Ressocialização, o Conselho Nacional de Técnico em Radiologia, o Conselho Regional de Biomedicina, além da Funape e Funase. Confira abaixo o quadro de vagas e as informações referentes às inscrições e salários de cada seleção. Secretaria Executiva de Ressocialização - SERES Vagas: 85 Oportunidades: Servidores da Seres (oportunidades para profissionais com ensino superior em qualquer área e portadores de habilitação na categoria "B") Inscrições: Entre os dias 7 de junho e 3 de julho de 2017, via internet, no endereço eletrônico www.cespe.unb.br/concursos/seres_pe_17 Salários: R$ 3.872,82 (vencimento mais as vantagens) Baixe o edital: Concurso para a Seres Conselho Nacional de Técnico em Radiologia - Regional Pernambuco Vagas: 3 vagas (mais 75 para o cadastro de reserva) Oportunidades: Uma vaga para gente fiscal, uma para auxiliar administrativo e uma para técnico em contabilidade. Inscrições: Até o dia 10 de julho, exclusivamente via site www.quadrix.org.br. Salários: R$ 1.069,20 (para auxiliar e técnico) e R$ 2.057,15 (para agente). Os profissionais terão direito ao valor de R$ 330 de vale refeição. Baixe o edital: Concurso do CONTER Conselho Regional de Biomedicina Vagas: 3 Oportunidades: Uma vaga destinada à fiscal de biomédico (para graduados em Biomedicina; registrados no Conselho Regional de Biomedicina; e com Carteira Nacional de Habilitação (CNH) - categoria “B”) e duas vagas para agente administrativo (necessário ensino médio completo). Inscrições: Até o dia 5 de julho de 2017, exclusivamente via internet, pelo site www.eplconcursos.com.br Salários: Entre R$ 2.000 e R$ 4.200 Baixe o edital: Concurso do CRBM Prefeitura de Lagoa dos Gatos Vagas: 33 Oportunidades: Para professor, agente de combate às endemias, agente comunitário de saúde e motorista socorrista para o SAMU. Inscrições: Presencialmente na Secretaria de Administração da Prefeitura Municipal da Lagoa dos Gatos (Av. 7 de setembro, nº 44, centro de Lagoa dos Gatos, no horário das 8h às 13h), até o dia 15 de junho de 2017. Baixe o edital: Seleção para Prefeitura de Lagoa dos Gatos Fundação de Aposentadorias e Pensões dos Servidores do Estado de Pernambuco (Funape) Vagas: 52 Oportunidades:  10 vagas para analistas jurídicos previdenciários e 42 vagas para analista em gestão previdenciária Inscrições: Entre os dias 19 de junho e 20 de julho pelo site da FCC (http://www.concursosfcc.com.br/) Salários: R$ 3.678,05 (com vale-alimentação de R$ 246,40) Baixe o edital: Concurso para Funape   Fundação de Atendimento Socioeducativo (Funase) Vagas: 100 Oportunidades: Para agentes socioeducativos (nível médio) nos municípios de Vitória de Santo Antão, Caruaru, Garanhuns, Petrolina e Arcoverde. Inscrições: De 7 de junho a 14 de julho de 2017, via internet: www.institutodarwin.org Salários: R$ 1.320 Baixe o edital: Seleção para Funase

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