2021 - Página 119 De 173 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2021

Sérgio Ferreira: “Precisamos incentivar a autoconsciência”

Sérgio Ferreira era um homem dos números e dos cálculos, mas foi fisgado pelas elucubrações filosóficas. Engenheiro e economista, fez doutorado em filosofia, com uma tese que unia os pensamentos de Viktor Frankl e Friedrich Nietzsche. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ele conta um pouco dessa sua trajetória e analisa como a fusão desses dois grandes pensadores podem nos ajudar neste trágico momento da pandemia. O que o levou a estudar filosofia? Sou formado em engenharia e economia, sempre trabalhei com projeto econômico e adoro ser engenheiro também. Mas sempre gostei muito de filosofia, de pensar sobre a vida. Com as minhas filhas já criadas, resolvi voltar para a academia com o objetivo de entender melhor o mundo. Fiz meu mestrado em administração, especificamente em teoria institucional, que também nos dá uma certa ideia do mundo como um todo e das instituições. Fui presidente da AD Diper, no terceiro governo de Dr. Arraes. Quando saí de lá, nessa perspectiva de entender melhor o mundo, resolvi entrar para o movimento de cursilho de cristandade. Fui da igreja católica e esse foi um movimento trazido para cá por Dom Hélder. O interessante é que era um movimento somente dos leigos. Uma das mensagens do cursilho é sobre o sentido da vida, mas eu sentia que a resposta religiosa é boa quando se tem fé. Mas o mundo mudou de uns tempos para cá, quando Nietzsche falou que Deus estava morto. Ele não estava querendo dizer que Deus não existe mas que, como explicação do mundo, Deus não fazia mais sentido, porque na contemporaneidade, no mundo da ciência, essas explicações religiosas deixaram de existir. Durante muito tempo o mundo ocidental foi carregado de explicações dogmáticas que a gente aceitava, mas isso foi deixando de existir. É o que Nietzsche chama de morte de Deus. Eu tenho fé, mas consigo separar o conhecimento religioso do conhecimento filosófico científico que vive da crítica, de perguntas. No conhecimento religioso, você tem que aceitar as explicações que são dadas. Eu queria entender mais sobre o sentido da vida, não apenas sobre esse aspecto religioso. Nessa caminhada me deparei com um pensador chamado Viktor Frankl, que criou a logoterapia. Ele escreveu um livro muito famoso Em busca de sentido, sobre sua experiência como prisioneiro num campo de concentração. Ele nasceu em 1905 e morreu em 1997, era austríaco. Antes de ser preso, já com 16 anos, teve um artigo aceito na revista de Freud. Ele começou como freudiano mas, depois, foi achando que esse pensamento não explicava bem o que ele queria que era o sentido da vida. Ele achava que colocar o sentido apenas no prazer, principalmente sexual, não explicava. E onde entra seu interesse por Nietzsche? Estudando Frankl, reparei que ele de vez em quando citava Nietzsche e fiz meu doutorado unindo o pensamento dos dois. Nietzsche influenciou o mundo como um todo naquele período até a Primeira Guerra e depois também. Mas Nietzsche é amado e odiado. Muita gente acha que ele disseminou o suicídio porque esse pensamento da morte de Deus não é bem compreendido. Na verdade, Nietzsche é um crítico do niilismo mas muita gente acha que ele é niilista. Ele mostrou que as pessoas, ao quererem explicar o mundo a partir de Deus e se conscientizarem que isso não explica a realidade, vão ficar frustradas e verão que isso é “um nada” e o niilismo vem disso. Mas, para Nietzsche, os cientistas também acabariam niilistas por buscarem a verdade e ele afirmou que não existe verdade. Nietzsche diz que o mundo é aqui na Terra e temos que olhar para a Terra, não para os céus, para entender o mundo. Essa discussão foi cada vez me encantando mais ao longo da pesquisa. E Nietzsche tem um conceito importante que se chama vontade de potência. O que vem a ser vontade de potência? Nietzsche afirmou que o mundo está em eterna luta, tudo são lutas em movimento. Se você olhar para o cosmo como um todo, são asteroides batendo um com outro. Também na Terra os seres viventes querem ter mais força, querem progredir, permanecer, existir. A partir desse conceito eu respondo a uma pergunta que muita gente se faz nesta pandemia: se Deus só quer o bem do mundo, como é que está acontecendo tanto sofrimento? Acontece que coronavírus está querendo também permanecer, lutar, ele precisa infectar as pessoas para poder se reproduzir. E aí a partir desse conceito de Nietzsche, minha conclusão é que vai caber a nós, seres humanos, nos unirmos para vencer todas essas adversidades. Ou cooperamos mais, olhamos mais para a Terra, mais para o entorno, ou o mundo se acaba, porque o mundo é vontade de potência e se nós, seres humanos, não procuramos nos entender, nos organizar, ficarmos buscando explicações no céu, um vírus desse pode nos derrotar. Da mesma forma, tempos e tempos atrás, um asteroide bateu na Terra. Mas, ao contrário de Nietzsche, tenho minha religiosidade acredito que existem energias que nós não explicamos, não acho que tudo seja filosófico. Eu me considero um espiritualista. Essa união não parece pouco provável nestes tempos de tanta polarização política? Esse modelo de mundo dividido entre esquerda e direita, com partidos políticos, vem da Revolução Francesa, com os girondinos e jacobinos. Acho que até hoje existe uma crise de identidade porque logo depois disso chega Karl Marx, com a teoria dele desenvolvida em plena Revolução Industrial e ele não foi um crítico dessa revolução, dessa produção em massa. Ele foi contra o controle do capital que estava na mão de poucos, mas ele não criticou essa forma de ser do mundo, massificada. Nietzsche foi um crítico da Revolução Francesa. O que eu vejo – e talvez seja um sonho, uma utopia – é que nós precisamos nos unir porque desse jeito o mundo está acabando. E isso não é só no Brasil, o mundo todo é assim. Acredito que o modelo que foi criado até hoje está nos levando à destruição. A economia tem uma lei

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Como estimular a criatividade em tempos de home office

O trabalho remoto, mais conhecido como home office, tornou-se abruptamente regra para muitos profissionais durante a pandemia. Mas manter a criatividade e a produtividade depois de pouco mais de um ano em casa, depende de diversos fatores. Com o isolamento social prolongado, as pessoas têm desenvolvido uma carga de estresse maior, gerando bloqueios na hora de realizar atividades que antes fluíam de maneira mais leve. De acordo com o especialista em intervenções clínicas de base psicanalítica e professor do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Rafael Matias, os processos criativos estão diretamente ligados com o bem estar individual. “Quanto mais qualidade de vida a pessoa tiver, boa relação com a família, alimentação saudável, boas noites de sono, melhor será o rendimento e consequentemente a criatividade e produtividade melhoram. Não adianta acharmos que os processos criativos se dão através da cobrança ou de um processo autoritário. A criatividade precisa de um tempo livre, solto, para que possa surgir.” Para estimular a criatividade mesmo no home office, existem algumas técnicas que podem ajudar a manter o foco e a produtividade. “É preciso dosar os processos emocionais, encontrar formas de elaboração e manifestação dos sentimentos, para favorecer a criatividade. Deixar a mente livre é essencial para conseguir criar e produzir. Como o trabalho de certa forma agora faz parte de casa, é importante que o indivíduo estabeleça um cronograma com as atividades diárias, para não sobrecarregar a mente”, ressalta Rafael. O especialista ainda dá cinco dicas de como estimular mais a criatividade: Realize, sempre que possível, autoavaliação das suas atividades, descobrindo quais são os seus maiores problemas. Dessa forma, você poderá trabalhá-los. Ex: De que forma eu posso melhorar no trabalho? Faça anotações. Agendas diárias podem ser um ótimo caminho para gerir o seu tempo. Não confie essencialmente no seu cérebro para registrar todas as suas atividades. Ex: faça uma lista com as tarefas diárias. Seja curioso o suficiente para buscar novas fontes de conhecimento, atravessando barreiras, entrando em contato com outras filosofias, seja em filmes e/ou livros. Isso ajuda no processo de inspiração. Coloque suas ideias em prática. De que adianta ideias que não saem do papel? Sempre que tiver uma ideia anote no seu caderno e busque exerce-la. Pratique exercícios físicos, tenha uma boa alimentação, realize no seu tempo ocioso atividades que geram prazer. Altos níveis de estresse são bloqueadores de novos processos criativos.

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“O Corredor do Comércio tem um valor histórico enorme e com uma atividade econômica intensa”.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação do Recife, Rafael Dubeux, foi um dos entrevistados da edição desta semana da Revista Algomais em que tratamos sobre o projeto do Corredor do Comércio do Recife. Reivindicação antiga da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), a recuperação das principais vias comerciais dos bairros centrais da cidade tem um novo olhar neste ano, com as estratégias do urbanismo tático. O secretário comenta também sobre o impacto da pandemia na atividade dessa região e fala das ações do poder municipal para incentivar os pequenos empresários e empreendedores. Qual a sua avaliação sobre o projeto de revitalização do Corredor do Comércio do Recife? Rafael Dubeux – A região central da cidade merece mesmo uma atenção diferenciada, já que é o coração da cidade. O Corredor do Comércio é parte desse núcleo, com um valor histórico enorme e com uma atividade econômica ainda muito intensa. A Prefeitura está articulando ações para promover a recuperação desses principais eixos e, em parceria com os empreendedores locais, poderemos dar uma nova cara à região. Qual o impacto da Pandemia nesta região? Rafael Dubeux – A pandemia trouxe impacto para quase todas as atividades econômicas. O comércio de rua, naturalmente, sofreu um revés forte por conta das medidas de distanciamento e pelo uso crescente do comércio eletrônico. Todos esses segmentos passam por uma reestruturação no nível mundial e é preciso se adaptar a essa nova realidade. Mesmo sabendo que das nossas limitações, inclusive orçamentárias, a gestão do prefeito João Campos anunciou uma série de ações no sentido de auxiliar os setores produtivos, adiando o recolhimento de taxas municipais, como o IPTU e ISS municipal e do ISS do Simples Nacional, e oferecendo mais prazos aos empreendedores. Todos os impactos, que superam quase de R$ 30 milhões, estão beneficiando cerca de 30 mil empreendimentos da cidade. Também elaboramos e lançamos em menos de 3 meses o Crédito Popular do Recife, um dos compromissos de campanha do prefeito, que ajudará setores produtivos nesse momento difícil. É uma ajuda para dar fôlego sobretudo aos micro e pequenos negócios. Algumas intervenções em ruas dessa região central já foram iniciadas. Quais as primeiras ações da PCR no centro nesta gestão? Quais os resultados esperados? Rafael Dubeux – Houve intervenções de urbanismo tático, com pintura da Rua Velha para embelezar o espaço e ampliar a segurança para os pedestres. Também houve intervenção na Avenida Nossa Senhora do Carmo, com a maior faixa de pedestre da cidade e espaços de proteção aos que caminham pela cidade. Também foi expandida a rede de Wifi gratuito do Conecta Recife, o que facilita o uso pelos usuários e também pelos pequenos comerciantes, que podem usar as maquininhas de pagamento. Estão nos planos da secretaria que tipo de ações e articulações para a revitalização do Corredor do Comércio? Rafael Dubeux – Temos discutido com os lojistas locais a requalificação de outras ruas, incluindo pinturas de fachadas. Queremos também avaliar em conjunto a possibilidade de pedestrianização de alguns trechos. No nível mais amplo, uma preocupação permanente deve ser a melhoria das atividades de zeladoria e controle urbano. O CredPop servirá de impulso para alguns dos empreendedores do local. Além disso, a transformação digital de toda a região precisa se consolidar no horizonte de ação de todos neste novo contexto econômico.

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Gente & Negócios: Novo residencial de luxo é lançado em Muro Alto

Novo residencial de Luxo é lançado em Muro Alto O Cais Eco Residência chega na beira-mar de Muro Alto com a proposta de valorizar a cultura local e tem toda sua identidade visual inspirada na arte da xilogravura e literatura de cordel. O empreendimento é das empresas DUE Incorporadora e a Árbore Engenharia e tem o projeto assinado por FG+M Arquitetos e paisagismo de Luiz Vieira. O ator Rafael Zulu é um dos sócios do empreendimento. . O luxuoso empreendimento vai contar com espaços de convivência equipados e decorados e seis complexos aquáticos. Nas áreas de lazer serão oferecidas mais de 40 opções de atividades, além do beach club, que fica disponível para todos os moradores e conta com vista privilegiada para o mar. O valor dos imóveis varia entre R$ 600 mil e R$ 2,5 milhões. O lançamento ocorrerá no dia 1º de maior e a previsão de entrega do empreendimento é para junho de 2024. . . Conportos concede a Suape nova declaração de cumprimento de normas internacionais de segurança portuária A Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis (Conportos) concedeu a Suape nova Declaração de Cumprimento que reconhece e homologa internacionalmente o atracadouro como um porto que opera dentro das mais rígidas regras de segurança portuária, cumprindo os protocolos e normas do ISPS Code (Código Internacional para Proteção de Navios e Instalações Portuárias). Após receber a DC, o porto é incluído no site da Organização Marítima Internacional como certificado, permitindo a divulgação para toda a comunidade portuária. “A concessão da declaração amplia ainda mais a área de atuação de Suape. Traz maior confiabilidade para a operação de navios internacionais e nos credencia a todas as instalações portuárias no mundo que mantêm registro na IMO. Isso foi possível graças às medidas de segurança adotadas no porto e os investimentos realizados na área”, pontua Paulo Coimbra, diretor de Gestão Portuária de Suape. . . Construtora ACLF é a primeira no Estado a receber certificação Nível de Desempenho Técnico da CAIXA A pernambucana ACLF é a primeira do Estado a receber da Caixa a certificação NDT – Nível de Desempenho Técnico. O selo é um reconhecimento à qualificação técnica das construtoras. A certificação é alinhada aos procedimentos de compliance e gestão de riscos e foi concedida a apenas dez empresas no país. “A Caixa criou o projeto para avaliar construtoras parceiras no desempenho técnico dos empreendimentos contratados e selecionar as que estão dentro do padrão. Acredito que a certificação possa trazer alguns benefícios como redução da burocracia e mais agilidade no andamento dos projetos”, afirma Fernando Fink, diretor de Engenharia da ACLF.

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Sob a lança de Quixote (por Paulo Caldas)

Neste “Fiat Lux”, Salete Rêgo Barros dirige o foco severo da crítica, como quem espeta o lado pontiagudo da lança de Quixote sobre os herdeiros de Gobbels, amantes da censura, do autoritarismo, dos preconceitos, da intolerância e do machismo, mazelas crônicas vivenciadas nessas Terras Tupiniquins outrora abençoadas por Deus. Com palavras metálicas, reclamos concebidos nas madrugadas insones de Casa Forte, desde as orelhas, exprime um brado de revolta e horror ante a fantasmagórica figura da autocracia, antessala das ditaduras, com versos ousados, frases contundentes e, entre poesia e prosa, ilumina o caminho da esperança, rota contrária dos que pregam a sublimação da estupidez disfarçados sob as vestes de “um jeito de ser”. “Fiat Lux” apresenta projeto visual primoroso, assinado por Ricardo da Cunha Melo. A editoria é da Novo Estilo Edição do Autor, 2020. O livro pode ser adquirido na Cultura Nordestina, Rua Luiz Guimarães, 555, Poço da Panela, fone: 3097-3927 e 9811-37126 *Paulo Caldas é escritor

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Giro cultural pelo cinema, arte e fotografia

Cinema da Fundação lança Cinema em Casa com exibição de sessões on-line O Cinema da Fundação lança, a partir da próxima terça-feira, dia 20, sessões on-line gratuitas no seu portal. O Cinema em Casa traz uma programação semanal de três longas-metragens, exibidos de terça a domingo. Os filmes ficarão disponíveis das 19h às 23h59, apenas no dia das suas exibições, conforme a programação. Semanalmente será divulgada uma nova grade de filmes, nas mídias do cinema e na imprensa. As exibições serão no site: www.cinemadafundacao.com.br O Cinema em Casa tem início com a Mostra Meu Primeiro Longa. A seleção reúne os primeiros trabalhos realizados por cineastas brasileiros, muitas vezes raros e inacessíveis ao público. O documentário Estradeiros (2011), que marca a estreia da dupla de pernambucanos Renata Pinheiro e Sérgio Oliveira na direção, será o primeiro filme a ser disponibilizado on-line. A programação segue com O Grão (2007), do cearense Petrus Cariry, e Depois da Chuva (2013), dos baianos Cláudio Marques e Marília Hughes. . . Pernambucanos participam da Expo Nacional Céu Aberto Evento debate relação entre o ser humano e a natureza. A mostra será transmitida ao vivo entre os dias 22 e 29 de abril, para todo o Brasil e simbolicamente, abre na próxima quinta-feira, Dia da Terra. Intitulada “Céu Aberto – O Distanciamento entre o Ser Humano e a Natureza”, a mostra digital une pensamento crítico, arte e tecnologia para cultivar a reflexão sobre a relação do ser humano com o meio ambiente, através de obras inéditas, que serão projetadas em paredões urbanos de grande movimentação de São Paulo e exibidas, para todo o Brasil, diariamente através do Youtube, onde também será apresentado um mini doc com os artistas. Os pernambucanos Mozart Santos, Guto Barros e Lourival Cuquinha participam da Mostra que reúne diversos nomes da arte nacional. Cerca de 16 projetores de 20 mil Lúmens serão utilizados para exibir obras de Mozart Santos (PE), Mozart Santos (PE), Lourival Cuquinha (PE), Guto Barros (PE), Roberta Carvalho (PA), Mozart Fernandes (SP) e Marta Rijo (Portugal), VJ Suave (SP), Sitah (SP) e Catharina Suleiman (SP). SERVIÇO Céu Aberto, o distanciamento entre o ser humano e a natureza Transmissão: https://www.youtube.com/c/CÉUABERTO http://www.instagram.com/brigadaceuaberto . . Laboratório gratuito “Corpas e corpos na fotografia” abre inscrições A 3emeio produtora, com incentivo do Funcultura, realiza o laboratório de curadoria “Corpas e corpos na fotografia” com as ministrantes Joana D’Arc Lima e Mônica Cardim. Na oficina os participantes terão a oportunidade de ampliar seus repertórios a partir da troca com outras concepções artísticas e atividades práticas de criação. Os encontros, que totalizam 30 horas, acontecerão às segundas e quartas-feiras, nos dias 31/05, 2, 7, 9, 14, 16, 21 e 23/06. As inscrições podem ser feitas até o dia 05/05 através desse formulário, no qual cada participante descreve sobre o trabalho que será desenvolvido ao longo do laboratório. A seleção vai priorizarar mulheres cis e trans, negros, indígenas e pessoas com identidade não cisgênera ou ageneridade. Voltada para fotógrafos com trabalhos autorais, artistas plásticos, estudantes, curadores, jornalistas, pesquisadores do campo da imagem, entre outros, a oficina vai incentivar diálogos através de rodas de conversa temáticas, da análise de obras fotográficas, investigação da trajetória de ativistas e indicações bibliográficas referentes a narrativas curatoriais. Com o objetivo de aprimorar formas de comunicar cada projeto, também acontecerão exercícios práticos de criação, observação e escrita, assim como apresentação de estratégias de circulação, mediação com o público, repertório crítico, processo de edição e conceituação de projetos fotográficos. Serviço: Laboratório de curadoria “CORPAS E CORPOS NA FOTOGRAFIA” Link para inscrição: http://bit.ly/corpasecorpos (até 05/05) Dias: 31/05, 2, 7, 9, 14, 16, 21 e 23/06. Horário: Das 18h às 21h nos dias 31, 7, 14 e 23 e das 19h às 21h nos dias 2, 9, 16 e 21. Carga horária: 30 horas Mais informações nas redes sociais do 3emeio: Instagram @3emeio e Facebook www.facebook.com/3emeioCulturaEmMovimento/

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O que é o Corredor do Comércio do Recife?

A revitalização do Corredor do Comércio do Recife foi o tema de capa da Revista Algomais da edição 181.3 (acesso exclusivo aos assinantes).  Na reportagem destacamos quais os primeiros passos que foram dados para recuperar o principal corredor de lojas de rua da capital pernambucana e quais as apostas do poder público para qualificar essas vias que ainda atraem um significativo fluxo de consumidores. Como esse conceito do Corredor do Comércio é mais conhecido pelos próprios lojistas, apresentamos hoje as principais características desse trajeto, sendo guiados pelo presidente do CDL, Frederico Leal. O mapa abaixo ilustra todo o percurso. Podemos considerar que o eixo principal do Corredor do Comércio do Recife é da Praça Maciel Pinheiro, na Boa Vista, até a Praça Dom Vital, em São José. Antes mesmo da Praça Maciel Pinheiro, três ruas já possuem uma forte vocação comercial: a Rua Manoel Borba (com várias óticas), a Rua do Aragão (com lojas de móveis novos) e a Rua da Conceição (móveis e eletrônicos usados). A partir da praça, no entanto, estão as principais ruas comerciais desse centro urbano. Exclusivas de pedestres, a Rua Imperatriz Teresa Cristina e a Rua Nova, conectadas pela icônica Ponte da Boa Vista (Ponte de Ferro) são grandes corredores de consumidores diariamente. A pandemia, a crise econômica, a insegurança e a falta de uma maior conservação são alguns dos fatores que levaram vários pontos comerciais a serem fechados nos últimos anos. Da Rua Nova, o Corredor do Comércio segue até a Praça da Independência (Pracinha do Diário), virando à direita para a Rua Duque de Caxias, repleta de lojas populares de diversos segmentos. O último trecho desse corredor é bifurcado. Após a travessia da Avenida Nossa Senhora do Carmo dois trajetos quase paralelos seguem até o Mercado de São José (pela Rua do Rangel) e até a Praça Dom Vital (pelo Pátio do Livramento e Rua da Penha). Além desse tronco, há ainda infiltrações importantes como a Rua da Palma e a Rua das Calçadas, entre outras vias com vocação histórica para a atividade comercial. “Com a pandemia, vivemos uma tendencia de shopping de rua, com mais atividades ao ar livre. Na revitalização do centro, além da questão comercial, temos a oportunidade de juntar moradia, cultura, religião e turismo”, aponta Frederico Leal. Ele afirma que o CDL defende há cerca de 15 anos a recuperação das vias comerciais desses bairros centrais do Recife. “Se conseguirmos zeladoria, segurança, limpeza e revitalização comercial, voltarão as ocupações residenciais nos prédios que hoje estão esvaziados”. O presidente da CDL está otimista com a criação de um escritório para cuidar do centro do Recife e avalia também que a recuperação do Corredor do Comércio dialoga com outro grande projeto da cidade, o Parque Capibaribe. “Esse é  um projeto fantástico para resgatar o rio, que é a matriz da existencia do Recife. A apoteose do Rio Capibaribe é o Centro e as suas pontes. O centro é onde nasceu a cidade, onde estão as suas referencias, que infelizmente estamos perdendo. É preciso ressaltar isso”. LEIA A REPORTAGEM NA EDIÇÃO 181.3 DA REVISTA ALGOMAIS: assine.algomais.com

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3 eventos culturais para curtir online nos próximos dias

Espetáculo infantil ‘Evaristo, a Cutia’ estreia temporada digital Produzido pelo Cutia Coletivo, a obra infantil ‘Evaristo, a Cutia’ passeia entre a literatura, a música e o teatro. O espetáculo, criado pela atriz e diretora Viviana Borchardt e pelo escritor e compositor Pochyua Andrade, tem apresentação online gratuita entre os dias 16 e 30 de abril. O projeto, patrocinado pela Lei Aldir Blanc, promoverá também lives de bate-papos com os artistas, voltadas para escolas, e encerrará com o lançamento do audiobook do livro. Seja pela música, pelo texto ou pela encenação, Evaristo, a Cutia trata do comportamento humano em relação à biodiversidade. A apresentação pode ser conferida no canal do youtube do Cutia. Para quem assistiu uma das mais de 100 apresentações do espetáculo, a adaptação virtual traz como novidades três novas canções e uma trilha sonora incrementada por instrumentos musicais fora de cena, além da sonoplastia que mescla a execução ao vivo com a inserção de sons da natureza. O espetáculo foi gravado no teatro Marco Camarotti, em Santo Amaro, no Recife, e tem no currículo uma temporada no teatro Hermilo Borba Filho, além de passagens por mostras e festivais importantes para a cena, como Baú de História do Sesc, Festival de Inverno de Garanhuns e Bienal do livro de Pernambuco. Na adaptação para as telas, a apresentação conta com a produção audiovisual de Thiago França e a iluminação de Natalie Revoredo. O espetáculo tem cenário de João Altair, figurino de Preta Baron e direção de Viviana Borchardt, que também atua e canta em cena com o autor Pochyua Andrade. Serviço: – Temporada Virtual do espetáculo “Evaristo, A Cutia”: De 16 a 30 de abril de 2021 no canal de Youtube do Cutia Coletivo – Bate-papo virtual no Google Meet com os artistas Viviana Borchardt e Pochyua Andrade: Dia 23 de abril, sessões às 10h, 15h30 e 20h. Inscrições e link de acesso pelo e-mail: cutiacoletivo@gmail.com – Lançamento do audiobook “Evaristo, A Cutia”: 30 de abril de 2021 no canal de Youtube do Cutia Coletivo . . Monólogo “Retalhos” estreia em temporada virtual nesta sexta (16) Memória, ancestralidade e saudosismo se encontram no espetáculo virtual “Retalhos”, encenação pernambucana idealizada e interpretada pela atriz Bárbara Souza, que estreia nesta sexta (16). A obra conduz o espectador por relatos, contações e recordações da personagem Maroca, uma idosa de 82 anos. O espetáculo fica em cartaz neste fim de semana (16, 17 e 18/04) e também no seguinte (23, 24 e 25/04), com exibições às 20h, no Zoom ou YouTube. Com bom humor e leveza, “Retalhos” mostra uma realidade que tem se tornado comum durante a pandemia – idosos usando redes sociais e recursos tecnológicos. O espetáculo acontece na perspectiva de uma videochamada guiada pelo neto de Maroca. De um lado da tela, a personagem rememora bailes de carnaval, almoços de domingos, sobremesas, momentos e acontecimentos em família. Do outro está o público, que entra no papel de ouvinte dos testemunhos, que perpassam o envelhecer, a perda da memória, a nostalgia de tempos passados. De caráter intimista e afetivo, “Retalhos” transita entre o ficcional e o documental. Por meio da narrativa, o público é levado a ativar lacunas emocionais, contornar ausências, transitar por diferentes épocas para repensar a relação com as pessoas de idade, deixando uma mensagem sobre a importância do respeito e da escuta a avós e avôs que representam a memória viva na construção de tantas gerações. O espetáculo tem incentivo da Lei Aldir Blanc, por meio da Fundarpe, Secretaria Estadual de Cultura, Governo de Pernambuco e Governo Federal. SERVIÇO: RETALHOS Quando: Dias 16, 17, 18, 23, 24 e 25/04 às 20h. via Zoom ou Youtube Contribuição voluntária/ Ingressos via: https://docs.google.com/forms/d/1Ii8ODbGIOMh48TKoh_u7bR3ODssGc-YXFKOSnirEAjg/edit . . Diego Cabral apresenta live Pernambuco das Canções No domingo (18), às 16h, o cantor e compositor, Diego Cabral apresenta sua live Pernambuco das Canções. A apresentação será exibida ao vivo em seu canal oficial no Youtube e traz um pouco das tradições locais através de músicas como: Anunciação de Alceu Valença, e Quem Dera de Genival Lacerda e Nando Cordel. O artista também vai apresentar canções autorais: Esse Amor é só Paixão?, Tô Fora e Capacho também integram o repertório da live. Na ocasião, o cantor lançará a sua nova música de trabalho Amor com Amor. “A canção traz diversas situações que um casal vive em um relacionamento, mas que no final o amor sempre vence” explica o compositor. Além disso, Diego também vai cantar a música Louca de Prazer, lançada em 2018, que contou com a participação especial de Michele Melo. A apresentação é patrocinada pela lei Aldir Blanc e conta com o apoio das lojas Narciso Enxovais e P&M Multimarcas Ótica Online. SERVIÇO: Live Diego Cabral- Pernambuco das Canções Data: 18 de Abril de 2021 Horário: 16h Youtube: www.youtube.com/diegocabraloficial

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Governo do Estado anuncia mais R$ 5 milhões para impulsionar pequenos produtores

Do Governo de Pernambuco O Força Local, programa que aplica recursos em projetos que promovem o fortalecimento dos Arranjos Produtivos Locais em Pernambuco, abre novo chamamento público. Dessa vez, serão R$ 5 milhões destinados a projetos nas cidades, o dobro do ofertado em editais anteriores. A iniciativa é uma das principais apostas da administração para distribuir os investimentos e direcionar recursos para atividades que são a vocação e a cultura econômica dos municípios. A nova fase foi anunciada ontem (15), no Palácio do Campo das Princesas, pelo governador Paulo Câmara. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio, e o presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), participaram do evento. “Pernambuco tem essa vocação, tem gente trabalhadora que sabe fazer a diferença com as oportunidades que são criadas. O Força Local é isso, é oferecer oportunidades, dentro de recortes regionais, dando também incentivos à participação feminina e buscando desenvolver o Estado em todas as regiões. Nossa intenção é chegar até o final de 2022 com mais de R$ 20 milhões investidos no programa”, frisou Paulo Câmara. Nesta edição, serão selecionados até 38 projetos. As propostas têm de ser enviadas até 17 de maio e a divulgação provisória dos contemplados deverá ser anunciada em 1º de junho. Todo o recurso aportado é destinado para capacitação das equipes, compra de equipamentos, reforma de espaços e desenvolvimento de negócios. Vale ressaltar que o programa estabelece uma pontuação extra de 10% para APLs com pelo menos 80% de participação feminina, em conformidade com o projeto Pernambuco com Elas, que visa reunir propostas e esforços pela inserção justa e cidadã das mulheres no mercado de trabalho. De acordo com o secretário Geraldo Julio, é o momento certo de injetar recursos nas pequenas economias, para fortalecer os negócios no enfrentamento à pandemia e prepará-los para a retomada futura. “Oferecer um aporte que pode ser essencial para um negócio se estruturar e melhorar já seria de grande relevância para as pessoas que querem crescer na cidade que escolheram viver. Considerando uma pandemia, que fez o trabalho de gerar renda ainda mais desafiador, o Força Local chega em 2021 com o dobro de recursos, elevando o alcance e o impacto do projeto. Já chegamos em 70 cidades e a ideia é ir ainda mais longe, em todas as regiões do Estado”, destacou. Desde a criação do Programa Força Local, o Governo contabiliza aportes totais de R$ 12 milhões, sendo R$ 7 milhões da AD Diper e R$ 5 milhões em contrapartidas. Os recursos foram distribuídos em 58 projetos, beneficiando 5.100 mil pessoas, priorizando a coletividade, integração e diálogo, competitividade, visão de negócios e fomento. “O Força Local é um projeto com bastante capilaridade, atendendo vários municípios, entidades e produtores rurais. Vamos trabalhar esse novo chamamento com abertura a partir de amanhã para todas as entidades sem fins lucrativos e pretendemos anunciar um aporte maior de recursos. Neste chamamento, temos como novidade a inclusão do polo moveleiro como um dos setores prioritários. Nossa meta é fortalecer o cooperativismo e o associativismo que é muito importante para levar desenvolvimento para os municípios mais afastados”, reforçou Roberto Abreu e Lima, presidente da AD Diper. Até hoje, já foram beneficiadas as cadeias produtivas da agricultura; apicultura; bovinocultura do leite; caprinovinocultura; confecções e moda; piscicultura; avicultura; horticultura e cafeicultura. Podem participar do novo edital entidades sem fins lucrativos, associações, entidades e organizações sociais que precisam pleitear ao governo recursos para desenvolver seus projetos e criar um mercado de desenvolvimento. O edital está disponível no site da AD Diper, o www.addiper.pe.gov.br.

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