2021 - Página 120 De 173 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2021

Senai investe R$ 54 milhões em Instituto de Inovação no Recife

Instituto Senai de Inovação para Tecnologias da Informação e Comunicação (ISI-TICs) inaugura nova sede e aprimora atendimento à indústria. Nova estrutura foi fruto do investimento de R$ 54 milhões e inaugura hoje (15). O novo centro foi construído em Santo Amaro, ao lado da Casa da Indústria. O novo espaço irá potencializar o desenvolvimento de soluções inovadoras para o setor produtivo. O equipamento irá abrigar um laboratório multimodal de 500 m², voltado para o desenvolvimento de novas soluções que agregam tecnologias como inteligência artificial, aprendizagem de máquina, big data, computação nas nuvens e internet das coisas. A inauguração da sede facilita a realização de pesquisa aplicada e o desenvolvimento de soluções inovadoras. Além do laboratório multimodal, o novo ambiente contará com espaços para a realização de testbeds (experimentos controlados que comprovam a viabilidade técnica de soluções) e de testes em escala real e workshops com o ecossistema de inovação. “Toda essa infraestrutura servirá como ferramenta para que possamos potencializar o processo de inovação aberta com indústrias, startups e Institutos de Ciência e Tecnologia parceiros e habilitará, inclusive, a nucleação de empresas e o spin-off de soluções inovadoras”, afirma o diretor interino do ISI-TICs, Adriano Gomes.   . Porto Digital fecha parceria com a PwC Brasil O Porto Digital acaba de se associar à consultoria e auditoria PwC Brasil para oferecer uma série de novos produtos e serviços para o ecossistema de inovação do Recife. A cooperação envolve o vínculo a programas de empreendedorismo do parque tecnológico, a exemplo do Mind the Bizz, voltado a negócios em estágio inicial, e da incubação, que foca na maturação de startups. A partir desta parceria, as empresas que passarem pelos programas de suporte empreendedor poderão usufruir de master classes, consultorias e assessorias com a assinatura do Porto Digital em conjunto com a PwC. Para o sócio e líder do escritório da PwC no Recife, Vinícius Rêgo, a parceria é importante pelo papel que a PwC e o Porto Digital desempenham na cidade e no estado de Pernambuco. “A missão e o propósito do Porto Digital, de ser um dos pilares da economia do futuro de Pernambuco e ser uma das âncoras do desenvolvimento sustentável do estado, vai ao encontro da nossa visão e aspiração de contribuição significativa para a cidade e região”, diz Vinícius Rêgo. . . Grupo BIG lança e-commerce em Pernambuco O Grupo BIG apresenta uma nova alternativa de compra para o consumidor e lança os sites de comércio eletrônico das lojas BIG Bompreço e Sam’s Club. Para fazer suas compras, os clientes passam a contar com os sites www.big.com.br, www.bompreco.com.br ou www.samsclub.com.br. Em Pernambuco, as lojas contempladas com o serviço são: Sam’s Club Recife, Big Bompreço Casa Forte, Big Bompreço Av. Recife, Big Bompreço Guararapes, Big Bompreço Olinda, Big Bompreço Boa Viagem, Big Bompreço Caruaru e Big Bompreço de Petrolina. A entrega é gratuita, com valor mínimo de R$ 30 para as compras nos hipermercados e de R$ 80 no clube de compras. . . O Mundo do Cabeleireiro projeta quadruplicar vendas pelos canais digitais em 2021 O Mundo do Cabeleireiro já tinha o plano de aceleração digital em operação desde abril de 2020. Com as restrições adotadas para conter a pandemia, o tema virou prioridade total na companhia. Dessa forma, foi criada uma área Digital com vários canais de comunicação e venda com seus clientes. Ainda em 2020 essa nova área já representava mais de 3% do faturamento da empresa, tendo como canais mais relevantes o site www.mundodocabeireiro.com.br e as vendas pelo Whatsapp, os quais equivalem a 95% do resultado da área do digital. Para 2021 a meta é mais ousada: o Mundo do Cabeleireiro projeta um crescimento através dos canais digitais quatro vezes maior que em 2020, sendo o e-commerce o maior tracionador do resultado e o Whatsapp com uma relevante taxa de crescimento. É uma estratégia da área estar presente nos principais marketplaces com uma representatividade por volta de 20% do resultado, estando também já presente no RAPPI em todas as categorias da loja. A perspectiva é que, em 2025, esses canais digitais representem mais de 15% do faturamento da companhia.

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“A competitividade depende de uma formação básica de qualidade”

O que fazer para qualificar a educação brasileira? Qual a relação dessa formação dos nossos jovens com a competitividade dos nossos profissionais? E como tem sido o impacto da pandemia nos diversos sistemas de ensino no País? Conversamos com o professor da UFPE e da Cesar School, Luciano Meira, sobre esse cenário para compreender o momento atual da educação no País e apontar soluções. O docente, que é também sócio-empreendedor da Joy Street, foi um dos entrevistados para a matéria de capa desta semana da Revista Algomais, em que discutimos os desafios para os próximos 15 anos no Estado.   O que você considera fundamental para transformar a educação brasileira no cenário dos próximos 15 anos, na direção de construirmos um sistema educacional de qualidade e que colabore com o desenvolvimento do País e de Pernambuco? – Ordenação e otimização dos recursos garantidos pelo FUNDEB, através de gestão transparente e profissional, incluindo contínua prestação de contas à sociedade. – Completa reformulação dos cursos de pedagogia e licenciaturas e dos programas de formação continuada de professores, através da implementação da Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica (BNC-Formação). – Governança técnica e menos sujeita a interferências políticas de grupos ideológicos nos órgãos de gestão dos sistemas de educação, desde a direção da escola até o alto comando do MEC e suas instituições vinculadas, tais como o INEP. – Articulação nacional para implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), através do desenho de estratégias negociadas entre secretarias de educação, órgãos de classe, educadores, terceiro setor, dentre outros agentes. – Resolução definitiva das questões relativas ao acesso à Internet, através de planos de conectividade, disponibilização de dispositivos apropriados e oferta de recursos digitais eficientes para o engajamento dos estudantes nas atividades escolares e melhoria da aprendizagem. – Uma reformulação completa dos métodos e práticas didáticas implementadas nas escolas, favorecendo a construção de relações intelectuais e afetivas fortes entre educadores e estudantes, inclusive através do uso de tecnologias digitais capazes de criar e escalar novos formatos de aprendizagem, melhor conectados com o novo mundo do trabalho. . Que impactos um avanço consistente na educação pode trazer para a maior competitividade de Pernambuco? O sistema educacional deve conversar mais com o mercado profissional para formar pessoas conectadas com os desafios do nosso tempo? – A competitividade depende de uma formação básica de qualidade, nas várias competências previstas na BNCC, por exemplo, incluindo talvez principalmente os modos de uso dos conhecimentos científicos tradicionalmente trabalhados na escola. Isso quer dizer, entre outras coisas, que devemos promover na escola o exercício da autonomia, da confiança no outro e da cooperação, além do fomento a formas de trabalho menos dependentes de hierarquias rígidas. Essas qualidades têm sido associadas a ganhos de produtividade, e avanços na educação deveriam necessariamente articular conhecimento científico e competências sócio-emocionais, por exemplo. – Dessa forma, nossa maior competitividade pode depender da forma como o espaço escolar está organizado e busca promover o desenvolvimento integral dos estudantes, gerando sujeitos: 1. eticamente mais responsáveis; 2. melhor preparados para uma atuação profissional mais criativa; 3. socialmente mais disponíveis para acolher e promover o outro. – Para que isso aconteça, também é necessário o diálogo entre escola e comunidade, um diálogo que parte de um posicionamento firme da rede escolar acerca de sua missão e propósitos estratégicos. Nesse formato, o mercado de trabalho não dita as regras para a escola, mas se comunica com seus propósitos e é capaz de nela disparar projetos formativos que, ao realizar os resultados listados no item anterior, também contempla as direções inovadoras continuamente construídas pelos setores produtivos representados na comunidade, com a escola no centro. . Quais os impactos a pandemia trouxe para a educação pernambucana e brasileira? Há algum aspecto importante de inovação que experimentamos nesse tempo? O ensino híbrido veio para ficar? – Um primeiro resultado interessante é que, como já prevíamos anteriormente, a maioria dos educadores não são necessariamente resistentes a mudanças ou ao uso de novas tecnologias, como tantos outros preconizavam, e eles podem sim realizar esforços de adaptação, mesmo na ausência de métodos claros e bem estabelecidos de como realizar a mudança ou empregar determinados artefatos e recursos tecnológicos em suas práticas pedagógicas. – Segundo algumas pesquisas recentes, um outro impacto importante foi o reconhecimento do importante papel das relações afetivas de confiança e amparo entre estudantes e professores, e o papel destes últimos na criação de “circuitos de afetos” capazes de manter (ou criar) o lugar da escola no cotidiano daqueles primeiros. – Com a maioria ou todas as atividades acadêmicas realizadas por meio de plataformas digitais, será difícil dispensar seu uso em pelo menos algumas dessas atividades, principalmente em vista da autonomia conquistada por estudantes e professores no processo. por outro lado, ainda experienciamos profundas desigualdades no volume e qualidade do acesso a tecnologias digitais entre estudantes e professores (em termos de conectividade, dispositivos e recursos) e isso será o obstáculo definitivo para manutenção de avanços em suas formas de uso, conquistadas com muito esforço durante a pandemia.

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“A educação é o ingrediente chave para diminuir a desigualdade brasileira”

Vitor Pereira, Doutor, mestre e bacharel em Economia pela PUC-Rio (2016), com doutorado sanduíche na Universidade de Stanford (2015), é professor do Mestrado Profissional em Avaliação e Monitoramento de Políticas Públicas da Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e foi um dos nossos entrevistados na última edição da Revista Algomais, sobre o futuro da educação. Ele também foi diretor do Departamento de Avaliação da SAGI, no antigo Ministério do Desenvolvimento Social e possui experiência na condução de diversas avaliações de impacto, especialmente no campo da economia da educação. Publicamos hoje a entrevista na íntegra em que ele fala nessa relação da qualidade da educação e a competitividade do País, além de apontar cases de referência de países que conseguiram virar o jogo do desenvolvimento econômico a partir de um investimento robusto e acertivos nos seus sistemas de ensino. Como as dificuldades do nosso sistema de educação colaboram para a desigualdade social do País? Como é possível reverter esse cenário? A educação é, de longe, o determinante principal da produtividade e dos salário das pessoas. Quanto mais anos de estudos, maior a renda da pessoa. Mas infelizmente, o Brasil é ainda é um pais com pouca mobilidade educação, embora o quadro melhorado recentemente. Um estudo recente do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), mostrou que apenas 1 em cada 4 filhos de pais sem instrução alcançam o ensino médio. De cada 6 em 10 brasileiros cujos pais não possuem o ensino médio também pararam de estudar antes de terminar essa etapa. Sem dar oportunidade educacional a essas gerações mais novas, estamos reproduzindo a desigualdade das gerações passadas. O problema não é simples. Há estudos que mostram que, ao aumentar a escolaridade dos pais, os filhos são beneficiados. Por exemplo, a geração de maio de 68 na França teve os requerimentos para ingressar na universidade e para nela permanecer afrouxados durante um período. Isso facilitou a essa geração nascida entre 1947 e 1950 possuir um curso universitário. Os filhos dessa geração acabaram mais educados do que da geração anterior e da seguinte. Da mesma forma, reformas que expandiram o acesso à educação na Suécia e na Finlândia beneficiaram a geração seguinte. No entanto, o quadro é um pouco mais complicado. Na Noruega, por exemplo, a maior educação dos pais não beneficiou os filhos, o que é um sinal de outros fatores, como as características da família ou habilidade dos pais deixam um pouco mais complexo esse processo de perpetuação da desigualdade entre gerações. Nos EUA, se tomarmos duas crianças com pais de mesma renda e mesma educação, o fato de crescer em um conjunto habitacional diminui as chances de a criança subir na vida depois, comparada com crianças que passaram os primeiros anos de vida em locais menos violentos ou com melhor acesso à serviços. Pegue esses exemplos e pense em uma criança crescendo em uma favela típica de Recife ou do Rio de Janeiro, que ainda chega no ensino fundamental tendo aulas interromidas por tiroteios. Não é difícil imaginar como essas crianças enfrentam desafios hercúleos para poder completar o ensino médio, eventualmente cursar uma univeridade e subir de vida. . Como é possível reverter esse cenário? Esse cenário não significa, porém, que estejamos fadados a reproduzir nossa desigualdade passada. A educação é o ingrediente chave no processo de aumentar a mobilidade social e diminuir a desigualdade brasileira. E a ação mais contundente para podermos aumentar as chances de mobilidade social de uma criança é incluí-la em uma escola de qualidade. Em uma escola de qualidade, as chances de aprendizado sao maiores, as chances de repetir de ano são menores e, consequentemente, as chances de abanonar precocemente os estudos acabam reduzidas. O desenvolvimento do cérebro começa na gestação. É durante os primeiros mil dias de vida, contando os meses da gravidez, que o cérebro mais se desenvolve. Existem muitos riscos ao bom desenvolvimento durante esses primeiros dias, como a falta de nutrição adequada, o consumo de tabaco e álcool durante a gravidez, a contaminação por doenças infecciosas e o estresse materno. Esses fatores podem resultar em crianças menos saudáveis e com menor peso ao nascer, o que tem consequencias sobre seu desenvolvimento futuro. Nos primeiros anos de vida, a amamentação no peito e os estímulos adequados e positivos são fundamentais para o bom desenvolvimento da crianças, mas nem sempre os pais sabem da importância desses cuidados. . Então, esse fosso da desigualdade a partir da formação cognitiva começa mesmo antes das crianças entrarem na escola e aumenta nos primeiros anos de ensino? Há evidencia dos EUA, por exemplo, de que pais de estratos sociais mais baixos conversam menos com as crianças, comunicam um vocabulário mais limitado e pronunciam menos frases positivas para as crianças do que pais de classes mais abastadas. As diferenças de desenvolvimento por classes sociais se inicia ai e vai se ampliando durante a vida. Nesse sentido, programas de visitação domiciliar que encorajem os pais a ter interações mais estimuladoras com os filhos em casa podem se muito promissoras. Na Jamaica, crianças que passaram por um programa desse tipo tiveram ganhos cognitivos expressivos durante a vida e, 20 anos depois, tinham salários 30% mais altos do que as crianças que não haviam sido sorteadas para participar do programa. Essa é a experiencia que inspirou o Programa Criança Feliz , que hoje está presente na maioria dos municípios brasileiros. A relevância da primeira infância também traz ao primeiro plano a questão da qualidade das creches e pré-escolas brasileiras. O Brasil nos últimos anos universalizou a matrícula na pré-escola, e ainda caminha para chegar na taxa cobertura de creche preconizada pelo Plano Nacional de Educação, de 50%. No entanto, o desenvolvimento da criança nesses centros depende crucialmente da intencionalidade pedagógica do professor e da qualidade das suas interações com a criança. Ainda damos muito pouca atenção à garantia da qualidade da educação nas creches e pré-escolas brasileiras. Um outro momento crucial do desenvolvimento das capacidades dos indivíduos é durante o processo de alfabetização. Enquanto as crianças da classe média acabam sendo

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Porto de Suape autorizado a receber navios New Panamax

A Capitania dos Portos de Pernambuco autorizou o Porto de Suape para receber navios porta-contêineres da classe New Panamax, a de maior dimensão disponível na América Latina, que mede 366 metros de comprimento, largura de 52 metros e capacidade para cerca de 14 mil TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés). Apenas portos de classe mundial têm infraestrutura para receber esse tipo de embarcação, a maior que pode cruzar o Canal do Panamá por meio das novas eclusas. A permissão para navios New Panamax favorece a atração de novas rotas de navegação para o país, atendendo importadores e exportadores da região Nordeste, onde Suape já é o porto líder em movimentação de contêineres. “Suape é a principal porta de entrada e saída de navegações de cabotagem e de longo curso para o Nordeste e merecia mais essa autorização para se equiparar a outros grandes portos mundiais. A nova condição fortalece a missão estratégica de Suape de ser um hub logístico para região, assim como a de fomentar a vocação de entreposto do nosso porto. Além disso, abrindo possibilidade para atender o Estado com mais produtos de escala global, a gente ganha mais um item de grande valor para a lista de atrativos de Pernambuco na hora de atrair novos investimentos”, destacou o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Julio. Para realizar manobras de entrada e atracação ou saída e desatracação, é necessário o emprego de alguns requisitos, como atuação de, pelo menos, dois práticos a bordo, e os procedimentos devem ocorrer somente com luz natural. Além disso, deve-se utilizar o mínimo de quatro rebocadores. Uma vez atracado, o navio pode operar em qualquer horário, já que o Porto de Suape funciona durante 24 horas. “Estarmos aptos a receber esses megaconteineiros é condição indispensável para que Suape exerça a vocação de porto concentrador de cargas de alto valor agregado na América do Sul. Passamos a ter a possibilidade de incremento na movimentação de contêineres, inclusive no transbordo, já que elevamos nossa capacidade para recebimento de navios de 14 mil TEUs”, explica Roberto Gusmão, presidente de Suape. Líder na movimentação de contêineres no Norte/Nordeste, Suape bateu recorde em 2020 com 483.919 TEUs e 1,6% de crescimento em relação ao ano anterior. Em toneladas foram 3,6% de aumento nas cargas conteinerizadas, passando de 5,3 milhões para 5,5 milhões. O acordo assinado entre o Tecon Suape (terminal de contêineres) e a Agência Argentina de Investimento e Comércio Internacional aumentará o fluxo de mercadorias que tenham o Nordeste como origem e destino. Com isso, Pernambuco passará a absorver diretamente toda a carga argentina com destino à região, tendo Suape como porta oficial no comércio bilateral.

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Pesquisa indica soluções para reduzir acúmulo de água na Avenida Presidente Kennedy

As chuvas ocorridas no final de semana e a proximidade do período chuvoso começam a preocupar motoristas, moradores e estabelecimentos com os alagamentos na Região Metropolitana do Recife. Na Avenida Presidente Kennedy, por exemplo, que liga cinco bairro e é um dos principais corredores viários de Olinda, o acúmulo de água é algo constante no período de inverno e de fortes precipitações. Além de dificultar o trânsito, o volume do líquido também atinge diretamente comércio e comunidades que margeiam a via. Para diagnosticar o nível de drenagem do local, um grupo de alunos de Engenharia do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) debruçou o olhar e começou a fazer análises sobre a estrutura, o fluxo e outros aspectos da avenida. Embora não tenham tido acesso ainda ao projeto de drenagem da Prefeitura de Olinda, para conhecer as iniciativas previstas, os estudantes avaliam que a adoção de algumas medidas podem minimizar os impactos e melhorar o escoamento. Entre as estratégias, elevar a altura da calçada, ampliar as bocas de lobo e instalar rampas de acessibilidade, além de propiciar mais infraestrutura à comunidade como calçamento de ruas no entorno da avenida para melhorar o acesso da população. Também é necessário realizar um trabalho educativo com a comunidade em relação ao descarte de resíduos sólidos nas vias públicas, o que reduz o entupimento das saídas de água para a rede de esgoto. Social Mais que uma questão estrutural, a pesquisa – que integra o Trabalho de Conclusão do Curso (TCC) – também está revelando o aspecto social como pano de fundo. Principalmente no trecho próximo a Peixinhos, onde há uma comunidade aparentemente desassistida de serviços básicos. Os futuros profissionais da Engenharia também chegaram a observar iniciativas adotadas na Avenida Conde da Boa Vista para terem como parâmetro de drenagem e áreas também críticas como o Jardim Fragoso, onde há trechos com marca de água alcançando até metade da parede das casas.

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“A pandemia escancarou a desigualdade educacional em nosso país”

Para falar sobre como qualificar a educação brasileira e pernambucana nos próximos 15 anos, entrevistamos o professor Mozart Neves Ramos. Ele é Titular da Cátedra Sérgio Henrique Ferreira do Instituto de Estudos Avançados da USP – Ribeirão Preto e professor emérito da UFPE. Nesta entrevista, concedida ao jornalista Rafael Dantas, o docente fala sobre o impacto da pandemia no sistema educacional brasileiro, critica as gestões do MEC no Governo Bolsonaro e aponta os pontos estratégicos para que o País avance no setor educacional. Que passos o Sr. considera fundamentais para que a educação brasileira alcance uma qualidade satisfatória no cenário dos próximos 15 anos, de forma a colaborar para o avanço do desenvolvimento do País? O grande desafio da Educação brasileira é o de colocar numa mesma equação quantidade e qualidade. Ao longo das últimas décadas o país fez avanços importantes com relação ao acesso escolar, da creche ao ensino médio. Contudo, no que diz respeito à qualidade, em termos de aprendizagem escolar, o país está literalmente estagnado e num patamar muito baixo, especialmente no ensino médio – última etapa da educação básica e porta de acesso à universidade e ao mundo do trabalho. De cada 100 jovens que terminam o ensino médio, apenas 9 aprenderam o que seria esperado em matemática, em língua portuguesa é um pouco mais, ou seja, 29, mas nada que se possa comemorar. Além disso, o país apresenta uma grande desigualdade educacional, entre redes de ensino e dentro de uma mesma rede escolar. Portanto, entendo que o enfrentamento da baixa aprendizagem escolar e a redução da desigualdade educacional são os dois maiores desafios para alcançar a tão sonhada qualidade. Para isso, o Brasil precisa investir na qualidade do professor, pois, segundo pesquisas internacionais, esse é o fator mais importante, dentre vários, para alavancar a aprendizagem escolar. Investir desde a atração pela carreira do magistério, passando pela formação inicial e continuada, chegando a uma carreira cujo plano valorize o desempenho docente e a busca por aperfeiçoamento profissional ao longo da vida. O Brasil precisa investir mais em educação e melhor. O Brasil, é bem verdade, triplicou os investimentos, nos últimos 15 anos, em educação básica. O esforço precisa continuar se quisermos chegar ao patamar dos países que estão no topo da educação quanto ao per capita-aluno. Mas a gestão, por sua vez, deixa, em geral, muito a desejar, é preciso dar mais ênfase à eficiência, eficácia e efetividade dos gastos públicos em educação. Costumo dizer que o Brasil deveria aprender com o Brasil, e nesse sentido refiro-me ao belo exemplo do estado do Ceará no campo da alfabetização e ao estado de Pernambuco nas escolas de ensino médio em tempo integral. O país já tem caminhos seguros de bons resultados, mas é preciso dar escala nacional. O país não pode deixar de lado investimentos em inteligência artificial para a educação e o uso de plataformas adaptativas que irão ajudar exponencialmente na gestão da tão necessária flexibilização e diversificação da oferta educacional. Que prejuízos a pandemia deixa para o nosso sistema educacional e quais inovações experimentadas nesse período deveríamos ou poderíamos comemorar? A pandemia escancarou a desigualdade educacional em nosso país. Enquanto o setor privado respondeu com certa rapidez ao fechamento das escolas oferecendo ensino remoto, uma boa parte das crianças de escolas públicas ficaram, ao longo de 2020, sem acesso simplesmente por falta de conectividade digital, falta de internet e banda larga. Para essas crianças que ficaram à margem do processo educacional, segundo estudos do professor André Portela da FGV – SP, significa um retrocesso escolar à 2018, é como se o governo atual não tivesse existido para elas. A falta de uma coordenação nacional pelo Ministério da Educação (MEC), em colaboração com estados e municípios, como prevê o artigo 8◦ da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), agravou ainda mais. O país deveria ter iniciado este ano com um plano nacional de conectividade escolar para todas as crianças e professores da educação básica, pois o ensino remoto deverá ainda ser, em 2021, a forma de acesso majoritária às atividades escolares. Por outro lado, costumo dizer que o covid foi um catalisador para as mudanças que estavam em curso na educação, que estavam acontecendo, mas de forma muito lenta. Aqui me refiro ao uso das novas tecnologias no processo ensino e aprendizagem. Daqui para frente elas irão ocupar um lugar de destaque no apoio ao professor, constituindo aquilo que está sendo chamado de ensino híbrido. Isso irá impulsionar o conceito do aluno em tempo integral, que é diferente da escola em tempo integral. Quais os prejuízos causados pela atual administração do MEC e como revertê-los? Em pouco mais de dois anos foram três ministros, cuja preocupação maior foi agradar a ala ideológica do governo. Por exemplo, enquanto milhões (e não milhares) de crianças e jovens estão sem estudar, sem acesso à educação, por conta da pandemia, o governo prioriza no Congresso o homeschooling, uma das bandeiras dessa ala do governo, que, no máximo, atenderá a pouco mais de 7 mil famílias. Como disse anteriormente o governo deveria ter estruturado um plano nacional de conectividade digital, e usar os recursos do Fundo da Universalização dos Sistemas de Telecomunicações (Fust) para isso, pois o valor estimado em caixa é de R$ 23 bilhões de reais. Mas o presidente preferiu vetar o Projeto de Lei que iria assegurar internet e banda larga para estudantes e professores da educação básica. O próprio Fundeb que agora o governo faz propaganda dele, pois é de fato um avanço no financiamento da educação básica, ele próprio tentou barrar aos 45 minutos do segundo tempo, como costumamos falar no futebol. O que manteve vivo o Fundeb e sua aprovação foi a grande articulação e mobilização nacional em prol do projeto que tramitava no Congresso há bastante tempo. Foi, na verdade, uma grande vitória da educação brasileira. Com a chegada do ministro Milton Ribeiro renovei as minhas esperanças em termos do diálogo, especialmente pensando no seu antecessor, que buscou mais enfrentamento do que colaboração.

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João Campos analisa os 100 dias de sua gestão na Prefeitura do Recife

Assumir uma prefeitura em plena pandemia não tem sido fácil para os prefeitos eleitos no último pleito. No Recife não tem sido diferente. Mas João Campos tem atuado para não só enfrentar os desafios da crise sanitária mas, também, em outras áreas críticas da cidade como a desigualdade social, a mobilidade e a revitalização do centro do Recife. Nesta entrevista Cláudia Santos, o prefeito faz um balanço dos seus primeiros 100 dias à frente da PCR. Levando em conta esses 100 dias à frente da Prefeitura do Recife, quais os maiores desafios que o senhor tem enfrentado na gestão da cidade? O Brasil tem enfrentado os dias mais difíceis da pandemia da Covid-19 e aqui no Recife não tem sido diferente. Nesses 100 dias, a gente trabalhou em três frentes para vencer o novo coronavírus: a vacinação, a abertura de leitos para o tratamento de pacientes com o reforço às normas sanitárias e o apoio à população mais vulnerável. Ainda em janeiro, o Recife tomou a decisão de fazer o processo da vacinação 100% digital. Em apenas quatro dias, criamos o sistema que permite o cadastro e o agendamento do dia, local e horário de imunização. A sistematização também nos permite ter o controle de estoque e de informações sobre as pessoas vacinadas. O resultado é que o Recife tem uma vacinação rápida e eficiente que permite o município abrir a imunização para outros grupos prioritários antes de outras cidades do País. Mas a pandemia não afetou apenas a saúde das pessoas. São muitos os desempregados e desassistidos pelo governo federal. Voltamos o nosso olhar para o cuidado com as pessoas, por meio de iniciativas de apoio à população como o AME Recife, nosso auxílio emergencial para as famílias que estão na fila do Bolsa Família e para aquelas com crianças até 3 anos. O AME Carnaval, que apoia o setor da cultura um dos mais afetados pela pandemia entre outras ações. E isso tudo sem deixar de dar continuidade aos serviços e projetos que a cidade precisa. Estamos nas ruas com a Ação Inverno, com investimento de R$ 69 milhões para atender quem vive em áreas de risco, asfaltamos ruas e passeios, construímos escolas e continuamos trabalhando pela qualidade de vida dos recifenses e das recifenses. Uma das muitas consequências da pandemia é o aumento da pobreza e da fome. Como a prefeitura tem enfrentado esta situação? A prefeitura do Recife tem uma grande preocupação com a questão socioeconômica. Estamos fazendo grandes esforços para amparar a população neste momento difícil em que as atividades econômicas foram duramente afetadas e o desemprego aumentou. Em março, lançamos o maior programa de proteção social da gestão, o Auxílio Municipal Emergencial Recife (AME Recife), que vai atender cerca de 30 mil famílias nos meses de abril e maio. Essa ajuda foi destinada a dois grupos: um formado por famílias que estão no Cadastro Único (CadÚnico), a chamada “fila” do Bolsa Família, e que estavam há meses sem nenhum tipo de assistência para dar conta das necessidades básicas; e outro formado por famílias que já recebem o benefício do governo federal e têm crianças com idade entre 0 e 3 anos, a primeiríssima infância. O primeiro grupo recebe duas parcelas de R$ 150 e o segundo um complemento de renda de R$ 50 também nos meses de abril e maio. O investimento foi de R$ 6,4 milhões dos cofres municipais. Quem trabalha no Carnaval, a maior festa do Recife, suspensa devido à pandemia, também recebeu ajuda da Prefeitura. Criamos o Auxílio Municipal Emergencial Carnaval (AME Carnaval), destinado a artistas, atrações e agremiações que tiravam da principal festa do Recife o sustento. Ao todo, cerca de 800 agremiações receberão o benefício até o fim do mês de abril. O investimento contou com apoio da Ambev e chegou aos R$ 4 milhões. Também oferecemos apoio aos setores produtivos, para que as empresas mantenham o seu funcionamento e não deixem mais pessoas desempregadas. A prefeitura adiou o pagamento do ISS para setores impactados mais severamente pela restrição de circulação de pessoas, como bares e restaurantes, hotéis, casas de eventos, salões de beleza, clínicas de estética, agências de viagem e espaços de entretenimento. Mas não basta somente fazer a nossa parte. A prefeitura também precisa unir esforços com a população. Por isso, em março, quando o Recife completou 484 anos, lançamos a campanha Aniversário Solidário, para arrecadação de alimentos em diversos pontos da cidade, como a sede da prefeitura, os postos de vacinação e supermercados parceiros. Diante dessa crise econômica, como estão as contas da prefeitura? Recebemos a Prefeitura com as contas em ordem, mesmo diante do cenário desafiador do ano de 2020, com os efeitos da pandemia restringindo receitas e exigindo investimentos na criação da rede emergencial de saúde e no apoio da população mais vulnerável. Porém, sempre é necessário cortar custos e manter um bom equilíbrio fiscal. Tivemos esse compromisso com o povo do Recife, de fazer da maneira correta, respeitando o dinheiro público. Por isso, lançamos um ousado plano de ajuste fiscal para melhorar a pontuação do Recife junto aos órgãos internacionais e conseguir fazer mais investimentos. Revimos contratos, cortamos despesas e atentamos para a gestão de pessoal visando a alcançar uma economia de R$ 100 milhões. Tudo isso apoiado na modernização da máquina pública e no planejamento integrado, para tornar a administração mais ágil e eficaz. Uma nova etapa do Parque Capibaribe está sendo realizada com o Parque das Graças. Qual a perspectiva de serem executadas outras etapas do projeto ainda na sua gestão? No dia do aniversário do Recife, 12 de março, a gente anunciou a construção do Parque das Graças, que vai ser o coração do Parque Capibaribe. É mais uma área verde que chega para a nossa cidade, para que a gente possa oferecer espaços de convivência aos recifenses e, ao mesmo tempo, cuidar do meio ambiente e do nosso Rio Capibaribe. O parque vai ter um quilômetro de extensão e a gente vai dividir em três fases. A primeira, já entrega

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Os partidos e a realidade sem coligações (por Maurício Romão Costa)

A evidência empírica das eleições proporcionais de 2020 no Brasil, sem as coligações, realçou três fenômenos na comparação com o pleito de 2016: (1) diminuiu o número de partidos em disputa; (2) diminuiu o número de partidos com representação nas Câmaras Municipais e (3) diminuiu o número de vereadores eleitos por siglas pequenas. Com respeito ao item (1), considerando uma amostra de cidades de diferentes tamanhos dos 26 estados da federação, constata-se que houve redução média global de 44% no número de partidos disputando as eleições entre 2016 e 2020, algo como de 22 para 14 partidos, conforme se depreende da Tabela abaixo: Chame-se à atenção que nos grupos de cidades de menor porte (40 mil habitantes, 15 mil habitantes, e as menores dos estados) 16 siglas, em média, disputaram as eleições de 2016, mas esse número caiu para sete em 2020, uma queda de cerca de 56%. Ainda com base no exposto nesta Tabela, é concebível inferir que há uma relação direta entre o número de partidos disputando as eleições e o tamanho das cidades: quanto maior o tamanho, maior a quantidade de partidos em concorrência e vice-versa. Por outro lado, na comparação entre 2016 e 2020, nota-se que à medida que o tamanho das cidades vai decrescendo, vai aumentando o percentual de partidos que deixou de concorrer às eleições. É oportuno mencionar ainda que no grupo de menores cidades de cada estado e naquele cuja população gravita no entorno de 15 mil habitantes as coligações eram destacadamente predominantes em 2016. Tanto assim é que nos 26 estados somente coligações disputaram as eleições em 15 cidades de cada grupo mencionado. Não houve nenhum partido isolado, em vôo solo. Isso só aconteceu em 11 cidades de cada grupo, quando uma ou duas siglas, no máximo, destoando do resto, todas coligadas, se aventuraram em competir isoladamente. Os dados retirados da Tabela projetam, assim, a perspectiva de que uma menor quantidade de siglas, aquelas mais sólidas e competitivas, é que subsistirão no emaranhado quadro partidário do país. Evidenciou-se também, ao fim do primeiro turno das eleições recém-findas, expressiva redução do número de partidos com representação nos legislativos locais dos municípios brasileiros, como estatuído no item (2). De fato, os dados mostram [Portal G1, 25/11/20] que as Câmaras com até seis partidos, que em 2016 respondiam por 50% dos municípios, agora são 82% do total. Em contrapartida, caiu a quantidade de municípios com mais de seis legendas nos Legislativos locais, de 50% em 2016 para 18% em 2020. Chamou à atenção, principalmente, o fato de que entre as duas eleições o total de cidades que tinha até três partidos com vereadores nas Câmaras sextuplicou, subindo de 262 para 1.565. Isso quer dizer que 28% das atuais 5.568 Câmaras de Vereadores do Brasil têm, no máximo, três siglas com representação. Essa queda na quantidade de partidos com vereadores eleitos sinaliza para redução da fragmentação partidária brasileira, considerada uma das maiores do mundo, ensejando melhor exercício da governabilidade por parte do executivo, maior racionalização dos trabalhos no Parlamento e conseqüente melhoria da qualidade legislativa. Por último, em relação ao item (3), o número de vereadores eleitos pelos 10 menores partidos (chamados de partidos nanicos) reduziu-se de 1.378 para 623 entre 2016 e 2020 [Poder360], uma queda de 55%, expondo as dificuldades dessas agremiações de pequeno porte de elegerem representantes nos legislativos quando são obrigadas a concorrerem isoladamente. Esses números, vistos em conjunto, mostram que o fim das coligações proporcionais pode estar ensejando um salutar processo de reconfiguração do arcabouço partidário brasileiro ao longo do tempo, com menos disputantes, maior compactação quantitativa de siglas (hoje são 33) e conseqüente diminuição de sua fragmentação. As causas que estão gerando este novo contexto partidário não são estranhas ao meio político. Com efeito, alguns desses partidos são meros expectadores do processo eleitoral. Não têm densidade de votos e muito menos representação parlamentar, exceto um caso esporádico ali, outro acolá (atestado disso é que em 2020 quatro partidos lançaram candidatos, mas não elegeram sequer um vereador nos 5.568 municípios brasileiros). Sobrevivem à custa do fundo partidário e de emprestar apoio a agremiações mais fortes. Como não há mais o exercício de poder dos grandes partidos em atrair siglas para o seu entorno, mediante concessão de vantagens em troca de cauda eleitoral, situação corriqueira na época das coligações, essas siglas ficam sem estímulos externos para concorrer. Ademais, sem absolutamente nenhuma chance de ascenderem ao Legislativo por seus próprios méritos eleitorais, tais siglas preferem não incorrer nos custos da disputa: os administrativo-financeiros, os contábil-fiscais e, pelos resultados inexpressivos nas urnas, os político-eleitorais. O fato é que o longo período do instituto das coligações proporcionais gerou uma perniciosa acomodação no sistema político-partidário-eleitoral do país, criando uma cômoda zona de conforto para a maior parte das agremiações, um verdadeiro jogo de ganha-ganha em que a estruturação, a qualificação e a solidez dos partidos não eram motivo de preocupação. Daí a histórica resistência no Congresso em acabar com o mecanismo das alianças, apesar de haver um quase consenso de que a fórmula era a grande distorção no sistema eleitoral de lista aberta em uso no Brasil. Enfim, mantido, como é de se esperar, o regramento da reforma eleitoral de 2017 – o fim das coligações proporcionais e a cláusula de desempenho partidário -, a solução para as agremiações com pouca ossatura de votos é enveredar pelo único caminho que lhes restam: o da fusão com outras siglas, através da qual podem ganhar envergadura para a disputa eleitoral e justificar a razão política de suas existências. *Por Maurício Costa Romão, Ph.D. em economia pela Universidade de Illinois, nos Estados Unidos (mauricio-romao@uol.com.br)

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Porto de Suape conta agora com iluminação em LED e placas fotovoltaicas

O Porto de Suape instalou iluminação em LED nos Cais 4 e 5 do atracadouro. O investimento oferece mais segurança e agilidade às operações de embarque e desembarque de cargas durante a noite. No total, 60 lâmpadas foram substituídas em 24 postes. As antigas lâmpadas eram de 2000 megawatts ou de vapor de sódio, com período curto de vida útil e sofriam interferência do forte vento na beira do cais. As de LED são mais baratas, com custo unitário de R$ 5.093,59 e também apresentam maior resistência à vibração, com garantia de cinco anos. “O Porto de Suape alcançou a notoriedade que tem hoje não só pela sua excelência operacional, mas também pela preocupação com a sustentabilidade em todas as suas frentes. A preservação do meio ambiente é predominante em todas as ações, sejam operacionais ou de manutenção da estrutura”, afirma o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Geraldo Julio. No início deste ano, foram adquiridas também 20 torres de iluminação com placas fotovoltaicas, para substituição de 16 torres de energia a óleo diesel, que já se encontram em processo de fabricação e devem ser entregues até o final de abril. As torres são utilizadas para complementar a iluminação dos pátios públicos de veículos e dos cais quando há operação noturna de embarque ou desembarque de cargas, gerando economia de mais de R$ 220 mil ao ano. . Ferreira Costa oferece cursos gratuitos para profissionais de reforma e construção civil Uma série de cursos e dicas gratuitas para profissionais e amantes da pintura, reforma e construção civil estão sendo oferecidos, de forma gratuita pelo Home Center Ferreira Costa, através do http://clubedoprofissional.ferreiracosta.com. O programa é voltado para a capacitação e aperfeiçoamento de profissionais e interessados através de dicas e cursos (com certificação) gratuitas, por meio da plataforma Clube Online. Hoje, a plataforma conta com 52 cursos e dicas divididos em pintura, piso e revestimento, mecânica, hidráulica, elétrica e jardinagem. . Grupo Sanhaçu investe no ramo de cerveja Cinco, dos 28 anos, dedicados ao mercado de orgânicos, a família Barreto Silva decidiu investir em cervejas. A ideia de estudar sobre o assunto veio de um dos três irmãos, que já é o responsável pela produção na cachaçaria. Elk e Max abraçaram o projeto de Oto Barreto, e resolveram inovar os trabalhos no Engenho. De forma experimental a família começou a fazer cerveja artesanal. Como surgiu demanda, os produtores apostaram em um projeto cigano, tendo a Cervejaria Navegantes, responsável pela produção. A novidade marca a expansão do grupo e soma à produção própria. Inicialmente, há cinco rótulos lançados pela marca: Ipa – Entusiasmo, Porter – Intuição, Premium Lager – Disciplina, Amber Lager – Criatividade, e Amber Lager Umburana – Harmonia.

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