2021 - Página 125 De 173 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2021

Sonora Coletiva convida Lirinha

Oriundo do sertão pernambucano, ainda criança, José Paes de Lira, mais conhecido como Lirinha, presenciou repentistas e cantadores nordestinos recitando versos e desfilando canções. Não tardou e o adolescente foi convidado para participar de recitais pelo estado, impressionando todos os que o ouviam declamar e cantar aquelas rimas registradas em sua pródiga memória. Interessado em teatro, literatura e música, Lirinha logo deu início à formação da banda Cordel do Fogo Encantado. Assim começava uma das mais originais, diversificadas e brilhantes carreiras de um artista contemporâneo pernambucano. Mas Lirinha foi além. Quando partiu para a carreira solo, já em seu primeiro álbum, ampliou sua proposta musical criando um psicodelismo elétrico construído com guitarras, teclados, sintetizadores retrô, percussão e bateria. Com o segundo álbum, aprofundou ainda mais ao experimentar o uso de instrumentos da música clássica, numa estrutura rítmica comandada por um standup drums desenvolvido por Pupillo, que assinou a produção musical dos dois álbuns. Atualmente, prepara o seu novo trabalho solo a sair no segundo semestre deste ano. Mas a sua trajetória e obra artística envolve ainda poesia, teatro e cinema, áreas em que atua e tem produziu música e literatura. Bem, tudo isso será tema do próximo Sonora Coletiva. O bate-papo com Lirinha acontecerá hoje (dia 25), às 19h, e será transmitido pelo Canal multiHlab, no YouTube, como parte das atividades do Sonora Coletiva, vinculado à Revista Coletiva, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Participarão dessa conversa os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto. Os pesquisadores vêm desenvolvendo atividades no âmbito do Núcleo de Imagem, Memória e História Oral (NIMHO), do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), coordenado por pesquisadores da Fundaj, entre eles Sylvia Couceiro e Cristiano Borba, registrando depoimentos de personagens que fizeram trabalharam com música em Pernambuco entre 1970 e 2000. Saiba mais SONORA COLETIVA​ é o canal experimental da revista eletrônica de divulgação científica COLETIVA, publicada pela Fundaj. Sediada no Recife, a revista disponibiliza dossiês temáticos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o ProfSocio, o multiHlab e a Villa Digital, envolvendo as diversas diretorias da Fundaj. Serviço SONORA COLETIVA conversa com Lirinha Participantes: Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto Data: 25 | março (quinta) Horário: 19h Transmissão: Canal multiHlab | Sonora Coletiva

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Valorização dos talentos reduz rotatividade nas empresas

A palavra turnover é uma das mais abominadas dentro do meio corporativo. Você pode até não ter ouvido falar nela ainda, mas com certeza sabe que a rotatividade dentro das empresas acaba sendo sinônimo de insatisfação dos funcionários, remuneração abaixo do esperado e falta de planos de carreira para que os colaboradores possam enxergar a possibilidade de crescimento dentro da corporação. Essa taxa de turnover ou rotatividade é calculada levando em consideração o número de contratações, o número de demissões e a quantidade de funcionários na empresa. De acordo com especialistas, a taxa aceitável de turnover dentro de uma companhia é de até 10%. Acima desse percentual, os gestores da corporação já precisam ligar o sinal de alerta. Afinal, com uma alta rotatividade, é difícil implantar uma cultura organizacional. Buscando uma forma de reduzir a taxa de rotatividade, muitas empresas têm adotado formas de valorização dos seus talentos, ou seja, maneiras de engajar cada vez mais os funcionários. “É muito importante lembrar que são as pessoas que fazem as operações acontecerem nas empresas. Desta forma, se os funcionários não estão satisfeitos, o rendimento e a produtividade daquela corporação também não serão positivos”, destaca o CEO do grupo Ser Educacional, um dos maiores grupos educacionais do país, Jânyo Diniz. Um dos setores que mais têm sofrido com a rotatividade de colaboradores é o de tecnologia da informação. No entanto, curiosamente, a alta rotatividade não está diretamente ligada à falta de ações de retenção por parte das companhias. Muito pelo contrário. O grande problema é a alta oferta de vagas e a escassez de profissionais. “O mercado tem a cada dia mais vagas, o que não é acompanhado pelo ritmo de formação de profissionais qualificados. Por isso, as empresas estão sempre disputando quem têm mais benefícios e o melhor plano de carreira para o colaborador”, destaca o CEO da Pitang Agile IT, uma das maiores empresas de tecnologia do Nordeste, Antônio Valença. Uma das alternativas encontradas pelas empresas para manter o engajamento é criar formas de ouvir e capacitar os funcionários. As grandes corporações estão, cada vez mais, prezando pelo feedback vindo por parte dos colaboradores e utilizando essas opiniões para mudar processos que são realizados internamente. “Percebemos que era cada vez mais necessário encontrar uma forma de nos aproximarmos ainda mais dos nossos colaboradores e ouvir o que eles têm a dizer em relação ao trabalho”, complementa Valença. A estratégia também foi adotada em empresas de diversos setores. Mantendo a mesma ideia, de dar mais atenção ao feedback dos colaboradores, o Ser Educacional também colocou o método em ação. “Anda antes do início desta pandemia, resolvemos iniciar uma avaliação 360º, no qual não apenas os gestores qualificam o desempenho dos funcionários, mas os colaboradores também avaliam os seus superiores e dão ideias de como o trabalho pode melhorar”, explica Diniz. Com o feedback dos colaboradores, as empresas passaram a enxergar a necessidade de um canal ainda mais aberto entre os funcionários e a direção das companhias. “Essas oportunidades foram desenvolvidas por meio de vários projetos de aproximação e engajamento dos colaboradores. Foi assim que surgiu, inicialmente, o Digit, uma reunião aberta de colaboradores Pitang, na qual se conversa sobre assuntos trazidos por eles”, conta Valença. “Com o sucesso destas reuniões, nas quais os funcionários passaram a ter cada vez mais confiança, passamos a apoiar outras iniciativas lideradas pelos nossos colaboradores que foram as comunidades práticas, que são como grupos internos de autodesenvolvimento, nos quais participam os colaboradores que querem se aprofundar em um conhecimento específico e se organizar em Comunidade para estudar sobre esse tema”, complementa. A Ser Educacional também tem promovido projetos semelhantes. Diniz destaca que, dentro da empresa, os funcionários passaram a ter a oportunidade de sugerir mudanças nos processos realizados. “Criamos a oportunidade para que eles possam dar ideias de melhorar o nosso trabalho. Por meio dos nossos canais digitais internos, os colaboradores sugerem as mudanças e elas são avaliadas. E as ideias escolhidas, além de serem colocadas em práticas, ainda rendem bonificações para autor”, explica Jânyo. Assim, com esse trabalho de engajamento das equipes, a produtividade fica ainda maior. “Se engana quem pensa que esse tipo de trabalho é um custo para a empresa. Muito pelo contrário, manter os nossos funcionários engajados e motivados só nos traz benefícios. O nosso papel é criar e incentivar um ambiente de engajamento e satisfação de seus colaboradores”, finaliza Valença.

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“Projeto Pátio Criativo” venceu Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade

Do Iphan A cidade é um organismo vivo. Pulsa, cresce, se transforma. O Pátio de São Pedro, incrustado no coração de Recife, é símbolo ancestral da memória pernambucana. Gerações de recifenses habituaram-se a fazer do Pátio mais que um cenário de passagem: ao longo de séculos, consolidou-se como espaço de permanência, de convívio comunitário e de vinculação do cidadão com a cidade em que vive. Em sintonia com as potencialidades deste bem cultural, nasceu o Pátio Criativo. O projeto tem origem na sociedade civil, que se mobilizou para reivindicar o melhor aproveitamento do espaço junto à Prefeitura do Recife (PCR). A iniciativa impulsiona a vocação inata do local como ponto de encontro, de difusão cultural e de troca econômica. Atenta à demanda da sociedade, a PCR prontamente arregaçou as mangas. Em constante diálogo com grupos sociais que se conectam ao Pátio, implementou uma série de ações para estimular a economia criativa local ao mesmo tempo em que valoriza o patrimônio histórico e cultural do bem. Antes de tudo, veio a arrumação e recuperação do espaço: um programa de melhorias contínuas nas áreas internas e externas do Pátio marca o início dos trabalhos. Foram executadas ações de requalificação de fachadas, intervenções na estrutura interna dos equipamentos culturais e revitalização das calçadas. Em seguida, a PCR disponibilizou quatro imóveis para uso de empreendedores da economia criativa. Os primeiros frutos logo geraram impacto no cotidiano do Recife. Abraçado pela população, o Pátio foi inundado de cores, sons, cheiros e sabores. Em meados de 2019 lançaram-se editais para selecionar ações do público voltadas ao projeto. A partir de agosto do mesmo ano, uma sequência de festivais alça o Pátio à condição de epicentro da vida cultural recifense. Tradição gastronômica, indústria do turismo, música clássica, exposições artísticas e programação voltada ao movimento manguebeat – em homenagem a Chico Science – pautaram eventos que povoaram o bem centenário. Com ampla repercussão midiática, atraíram mais de dez mil pessoas ao Pátio de São Pedro, entre moradores e turistas. Devido à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), as atividades presenciais do Pátio Criativo foram temporariamente suspensas. A expectativa é que sejam retomadas no segundo semestre de 2021. Descubra o Pátio! Das fantasias irreverentes que passeiam ao som de marchinhas carnavalescas às tradições que se perpetuam na culinária e nos costumes de São João, as principais manifestações populares do Recife adotam o Pátio como um de seus palcos. Desde que foi construído, no final do século XVIII, o monumento ecoa e reverbera a riqueza do patrimônio recifense. Antes da implantação do projeto, porém, a deterioração urbana e a insegurança estavam delegando ao Pátio um espaço coadjuvante no panorama cultural da cidade. Localizado no bairro de São José, é considerado o berço da cultura negra no Recife, símbolo de luta e resistência dos povos de matriz africana. Lá se encontram marcos que irradiam o legado de toda a região Nordeste: a Estátua do poeta negro Solano Trindade, o Memorial Chico Science, a Casa de Carnaval, o Museu de Arte Popular, o Memorial Luiz Gonzaga e o Núcleo Afro do Recife. Imerso em tradição, o local ainda delicia o paladar de visitantes e moradores com o que há de mais típico da gastronomia pernambucana. Com ingredientes especiais e um acervo singular, o Pátio Criativo só poderia se consolidar como uma receita de sucesso. O Pátio de São Pedro e o Iphan: uma história de muitas páginas O monumento integra o conjunto arquitetônico formado pela Igreja de São Pedro dos Clérigos e o Pátio de São Pedro. Do pátio é possível ter uma visão global do templo, emoldurada por um casario antigo. Trata-se de um dos primeiros bens protegidos pelo Iphan, em 1938, somente um ano após a criação do Instituto. Entre casas térreas e sobrados, outras 63 edificações integram o conjunto. O bem foi inscrito nos Livros do Tombo Histórico e das Belas Artes. O Iphan investe aproximadamente R$ 7 milhões em serviços de restauração da igreja, considerada uma das mais monumentais do Brasil. Agora, com a vitória do Prêmio Rodrigo, o Instituto fortalece o reconhecimento deste bem como elemento fundamental do Patrimônio Cultural Brasileiro. Assim como a cidade, o Pátio é um organismo vivo. Pulsa, cresce, se transforma. Mas sem deixar pra trás o rastro das memórias que nele fizeram morada. Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade A ação “Projeto Pátio Criativo” foi vencedora do Prêmio Rodrigo Melo Franco de Andrade 2020, na categoria “Patrimônio Material”, segmento “Administração Direta e Indireta municipal”. Realizado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o Prêmio Rodrigo tem como objetivo valorizar e promover ações que atuam na preservação dos bens culturais do Brasil. Este ano, foram escolhidos 12 projetos vencedores. Cada iniciativa recebe uma premiação de R$ 20 mil.

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“Acreditamos no design como uma ferramenta a serviço da transformação.”

A experiência do Laboratório O Imaginário, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco), é um exemplo de sucesso de como a a academia pode intervir de forma respeitosa nas comunidades e ajudá-las a empreender, gerar renda e, ao mesmo tempo, valorizar suas culturas e tradições, empoderando seus integrantes. “Imaginar que a sociedade banca a geração desse conhecimento (acadêmico) e não fazer uso dele é inadmissível”, defende Ana Andrade, arquiteta que coordena o Laboratório com a professora Virgínia Cavalcante. Só para ficar num exemplo deste trabalho, no quilombo Conceição das Crioulas, a confecção de bonecas inspiradas nas seis mulheres que fundaram a comunidade garante a sustentabilidade de seus integrantes e aumentou a autoestima das artesãs que, hoje, vendem as suas criações até para o museu Masp, em São Paulo. Nesta conversa com Cláudia Santos, Ana Andrade fala das estratégias e dos resultados desses 20 anos de atuação da iniciativa que transformou a vida de vários artesãos. Como surgiu a ideia da criação do Laboratório O Imaginário? Na época (2000), eu era diretora de cultura da UFPE e trabalhava com a pró-reitora Célia Campos, durante o reitorado de Mozart Neves. Nesse momento, tentando fazer as coisas mais eficientes e concisas, criamos o Centro Cultural Benfica. Ele reunia todo o acervo da universidade em termos de arte, arte popular e arte contemporânea. Constatamos que tínhamos um acervo valiosíssimo na área de arte popular. Fui professora do Departamento de Design da UFPE, durante muitos anos, e essa aproximação deu um estalo, confirmado com oportunidades que aconteciam, naquela época, com o Programa Comunidade Solidária, no governo de Fernando Henrique e que teve como figura muito marcante a doutora Ruth Cardoso. Ela fez um fortalecimento da extensão universitária e provocou uma grande aproximação da universidade com programas de inclusão social do Comunidade Solidária. Havia os programas Artesanato Solidário e o Universidade Solidária. Assim, a pró-reitoria de extensão, juntando as diretorias de Cultura e de Extensão, investiram nesse programa que buscava fazer com que o estudante reconhecesse essas realidades diferentes daquela em que ele estava inserido e pudesse e contribuir. Unimos essas oportunidades e, daí, surgiu o Laboratório, que é um laboratório de design formado por professores do Departamento de Design da UFPE, mas também por outros professores de outros departamentos, bem como estudantes e técnicos, com a ideia de fazer com que o design, de fato, seja um instrumento da sustentabilidade. Acreditamos no design como uma ferramenta que pode estar a serviço da transformação. Como vocês conseguem introduzir o design, agregando valor ao artesanato, sem ferir a essência e a tradição artesanal? Há duas questões que precisamos pontuar. A primeira é o respeito ao conhecimento popular. Mesmo sendo da academia, temos que reconhecer o valor do conhecimento popular, das pessoas e de seus saberes. Essa questão de valor e respeito está intrínseca na ação junto a qualquer comunidade, não só a comunidade artesanal. O outro ponto é que o design tem uma natureza interdisciplinar. Só se consegue fazer design se houver uma boa interlocução com o contexto. Neste sentido, existem as questões relativas à forma, ao material e à maneira de se produzir. E há também as questões relacionadas às suas funções: como e para que se usa determinado objeto, como ele deve ser feito para ser usado melhor e proporcionar mais conforto e segurança e, até mesmo, incluir a questão plástica, se imaginarmos que decoração é também uma função. Existem ainda as questões relativas aos significados que são relacionadas também ao valor nessa interlocução com o mercado e na valorização do contexto. Então, respondendo, eu diria o seguinte: o design, pela sua natureza, tem a capacidade de fazer essa interlocução com o mercado e ela tem que ser feita com base no respeito ao conhecimento e ao valor dessas pessoas com quem se está lidando. Você poderia contar a experiência d’ O Imaginário na comunidade quilombola Conceição das Crioulas no Sertão? A experiência em Conceição das Crioulas foi fundamental porque foi por intermédio dela que conseguimos fazer um desenho de um modelo de intervenção. Inicialmente, nós trabalhávamos com o Sebrae para atender grupos de artesãos de diversas localidades, com diversos interesses. O que observamos nesse modelo era que as oficinas que realizávamos para os artesãos não tinham sustentabilidade. Terminada a oficina, não havia continuidade porque conciliávamos interesses, modos de fazer e histórias diversos. A oportunidade de atuarmos em Conceição das Crioulas, através do programa Universidade Solidária e depois do Artesanato Solidário, permitiu desenharmos um modelo que tinha como foco a comunidade, sua história, seus valores, seus desejos e seus produtos e, a partir desse entendimento, montava-se uma ação que não visava apenas ao produto dos artesãos, mas o produto, a forma de fazer, a história do local, as oportunidades que o local fornecia e as capacitações para inclusão de mais pessoas nesse fazer, a melhoria desse fazer, todas as questões que poderiam valorizar o local a partir de um produto simbólico que foram as bonequinhas de Conceição. Por meio delas, traduziu-se toda a história da comunidade, seu mito fundador das seis negras que compraram as terras ao imperador, começaram a plantar algodão e ergueram o povoado. A junção dessas oportunidades e esses reconhecimentos garantiram o sucesso de um projeto. A gente conseguiu fazer com que ele continuasse acontecendo, independentemente da gente estar presente no local durante todos esses anos. Elas hoje expõem no Masp, trabalham e o protagonismo da mulher foi fortalecido. Os homens se inseriram para facilitar e aumentar a produção. Enfim, realizamos tudo que achávamos que podia acontecer nessa maneira de fazer. Não é só fazer oficinas específicas, mas investir, inclusive, naquilo que a comunidade queria naquele momento, que era o reconhecimento do seu território nas brigas de terra com os posseiros. Para ajudar, chegamos até a fazer site e um jornal chamado Crioulas. Todas essas ações, inclusive, de comunicação, ajudaram a tornar o projeto, de fato, sustentável com o empoderamento das quilombolas. Leia a entrevista completa na Edição 180.3 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Martorelli Advogados se destaca em pesquisa da Latin American Lawyer

Com o objetivo de entender e visualizar a presença das mulheres no âmbito jurídico, a The Latin American Lawyer fez um estudo a partir de informações coletadas com escritórios brasileiros de advocacia com atuação nacional e internacional. Martorelli Advogados se destacou na pesquisa, ficando em segundo lugar, na categoria de maior porte, em relação à quantidade de mulheres sócias, com a porcentagem de 59%. A Revista destacou o Comitê de Diversidade, Inclusão e Compromisso Social, de Martorelli, coordenado por Ana Vasconcelos Negrelli, que aborda não apenas a questão da política de gênero, mas também políticas sociais, de raça, idade e de pessoas com deficiência. A área de Direito ainda é vista como um campo masculino, mas as mulheres estão conquistando espaço. É o que comprova os dados da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que demonstram que as mulheres representam 50% do total de profissionais do país. No começo de março, no quadro de advogados registrados constava 606.220 advogadas e 607.714 advogados. Apesar disso, as mulheres ainda estão em desvantagem na comparação com os cargos e departamentos.

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Marcelo Queiroga diz que meta do governo é vacinar 1 milhão por dia

Da Agência Brasil O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse durante coletiva de imprensa realizada na Esplanada dos Ministérios que será possível triplicar o ritmo atual de vacinação – hoje na casa das 300 mil doses por dia – para chegar a cerca de 1 milhão de doses aplicadas diariamente. “O compromisso número um do nosso governo é a implementação de uma forte campanha de vacinação. Todos sabem o esforço que foi feito para buscar vacinas. Hoje sabemos que 95% da população brasileira deseja ser imunizada. E nós, agentes públicos, temos que envidar esforços para que o programa de vacinação tenha concretude”, declarou Queiroga. Sem lockdown, mas com distanciamento Quando perguntado sobre medidas não farmacológicas, o novo titular do ministério descartou lockdown como uma resposta para conter a disseminação do vírus e citou outras formas de distanciamento. “Quem quer o lockdown? Ninguém quer lockdown. O que temos do ponto de vista prático é adotar medidas sanitárias eficientes que evitem lockdown. Até porque a população não adere. A vacina é importante, mas precisamos usar máscaras, precisamos manter um certo distanciamento. Vamos buscar maneiras de disciplinar o distanciamento social”, disse. Medicamentos off-label Questionado sobre o endosso do Ministério da Saúde a protocolos off-label – o uso de medicamentos e substâncias para tratamentos que não constam em bula -, Queiroga reiterou a importância da autonomia médica em relação aos pacientes, e lembrou que o conhecimento científico é dinâmico e está constantemente em revisão. “Esta doença, que não tem tratamento específico, tem vários estudos que ainda não mostraram eficácia, como a Anvisa atesta. O que precisamos alertar é que o conhecimento científico é dinâmico. No passado, se dizia ‘fica em casa e vai para o hospital quando tiver falta de ar’. A ciência evoluiu e vimos que precisamos atender paciente precocemente. Compete ao médico, com sua autonomia, decidir caso a caso”, respondeu. Queiroga afirmou que Bolsonaro lhe conferiu autonomia para montar sua equipe e mencionou alguns nomes. Para a Secretaria Executiva foi indicado o servidor de carreira Rodrigo Castro. Para a Secretaria de Atenção Especializada em Saúde foi escolhido o Dr. Sérgio Okani, diretor-executivo de traumatologia do Hospital das Clínicas de São Paulo. Uma secretaria especial será criada para o combate à pandemia, mas o nome não foi informado. Durante a entrevista, Queiroga também foi questionado sobre a queixa de secretários estaduais e municipais de saúde sobre o sistema para registrar mortes por covid-19. Mas não deu resposta sobre se as mudanças exigindo mais dados seriam ou não mantidas. Em nota, o Ministério da Saúde informou que os novos campos serão suspensos por enquanto.

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Especialista faz faz live sobre inflação x investimentos

A taxa Selic subiu para 2,75% e a inflação, em 12 meses, foi de 5,20%, a maior variação desde janeiro de 2017. Mas o que isso significa para quem investe? João Scognamiglio, planejador de investimentos e sócio da empresa Múltiplos, realizará live hoje (quinta, dia 25, às 17h) sobre o tema. A transmissão será através do instagram da empresa @multiplosinvestimentos.

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Monitor de Secas registra o fenômeno em 100% de seis estados nordestinos

Da Agência Nacional de Águas A última atualização do Monitor de Secas aponta que no Nordeste houve uma piora na condição de seca em fevereiro, marcada pelo aumento das áreas com seca fraca e/ou moderada em parte dos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia, devido às chuvas abaixo da média ao longo dos últimos meses. Por outro lado, devido às precipitações acima da média no último mês, houve uma redução da área com seca fraca no Maranhão e atenuação do grau de severidade da seca entre a Bahia e o Piauí, onde passou de grave para moderada. Na comparação entre janeiro e fevereiro, Alagoas teve um aumento da severidade do fenômeno com a ampliação das áreas com seca grave (de 6,7% para 9,6%) e seca moderada (de 16,9% para 40,5%). Desde outubro 2020, todo o território alagoano enfrenta o fenômeno. A Bahia registrou um aumento da área com seca de 57,4% para 83,2% de seu território entre janeiro e fevereiro. Apesar do aumento da área com o fenômeno, houve um abrandamento da seca com o desaparecimento da seca grave na Bahia, o que é inédito para o estado desde julho de 2014, quando o primeiro Mapa do Monitor foi produzido. A área total com seca no estado foi a maior do Brasil em fevereiro (472.443km²) entre as 20 unidades da Federação acompanhadas. Segundo o Monitor de Secas, em fevereiro o Ceará teve o fenômeno em 100% de seu território, o que não acontecia desde novembro de 2018. Em janeiro, a área total foi de 90,8% do Ceará. Nos últimos dois meses, houve uma expansão das áreas com seca moderada (de 29,1% para 34,2%) e fraca (de 61,6% para 65,7%). Esta é a maior extensão de seca moderada no estado desde fevereiro de 2020, quando 57,7% do território cearense enfrentou esse grau de severidade. O Maranhão foi o único estado nordestino que teve a redução da área total com seca entre janeiro e fevereiro, que recuou de 74% para 61,9% do estado. Com isso, o Maranhão teve a maior área livre de seca no Nordeste em fevereiro: 38%. Esta é a melhor condição do fenômeno no estado desde setembro de 2020 e a melhor situação do Nordeste no último mês. No caso da Paraíba, a área com seca moderada subiu de 46% para 58,2% entre janeiro e fevereiro, sendo que o restante do território está com seca fraca. Com isso, o estado tem a maior severidade do fenômeno desde março de 2020, quando 65,6% do território paraibano registrou seca moderada e o restante teve seca fraca. Em Pernambuco, entre janeiro e fevereiro, a área com seca moderada subiu de 36,6% para 54,2%, sendo que o restante do território está com seca fraca. Assim, o estado tem a maior severidade do fenômeno desde março de 2020, quando 65,2% do território pernambucano registrou seca moderada e o restante teve seca fraca. No Piauí a área livre de seca permaneceu no patamar de 8% entre janeiro e fevereiro. No entanto, a severidade do fenômeno teve uma redução no período com o desaparecimento da área com seca grave no estado. Desde o primeiro Mapa do Monitor, em julho de 2014, esta é a primeira vez que o território piauiense não registra seca grave, extrema ou excepcional. Em fevereiro, o estado teve 22,4% de área com seca moderada e 68,8% de seca fraca. Entre janeiro e fevereiro, o Rio Grande do Norte teve um agravamento da seca com a ampliação da área com seca moderada de 49,9% para 81,8% do estado. O restante do território potiguar registrou seca fraca. Esta é a condição mais severa do fenômeno no Rio Grande do Norte desde fevereiro de 2020, quando 10,6% do estado teve seca grave e 54,7% do território enfrentou seca moderada. Em Sergipe aconteceu um agravamento da seca entre janeiro e fevereiro com a ampliação das áreas com seca grave (de 22,4% para 33,6%) e seca moderada (de 41,4% para 53,2%). Esta é a maior área com seca grave no estado desde maio de 2019, quando 38,2% de Sergipe enfrentou esse grau de severidade do fenômeno. Em fevereiro, o estado teve a maior área com seca grave e seca moderada do Nordeste: 86,8%.

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Como escolher o chocolate da Páscoa? Nutricionista orienta

A data mais doce do ano está chegando e são muitas as opções de ovos, barras e bombons de chocolate para deixar o domingo de páscoa em família ainda mais adocicado. O Brasil é um dos maiores produtores de cacau do mundo e, de acordo com a Organização Internacional de Cacau, a produção brasileira está na sétima posição mundial. Um país que tem uma fabricação muito forte conta também com uma tradição que resiste e é fortalecida a cada ano, mas é preciso cautela na hora de escolher e consumir esse tipo de alimento, seja nesta época ou durante todo o ano. Os famosos e queridos ovos de páscoa enchem os olhos pelas inúmeras alternativas de sabores e chega ser difícil saber qual o melhor, não só para o paladar, mas para a saúde também. “Os melhores chocolates são aqueles que têm mais de 60% de cacau, pois eles possuem menos gorduras e ainda oferecem os benefícios do cacau, quanto mais cacau melhor”, orienta a nutricionista e coordenadora da pós-graduação em nutrição clinica e funcional da Faculdade IDE, Ana Rampelotti, sobre qual tipo escolher. A quantidade também importa e para quem gosta de chocolate como sobremesa todos os dias, é preciso cuidado. “Se o consumo for diário, é importante considerar a quantidade máxima de 20 gramas para mulheres e 40 gramas para homens. A qualidade do chocolate é ainda mais importante caso o consumo seja todos os dias”, revela a nutricionista, que conta também que para quem está de dieta e não vai abrir mão da tradição, o ideal é escolher o seu ovo preferido no menor tamanho disponível nas prateleiras do supermercado e chocolatarias. Mesmo optando pelos mais indicados, a palavra continua sendo cautela. “Se consumido com frequência e em grande quantidade, o chocolate (especialmente aqueles mais pobres em cacau) pode levar ao aumento de peso, aumento de gordura na região abdominal, aumento do colesterol, aumento dos triglicerídeos, aumento do risco de diabetes e doenças cardíacas”, alerta Ana Rampelotti. sobre os perigos de exagerar na dose do chocolate. É preciso ficar atento também com aqueles que na propaganda prometem ser boas alternativas de quem busca uma páscoa mais saudável. “Os chocolates diet (zero açúcar) devem ser consumidos apenas por pessoas que tem diabetes, eles não são mais saudáveis. Se por um lado eles não têm açúcar, por outro, são mais ricos em gorduras. Os chocolates light são mais difíceis de serem encontrados, eles tem 25% menos calorias quando comparados com o chocolate tradicional, essas calorias reduzidas podem ser por uma redução de açúcar ou gordura. Esse tipo de chocolate é interessante para quem busca controlar o peso, mas também não pode ser consumido em excesso”, atenta a coordenadora da pós-graduação em nutrição clinica e funcional da Faculdade IDE. Sobre o chocolate que deve ficar por último na lista de desejos e que é preciso evitar, a profissional de nutrição revela quem é ele. “É o chocolate branco, por ser o que tem menos cacau e mais gordura saturada, que é aquela relacionada a doenças do coração e aumento dos níveis de gordura no sangue”. Dieta na Páscoa Para quem está de dieta, esta época é uma verdadeira tentação e para continuar firme neste propósito é preciso ajuda. “Como presente de Páscoa, peça a colaboração dos seus amigos e familiares, explique que você está cuidando da sua saúde e por isso não pode exagerar no chocolate, ou repasse esse tipo de presente para crianças que não receberam presente de páscoa. Se você gosta muito d chocolate, escolha o menor tamanho e coma”, aconselha a professora. É difícil resistir com tantas sobremesas “chocolatudas” desta data e até quem estava seguindo a risca os cuidados pode acabar perdendo o controle, mas isso não é motivo para desanimar ou criar neuras. “Só há uma coisa que vale a pena fazer: voltar para a dieta o mais rápido possível, sem tentar compensar, sem restrições exageradas, apenas volte para uma rotina saudável. A páscoa acontece apenas uma vez por ano e com certeza ela não é a culpada pelo aumento de peso de ninguém”, aponta Ana. Depois disso tudo, o auxílio de bebidas detox está liberado, mas com o equilíbrio de sempre. “Os sucos e chás podem ser utilizados desde que não haja exagero e que o restante da alimentação esteja adequada”. Ansiedade e chocolate Ansiosos precisam ficar atentos para não usar a Páscoa como desculpa para descontar toda ansiedade no chocolate. “Como estamos passando mais tempo dentro de casa, é importante não ter ‘estoque’ de um alimento que gostamos muito e que é difícil controlar a quantidade. A dica é se permitir comer o seu chocolate preferido na Páscoa, mas, comprar uma quantidade pequena e comer aos poucos. Também é importante não comer o chocolate com fome, consuma ele após as grandes refeições, de preferência o almoço”, finaliza a nutricionista e coordenadora da pós-graduação em nutrição clinica e funcional da Faculdade IDE, Ana Rampelotti.

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Espetáculo Massacre de Angico é adaptado para versão online

Aquele que já é considerado o maior espetáculo de teatro dos sertões brasileiros, O Massacre de Angico – A Morte de Lampião, chega à 9ª edição inovando em relação a sua forma e conteúdo diante da pandemia do novo coronavírus. As apresentações, que estavam previstas para 2020, serão realizadas agora, no próximo sábado (27) e no domingo (28), às 20h, de forma online, pelo canal do YouTube do grupo Cabras de Lampião. Algumas cenas do espetáculo original serão realizadas pelos atores para que o público possa acompanhar tudo direto de casa. Entre uma cena e outra vão ser transmitidos também debates com o autor do trabalho Anildomá Willans de Souza, com o diretor Izaltino Caetano e com a produtora Cleonice Maria. “Fizemos uma grande produção, com as cenas na ordem cronológica e mantendo a mesma magia dos anos anteriores”, comemorou Cleonice. A história retratará passagens da vida de Lampião e o foco é o dia da sua morte. A trajetória do Rei do Cangaço chegou ao fim na manhã do dia 28 de julho de 1938, no sertão de Sergipe, quando aconteceu o encontro entre militares do Governo Getulista e os cangaceiros liderados por Lampião e sua esposa, Maria Bonita. Os líderes foram pegos de surpresa e quase sem nenhuma reação. A ação praticamente pôs fim à chamada Era do Cangaço. Em meio às árvores retorcidas da caatinga e resultando num verdadeiro banho de sangue no sertão nordestino, 11 integrantes do afamado bando, incluindo o casal líder, foram mortos e tiveram suas cabeças decepadas. Esta tragédia é o tema do espetáculo concebido a partir do texto dramatúrgico do pesquisador do Cangaço, Anildomá Willans de Souza, natural de Serra Talhada, mesma cidade onde Virgolino Ferreira da Silva, o Lampião, nasceu. Para Anildomá Willans, o que há de singular nessa história de Lampião é a forma humana como ele é retratado. “Mostraremos ao público um Lampião apaixonado, que sente medo e que é afetuoso. Não mostraremos somente a guerra travada contra os coronéis e fazendeiros, contra a polícia e toda estrutura de poder. O público vai conhecer também um homem que amava as poesias e sua gente”, revela o autor. Ainda segundo ele, “ao misturar o folclore com os fatos reais, o espetáculo mostra o Lampião do imaginário popular”, conclui. Fazem parte do elenco atores serra-talhadenses, como a atriz/cantora Roberta Aureliano, que interpreta Maria Bonita, e Karl Marx no papel de Lampião. “Para mim, que sou da terra de Lampião, que nasci e me criei ouvindo histórias sobre esses homens que escreveram nossa história com chumbo, suor e sangue, me sinto feliz e orgulhoso pela oportunidade de revelar seu lado humano, suas emoções, seus medos e todos os elementos que o transformaram nessa figura mítica. Este trabalho é mais do que um desafio profissional. É quase uma missão de vida, ainda mais quando se trata de Cangaço, tema polêmico que gera divergências, contradições e até preconceitos”, declara Karl Marx. Os principais personagens da trama são: Lampião (Karl Marx), Maria Bonita (Roberta Aureliano), Zé Saturnino (Gildo Alves), Dona Bela(Gorete Lima), Zé Sereno (Otávio Alexandre), Luíz Pedro (Emanuel Carvalho), Jiboião (Gilberto Gomes), Pedro de Cândida (Sandino Lamarca) e João Bezerra (Sebastião Costa). O espetáculo ‘Massacre de Angico – A Morte de Lampião’ conta com o apoio cultural da Lei Aldir Blanc, da Prefeitura Municipal de Serra Talhada, Governo Federal e Governo de Pernambuco. SERVIÇO: ‘Massacre de Angico – A Morte de Lampião’ Quando: Sábado (27/03) e Domingo (28/03). Horário: às 20h. Endereço no youtube do Grupo Cabras de Lampião: https://www.youtube.com/channel/UCtxtdKSP4PdZKupF1W5mxYw

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