2021 - Página 153 De 173 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2021

Os muitos frevos de um Carnaval

Denominado inicialmente de “marcha”, e posteriormente, de “marcha-carnavalesca-pernambucana” e por alguns compositores de “marcha-frevo”, a exemplo de Levino Ferreira e Edgard Moraes, o frevo como música tem, como já vimos, suas origens nos repertórios das bandas militares e civis existentes no Recife na segunda metade do século 19: O maxixe, o tango brasileiro, a quadrilha e, mais particularmente, o dobrado e a polca-marcha, combinaram-se, fundiram-se dando como resultado o frevo, ritmo popular ainda hoje em franca evolução rítmica e coreográfica. Esclarece o musicólogo Guerra Peixe, em artigo publicado no jornal A Gazeta (São Paulo), sob o título A música e os passos no frevo, edição de 26 de dezembro de 1959: “As marchas mais antigas que se conhecem eram cantadas, como ainda hoje ocorre, nos agrupamentos populares recifenses chamados blocos, nos quais participam alguns poucos instrumentos de sopro e de percussão, enquanto um enorme coro canta sob fundo harmônico de grande número de violões.” Nos anos de 1930, com a popularização do ritmo pelas gravações em disco e sua transmissão pelos programas do rádio, convencionou-se dividir o frevo em frevo-de-rua (quando puramente instrumental), frevo-canção (este derivado da ária, tem uma introdução orquestral e andamento melódico, típico dos frevos de rua) e o frevo-de-bloco. Este último executado por orquestra de madeiras e cordas (pau e cordas, como são popularmente conhecidas), é chamado pelos compositores mais tradicionais de marcha-de-bloco (Edgard Moraes, 1904-1973) sendo característica dos “Blocos Carnavalescos Mistos” do Recife. No Frevo-de-bloco está a melhor parte da poesia do Carnaval pernambucano, diante do misto da saudade e evocação que contém nas letras e nas melodias de grande parte de suas estrofes. Como Evocação (1957) de Nelson Ferreira (1902-1976): Felinto, Pedro Salgado, Guilherme, Fenelon, Cadê teus blocos famosos? Bloco das Flores, Andaluzas, Pirilampos, Apôis Fum! Dos carnavais saudosos?! A exemplo do frevo-de-bloco, o frevo-canção também possui uma letra que vem logo a seguir da introdução orquestral, geralmente com 16 compassos. Tão velho quanto o frevo-de-rua (frevo instrumental), o frevo-canção é responsável pela grande animação dos salões e das multidões que acompanham as agremiações carnavalescas e Freviocas durante os dias de Carnaval . Os motivos das suas letras são os mais diversos, inclusive a própria animação do frevo, como bem afirmam Luiz Bandeira e Ernani Séve: Êta frevo, bom danado! Êta povo, animado! Quando o frevo começa, parece que o mundo já vai se acabar Êh! Quem cai no passo não quer mais parar. O frevo-de-rua, muito embora presente em todos os salões durante os dias de Carnaval, foi feito inicialmente para ser executado a céu aberto. Na rua, como a sua denominação está a exigir. Sua base melódica é responsável pela coreografia do passo e pela movimentação das multidões não só do Recife, como de Olinda e ou outras cidades da região. O frevo vem conquistando fronteiras, tentando integrar-se ao movimento de Música Popular Brasileira, sendo composto até por não pernambucanos, como Caetano Veloso, Moraes Moreira, Gilberto Gil, Edu Lobo, Chico Buarque de Holanda, Maranhão, dentre outros, para não falar na lista interminável de compositores naturais ou radicados em Pernambuco que fizeram do Recife a Capital do Frevo. Falando sobre essa expansão, Capiba (Lourenço da Fonseca Barbosa), um dos mais premiados e bem-sucedidos compositores do Carnaval pernambucano, assim se expressa: “Vivemos uma época de vibração e comunicação, e, sendo assim, nada melhor que o frevo para aproximar nossos irmãos. O frevo é o ritmo comunicativo, que nasceu do povo, para o povo; e é por isso que ele está aproximando todos os brasileiros numa só onda, num só passo ao som do vibrante ritmo sincopado que nasceu em Pernambuco”. *Por Leonardo Dantas Silva - Publicado em 26/02/2019

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42,4 milhões imunizados: EUA avança na vacinação

O pernambucano Diego Miranda, 30 anos, foi um dos 42,4 milhões de imunizados contra a Covid-19 nos Estados Unidos. Desde que Joe Biden assumiu o poder na Casa Branca, o número de pessoas que recebeu ao menos uma dose da vacina mais que triplicou em poucas semanas. Mesmo ainda distante de atingir uma imunidade de rebanho que consiga reduzir o número de mortes e contaminações, a maior potencia global já vacinou 12,45% da sua população. O pernambucano, que mora na cidade de Weymouth, esteve nos grupos prioritários por trabalhar no setor de logística de uma empresa farmacêutica. Ele e todos os profissionais da corporação foram imunizados. “A campanha de vacinação estava indo devagar, mas todas as estruturas estão fazendo um acompanhamento depois da vacinação, para analisar se não houve nenhuma reação alérgica. Com a saída de Trump, o novo presidente Biden disse que vai fortalecer e melhorar a campanha”, projeta. A previsão do Governo Biden é de ter 75% da sua população vacinada até o final do ano. A corrida contra o tempo em solo americano tem justificativa. O País, além de ser o que mais registrou vítimas da Covid-19, ainda tem uma taxa elevada de contágio e de mortes. Vários dias desde o início do ano o número de óbitos tem ultrapassado a marca de 3 mil e até 4 mil falecimentos. Apesar disso, ao menos na taxa de novos casos, o gráfico é decrescente no País desde o dia 7 de janeiro. Houve um recuo de 61% de novas infecções. De acordo com informações do Centros de Controle e Prevenção de Doenças, os EUA registram também uma queda de 41% do número de hospitalizações. Atualmente, o País usa as vacinas Pfizer/BioNtech e Moderna. Além disso, vive a expectativa de liberar nos próximos dias o uso do imunizante da Johnson & Johnson. . Outro pernambucano que vive em solo americano é o advogado Thiago Bezerra, 34. Morando em Boston, ele tem a previsão de ser vacinado no mês de abril. “O grande benefício que eu vejo é que os EUA têm insumo, têm condições de comprar novos insumos para produção. Então, nós sabemos que vai chegar a hora de vacinar, o que nos fará sentir um pouco mais seguros”. Apesar de não ter sido vacinado, Thiago considera que a campanha ocorre bem e de forma transparente. “Fizemos o cadastro que por enquanto contempla apenas os mais idosos e o pessoal que trabalha na área de saúde. O reflexo da pandemia no cotidiano das pessoas tem apontado para um maior otimismo. O país está reagindo bem otimista, é tanto é que você vê a bolsa de valores subindo”. Diante do otimismo da vacinação e dos estímulos anunciados por Biden para a economia americana, ontem (8) as bolsas do País alcançaram recordes no fechamento. O índice Dow Jones chegou a 0,76%, batendo 31.386 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq alcançou 0,95%, chegando a a 13.988 pontos. LEIA TAMBÉM http://revista.algomais.com/noticias/confira-os-10-paises-que-mais-vacinaram-no-mundo Como anda a vacinação na Argentina? . . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente rafael@algomais.com rafaeldantas.jornalista@gmail.com

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Recife amplia vacinação para novo grupo a partir desta quarta-feira

Da Prefeitura do Recife A Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, vai ampliar, a partir de quarta-feira (10), a vacinação para os trabalhadores da saúde com 60 anos ou mais. Além disso, já a partir de hoje (9), a gestão municipal abre o agendamento para que os trabalhadores da saúde da linha de frente da pandemia marquem o dia, horário e local para receber a segunda dose da vacina contra a covid-19. Na capital pernambucana, quase 18 mil doses da CoronaVac (Butantan/Sinovac) foram aplicadas nesse público-alvo desde o dia 19 de janeiro. O prefeito do Recife, João Campos, fez os dois anúncios na sede da Prefeitura, em seu gabinete, na tarde desta segunda-feira. “A partir desta terça-feira é possível fazer a marcação da segunda dose da vacina da CoronaVac. Então você que já foi vacinado com ela, pode fazer a marcação através do site ou do aplicativo do Conecta Recife. E a partir de quarta-feira, estará disponível para agendamento a vacinação de quem tem 60 anos ou mais e é trabalhador da saúde. Se você tem o número ou registro de algum conselho, você anexa este documento na marcação, e para quem não tem inscrição em algum conselho, pega a autorização da instituição de saúde na qual você trabalha. Então, a partir de quarta, trabalhadores da saúde, 60 anos ou mais, já podem ser vacinados”, esclareceu João Campos. Diferente da primeira etapa, em que as equipes volantes da Secretaria de Saúde iam até as unidades de saúde, agora os profissionais terão de agendar e se dirigir a um dos nove centros de vacinação ou a um dos cinco pontos de drive-thru para receber a dose complementar. A recomendação do Comitê Técnico Estadual para acompanhamento da vacinação contra a Covid-19 é fazer a aplicação da segunda dose da Butantan/Sinovac entre o 21º e 28º dia depois da primeira. Os trabalhadores devem realizar o agendamento através do Conecta Recife – www.conectarecife.recife.pe.gov.br ou app disponível nas lojas PlayStore, para Android; e AppStore, para dispositivos iOS. Além da marcação, eles terão de apresentar, no dia da vacinação, o comprovante de que tomou a primeira dose. Já os idosos que vivem nas Instituições de Longa Permanência, as pessoas a partir de 18 anos com deficiência severa que moram em residências inclusivas e os trabalhadores desses locais, não precisarão realizar agendamento. Como aconteceu na aplicação da primeira dose, essas pessoas vão receber a visita de equipes volantes da Secretaria de Saúde que vão administrar a segunda dose do imunizante. TRABALHADORES DA SAÚDE A PARTIR DE 60 ANOS - Nesta semana, a Prefeitura do Recife avança em mais uma etapa do Plano Recife Vacina. A partir de quarta-feira (10), os trabalhadores com 60 anos ou mais, de qualquer setor da saúde e que atue no município, poderão realizar o agendamento para serem vacinados. Essa ampliação vai acontecer de acordo com a faixa etária desses profissionais, e não por setores, como estava sendo feito. Para as profissões que possuem conselho, basta apresentar a carteira funcional. Já os trabalhadores cuja categoria não seja regulamentada por conselho terão de apresentar a declaração. O Recife recebeu, até o momento, 128.080 doses de vacina, enviadas pelo Ministério da Saúde. Das 111.560 recebidas da CoronaVac (Butantan/Sinovac), 34.020 chegaram neste fim de semana. A capital pernambucana também recebeu outras 16.520 da Oxford/AstraZeneca.

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Lição da pandemia: olharmos para o coletivo

Por Sílvia Gusmão* Recentemente presenciei uma conversa sobre o que fazer com as crianças durante as férias, neste tempo de pandemia. Eram pais preocupados com os efeitos dos meses em que seus filhos estavam trancafiados em casa. Um deles sugeriu contratar profissional especializado em atividades recreativas. Alguns consideraram a alternativa atraente. Outros reagiram demonstrando temor da aglomeração. Instaurada a polêmica, alguém sugeriu que cada família decidisse se suas crianças participariam ou não. Naquele momento, indaguei se condutas individualistas, a cargo de cada família, seriam mais adequadas do que o compartilhamento de ações que visassem à coletividade. Lembrei ainda que as crianças podem ficar assintomáticas, mas transmitir o vírus para a família, vizinhos e comunidade. Pode surpreender, mas condutas individualistas não são fatos isolados. Ao contrário, tornam-se cada dia mais comuns na contemporaneidade. Basta observar restaurantes e bares lotados de adolescentes sem respeito à importância da máscara e do distanciamento social. É compreensível o desconforto que o isolamento produz, como também o dilema dos pais para conter os filhos em casa, privados da rotina da escola e do convívio social. Como também é considerável a tensão acirrada pelo ensino à distância cansativo, exigente e pouco produtivo para muitos estudantes, o que provoca desentendimento entre pais, filhos e escola. Urge identificar alternativas para lidar com as restrições que irão perdurar. Apesar da perspectiva otimista trazida pela vacina, ainda viveremos algum tempo fazendo uso de máscara e do distanciamento social, dizem os especialistas. Considerado pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, o médico e sociólogo Nicholas Christakis afirma que a pós-pandemia se dará apenas em 2024. Em sua opinião, quando a imunidade de grupo for alcançada, ainda teremos de enfrentar impactos econômico e social trazidos pela pandemia. Segundo Christakis, epidemias não são novidade na humanidade. Ocorrem a cada 100 anos. São novas e aterrorizantes para quem as vivencia. O vírus da Covid-19 nos aproximou da morte, nos confrontou com nossa fragilidade diante das contingências da vida. Abalou as certezas e a ilusão de que controlamos nosso futuro. Além do tempo de luto e dor pelas perdas constantes de parentes, amigos, colegas de trabalho, empregos, convívio social ... enfrentamos um horizonte que não sabemos qual será. Frente a essa terrível experiência, as pessoas lidam com os recursos psíquicos que dispõem. Alguns sucumbem à angústia e se paralisam. Outros se defendem negando a dimensão letal do vírus. Melhor saída seria reconhecer a vulnerabilidade da condição humana e inventar um saber fazer diante dos percalços para seguir caminhando. Afora o risco de contrair a doença, morrer ou ficar sequelado, a pandemia impõe a convivência intensa e forçada com a família, fato gerador problemas, mas também de ganhos e aprendizagens. Exercitando a paciência podemos extrair lições e aproveitar esta oportunidade para dar testemunho às crianças e aos adolescentes do valor dos ideais de fraternidade e solidariedade para a vida social na pandemia, e sempre. *Sílvia Gusmão é psicanalista e sócia da Trajeto Consultoria

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Pernambuco entrega nova remessa de vacinas da Sinovac/Butantan

Do Governo de Pernambuco Em 24 horas após aterrissar no Aeroporto Internacional do Recife, por volta das 11h do último domingo (07/02), a nova remessa de vacinas contra a Covid-19 já chegou a todas as 12 Gerências Regionais de Saúde (Geres), em uma operação logística que envolveu os técnicos do Programa Estadual de Imunização (PNI-PE) e o apoio da Secretaria de Defesa Social (SDS), além da companhia aérea Azul para o transporte aéreo do insumo para o Sertão. Das 118.200 unidades recebidas, para primeira e segunda doses dos trabalhadores de saúde, mais de 93,4 mil foram destinadas às cidades pernambucanas. As outras 24,7 mil ficaram com o Estado para imunização de sua rede, como pactuado com os gestores municipais na Comissão Intergestores Bipartite (CIB). Após chegarem ao aeroporto, todos os imunizantes foram levados ao PNI-PE para verificação de temperatura e divisão das vacinas por municípios e Geres. Na tarde do próprio domingo, o primeiro carregamento seguiu por via aérea com destino a Petrolina, que, além das doses da região, distribuiu, por via terrestre, para as Geres de Ouricuri, Salgueiro e Serra Talhada; e por via terrestre para Afogados da Ingazeira. Os quantitativos das demais Gerências começaram a ser despachados às 6h de ontem (08/02). Com essa remessa, Pernambuco já recebeu mais de 511 mil doses de vacinas contra a Covid-19, sendo 427.560 unidades da vacina da Sinovac/Butantan, para as duas doses, e 84 mil da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz, apenas para a primeira - o Ministério da Saúde informou que encaminhará a segunda dose posteriormente. Com as unidades recebidas, já é possível atender 60% dos trabalhadores de saúde e 100% dos idosos a partir dos 85 anos, idosos em instituições de longa permanência, pessoas com deficiência institucionalizadas e população indígena. BALANÇO - Até o último domingo, com os imunizantes recebidos anteriormente, Pernambuco já tinha aplicado a primeira dose em 105.666 dos trabalhadores de saúde (89,8% dos 117.638 contemplados com o quantitativo recebido), 22.350 da população indígena (83,6% de 26.729) e 56.068 idosos a partir dos 85 anos (74,5% de 75.159), além de 4.701 idosos em instituições de longa permanência (190,9% das 2.462) e 577 pessoas com deficiência institucionalizadas (443,8% das 130), bem acima da média prevista. Em relação à segunda dose, 2.648 trabalhadores de saúde já foram vacinados e finalizaram o esquema. Ao total, são mais de 192 mil doses aplicadas. Importante lembrar que a orientação do Comitê Técnico Estadual para Acompanhamento da Vacinação contra a Covid-19 é que a segunda dose da vacina da Sinovac/Butantan seja feita entre o 21º e 28º dia - esta segunda é o 21º dia após a primeira aplicação no Estado. Esse fabricante tem sido utilizado em todos os grupos prioritários do momento, exceto os idosos a partir dos 85 anos, que estão utilizando o imunizante da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz, que indica a segunda dose apenas três meses após a primeira. “Neste início da vacinação contra a Covid-19, Pernambuco vem mostrando sua expertise na imunização da população. Quero destacar que, dadas as condições de fornecimento de insumos, o Estado tem agilidade e eficiência na aplicação das vacinas. Em 2020, por exemplo, em apenas 30 dias, nós imunizamos mais de 1,4 milhão de pessoas contra a influenza. Mas, diferente de ações anteriores, neste momento, as gestões estadual e municipais se deparam com um quantitativo de doses aquém do total das populações prioritárias. Contudo, por meio de pactuações na CIB e no Comitê técnico-científico, a Secretaria Estadual de Saúde tem discutido a ordem de priorização e as estratégias para otimizar o uso das vacinas”, destacou a Superintendente de Programa Estadual de Imunização, Ana Catarina de Melo.

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Recife deverá criar um Escritório de Gestão do Centro

Da Prefeitura do Recife O prefeito do Recife João Campos visitou a sede da Câmara dos Dirigentes Logistas do Recife (CDL-Recife), na Boa Vista, na tarde de ontem (8). Recebido pelo presidente da instituição Frederico Leal, ex-presidentes e diretores do CDL, o prefeito reforçou, durante a reunião, o compromisso em implementar um escritório de gestão específico para tratar dos desafios e das potencialidades do centro do Recife, inclusive a situação do comércio local. “A gente já tinha o compromisso e vamos fazer agora: a gente está desenhando para fazer a implementação do escritório do centro do Recife. O único tema que foi colocado em todas as reuniões que eu participei quando candidato foi o centro do Recife. Na minha concepção a gente tem que olhar o centro como um conjunto único. A gente tem a primeira ilha, o Bairro do Recife, com uma vocação econômica mais ligada a pauta da tecnologia e é um polo de serviços também, e tem a Ilha de Antônio Vaz, com os bairros de São José e Santo Antônio, com área de comércio mais forte da cidade, e é uma área que a gente precisa ter uma atenção especial pelo momento de transição que existe. Eu acredito que nunca vai deixar de existir o poder do comércio presencial e dos centros urbanos como espaço de vida de uma cidade, mas naturalmente tivemos uma pandemia que mudou a forma de convívio, então precisamos discutir coletivamente”, destacou João Campos durante o encontro. O gestor municipal também esclareceu que o escritório vai fazer a gestão, mas também continuarão existindo os atores responsáveis pela limpeza urbana e pela manutenção, então a gestão vai ocorrer de forma transversal. Por fim, comentou que será solicitado um estudo econômico do corredor do comércio, como pode ser estimulado, estudar o movimento nos centros históricos, o movimento de fortalecimento da moradia no centro, sobretudo em São José e Santo Antônio. O encontro também contou com uma apresentação do consultor da TGI Consultoria e Gestão e membro do Observatório do Recife, Francisco Cunha sobre as potencialidades e medidas que podem tornar o centro do Recife mais atraente para os munícipes. O presidente da CDL-Recife Frederico Leal se colocou a disposição para contribuir com as políticas impulsionadoras do centro da cidade. “A CDL está aqui à disposição, sempre esteve, a gente está aqui 24 horas por dia. Sempre estivemos aqui juntos. Estamos sempre abertos a discutir, focando no centro do Recife. O centro do Recife foi o lugar onde cresci e vivi”, comentou ele. Além do presidente, estiveram presentes, Eduardo Catão, presidente da FCDL-PE, o vice-presidente da CDL, Cid Lôbo, Hugo Philippsen, Diretor Executivo , Paulo Monteiro, Assessor Institucional e Ivson Santos, Diretor da CDL Recife e lojista do bairro de São José.

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Setor de orgânicos cresce 30% em 2020 e aponta nova tendência

O setor de orgânicos foi resistente ao período de crise econômica e sanitária de 2020 e seguiu seu ritmo de avanço no Brasil. “Fechamos 2020 com um crescimento aproximado de 30% em relação a 2019, movimentando cerca de R$ 5,8 bilhões”, revela Cobi Cruz, diretor da Organis, destacando que esses números mostram algo mais do que apenas um simples salto passageiro no consumo. “O aumento, em si, não chega a ser uma novidade, já que os orgânicos quadruplicam suas vendas entre 2003 e 2017 e cresceram 15% em 2019”, explica ele e completa: “na verdade, esses 30% conquistados em tempos de crise apontam uma tendência, a consolidação de um novo cenário, na qual a alimentação saudável, a sustentabilidade e as relações de produção socialmente mais justas estão ganhando terreno no conjunto da sociedade”. . . Segundo Cobi Cruz, essa aceleração repentina do mercado que, inclusive, rompeu os limites dos grandes centros e chegou às cidades do interior do país, foi importante, também, para provar que os produtores orgânicos estão preparados para suprir esse e outros aumentos da demanda. “Se existia preconceito e desinformação sobre a capacidade de produção dos orgânicos, a própria realidade acabou por derrubar esse mito” explica ele. Os números comprovam que os empreendedores do setor obtiveram expressivo aumento de produtividade e foi isso que, por sua vez, possibilitou atender a essa demanda 30% maior em um período no qual o incremento de novas unidades orgânicas cadastradas no Ministério da Agricultura foi de 5,4%. Outro dado importante de 2020, segundo a Organis, foi o amadurecimento das relações do movimento orgânico com distribuidores e pontos de venda, inclusive as grandes redes de supermercados. “O varejista, que trabalha na ponta, percebe muito rápido as tendências de consumo e precisa estar preparado para atender bem o consumidor”, diz Cobi Cruz, salientando também o grande incremento dos orgânicos no comércio online, nas entregas programadas de cestas e em vários formatos delievery. Para 2021, a Organis projeta um crescimento de 10%, número conservador, que leva em conta as incertezas e que pode ser revisto, conforme ocorram mudanças no cenário econômico. “Dez por cento é um bom número de trabalho, equilibrado, que serve para o mercado dos orgânicos planejar e investir. Mas, se houver crescimento acima desse patamar, como em 2020, estamos prontos para os ajustes e, principalmente, para buscar a inovação em todos os momentos. Dinamismo e poder de reação rápida são características do nosso movimento” diz ele. Com as mudanças de cenário e a consolidação dos orgânicos como tendência que veio para ficar, a Organis se prepara para intensificar os seus esforços na divulgação dos conceitos e objetivos do movimento junto aos seus novos nichos de consumidores. “A agricultura e a indústria dos orgânicos têm inúmeros aspectos positivos, além dos mais conhecidos, como pureza, sabor e potencial de nutrição. Precisamos falar, cada vez mais, em sustentabilidade ambiental, aumento da renda no campo, redução das migrações às periferias das grandes cidades e na manutenção dos jovens talentos empreendedores em suas regiões”, explica Cobi, salientando ainda as imensas possibilidades de crescimento da presença do Brasil em uma qualificada, valorizada e crescente área do comércio internacional.

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Thales Castro se reúne com a vice-prefeita Isabella de Roldão

A vice-prefeita do Recife, Isabella de Roldão, recebeu ontem o vice-presidente do Iperid e Cônsul de Malta, Thales Castro. Na pauta desse encontro estava o fortalecimento das relações internacionais da capital da diplomacia consular do Norte-Nordeste do Brasil: o Recife. "Foi uma tarde muito agradável, marcada por uma série de agendas internacionais nesse momento de nova gestão municipal. A gente observa o carinho, o zelo e a atenção que a gestão municipal está dando não só ao corpo consular, aqui em Recife, mas, sobretudo, as várias possibilidades de cooperação internacional", afirmou Thales Castro. O cônsul informou que a vice-prefeita se comprometeu a enviar uma carta para todo o corpo consular que atua em Pernambuco para provocar um encontro em breve. "Nesse encontro nós vamos ter o estreitamento dessa sinergia. Vamos pontuar uma agenda de trabalho para o ano de 2021, mesmo em meio à pandemia. Então, realmente, eu fiquei muito otimista e entusiasmado com esse momento de proatividade da vice-prefeita Isabella de Rodão em relação às múltiplas oportunidades no Recife, como ramo consular". A capital pernambucana abriga 43 consolados, além da sede do Itamarati na região. Thales afirma que esse número deixou a vice-prefeita impactada. "Então, ela quer maximizar todo esse potencial para gerar oportunidades para o Recife e para os recifenses, gerar cooperação internacional no âmbito da gestão pública municipal e também quer gerar uma aproximação com o setor produtivo, o capital privado. Isso produzirá verdadeiramente um novo ecossistema de transformação socioeconômica internacional para o município", finalizou Thales.

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"De tempos em tempos, precisamos de uma revisão interna, com a casa não é diferente"

O psicólogo e tutor da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Leopoldo Barbosa, conversou com o repórter Rafael Dantas para a edição 179.1 da Algomais sobre como a pandemia influenciou a nossa concepção de lar ao nos deixar mais tempo em casa. Essa transformação teve impactos no comportamento e no consumo dos brasileiros, que ficaram mais domésticos em 2020. . Mais do que um conjunto de paredes, cômodos e tetos, a moradia é uma âncora de segurança, conforto e aconchego. O significado afetivo do que o homem chama de casa ganhou outra dimensão em tempos de pandemia provocada pelo novo coronavírus? Como esse período de maior necessidade de permanecer no lar influenciou essa percepção? O lar sempre foi reconhecido como um lugar de segurança, uma direção que nos orientava para onde voltar. Com a pandemia, além da recomendação e da ideia que reforçou isso fisicamente com as medidas de isolamento e distanciamento, simbolicamente essa realidade ganhou outras proporções. A convivência com as pessoas passou a ser mais intensa e muitas reflexões nos proporcionaram a abertura de novos horizontes. O lugar de segurança afetiva, passou a ser também o lugar de segurança e manutenção da vida profissional. O trabalho home office, antes uma realidade para uma parcela da população, passou a ser reconhecido como necessidade e hoje faz parte das estratégias de adaptação de muitas empresas. Afetivamente passamos a perceber mais as necessidades do outro e as nossas. Temos visto um maior investimento das pessoas no ambiente interno da casa para trazer mais conforto, garantir maior lazer doméstico ou mesmo para estruturar melhor algum espaço para o ambiente de trabalho. Esse maior cuidado com o lar é um reflexo de uma tentativa de maior cuidado das pessoas consigo mesmas nesse período tão estressante ainda de enfrentamento da pandemia? O ambiente tanto pode ser o reflexo de como nos sentimos internamente, quanto também pode exercer poder positivo na nossa organização emocional. Profissionalmente, dividir espaço com as pessoas dentro da mesma casa/apartamento, abriu espaço para respeitar horários e demandas diferentes que surgiram diante desta nova realidade. Para famílias com filhos, por exemplo, os horários do trabalho e das escolas, por vezes eram sobrepostos, o que trouxe a necessidade de dividir cômodos (quartos, salas) e equipamentos (computadores, tablets ou mesmo smartphones). A tendência era que passássemos a maior parte do nosso dia no trabalho, e, se naturalmente já não era uma tarefa simples dividir trabalho de vida pessoal, com o home office as coisas se complicaram um pouco mais. Assim, além dos aspectos profissionais, e reconhecendo que o equilíbrio emocional considera o ambiente, a casa precisou ser “vista” novamente como um espaço que pudesse suportar a intensidade emocional vivida por todos e a percepção de aconchego e descanso fez com que muitas pessoas passassem a reorganizar esses espaços. Uma prática que tem sido adotada de forma quase que terapêutica por muitas pessoas é o cultivo de plantas. Aumentou muito a venda de itens e mudas para jardins internos. Essa é uma prática relevante para trazer uma maior saúde mental ou emocional? Que outras práticas no ambiente doméstico seriam recomendadas? Cada família precisou perceber as suas necessidades e adequar os interesses comuns. Novos hábitos foram desenvolvidos e os cuidados com o ambiente interno se transformaram em realidade. De ajustes na disposição dos móveis, organização de livros, distribuição de itens sem uso, aquisição de animais, cuidados de plantas e sim, as reformas... que tenderam a interferir nas reuniões online, nas aulas e chamadas de video. Mas é isso, de tempos em tempos, naturalmente precisamos de uma revisão interna, com as nossas casas não poderia ser diferente, elas nos refletem. O aprendizado ainda está acontecendo mas já constatamos mudanças positivas, cada uma no seu tempo e de acordo com as suas reais necessidades.

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Garagem de remo do Náutico é classificado como Imóvel Especial de Preservação

Da Prefeitura do Recife A tradicional garagem de remo do Náutico, localizada na Rua da Aurora, área central do Recife, agora é Imóvel Especial de Preservação (IEP). O decreto foi assinado ontem (8) pelo prefeito João Campos na presença da diretoria do clube, em seu gabinete na Prefeitura do Recife. O imóvel é parte da história centenária do Náutico, que começou como uma agremiação de remo, em 1901 e é também parte da história do esporte no Recife. Com a decisão, de acordo com a Lei Municipal dos Imóveis Especiais de Preservação (Lei nº 16.284/1997), o local não pode passar por modificações estruturais que alterem as características originais. “A gente sabe que o Recife nasce do encontro dos rios e os rios também servem para a prática esportiva como é o caso do remo, e o Náutico nasceu de um clube de remo em 1901. Então neste ano em que o Náutico completa 120 anos, a gente decreta como imóvel de preservação o imóvel que marca esse início do Náutico, na Rua da Aurora, onde funciona a parte de remo do Clube Náutico Capibaribe. E a gente mostra não só um gesto com a preservação do nosso patrimônio, mas também com a preservação da história da nossa cidade, do Clube Náutico Capibaribe e da prática esportiva. A gente já tem parcerias com os clubes da nossa cidade e vamos ampliar podendo colocar o esporte como uma atividade essencial para a geração de oportunidade para as pessoas, para as crianças, para os jovens, sobretudo num momento de uma crise tão severa como o mundo vem atravessando”, comentou o prefeito João Campos na ocasião. Para o presidente do clube Edno Melo, a classificação da sede do remo como IEP contribui para a preservação da história da própria cidade. “Representa o resgate e a preservação da história do clube e a história do Recife. Esse decreto vem colaborar com a situação que o Clube Náutico vem construindo: resgatando a história, resgatando o orgulho de ser alvirrubro. E como a gente sabe o Náutico surgiu do remo, é uma instituição centenária, este ano o Náutico completa 120 anos, nada mais justo do que a gente receber esse tombamento como Imóvel Especial de Preservação num ano tão emblemático para a gente”, pontuou. A transformação da garagem de remo do Náutico em IEP foi aprovada em reunião do Conselho de Desenvolvimento Urbano da Cidade em 27 de novembro de 2020 e o decreto será publicado no Diário Oficial. Será o IEP número 263 do Recife desde a promulgação da lei. O objetivo da norma é preservar exemplares de arquitetura significativa para o patrimônio histórico, artístico e cultural da cidade, de forma a manter viva a memória da identidade do Recife. Ainda de acordo com a legislação, cabe ao proprietário da edificação manter as características originais do imóvel. Fica vedada a demolição, descaracterização dos elementos originais e alteração da volumetria e da feição da edificação original. Segundo a lei, “as intervenções de qualquer natureza nos IEPs ficam sujeitas à consulta prévia e à análise especial por parte dos órgãos competentes do Município". Além do prefeito João Campos e do presidente do Náutico Edno Melo, participaram do encontro o vice-presidente executivo e de futebol Diógenes Braga, o presidente do conselho deliberativo Alexandre Carneiro e o diretor Luiz Filipe Figueiredo e secretários municipais.

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