2021 - Página 158 De 173 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2021

“Diante da falta de memória do povo, uma saída que podemos oferecer é o jornalismo e a literatura.”

“Um povo que não conhece a sua história está fadado a repeti-la”. A frase do filósofo Edmund Burke se encaixa bem com a falta de memória ou o desconhecimento dos brasileiros so bre fatos passados. Uma realidade perigosa que chega ao extremo de haver pes soas pedindo a volta da ditadura militar. Daí a importância de livros como Queridos Rivais, do jornalista Sérgio Montenegro. A obra aborda a União por Pernambuco, uma aliança entre PMDB e PFL ocorrida nos anos 90 que parecia impensável na época. Nesta entrevista a Cláudia Santos, Sérgio relembra esse período da política pernam bucana e do País, analisa as consequências dessa coligação e fala um pouco sobre a importância de revisitar a história. A aliança entre PMDB e PDS, que permitiu eleger, por via indireta, Tancredo Neves presidente da República, abriu ca minho para outras alianças como a União por Pernambuco? Com certeza, sim. Tancredo Neves, na época, era do PMDB, José Sarney havia presidido a Arena e, com a volta do pluripar tidarismo, migrou para o PDS. Aquela aliança só aconteceu por causa da rebeldia de alguns pedessistas – todos apoiadores do regime militar – que divergiram da candidatura de Paulo Maluf pelo partido. Entendiam que Maluf tinha a simpatia da caserna e poderia representar uma continuidade do regime, indeseja da naquele momento em que se negociava a redemocratização. Em princípio, eles defendiam que o partido lançasse a candida tura do ex-ministro Mário Andreazza, mas foram derrotados. Então, saíram do PDS e formaram a Frente Liberal, que não era partido ainda, para apoiar Tancredo Neves. A condição imposta ao PMDB para esse apoio foi a composição da chapa, com a indicação do vice: José Sarney. E assim foi feito o acordo. No mesmo ano da eleição de Tancredo/Sarney, que aconteceu em janeiro de 1985, houve a disputa para prefeitos de capitais. No Recife, havia uma disputa interna no PMDB entre dois deputados federais pela indicação como candidato: Jarbas Vasconcelos e Sérgio Murilo Santa Cruz, que se articulou com o PFL local – então já registrado como partido – formando uma espécie de reedição da aliança feita em torno de Tancredo, e conseguiu a indicação. Jarbas, então, saiu do PMDB para o PSB, numa manobra comandada por Miguel Arraes, que via no aliado um importante reforço no Recife para a sua própria candidatura a governador no ano seguinte. Jarbas venceu a eleição, ironicamente derrotando a aliança PMDB-PFL. Menos de 10 anos depois, ele mesmo articulava uma aliança com os pefelistas no Estado. Na sua opinião, quais as consequências que a aliança PMDB-PFL trouxe para Pernambuco? A principal delas foi a eleição – e reeleição – de Jarbas Vas concelos como governador, mantendo o comando do Estado por mais ou menos uma década, embora quando da negociação da aliança tenha havido falas mais otimistas de que aquele seria um projeto de poder para no mínimo 20 anos. A aliança também garantiu a eleição de Roberto Magalhães para a Prefeitura do Recife em 1996, e a vitória de vários prefeitos no Estado liga dos aos dois partidos, o que reforçou muito a gestão de Jarbas. Em termos administrativos, a aliança promoveu avanços em Pernambuco, como a duplicação da BR 232 – mesmo tendo que ser feita com dinheiro estadual, embora fosse uma rodovia fe deral – e ajudou a interiorizar vários vários investimentos que geraram  desenvolvimento nos municípios mais distantes. Também ajudou a estruturar o Complexo de Suape e melhorou a fruticultura no São Francisco, onde a família Coelho, de maioria pefelista, tinha e tem sua principal atividade econômica. Mas, no livro Queridos Rivais, contesto a justificativa dos idealizadores da aliança de que ela havia sido feita com a finalidade de desenvolver o Estado. Ela foi feita com um objetivo de derrotar Miguel Arraes e seu grupo político, adversário de Jarbas Vasconcelos e dos pefelistas, e tomar deles o comando do Estado. Jarbas tinha o projeto político de ser governador, mas seu partido estava enfraquecido em Pernambuco, principalmente no interior, depois da derrota sofrida em 1990, quando o PFL elegeu Joaquim Francisco governador, derrotando o próprio Jarbas. Mas em 1992, Jarbas deu a volta por cima e se elegeu prefeito do Recife com facilidade, já pensando na disputa pelo governo dois anos depois. O PMDB tinha um nome para 1994, o de Jarbas. Mas não tinha bases políticas suficientes. Já o PFL, dispunha dessas bases com folga, mas não tinha um candidato forte para enfrentar Arraes, candidatíssimo pelo PSB. A aliança era, então, uma dobradinha perfeita. Mas, quando as eleições para governador se aproximaram, as pesquisas indicavam que seria muito difícil vencer Arraes. Jarbas desistiu de disputar e apoiou Gustavo Krause, do PFL. Ele sabia que se sofresse uma derrota para Arraes em 94 não teria mais chances de chegar ao Governo do Estado. Bolsonaro se elegeu com um discurso de fazer “a nova política”, sem se aliar a partidos que faziam o que ele chamava de “velha política”. Mas acabou aliando-se ao Centrão. A política brasileira está fadada às alianças? Jair Bolsonaro era um deputado federal com sete mandatos quando foi candidato a presidente em 2018. Jamais poderia se apresentar como “novo”. Mas seus marqueteiros souberam explorar um sentimento de desilusão, sobretudo depois que o PT, apesar de dois governos bem-sucedidos e muito bem aprovados de Lula, passou a ser alvo de denúncias de corrupção. Bolsonaro, assumidamente de direita, soube explorar esse antagonismo, responsabilizando as esquerdas por tudo de ruim que acontecia no País, e prometendo mudar a vida das pessoas, com um discurso persecutório e excludente, que usava a polarização e o ódio político como combustível, aditivado ainda pelo uso de fake news. Em 2018, ele não tinha o apoio do Centrão, que preferia nomes menos radicais. A maioria do bloco ficou com o tucano Geraldo Alckmin, mas houve apoios ao banqueiro Henrique Meirelles, do PMDB, a Álvaro Dias, do Podemos, e até a João Amoêdo, do Partido Novo. Na época, confortável no seu favoritismo, Bolsonaro dizia que o Centrão era “o que há de pior

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Requalificação de via facilita acesso à Carpina

Carpina e Região vão ganhar uma nova via que, ao ligar a PE 90, na altura do Hospital das Clínicas, à BR 408, vai beneficiar não só os residentes do Município, mas quem chega a ele, vindo de cidades como Tracunhaém, Nazaré da Mata, Goiana e praias como Ponta de Pedras e Itamaracá. Ao final das obras, a Avenida Professora Amélia Lemos, que era uma pequena via sem asfalto e sem saída, contará com 1,25 km asfaltados, com duas faixas indo e duas voltando, canteiro central de 20 metros e calçadas de 1,5m. A obra, cujo investimento é de cerca de R$1 milhão, é parte da implantação do loteamento Terranorte Carpina, empreendimento da Terranorte Urbanismo, empresa do Grupo Pernambuco Construtora. “Atuar em Carpina é estratégico, já que nossos estudos apontaram que a região é um polo em crescimento e deve atrair ainda mais residentes e investidores. Estamos felizes em fazer parte  deste processo de desenvolvimento oferecendo este equipamento para a Cidade e Região etambém um produto que conta com padrão e diferenciais inéditos na área”, afirma Arthur Rebêlo, gerente administrativo da Terranorte Urbanismo. A primeira faixa da via já está pronta, atendendo à população em sistema de mão e contramão. O outro lado do canteiro central fica pronto junto com a implantação do loteamento, previsto para setembro de 2023. O Terranorte Carpina fica às margens da BR-408. A empresa comercializa lotes de 160 m² até 596m², com custos a partir de R$55.840 mil (parcelas mensais a partir de R$ 299,19). O empreendimento somará 1.617 lotes, que serão disponibilizados por fases.

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Karina Buhr é a convidada do Sonora Coletiva nesta semana

Da Fundaj No início da década de 1990, à margem da chamada Cena Mangue, Karina Buhr iniciava sua carreira artística tocando percussão em tradicionais grupos de maracatu, como o Piaba de Ouro e o Estrela Brilhante. Mas logo seria atraída pela música produzida por bandas que, mais tarde, iriam integrar aquela cena, como a pioneira Eddie, na qual teria uma breve participação. E, em meio a uma cena em que as bandas eram formadas quase que exclusivamente por homens, criaria talvez a única banda local composta apenas por mulheres, a Comadre Fulozinha, que gravou três álbuns e realizou excursões pelo Brasil, Europa e Améria do Norte. Já nos anos 2000, Karina Buhr expandiu o seu interesse artístico participando do Teatro Oficina, comandado por José Celso Martinez, e se dedicou à carreira musical solo, lançando quatro álbuns, e publicou um livro de poemas. O bate-papo com Karina Buhr acontecerá na próxima quinta-feira (dia 4), às 19h, e será transmitido pelo Canal multiHlab, no YouTube, como parte das atividades do Sonora Coletiva, vinculado à Revista Coletiva, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Participarão dessa conversa os pesquisadores Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto, responsáveis pela mídia experimental multimídia Sonora Coletiva. Os três pesquisadores vêm desenvolvendo atividades no âmbito do Núcleo de Imagem, Memória e História Oral (NIMHO), do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira (Cehibra), coordenado pela pesquisadora Sylvia Couceiro e Cristiano Borba, registrando depoimentos dos que produziram música em Pernambuco entre os anos de 1970 e 2000. Originalmente um podcast da Revista Coletiva, no atual formato de encontros virtuais e transmitido pelo Youtube, o Sonora Coletiva tem a música e a literatura como dois de seus temas centrais nessa atual temporada. Mas, como chama a atenção o pesquisador Túlio Velho Barreto, “com a participação de Karina Buhr queremos abordar não só a sua carreira como instrumentista, compositora e cantora, mas também sua trajetória como atriz, artista visual e, em especial, poeta. Nesse caso, a partir da publicação de seu elogiado livro de poemas ‘Desperdiçando Rima’, de 2015, publicado pela Editora Rocco. Sem deixar de lado, muito pelo contrário, a questão da presença e da luta das mulheres na sociedade, de modo geral, e na cultura e nas artes, em particular.” Além dos álbuns do Comadre Fulozinha e de seus trabalhos solos, Karina Buhr participou de discos de diversos artistas e bandas, como o mundo livre S/A, DJ Dolores, Antônio Nóbrega, Erasto Vasconcelos, Mestre Ambrósio, Cidadão Instigado, Bonsucesso Samba Clube, Véio Mangaba e suas Pastoras Endiabradas, bandinha de pífanos Zabumba Veia do Badalo, Bárbara Eugênia, Marina Lima, Anelis Assumpção, entre outros. Participou ainda de várias trilhas sonoras de filmes, peças de teatro e dança. E recebeu prêmios da crítica especializada nacional por alguns de seus álbuns solos. Saiba mais SONORA COLETIVA​ é o canal experimental multimídia da revista eletrônica de divulgação científica Coletiva, publicada pela Fundaj. Sediada no Recife, disponibiliza dossiês temáticos com uma perspectiva de diálogo entre saberes acadêmicos e outras formas de conhecimento, prezando pela diversidade sociocultural e liberdade de expressão. É voltada para um público amplo, curioso e crítico. O projeto integra o Mestrado Profissional de Sociologia em Rede Nacional (ProfSocio), o Laboratório Multiusuários em Humanidades (multiHlab) e a Villa Digital, envolvendo ainda as diversas diretorias da Fundação Joaquim Nabuco. Serviço SONORA COLETIVA conversa com Karina Buhr Participantes: Allan Monteiro, Cristiano Borba e Túlio Velho Barreto Data: 4 de fevereiro de 2021 (quinta-feira) Horário: 19h Transmissão no Canal multiHlab

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Brasil deve receber até 14 milhões de vacinas de Oxford em fevereiro

Da Agência Brasil O Ministério da Saúde informou que deve receber em meados de fevereiro entre 10 e 14 milhões doses da vacina produzida pela AstraZeneca-Oxford contra a covid-19. A pasta recebeu uma carta do consórcio internacional Covax Facility com as informações sobre o repasse de doses. O grupo faz parte de uma aliança global da Organização Mundial da Saúde (OMS) para garantir acesso ao imunizante. O Brasil é um dos 191 países que fazem parte da Covax Facility. Em setembro do ano passado, duas medidas provisórias editadas pelo presidente Jair Bolsonaro garantiram os recursos para que o país participasse do consórcio. O governo federal também possui parceria direta com o laboratório AstraZeneca e a Universidade de Oxford para produção de vacinas, por meio da Fundação Osvaldo Cruz, e com o Instituto Butantan, responsável pela CoronaVac.

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Parque de Dois Irmãos usa hidroterapia para recuperar movimentos de preguiça resgatada

Da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas-PE) Ficar pendurado em copas de árvores por horas e até dias é normalmente uma tarefa fácil para as preguiças. Mas, para Laura, uma preguiça resgata com o braço quebrado na mata Dois Irmãos, esse é hoje um dos seus maiores desafios. A pequena já passou por cirurgia em dezembro. Agora os técnicos do Parque, equipamento administrado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas-PE), apostam na hidroterapia para acelerar a recuperação dela de forma segura, fortalecendo os membros e melhorando os movimentos do animal. Laura tem cerca de dois anos de idade e chegou ao Parque pelas mãos de uma moradora que reside no entorno da Universidade Federal Rural de Pernambuco. A peludinha havia caído da árvore e fraturado o osso úmero do braço direito. Na operação, realizada em dezembro por meio de uma parceria com a Clínica Animalis, ela precisou receber uma placa metálica e pinos para ajudar na recuperação. Desde então, a equipe do Parque, através do Projeto Preguiça de Garganta Marrom, vem se dedicando ao processo de restabelecimento da pequena. Segundo a bióloga do parque e coordenadora do Projeto Preguiça de Garganta Marrom, Fernanda Justino, além das técnicas tradicionais usadas na recuperação de animais feridos, está se investindo em recursos como hidroterapia para alcançar melhores resultados. “Essa é a primeira vez que acompanhamos a recuperação de uma preguiça com placa metálica num membro tão importante para sua locomoção. Esse processo é lento e o recurso da hidroterapia ajuda a fortalecer o membro sem grandes impactos”, explica. Para quem imagina que a preguiça não gostou da ideia de fazer hidro ou tem um desempenho lento por suas características em terra firme, está bem enganado. Fernanda revela que a espécie se dá muito bem com a água, locomovendo-se até com mais destreza nesse ambiente. “As preguiças são boas nadadoras. Embora se desloquem com certa dificuldade no chão. O mesmo não acontece na água. Se caem na água, podem até atravessar um rio com facilidade. São bem mais rápidas nadando do que andando. E, Laura relaxa muito quando entra na sua piscina”, conta sorrindo. Laura nada três vezes por semana e depois da atividade toma um belo banho de sol. Como ainda está fortalecendo o braço, ela não pode ficar pendurada em árvores no recinto. Fica em um espaço separado, onde é observada por biólogos e veterinários. A companhia dela é um filhote de bicho-preguiça, o André, com pouco mais de quatro meses. André perdeu a mãe e também está em processo de reabilitação. “O carinho e o apego são sempre grandes. Mas, nossos esforços estão centrados em reabilitar os dois animais. A alegria maior é poder devolvê-los à natureza para que cumpram sua função ambiental”, defendeu Fernanda. A equipe do Parque de Dois Irmãos ressalta que faz o atendimento aos bichos que vivem na Unidade de Conservação ou por meio de parcerias com instituições específicas. Já os animais silvestres resgatados no estado devem ser encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres - Cetas Tangará, da Agência Estadual de Meio Ambiente – CPRH. A unidade fica localizada na Estrada da Muribeca, no bairro da Guabiraba, Zona Norte do Recife. Quem precisar entrar em contato com o Cetas pode ligar para (81) 3182.9022.

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Congresso volta ao trabalho com pautas urgentes na mesa

Da Agência Brasil Após pouco mais de um mês de recesso, o Congresso Nacional volta às atividades na segunda-feira (1º). Na primeira sessão, a Câmara e o Senado vão eleger os novos presidentes das duas Casas. Após a escolha dos presidentes, será preciso tratar de pautas que ficaram represadas em um Congresso que passou quase todo o ano passado lidando, em boa parte do tempo, com questões relacionadas à pandemia do novo coronavírus. No Senado, a eleição está marcada para iniciar às 14h. Após a escolha, por votação secreta, do novo presidente da Casa, que também comandará o Congresso, serão eleitos os membros da Mesa Diretora. Cinco senadores disputam a presidência: Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS), Major Olimpio (PSL-SP), Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e Simone Tebet (MDB-MS). Na Câmara, disputam a presidência os deputados Arthur Lira (PP-AL), Baleia Rossi (MDB-SP), Luiza Erundina (PSOL-SP), Marcel Van Hattem (Novo-RS), Alexandre Frota (PSDB-SP), André Janones (Avante-MG), Capitão Augusto (PL-SP), Fábio Ramalho (MDB-MG) e General Peternelli (PSL-SP). O prazo para o fim do registro de candidaturas está marcado para às 17h. Às 19h será feita a eleição do novo presidente da Câmara e do restante da Mesa Diretora. As eleições serão presenciais em ambas as casas. Orçamento e MPs Os parlamentares entraram de recesso em 23 de dezembro deixando pendências importantes. Uma das tarefas mais urgentes é a votação do Orçamento de 2021. Sem isso, as contas do governo ficam engessadas e o Executivo não pode fazer investimentos em infraestrutura ou aprovar medidas emergenciais ligadas ao combate à covid-19, por exemplo. “Se o Orçamento não for votado, o país não anda e não se vota nada”, disse o deputado José Medeiros (Podemos-MT). O Congresso deveria ter aprovado a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LOA) no final do ano passado, mas isso não ocorreu devido a um impasse na formação da Comissão Mista do Orçamento (CMO). A instalação da CMO estava prevista para outubro do ano passado, mas ainda não houve acordo sobre a distribuição de vagas entre os deputados. A CMO deverá contar com 31 deputados e 11 senadores. Além disso, existem 30 medidas provisórias (MPs) em tramitação. Dessas, 29 foram editadas em 2020 e 12 se encontram em regime de urgência, ou seja, obstruem a pauta da Câmara ou do Senado. Dentre elas, está a MP do Setor Elétrico. A MP destina recursos à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) para fins de redução da tarifa de energia elétrica aos consumidores até 31 de dezembro de 2025. A CDE é um fundo do setor elétrico que custeia políticas públicas e programas de subsídio, como o Luz para Todos e o desconto na tarifa para irrigação. O texto foi aprovado com modificações na Câmara e aguarda análise do Senado. Outra MP que tramita em caráter de urgência é a 1.003/20, que prevê a adesão ao Instrumento de Acesso Global de Vacinas Covid-19 (Covax Facility). A medida estabelece a liberação de cerca de R$ 2,5 bilhões para viabilizar o ingresso do Brasil nessa iniciativa. Deputados aprovaram o texto, que também aguarda posicionamento dos senadores. O Senado precisa votar a MP até 3 de março ou ela perde a validade. Auxílio emergencial Outro tema que deve ser discutido no início deste ano legislativo é o auxílio emergencial. Deputados terminaram as atividades no ano passado debatendo a MP 1.000/2020, que prorrogava o auxílio até dezembro do ano passado. Ela já cumpriu seu efeito, mas ainda é alvo de debates porque existem parlamentares, sobretudo da oposição, que defendem a prorrogação do auxílio. Eles consideram que a pandemia ainda reverbera negativamente no emprego e no orçamento do brasileiro. “É uma questão vital e essencial para impedir um caos social em nosso país: a votação urgente e necessária da prorrogação do auxílio emergencial”, disse o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) em declaração divulgada em suas redes sociais. Na visão dele, 14 milhões de brasileiros sem nenhuma outra fonte de renda “estarão abandonados à própria sorte” sem a prorrogação do auxílio. Pautas econômicas paralisadas Em meio ao cenário atípico de 2020, com comissões paralisadas e pautas sobre a pandemia dominando os debates, o governo não conseguiu que as pautas econômicas que considera importantes fossem discutidas e votadas no Congresso. Na lista estão matérias do chamado Plano Mais Brasil, como a PEC Emergencial, que prevê medidas de controle de despesas e de reequilíbrio fiscal. O plano também traz a discussão de um novo programa para substituir o auxílio emergencial. As conversas em torno de propostas para as reformas tributária e administrativa também não avançaram. No caso da tributária, apenas uma das quatro partes do texto foi enviada ao Congresso. Já a administrativa, enviada em setembro, ficou parada. Também estão na lista de pendências para 2021 as privatizações de estatais importantes. Até agora, só a proposta de venda da Eletrobras foi enviada ao Congresso, onde aguarda discussão na Câmara.

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Estética: Procedimentos não invasivos são capazes de elevar a autoestima sem exageros

O médico-cirurgião plástico Benjamin Alencar, responsável pela cirurgia de lipoaspiração da digital influencer Liliane Amorim, que veio a falecer depois de uma segunda internação no último domingo, disse por meio de nota, nessa quarta-feira (27), que seguiu todas as normas técnicas para a realização do procedimento cirúrgico e do pós-operatório, de acordo com as diretrizes do Conselho Federal de Medicina e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Depois do falecimento de Liliane Amorim, várias influenciadoras e atrizes famosas fizeram publicações repudiando a pressão por cirurgias plásticas a fim de conseguir o “corpo perfeito”. O que muitas mulheres não sabem é que existem no mercado tratamentos estéticos não invasivos para cuidar do corpo sem exageros, levando em conta a vaidade das mulheres, mas sem a necessidade de intervenções cirúrgicas. Realizada por fisioterapeutas, a Criomodelagem (tratamento diferente da “Criolipólise”) é um desses tratamentos. De acordo com a fisioterapeuta Karolina Sodré, da Beauty Center Clínica de Estética, em Olinda, esse tratamento é precedido por uma avaliação para analisar desde desordens posturais até as disfunções relacionadas ao metabolismo, além de ser combinado com outros procedimentos pré e pós-sessão. Uma preocupação desse procedimento é com o resultado final a ser alcançado e não com a quantidade de áreas que podem ser feitas de forma isolada, como muitas vezes acontece com a tradicional Criolipólise, e por isso traz efeitos muito superiores para o tratamento de gordura localizada e flacidez de pele, podendo ser notados em 15 dias. Karolina Sodré conta que o resultado final desse tratamento é obtido após 120 dias. A técnica usa também o aparelho de criolipólise, mas aliado a outros processos, e ainda com programação, tempo, técnica e temperatura adequados para conseguir destruir de forma mais eficiente a gordura localizada e estimular a produção de colágeno, deixando a pele mais firme e assim fazendo uma verdadeira modelagem corporal. Karolina Sodré aponta que outro fator importante é que o tratamento estimula a mudança de dentro para fora, associando os benefícios à prática de atividade física e alimentação balanceada para os melhores resultados. Geralmente é feito em uma única sessão, com retornos a cada 20 dias.

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Mostra Cinema do Presente abre inscrições para curtas e oficina de crítica

Promover reflexão sobre questões sociais através da sétima arte. Essa é a proposta da Mostra Cinema do Presente. A primeira edição do evento acontece entre os dias 10 e 13 de março, em formato totalmente online devido à pandemia de COVID-19. As obras selecionadas pela curadoria abordarão temas como direitos humanos, sociedade, raça e gênero. A mostra tem como curadores Juliana Soares, Enock Carvalho e Matheus Farias. "Buscamos filmes que tratem do tempo presente para tentar vislumbrar possibilidades de futuro. Essa crise toda da pandemia nos fez olhar para tudo de outra maneira e eu acho que o cinema sempre refletiu a sociedade como um espelho. Queremos proporcionar um recorte de olhares que ajudem a pensar as crises contemporâneas e seus desdobramentos", explica Enock Carvalho. Realizadores interessados em exibir seus projetos deverão inscrever seus projetos até 18 de fevereiro, de forma gratuita, no site do evento. Oficina de crítica Além da exibição de filmes, a mostra contará com a oficina Críticas Urgentes. Ministrada por Carol Almeida, crítica e curadora de cinema, a oficina contará com 20 vagas e será realizada de 10 a 16 de março, também online. O resultado dos selecionados será divulgado no dia 03 de março. Mais informações no www.cinemadopresente.com.

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Dia da Saudade: Oportunidade de celebrar a memória

Do que você sente saudade? A resposta para essa pergunta será diferente para cada um de nós: pode ser de uma pessoa querida, uma fase da vida, o primeiro amor, as férias do colégio ou um bichinho de estimação, por exemplo. Todos, de alguma forma, já vivenciamos a saudade. O dia 30 de janeiro marca o Dia da Saudade, data criada com o intuito de celebrar a memória de parentes e amigos falecidos e também as boas lembranças. Especialmente depois de um ano como 2020, onde tivemos que nos distanciar abruptamente da rotina que conhecíamos, a saudade parece mais latente. Para Simône Lira, psicóloga do luto da Funerária, Cemitério e Crematório Morada da Paz, em Paulista, o sentimento é potencializado pela perda do controle que acreditávamos ter das nossas vidas. “Vivemos o que chamamos de perda do mundo presumido. Perdemos o mundo que conhecíamos e tivemos que viver uma realidade desconhecida de forma súbita e sem direito à escolha. Sentimos saudades da vida que tínhamos antes,” explica. Para aqueles que perderam alguém, também é necessário um novo olhar sobre o luto, que é vivido de maneira individual. “Lembrar que a nossa história com aqueles que partiram não é apenas a história da morte e da perda, é a história da vida, do vínculo que tínhamos e os momentos vividos. Não é pela dor que o vínculo permanece. Ele permanece e estará sempre dentro da gente em algum lugar, blindado nas memórias e histórias construídas,” detalha Simône Lira. Segundo a especialista, o Dia da Saudade pode ser vivido de maneira positiva e criar uma rede de apoio para pessoas enlutadas. “Por ser um momento que as pessoas se reúnem para dar suporte àquele que sofre com a ausência de algo ou de alguém, reconhecendo como uma dor legítima e passível de amparo dos que o cercam. O que facilitará a expressão dos sentimentos e emoções advindos da saudade, muitas vezes silenciados por medo de sofrer julgamentos,” sugere a psicóloga do luto do Morada da Paz. Ao contrário do que muitos pensam, o luto não está apenas relacionado à morte, mas é desencandeado por qualquer ruptura, como o fim de um relacionamento ou a perda de um emprego. Todo processo de luto passa por cinco fases: negação, raiva, barganha, depressão e, por fim, aceitação. O último estágio é o fim de um ciclo, que permite que as pessoas vivenciem a saudade de uma forma mais leve, sem dor. “O que mais nos desperta saudade são as boas experiências vividas e a forma que vamos vivenciá-la tem muito a ver com nossa maneira de lidar com nossas perdas. Há momentos em que conseguimos ter lembranças alegres como forma de honrar o amor e a dor integrados nessa falta, muitas vezes liberando boas gargalhadas ao reviver mentalmente os prazeres contidos nessa lembrança e há momentos que só conseguimos acessar a dor que essa falta nos faz,” conclui Simône Lira.

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