2021 - Página 29 De 173 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2021

Câncer de próstata registra 65 mil novos casos por ano

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre brasileiros, com estimativa de 65 mil novos casos para cada ano do biênio 2021-2022. Homens com mais de 50 anos devem se consultar com o urologista mesmo sem sintomas aparentes, pois é nesta faixa etária que costumam surgir o câncer de próstata e doenças relacionadas ao trato urinário inferior. Caso algum parente próximo tenha sido diagnosticado com a doença, o rastreio deve começar a partir dos 45 anos. O urologista Guilherme Maia, especialista em uro-oncologia, explica que fatores de risco não determinam uma doença, mas servem como indicadores de maior vulnerabilidade. Existem algumas condições que aumentam a chance de um homem ter câncer de próstata: idade - cerca de 60% dos cânceres de próstata surgem em homens acima dos 60 anos; histórico familiar - se o avô, pai ou irmão foram diagnosticados com a doença, os riscos são maiores; raça - homens negros sofrem maior incidência desse tipo de câncer; e obesidade - estudos indicam que obesos têm maior propensão ao câncer de próstata e, nesses casos, surgem mais agressivos. “O diagnóstico é confirmado com uma biópsia, porém, é preciso antes realizar o toque retal, que permite ao médico avaliar alterações da glândula, como endurecimento e presença de nódulos suspeitos. O PSA é um exame complementar, auxiliando na investigação da doença”, esclarece o especialista. Maia também enfatiza que cerca de 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados somente pela alteração no toque retal. Por isso, a avaliação clínica não deve ser deixada de lado. “Medo e falsa percepção de imunidades às doenças contribuem para que o homem não tenha uma frequência no consultório médico e, tratando-se do exame de toque ainda existe muito tabu”, reflete. Dificuldade para iniciar a micção, maior frequência urinária, pouco fluxo urinário, urgência para urinar e sensação de esvaziamento incompleto, além de sangue na urina, são alguns sintomas que servem de alerta. Contudo, a doença em sua fase inicial tem evolução silenciosa, sendo fundamental a realização do check-up anual. “Os exames rotineiros são essenciais, mas investir em práticas saudáveis, como alimentação balanceada, praticar atividades físicas, não exagerar no consumo de bebida alcoólica e ficar longe do cigarro, podem ajudar a diminuir o risco do câncer”, pontua, concluindo que, quando diagnosticado precocemente, as chances de cura são de 90%.

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Startup chilena lança plataforma gratuita para preparação para o Enem

A realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) já está batendo à porta e muitos estudantes brasileiros não possuem condições financeiras de frequentar cursos preparatórios. Visando apoiar parte vulnerável no caminho até a prova, a Open Green Road, empresa chilena com cerca de 12 anos de experiência no setor EdTech traz para o Brasil o “Aprendo Livre”. A plataforma Test Prep é online, totalmente gratuita e voltada para todos os estudantes brasileiros que estão em processo preparatório para o Enem 2021. A plataforma “Aprendo Livre” oferece gratuitamente aos estudantes materiais, aulas, simulados, suporte tecnológico com experiência de aprendizagem adaptável com tecnologia de IA (Inteligência Artificial) e a qualidade que eles só poderiam encontrar nas alternativas mais caras do mercado. A EdTech Open Green Road abraçou o propósito de oferecer soluções para reduzir as lacunas educacionais, sociais e econômicas da sociedade. Atualmente, “Aprendo Livre” está presente em no Chile, México, Colômbia e agora no Brasil e já atendeu mais de 270 mil alunos através das múltiplas iniciativas em toda a América Latina. Para usar basta se inscrever no site da plataforma, www.aprendolivre.com.br, onde o estudante terá acesso imediato aos conteúdos educacionais. No espaço, o estudante contará com diversos serviços como provas de prontidão com feedback imediato; avaliações recomendadas por disciplina; relatórios estatísticos de suporte e desempenho; material de apoio multimídia para cada matéria do Enem; comunidade para colaboração e resolução de dúvidas, aulões preparatórios ao vivo e gravados. Todos os conteúdos e materiais disponibilizado no “Aprendo Livre” são verificados e alinhados com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). E o uso da plataforma é totalmente gratuito e ilimitado, sem taxas ocultas, sem contratos. As ferramentas e os materiais não possuem limite ou distinção para uso, com apoio para todos. “Aprendo Livre” apoia alunos a se familiarizar com o formato das provas por meio das áreas de conhecimentos que compõem o Enem, permite acompanhar suas sessões práticas e através do feedback imediato fornecido pela plataforma, é possível que eles identifiquem em tempo hábil seus pontos fortes e fracos em cada área.

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O ensino da matematica

"O ensino da matemática precisa fazer sentido para o estudante"

Difícil, complicada e chata. Muitas vezes, é desta forma que o estudante brasileiro encara a matemática. Mas para a professora associada da UFPE Rosinalda Aurora de Melo Teles, essa crítica não passa de um preconceito daqueles que não conseguem ver a beleza da disciplina. Rosinalda, que também é diretora da Sociedade Brasileira de Educação Matemática - Regional Pernambuco, reconhece, porém, que essa visão preconcebida não é culpa das pessoas, mas da forma como a matéria ainda é ensinada. “É preciso dar significado à matemática, ou seja, trazer para as aulas a própria história da matemática, porque ela foi criada, o porquê aqueles conteúdos, por que aqueles conceitos foram desenvolvidos, qual era a finalidade deles”, defende a professora, que atua ainda como pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática e Tecnológica (Edumatec). Nesta conversa com Cláudia Santos, ela detalha as causas que levaram a disciplina a ser o “bicho papão” dos alunos e como torná-la mais atrativa. Afinal, entre outros motivos, a matemática faz parte do currículo de profissões com bastante demanda no mercado de trabalho. É o caso da área de tecnologia da informação, ou mesmo de professores de matemática, que já saem do curso de licenciatura praticamente com vaga garantida. O que as estatísticas mostram sobre o aprendizado da matemática no Brasil? No Brasil são três fontes que geram dados estatísticos sobre a aprendizagem de matemática: a nível internacional o Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes), o maior estudo sobre a educação no mundo. Já as avaliações em larga escala a nível nacional nós temos o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), que foi empreendido no Brasil a partir de 1990, e a nível estadual temos o Saep (Sistema de Avaliação do Estado de Pernambuco). Infelizmente, as três avaliações mostram que o País apresenta resultados ruins em matemática. No histórico dessas avaliações, a maioria dos estudantes não demonstrou conhecimento necessário para ser proficiente nessa disciplina. Segundo o Pisa, por exemplo, o Brasil apresentou um crescimento na avaliação de 2000 até 2012. Em 2015, ele caiu alguns pontos, em 2018, volta a subir, mas não consegue ficar no patamar máximo que ele teve em 2012. O estudo apontou que o Brasil tem baixa proficiência em leitura, matemática e ciência, se comparado com outros 78 países que participaram da avaliação. Na edição de 2018, apesar de o Brasil ter subido um pouco em relação à avaliação de 2015, revela, porém, que 68,1% dos estudantes brasileiros com 15 anos, ou seja, estudantes do ensino médio, não possuem nível básico de matemática, o mínimo para o exercício pleno da cidadania. A senhora acha que a falta uma didática para ensinar a matemática que priorize aulas mais dinâmicas e exemplos da “vida cotidiana” para os “cálculos abstratos”? O ensino da matemática precisa ser contextualizado, ele precisa fazer sentido para o estudante. Agora, nem sempre vai possível fazer relações com o cotidiano porque, por exemplo, como é que eu vou associar um polinômio, um tema que é estudado no oitavo ano, com a vida cotidiana? Então, precisamos incluir outros recursos, outros aspectos lúdicos, estéticos e sensíveis. Como, por exemplo, para dar sentido e significado ao ensino da matemática, pode-se incluir jogos, brincadeiras, desafios, propor resolução de problemas e que podem estar relacionados à vida cotidiana, mas também podem ser relacionados à própria matemática. Outro aspecto importante que se que se discute para tirar essa dureza da matemática é utilizá-la como uma ferramenta para resolução de problemas interdisciplinares, ou seja, quando estudamos história, geografia, ciências, a matemática estar presente como uma ferramenta para resolver problemas daquelas áreas de conhecimento. É preciso também que os estudantes compreendam a importância da matemática, por isso deve-se fazer um resgate da sua história, para que eles compreendam a importância daquele conhecimento. A própria etimologia dos termos utilizados em matemática já diz muito sobre o seu significado e já tira esse aspecto da abstração, o qual, às vezes o professor frisa muito, por estar alicerçado apenas na técnica. Um outro lado de reflexão nessa sua pergunta é que a matemática vai além da técnica. O professor precisa explicar o porquê, o como, de onde vem, para que serve e não somente ficar na técnica de como fazer aquele cálculo. Pesquisa realizada na Faculdade de Educação da USP mostra que praticamente metade dos alunos de cursos superiores como pedagogia ou licenciaturas não se interessam em virar professores de educação básica. Isso contribui para reduzir a oferta de professores de matemática? As pesquisas mostram que a maioria dos estudantes que ingressam nos cursos de pedagogia faz a opção pelo curso por algumas razões. São geralmente os cursos que têm mais vagas na universidade pública federal. A outra opção é porque é considerado um curso que não vai ter matemática por ser mais ligado à área das ciências humanas. Então, geralmente, os estudantes que fazem a opção de cursar uma licenciatura em pedagogia não têm muita afinidade com matemática. Há uma outra questão: o investimento intelectual, cognitivo, financeiro, de tempo para cursar uma licenciatura em matemática, química ou física (as três áreas no Brasil com menos oferta de professores) é o mesmo investimento para fazer uma engenharia ou outro curso que tenha mais reconhecimento social, com melhores salários, embora não tenha mercado de trabalho como tem para o professor. Quando o estudante diz que não quer ser professor da educação básica, ele está se referindo a condições de trabalho que não são favoráveis, ao salário. Embora o professor seja importantíssimo para a sociedade, seja um formador de todas as outras profissões, ele não tem um reconhecimento social pela comunidade, pelas pessoas. Formam-se poucos professores de matemática, porque as pessoas estão fazendo a opção de cursar outros cursos. Entre investir para fazer uma licenciatura de matemática e investir para fazer um outro curso que está na moda, as pessoas fazem a opção de fazer outro curso que, muitas vezes, não garante acesso ao mercado de trabalho. A UPE por exemplo tem licenciatura em matemática em Garanhuns, em Petrolina e em Nazaré da

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Governo anuncia triplicação da BR-232, com investimento de R$ 93 milhões

Com a apresentação do projeto para a triplicação da BR-232, no trecho que dá acesso à Região Metropolitana do Recife, o Governo do Estado lançou na última sexta-feira (29) um edital para contratação das obras de infraestrutura que contempla 6,8 quilômetros de extensão. O trecho beneficiado é da entrada da BR-101 (km 4,70) até a da BR-408 (km 11,50). O investimento previsto é cerca de R$ 93 milhões. "O Recife é um polo médico e de serviços fundamentais para a nossa economia. Então, garantir o ir e vir à nossa capital é essencial e necessário para toda população. A entrada do Recife precisava de intervenções que já vinham sendo estudadas. Ainda se buscavam soluções para que fosse possível realizar esta obra", destacou o governador Paulo Câmara. De acordo com a apresentação do Governo do Estado, trafegam diariamente 67 mil veículos no trecho. O fluxo  corresponde a um volume de tráfego próximo ao limite máximo da rodovia. O índice de fluidez está classificado com a letra E, em uma escala que vai de A a F. Com a triplicação, este indicador deve elevar o nível para B.  Cerca de 25 mil passageiros de transporte urbano também utilizam as linhas que circulam pelo trecho. Além da implantação da terceira faixa, haverá a requalificação do pavimento em placa de concreto na pista principal e asfalto nas marginais, três passarelas, novo sistema de drenagem, a implantação de dois retornos na altura do Jardim Botânico e a realocação e o redimensionamento das paradas de ônibus existentes. A secretária de Infraestrutura e Recursos Hídricos, Fernandha Batista, explicou que o projeto vai garantir mais qualidade e velocidade para quem transita ali, devido ao acréscimo de 33% na sessão viária, permitindo a redução de uma hora para 25 minutos nos horários de pico. "Isso representa uma melhoria de 58% na duração do trajeto. A rodovia é rota obrigatória para o fluxo sazonal intenso durante os feriados e para o escoamento contínuo da produção de grandes cidades. Além disso, sofre forte impacto da ocupação urbana em seu entorno”, ressaltou.

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Iphan dá parecer favorável a tombamento do mural “Batalha dos Guararapes”

Da Fundaj O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) deu parecer favorável à abertura do processo de tombamento do mural “Batalha dos Guararapes”, obra do artista plástico Francisco Brennand instalada na Rua das Flores, no bairro de Santo Antônio, Centro do Recife. A decisão atende a um pedido feito pelo presidente da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Antônio Campos, à Superintendência do órgão em Pernambuco. Referência cultural da memória nacional, o mural cerâmico, já tombado na esfera estadual, hoje se encontra na área externa do prédio de uma agência do Banco Santander, que recentemente solicitou a transferência do patrimônio para o bairro de Boa Viagem. Reafirmando o valor histórico da peça no berço urbanístico da cidade, o presidente da Fundaj, Antônio Campos, encaminhou o parecer do Iphan à Secretaria Estadual de Cultura para que sejam tomadas as medidas cautelares cabíveis. No pedido feito no início de outubro, a Fundaj se prontificou a disponibilizar uma equipe técnica para auxiliar na elaboração do dossiê de tombamento. A solicitação passa por preceitos que reconhecem o prestígio cultural do local, visto que o mural é uma criação de um dos maiores artistas brasileiros, Francisco Brennand. Além disso, retrata, em meio a poemas assinados por Ariano Suassuna e César Leal, o episódio da Batalha dos Guararapes, um dos acontecimentos históricos que marcaram a História pernambucana.

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sindugesso copergas editada

Investimentos, premiação e oportunidades em Pernambuco

Copergás faz estudo para levar gás natural ao polo gesseiro do Araripe Araripina deve ser o novo destino a entrar no radar da rede local de gás natural no Estado. Após a inauguração de uma estrutura de distribuição de gás em Petrolina, a Copergás analisa agora a viabilidade de implantação do projeto que atenderia a região que mais produz gesso do Brasil. O diretor-presidente da Copergás, André Campos, e o diretor técnico-comercial, Fabrício Bomtempo, receberam a presidente do Sindusgesso (Sindicato da Indústria do Gesso), Ceissa Campos Costa, para discutir a viabilidade da implantação do gás natural no polo gesseiro de Pernambuco. Responsável por quase 100% da produção de gesso do Brasil, o polo gesseiro é sediado em Araripina (a cerca de 680 km do Recife), congregando outros municípios do Araripe, como Trindade, Ipubi, Bodocó e Ouricuri. A lenha é a matriz energética predominante no setor. . Happy hour e premiação da ADVB A Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil (ADVB), que em Pernambuco é presidida por Veronica Dantas, abre o mês de novembro retomando os eventos presenciais de networking. A entidade homenageará seleta lista do meio empresarial na próxima quinta-feira (4), em evento no Intercity Costa Dourada, no Cabo de Santo Agostinho. Entre as personalidades que já confirmaram presença está o superintendente do Sebrae-PE, Francisco Saboya. . Pitang abre vagas para programa de trainee Atenta à evolução do setor e observando a necessidade de atrair novos colaboradores, a Pitang Agile IT anunciou a transformação do seu tradicional programa de estágios. Chamado agora de Pitang Transforma, o programa deixará de contratar os estudantes inicialmente como estagiários e eles passarão a ser trainees dentro da empresa. O novo programa irá recrutar alunos a partir do 5º período e profissionais formados entre 11/2020 e 12/2021 nos cursos de Ciências da Computação, Engenharia da Computação e Sistemas de Informação. As vagas são para todo o Brasil, já que todas as oportunidades são para trabalho remoto. Os interessados podem se cadastrar por meio do site https://programapitangtransforma.pitang.com.

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Cepe lança Mônica Silveira: Histórias de uma repórter de TV

Há 35 anos atuando como repórter da TV Globo de Pernambuco, a jornalista Mônica Silveira assina Histórias de uma repórter de TV. Espécie de autobiografia editada pela Cepe, a obra de 352 páginas será lançada dia 03 de novembro, nas lojas da Cepe e no site www.cepe.com.br/lojacepe. Estimulada por seus filhos - Pedro e Marina -, Mônica escreveu o livro durante as férias de julho de 2020, quando teve que abdicar de viajar por causa da covid. “Meus filhos me incentivaram: ‘vai, mãe, você gosta tanto de escrever’. Então comecei. Curti tanto que me dedicava a essa atividade das 6h30 às 20h”, conta Mônica. O que mais lhe tomou tempo, segundo ela, foi a cuidadosa pesquisa de datas e nomes citados no livro, além da busca e seleção da grande quantidade de fotografias que compõem a obra. “Quem gosta de jornalismo e da cultura pernambucana vai poder saborear bastante essa prosa”, declara o editor da Cepe, Diogo Guedes. Voltado para jornalistas, estudantes da área e curiosos, o livro expõe situações de bastidores de reportagens feitas pela jornalista, sobre os mais diversos assuntos. A autora recheou a narrativa com lições preciosas sobre a profissão a qual dedicou a vida, e que por isso mesmo se entrelaça com sua trajetória pessoal. “Acho que acontece na vida de todo jornalista: muitas vezes, o dia parece virar de cabeça para baixo por causa das pautas que surgem do nada”, escreve Mônica. Sem seguir ordem cronológica, a jornalista vai narrando, a cada capítulo, como surgiram, se desenvolveram e chegaram ao fim matérias relevantes dessa jornada. “Escolhi as reportagens que mais me marcaram, um critério que é pergunta frequente nas palestras que ministro. Também contei com a ajuda de meus colegas de redação, que me clarearam fatos importantes dos quais eu não me recordava. Quis ainda mostrar a evolução da Globo de Pernambuco e da tecnologia”, revela a jornalista, que trabalha na emissora desde 1986. “Poucos jornalistas contaram como Mônica a história dessa nossa terra — na alegria e na tristeza”, diz o jornalista Gerson Camarotti, no prefácio do livro. Em seguida, Gerson, que foi aluno de Mônica quando ela ensinava na Universidade Católica de Pernambuco, completa: “A maior das lições foi mesmo essa paixão pela profissão. Paixão que permanece até hoje e que estimula quem está ao seu lado e quem assiste suas reportagens, mesmo à distância.”, declara o hoje colunista de política do portal G1. Uma dessas reportagens difíceis de fazer foi a cobertura da morte do ex-governador Eduardo Campos, em 2014. “Cheguei em casa aos pedaços. Foi impossível conciliar o sono. Aquele pesadelo dominava minha mente”, recorda a repórter. Outro momento triste ocorreu em 1988. “Durante um treinamento em um campo de instrução do Exército, na Região Metropolitana do Recife, a explosão em um depósito de armamento e munição feriu gravemente seis soldados. O que parecia camiseta molhada era a pele queimada soltando do corpo. Fui cobrir o enterro, no Cemitério de Santo Amaro, no Recife. Havia honras militares. Um colega dele estava encarregado do toque de silêncio antes de o caixão descer no túmulo. Ele começou a soprar. Não conseguiu. De repente, jogou, com toda a força, a corneta no chão. Desatei a chorar. Aquela imagem está pregada na minha memória para sempre”, lembra. Para lidar com situações como essas, Mônica aprendeu a dose certa de não envolvimento e sensibilidade. “Não sei em que momento da vida de repórter tratei de desenvolver em mim um mecanismo de ‘não choro’. Mais ainda: ‘não envolvimento completo’. Entendi que, em situações muito tristes, se eu me envolvesse como minha mente mandava, não faria o que estava ali para fazer. Mas também não poderia ser insensível”, ensina. Mas o jornalismo também se faz com pautas leves. “Em 1996, fiz uma reportagem sobre como escolher e conservar ovos. Nem imaginava que eles escondiam tantos segredos”. Os editores do Jornal Nacional gostaram tanto que pediram a Mônica mais vídeos com aquela linguagem. “Fui convidada a bater um papo com a equipe do principal jornal da TV brasileira. Mooooorta de nervosa”, relata Mônica. Seu gosto por pautas culturais, principalmente sobre cinema, a levou a Cruzeiro do Nordeste, no sertão pernambucano, em 1998, para registrar o lançamento do filme Central do Brasil. “A equipe do diretor Walter Salles transformou um lugarejo mínimo e sem qualquer charme - à luz de olhos distraídos - no cenário de uma parte enorme do filme que quase trouxe um Oscar para o Brasil”, recorda a jornalista. Pelo fato de ter a imagem projetada na TV diariamente, Mônica é reconhecida pelo público que a encontra em alguma pauta, nas ruas, pede autógrafo e selfies. No livro ela conta como lida com isso no dia a dia. “São eles (os telespectadores) que justificam cada dia da nossa vida profissional. Mas, também, são pessoas que tendem a glamourizar vidas sem glamour”, escreve Mônica, que confessa não curtir a exibição. “Escolhi ser jornalista, e não ser conhecida ou famosa. Claro que gosto de ser reconhecida. Mas ainda não cheguei ao nível de maturidade necessário para ficar 100% confortável com isso”, reconhece a jornalista, que conta já ter virado meme, em 2007, quando apresentava o ne1 e uma haste fina de metal caiu na sua cabeça. “Durante anos, se digitasse meu nome num buscador tipo o Google, a primeira coisa que aparecia era o vídeo daquele episódio. Eu ficava muito chateada com isso. Parecia que nada mais que eu houvesse realizado na vida teria mais relevância que aquilo”, desabafa a jornalista. Mas a internet, e principalmente as redes sociais, se tornaram grandes amigas do jornalismo. “Há um aliado fortíssimo do jornalismo, nesse tempo: o vídeo colaborativo. O flagrante da barragem sangrando a 100 quilômetros do Recife, do acidente gravíssimo na estrada, do galpão em chamas, tudo chega em instantes à redação através de mensagens de WhatsApp. Cada telespectador terminou se tornando um repórter. Mas lutamos contra as fake news, que chegam misturadas às notícias de verdade. Nem sempre é fácil separar o fato do fake. Sigamos firmes.”, reflete

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Veganismo ganha espaço entre a população

O Brasil é um dos países que mais consome carne no mundo. Porém, no ano passado, com a pandemia e os preços da carne em alta, quase metade dos brasileiros reduziram o consumo. Além do aumento no preço da carne, outro fator colaborou para essa redução: o interesse crescente por pautas ligadas ao vegetarianismo e ao veganismo. Uma alimentação mais baseada em verduras, legumes e frutas livres de agrotóxicos e produzidos de maneira sustentável, está ganhando cada vez mais espaço nos lares. De acordo com pesquisa realizada pelo Ibope no ano de 2018, encomendada pela Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), os adeptos da alimentação vegetariana somam 30 milhões no Brasil. A entidade estima que, dos 30 milhões de brasileiros vegetarianos, cerca de 7 milhões seriam veganos. Ainda de acordo com o levantamento, na Região Metropolitana do Recife, 16% da população se declara adepta ao veganismo. Nesta segunda-feira (01), é comemorado o Dia Mundial do Veganismo, com essa ênfase, a comunidade que vivencia o estilo de vida sinaliza a importância de sempre diferenciarmos o conceito, comumente confundido com o vegetarianismo e conceitualmente diferente. Considerado um sistema alimentar, o Veganismo exclui da alimentação quaisquer produtos de origem animal, além de adotar o não consumo de produtos que possuem em sua origem e fabricação ingredientes de origem animal. Atualmente, o mercado vegano vem conquistando espaço no país e no mundo, com muitas opções de alimentos e produtos. “Na procura de produtos sem derivados do leite, os alimentos relacionados ao veganismo são ótimas opções para compor a dieta de pessoas intolerantes à lactose. No Brasil, existem mais de 3.500 estabelecimentos que oferecem pelo menos uma opção vegana no cardápio. Nos supermercados brasileiros também já é possível encontrar muitas versões veganas de produtos cárneos ou lácteos”, explica a coordenadora do curso de Nutrição do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), Fabiana Freire. E engana-se quem pensa que a carne faz falta na dieta. A especialista ainda salienta que a alimentação vegana traz diversos benefícios à saúde, desde que bem planejada. “A tendência é reduzir os níveis de colesterol, melhorar o fluxo sanguíneo, ter um nível de gordura saturada baixo e diminuir a ingestão de sódio. Mas é preciso se informar e procurar acompanhamento de nutricionista”. Transição - Em uma pesquisa do Datafolha em 2017, foi constatado que 63% dos brasileiros gostaria de diminuir o consumo de carne. Para aderir ao veganismo, é importante fazer uma transição lenta e consciente para manter a saúde e para que essa escolha seja duradoura. Fabiana Freire dá algumas dicas para quem pretende adotar esse estilo de vida: 1 - Adicione primeiro, subtraia depois - Ao invés de começar cortando coisas do seu cardápio, adote uma estratégia diferente: comece adicionando novos alimentos.) 2 - Diminua progressivamente o consumo de produtos de origem animal e aumente o consumo de produtos de origem vegetal - Passe a comer carne sό uma vez por semana. Pare de comer queijo diariamente. 3 - Lembre-se dos pratos vegetais que sempre fizeram parte da sua dieta e dos que podem ser “veganizados” facilmente - Ao invés de pensar em tudo que você não vai mais poder comer, tente lembrar de pratos conhecidos e apreciados por todos que são naturalmente veganos. Cuscuz, tapioca, feijão, macarrão com molho de tomate, sopa de legumes.

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Destinos de sol e mar são os preferidos para o feriadão de Finados

Da Secretaria de Turismo de Pernambuco O verão atrai cada vez mais visitantes para os destinos pernambucanos. É o que aponta a previsão de ocupação hoteleira para o feriadão de Finados. Repetindo a tendência anunciada no 12 de Outubro, o turismo de sol e mar lidera a preferência dos turistas e pernambucanos, segundo o estudo realizado pela Unidade de Pesquisa da Empetur. Liderando o ranking, vem o Arquipélago de Fernando de Noronha, com expectativa de 92% de ocupação. Em seguida, aparecem Ipojuca, com 86%, e Tamandaré, com 83%. Mais dois destinos do Litoral Sul completam a lista dos cinco lugares preferidos para curtir os quatro dias do feriado prolongado: Cabo de Santo Agostinho, que registra 80%, e São José da Coroa Grande, com 75%. No Cabo, mais especificamente no Paiva, é realizado neste fim de semana o Festival Viva Multicultural, com foco no surfe, e que contará com estande de informações turísticas da Empetur. “Estamos muito felizes com esses índices, pois são o resultado do esforço conjunto do Governo do Estado com o trade local para trazer de volta o turista a Pernambuco. Investimos em divulgação, com roadshow e capacitações, oferecemos um destino seguro, que opera com protocolos sanitários, e temos um plano de flexibilização muito bom, que evolui com a queda do número de casos da Covid-19. Pernambuco está tendo muito sucesso na retomada do seu turismo e esses bons índices de ocupação comprovam isso”, destaca o secretário de Turismo e Lazer, Rodrigo Novaes. Entre os roteiros localizados no interior do Estado, o destaque vai para Bezerros, no Agreste, onde fica a famosa Serra Negra, que deve ter seus hotéis e pousadas operando com 80% de ocupação. Outro município muito procurado será Bonito, terra das cachoeiras e esportes de aventura, que tem média estimada em 75%. No Sertão, Petrolina figura com bons resultados: a taxa de ocupação deve chegar a 72%.

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Casacor Pernambuco está de volta e cheia de memórias afetivas

A Casacor Pernambuco está de volta depois de um hiato em 2020 - em que foi apresentada em novo formato com a edição especial Janelas - e abre sua nova edição no Recife com o tema “A Casa Original”. A Casacor Pernambuco 2021 já começou e segue até o dia 05 de dezembro, no pavilhão externo do Shopping Center Recife (Rua Padre Carapuceiro 777), em uma área com 2.000 m². Entre os projetos, o visitante encontra desde lofts e estúdios a café, livraria e espaço para artesa nato popular. Ao todo são 22 ambientes assinados por alguns dos melhores profissionais de arquitetura, design de interiores e paisagismo. O evento permite aos visitantes explorar ambientes e conhecer as últimas tendências em arquitetura, mobiliário, materiais, decoração e muito mais. Devido à pandemia, o evento, em 2020, aconteceu de maneira diferente e recebeu o nome de Janelas CASACOR. Em formato híbrido, físico e digital, a mostra mapeou 14 pontos na cidade que receberam vitrines com amb ientes que puderam ser visitados de bicicleta, pela ciclofaixa, ou de barco, pelo rio Capibaribe. Alguns desses pontos foram montados em comunidades de interesse social, como Entra Apulso e Brasília Teimosa. Em 2021 a CASACOR Pernambuco estará em um endereço inédito: no pavilhão externo do Shopping Center Recife, que será todo requalificado para abrigar a mostr a. Os ambientes serão divididos em internos e externos. Para acessar os externos - como a Livraria da Cepe, o Bar Vivix + Carvalheira, o Café Santa Clara, o Espaço Gourmet Copergás e a loja de artesanato popular do Sebrae + Adepe - n&at ilde;o será necessário ingresso. O local foi construído para obedecer a todos os protocolos sanitários e proteger os visitantes durante o período da mostra, que também é acessível. O estacionamento do Shopping estará disponível para uso dos visitantes da CASACOR. “É um orgulho estrear essa parceria com o Shopping Recife, um dos maiores e mais modernos do Brasil. Um novo público poderá conhecer os ambientes criados e interagir com eles”, afirma Gabriela Coutinho. O tema das mostras desse ano é “A Casa Original”. O conceito foi escolhido ainda antes da pandemia e traz a necessidade de uma pausa em um mundo de excessos. A pandemia ampliou essa tendência e muita gente se voltou para as memórias da inf&ac irc;ncia, para a casa dos pais ou dos avós. Notou-se que havia uma necessidade e uma procura por mais afeto e aconchego. Ancestralidade e pertencimento, mais que nunca, se tornaram ideias presentes. Agora, os visitantes podem conhecer os ambientes criados a partir do tema. Carla Cavalcanti, Isabela Coutinho e Gabriela Coutinho, diretoras da mostra, lembram que arquitetos e urbanistas têm desconto de 20% mediante a apresentação da carteira profissional do CAU e crianças de até 12 anos não pagam ingresso.

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