2022 - Página 46 De 160 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

2022

Empilhadeira NovoAtacarejo

Novo Atacarejo abre vagas no interior do Estado

A rede pernambucana Novo Atacarejo abriu 31 vagas de emprego para o interior do Estado, em lojas já em operação. Para Santa Cruz do Capibaribe, são oferecidas 20 vagas de operador de loja para atuar em mercearia, perecíveis, frente de caixa, depósito, RM e hortifruti. Os candidatos precisam ter, no mínimo, 18 anos de idade, ensino médio completo e disponibilidade de horário. Na unidade também há uma vaga para encarregado de perecíveis, que precisa ter experiência em liderança, conhecimento na área de perecíveis, ensino médio completo e disponibilidade de horário. Já em Bezerros são oferecidas dez vagas: operador de empilhadeira, assistente de açougue, assistente de mercearia, assistente de prevenção de perdas, encarregado de depósito e encarregado de mercearia. Para as funções operacionais como operador de loja, os candidatos precisam ter segundo grau e não é exigida experiência. No caso dos cargos técnicos, como açougueiro, padeiro, operador de empilhadeira, é necessário ter curso na área. Já para as ocupações de liderança, é necessário ter experiência na área. Os interessados podem se inscrever pelo link: https://novoatacarejo.jobs.recrut.ai/#openings.

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enfermagem

Análise da situação do Piso da Enfermagem

Segundo Jorge Rocha, gestor jurídico de organização social na área da saúde e especialista em sistema de integridade, o gestor público não deve comemorar a decisão do STF em relação ao piso da enfermagem. De acordo com o advogado porque os efeitos da suspensão da medida suspendem questões de ordem financeira e social, mas todos entendem que a categoria merece um novo enquadramento. “Sempre que temos a oportunidade de nos manifestar, questionamos a forma não planejada de imputar tal custo aos gestores “garganta a baixo” sem terem a exata noção da responsabilidade dos compromissos que permeiam uma unidade hospitalar, tendo como primeira e mais importante obrigação o pagamento de seus colaboradores”, reforça Jorge Rocha. Ele finaliza acreditando que os impactos sociais foram um dos principais fundamentos, logicamente, além da constitucionalidade da norma pela qual houvera a decisão de suspensão da lei nº 14.434/2022. “A nossa expectativa é que o Poder Público de âmbito Federal se mostre com o mesmo empenho em dar uma solução orçamentária como se apresentou para promulgação da lei do piso da enfermagem”, completa.

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Matheus Abel espetaculo infantil Madalena eu Madalena

Bairro do Recife recebe a sexta edição da Fenelivro 

Lançamentos literários, oficinas, conversas, artes visuais, teatro e shows integram a programação gratuita. Na foto, Matheus Abel, do espetáculo infantil Madalena, eu, Madalena. Foto Thiago Oliveira O Bairro do Recife recebe até domingo a sexta edição da Feira Nordestina do Livro, evento que integra o Circuito Cepe de Cultura 2022. Ocupando cinco mil metros quadrados da Avenida (Boulevard) Rio Branco e com a participação de 25 editoras, a Fenelivro volta ao formato presencial depois de dois anos, homenageando o poeta Miró da Muribeca e o cantor e compositor Chico Science. Inspirada no pensamento do precursor do Manguebeat, traz como tema central “Há fronteiras nos jardins da razão?” costurando a programação gratuita. Com uma estrutura física de três palcos e arena para lançamentos, a 6ª Fenelivro contará com mais de trinta atrações entre lançamentos literários, saraus, shows, oficinas, espetáculos infantis, rodas de conversas, exibição de filmes e videoteatro. “Essa edição se tornou especial a partir do momento que a levamos para uma área aberta e no coração do Recife. O diálogo com o território seria, portanto, mais necessário. Por isso, estamos oferecendo uma programação onde literatura, música, teatro, cinema e artes visuais falam sobre a cidade, transmitem o que pensam e o que sentem às pessoas que transitam por ela,” destaca a curadora Jamille Barbosa. Entre os lançamentos, a Cepe Editora apresentará o inédito Além do Ipiranga, a extraordinária vida de Pedro Américo e suas incríveis facetas. Escrito pelo advogado Thélio Queiroz Farias, o livro detalha a vida do pintor paraibano, revelando sua importância para além do quadro Independência ou Morte!, de sua autoria. A editora também lançará Feiticeiros de Acbar, Os Governantes – Volume I. Primeiro título de uma série de cinco,  escrita por Simone Aubin, a obra propõe um mergulho na literatura fantástica para os leitores adolescentes. Conversas com os autores dos já lançados Memórias de um motorista de turnês (Paulo André Pires), Bicho Geográfico (Bernardo Brayner) e da HQ Ragu 8 (Christiano Mascaro, João Lin, Dandara Palankof e Paulo Floro) também estão previstas. Outras editoras aproveitam a feira para lançar livros: A falta (Tusquets, 2022), do jornalista e escritor Xico Sá, e o infantojuvenil A Festa da Cabeça (Arole Cultural, 2022), de Kemla Baptista, são destaques.  Bate-papos – Todos os dias a programação traz um bate-papo diferente, com temas culturalmente relevantes. Na quarta-feira, às 18h30, a roda de conversa Manguebeat: o movimento e a memória, reunirá o cineasta Jura Capela, realizador do documentário Manguebit, a professora de sociologia da UFPE Luciana Moura, autora do livro Manguebeat: a cena, o Recife e o mundo (Appris, 2020), com mediação do crítico musical, jornalista, escritor e pesquisador José Teles, autor do livro Da lama ao caos: que som é esse que vem de Pernambuco (Edições Sesc São Paulo, 2022). Outro bate-papo instigante vai abordar os caminhos do quadrinho no Brasil, com o ilustrador e artista visual paulistano João Pinheiro, um dos principais autores do quadrinho nacional contemporâneo, e a artista visual e quadrinista de São Paulo Mariana Waechter. A mediação é da editora de quadrinhos recifense Dandara Palankof, na quinta-feira (22), às 18h30. Um dos destaques de sexta-feira (23) fica com o bate-papo Caminhos do pavor: o horror insólito na literatura brasileira contemporânea, com a participação dos autores de terror Márcio Benjamin e Paula Febbe e mediação do  jornalista, escritor e criador do site O Recife Assombrado, Roberto Beltrão. “Márcio e Paula fazem parte de uma geração que, de certa forma, ‘desafia’ o cânone da literatura brasileira que, por décadas, desde o fim do século XIX, foi o realismo”, destaca Roberto. Para a paulistana Paula Febbe, escrever sobre terror é como colocar para fora os próprios medos. “Minha literatura é resultado do meu inconsciente”, define Paula, que estudou psicanálise justamente para entender seus processos mentais e colocá-los no papel. O escritor paulistano Sacolinha (pseudônimo de Ademir Alves de Sousa), a cordelista e poeta cearense Jarid Arraes e a escritora carioca Clara Alves mostrarão como as suas experiências sociais se refletem nas suas produções literárias. A conversa entre Sacolinha e Jarid Arraes será no sábado (24) e terá mediação do poeta pernambucano Fred Caju. Clara Alves participa do bate-papo no domingo (25), com mediação de Gianni Gianni, editora assistente da Cepe. Todas a partir das 16h. Morador de Suzano (SP), com dez livros publicados, Sacolinha tem 39 anos e celebra 20 anos de carreira em 2022. “Costumo dizer que eu coloco a minha pele no fogo. Como morador de periferia, escrevo aquilo que eu vivo. Não é que eu escreva a realidade, mas um pouco da minha vivência social se reflete na minha produção literária”, declara o escritor. “Desde que me entendi como mulher bissexual, o foco da minha produção literária passou a ser o protagonismo LGBTQIAP+. Eu demorei muito a me entender e me aceitar, justamente por essa invisibilidade com que crescemos. As histórias que eu lia nunca eram sobre mim”, acrescenta Clara Alves, 28 anos. A performance do coletivo Slam das Minas de Pernambuco é uma boa pedida para o domingo (25), às 19h, quando oito mulheres negras estarão juntas para recitar poesias autorais sobre resistência e ancestralidade. “A poesia feita a partir da nossa vivência é uma característica do nosso grupo”, destaca Amanda Timóteo, poeta e uma das organizadoras do coletivo. Nos shows do fim de semana, a banda Geração Mangue leva sua mistura de música regional com hip-hop para o palco da Fenelivro, às 20h do sábado (24). A banda pernambucana Café Preto, projeto de Cannibal, DJ PI-R e Bruno Pedrosa, que mistura ragga, dub, funk e EDM, é a atração do domingo (25), também às 20h.  Oficinas e crianças – Atividades voltadas para a garotada ocupam as manhãs e tardes da programação com opções de oficinas (dublagem/voz original, trilha sonora, animação e roteiro, desenho artístico, pintura e grafite), contações de histórias e espetáculos infantis. O Coletivo Teatro de Retalhos leva para a Fenelivro clássicos da literatura (Moby Dick, Dom Casmurro e Hamlet) em linguagem adaptada para a criançada, enquanto o ator Mateus Abel encarna o palhaço Abelardo

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intermodal

Ameciclo divulga resultado do Desafio Intermodal e convida candidaturas para assinar Carta Compromisso pela Mobilidade Sustentável

(Da Ameciclo) De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, de 18 a 25 de setembro é comemorada a Semana Nacional do Trânsito, período este utilizado pela sociedade para a discussão de propostas para a melhoria do trânsito e para a diminuição da violência viária. O mesmo período tem sido denominado de Semana da Mobilidade, por ser uma abordagem mais ampla e inclusiva. Neste ano, a Semana Nacional do Trânsito ganha mais evidência com as campanhas Bicicleta na Boca do Povo, organizada pela Ameciclo, e Mobilidade Sustentável nas Eleições, realizada pela instituição em parceria com a Cidadeapé, Associação G-14, IDEC, Redes Vidas Ativas e União de Ciclistas do Brasil (UCB). As Campanhas têm o objetivo de incluir os modos de mobilidade sustentável no debate eleitoral, buscando a inclusão do caminhar, do pedalar, da acessibilidade universal e do transporte público nos programas de governo das candidaturas ao Governo do Estadual e também à Assembleia Legislativa e ao Congresso Nacional, bem como influenciar na narrativa apresentada para a sociedade civil sobre o uso da bicicleta nas cidades, destacando seu poder de transformação social. DESAFIO INTERMODAL 2022 Dentro da programação do mês da mobilidade, a Ameciclo realizou o Desafio Intermodal, um experimento social que acontece em diversas cidades no mundo e promove a discussão sobre a mobilidade nas cidades. No Desafio Intermodal recifense são medidos e estimados o tempo de deslocamento, o custo pessoal na utilização do transporte, as emissões de gases de efeito estufa relativas ao deslocamento e a energia calórica despendida por cada participante. Para isso são utilizados vários modos de transportes distintos e faz-se uma classificação relativa entre eles. Este ano, o percurso teve como ponto de partida a Praça do Diário, na área central da capital pernambucana, e como destino final o Parque Urbano da Macaxeira, na Zona Norte do Recife. Pelo quarto ano, dentro das nove edições já realizadas, a bicicleta passo rápido foi o veículo mais eficiente do desafio. O ciclista desafiante fez o percurso em 21 minutos, mas o tempo de deslocamento não foi o único determinante para a primeira colocação no ranking. Juntando as pontuações registradas nos parâmetros avaliados foi possível produzir uma média de avaliação. Em segundo e terceiro lugar ficaram o ônibus e o pedestre correndo, respectivamente. Para ter um resultado mais fiel à realidade possível, a saída do desafio sempre é no horário de pico, à noite. Logo, podemos entender que para se locomover de forma mais eficiente na capital pernambucana às 18 horas, a bicicleta é a melhor opção; consequentemente, em horários em que o fluxo de automóveis e outros meios de transporte não são tão intensos, diminui-se, por exemplo, o tempo de deslocamento. DIA MUNDIAL SEM CARRO No dia 22 de setembro é comemorado, em várias cidades do planeta, o Dia Mundial Sem Carro, data que marca a reflexão em torno do uso exacerbado do automóvel no espaço urbano e das políticas de mobilidade desiguais para a mobilidade sustentável. Como de praxe, a Ameciclo realizará atividades no dia envolvendo ciclistas, sociedade civil e candidaturas do pleito eleitoral de 2022. Na sede da Ameciclo, a partir das 15h, o público poderá participar de uma Vaga Viva na Rua Princesa Isabel, uma ação para denunciar a ocupação ineficiente das ruas pelos carros, mostrando que é mais seguro e acolhedor para todos(as) quando os espaços são construídos para a convivência humana. Ao fim da Vaga Viva, por volta das 19h, a organização fará uma pedalada pela cidade, resistindo nas ruas e conscientizando a população em geral sobre os malefícios do uso do carro e a busca de uma cidade mais humana e sustentável por meio da bicicleta. CANDIDATURAS PODEM ASSINAR CARTA COMPROMISSO PELA MOBILIDADE SUSTENTÁVEL EM PERNAMBUCO 2022 Candidatos(as) a deputado(a), senador(a) e governador(a) podem assinar a Carta Compromisso pela Mobilidade Sustentável em Pernambuco 2022, documento que contém diretrizes para construir uma cidade segura e acolhedora a partir da priorização da mobilidade a pé, por bicicleta e pelo transporte coletivo. A iniciativa pretende que as candidaturas assinem a Carta, comprometendo-se a tornar suas propostas em políticas públicas e em medidas legislativas. Segundo Renato Zerbinato, um dos coordenadores da Ameciclo, “Recife tem a possibilidade de se tornar uma das capitais mais amigas da mobilidade sustentável do país, basta ter vontade política para tal. É por isso que nós da Ameciclo fazemos esse trabalho de incidência política desde 2013, para sensibilizar o poder público e conseguir que o Plano Diretor Cicloviário, por exemplo, seja cumprido na Região Metropolitana”, afirma o também articulador da instituição. Renato ainda enfatiza que é preciso também que a população em geral entenda a importância da mobilidade sustentável para todos nós. “Podemos diminuir as mortes no trânsito, os congestionamentos e a consequente perda de tempo de vida. Economizar recursos financeiros individuais e públicos, melhorar a saúde da população, salvar o meio ambiente e ter uma cidade voltada para as pessoas somente priorizando o uso da bicicleta nas nossas rotinas, aliado, claro, com os investimentos por parte do poder público para oferecer condições seguras para quem pedala”, finaliza. Até este momento, a Carta Compromisso já foi assinada por 18 candidaturas do pleito para legislativo estadual e federal. A Campanha continua até o segundo turno das eleições, caso ocorra no estado. Após as eleições, as candidaturas eleitas serão abordadas para a execução das propostas contidas na Carta. Além de Pernambuco, a campanha está sendo realizada em outros estados brasileiros, como Santa Catarina, São Paulo, Bahia, Pará, Rio Grande do Norte, etc. Saiba mais:Site da Campanha: mobilidadesustentavelpe.ameciclo.org

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Desmantelo verde e amarelo

*Por Paulo Caldas Sensatez acima de tudo e liberdade acima de todos são as palavras de ordem que regem o conteúdo deste “Odara”, obra de natureza política e social concebida pela verve da escritora Salete Rego Barros.  O sentimento de empatia favorece as reflexões diante dos fenômenos que incidem sobre os segmentos significativos, quando a autora vislumbra no atual horizonte o que chamou de desmantelo verde e amarelo. Tal manada tangida por mãos desastradas, a sublimação da estupidez invade o convívio da sociedade. Salete sublinha que a prática do binômio “nós e eles” traduz a negação da arte, cultura e ciência, sepulta o afã de conceber e criar, enquanto os aplausos se destinam à cegueira comum às espécies ignorantes. A autora acentua que a obra de arte é transversal ao tempo e ao espaço com a paixão em dueto com a razão e arremata: longe das artes seremos imperfeitos inoperantes, incapazes de aperfeiçoar nossos projetos de vida. Noutra análise dispara flechas e atinge os arautos do “lucro já”, adeptos da destruição do Meio Ambiente, impassíveis ante a vulnerabilidade resultante dos danos à natureza. Os exemplares podem ser adquiridos na Cultura Nordestina, Rua Luiz Guimarães, 555, Poço da Panela, Recife, fone WA 55 81 98113-7126. *Paulo Caldas é Escritor

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bacana

7 fotos das sorveterias de antigamente

Pernambuco, principalmente o Recife, possui algumas sorveterias bem tradicionais e outras antigas também foram fechadas nos últimos anos. O saudosismo por esses estabelecimentos e as boas memórias levaram ao escritor Gustavo Arruda a publicar o livro “No tempo das Sorveterias” (Uiclap Editora, 2022, 158 páginas), que traz fotos, curiosidades e histórias desses lugares que marcaram a infância e juventude de muitos pernambucanos. O livro pode ser adquirido pelo site: https://loja.uiclap.com/titulo/ua21823/ O escritor Gustavo Arruda, que é pernambucano do Recife e colecionador de fotos antigas da cidade, compartilhou algumas imagens raras com a coluna Pernambuco Antigamente, que você pode conferir abaixo. Sorvetes Bacana, em Olinda, no ano de 1992 Fachada da primeira loja da John’s, no bairro da Madalena, em 1980(Acervo da John’s) Fachada da Beijo Frio Sorveteria, em Bairro Novo, Olinda (Acervo APO) Prédio da Fábrica de Sorvetes Xaxá, na Praça Oliveira Lima, no Recife(Acervo Fernando Machado) Sorveteria Glacier, em Olinda, 1990(Acervo de Ricardo Prestrelo) Fachada da primeira loja da futura FriSabor, na Rua Joaquim de Brito, no Recife, em 1957(Acervo de Luiza Maria) Sorveteria Peixe, em Vitória de Santo Antão, nos anos 1950(Acervo Rosângela Peixe) *Por Rafael Dantas, repórter da Revista Algomais (rafaeldantas.jornalista@gmail.com)

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Silêncio Sepulcral (por Bruno Moury Fernandes)

Percebi, nos debates envolvendo os candidatos à Presidência, não haver quase menção ao tema educação. No livro O mundo é uma escola, Cristovam Buarque narra episódio ocorrido em 2005 no qual o então presidente desceu no helicóptero em Toritama, interior do nosso Estado, e foi abraçar algumas crianças que o saudavam na chegada. A imagem foi capturada por um fotógrafo e publicada na Folha de São Paulo. Ao ver aquela foto, Buarque procurou as crianças, conheceu as famílias, foi até suas casas, visitou a escola onde estudavam e conversou com os professores. Tivessem implantado um bom sistema educacional de qualidade em Toritama, naquela época, teríamos uma geração salva. Mas Buarque retornou lá na década seguinte e se deparou com o óbvio. Os meninos, já adolescentes, haviam abandonado a escola antes dos 15 anos. Nenhum terminou a quinta série. Nenhum aprendeu realmente a ler. Estavam a costurar calças jeans pelas fábricas de Toritama. A menina, aos 16 anos, já tinha um filho. Toritama é o Brasil. O retrato da perpetuação da não ascensão social pela falta de universalização da educação de qualidade. Estamos em 2022 e concordamos: se não firmarmos um grande pacto pela educação de qualidade o bastão da pobreza passará de geração a geração. Sabemos disso. Mas por qual razão essa não é a pauta prioritária do País? O saudoso Eduardo Campos dizia, não sei exatamente se com essas palavras, que esse País somente poderá ser justo no dia em que o filho do pobre estudar na mesma sala de aula do filho do rico. A frase pode soar como demagógica, mas quem haverá de discordar? É assim na Finlândia, onde a distribuição da educação promoveu a distribuição de renda. Apesar dos recentes pesadelos como o dos pastores evangélicos e suas barras de ouro, sonhei que firmávamos um grande pacto pela educação de qualidade para as próximas duas gerações. Adotávamos uma geração de brasileirinhos. O Ministério da Educação chamava-se Ministério do Futuro do Brasil. Os jovens, quando perguntados o que queriam ser no futuro, respondiam: professor! O salário desses profissionais era visto como investimento na formação das nossas crianças. Todos os professores da rede pública participavam de um amplo e denso programa de capacitação. Tecnologia de ponta em todas as escolas que eram necessariamente integrais, com esporte e atendimento médico e dentário. Ao final do debate, lá no meu sonho, os candidatos fizeram um grande pacto. Independentemente de quem saísse vitorioso, situação e oposição se uniriam em torno da educação e o assunto passaria a ser tratado como questão suprapartidária a partir do próximo governo. Então, 20 anos depois, aqueles brasileirinhos que foram adotados, adotavam o Brasil. É possível, candidatos! Falem algo a respeito. Pelo menos mintam sobre vossas intenções, ainda que com as falsas promessas de sempre. Mas silenciar, não, por favor! O silêncio é o prelúdio da morte. Esse silêncio sepulcral, candidatos, é desolador e corta feito faca a nossa carne de eleitor.

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espetaculo

“Encanto, a Família Madrigal” em cartaz no Teatro Barreto Júnior no próximo domingo (25)

O espetáculo “Encanto, a Família Madrigal” entra em cartaz no Teatro Barreto Júnior (Pina, zona Sul do Recife) no dia 25/9, domingo, com seção às 16h 30. A trupe Humantoche Produções promete levar ao palco muita música, dança e magia, além de efeitos em 4D surpreendentes – inclusive chuva de papel picado e até neve. Iluminação especial completa a encenação. No espetáculo o público contempla a jornada de Mirabel Madrigal em busca de seu poder mágico, seu “lugar no mundo”. Ao ver uma rachadura em sua casa, a jovem põe-se a buscar respostas para todos os seus questionamentos, e isso envolve uma revolução nos segredos de toda a família. Todos os mistérios da história serão revelados no palco do teatro Barreto Júnior. “É muito interessante as temáticas, como auto aceitação, diversidade, amor próprio, perdão e recomeço são tão presentes nessa história. Temos muito orgulho de ilustrar essas reflexões através de nosso trabalho, seja na atuação, cenários, figurinos e efeitos especiais. É um programa que vale para toda a família”, descreve Ricardo Silva, diretor da peça. Os ingressos estão disponíveis apenas no site da sympla ( https://www.encurtador.com.br/agrLR ), com os seguintes valores: inteira R$ 60, meia R$ 30 ou ingresso social R$ 30,00 + 1 kg de alimento não perecível. Crianças de 02 a 12 anos pagam meia, bem como estudantes, professores e maiores de 60 anos que estejam portando documentos de comprovação e/ou contracheque. A portaria será aberta 30 min antes do espetáculo, e outras informações pelo @humantocheproducoes ou whatsapp 81 998 032 724

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Jose Claudio Feira de Cabrobo

Últimos dias da exposição Semprenunca fomos modernos no Museu do Estado

(Da Cepe) A Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) realiza a exposição Semprenunca fomos modernos até o dia 25, no Museu do Estado. São 109 obras baseadas no livro Pernambuco Modernista, do jornalista e antropólogo Bruno Albertim – editado pela Cepe e lançado este ano. Com curadoria assinada pelo diretor do Mepe, Rinaldo Carvalho, ao lado de Bruno Albertim, da historiadora Maria Eduarda Marques e da especialista em Artes Visuais Maria do Carmo Nino, o objetivo desta exposição é trazer novas narrativas visuais, inclusivas, diversas e plurais sobre a arte moderna no Estado.  As obras se distribuem em núcleos argumentativos, desde os primórdios do modernismo pernambucano, com Lula Cardoso Ayres, Cícero Dias e Vicente do Rêgo Monteiro, no início do século 20, até meados dele, com Francisco Brennand, Tereza Costa Rêgo, José Cláudio e Guita Charifker, até chegar aos modernistas contemporâneos. “São artistas do século 21 que socialmente fazem parte de grupos invisibilizados, como mulheres, negros e pessoas trans, que até pouco tempo não tinham o direito de escrever a história visual de Pernambuco”, resume Bruno. O curador define este último grupo como vozes dissonantes, mas que confirmam filiação a partidos estéticos e éticos muito caros ao modernismo pernambucano. “Sobretudo com o figurativismo e a adoção de uma paleta de cores que traduz a luz local. Além da revisitação às questões de identidade”, explica o curador, citando nomes como Clara Moreira, Fefa Lins, Juliana Lapa, Max Mota e Diogum. A exposição ocupará todas as galerias do Mepe e o Centro de Documentação Cícero Dias – Biblioteca do Mepe.

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