2022 - Página 51 De 160 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Você sabe montar um plano de estudos?

Organizar um plano de estudo não é algo tão simples como parece, exige técnica e dedicação. Uma dica importante levar sempre em consideração a rotina de cada um. “Cada pessoa tem uma dinâmica de vida diferente, então é importante que o momento de estudo se adeque dentro da rotina, ainda que o dia seja corrido e o tempo para sentar e estudar seja pouco, se houver um momento separado estrategicamente para isso dentro da rotina com certeza o estudo será efetivo.”, explica Anna Piron, psicóloga e coordenadora do Núcleo de Apoio e Atendimento Psicopedagógico do UniFBV (NAAP) que estará realizando nesta sexta, dia 16, às 15h, um evento gratuito e aberto ao público para discutir o tema: “Como organizar um plano de estudos e aproveitar melhor o tempo”. O evento acontecerá no auditório da instituição e contará com a participação da psicóloga Thais Barros. De acordo com a psicóloga a falta de uma rotina de estudos, procrastinação, utilização de métodos não efetivos de estudo (métodos voltados a decorar o conteúdo) são as principais falhas na hora de montar um plano de estudos. “É importante além de estudar ter um tempo de lazer e descanso incluso na rotina. Estudar por horas sem descanso diminui a qualidade do aprendizado. O que faz diferença não é a quantidade de tempo que você dedica ao estudo, mas sim estudar com uma boa estratégia e continuidade”, ressalta Anna. Para participar do evento o interessado deve fazer a inscrição pelo QRCode que está na divulgação da palestra no instagram do UniFBV (@unifbvwyden).

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Foto Jão Vicente III

Júnior Teles lança primeiro single autoral da carreira

Florescer narra, de modo instrumental, a experiência do compositor com a primeira paternidade (Foto: Jão Vicente) Reconhecido por sua atuação em grupos de destaque da música pernambucana, Júnior Teles lança, neste dia 15 de setembro, o primeiro single autoral de sua carreira. "Florescer", que estará disponível nas principais plataformas de música online, é uma peça instrumental de 4 minutos e 28 segundos que passeia pela experiência de gestação e nascimento de Flora, primeira filha do compositor. Com um time de instrumentistas de peso, a faixa foi arranjada por Rafael Marques em parceria com o próprio Júnior Teles e gravada no Estúdio Carranca, no Recife. "Foi uma experiência única reunir tanta gente que admiro e com quem trabalhei em outros projetos para dar vida a esse trabalho que é um marco em minha carreira", destaca Teles. Participam do fonograma, além de Teles (composição, berimbau de boca, sementes, tambor falante e pandeiro), Hugo Lins (viola), Rafael Marques (bandolim), Alexandre Rodrigues (clarinete e flauta) e Pedro Huff (violoncelo). O trabalho de gravação, mixagem e masterização ficou a cargo de Vinícius Aquino, destacado profissional do áudio que atua com nomes como Amaro Freitas. Com uma estrutura baseada no Coco e nos ritmos regionais, seara na qual Júnior Teles tem larga experiência, a faixa reúne diferentes texturas para guiar o ouvinte em uma imersão. De melodia emocionante e harmonias bem elaboradas, Florescer é um convite ao encantamento com a vida e uma ode, especialmente, a nossa relação com a terra e à contemplação dos ciclos da natureza. "Nessa melodia, boto pra fora prazer, amor, medo, dor, entrega, sentimentos, emoções e pensamentos que tomaram conta de mim durante a experiência de ser pai. Essa melodia carrega minha essência e como enfrentei esses momentos/emoções", enfatiza o compositor.

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Recife no século passado é um dos destaques de exposição no Instituto Moreira Salles

*Por Rafael Dantas O fotógrafo português Francisco Manoel Rebello viveu no Recife por décadas e registrou o cotidiano da capital pernambucana, das suas belezas e também dos seus problemas, para a Revista da Cidade. Seu acervo foi preservado pela família e a partir deste mês integrará uma mostra na capital paulista. O Instituto Moreira Salles inaugurou nesta semana a exposição "Moderna pelo avesso: fotografia e cidade, Brasil, 1890- 1930" com algumas imagens do fotógrafo. Com curadoria de Heloisa Espada, a exposição apresentará o Brasil da Primeira República, com foco no processo de urbanização das principais cidades brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Belém, Belo Horizonte e Porto Alegre. As imagens do Recife foram preservadas pelo filho de Francisco Rebello, o Sr. Artur Rebello. "Meu pai era de Goa, Índia Portuguesa. Veio ao Brasil e trabalhou como comerciante, fazendo representação comercial com tio e irmão. Tirar fotos era um hobby. Tem foto do Zeppelin quando chegou ao Recife, fotos do dia a dia, dos costumes. Ele fotografava na rua quando era solteiro. Ele fazia aos sábados as fotos e no domingo revelava. Ele casou com 42 anos, mamãe tinha 20. Como toda mulher, ela baixou a diretriz: Se ele quisesse tirar fotos, era de outra coisa: filhos, sobrinhos, filhos dos amigos… no terraço de casa". De acordo com Ligia Rebello, também filha do fotógrafo, ele registrou o cotidiano do Recife até o final dos anos 30. Muitas de suas imagens foram imortalizadas na Revista da Cidade, que circulou nos anos 20, na capital pernambucana. "Na Revista da Cidade se encontram as primeiras fotos dele públicas. Havia algumas críticas porque ele fotografava muitos mendigos, coisas negativas para a sociedade, que queria a coisa mais elitizada. Mas ele tirava as fotos do momento, das situações de vida. Não era nada planejado, como o cotidiano da feira, do mercado. Cada foto tem a sua história, um local". Confira abaixo algumas fotos do acervo do fotógrafo que foram publicadas na Revista da Cidade. As Lavadeiras O banho do pobre Velharias do Recife O suco de abacaxi

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Necrobrasiliana: exposição na Fundaj faz uma releitura da memória colonial

(Da Fundaj) Abertura da mostra será no próximo dia 15 e contará com performance Angu, da artista maranhense Gê VianaNovos olhares, traços, memórias e interpretações nas telas. Reunindo 26 obras de 12 artistas contemporâneos, a exposição “Necrobrasiliana” chega à Galeria Vicente do Rego Monteiro, da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), no dia 15 de setembro, com a proposta de fazer uma releitura e reinvenção do acervo documental brasiliana. As novas simbologias serão criadas a partir de registros de cartógrafos, fotógrafos, escritores e cientistas que vieram ao país entre os séculos XVI e XIX, como Albert Eckhout, Frans Post, Jean-Baptiste Debret e Auguste Stahl. Necrobrasiliana cria novas representações e fundamentos do período colonial no Brasil. A abertura da mostra será às 18h. Com curadoria de Moacir dos Anjos, pesquisador da Fundaj, a mostra foi apresentada entre junho e agosto deste ano no Museu Paranaense (Mupa). Sua montagem em Curitiba faz parte de um acordo de cooperação assinado entre Fundaj/Mupa em 2021. Em terras curitibanas, contou com  um público de 22.684 visitantes. Moacir dos Anjos ressalta que a Necrobrasiliana faz uma crítica às imagens da memória colonial, ao racismo implícito nelas e que se perpetua nos livros de história, em propagandas e até mesmo no vestuário. “As obras dos 12 artistas que integram a exposição fazem essa crítica e defendem a construção de uma nova sociabilidade. Outra forma de vida, mais inclusiva e justa, onde se possa superar essa memória apaziguada que se tem deste país cordial. Reconhecendo, assim a violência no processo de colonização do Brasil  e, a partir desse reconhecimento, criar outras formas de vida no país”, destaca. As obras são dos artistas Ana Lira, Dalton Paula, Denilson Baniwa, Gê Viana, Jaime Lauriano, Rosana Paulino, Rosângela Rennó, Sidney Amaral, Thiago Martins de Melo, Tiago Sant’Anna, Yhuri Cruz e Zózimo Bulbul. Ana Lira é a única pernambucana a fazer parte da mostra Necrobrasiliana e utiliza fotografias feitas em casas, praças e ruas para registrar desde celebrações familiares a eventos artísticos. Em sua obra, Ana Lira traz uma narrativa sobre os movimentos culturais e suas redes de expansão no bairro da Várzea, que teve uma contribuição muito importante  para a sua família, que reside na região há mais de 40 anos. Localizado na zona oeste da capital pernambucana, a Várzea é um bairro conhecido por   território criativo fundamental em Recife. “Na Várzea há práticas criativas que vão do bordado ao fazer das rezadeiras, do canto à pintura, da fotografia e cinema aos grupos de côco de roda, bois e maracatus, das criações têxteis ao teatro. Há diversas pessoas trabalhando cotidianamente para fortalecer a teia coletiva da região. Foi um dos primeiros bairros do Recife a produzir uma exposição da sua potência criativa na antiga Galeria Metropolitana do Recife (hoje MAMAM), em 1988, quando meus pais estavam na organização do Movimento Cultural da Várzea. Então, eu vivi isso intensamente no cotidiano e na minha formação como artista”, explicita a artista. Durante a abertura da exposição, o público poderá conferir também a palestra e apresentação da performance inédita Angu, da artista visual maranhense Gê Viana. Viana é um dos nomes que compõem Necrobrasiliana. Na série “Atualizações traumáticas de Debret”, ela apresenta títulos como Cultivo de cogumelos e Sentem para jantar, revisitando as aquarelas do francês durante sua estadia no Rio de Janeiro no século XIX. Em sua releitura, a maranhense redistribui a forma como os personagens negros ocupam as cenas das telas. Outro artista que vai expor suas obras na mostra é Denilson Baniwa. Ele faz uma série de intervenções gráficas, chamadas por ele de rasuras, nas ilustrações do livro “Grandes Expedições à Amazônia Brasileira”. O livro reúne imagens produzidas por artistas que vieram ao Brasil a partir do século XIV e representam cenas supostamente vividas no país. A exposição Necrobrasiliana conta com o apoio do Centro Cultural Brasil Alemanha (CCBA) e da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e pode ser visitada de 16 de setembro de 2022 a 29 de janeiro de 2023, de terças a sextas, das 14h às 19h, sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h. A Galeria Vicente do Rego Monteiro fica localizada no campus Derby da Fundaj.

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FRANS POST RUINAS DA MATRIZ DE OLINDA

Conheça a história do jesuíta Manuel de Morais: o padre traidor

Para algumas fontes holandesas, uma das grandes perdas para as forças luso-brasileiras foi a passagem para o lado dos invasores do jesuíta paulista Manuel de Moraes, quando da tomada da Paraíba em 30 de dezembro de 1634, pelas tropas comandadas pelo coronel Chrestofle d’Artischau Arciszewski, segundo assim descreve o autor das Memórias Diárias: “O padre Manuel de Moraes com um lenço em um pau foi render- -se ao inimigo, tão esquecido das obrigações de sua profissão, que a este juntou o maior, que foi casar-se depois em Amsterdã, sendo sacerdote e pregador apostólico, e abraçar a seita de Calvino!” Era esse jesuíta um grande conhecedor da língua dos indígenas, revelando-se posteriormente autor do Dicionário da Língua Tupi e de História da América, cujos originais receberam mais tarde elogios do filólogo Hugo de Groot. Exercia papel da maior importância entre as forças da resistência, como comandante das milícias indígenas a quem ensinara as técnicas da guerra de guerrilhas. Dele testemunhava, em 1631, Matias de Albuquerque: “pelejava com tão notável zelo e ardis como se fora sua profissão a guerra e milícia”. Por sua vez, era visto por fontes holandesas na Paraíba para onde se transferiu, como “a maior autoridade sobre todos os selvagens daquela região”. Mestiço, descrito por uns como mulato e por outros como mameluco, ele vivia há sete anos entre os indígenas e, mais recentemente, se encontrava empenhado em ministrar táticas de guerra volante. Dentre os seus aplicados alunos figurava o futuro herói da restauração e futuro dom, Antônio Filipe Camarão, que vem a ser seu sucessor no comando daqueles batalhões. Constrangido por ter perdido a função de capitão geral dos índios para o seu aluno Antônio Filipe Camarão, o padre Manuel de Moraes aproveitou a rendição da Paraíba para aderir à causa dos holandeses, renunciando sua fé católica e tornando-se um pregador luterano. Caindo nas boas graças do comandante Arciszewski, o padre ganhou notoriedade ao renunciar à teologia católica, tomando-se de paixão pelos ensinamentos da igreja reformada. Sua inesperada adesão, logo se transformou em propaganda da igreja reformada: “Padre torna-se protestante”. Foi o padre Manuel de Moraes de logo enviado aos Países Baixos a fim de melhor aprimorar seus estudos teológicos. Na Holanda, logo aprendeu a língua local e em pouco tempo veio a casar-se com a jovem Margaretha van der Heide, irmã do mestre dos pesos de Gelderland. Fixando moradia em Amsterdã, transformou-se de guerrilheiro em pregador devotado, conhecido por suas preleções nos púlpitos dos templos contra a doutrina e dogmas da igreja católica romana. Ainda nesta cidade escreve alguns textos científicos e, por causa do falecimento de sua mulher, transfere-se para Leiden onde se matricula na universidade local em 27 de julho de 1640, apresentando-se como Lusitanius Licenteatus Theologiae. Nesta cidade ele tenta a publicação do seu Dicionário da língua Tupi e de sua História da América. Sua vida afetiva, porém, toma novas cores quando do seu casamento com a jovem Anna Smits, uma das mais belas jovens de Leiden, que logo se tornou enfeitiçada pelo seu charme de mulato brasileiro. Apesar de sua aparência de homem “feio, preto, cara de chim”, segundo depoimento de Dona Anna Paes, “veio ele a se casar na Holanda com uma das moças mais formosas do país”. O segundo casamento, ao que parece, pouco durou, pois o padre apóstata se transfere para Amsterdã e lá tem um encontro secreto com o Núncio Apostólico, junto ao Reino dos Países Baixos, “onde se mostrou arrependido de sua escapada protestante e confessou seus pecados ao representante do papa que lhe deu absolvição”. Deixando na Holanda mulher e filhos, bem como amigos de prestígio como o historiador Jan de Laet, que tece elogios a sua inteligência, o padre Manuel de Moraes volta a sua terra a fim de explorar o corte de pau-brasil em área que lhe fora arrendada pela Companhia. Após algum tempo, João Fernandes Vieira, sabedor do retorno do padre apóstata o manda prender e logo que este chega à sua presença é acometido de grande arrependimento: “prostrou-se aos seus pés e com copiosas lágrimas, que lhe corriam sem cessar, lhe pediu encarecidamente que lhe desse uma palavra em seu aposento, com mostras de grande arrependimento, para que fosse um de seus soldados e assim se eximir do castigo que temia”. Abandonando a causa dos flamengos, tornou o padre aos exércitos dos insurrectos servindo com ardor, ao lado de João Fernandes Vieira, à causa da Insurreição Pernambucana, sendo o seu nome anotado por Diogo Lopes Santiago quando da batalha dos Montes das Tabocas, na qual participou exortando os soldados e rezando em voz alta suas orações, até a vitória final em três de agosto de 1645. Após o sucesso das tropas insurrectas em Tabocas e Casa Forte, foi o padre Manuel de Moraes enviado por João Fernandes Vieira à Lisboa, com a missão de narrar a D. João IV os feitos obtidos pelos exércitos da terra contra os holandeses. Durante essa temporada foi ele preso pela Inquisição de Lisboa e ali respondeu a processo, cujo teor vem a ser publicado na Revista do Instituto Histórico Brasileiro (v. LXX, Rio de Janeiro 1908). Da leitura de suas páginas se depreende que o religioso apresentou a seu favor “um perdão do Papa para sua apostasia ao catolicismo”, assegurando em seu depoimento “ter sido ele o único jesuíta preso a quem as autoridades nos Países Baixos haviam proibido de regressar ao Brasil, por temerem que levantasse o gentio contra o governo do Recife”.

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"Todo mundo sente uma empatia quando olha as fotos de Wilson Carneiro da Cunha"

Bia Lima, arte-educadora e neta do célebre fotógrafo, autor de imagens icônicas do Recife, realiza pesquisa sobre o trabalho do avô para estudar sua estética, além de digitalizar e abrir o seu acervo ao público. Ela procura pessoas que tenham fotografias dele guardadas em casa. A queles que costumam se interessar por fotos antigas do Recife, certamente já se depararam com uma fotografia de Wilson Carneiro da Cunha. Algumas são icônicas como a que mostra a demolição da Igreja dos Martírios. Os que têm acima de 60 anos devem guardar na memória o Kiosque do Wilson, na Rua Nova, uma maneira criativa que ele – por sugestão da mulher Conceição – resolveu implantar para vender seus registros. A rua fervilhava no Recife dos anos dourados, quando o Centro da cidade vivia um glamour, com novas avenidas, luzes e letreiros. Era “Hollywood pura”, como o fotógrafo costumava dizer. Suas fotos são como crônicas imagéticas da capital pernambucana e mostraram ao longo dos anos as transformações urbanas, inclusive as que apagaram o brilho glamouroso do Centro. Agora, sua neta, Bia Lima, pesquisa o trabalho do avô fotógrafo e mostra um outro lado dos seus registros, a partir do acervo de fotos da família. Nesta conversa com Cláudia Santos, ela fala de hábitos inusitados de Wilson como estar sempre com a câmera fotográfica, até quando ia para a padaria. Sua paixão por preservar a memória do Centro nãos se resumia aos cliques: ele colecionava objetos das demolições do Centro, como placas de rua, altares de igreja e até postes. Formada em artes visuais e licenciatura em artes, Bia herdou do avô o gosto pela fotografia, é professora em escolas e está pedindo às pessoas que tenham fotos de Wilson para entrarem em contato com ela de modo a contribuir com a pesquisa. Quem foi Wilson Carneiro da Cunha e como ele virou fotógrafo? Ele foi fotógrafo a partir da década de 1940, mas só ficou conhecido e começou a ganhar dinheiro com o ofício na década de 1950, quando abriu o Kiosque do Wilson. Como ele viroufotógrafo? Essa pergunta também fiz para minha tia Olegária. Ela disse que ele conhecia um amigo que tinha uma câmera e foi quem apresentou a fotografia para ele. Meu avô começou a fotografar, mas de uma forma muito intuitiva. Ao longo do tempo, com a prática, foi pegando experiência. Logo ficou bem conhecido porque o Kiosque ficava na Rua Nova, um lugar muito frequentado. Ele era uma pessoa muito extrovertida, com um temperamento bem comunicador. Ele se casou com minha avó Conceição, logo tiveram minha tia Olegária e mais quatro filhos, muitos seguiram a carreira na área das artes, acho que por incentivo do pai. Ele também trabalhou para jornais. Ele era freelancer ou contratado? Eu sei que ele trabalhou para muitos jornais. Mas na época não se creditava as fotos, por isso muitas fotografias dele publicadas não tiveram crédito. Ele também era fotógrafo da polícia e tinha vários crachás que lhe davam acesso a eventos, como quando o presidente Juscelino Kubitschek esteve aqui. Como surgiu a ideia do Kiosque? Minha avó era fascinada pela cultura europeia e meu avô pela norte-americana. Eles eram colecionadores de muitos objetos e minha avó colecionava muitas revistas e, numa delas, viu uns quiosques de revistas que existiam na França. Então, sugeriu a meu avô instalar um quiosque desses no Recife, mas para exibir as fotos dele. Colocaram o nome com K porque é a forma como se escreve em francês. Ele também tinha um estúdio num prédio na rua Dias Cardoso, mas montou o Kiosque para que o público tivesse acesso ao seu trabalho de forma mais espontânea e também para tornar a fotografia mais acessível a um número mais ampliado de pessoas. Na época, nem todos tinham condições de tirar uma foto. Ele comentou que, antigamente, não era permitido às mulheres entrarem sozinhas em qualquer prédio. Mas, ao passar na rua, elas poderiam parar e olhar as fotos no Kiosque. Como você classificaria as fotos de Wilson? Ele fotografava temas muitos díspares: das ruas do Recife, passando por famosos, casamentos, a população miserável… Escrevi esse projeto porque tomei conhecimento do acervo dele que está na Fundação Joaquim Nabuco e que tem um recorte bem específico de fotos mais históricas, que falam muito sobre o urbanismo do Recife, as transformações da cidade, as pessoas em situação de rua. Como eu tinha também um acervo privado, observei que havia um outro recorte mais familiar de Wilson, que é o do pai, do marido, mas que também se caracterizava por um registro inusitado, dos flagrantes, do instantâneo como ele chamava. Ele fotogravava cenas cotidianas, o filho chegando da escola, por exemplo. Tinha um olhar muito curioso para essas coisas inusitadas do dia a dia, mas também tinha uma maneira de fotografar de forma ensaiada, ao colocar uma narrativa por trás da foto ou criar um cenário. Ou seja, ele tinha essa visão ensaística e também gostava do inusitado e do flagrante. Mas era realmente uma pessoa que gostava de registrar. Até quando ia para padaria, estava sempre com a câmera no pescoço, não a tirava por nada, era como se fosse o terceiro braço dele. Leia a entrevista completa na edição 198.2 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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80% das pequenas e médias empresas já investem em cibersegurança

A 3° Pesquisa Tempest de Cibersegurança revelou que 80% das Pequenas e Médias Empresas (PMEs) têm orçamento dedicado à cibersegurança de até R$400 mil, sendo que o valor médio é de R$200 mil. As grandes empresas brasileiras, no entanto, investem em torno de R$4 milhões. Os desafios orçamentários ainda são a principal barreira para 65% das empresas de maneira geral, e para as médias empresas somam-se questões relacionadas à aplicação de novas tecnologias e a necessidade de mudança da cultura organizacional. Os dados ainda apontam que a estrutura de empresas que não enxergam a cibersegurança como pilar estratégico e a pouca mão de obra especializada também são barreiras para o desenvolvimento e efetivação da área. Entre a PMEs, 81% têm no máximo dois profissionais dedicados de forma integral a área de cibersegurança, e 18%, entre três e cinco. Em relação a cargos de gestão e liderança, 36% das PMEs têm apenas um profissional dedicado de forma integral a área, e 64%, dois ou mais. Além disso, mesmo com a presença de um cargo de líder da área de ciber, apenas em 45% das médias empresas esse profissional responde diretamente ao CTO ou CEO. “Esses resultados nos mostram que o orçamento ainda é a maior barreira para a expansão da área, mas questões relacionadas à cultura e estrutura organizacional também influenciam para que isso não ocorra. As empresas precisam entender que investir em segurança da informação é fundamental para garantir o bem-estar institucional, financeiro e social”, afirma Lincoln Mattos, CEO da Tempest. Em parceria com o Datafolha, o levantamento foi realizado com gestores, líderes e técnicos responsáveis ou que participam da gestão de cibersegurança ou da Segurança da Informação de 172 empresas de pequeno, médio e grande porte.

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Produção industrial de Pernambuco tem queda de 1,9% em julho

(Do IBGE) Pernambuco teve uma queda de 1,9% na produção industrial pernambucana em julho, de acordo pela Pesquisa Industrial Mensal Regional (PIM-Regional), divulgada na última sexta-feira (9) pelo IBGE. Foi o sexto pior resultado entre as 15 localidades pesquisadas. Ainda assim, o estado teve o melhor percentual entre as unidades da federação do Nordeste: a Bahia teve uma retração de 7,3% e o Ceará, de 4,1%. No Brasil, por outro lado, teve índice positivo, de 0,6%. Já na comparação entre julho de 2022 e o mesmo período do ano anterior, Pernambuco tem o quarto índice mais baixo do país, com queda de 2,6%. Já no Brasil, a retração na produção industrial foi menos acentuada, de 0,5%. Por sua vez, a variação acumulada de janeiro a julho em relação ao mesmo período de 2021 teve uma retração de 4%, acompanhando o resultado nacional (-2%). A variação acumulada em 12 meses (de agosto de 2021 a julho de 2022) também teve variação negativa (-5,7%), assim como ocorreu com o Brasil (-3%). Fabricação de outros equipamentos de transporte lidera produção industrial em julho de 2022 em comparação ao mesmo mês do ano anterior Em julho de 2022, quatro das 12 atividades industriais pesquisadas tiveram resultados positivos em comparação ao mesmo mês de 2021. Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores está na primeira posição, com alta de 65%, seguido pela Fabricação de produtos alimentícios (16,6%), pela Fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal (7,2%) e pela Fabricação de produtos de borracha e material plástico (5,6%). Já a Fabricação de produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos, teve o pior desempenho (-24,1%). A variação percentual acumulada de janeiro a julho de 2022 frente ao mesmo período de 2021 teve os mesmos setores em alta. No caso da Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores, a alta foi de 32,5%. O avanço nas Fabricação de produtos alimentícios foi de 5,9%, quase empatada com a Fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal (5,8%). A Fabricação de produtos de borracha e material plástico também teve índice positivo, de 4,4%. Nesse período, a maior retração ficou com a Fabricação de produtos têxteis (-25,8%). No acumulado dos últimos 12 meses, em comparação com o mesmo período do ano anterior, apenas três setores tiveram alta: Fabricação de outros equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (33,5%), Fabricação de produtos alimentícios (2,7%) e Fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal (1%). Entre os demais que tiveram queda, os piores resultados foram, novamente, na Fabricação de produtos têxteis (-26,9%). Metalurgia (-19,2%) vem em seguida, e logo após está Fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-16,2%).

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2º Salão de Beleza abre exposição com mais de 70 artistas no MAMAM 

O 2º Salão de Beleza, assim como em sua primeira edição, tem como proposta realizar uma crítica à ausência do Salão de Artes de Pernambuco, espaço criado em 1942 e que era importante para o incentivo e a formação das artes visuais do Estado. No intuito de chamar atenção para essa ausência, movimentar, especialmente o circuito jovem da arte pernambucana e possibilitar um diálogo entre diferentes gerações de artistas.   A exposição ficará até o dia 29 de outubro e você poderá conferir obras de artistas como Alsal, Diogum, Sil Karla, Rômulo Jackson, Tereza Perman e muitos outros.  O 2° Salão de Beleza é um projeto artístico de Izidoro Cavalcanti e conta com o incentivo do SIC – Sistema de Incentivo à Cultura / Fundação de Cultura Cidade do Recife / Secretaria de Cultura / Prefeitura da Cidade do Recife e apoio do MAMAM.   MAMAM  De terça a sábado, das 12h às 17h.  Rua da Aurora, 265 - Boa Vista, Recife.  Entrada Gratuita 

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