Arquivos Algomais Saúde - Página 3 De 170 - Revista Algomais - A Revista De Pernambuco

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Artrose nas mãos exige atenção e cuidados para manter a qualidade de vida na maturidade

Doença que atinge mais de 15 milhões de brasileiros pode causar dor, rigidez e deformidades, especialmente em mulheres a partir dos 50 anos Com o envelhecimento da população brasileira, doenças articulares como a artrose se tornam cada vez mais comuns e impactam diretamente a qualidade de vida. A artrose nas mãos, também chamada de osteoartrite, é uma das manifestações mais frequentes da condição e atinge especialmente mulheres após os 50 anos. Responsável por dores, rigidez e limitações nos movimentos, a doença compromete atividades cotidianas simples, como escrever, segurar objetos ou abrir embalagens. Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), cerca de 15 milhões de brasileiros convivem com a artrose, que é hoje a principal causa de incapacidade física entre os idosos. “Muita gente pensa que é só uma dor passageira ou que está com as mãos cansadas. Mas, quando o incômodo se torna frequente, é importante buscar ajuda médica, pois pode ser um sinal de artrose”, alerta a ortopedista Dra. Etelvina Vaz, especialista em mãos do Instituto de Ortopedia e Trauma do Recife (IOT). O desgaste da cartilagem que reveste as articulações leva à dor progressiva, perda de mobilidade e até deformidades visíveis nos dedos. As áreas mais afetadas são as pontas dos dedos, a base do polegar e, com menos frequência, as articulações do meio dos dedos. O diagnóstico é clínico e pode ser confirmado com exames de imagem. “O objetivo é reduzir a dor, manter a função das mãos e evitar a progressão da doença”, explica a médica. Os tratamentos envolvem medicamentos, fisioterapia, órteses e, em alguns casos, cirurgia. Embora mais frequente na terceira idade, a artrose também pode surgir em adultos jovens que sobrecarregam as mãos com atividades repetitivas. Digitadores, costureiros, trabalhadores manuais e praticantes de esportes de alto impacto nas mãos estão entre os grupos de risco. Por isso, a prevenção deve começar cedo, com a adoção de hábitos saudáveis, fortalecimento muscular e pausas durante o trabalho repetitivo. “Envelhecer com qualidade de vida inclui também estar atento à saúde das mãos. Elas falam muito sobre como estamos nos movimentando e lidando com o nosso corpo”, finaliza a Dra. Etelvina. A detecção precoce e o acompanhamento especializado são essenciais para preservar a autonomia e o bem-estar durante o envelhecimento.

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Cresce a paixão pela corrida no interior

Com quase três décadas de experiência, o treinador Marciano Pereira Barros fala sobre os benefícios da corrida ao ar livre, o crescimento dos eventos no interior e a força das conexões criadas durante os treinos Democrática, acessível e com benefícios que vão do corpo à mente: assim a corrida de rua tem conquistado milhares de brasileiros. No sertão pernambucano, o treinador Marciano Pereira Barros é testemunha viva dessa transformação — tanto como ex-atleta quanto como fundador da equipe APA Petrolina, referência na região. Com 29 anos de experiência, o profissional de educação física compartilha suas percepções sobre o crescimento da modalidade, a força dos laços comunitários criados nos grupos de corrida e o impacto positivo de treinar em ambientes naturais. A popularização da corrida de rua “A corrida se tornou popular porque é uma atividade democrática e de fácil acesso. Basta um bom par de tênis e disposição”, afirma Marciano, que começou a correr ainda na adolescência. Segundo ele, a combinação entre busca por saúde física e mental, redes sociais inspiradoras e eventos bem organizados transformou o cenário da modalidade.Outro atrativo, segundo o treinador, é a possibilidade de iniciar com pouco investimento. “Com um tênis adequado à pisada e roupas confortáveis, já dá para começar. O importante é ter orientação e segurança.” Benefícios do treino ao ar livre Marciano destaca que correr em áreas abertas oferece vantagens que vão além da performance física. “O contato com a natureza tem impacto direto no emocional. Cada terreno, clima e paisagem oferece estímulos que tornam o treino mais dinâmico e prazeroso.” Além da experiência sensorial, correr no interior do país — como em Petrolina, onde atua — pode ser uma experiência acolhedora. “Mesmo com o calor, há regiões irrigadas mais frescas, como o entorno do Rio São Francisco. Treinar ali é especial”, diz. Corrida como ferramenta de sociabilização Quem entra em um grupo de corrida não encontra apenas treino, mas também companhia. “A corrida cria conexões genuínas. Vejo pessoas que chegaram tímidas se tornarem grandes amigas e viajarem juntas para provas. É como uma família”, relata Marciano. Ele relembra um episódio marcante: “Na Maratona de Santiago, no Chile, a emoção coletiva ao cruzar a linha de chegada era a mesma de uma grande festa em família.” Do interior para o mundo Marciano também observa uma tendência de atletas de grandes centros buscarem o interior para treinos e eventos. “Há procura por locais menos poluídos, com percursos tranquilos e contato com a natureza. Muitos vêm atrás disso”, diz. Um exemplo é o campo de treinamento montado por ele na Serra dos Morgados, na Bahia. “Todo início de ano levo um grupo de elite para treinar nesse paraíso. Nos fins de semana, atletas amadores se juntam a eles, o que motiva e inspira.” A força dos eventos regionais O interior também se destaca pela realização de provas cada vez mais estruturadas. Segundo Marciano, corridas de 5 km, 10 km e meias maratonas têm grande apelo e atraem corredores de todo o Brasil. Eventos como a Meia da Fruticultura Irrigada, a Corrida Rústica Internacional do Agronegócio, a Meia Maratona do River Shopping, em Petrolina, e a Corrida do Vinho, em Lagoa Grande, são exemplos de sucesso e acolhimento. “Elas movimentam a economia, promovem a cidade e fortalecem a cultura local”, destaca. Mais do que uma prática esportiva, a corrida de rua se tornou uma ferramenta de transformação pessoal e coletiva. E no interior, ela se fortalece com o sentimento de comunidade, paisagens inspiradoras e uma simplicidade que acolhe. Para Marciano Pereira Barros, é exatamente isso que torna cada passo mais significativo. Dicas de Marciano para quem quer começar a correr na rua Comece devagar: Respeite seu ritmo e aumente a carga gradualmente Invista em um bom tênis: Escolha o modelo adequado para sua pisada Crie uma rotina: Estabeleça dias e horários fixos para treinar. Busque um grupo ou assessoria: Isso aumenta a motivação e garante orientação. Prefira ambientes naturais: Sempre que possível, escolha locais arborizados e seguros. Hidrate-se e alimente-se bem: O cuidado com o corpo começa antes e continua após a corrida. Instagram: @marcianobarrostreinador Massagem na corrida Uma forma de ajudar a recuperação muscular pós-exercício é a massagem recovery. Ela também auxilia na redução de dores, fadiga e a prevenir lesões. Podendo ser aplicada em atividades físicas em geral, a técnica será oferecida domingo (3), na 9ª edição da Corrida Damas, nas Graças, com apoio do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), localizado na Imbiribeira, e da Faculdade Tiradentes (Fits), em Goiana, ambas integrantes do Grupo Tiradentes. A intenção é proporcionar cuidado e bem-estar aos participantes da iniciativa. Defesa Pessoal Com foco na defesa pessoal, o escritório de advocacia Portela Soluções Jurídicas promoveu, no último sábado (26), atividade com os colaboradores no Centro de Krav Magá Boa Viagem. O pessoal participou de aula da técnica de defesa pessoal originária de Israel com o Instrutor Carlos Albuquerque, que é formado e licenciado pela Federação Sul-americana de Krav Magá. Após duas décadas longe dos tatames, professor pernambucano lidera rankings e garante vaga no Mundial de Jiu-Jitsu O professor Leo Costa foi campeão, no domingo (20), do Grand Slam da AJP (liga árabe de jiu-jitsu), uma das principais competições da modalidade. Com o resultado, ele assumiu a liderança dos rankings Brasil e Sul-Americano na categoria master, além de ocupar a quarta colocação no ranking global. A conquista também garantiu a Leo a vaga na seletiva da Liga Árabe para disputar o Campeonato Mundial, que será realizado em novembro. Aos 45 anos, o atleta celebra o feito com orgulho e emoção, especialmente por ter retomado os treinos há apenas dois anos e meio. “Passei 21 anos sem treinar e resolvi voltar em 2023 para tentar realizar esse sonho de ser campeão mundial. Agora, com essa vaga garantida, vou representar meu estado e meu país com toda a dedicação que esse momento merece”, afirmou Leo Costa.

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Fisioterapia aquática auxilia no desenvolvimento motor infantil com segurança e bem-estar

Tratamento pode ser iniciado nos primeiros meses de vida e é indicado para crianças com TEA, paralisia cerebral e atraso motor A fisioterapia aquática vem se consolidando como uma ferramenta eficaz e segura no cuidado com o desenvolvimento motor de crianças com condições médicas ou neurológicas. Realizada em piscinas aquecidas e sob a orientação de profissionais especializados, a técnica utiliza os benefícios da água para promover ganho de força, equilíbrio, coordenação e autonomia funcional, de forma lúdica e prazerosa. Na Clínica Fisio FPS, localizada na Imbiribeira, o atendimento especializado ocorre de segunda à quinta, das 14h20 às 17h05. A fisioterapeuta pediátrica Juliana Calábria explica que o meio aquático favorece a execução de movimentos difíceis de realizar em solo firme. “A flutuação reduz o impacto nas articulações e facilita o deslocamento corporal. Além disso, a resistência natural da água contribui para o fortalecimento muscular de forma segura e lúdica”, ressalta. “A água é um ambiente que estimula o corpo todo. A criança se sente mais livre para explorar seus movimentos, o que favorece a reabilitação e o aprendizado motor com mais prazer e segurança”, acrescenta Juliana. Entre os benefícios observados estão também melhorias no sono, no estado emocional e na autoestima, além da promoção da socialização infantil. O tratamento pode ser iniciado desde os primeiros meses de vida, sempre com avaliação prévia e indicação profissional. Crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), paralisia cerebral, Síndrome de Down ou atraso no desenvolvimento motor estão entre as que mais se beneficiam com a fisioterapia aquática. A avaliação individualizada é essencial para descartar contraindicações absolutas ou relativas. Serviço📍 Clínica Fisio FPS – Imbiribeira, Recife🗓 Segunda à quinta, das 14h20 às 17h05📞 Informações e marcações: (81) 3312-8268 | WhatsApp: (81) 9.7335-5602💧 Atendimento gratuito para as comunidades de Tijolos e Tijolinhos; valores acessíveis para outras localidades.

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“A solidão tem efeitos profundos na saúde mental das pessoas idosas”

Psicóloga Elizete Maciel aponta como perdas, isolamento e exclusão digital afetam a saúde mental dos idosos e defende políticas públicas de inclusão para um envelhecimento com vínculos, afeto e dignidade. A solidão na terceira idade vai além da ausência de companhia — ela está ligada à perda de vínculos, ao distanciamento familiar e à exclusão das esferas sociais e tecnológicas. Em entrevista, a psicóloga Elizete Maciel, especialista em gerontologia e em neuropsicologia, explica como esse sentimento, muitas vezes silencioso, pode desencadear um ciclo de adoecimento emocional e físico, especialmente quando a pessoa idosa perde autonomia, convívio e protagonismo no dia a dia. “É a falta de escuta, de abraço, do bom dia, da xícara de café com bolo quentinho”, resume. Ao mesmo tempo, Elizete destaca que a solidão não é, necessariamente, negativa para todos. Para algumas pessoas, representa liberdade e oportunidade de redescoberta. A chave, segundo ela, está em respeitar os diferentes perfis e promover iniciativas que fortaleçam os laços afetivos e sociais. Com o envelhecimento da população brasileira, a psicóloga defende que é urgente incluir os idosos em projetos públicos que estimulem a convivência, a saúde emocional e o aprendizado — inclusive o digital — como pilares de uma longevidade mais humana e integrada. Tratamentos recentemente numa reportagem sobre a Epidemia da Solidão, que atinge muitos brasileiros e está muito relacionada a novos desafios da sociedade contemporânea. Olhando especialmente para a população da terceira idade, por que esse problema do sentimento de solidão afeta tanto os idosos? A casa cheia, o almoço aos domingos, vão deixando de ser algo habitual, os espaços se tornam vazios e o sentimento de solidão vai chegando, as mudanças diárias, o ritmo e o círculo familiar e social, afetam profundamente a população idosa. Muitas pessoas idosas passam a conviver com perdas frequentes, começando pela aposentadoria, amigos, cônjuge ou da sua própria autonomia — o que pode gerar um afastamento gradual da vida social. Além disso, há uma redução natural nas oportunidades de interação: crescimento dos filhos, problemas de saúde ou limitações de mobilidade acabam diminuindo a frequência com que a pessoa idosa participa de atividades em grupo. Por outro lado, o sentimento de solidão não é visto como um problema, para algumas pessoas idosas, este sentimento é de liberdade, poder fazer o que gostar, encontrar novos caminhos, participar de atividades, grupos, olhar para se mesmo com mais intensidade, é cuidar e gerar cuidados, envolvendo em atividades e espaços coletivos, onde a longevidade é tema, é busca, é lidar com suas limitações e buscar equilíbrio entre o ser, fazer e ter autonomia. Esse mundo mais tecnológico contribui para isso? O mundo mais tecnológico, embora traga avanços incríveis, diminuir a distância, encurtar o tempo, pode contribuir com o sentimento de solidão, quando não é possível o acesso a informação. O universo digital, para muitos a dificuldades no aprendizado, não são todos que se sentem à vontade para pedir “ajuda”, se sentem incapazes e não “querem” ter que solicitar várias vezes a mesma ajuda. Na pandemia, esse foi o maior desafio, alguns conseguiram e outros não. A comunicação através da tecnologia, se tornou rápida, a tela se tornou as chamadas telefônicas, ou as linhas da velha carta enviada pelo correio. Sem orientação ou apoio para aprender, podem gerar sentimentos de invisibilidade, distanciamento, isolamento, mesmo estando cercado por pessoas que estão diariamente conectadas. A solidão no processo de envelhecimento, vai muito mais do que a ausência de uma companhia, de estar junto. É a falta de vínculos, de escuta, de troca, de abraço, do bom dia, da xícara de café com bolo quentinho, que ainda podemos sentir o cheiro. Combater esse sentimento passa por incluir a pessoa idosa, nas relações familiares, no grupo social, por querer estar junto, por querer ouvir suas histórias ricas de um tempo que fica em nossa imaginação. Quais os efeitos da solidão na saúde mental dos idosos? A solidão tem efeitos profundos na saúde mental das pessoas idosas, podendo ser um fator de risco para a autonomia e independência. Pessoas idosas alegam que estão bem sozinhas, que não precisa de ajuda, de ninguém. É preciso ficar atentos, em muitos casos, podem desenvolver a depressão, ansiedade, transtornos do sono, isolamento, incapacidade motora (devido a passar muito tempo sentado), declínio cognitivo e até síndromes demenciais, como o Alzheimer. Isso ocorre porque o ser humano é um ser relacional, que se comunica com o outro, que troca ideias, que conversam, contam suas histórias. No processo de envelhecimento, o contato com outras pessoas exerce um papel importante na autoestima, na regulação emocional e na interação social. A dificuldades nas relações sociais, no afastamento, podem gerar sentimentos de inutilidade, desesperança, abandono e tristeza crônica. Muitos se retraem, se achando inútil, incapazes, diminuindo no autocuidado, na alimentação e ingestão de líquidos, afetando diretamente a sua saúde emocional, contribuindo para o adoecimento mental e físico. Afetando diretamente no humor, motivação e a memória, impactando e potencializando para quadros depressivos e possíveis demenciais. O que é recomendado para lidar com esse sentimento de solidão? Podemos destacar vários aspectos de como lidar com esse sentimento de solidão. Porém antes, vamos trazer um pouco, sobre o aumento população nesta faixa etária e a necessidade do olhar voltando para um envelhecimento ativo, convívio social, o cuidado de forma integral, a pessoa com suas demandas, queixas, dores e ao mesmo tempo, sonhos, projetos, querer dar continuidade, sentir-se útil. Com o crescimento da população idosa no Brasil, o olhar para a solidão, em especial da terceira idade, deve ter uma atenção da saúde pública? Quando trazemos a importância da atenção da saúde pública, estamos trazendo, acesso a saúde, educação, atividade física e mental, a valorização no mercado de trabalho para os que querem e desejam continuar. Aos que querem estudar novamente, enfrentar o desafio de uma faculdade, é ter contato com várias pessoas. Para lidar com o sentimento de solidão, é necessário avaliar o perfil da pessoa idosa, como ela vê a solidão, para muitos a solidão é bem-vinda, para outros a solidão é dor,

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Reflexões sobre Saúde Mental: palestra propõe nova forma de lidar com os desafios da vida

Psicóloga Adriana Moraes apresenta abordagem baseada na terapia cognitivo-comportamental em evento no dia 29 de julho, no Centro Cultural Marcos Hacker de Melo Você já parou para pensar como a forma de encarar os problemas pode impactar diretamente sua saúde mental? Em tempos de pressa, sobrecarga e conexões digitais constantes, refletir sobre o bem-estar emocional se tornou uma necessidade urgente. Com esse propósito, a psicóloga, professora e escritora Adriana Moraes ministra a palestra “Reflexões sobre saúde mental” na próxima terça-feira, 29 de julho de 2025, às 19h30, no auditório do Centro Cultural Marcos Hacker de Melo (MHM), em Boa Viagem, Recife. Os ingressos custam R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia-entrada). Como lidar melhor com as adversidades da vida? A proposta da palestra parte de uma perspectiva da terapia cognitivo-comportamental (TCC), método terapêutico que ajuda a compreender como pensamentos, emoções e comportamentos se conectam. A ideia é ensinar, de forma acessível, como é possível desenvolver habilidades emocionais para lidar com situações difíceis do dia a dia, enfrentando os desafios com mais equilíbrio e inteligência emocional. Segundo Adriana Moraes, ao observar e reinterpretar os pensamentos automáticos que temos diante das situações, é possível mudar comportamentos e promover maior bem-estar subjetivo. A psicóloga convida o público a refletir sobre como criar uma “mente tranquila”, fazendo referência à sabedoria oriental de Lao-Tsé: “O universo inteiro se rende a uma mente tranquila.” Conteúdo prático com exemplo de vida real Durante a palestra, será apresentada a história de uma personagem fictícia, criada com base em atendimentos terapêuticos reais, para exemplificar como crenças limitantes podem ser identificadas e modificadas. Através dessa narrativa, os participantes aprenderão a: Por que participar? O evento é uma excelente oportunidade para quem deseja aprimorar o autoconhecimento, aprender estratégias eficazes para cuidar da saúde mental e começar uma jornada de crescimento pessoal e emocional. A palestra é voltada ao público geral, não sendo necessário conhecimento prévio em psicologia. Serviço: Palestra “Reflexões sobre saúde mental” 📅 Data: Terça-feira, 29 de julho de 2025🕢 Horário: 19h30📍 Local: Auditório do Centro Cultural Marcos Hacker de Melo – Boa Viagem, Recife🎟️ Ingressos: R$ 60,00 (inteira) | R$ 30,00 (meia-entrada)

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Massoterapia e treino: um combo poderoso para sua performance

Mais do que relaxar, a massagem certa pode acelerar sua evolução na academia. Com técnicas terapêuticas e orientais, a massoterapia tem conquistado cada vez mais atletas e praticantes de musculação, corrida e crossfit. Alívio das tensões, recuperação muscular e foco mental são apenas alguns dos ganhos observados por quem inclui esse cuidado na rotina. A força do toque: como a massoterapia pode turbinar seus treinos. Confira dicas com a personal trainer e massoterapeuta Eva Samantha. Massoterapeuta e profissional de Educação Física Eva Samantha da Silva explica como a prática, cada vez mais procurada por homens e mulheres, contribui para a performance, prevenção de lesões e equilíbrio do corpo e da mente Treinar forte não é apenas sobre levantar peso ou correr mais. Também é sobre saber recuperar, respeitar o corpo e se preparar para os próximos estímulos. É aí que entra a massoterapia como aliada poderosa na jornada fitness. A profissional de Educação Física e massoterapeuta Eva Samantha da Silva, que atua como personal trainer há 7 anos e há 4 também com terapias corporais, tem percebido um crescimento constante da procura por seus atendimentos — tanto em consultório quanto domiciliar. “A massoterapia tem deixado de ser vista apenas como algo relaxante e passou a ser uma estratégia real para melhorar o desempenho físico. Ela acelera a recuperação, ajuda a prevenir lesões e ainda contribui para o foco emocional, algo essencial em treinos de força e resistência”, afirma Eva. Entre os públicos mais frequentes estão praticantes de musculação, crossfit e corredores de rua. “As mulheres lideram na procura, mas o número de homens que estão se cuidando com massoterapia para melhorar a performance também está crescendo”, revela a profissional. As técnicas utilizadas variam de acordo com o perfil e a demanda de cada pessoa. Entre as mais procuradas estão a massagem terapêutica, a ventosoterapia, o uso de pedras quentes e a técnica Guasha — todas com o objetivo de promover o equilíbrio corporal e acelerar a recuperação entre uma sessão de treino e outra. “Após um treino intenso, o músculo precisa de estímulo para liberar as tensões acumuladas e se regenerar. Com o auxílio da massoterapia, esse processo é mais rápido e eficaz. Além disso, o aumento da flexibilidade e o relaxamento muscular ajudam a executar os exercícios com mais amplitude e segurança, o que evita lesões e melhora os resultados”, explica. Por que incluir a massoterapia na sua rotina fitness? Recuperação muscular mais rápidaMassagem terapêutica e ventosas aliviam tensões e otimizam o tempo entre treinos. Melhora da flexibilidadeMúsculos relaxados e irrigados ampliam os movimentos com mais conforto. Prevenção de lesõesA liberação de tensões evita sobrecargas e dores que comprometem os treinos. Mais energia e desempenhoTécnicas como pedras quentes e Guasha revitalizam e diminuem retenções. Equilíbrio emocional e focoMenos estresse, mais concentração nos treinos e nos resultados. Cuidar do corpo vai além da musculação ou da corrida. É preciso recuperar, regenerar e reconectar. Incorporar a massoterapia na rotina de treinos é um investimento inteligente que transforma o desempenho, protege contra lesões e renova sua disposição. Porque, no fundo, tão importante quanto levantar peso, é saber aliviar a carga. Informações: @evapersonal Colônia de férias gratuita Dança, esportes, atividades lúdicas e muita brincadeira. De olho nos pequenos que estão em férias escolares, a Prefeitura do Recife lança o programa Brinca Recife. As atividades, totalmente gratuitas, ocorrem até 27 de julho. A programação completa está no app Conecta Recife  ou pelo site https://conecta.recife.pe.gov.br, onde os papais, mamães e cuidadores também podem conferir quais são as oficinas e atividades que requerem inscrições prévias e como fazê-las.  Condomínios Caruaru investem em bem-estar, fitness e qualidade de vida Diante da rotina agitada de muitos brasileiros, condomínios de alto padrão vêm se adaptando às novas demandas de estilo de vida ao integrar soluções voltadas ao bem-estar e qualidade de vida. Em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, o Reserva Portugal – primeiro empreendimento de alto padrão dentro da cidade – incorpora essa tendência com mais de 3.000 m² de áreas comuns projetadas para lazer, convívio e práticas saudáveis. Estrutura fitness completa e funcional A academia do condomínio foi pensada com consultoria especializada para unir conforto, eficiência de treino e design. Com equipamentos modernos de musculação, espaços para atividades aeróbicas, funcionais e aulas coletivas, o destaque é o box de cross training – uma estrutura inédita na região, adaptada também para públicos infantil e 60+. O objetivo é garantir treinos seguros e frequentes, otimizando tempo sem sair de casa. Natureza e relaxamento integrados ao dia a dia Para quem prefere se exercitar ao ar livre, o Bosque Clarice Gomes, com trilhas em meio à mata nativa, oferece uma experiência de conexão com a natureza e saúde mental. Já no SPA, os moradores contam com sala de massagem, sauna, hidromassagem e piscina aquecida – ambientes criados para restaurar corpo e mente com tranquilidade e conforto. O Reserva Portugal ainda conta com quadras de beach tennis, tênis, futebol society e piscina de 60 metros com borda infinita, reafirmando o compromisso de entregar um condomínio que vai além da moradia: promove equilíbrio, saúde e bem-estar em cada detalhe do projeto. CREF12/PE se reúne com TCE-PE para fortalecer políticas públicas em esporte, saúde e educação O Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região/Pernambuco (CREF12/PE) esteve reunido com o vice-presidente do Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE), conselheiro Carlos Neves. O encontro teve como foco o fortalecimento da relação institucional entre os órgãos e a articulação de ações conjuntas para fiscalizar recursos públicos, combater irregularidades e aprimorar políticas públicas nas áreas de esporte, educação e saúde. O CREF12/PE apresentou propostas que incluem a orientação a gestores públicos na criação dos Sistemas Municipais e Estaduais de Esporte, abrangendo a implantação de planos, conselhos, conferências, fundos, bolsas e leis de incentivo ao esporte. O Conselho também reforçou a importância do cumprimento da Lei Lucas (13.722/2018), da garantia do novo piso salarial nacional dos professores da rede pública, do pagamento de horas-aula de planejamento e da melhoria da infraestrutura das instituições de ensino. Desde

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MV entra no top 5 global de prontuário eletrônico hospitalar

Empresa brasileira é líder na América Latina e conquista posição entre as maiores fornecedoras mundiais de EHR, segundo o relatório 2025 da KLAS Research A MV, multinacional brasileira especializada em tecnologia para a saúde, com sede em Pernambuco, foi reconhecida como a quinta maior fornecedora de prontuário eletrônico hospitalar (EHR) do mundo, segundo o relatório de market share global 2025 da KLAS Research, instituto internacional de inteligência em saúde. A empresa se junta a gigantes do setor, como Epic, Dedalus, InterSystems e MEDITECH — tornando-se a única representante da América Latina no topo do ranking. Desenvolvida no Brasil, a plataforma SOUL MV é hoje a solução de EHR com maior presença hospitalar na América Latina, adotada por 894 hospitais. O relatório também destaca que a MV conquistou 154 novos clientes entre 2019 e 2023, quase o dobro da segunda colocada, reforçando seu crescimento sólido em um mercado complexo e competitivo. Além da liderança em número de hospitais atendidos, a MV também foi destaque em novos contratos validados em 2024, ano com maior volume registrado na América Latina. O Brasil concentrou mais de 80% dessas movimentações, evidenciando o papel estratégico da empresa no avanço da saúde digital no país.

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O cansaço virou uma epidemia: o colapso mental e físico em uma sociedade acelerada

Burnout é reconhecido como uma doença ocupacional, mas o seu impacto vai além do trabalho. Na segunda reportagem da série Epidemias Contemporâneas, especialistas criticam a cultura que glorifica o excesso e que adoece pelo desempenho *Por Rafael Dantas Desde o início do ano, o Brasil passou a adotar a Síndrome de burnout como uma doença ocupacional. Um reconhecimento tardio, quando 30% dos profissionais brasileiros já enfrentam o esgotamento físico e mental, segundo pesquisa da dados da Anamt (Associação Nacional de Medicina do Trabalho). Mais uma epidemia contemporânea que tem o seu “contágio” a partir de padrões e expectativas de vida cada vez mais desafiadoras, com muita tecnologia e uma cultura que romantiza o cansaço. “Vivemos uma época em que o tempo deixou de ser vivido, passou a ser apenas usado. A lógica da produtividade tomou conta de quase todas as áreas da vida, do trabalho aos relacionamentos, da estética pessoal à presença nas redes sociais”, alerta o psiquiatra Amaury Cantilino. “O ser humano está completamente exposto ao excesso de estímulos, cobranças e tarefas. Mas o pior: esse homem contemporâneo também está exausto por se autoexplorar”. “O tempo deixou de ser vivido, passou a ser apenas usado. A lógica da produtividade tomou conta de quase todas as áreas da vida, do trabalho aos relacionamentos, da estética pessoal à presença nas redes sociais. O ser humano está exposto ao excesso de estímulos, cobranças e tarefas.” Amaury Cantilino Ele considera que os sinais de que a sociedade está diante de um problema são evidentes, com o crescimento nos diagnósticos de ansiedade, depressão e burnout. Porém, independentemente dos dados das pesquisas ou de números oficiais, a exaustão já é percebida de forma generalizada, mesmo entre pessoas jovens e saudáveis. “Há uma sensação coletiva de que estamos todos sobrecarregados, tentando dar conta de mais do que é possível”, sintetiza Amaury Cantilino. Uma sobrecarga já enfrentada por Thiago Pedrosa, 30 anos. Durante o auge da pandemia, ele vivenciou um burnout que marcou sua trajetória profissional e pessoal. Na época, ele conciliava o trabalho de designer, em uma rotina intensa, com os estudos universitários, ao mesmo tempo em que sentia a insegurança e o medo generalizado da crise sanitária. O excesso de trabalho, a ausência de propósito e a pressão resultaram em crises de ansiedade e um cansaço extremo. Embora já estivesse em terapia, precisou iniciar tratamento psiquiátrico com medicação para lidar com o esgotamento. “A demanda é infinita. Ela nunca esgota. Você responde, aí chega mais trabalho. Isso gera o sentimento de ser um hamster correndo na rodinha”, explica sobre a percepção da sobrecarga que o levou à doença e que demandou auxílio profissional e remédios para superar. “Depois que a gente cruza a linha [do nosso limite], não tem como voltar, só usando a sua mentalidade. É preciso uma ajuda de outros recursos”. Mesmo diante do agravamento do quadro, Thiago não se afastou do trabalho. O medo de perder a estabilidade financeira e o receio de ser mal interpretado pesaram mais do que o cuidado com a própria saúde. Esse comportamento reflete a armadilha social que associa valor pessoal à produtividade constante. Aos poucos, porém, ele encontrou forças para planejar uma transição de carreira. Com um novo emprego, horários mais saudáveis e menos pressão, conseguiu se reequilibrar e deixar a medicação. A experiência do burnout deixou suas marcas. Desde então, Thiago mantém um cuidado constante sobre sua saúde mental. “Eu acho que o burnout é uma pré-depressão. É uma vigilância quase que eterna para não cair de novo.”  “A demanda é infinita. Ela nunca esgota. Você responde, aí chega mais trabalho. Isso gera o sentimento de ser um hamster correndo na rodinha. Depois que a gente cruza a linha [do nosso limite], é preciso a ajuda de outros recursos”. Thiago Pedrosa UM PROBLEMA CULTURAL CONTEMPORÂNEO Mais do que uma infinidade de espaços de trabalho estressantes e competitivos, a psicanalista Ana Elizabeth Cavalcanti, do CPPL ( Centro de Pesquisa em Psicanálise e Linguagem), afirma que a sociedade está inserida em um “ambiente extremamente hostil à vida humana”. Ela remete ao clássico livro Sociedade do Cansaço, do filósofo sul-coreano Byung-Chul Han para explicar como as pressões antes externas, passaram a ser internalizadas pelo ser humano. “O patrão externo foi substituído por um patrão interno extremamente cruel e rigoroso. Vemos uma sociedade extremamente exigente e pouquíssimo disponível. Isso está nas famílias e no universo social como um todo. A exigência é máxima, mas as condições de trabalho e de lazer são mínimas”, critica a psicanalista. Esse quadro de demandas que sufoca profissionais de diversas áreas leva as pessoas a sucumbirem e se sentirem responsáveis pelos “sucessos não alcançados” na vida voltada para a produtividade e para o consumo. “O burnout é apenas um dos sintomas de um sistema que exige o impossível e culpa o indivíduo pelo fracasso.” Esse padrão não impõe ao indivíduo apenas à autoexigência que gera o esgotamento mas, ainda assim, à glamourização do excesso de trabalho. “A ideia de que estar sempre ocupado, ‘sem tempo nem para respirar’, é sinal de sucesso. Ser workaholic virou símbolo de força e dedicação. No entanto, pode refletir apenas uma inquietude. O excesso de estímulos, informações e tarefas afeta diretamente a nossa atenção, que vai se tornando cada vez mais fragmentada e superficial”, afirma Amaury Cantilino.  Um efeito direto desse glamour do cansaço – um fenômeno cultural e global – é a ausência de descanso. Tudo passa a ser cronometrado e precisa ser produtivo. O momento de tédio, de lazer ou de desconexão passa a ser mais raro e, mesmo assim, acompanhado por culpa.  O PREÇO NO ORGANISMO O sofrimento mental e emocional de estar imerso na epidemia do cansaço já seriam motivos suficientes para um sinal de alerta na saúde. Porém, há conexão direta também com outros problemas no organismo. Amaury Cantilino explica que o corpo e a mente estão profundamente interligados. Isso faz com que, inevitavelmente, quando um adoece, o outro também sofre. “O cansaço crônico, seja ele físico, mental ou emocional, pode levar a

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Nova Clínica Acadêmica amplia acesso à saúde gratuita em Garanhuns

Com investimento de R$ 4 milhões, ambulatório da Afya poderá realizar até 900 atendimentos semanais e reduzir filas do SUS na região do Agreste A Afya Faculdade de Ciências Médicas de Garanhuns inaugurou, no dia 15 de julho, sua nova Clínica Acadêmica, com capacidade inicial para realizar até 300 atendimentos gratuitos por semana, número que poderá crescer conforme a demanda. A estrutura visa fortalecer a rede de saúde da região, especialmente nos serviços especializados, contribuindo para a diminuição das filas do SUS. Entre as especialidades oferecidas estão cardiologia, geriatria, mastologia, hematologia, reumatologia, otorrinolaringologia e pequenos procedimentos cirúrgicos. Investimento e estrutura moderna Com aporte superior a R$ 4 milhões, o novo ambulatório será aberto ao público a partir de 28 de julho. A unidade conta com salas específicas para pequenas cirurgias e otorrinolaringologia, além de uma moderna estrutura para exames de imagem e uma central de esterilização de última geração. “A nova Clínica Acadêmica representa um marco para a saúde pública de Garanhuns e região. Nosso objetivo é garantir à população, de forma gratuita, atendimento especializado, humanizado e de qualidade, contribuindo diretamente para a redução das filas do SUS na região”, afirma Adriene Pereira, diretora da Afya Garanhuns. Formação médica e responsabilidade social O ambulatório também é parte fundamental da formação acadêmica dos estudantes da Afya. Ao todo, 27 médicos e 221 estudantes atuarão diretamente nos atendimentos. A nova Clínica funcionará de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, com agendamentos feitos via regulação da V GERES, abrangendo diversos municípios da macrorregião. A inauguração contou com a presença de autoridades locais, regionais e estaduais. Atendimento complementar à clínica já existente A atual Clínica-Escola da Afya, situada no primeiro andar do Centro Médico do Agreste Meridional (CEMEPP), continuará em funcionamento. Ela segue oferecendo atendimento gratuito em especialidades como psiquiatria, pediatria, ortopedia, dermatologia, obstetrícia, pneumologia e outras, também por meio da regulação. A ampliação do serviço reforça o compromisso da Afya com o bem-estar da população e com a formação de profissionais de saúde alinhados às necessidades reais do SUS. ServiçoNova Clínica Acadêmica da Afya GaranhunsFuncionamento: Segunda a sexta, das 7h às 19hInício dos atendimentos: 28 de julhoAgendamentos: Via regulação da V GERES

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O Brasil é um país de feridas: a negligência no cuidado com a diabetes

*Por Andrea Tavares A palavra que define boa parte da realidade de quem convive com a diabetes no Brasil é negligência. Não apenas pela falta de políticas públicas eficientes, mas também pela forma como muitos pacientes lidam com a própria saúde. A doença, que atinge mais de 13 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, o que representa 6,9% da população nacional, carrega um peso silencioso: as lesões ocultas. Elas surgem nos pés, onde a perda da sensibilidade faz com que pequenas feridas se tornem portas de entrada para infecções graves, podendo levar à amputação. A cada 20 segundos, um pé é amputado por complicações da diabetes. É um cenário alarmante. Aproximadamente 25% dos pacientes diabéticos desenvolvem úlceras nos pés e 85% das amputações de membros inferiores ocorrem em pessoas com a doença, segundo o Ministério da Saúde, e o mais assustador é que a grande maioria poderia ser evitada com um simples acompanhamento. Mas as pessoas não têm o cuidado, mesmo com a informação, por isso é preciso conscientização.  Presenciei casos de pessoas que escondem lesões, até mesmo do seu cônjuge. O medo, a vergonha e a falta de orientação fazem com que muitos pacientes ignorem os sinais até que seja tarde demais. Pequenos machucados podem evoluir para infecções severas, que acabam levando à perda do membro. Isso não é uma fatalidade, mas uma consequência da falta de prevenção. Prevenir é sempre o melhor caminho. Praticar atividades físicas, manter uma alimentação saudável e evitar o tabagismo e o álcool são formas de reduzir o risco da doença. Para quem já foi diagnosticado, o acompanhamento médico e o cuidado com os pés são essenciais. Não podemos mais aceitar que tantas vidas sejam mutiladas por falta de informação ou medo de buscar ajuda. Com o espaço especializado para atender pacientes diabéticos e oferecer suporte integral, é necessário focar na prevenção, no tratamento e na educação. O trabalho multidisciplinar, com o cuidado de feridas e ostomias, acompanhamento nutricional para controle glicêmico e orientação para que os pacientes entendam a importância do autocuidado, é necessário para uma evolução no tema. O Brasil precisa deixar de ser um país de feridas. O primeiro passo é romper o silêncio, oferecer suporte e garantir que ninguém mais tenha que esconder uma lesão, muito menos perder parte do seu corpo por algo evitável. *Andrea Tavares é coordenadora do curso de Enfermagem da UniFBV Wyden

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