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O segredo que muitos corredores ignoram: o poder do treino de força contra lesões

Fortalecer o corpo é tão essencial quanto correr. Especialistas e corredores revelam como o treino de força e neuromuscular impactam a performance e diminuem os riscos de lesão. Conversamos com o Professor Elton Alves sobre o assunto. A base invisível que sustenta cada passo Colocar o tênis, ativar o relógio e sair correndo. Para milhões de brasileiros, a corrida é liberdade, saúde e superação. Mas o que parece simples exige do corpo uma complexidade muscular, articular e neurológica que vai muito além do movimento de correr. E é aí que mora um erro comum: deixar de lado o fortalecimento físico, o que pode custar caro para o corredor, seja ele amador ou experiente. “Evitar lesões de forma absoluta é impossível. Mas conseguimos reduzir muito os riscos com estratégias bem aplicadas. E o treino de força e neuromuscular é uma delas, talvez a principal”, afirma o Profissional de Educação Física Elton Alves. Corrida cresce, mas lesões também O Brasil é hoje o segundo país com mais corredores do mundo. Segundo dados do Strava, são mais de 19 milhões de praticantes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Em 2024, o país registrou mais de 2.800 eventos de corrida de rua. O esporte atrai cada vez mais adeptos por ser acessível, prazeroso e transformador. Mas há um alerta. Um estudo de 2021 revelou que 80% dos corredores de longa distância já tiveram ao menos uma lesão. Entre os corredores de curta distância, a taxa foi de 44%. A explicação está na sobrecarga dos tecidos corporais — músculos, tendões, ligamentos e ossos — que, sem o preparo adequado, cedem à repetição de impacto. “A corrida é repetitiva, exige demais do corpo e provoca microtraumas. Se o corpo não estiver preparado para suportar essa demanda, as lesões são uma consequência esperada”, reforça Elton. Força e controle: o que o treino específico entrega ao corredor O treino de força envolve muito mais que levantar pesos. Para corredores, ele trabalha pilares como força máxima, potência, resistência muscular e isometria. Já o treinamento neuromuscular ativa o sistema nervoso para melhorar o controle motor, equilíbrio, estabilidade articular e coordenação. Esses dois tipos de treino: “A ideia não é transformar o corredor em uma escultura de academia. O foco é preparar seu corpo para performar melhor e com mais segurança”, destaca Elton. Cada corpo, uma pisada. E cada pisada, uma exigência Outro fator determinante para a individualização do treino é o tipo de pisada: “Sem avaliação, o treino pode gerar mais lesão do que benefício. O corredor precisa entender como pisa, quais músculos estão fracos e o que deve ser fortalecido para que a corrida seja sustentável a longo prazo”, diz Elton Alves. Três trajetórias que mostram como a força transforma a corrida Juliana Souza Leão: força que sustenta a leveza A microempreendedora Juliana Souza Leão, 42 anos, já corre há nove anos. Mas foi só nos últimos dois que percebeu uma verdadeira transformação no corpo e na performance. “Antes, eu corria só correndo. Mas depois que comecei o treino de força voltado para a corrida, tudo mudou. Me sinto mais forte, mais estável. Até quando dou meu máximo numa prova, meu corpo responde bem e se recupera rápido”, conta. Juliana já correu mais de 50 provas, incluindo meias e maratonas. Em 2024, concluiu uma meia em 1h37 e, em 2025, cravou sua maratona em 3h36. “Hoje, não tenho ambição por grandes distâncias. Quero qualidade e saúde para correr bem por muitos anos. E sei que isso só é possível fortalecendo meu corpo com orientação profissional”, afirma. Álvaro Nascimento: potência que vence subidas Com apenas três anos de corrida, o representante comercial Álvaro Nascimento, 32 anos, já surpreende nos resultados. Ele realizou mais de 25 provas e alcançou 1h29 na meia maratona, correndo a 4:14/km. “Antes dos treinos específicos, sofria em provas com subidas. Perdida potência, perdia tempo. Mas com o treino de força voltado para corrida, me transformei. Em Vitória de Santo Antão, que tem um percurso duríssimo, consegui manter um ritmo de 3:57/km por 7 km”, celebra. Além do desempenho, ele sentiu melhora na recuperação: “Fiz 28 km num dia e, no seguinte, estava 100%. Isso nunca tinha acontecido. Hoje me sinto completo, seguro e pronto para enfrentar qualquer percurso. Meu sonho é correr uma maratona sub3h, e sei que estou no caminho certo.” Manoel Messias de Lima: veterano que se reinventou Com 46 anos e mais de 400 provas no currículo, o promotor de vendas Manoel Messias de Lima é um apaixonado pela corrida. Mas, após tantos anos, percebeu que só correr não era mais suficiente. “Comecei a sentir o corpo falhar nos treinos mais longos. Faltava força. Foi aí que busquei ajuda para fazer um trabalho de base, e foi um divisor de águas. O treino de força me deu sustentação, e hoje consigo treinar com mais segurança e buscar novos desafios”, diz. Sonha em correr uma maratona sub3h e não tem dúvida de que o caminho passa pelo treino fora das pistas: “Mais do que números, quero correr com saúde. E sei que, sem força, o corpo cobra a conta. Hoje me sinto mais forte, mais resistente e mais confiante.” Avaliação funcional: o começo de tudo A preparação deve começar com uma avaliação funcional do movimento. Existem tecnologias acessíveis, como apps validados cientificamente, além de análises presenciais detalhadas que observam desde o pé até o core. “Corpo é sistema. Se uma parte falha, outra compensa. Por isso precisamos avaliar tudo: tornozelo, joelho, quadril, core, padrão de pisada. E só depois planejar um treino verdadeiramente individualizado”, explica Elton. Benefícios do treino de força e neuromuscular para corredores Melhora a economia de corridaAumenta resistência à fadigaPrevine lesões musculares e articularesCorrige desequilíbriosMelhora biomecânica e posturaRecuperação mais rápidaMais segurança e confiança nas provas Correr bem é correr com inteligência Treinar a corrida é importante. Mas treinar o corpo para correr é fundamental. A trajetória de Juliana, Álvaro e Manoel mostra que não há idade, nível ou distância que dispense o fortalecimento. “O corredor precisa investir em si, como

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Casos graves de gripe crescem entre idosos e reforçam importância da prevenção

Influenza já supera a Covid-19 como principal causa de SRAG em pessoas com mais de 60 anos; vacinação, higiene e fisioterapia respiratória são aliados fundamentais no enfrentamento A gripe voltou a preocupar especialistas em saúde pública, especialmente no que diz respeito à população idosa. Segundo o boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado em maio, o vírus influenza já ultrapassou o coronavírus como principal causa de morte por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) entre pessoas com 60 anos ou mais. O dado acende um alerta para a importância da imunização e de cuidados preventivos durante os meses mais frios do ano, quando o vírus costuma circular com mais intensidade. A baixa cobertura vacinal tem dificultado o controle da doença, mesmo com a vacina disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “O vírus influenza pode evoluir rapidamente para quadros de insuficiência respiratória, infecções pulmonares e internações prolongadas, especialmente em idosos e pacientes com doenças crônicas. A vacinação anual é a forma mais eficaz de reduzir esse risco”, alerta a médica infectologista Silvia Fonseca, do IDOMED. A composição da vacina muda a cada ano, de acordo com as variantes em circulação no hemisfério sul, tornando a atualização da caderneta vacinal indispensável. Além da vacinação, medidas simples de higiene e cuidado pessoal são fundamentais para conter o avanço da gripe. A professora Tauana Mattar, do curso de Enfermagem da Wyden, lembra que os sintomas podem se apresentar de forma atípica em idosos e que o risco de complicações é alto. “Em idosos, a principal complicação são as pneumonias, responsáveis por muitas internações hospitalares no país”, explica. Ela destaca ainda a importância de lavar as mãos com frequência, manter os ambientes ventilados, evitar aglomerações e adotar uma alimentação saudável e hidratação constante. A recuperação também pode ser otimizada com o apoio da fisioterapia respiratória. “A Influenza compromete a função pulmonar ao causar o aumento na produção de secreções e inflamação das vias respiratórias. A fisioterapia respiratória busca restaurar e otimizar a função pulmonar por meio de técnicas como a higiene brônquica, a reexpansão pulmonar e exercícios respiratórios”, explica Alice Lisboa, professora do curso de Fisioterapia da Wyden. A prática ajuda a evitar complicações como sinusites, pneumonias e insuficiência respiratória, além de melhorar a resposta imunológica em idosos com comorbidades. O acompanhamento profissional torna-se essencial nos casos em que há secreção densa, febre persistente ou dificuldade para respirar. “A influenza pode causar sintomas severos, como fadiga extrema e desidratação, que podem impactar a capacidade do idoso de realizar atividades básicas”, pontua Alice. O cuidado contínuo da família ou de cuidadores especializados pode fazer a diferença na recuperação e na qualidade de vida da pessoa idosa durante e após o quadro gripal.

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Autismo em Pernambuco é caso de CPI

*Por Bruno Moury Fernandes Imagine um Estado que simplesmente ignora o sofrimento de milhares de crianças. Imagine mães que percorrem quilômetros em busca de uma avaliação médica. Imagine a frustração, o luto silencioso, o cansaço de uma batalha diária que poderia ser suavizada – não por milagres, mas por políticas públicas. Esse Estado tem nome: Pernambuco. O Tribunal de Contas do Estado escancarou a tragédia. Não é exagero, é diagnóstico técnico. Um relatório recente sobre os serviços públicos voltados ao TEA (Transtorno do Espectro Autista) revelou o que as famílias já sabiam – e sofriam na pele: a rede pública de saúde para pessoas com autismo está em colapso! Na verdade, ela nunca existiu. A radiografia é chocante: A esmagadora maioria dos municípios não oferece nem mesmo o básico – uma equipe mínima com psicólogo, terapeuta ocupacional e fonoaudiólogo. E mesmo quando existentes esses profissionais, apenas uma minoria é capacitada para lidar com TEA: 9,45% possuem capacitação para atender essa complexa demanda. Apenas 25 municípios realizaram treinamentos com os profissionais para aplicação do protocolo para detecção do autismo em crianças de 0 a 30 meses. Somente 15 municípios realizaram treinamento relacionado ao TEA direcionado aos pais. Dentre todos os municípios do Estado, 6 possuem equipamento de saúde exclusivo para o público autista. Mais de 45 mil pessoas estão na fila para diagnóstico. O Governo do Estado tinha orçamento de R$ 27 milhões para gastar com esse público em 2024, mas apenas R$ 70 mil foram investidos. Um escárnio! Um escândalo! Se fosse apenas descuido, já seria grave. Mas não. É omissão sistemática, institucional e persistente. A Secretaria Estadual de Saúde foi diversas vezes provocada. Recebeu relatórios, alertas, dados, recomendações. Nada fez. Ou melhor, fez o que o Estado brasileiro, infelizmente, faz tão bem: ignorou, engavetou, arrastou. Essa omissão não é técnica, é política. O desenvolvimento cerebral de uma criança autista não se congela até que a máquina pública funcione. E quando a política falha nesse grau, estamos diante de algo que ultrapassa a fronteira da incompetência. Estamos no território da negligência institucionalizada. Pernambuco precisa de uma CPI. Sim, uma Comissão Parlamentar de Inquérito na Assembleia Legislativa. Que convoque gestores, revele documentos, exponha as entranhas da negligência. Não para fazer espetáculo. Mas para produzir consequências. *Bruno Moury Fernandes é advogado

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Reflexão sobre o luto destaca importância do acolhimento emocional

Data nacional convida à conscientização sobre perdas e reforça a necessidade de escuta e apoio aos enlutados O Dia Nacional do Luto, lembrado em 19 de junho, propõe uma reflexão coletiva sobre a morte, a dor das perdas e a importância de lidar com esses temas de forma empática. A data busca romper com os tabus sociais que ainda cercam o fim da vida e valorizar o tempo e os sentimentos de quem enfrenta a ausência de vínculos afetivos — sejam eles pessoas, lugares ou experiências. De acordo com a psicóloga Simône Lira, especialista em luto do Grupo Morada, o sofrimento não está restrito à morte de entes queridos. “Quando falamos em luto, estamos falando do rompimento de um vínculo importante para alguém. Pode ser pela morte de um ente querido, mas também por outras perdas: de um lar, de um emprego, de um relacionamento, de um animal de estimação... Tudo aquilo que carrega afeto e significado em nossas vidas pode gerar um processo de luto”, esclarece. Ela explica que não há uma trajetória única nesse processo. “Não existe uma fórmula. O importante é permitir-se oscilar entre momentos de conexão com a perda e de retomada da vida. Essa alternância favorece a elaboração do luto e a adaptação a uma nova realidade, sem a presença física da pessoa ou do vínculo que foi rompido.” Situações de luto não reconhecido, como perdas que não recebem validação social, também merecem atenção especial. “Às vezes, a pessoa não se sente autorizada a viver sua dor porque a sociedade não reconhece aquela perda como legítima. Mas negar esse sentimento pode intensificá-lo e torná-lo adoecedor.” Por isso, a psicóloga reforça: “Permitir-se sentir e expressar as emoções é essencial. Cada um encontra seu modo de atravessar esse momento. E quando as dificuldades se tornam intensas a ponto de interferirem na rotina e no bem-estar, é importante buscar ajuda especializada.”

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EndoRecife 2025 reúne especialistas para debater avanços na endocrinologia

Com mais de 80 aulas, congresso acontece entre 26 e 28 de junho e traz nomes internacionais, workshops e simpósios multidisciplinares Entre os dias 26 e 28 de junho, o Recife Expo Center será palco da 28ª edição do EndoRecife, um dos maiores congressos regionais da área médica no Brasil. Realizado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia – regional Pernambuco (SBEM-PE), o evento é referência em atualização científica e prática clínica, reunindo especialistas para discutir os principais avanços no diagnóstico e tratamento das doenças endócrinas e metabólicas. Coordenado pelo endocrinologista Erik Trovão, presidente da SBEM-PE, o congresso contará com mais de 80 aulas ministradas por professores brasileiros e estrangeiros. “O objetivo é oferecer uma programação científica com temas da prática clínica e com atualizações baseadas em estudos científicos publicados recentemente”, destaca o presidente da sociedade. A programação contempla temas como diabetes, obesidade, menopausa, distúrbios da tireoide, síndrome metabólica e disfunções hormonais. Entre os destaques internacionais deste ano estão o norte-americano John Bilezikian (Columbia University), o português Davide Carvalho (presidente da Associação Europeia de Neuroendócrino) e a argentina Mirtha Guitelman, especialista em patologia hipofisária. A presença desses nomes reforça a importância do evento para a comunidade científica da América Latina. O EndoRecife 2025 também terá um workshop em parceria com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e um simpósio inédito com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM-PE), reunindo especialistas de diversas áreas da saúde. Os debates abordarão a importância do acompanhamento multidisciplinar antes e após os procedimentos, com participação de psicólogos, nutricionistas, fonoaudiólogos e educadores físicos. Serviço:EndoRecife 2025 – 28ª edição📅 Data: 26 a 28 de junho de 2025📍 Local: Recife Expo Center🔗 Inscrições e programação: www.endorecife.com.br

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Cirurgia bariátrica: adolescentes a partir de 14 anos e pacientes com gordura no fígado com fibrose já podem realizar o procedimento

Nova resolução do CFM amplia acesso à cirurgia para adolescentes e pessoas com doenças metabólicas associadas à obesidade A cirurgia bariátrica no Brasil acaba de passar por uma mudança histórica. Com a publicação da Resolução nº 2.429/25 pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o acesso ao procedimento foi ampliado para públicos antes excluídos, como adolescentes a partir de 14 anos e pessoas com obesidade e doenças metabólicas severas — entre elas, a esteatose hepática com fibrose. A mudança representa um marco no enfrentamento da obesidade e suas complicações, refletindo avanços científicos e maior sensibilidade aos diferentes perfis de pacientes. Pela nova norma, a cirurgia pode ser indicada para pessoas com Índice de Massa Corporal (IMC) entre 30 e 35, desde que apresentem condições clínicas específicas. Entre elas: diabetes tipo 2, apneia obstrutiva do sono, doença cardiovascular com lesão em órgão-alvo, refluxo gastroesofágico com indicação cirúrgica, osteoartrose grave e, agora, a doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) com fibrose. “É um reconhecimento da gravidade da doença hepática gordurosa não alcoólica, que muitas vezes só é diagnosticada tardiamente. A inclusão da fibrose hepática como critério para cirurgia é um avanço no cuidado preventivo e na gestão da obesidade”, afirma o hepatologista Pedro Falcão. Segundo ele, o diagnóstico da fibrose pode ser feito por exames como a elastografia hepática, disponível tanto no SUS quanto na rede privada. “O uso do FibroScan® se tornou uma ferramenta essencial no diagnóstico não invasivo da fibrose hepática, permitindo identificar pacientes com risco aumentado de complicações hepáticas que podem se beneficiar da cirurgia bariátrica”, acrescenta. Outro ponto sensível e transformador da resolução é a liberação do procedimento para adolescentes a partir dos 14 anos. A cirurgia será permitida em jovens com IMC acima de 40 e presença de doenças associadas. Já adolescentes entre 16 e 18 anos passam a seguir os mesmos critérios adotados para adultos, com a exigência de avaliação por equipe multidisciplinar e consentimento familiar. Além disso, foram eliminadas exigências anteriores como o limite de idade, o tempo mínimo de diagnóstico de diabetes e a comprovação de dois anos de acompanhamento endocrinológico. A nova diretriz torna o processo mais acessível, personalizado e centrado na real necessidade clínica de cada paciente. A resolução unifica normativas anteriores do CFM e foi construída com base em estudos atualizados sobre obesidade, síndrome metabólica e cirurgia metabólica. O texto técnico foi elaborado por uma Câmara Técnica formada por especialistas de referência, incluindo os cirurgiões Fábio Viegas e Antonio Carlos Valezi, ex-presidentes da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM). Segundo a SBCBM, o Brasil realiza cerca de 70 mil cirurgias bariátricas por ano, mas a demanda real é muito maior, considerando que mais de 6,5 milhões de brasileiros têm obesidade grave. Quem pode se beneficiar com as novas regras da cirurgia bariátrica ✅ Pacientes com IMC entre 30 e 35, desde que tenham: ✅ Adolescentes a partir de 14 anos, com: ✅ Adolescentes entre 16 e 18 anos: “Estamos diante de um passo importante para reduzir o impacto da obesidade na saúde pública brasileira, sobretudo em populações antes negligenciadas”, conclui o hepatologista Pedro Falcão. Com a atualização das diretrizes, o Brasil dá um passo rumo a uma abordagem mais moderna e inclusiva no tratamento da obesidade. Ao ampliar o acesso com base em critérios clínicos bem definidos, a resolução contribui para que mais pessoas tenham a chance de recuperar saúde, mobilidade e qualidade de vida. Para especialistas, não se trata de banalizar a cirurgia, mas de reconhecer que ela é uma ferramenta terapêutica importante quando usada de forma criteriosa. O que mudou é que mais pessoas com necessidade comprovada poderão se beneficiar do tratamento. Hepatologista Pedro Falcão - @drpedrofalcaohepato Crosby inaugura nova loja no Recife com foco em tecnologia têxtil A marca de moda masculina Crosby inaugurou , na última sexta-feira (13), sua nova loja no Shopping Center Recife, localizada no primeiro piso do centro de compras, na Zona Sul do Recife. Reconhecida por unir estilo e inovação, a marca apresenta a linha Roupa Fit Ultra Block, com camisetas que oferecem tecnologia antiodor, resistência a líquidos e sujeiras e não precisam ser passadas. A nova unidade chega para atender a um público que busca conforto, praticidade e sofisticação no vestir, consolidando a presença da Crosby na capital pernambucana. @crosbyrecife Asma atinge milhões de brasileiros e exige controle contínuo Com mais de 6,4 milhões de adultos diagnosticados no país, a asma é uma doença crônica que pode ser controlada, mas não tem cura. De acordo com o pneumologista Alfredo Leite, do Hospital Santa Joana Recife, os principais sintomas são falta de ar, tosse, chiado no peito e sensação de aperto no tórax. A condição é agravada por fatores como poeira, ácaros, fumaça e obesidade, e está entre as doenças mais atendidas pelo SUS. Entre 2019 e 2023, foram 12 mil mortes registradas, segundo o Ministério da Saúde. “É comum a falsa sensação de cura. Mesmo sem sintomas por anos, a asma pode voltar em qualquer fase da vida”, alerta o médico. O tratamento envolve uso correto de bombinhas e medicamentos inalatórios, com orientação médica. O controle adequado evita crises e melhora a qualidade de vida. @stajoanarecife Hapvida inaugura no Recife hospital de alta complexidade Ariano Suassuna, referência em Ortopedia e Clínica Médica Maior hospital da rede no Norte e Nordeste começa a funcionar em 30 de junho, com atendimento em Ortopedia, UTI e exames de alta precisão A Hapvida NotreDame Intermédica acaba de anunciar a inauguração do Hospital Ariano Suassuna, no Recife (PE), que será o maior hospital da rede no Norte/Nordeste. Com investimento de R$ 250 milhões, a unidade está localizada no bairro da Ilha do Leite e inicia os atendimentos ao público no dia 30 de junho. Com 13 andares, o novo hospital foi planejado para atender casos de média e alta complexidade, com foco principal nas especialidades de Ortopedia e Clínica Médica. Ao todo, o investimento faz parte de um plano nacional de R$ 2 bilhões em expansão e verticalização da rede própria da Hapvida em todo

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medico cirurgiao

Lançamento da IGNITE no Nordeste marca novo avanço na cirurgia plástica estética

Thiago Morais será embaixador oficial da marca e compartilhará sua expertise como speaker em eventos nacionais e internacionais O cirurgião plástico pernambucano Thiago Morais é o responsável por trazer ao Nordeste a plataforma IGNITE, com a ponteira Quantum RF, um dos equipamentos mais avançados em procedimentos corporais. Desenvolvida pelo colombiano Alfredo Hoyos, criador da técnica de lipo HD, a tecnologia tem como principal diferencial a atuação eficaz na retração da pele, sem cicatrizes visíveis. Esta é a primeira unidade da IGNITE instalada na região. O primeiro contato do médico com a tecnologia ocorreu em Verona, na Itália, onde ele participou de um treinamento intensivo. Desde agosto de 2024, Morais utiliza o equipamento em seus procedimentos, apostando nos benefícios técnicos e clínicos da plataforma, como maior precisão, segurança e resultados mais naturais em contorno corporal e lipoescultura. Pelo pioneirismo, Thiago Morais foi convidado pela Skintec, distribuidora da IGNITE no Brasil, para integrar o grupo de embaixadores da marca, que agora participa ativamente da difusão dessa tecnologia no país.

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Festa Junina Sensivel e Alegre

Como tornar o São João mais acolhedor para pessoas neurodivergentes

Segundo a psicoterapeuta da Clínica Mundos, Ana Paula Calado, Neurodivergentes podem ter desconfortos e até crises, mas é possível ajudá-los O colorido vibrante das bandeirinhas, o cheiro inconfundível das comidas típicas, as batidas da música, o calor das fogueiras e o estrondo dos fogos: o São João é uma celebração rica em sensações. Para muitos, essa mistura é parte da mágica da festa. Mas, para pessoas neurodivergentes — como aquelas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), TDAH ou outras condições —, esse turbilhão sensorial pode gerar sobrecarga, ansiedade e até crises. A alegria das quadrilhas e brincadeiras de grupo pode rapidamente se tornar um desafio para quem lida com hipersensibilidade a ruídos, cheiros, toques ou luzes. A fumaça da fogueira, os tecidos das roupas típicas e o inesperado dos sons e movimentos são apenas alguns dos gatilhos que podem afetar crianças, adolescentes e adultos neurodivergentes. Especialistas alertam que, com pequenas adaptações e uma dose generosa de empatia, é possível fazer do São João uma experiência mais inclusiva e respeitosa para todos. “O que acontece é que, para o cérebro neurodivergente, esse é um momento de sobrecarga de informações, que gera ansiedade”, explica Ana Paula Calado, psicoterapeuta da Clínica Mundos, que atua no tratamento terapêutico das neurodiversidades.  Um dos ícones mais tradicionais das festas juninas, a fogueira, pode ser também um dos maiores desafios para pessoas neurodivergentes. O calor intenso, a fumaça densa e o cheiro característico são estímulos fortes que nem todos conseguem processar com facilidade. Além disso, o barulho dos fogos de artifício, tão comum durante o São João, pode provocar sustos, desconforto e até crises sensoriais, especialmente em crianças com hipersensibilidade auditiva. “O cheiro intenso da fogueira ou o som abrupto dos fogos pode ser extremamente desconfortável para pessoas com hipersensibilidade sensorial. Por isso, adaptar os ambientes e oferecer espaços mais tranquilos é essencial”, orienta Ana Paula Calado. Quando o arraiá vira desafio, o jeito é antecipar, ensaiar, respeitar Para tornar o São João mais acessível e acolhedor, a preparação pode fazer toda a diferença. Criar roteiros visuais com fotos do ambiente, mostrar vídeos das quadrilhas ou fazer pequenos ensaios com amigos e familiares são estratégias que ajudam a antecipar os estímulos da festa. Essa previsibilidade traz mais segurança emocional e reduz as chances de sobrecarga sensorial. Outra medida importante é respeitar o ritmo de cada criança: se ela preferir apenas observar, sem participar ativamente, isso também deve ser valorizado. Muitas famílias recorrem a fones abafadores de som e conversas prévias sobre o que esperar da celebração, estratégias simples que promovem conforto. E já começam a surgir boas práticas em festas e escolas, como os chamados “horários tranquilos”, com sons e luzes reduzidos — uma alternativa inclusiva que acolhe não só pessoas neurodivergentes, mas também idosos e bebês. “Uma dica importante é respeitar o tempo da criança. Ela não precisa estar na quadrilha se isso causar sofrimento. Ela pode estar ali de outro jeito, no seu tempo, com acolhimento e apoio”, orienta Ana Paula. Adaptações que fazem a diferença “A inclusão é um processo contínuo e afetuoso. Quando pensamos nas necessidades sensoriais e emocionais de cada um, estamos dizendo: você é bem-vindo, do seu jeitinho. E isso é o que realmente importa numa festa popular como o São João” - Ana Paula Calado.

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Hapvida inaugura hospital de alta complexidade no Recife com foco em Ortopedia

Hospital Ariano Suassuna, o maior da rede no Norte/Nordeste, inicia atendimentos em 30 de junho com estrutura moderna e investimento de R$ 250 milhões A Hapvida deu mais um passo na expansão da sua rede própria com a inauguração do Hospital Ariano Suassuna, localizado na Zona Norte do Recife. Com 13 andares e estrutura voltada para casos de média e alta complexidade, a unidade recebeu investimento de R$ 250 milhões e será referência em Ortopedia e Clínica Médica. O hospital inicia suas operações no dia 30 de junho e já nasce como o maior da operadora no Norte e Nordeste. O equipamento começa a funcionar com 70 leitos de enfermaria e 20 leitos de UTI adulto, além de quatro salas cirúrgicas e dez consultórios – sete para pronto atendimento ortopédico e três para Clínica Médica, voltados aos beneficiários dos planos Pleno e Mix. A estrutura prevê, no futuro, a ampliação para até 172 leitos, nove salas cirúrgicas e 20 consultórios. O hospital conta com parque diagnóstico completo, incluindo tomografia, ressonância magnética, raio-X, mamografia, endoscopia e exames laboratoriais. Também foi implantado um centro cirúrgico de ponta, serviços de hemodinâmica e uma ala premium destinada ao público particular e beneficiários de planos PPO. Ao todo, estão sendo gerados 362 empregos diretos e indiretos com a nova unidade. “A construção da nova unidade responde ao crescimento do número de beneficiários na região metropolitana do Recife e à necessidade de estruturas ainda mais modernas e eficientes. ‘O Hospital Ariano Suassuna reforça nosso compromisso com a qualidade. É um passo importante na ampliação da capacidade hospitalar na região’”, afirma Jorge Pinheiro, presidente da Hapvida. A inauguração foi marcada simbolicamente para 16 de junho, data em que o escritor paraibano Ariano Suassuna completaria 98 anos. Além do hospital, a Hapvida vem fortalecendo sua presença em Pernambuco com aportes que superam R$ 258 milhões entre 2025 e 2026, incluindo investimentos em unidades especializadas para pessoas com TEA no Recife e em Paulista, e uma clínica médica inaugurada em Olinda. Em nível nacional, o plano de expansão totaliza R$ 2 bilhões, consolidando a estratégia de verticalização da operadora.

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Futuro dos planos de saúde em debate no 13º Fórum de Saúde Suplementar de Pernambuco

Relator da reforma da Lei dos Planos de Saúde participa de evento promovido pelo Sindhospe e Defensoria Pública de Pernambuco O Sindicato dos Hospitais Particulares de Pernambuco (Sindhospe) e a Defensoria Pública do Estado promovem, na próxima terça-feira (17), o 13º Fórum de Saúde Suplementar de Pernambuco, um dos principais encontros sobre saúde privada no estado. O evento será realizado das 9h às 16h, no auditório da Faculdade Senac, no bairro de Santo Amaro, em Recife. Um dos destaques da programação é a participação do deputado federal Duarte Júnior (PSB-MA), relator do Projeto de Lei 7419/2006, que propõe mudanças significativas na legislação dos planos de saúde no Brasil. Entre os pontos em debate está a criação de planos segmentados, com cobertura restrita a procedimentos de baixa complexidade. O tema é controverso e levanta preocupações sobre o acesso da população à saúde suplementar. “É preciso encarar os problemas e encontrar caminhos que sejam proveitosos para todos os lados”, afirma o presidente do Sindhospe, Dr. George Trigueiro. O evento também contará com a presença da presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Dra. Carla de Figueiredo Soares, e do Defensor Público Geral de Pernambuco, Dr. Henrique Seixas. A programação inclui painéis sobre os cenários da saúde suplementar em 2025, impactos da verticalização e concentração do setor, além da inclusão do homecare no rol da ANS. Especialistas e autoridades nacionais debaterão os desafios e oportunidades para prestadores, operadoras e usuários. O encontro reforça o papel do Fórum como espaço de articulação entre os diferentes agentes do setor e a sociedade. As inscrições estão abertas no site www.sindhospe.org.br, com vagas limitadas.

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