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A trombose em pequenos vasos (capilares) do pulmão é uma das primeiras consequências da Covid-19 grave, precedendo até mesmo a dificuldade respiratória decorrente do chamado dano alveolar difuso. Foi o que comprovou um estudo publicado por pesquisadores da USP (Universidade de São Paulo) no Journal of Applied Physiology. A partir da autópsia de nove pacientes que morreram após desenvolver a forma grave da doença, foi possível observar um quadro muito característico, envolvendo alterações na vascularização pulmonar e trombose. “Esse estudo foi a prova final do que vínhamos alertando desde o comecinho da pandemia: a Covid-19 grave é uma doença trombótica. O vírus SARS-CoV-2 tem um tropismo pelo endotélio [é atraído para esse tecido], a camada de células que reveste os vasos sanguíneos. Portanto, ao invadir as células endoteliais, ele afeta primeiro a microcirculação. O problema começa nos capilares do pulmão, para depois ir coagulando os vasos maiores, podendo atingir qualquer outro órgão”, explica a pneumologista Elnara Negri, professora da Faculdade de Medicina da USP, coautora do artigo e uma das primeiras pesquisadoras do mundo a trabalhar com essa hipótese.

Pesquisa realizada pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) desenvolveu um medicamento – em forma de gel, creme e comprimido – a partir da folha da pitangueira destinado ao tratamento da candidíase vaginal. Causada pelo fungo Candida, a infecção pode acometer três em cada quatro mulheres, pelo menos, uma vez ao longo da vida. Muitas, no entanto, poderão sofrer mais de uma vez com o problema. Além de combater o fungo, os medicamentos desenvolvidos na UFPE aliviam as inflamações e dores causadas pela infecção. O coordenador do estudo Luiz Alberto Lira Soares, do Departamento de Ciências Farmacêuticas da universidade, explica que o tratamento habitual para a candidíase vaginal utiliza IFAs (insumos farmacêuticos ativos) sintéticos cuja prescrição indiscriminada tem favorecido o surgimento de cepas multirresistentes. “As dificuldades em tratar as pessoas acometidas com infecções fúngicas representam, além de um problema de saúde pública, um problema econômico que está levando a comunidade científica a buscar novos IFAs de amplo espectro, que apresentem menor toxicidade e baixa ocorrência de efeitos adversos”, afirma o docente.

Pesquisa aponta que a chamada recidiva pode acontecer em até 36,8% dos casos Nos últimos anos, dois estudos trouxeram alertas importantes sobre o câncer de mama no cenário mundial. O primeiro, divulgado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), revela que a pandemia fez os casos graves (estágios avançados) de câncer de mama subirem 26% no Brasil, fato decorrente da redução na busca por exames de rotina preventivos, caso da mamografia. O outro – trazido pelo SEER Medicare, vinculado ao Instituto Nacional de Câncer Norte Americano – mostrou, após estudo com 20 mil mulheres, uma taxa de retorno da doença de 36,8% deste tipo de câncer. A maior parte ocorreu nos cinco primeiros anos após o diagnóstico (81,9%) e em pacientes que apresentaram casos graves da doença. “Essas pacientes foram acompanhadas durante 10 anos e, por meio desse estudo, pode-se concluir que quanto mais avançado o estágio da doença, maior a probabilidade de retorno do tumor. Concluiu-se ainda que mulheres com receptores hormonais negativos tiveram mais recorrências quando comparadas às que tinham receptores hormonais positivos”, explica a mastologista Denise Sobral, da Multihemo Oncoclínicas. O que ocasiona e tratamento Algumas mulheres que tiveram câncer de mama podem apresentar uma nova manifestação da doença, mesmo após o término do tratamento. Esse retorno é chamado de recidiva local e pode ser desgastante para a paciente, mas apresenta as mesmas chances de cura do primeiro, que chegam a 95% quando descoberto precocemente. Sabe-se que, após uma cirurgia de retirada de câncer, é possível que células cancerígenas dormentes ainda permaneçam no local do tumor ou migrem para outras partes do corpo, o que acaba causando o retorno da doença. Essa recorrência depende das características do tumor anterior, como grau histológico, tamanho, número de linfonodos cancerígenos, presença de mutações genéticas e agressividade biológica, além de fatores como obesidade, idade menor que 40 anos e tratamento anterior inadequado. O tratamento da recidiva do câncer de mama depende do tipo de tumor. De acordo com a médica mastologista Denise Sobral, da Multihemo Oncoclínicas, ao estar diante desse cenário, é necessário procurar imediatamente o médico especialista para saber quais as possibilidades. “Na maioria das vezes, o câncer que retornou é o mesmo tipo do primeiro, mas quando o perfil do tumor é diferente temos que fazer nova biópsia e novos exames de mapeamento. Existem tratamentos específicos para cada tipo de câncer e novas medicações podem ser adicionadas. Às vezes, a paciente pode fazer outro tratamento cirúrgico ou até mesmo uma radioterapia. Das medicações, a imunoterapia, conhecida como terapia alvo, vai agir exatamente nas células tumorais e será prescrita pelo oncologista quando indicada. Dependendo do tipo de tumor, esses tratamentos das recidivas podem levar à cura das pacientes quando realizados a tempo ”, complementou. Afinal, é possível reduzir os riscos de recidiva? A adoção de hábitos de vida pautados por uma alimentação equilibrada e prática de atividades físicas podem ajudar a reduzir o risco de recidiva do câncer de mama, além de contribuir para a prevenção de diversas outras doenças. “Dormir bem, comer de forma saudável, optando sempre por frutas e verduras, pelo aumento da hidratação com sucos, água e chás. Isso significa evitar ou diminuir o consumo de gorduras, massas, doces, salgados, frituras, enlatados e embutidos, bebidas alcoólicas e o fumo. Além disso, é necessário praticar exercícios regularmente”, explica a mastologista. A especialista acrescenta que as pacientes idosas e muito sedentárias devem começar a desenvolver o hábito de realizarem atividades esportivas, dentre as quais se destacam natação, pilates e musculação (com orientação profissional), pelo menos três vezes na semana e, se possível, fazer caminhadas diariamente. “Por mais comuns que sejam essas orientações, elas são determinantes quando associadas aos cuidados médicos”.

O Hospital Santa Joana Recife, pertencente à rede Americas, está prestes a inaugurar o Instituto do Fígado, situado nas Graças, após obter autorização do Ministério da Saúde para realizar transplantes hepáticos. Este instituto, o primeiro de natureza privada na cidade, expandirá a gama de serviços de alta complexidade já oferecidos pelo hospital, que possui experiência em transplantes de rim e medula óssea. O Instituto do Fígado se dedicará ao acompanhamento de pacientes com diversas condições que afetam o fígado, a vesícula, as vias biliares e o pâncreas. O local oferecerá consultas médicas, suporte de equipes multidisciplinares, procedimentos diagnósticos, terapêuticos e cirúrgicos, que podem variar de intervenções simples a complexas, dependendo das necessidades individuais de cada paciente. O objetivo é fornecer uma interface entre diversas especialidades, garantindo atendimento contínuo e abrangente desde o primeiro contato com a equipe, conforme explicado pelo Dr. Tibério Medeiros, médico hepatologista responsável pela coordenação do Instituto do Fígado, junto com o Dr. Rommel Pierre, cirurgião digestivo. É relevante ressaltar que as doenças hepáticas estão apresentando um aumento significativo na prevalência, incluindo casos de câncer de fígado e, atualmente, a esteatose, caracterizada pelo acúmulo de gordura no órgão. De acordo com dados do Ministério da Saúde, cerca de 30% da população brasileira convive com essa condição insidiosa. O cansaço e o desconforto abdominal podem ser indícios de um fígado gorduroso, que, se não tratado adequadamente, pode evoluir para outras doenças hepáticas, como cirrose e fibrose, como alertado pelo Dr. Medeiros. O Instituto do Fígado do Hospital Santa Joana Recife, da Rede Americas, terá a capacidade de atender até 1.000 pacientes por mês, com planos de expansão para aumentar a capacidade de atendimento em breve, com a inauguração de novas instalações na unidade. O evento de inauguração está previsto para ocorrer em um modelo soft opening no dia 30 de outubro, e o local estará aberto ao público a partir de novembro.

A HospitalMed (HM), a principal feira de negócios do setor médico e hospitalar no Norte e Nordeste, realiza sua 11ª edição entre 25 e 27 de outubro no Pernambuco Centro de Convenções, em Recife. O evento, organizado pela Insight Feiras e Negócios, contará com aproximadamente 50 eventos simultâneos e reunirá mais de 400 marcas. Com uma expectativa de público superior a 26.000 pessoas, a HospitalMed projeta gerar novos negócios no valor de R$ 1 bilhão, envolvendo a economia das regiões Norte e Nordeste. A feira também terá um impacto positivo na criação de empregos, diretos e indiretos, com cerca de 1.500 postos de trabalho. INOVAÇÃO Entre os destaques deste ano está a Star Health Innovation, um espaço dedicado a startups, empreendedores, estudantes e profissionais da saúde e da tecnologia. A “Batalha de Startups” será um dos destaques, onde soluções inovadoras serão avaliadas por uma banca de jurados, com o vencedor recebendo um investimento de R$ 200 mil. ROBÓTICA Outra atração será a apresentação de soluções em robótica e inteligência artificial, demonstrando a interseção entre tecnologia e saúde. A HospitalMed 2023 também oferece uma ampla programação de conteúdo, com mais de 50 eventos paralelos, abrangendo mais de 150 horas de debates, painéis, congressos, fóruns e workshops. Abaixo, os principais destaques a programação. 25   DE OUTUBRO ·         12º Congresso Norte-Nordeste de Gestão em Saúde. ·         Fórum Anbiotec. ·         6ª edição do Prêmio Sindhospe de Gestão em Sistemas de Saúde. ·         4º Fórum Norte-Nordeste de Regulação em Dispositivos Médicos. ·         Talk Star Health Innovation – Inovação e tecnologia na saúde: showcase de robótica e IA. ·         25ª COPEO – O Congresso Pernambucano de Odontologia. 26   DE OUTUBRO ·         Fórum Anbiotec. ·         Talk Star Health Innovation – Avanços da Inteligência Artificial no Apoio ao Diagnóstico por Imagem. ·         Talk Star Health Innovation – Construindo um Hospital Digital: Desafios e Oportunidades. ·         Workshops Sindhospe. ·         25ª COPEO – O Congresso Pernambucano de Odontologia. 27   DE OUTUBRO ·         6º Fórum Sindhospe de Controle de Infecções Relacionadas a Assistência à Saúde (IRAS). ·         A evolução da Engenharia Clínica na era da Saúde Digital. ·         Talk Star Health Innovation – Colaboração para a Inovação na Saúde: O Poder das Parcerias. ·         Workshops Sindhospe. ·         25ª COPEO – O Congresso Pernambucano de Odontologia.

A Associação Nacional de Empresas de Biotecnologia (Anbiotec Brasil) anuncia o 5º Fórum de Inovação, que ocorrerá durante a HospitalMed 2023 no Recife, no dia 26, no Centro de Convenções de Pernambuco. O evento é um espaço de intercâmbio de conteúdo no setor médico e hospitalar do Norte e Nordeste e terá como tema “Feito no Nordeste, Feito no Brasil: Abastecendo a cadeia nacional de saúde com inovação e qualidade”. O Fórum incluirá painéis que abordarão as inovações da Rede Empresarial Anbiotec, oportunidades de inovação na cadeia de saúde do Nordeste brasileiro e casos de sucesso público-privado em políticas inovadoras. O evento contará com apresentações de empresas associadas, incluindo Bioclin Global, Biocon Diagósticos, BioTécnica Biotecnologia Avançada, Enzytec e Grupo ONmnia. Essas empresas destacarão suas soluções inovadoras, como testes rápidos para diagnósticos em curto intervalo de tempo, que podem impactar positivamente o mercado e a sociedade. Um dos painéis terá como foco o potencial nordestino em inovações para a cadeia nacional de saúde, com a participação de especialistas da região e da Rede de Biotecnologia do Nordeste (Renorbio). O Fórum também incluirá uma sessão dedicada a casos de sucesso de parcerias público-privadas que estão gerando políticas públicas inovadoras. A presidente da Anbiotec Brasil moderará o painel, com participação de representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco e da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe). Além do Fórum, a Anbiotec Brasil também terá uma “Ilha de Empresas” na HospitalMed, onde suas associadas apresentarão produtos e facilitarão negócios e parcerias. A Ilha estará aberta durante a feira, de 25 a 27 de outubro, proporcionando um espaço estratégico para investidores, empresários e representantes da academia.

O período da gravidez exige cuidados adicionais com o corpo e a saúde da mulher, devido às alterações hormonais e transformações corporais. Atividades físicas são recomendadas durante e após a gestação, proporcionando diversos benefícios físicos e emocionais. Durante a gravidez, a prática regular de exercícios beneficia tanto a mãe quanto o bebê, melhorando o transporte de nutrientes e oxigênio, promovendo uma melhor oxigenação do cérebro do feto e contribuindo para benefícios cognitivos. Thaís Silva, educadora física e professora do Centro Universitário dos Guararapes (UNIFG), destaca vários benefícios. “Dentre os principais benefícios que a atividade física gera para a mãe, estão: a diminuição das dores musculares provocadas pelo crescimento da barriga, a melhora da respiração, a redução do inchaço provocado pela retenção de líquidos, redução do risco de pré-eclâmpsia e a diminuição do estresse e tensão”, explica. Entretanto, é fundamental escolher atividades seguras. Alguns exercícios podem apresentar riscos para a gestante e o bebê, como esportes de contato, ciclismo e movimentos bruscos. É importante evitar atividades que possam causar traumas ao feto, bem como abdominais devido à sobrecarga na coluna e região lombar. É recomendável começar a prática de exercícios a partir do terceiro mês de gravidez e fazê-lo sob a orientação de um profissional de educação física, responsável por direcionar a execução adequada dos exercícios, incluindo posição, duração, intensidade e frequência. Além disso, escolher atividades como caminhada, corrida leve, pilates, hidroginástica, natação, bicicleta ergométrica, alongamentos, musculação leve, dança e ioga pode contribuir para uma gestação mais saudável. Exercícios mais indicados durante a gestação: ● Caminhada; ● Corrida leve; ● Pilates; ● Hidroginástica e Natação; ● Bicicleta ergométrica; ● Alongamentos; ● Musculação leve (de preferência acompanhada por um profissional); ● Dança; ● Ioga.

O prefeito João Campos assinou um Projeto de Lei (PL) voltado para a expansão da Atenção Básica no Recife, com foco na Estratégia de Saúde da Família. O projeto prevê uma ampliação considerável da cobertura, atingindo 100% do território recifense até o final de 2024. Além disso, o PL propõe a criação de 3.142 novas vagas de trabalho na área de saúde, com a expansão dos horários de funcionamento das unidades existentes e a realização de concursos públicos para profissionais da Atenção Básica. O projeto agora seguirá para votação na Câmara Municipal do Recife. A primeira etapa do plano já permitirá um aumento no número de equipes de Saúde da Família e Saúde Bucal, passando de 282 para 509 e de 191 para 245, respectivamente. Além disso, 18 Unidades de Saúde da Família (USF) passarão a funcionar em horário ampliado, beneficiando 470 mil recifenses. Na fase seguinte, o plano contempla a construção de 12 novas USFs e a realização de concurso público para mais de 3 mil vagas de profissionais de saúde da Atenção Básica, abrangendo diversas áreas, como médicos, assistentes sociais, dentistas, enfermeiros, entre outros. A expansão da Atenção Básica no Recife também virá com um novo modelo de gestão focado na valorização dos servidores, gestão por resultados e gratificações por desempenho.