Claudia Santos, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 115 De 141

Claudia Santos

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Ocupando o Brasil

A proposta de reforma do ensino médio está sendo objeto de controvérsia e de protestos materializados por ocupações de várias escolas em todo o Brasil. Ela foi inspirada em experiência bem-sucedida de Pernambuco que subiu, em poucos anos, do 21º (nota 2,7) no ranking do Ideb (MEC/INEP) para o 1º lugar (nota 3,9) dentre os Estados do País. A proposta que objetiva reduzir o número de disciplinas obrigatórias e estender a jornada escolar é um avanço pois permite ao estudante fazer a escolha das matérias que melhor atendem aos seus objetivos. Alguns estudantes poderiam, assim, concluir o curso com conhecimento profissional que lhes permitissem encarar o mercado de trabalho de imediato, sem prejuízo de mais adiante procurar ingressar em curso superior, ou pode prepará-lo logo para este último objetivo. O atual curso médio não faz bem nem uma coisa, nem outra. O resultado se manifesta em altas taxas de abandono (6,8% em 2015) e de distorção idade-série (27,4% em 2015) além do elevado percentual daqueles jovens de 15 a 29 anos de idade que nem estudam nem trabalham (22,5% em 2015). Questionados sobre a razão do protesto e das ocupações o principal argumento das lideranças estudantis não recai no conteúdo, até mesmo porque é difícil lhes negar os benefícios, mas na forma, ou seja, que a matéria não deveria ter sido encaminhada pelo Executivo Federal como medida provisória. Concordo com o argumento não fosse o fato de que matéria semelhante está adormecida no Congresso Nacional há anos sem que tenha sido aprovada, muito menos exaustivamente debatida. Todavia, dado esse argumento será que é mesmo urgente avançarmos nessa questão? Argumento que sim, pois reformas do ensino, em qualquer nível, levam muitos anos para gerar os primeiros resultados. Veja-se o caso da Coreia do Sul que revolucionou sua educação e, por consequência sua economia, em cerca de 20 anos. O Brasil tem pressa. Isso está claro nos últimos resultados do Pisa, um teste internacional de proficiência em matemática e ciências, onde o Brasil há anos se situa sempre na cauda inferior dos resultados. No último exame (2016) o Brasil alcançou o 65º lugar entre 70 países no exame de matemática. Os países bem-sucedidos no Pisa, antes europeus como Holanda e Finlândia e, mais recentemente, os asiáticos como Cingapura e Coreia do Sul, creditam seu sucesso a um pequeno, mas importante conjunto de fatores, quais sejam: professores recrutados e constantemente reciclados em bons centros superiores de formação; docentes que são remunerados de acordo com habilidades, méritos e produtividade valorizados pelo mercado; boa gestão escolar baseada em disciplina, método e resultados permanentemente monitorados, e aplicação rigorosa do princípio de que nenhum estudante pode ser deixado para trás. Adicione-se a esses ingredientes a valorização da educação pela sociedade e a participação cuidadosa dos pais na interação com a escola e obtém-se uma receita de sucesso. A qualidade da educação resultante forma cidadãos e pessoas qualificadas para atender às demandas de uma economia moderna e competitiva. Falta de dinheiro não é o principal problema nem nesses países, nem no nosso. Vários especialistas já afirmaram que recursos financeiros não constituem o maior obstáculo à conquista de uma educação de boa qualidade. As principais dificuldades estão: na formação dos professores que saem mal preparados dos centros de educação das nossas faculdades e universidades; nas deficiências curriculares dos cursos de formação que não os qualificam bem para a sala de aula; na consequente má remuneração que não atrai os melhores profissionais para as escolas; na falta de uma política permanente de requalificação docente; na aversão de alguns professores e sindicatos a mecanismos meritocráticos de desempenho, e a uma gestão escolar quase sempre tíbia e descomprometida das metas estabelecidas pelas autoridades educacionais. A resultante é que o País apresenta baixos indicadores educacionais e, por conseguinte, uma economia de baixo conhecimento e produtividade. Não se argumenta que a educação só deva qualificar jovens para o mercado de trabalho, mas este é um dos principais objetivos da educação em uma sociedade capitalista. O outro, muito importante, é formar cidadãos para a vida em uma sociedade democrática e para serem líderes em todos os setores de atividade. Não estamos atingindo os dois objetivos. E os jovens que ocupam as escolas talvez não tenham plena consciência disso. Em vez de ocupar escolas devemos deixar que a educação ocupe o País.

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Remédio para hepatite C tem ação contra zika

Estudo liderado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) mostra que o antiviral sofosbuvir, atualmente utilizado para tratamento da hepatite C, possui ação contra o vírus zika. O efeito foi observado em testes com diferentes tipos de células, incluindo células neuronais humanas, além de minicérebros, organoides produzidos a partir de células-tronco que reproduzem os estágios iniciais de formação do cérebro e são considerados um modelo para o estudo da microcefalia associada ao zika. A pesquisa apontou que o medicamento inibe a replicação viral, protegendo as células da morte provocada pela infecção. O estudo foi realizado por pesquisadores do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz), Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), Instituto de Tecnologia de Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz), Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (Idor), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Inovação em Doenças Negligenciadas (INCT/IDN) e consórcio BMK, formado pelas empresas Blanver Farmoquímica, Microbiológica Química e Farmacêutica e Karin Brüning. A pesquisa foi apoiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj). Os resultados foram publicados nesta quarta-feira (18/1), na revista científica internacional Scientific Reports. De acordo com Thiago Moreno Lopes Souza, pesquisador do CDTS/Fiocruz e coordenador do estudo, mais investigações são necessárias antes da realização de ensaios com pacientes, mas os primeiros resultados apontam que o sofosbuvir tem potencial para se tornar uma opção no tratamento da doença. “Identificar a ação contra o vírus zika de uma droga que já é clinicamente aprovada é muito importante. Ainda não sabemos quando teremos uma vacina disponível contra o zika e o uso de um medicamento antiviral pode reduzir os danos provocados pela infecção. Dependendo dos resultados futuros, o tratamento poderia até ser considerado como medida profilática, como ocorre, por exemplo, no uso de certos medicamentos antirretrovirais no caso do HIV”, afirma o pesquisador. A semelhança entre o vírus da hepatite C e o vírus zika foi um dos motivos que levaram os cientistas a testar o medicamento.De acordo com os cientistas, o fato de o sofosbuvir ser um medicamento já aprovado para uso em pacientes no caso da hepatite C pode facilitar o avanço da pesquisa. “Geralmente são necessários anos para um fármaco sair da fase de estudos pré-clínicos e chegar aos ensaios com pacientes. Como o sofosbuvir já passou pelos testes de segurança e foi aprovado para uso contra a hepatite C, esse processo pode ser bastante acelerado”, diz Thiago. Sofosbuvir contra hepatite C O sofosbuvir é um fármaco lançado em 2013 e chegou ao Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento da hepatite C em dezembro de 2015. Como a maioria dos antivirais, o medicamento não está disponível nas farmácias e sua utilização só poder ser feita com acompanhamento médico. No tratamento da hepatite C, o remédio é utilizado em associação com outros antivirais. Entre as vantagens na comparação com as terapias anteriores estão o aumento da chance de cura, a redução dos efeitos colaterais e a possibilidade de administração por via oral. Em maio de 2016, a Fiocruz e o consórcio BMK assinaram um acordo para produzir o remédio no Brasil.

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Consulado Britânico lança chamada para projetos comunitários

  Até 19 de fevereiro 2017 estão abertas inscrições para o Institutional Skills, programa do British Council que conta com recursos do Newton Fund. O programa tem como objetivo apoiar projetos relacionados a treinamento, capacitação e engajamento comunitário de funcionários e colaboradores de instituições públicas, da sociedade civil, museus de ciências e jardins botânicos ou de organizações parceiras, diretamente envolvidas com essas instituições. Serão contempladas instituições que atuem nas seguintes áreas: · Agricultura e Segurança Alimentar, especialmente voltada à pequena propriedade e baixo impacto ambiental. · Biodiversidade Clima e meio ambiente – incluindo mudança climática, tecnologia verde, desenvolvimento sustentável, serviços de ecossistema, escassez de recursos, uso sustentável da biodiversidade e valorização do conhecimento tradicional popular; · Ciências sociais para desenvolvimento econômico; · Saúde pública e doenças infecciosas negligenciadas (Incluindo Zika, Dengue and Chikungunya e a gestão eficaz dos serviços de saúde) · Economia inclusiva – incluindo empoderamento de grupos em situação de vulnerabilidade, economia solidária, economia de floresta, fomento ao empreendedorismo, economia criativa e da cultura, com foco em territórios vulneráveis; · Ensino de disciplinas relacionadas às Ciências e Matemática na Educação Básica (STEM – Science, Technology, Engineering, and Mathematics), incluindo a popularização das ciências, engajamento comunitário e o ensino fora da escola, com novas metodologias; · Transformações urbanas – incluindo direitos humanos, enfrentamento da violência, moradia, mobilidade, acesso à agua, imigração, inclusão social e redução de desigualdades. A proposta deve incluir parceria com pelo menos uma organização ou especialista no Reino Unido e a organização proponente deve se comprometer a cofinanciar pelo menos 50% do projeto – com recursos próprios ou angariado junto a outros parceiros. Contrapartidas não-financeiras incluindo em esforços são elegíveis e deverão ser incorporadas nas propostas de orçamento. Serviço Prazo para inscrições: até às 18h (horário de Brasília) do dia 19 de fevereiro de 2017. Os selecionados serão informados na primeira semana de março. Contratos serão negociados e assinados até a terceira semana de março 2017. A assinatura do contrato está sujeita à confirmação do cofinanciamento do proponente. Os projetos devem começar no início de abril 2017 e serem encerrados até 1º de março de 2018. A organização ou especialista no Reino Unido pode ter natureza acadêmica, agência pública, consultoria ou organização social. A International Unit, instituição parceira do British Council, ajuda organizações brasileiras a encontrar universidades com interesses similares no Reino Unido para projetos do British Council financiados pelo Newton Fund. Para saber mais, escreva para newton@international.ac.uk, indicando o assunto “Institutional Skills – Brazil call". Recursos para a identificação de parceiros não-acadêmicos estão disponíveis no site do British Council no Brasil.

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Tenha a postura correta para evitar dor nas costas

No computador   Escolha uma cadeira com descansos para os braços, que devem estar na altura do teclado e com um encosto adaptado à altura da coluna. Mantenha os ombros relaxados, com o queixo fazendo um ângulo de 90 graus com o chão e a cabeça levemente erguida, como se um fio a segurasse para cima. Coloque o monitor a uma distância entre 40cm a 70cm e a uma altura em que o pescoço faça um ângulo de 90 graus com o queixo. Não fique corcunda (curvado para a frente), nem o oposto, com o peito projetado para a frente e o ombros muito atrás. Sente-se com as nádegas e as coxas bem apoiadas na cadeira e com o abdome levemente pressionado Mantenha os pés apoiados no chão, de forma que a perna forme um ângulo de 90 graus.   Ao deitar Escolha um colchão nem muito duro nem muito macio Durma de lado, com um travesseiro na altura do ombro, com os joelhos semiflexionados

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Saiba como prevenir a dor na coluna

A fisioterapeuta Maria do Socorro Almeida defende que prevenção da dor nas costas deva ser feita ainda na infância. “É preciso orientar a criança desde cedo a como se comportar para evitar o quadro doloroso. Essa orientação pode vir dos pais, professores e do educador que realiza atividade física com alunos”, propõe Socorro, que é especialista em reeducação postural global (RPG) e osteopatia. Um bom começo para realizar esse esclarecimento é ensinar os pequenos a evitarem a má postura, seja no computador, assistindo à TV, ou mesmo dormindo, já que é um dos fatores mais recorrentes a causar problemas na coluna. “A prática postural saudável poderia ser ensinada não só em casa, mas principalmente nas escolas”, sugere Socorro. Os adultos também devem ficar atentos a essas situações em especial no ambiente de trabalho (veja algumas dicas de posturas corretas). E, falando em trabalho, sinal amarelo para aqueles que permanecem muito tempo sentados no escritório, pois isso pode pressionar os discos situados entre as vértebras da coluna. Resultado: dor na região lombar. Com possibilidade para progredir, com o tempo, para uma hérnia de disco. O fato é que não devemos sentar por longos períodos, mesmo que seja numa posição correta, porque a ausência de movimentação tensiona os músculos que passam a doer. “O ideal é que, pelo menos a cada uma hora, a pessoa se levante”, orienta Socorro. “Vá ao banheiro, ou beba água ou ainda, se quiser falar com o colega, em vez de contatá-lo por telefone, vá até a sala dele”, sugere. Uma dica para quem quiser se ajustar a uma postura correta é fazer sessões de reeducação postural global (RPG). Trata-se um método fisioterapêutico que visa prevenir e corrigir alterações posturais que causam dor e desconforto. “É realizado por meio de posturas de alongamento muscular, associado com a respiração associado. Não é voltado unicamente para as pessoas com dor, mas também para todos que buscam encontrar um melhor equilíbrio e viver em harmonia com o corpo”, explica Socorro. E é ao respirar corretamente que também se combate o estresse, outra causa importante na origem das dores. Quando uma pessoa está estressada, seus músculos são tensionados, o que pode levar a um quadro doloroso, em especial na região muscular das costas e do pescoço. Além disso, um estado estressante pode liberar no organismo hormônios que aumentam a percepção da dor, como o cortisol e o adrenocorticotrópico (ACTH). Por isso, não coloque em segundo plano atividades que possam evitar e combater o estresse. Uma delas é o exercício físico que além de relaxar, estimula a produção de endorfinas (substâncias ligadas ao bem-estar) e é uma arma poderosa contra a obesidade. Estar com aqueles indesejáveis quilos a mais, por sinal, também pode provocar dor por causar uma sobrecarga aos discos intervertebrais. “O aumento de peso favorece ao desgaste na articulação da coluna. O obeso tem limitação na flexibilidade e dificuldade na realização de movimentos”, adverte Socorro. Mas, qual o melhor exercício? “O ideal é fazer algo que se goste, seja caminhar, praticar um esporte, academia, natação (que envolve todos os músculos e a respiração) ou atividades que causem relaxamento, como a ioga”, recomenda a fisioterapeuta, acrescentando que se deve exercitar no mínimo três vezes por semana. O pilates é especialmente saudável por ser um método de condicionamento físico que visa melhorar flexibilidade, consciência corporal, força e equilíbrio. Quanto aos exercícios de alto impacto, como correr, por exemplo, devem ser evitados pelos que sofrem de hérnia de disco. Esses movimentos pressionam justamente os discos intervertebrais, provocando a crise dolorosa. Como se pode perceber, entre o estresse e o sedentarismo da vida moderna, o melhor mesmo para prevenir a quase inevitável lombalgia é seguir a receita do compositor Walter Franco: tudo é uma questão de manter a mente quieta, a espinha ereta e o coração tranquilo. Mas não é só. Também se deve ter atenção redobrada ao carregar objetos. Eles devem pesar no máximo 10% do peso total da pessoa que o carrega. Isso inclui, evidentemente, maxi bolsas tão ao gosto das mulheres e as mochilas escolares (portanto, a melhor opção é o modelo de rodinhas) . Muitas vezes, porém, a causa da dor nas costas pode não ser originada na coluna, mas em outras regiões do corpo. Problemas nos joelhos e nos pés, como o conhecido “pé torto” são também responsáveis por lombalgias. “A melhor prevenção, nesse caso, é tratar essas deformidades no paciente ainda quando criança”, alerta Socorro.

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Metade dos brasileiros reprova reforma da Previdência, diz SPC

  Pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) indica que 47% dos brasileiros reprovam a reforma da previdência. Apesar da maioria ser contra a reforma, 60% admitem não ter mudado sua maneira de agir com relação à aposentadoria, especialmente por não terem refletido sobre o assunto (28%). Entre os 40% que alteraram o modo de pensar, o aumento da importância do planejamento da aposentadoria é a principal mudança (20%), principalmente entre os entrevistados das classes A e B. Entre os que desaprovam a reforma, 28% dizem que depois de tantos anos trabalhando a pessoa merece se aposentar cedo e ter um tempo de descanso e 25% desaprovam porque a proposta discutida irá prejudicar quem já trabalhou mais de 30 anos. Já para os que aprovam a reforma (20%), o principal argumento é que o número de pessoas mais velhas está crescendo e, se essas medidas não forem realizadas, a previdência não conseguirá se sustentar a longo prazo, prejudicando assim quem se aposentará futuramente (50%); 18% dizem que a mudança tornará o sistema mais justo, eliminando as diferenças entre funcionários públicos e da iniciativa privada e 13% afirmam que as pessoas estão vivendo mais e com mais saúde e, por isso, podem ser produtivas por mais tempo. "Independente de questões contrárias ou favoráveis à reforma da previdência, as instituições, lideranças políticas e sociedade civil sabem que é imprescindível discutir o assunto. Dados do IBGE estimam que até 2030 o país terá 41,5 milhões de idosos, ou seja, em torno de um em cada cinco brasileiros vai depender da União para se sustentar quando parar de trabalhar", diz a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Mais da metade dos brasileiros têm acompanhado a discussão sobre a reforma da Previdência O levantamento demonstra que 56% dos entrevistados têm acompanhado de alguma maneira a discussão, com destaque para homens (63%), pessoas com 55 anos ou mais (80%) e das classes A e B (77%). No total, 19% afirmam estar por dentro de todo o processo e alterações, principalmente os mais velhos (31%). Dos 38% que afirmam não estar acompanhando o debate sobre o tema, a maioria é de mulheres (44%), jovens (52%) e entrevistados das classes C, D e E (43%). "É importante que todos os envolvidos no debate participem da discussão sobre a reforma, já que diz respeito a jovens, adultos e idosos. Cedo ou tarde todos serão atingidos e precisarão refletir sobre a aposentadoria", afirma Kawauti. Metodologia A pesquisa ouviu 606 pessoas residentes em todas as capitais do Brasil, com idade igual ou superior a 18 anos, de ambos os sexos e todas as classes sociais. A margem de erro é de 4 pontos percentuais e a margem de confiança de 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas

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Terminal de carga de Petrolina registra aumento das exportações

O terminal de logística de carga (Teca) do Aeroporto de Petrolina/Senador Lino Coelho (PE) registrou, em 2016, alta de 1,2% na movimentação de cargas em relação ao ano anterior. No total, 2.964 toneladas foram exportadas pelo terminal petrolinense, que é ponto de referência no escoamento das frutas produzidas na região do Vale do São Francisco. O terminal de Petrolina conta com voo regular semanal da empresa Cargolux – com destino a Luxemburgo –, o que, de acordo com o superintendente do aeroporto, Moyses Barbosa da Silva Filho, contribuiu para o resultado positivo. "Como há regularidade no voo, os exportadores podem programar suas operações ao longo do ano, incluindo o custo dos fretes com voos saindo de Petrolina", afirmou. O superintendente destacou ainda a entrada de novas mercadorias que passaram a ser exportadas pelo Teca, como o abacaxi e o limão, por exemplo. "Mas nosso carro chefe em 2016 foi a exportação de manga", ressaltou Moyses. Para atender a demanda, o Teca de Petrolina conta com seis câmaras frigoríficas para armazenamento de frutas, uma antecâmara dividida em três ambientes de climatização independentes e dois túneis de resfriamento de frutas voltadas à exportação. O aeroporto conta ainda com um pátio exclusivo para atender às demandas da área de logística. Expectativas para 2017 Para o superintendente Moyses Barbosa da Silva Filho, 2017 deve apresentar cenário mais favorável às exportações. "Já iniciamos o ano com duas operações cargueiras no mês de janeiro, o que não ocorria há mais de 5 anos. A expectativa é alcançar crescimento na casa dos dois dígitos", concluiu. Para atingir a meta, a Infraero planeja continuar trabalhando com a fidelização de clientes, mantendo a parceria com exportadores que já atuam no Teca de Petrolina e que podem aumentar o volume de cargas, como ocorreu em 2016, e de frequência de voos para atendimento exclusivo dessas cargas. Para 2017, a também intenção é retomar as importações. "Estamos em tratativas com duas empresas que estão bastante interessantes em trazer suas mercadorias via Aeroporto de Petrolina", adiantou o superintendente.

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Sinais positivos da economia devem estimular PMEs

Ainda estamos nas primeiras semanas do ano, mas percebemos que, pelo menos por enquanto, as perspectivas do empresariado brasileiro para 2017 são positivas. O País foi tomado de grande desapontamento pelo frustrante desempenho da economia nos últimos tempos e, após o conturbado ano de 2016, os olhos do mercado se voltam para as perspectivas para este novo ano. A retomada do crescimento e do desenvolvimento se apresenta como um dos grandes desafios para a sociedade brasileira. Um dado importante e positivo, que deve ser observado com muita atenção, é a evolução dos preços no País. Em 2015, a inflação oficial do Brasil fechou em quase 11%, mas foi desacelerando ao longo do ano passado, e encerrou 2016 em 6,29%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), abaixo do teto máximo da meta do governo, que é de 6,5%. E, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central do Brasil, o mercado espera que a inflação fique em 4,81% este ano, retornando a uma marca próxima do centro da meta (fixada em 4,5%) e causando um efeito positivo sobre a economia, os consumidores e as empresas. Apesar da retração do mercado até o momento, as pequenas e médias empresas (PMEs), especialmente, esperam ganhar espaço quando a economia se reaquecer. A perspectiva de recuperação do Brasil faz com que as organizações de menor porte se mostrem mais confiantes com os resultados de seus negócios, segundo a pesquisa Agenda 2017, realizada pela Deloitte. De acordo com o levantamento, que contou com a participação de 746 empresas brasileiras de diversos segmentos (das quais 52% PMEs), a soma das receitas líquidas previstas pelas organizações de menor porte deve chegar a cerca de R$ 30 bilhões em 2017, valor nominal 12,2% maior do que os R$ 26,7 bilhões esperados para 2016. Esse crescimento previsto é 3,9 pontos percentuais maior do que os 8,3% de avanço de receitas estimado pela totalidade das organizações que participaram da pesquisa. Apesar de esperarem um aumento de vendas e negócios, a maioria das PMEs (56%) estima manter o mesmo contingente de empregados no ano que vem. Pelo lado mais positivo, outras 30% preveem aumentar seu quadro funcional, enquanto que 14% disseram que vão reduzi-lo, de acordo com a pesquisa. Uma das maiores preocupações das pequenas e médias empresas, de uma maneira geral, é a gestão do caixa. Para manter um bom empreendimento, é necessário ter controle eficiente do fluxo de caixa. Se há algo positivo na crise, concluímos que, ao longo dos últimos anos, as PMEs sofreram bastante para se manterem ativas no mercado e agora elas administram muito melhor este assunto. Apesar de previsões menos otimistas apontarem que a economia brasileira só deve voltar a se reaquecer em 2018, percebemos que as pequenas e médias empresas estão propensas a operar pela mudança de cenário já em 2017. Algumas alternativas aparecem como prioritárias. De acordo com o levantamento, o lançamento de novos produtos ou serviços é a principal prioridade das empresas para destinar seus investimentos este ano; seguido por substituição de máquinas e equipamentos. Outro fator importante é a implementação de práticas de governança e melhorias na qualidade de informação dentro das companhias. Apesar de um cenário ainda incerto, existem diversas indicações de que tendemos a ter a economia em expansão novamente. O varejo já vem dando indícios de progresso. Após quatro quedas seguidas, o comércio varejista voltou a crescer no último trimestre de 2016. De outubro para novembro, foi registrada uma surpreendente alta de 2% nas vendas, tornando-se o melhor resultado desde julho de 2013, quando o avanço foi de 2,9%, segundo informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O mercado deve ficar atento também ao segmento de infraestrutura, uma das atividades econômicas que deve reagir positivamente este ano, especialmente ante os planos do governo federal de retomar e reforçar grandes projetos, concessões e privatizações, com investimentos em estradas, saneamento, aeroportos, portos, transporte e mobilidade urbana. Outra boa notícia é a baixa das taxas de juros. Agora em janeiro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central reduziu a taxa básica da economia, a Selic, em 0,75 ponto percentual, para 13% ao ano, o que pode estimular especialmente as companhias de menor porte, tão necessitadas de crédito mais barato. Ainda não é possível dizer que deixamos para trás os principais problemas que têm limitado o impulso desenvolvimentista de nosso País. Mas os sinais de melhora das condições econômicas – aliados ao pujante otimismo de empresários e gestores cansados de padecer diante do momento de grave crise em que vivemos – devem fazer com que 2017 seja de fato um ano de inflexão, que certamente impulsionará a retomada do crescimento, especialmente para as pequenas e médias organizações. Por Othon Almeida,  sócio-líder da área de Desenvolvimento de Mercados da Deloitte.

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Nervosismo pode provocar úlcera. Mito ou verdade?

A instabilidade emocional induzida pelo estresse é capaz de aumentar significativamente a secreção ácida do estômago através da estimulação do nervo vago (um nervo que percorre uma grande parte do corpo humano, do cérebro até o abdômen). Isso pode produzir uma agressão na mucosa gástrica e causar inflamação. “O desenvolvimento da gastrite ou lesão da mucosa (úlcera) pode ser consequente dessa hipersecreção ácida, aliada a outros fatores locais responsáveis pelo dano da mucosa”, explica o cirurgião do aparelho digestivo, Tercio Bacelar, que integra a equipe do Hospital Esperança Recife. Em resumo, sim é verdade que nervosismo pode causar úlcera desde que associado a outros fatores.

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A importância da água na cerveja (por Rivaldo Neto)

Nos áureos tempos em que aqui no Recife se comercializava a deliciosa “Antarctica de Olinda”, sempre ouvia dos mais velhos a seguinte frase: A diferença é a água. Naquele tempo o mercado de cervejas era muito restrito, se resumia em duas marcas apenas, ou era Antactica ou era a Brahma. A Antactica tinha uma tradicional e uma chamada Pilsen Extra, assim consequentemente a Brahma , uma igualmente tradicional e a Brahma Extra, todas duas com grande aceitação na época, mas lembro muito bem das colorações e sabores quem nem de longe parecem com as que hoje tomamos desses mesmos rótulos, com exceção da Pilsen Extra, da Antactica, que não existe mais, infelizmente. Vez por outra surgia uma “Malt 90” da vida, e como disse um amigo meu recentemente, quando lembramos dela solto um: “ Era levinha!” Mas logo saíam do mercado e eram substituídas por outros rótulos, digamos, mais comerciais pra época. Então saindo do saudosismo e voltando ao assunto da questão da água na cerveja. Podemos afirmar que é o principal ingrediente, já que sem ela, não poderíamos produzi-la. Começando que a cerveja é composta por 90% a 95% de água. Na produção comercial, para cada 1 litro de cerveja produzida, são utilizados cerca de 20 litros de água. Não tudo usado nos tanques, mas em seu processo de produção em geral, como por exemplo, na limpeza e pasteurização, somente para citar alguns processos. Bom que se diga que os estilos das cervejas estão intimamente ligadas com as propriedades da água utilizada no processo de fabricação. Os íons dos elementos químicos que fazem parte das composição da água reagem entre si com os demais insumos presentes na fabricação da cerveja, modelando as características que se queira atingir ou não. Vamos adiante para esclarecer melhor: Saiba que a água é classificada conforme a quantidade de sais minerais que ela possui e definida assim: - 0 – 50 ppm: água “mole” - 51 – 110 ppm: agua “média” - 111 – 200 ppm: água “dura” - 201 ppm em diante: água “super dura E é justamente esses minerais que determinam alguns estilos de cerveja, justamente reagindo com os insumos como citado acima. Sulfato: Principal responsável em intensificar o amargor do lúpulo, deixando-o mais seco. Pode deixar um sabor adstringente que é aquele que causa a contração das mucosas da boca, que ocorre quando algum alimento tem uma elevada quantidade de tanino. Isso acontece quando há ingestão de frutas verdes, por exemplo. Cálcio: É o que determina o que chamamos de “dureza” da água, influi no sabor e na clareza do líquido e tem uma efeito acidificante. Magnésio: Também responsável pela “dureza” da água. É a principal fonte de nutrientes das leveduras da cerveja. Se presente em grande quantidade, produz um amargor intenso. Bicarbonato: Grande dominante da composição química das fontes usadas na fabricação, por pertencer a família dos carbonatos. Cloreto: Dá o “start” na acentuação da doçura do malte. E não de deve ter mais de 250 ppm, ultrapassando esse valor pode impactar no “trabalho” das leveduras e estragar a cerveja. Sódio: Também ajuda na doçura do malte, não podendo ultrapassar 150 ppm, pois faz com que o líquido fique salgado no final do processo de produção. Importante dizer também que antigamente a qualidade da água era determinante para produzir alguns estilos de cerveja. Porém, hoje em dia, isso não faz mais sentido. A tecnologia é capaz de ajustar corretamente as propriedades da água para cerveja, dependendo de como o cervejeiro quer a água e qual estilo quer chegar.   MUNDO CERVEJEIRO Devassa parte na frente Depois de um ano de tantas mudanças, a Cervejaria Devassa, que faz parte do portfólio da Brasil Kirin, encerra 2016 com uma novidade que promete agitar os cervejeiros. Com inspiração numa tendência que tem ganhado cada vez mais força fora do Brasil, a marca agora lançará o Growler 2 Go, um recipiente de cerâmica, que se assemelha a um galão de vinho, feito especialmente para o armazenamento de chopp. Com esta novidade, Devassa pretende colaborar ainda mais com a disseminação da cultura cervejeira no país e possibilitar uma experiência muito além do bar. Disponível em todas as franquias da marca a desde do dia 20 de dezembro, a garrafa armazena até 2 litros de chopp e possui tampa de pressão, que evita a perda de gás carbônico, conservando frescor, sabor e qualidade por até dois dias. O lançamento traz a liberdade de se tomar um chopp de qualidade, fresquinho, na reunião com os amigos ou em casa. O Growler 2 Go permite também que o sabor da bebida seja apreciado com mais calma, tornando a experiência ainda mais agradável. “Hoje em dia as pessoas estão buscando cada vez mais levar as experiências para dentro de casa e com o Growler 2 Go sabemos que podemos oferecer exatamente isso para os nossos consumidores. Agora eles vão poder levar para casa o chopp Devassa e usufruir quando quiser e da forma mais fresca possível”, afirmou Jussara Calife, gerente de marketing de Devassa. Para garantir a qualidade do chopp, toda vez que o Growler 2 Go for reutilizado, ele receberá uma tag com informações sobre qual data e qual estilo foi envasado. O consumidor poderá escolher entre as 5 opções de chopes especiais da casa, todos puro malte: Loura Tropical Lager, Ruiva Tropical Red Ale, Negra Tropical Dark Ale, Sarará Tropical Weiss e Índia Tropical IPA, cuidadosamente tirados com creme, que ajudará na conservação do líquido. O valor do Growler 2 Go poderá variar de acordo com a região. *Rivaldo Neto (rivaldoneto@outlook.com) é designer e cervejeiro gourmet nas horas vagas

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