Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 186 De 445

Rafael Dantas

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Fusion prevê aumentar receita em 60% e fazer novas contratações em 2021

O setor de logística é um dos destaques recentes no País e no mundo, por todo o seu desenvolvimento tecnológico. Em Pernambuco, ao tratar sobre tansporte de cargas, lembramos quase que imediatamente do Porto de Suape. No entanto há empresas que também estão crescendo muito no setor. Uma delas é a Fusion S/A. Fundada por Emilio Saad Neto e instalada no Porto Digital, a startup é especializada no mercado de gestão de entregas, tendo asolução Fusion DMS como seu carro chefe, já usado pelas grandes transportadoras do País. Neste ano a marca foi apontada como uma das empresas que devem deslanchar, segundo a Sondagem das Empresas mais promissoras em 2021 do pólo tecnológico do Recife. “O Fusion DMS é composto de 7 módulos integrados, abrangendo todo o ciclo da entrega, desde o planejamento até controle da jornada de trabalho dos condutores e ajudantes.  Totalmente em nuvem, flexível e simples de utilizar, o SaaS oferecido pela Fusion consegue atender as particularidades dos diversos tipos e tamanhos de operações, além das peculiaridades regionais e apresentar resultados em curto prazo”, afirmou o CEO Emilio Saad Neto. Após crescer 85% em 2019, a empresa registrou um avanço semelhante a anos anteriores e avançou sua receita recorrente na proporção de 40%. A grande novidade de 2020, no entanto, foi a venda da empresa para a Praxio, especializada em tecnologia no setor do Transporte Rodoviário de cargas, passageiros e logística. “O investimento da Praxio aconteceu em plena pandemia, em uma aposta no crescimento e potencial da Fusion. Em consequência dessa nova união, pretendemos ofertar mais eficiência operacional tanto para o embarcador quanto para o transportador”, disse Emilio Saad Neto. No rol de usuários da Fusion DMS estão gigantes como Magazine Luiza, Stericycle e Baterias Moura, além de 8 dos 10 maiores frotistas do ranking da Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores. “A Fusion S.A. estima crescer 60% em faturamento durante 2021. Em consequência da nova união com a Praxio, em sinergia, pretendemos ofertar mais eficiência operacional tanto para o embarcador quanto para o transportador, adicionando a nossa gama de produtos e serviços a Plataforma 3PL da Hivecloud, o 99Kote, e soluções de BI Praxio. E ainda, ao todo, a Fusion busca expandir sua equipe com a contração de 15 novos colaboradores”, afirma o CEO. Para os próximos anos, Emílio cita alguns desafios para a empresa: “A Fusion tem como meta manter o ritmo de crescimento, a diversificação e a revolucionariedade do produto. A busca por inovação, novas funcionalidades e melhoras do produto existente sempre foi e será um desafio instigante a ser cumprido”. . . . *Por Rafael Dantas, jornalista e repórter da Revista Algomais. Ele assina as colunas Gente & Negócios e Pernambuco Antigamente rafael@algomais.com rafaeldantas.jornalista@gmail.com

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Yane Marques: “A gente precisa fazer com que as empresas acreditem no atleta como uma vitrine.”

Desde que se mudou de Afogados da Ingazeira, no Sertão do Pajeú, para o Recife, a vida de Yane Marques vinculou-se definitivamente ao esporte. Aos 12 dedicou-se à natação e, anos depois, foi convidada a praticar o pentatlo moderno, uma novidade que abrangia cinco modalidades diferentes: hipismo, esgrima, natação, tiro esportivo e corrida. A partir daí, foi uma carreira vitoriosa com destaque para a conquista do ouro nos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro e da medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres. Carismática, foi escolhida, por votação popular para ser a porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura da Olimpíada realizada no Brasil em 2016. Mesmo longe dos pódios, Yane continua ligada ao mundo esportivo. Em 2017, aceitou o convite para assumir a Secretaria Executiva de Esportes do Recife e, no mês passado, foi eleita presidente da Comissão dos Atletas do COB (Comitê Olímpico Brasileiro). Nesta entrevista a Cláudia Santos, Yane fala da sua trajetória, dos seus planos nessa nova função e aborda a liberdade dos atletas expressarem seus posicionamentos políticos. Um tema que vem sendo muito debatido desde que a atleta do vôlei de praia Carol Solberg foi indiciada e absolvida, pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva, por dizer “Fora, Bolsonaro!”, após uma partida. Como foi sua trajetória de sair de Afogados da Ingazeira e tornar-se campeã de pentatlo moderno? Eu nasci em Afogados e, quando fiz 11 anos, vim morar no Recife. Na escola jogava vôlei, entrei numa escolinha de natação, nadei dos meus 12 aos 19 anos, quando fui convidada para viver uma experiência no pentatlo, uma modalidade que estava recém-chegada no Brasil. A Federação Pernambucana de Pentatlo estava sendo fundada nesse ano, 2003. Aí eu fiz um biatlo, uma prova de natação e corrida, e fui selecionada para viver a experiência nessa modalidade tão diferente e nova para todo mundo. E, quando menos espero, estou imersa, treinando, treinando, treinando e conseguindo melhorar meus índices, conquistando umas coisas bem interessantes e evoluindo tecnicamente. E aí, naturalmente, fui conquistando esse espaço. Você foi eleita para a presidência da Comissão dos Atletas do COB. Quais os planos de sua gestão? Fui eleita agora para a Comissão de Atletas como presidente e tenho a intenção de ser essa interlocução, esse ponto focal entre os atletas e as instituições esportivas, as confederações e o Comitê Olímpico do Brasil. Mas numa perspectiva de aproximação mesmo, de fazer um trabalho de atendimento de demandas, de pleitos, de cobranças também – por que não, né? – de que se cumpram e que se melhorem os estatutos das confederações, para que tudo seja feito sempre com o propósito de fomentar a modalidade, de melhorar as condições de treino dos atletas, para a gente ter sempre, de uma forma justa, melhor representatividade nas competições em todas as modalidades. Está sendo um trabalho muito intenso, muito gratificante e sou muito agradecida pela escolha. Como os atletas têm se preparado para as olimpíadas nestes tempos de pandemia e qual é a expectativa de realização dos Jogos Olímpicos em Tóquio? A preparação dos atletas para a Olimpíada é muito particular. Cada modalidade tem uma característica, tem especificidade, tem uma abertura de treinamento em outros países, outras conseguem treinar bem no Brasil, com toda a estrutura que o COB oferece e suas confederações. Então, de uma forma geral, o que eu posso dizer é que os atletas estão buscando as melhores condições de treinamento, estão preocupados com isso e fazendo esforço para diminuir os danos causados por essa pandemia. Sobre a expectativa para os jogos, na verdade, a torcida é para que realmente aconteçam porque o não acontecimento dos jogos é muito, muito triste para a comunidade esportiva, para os atletas que estão tentando se classificar, para os que já estão classificados, para toda a cadeia que compõe esse segmento. Ao mesmo tempo, a gente que vive o esporte aprende a cumprir regras e entende os impedimentos. Então, se não acontecer, será por um bem maior, para que se poupem vidas e isso, na verdade, é muito mais importante do que tudo. Mas a torcida é grande para que aconteça, principalmente porque, se acontecer, é porque a gente vai estar numa situação estável e mais controlada dessa doença infeliz que está acabando com a vida de tanta gente, de tantas família. Quais os problemas de financiamento ao esporte enfrentados pelos atletas brasileiros e quais seriam as soluções para proporcionar uma melhor estrutura para eles? O que eu posso dizer é que hoje, no Brasil, a gente tem um cenário muito diferente, muito mais feliz, no que se refere a essa questão de aporte financeiro para atleta, do que na época em que eu comecei. Aqui no Recife, por exemplo, a gente tem o Bolsa Atleta Municipal, o Bolsa Atleta Estadual, tem bolsa que contempla treinador, tem também Bolsa Atleta do Governo Federal, da Secretaria Especial do Esporte, tem o Time Brasil do Comitê Olímpico do Brasil, no qual os atletas que se encaixam nos critérios técnicos têm toda a parte de ciência aplicada ao esporte, além de apoio com passagens, hospedagens, articulação com comitês olímpicos internacionais, para fazer treinamento centralizado fora do Brasil. Então, nesse sentido, acho que a gente não está mal, não. Eu fui beneficiada por toda essa cadeia de apoio. Óbvio que a gente precisa pensar na renovação, na base, na iniciação e, talvez, a energia pudesse ser mais direcionada nesse sentido. E acho que está acontecendo aos poucos. Mas o Brasil tem um potencial gigante, tem um material humano absurdo de bom e que precisa ser encontrado, revelado, oportunizado. Há sempre espaço para melhora e eu não tenho dúvida de que a gente precisa incrementar e fazer com que os entes privados acreditem no atleta como uma vitrine. O atleta traz uma história, uma imagem muito positiva, de ser aguerrido, de ser forte, resiliente, resistente, responsável, e tudo isso são atributos que pesam positivamente para a imagem de qualquer empresa. Nesse sentido, acho que a gente precisa, de verdade, intensificar um pouco, fazer com que as

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Ministério da Saúde anuncia compra de duas novas vacinas

Da Agência Brasil O Ministério da Saúde dispensou o uso de licitação para compra das vacinas Covaxin, da Índia, e Sputnik V, da Rússia. O objetivo é dar mais agilidade ao processo de aquisição desses imunizantes. A compra ainda depende da aprovação para uso emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No total, serão disponibilizadas para a população 10 milhões de doses da Sputnik V e 20 milhões da Covaxin. As entregas devem começar em março e deverão seguir o seguinte cronograma: Sputtnik V Março: 400 mil Abril: 2 milhões Maio: 7,6 milhões Total: 10 milhões de doses Covaxin Março: 8 milhões Abril: 8 milhões Maio: 4 milhões Total: 20 milhões de doses. O investimento previsto é de R$ 639,6 milhões na vacina russa e R$ 1,614 bilhão na vacina da Índia.

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Número de casos de Covid-19 empata com pior momento da pandemia

O número de novos casos confirmados de Covid-19 na Região Metropolitana do Recife já é praticamente o mesmo do pior momento da pandemia, quando a capital e um cinturão de cidades vizinhas sofreu o período mais duro lockdown. O alerta foi feito pelo Instituto para Redução de Riscos e Desastres de Pernambuco (IRRD). O gráfico acima, por exemplo, da última semana, fechada no dia 19 de fevereiro, apontou a média móvel dos últimos 7 dias de 973 novos casos. A média mais elevada desde o descobrimento do novo coronavírus em Pernambuco foi em 22 de maio, quando foram registrados uma média em 7 dias de 1024 novos casos por dia de Covid-19 na RMR. Os números estão no site do instituto: https://www.irrd.org/covid-19 Quando olhamos o gráfico do Estado de Pernambuco, a média móvel da última semana é pior que o momento mais crítico da pandemia, alcançando 1.513 novos casos no dia 19 de fevereiro deste ano. Em julho do ano passado, na pior semana no Estado, foi registrada uma média de 1.450 novos infectados da doença. “O Brasil não dá sinal nenhum de melhora na pandemia. Pernambuco oscila em alta, acompanhando o mundo como um todo. Se observarmos os dados absolutos da RMR, percebemos que hoje temos uma média móvel de infecção dos últimos 7 dias, comparada com a média móvel de 19 de maio, quando trancamos tudo. Agora estamos no mesmo patamar, mas com tudo funcionando. Isso é muito preocupante”, afirma o pesquisador que coordena o IRRD, Jones Albuquerque. Ele lembra que nos ultimos 30 dias o Recife caminhou para o pior cenário de infecção. “Os Estados Unidos consideram 50 novos casos por 100 mil habitantes como risco alto. Na Região Metropolitana do Recife estamos com 454 por 100 mil habitantes. Isso nos deixa céticos e preocupados quanto à eficácia do processo de vacinação para conter uma pandemia deste tamanho. Não estamos conseguindo conviver com o vírus, os protocolos não estão funcionando com a população. Daí os números altíssimos que vemos. Esse é o cenário da pandemia hoje. Um dos piores momentos”, revela o pesquisador. Apesar dos números de novos casos em alta, o número de mortes, apesar de ter crescido no último mês, não segue a mesma curva.

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Pandemia aumenta casos de insônia ao redor do mundo

Além do constante sentimento de incerteza, ocasionado pela pandemia do coronavírus, o período de pandemia também deu lugar a uma série de transtornos e problemas ligados à saúde mental. Além disso, a linha tênue existente entre a cobrança por produtividade e vida pessoal, contribuiu para que o ritmo de vida fosse alterado, afetando os hábitos e a qualidade do sono de boa parte da população. Um estudo realizado no Reino Unido, em agosto de 2020, mostrou que o número de pessoas com insônia aumentou de uma em seis, para uma em quatro, com mais problemas em alguns grupos, incluindo mães e trabalhadores essenciais. No Brasil, o cenário de precarização na saúde e perda de empregos também pode funcionar como um gatilho para a perda de sono. Fatores como o ingresso no segundo ano de pandemia deu origem ao que está sendo chamado de “corona-insônia”. O fenômeno mundial, que está associado a perda de qualidade de vida durante a pandemia, traz preocupação aos especialistas. De acordo com a otorrino da HOPE, e especialista em medicina do sono, Raquel Rodrigues, os problemas frequentes para adormecer costumam trazer impactos a longo prazo. “Lidar com insônia, seja durante a pandemia ou fora dela, é desafiador. Mas o que poucas pessoas sabem é que o sono de má qualidade pode dar lugar a depressão, doenças cardiovasculares ou diabetes”, explica. A especialista também ressalta a importância de procurar ajuda profissional quando o problema começar a se desenvolver, caso contrário, a doença corre o risco de tornar-se permanente. O tratamento mais comum tem ligação com a terapia-cognitivo comportamental para a insônia, que consiste em uma série de hábitos para adquirir uma nova rotina antes de dormir. Segundo Raquel, em alguns casos se faz necessário o auxílio medicamentoso. “Também existem pequenas atitudes que podem melhorar a higiene do sono, como por exemplo, não levar o celular para a cama, e também evitar trabalhar no mesmo ambiente em que se dorme” indica outro especialista em medicina do sono, o otorrino José Ricardo. “É importante investigar as razões por trás da insônia, podendo também surgir como resultado de um trauma recente. O melhor tratamento será definido ao analisar o histórico do paciente”, finaliza o médico.

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Juliano Holanda canta a quarentena em disco experimental

2020. Ano de pandemia, de quarentena, de polarizações extremas, de catástrofes no Brasil e no mundo. Uma nova década começando em meio a obscuridades e incertezas. A sensação de impotência diante de um momento histórico tão adverso e a força da canção se unem no novo trabalho do cantor, compositor e musicista pernambucano Juliano Holanda. Ele acabou de lançar o disco “Por onde as casas andam em silêncio”, obra densa na qual relê o contexto atual sob forte lirismo e experimentalismo. Em oito canções autorais, o artista narra o revés vivido pelo cidadão brasileiro, o amargor do isolamento social, o inconformismo com as controvérsias políticas, a desilusão das expectativas frustradas. Um repertório que questiona e afaga, pelo qual Holanda canta a aspereza dos dias e, ao mesmo tempo, clama por mais humanidade nas relações sociais. Músicas que lamentam, que ruminam a dor, sem perder o vislumbre da esperança e do afeto como instrumento de sobrevivência. Com direção musical assinada pelo próprio Juliano e por sua companheira, a produtora Mery Lemos, o disco foi idealizado e produzido durante a quarentena. Seis canções foram compostas durante o isolamento, somando-se a outras duas que já figuravam no repertório do compositor, que já escreveu algo em torno de 600 canções. Nos arranjos, a voz de Holanda dialoga apenas com um instrumento – o contrabaixo -, em alusão ao início de sua trajetória musical nos anos 1990 e 2000, quando começou a tocar com artistas da cena pernambucana. “Durante 10 anos da minha vida, eu só toquei baixo. No disco inteiro sou apenas eu, na voz e no instrumento”, detalha o artista, que viu no duo uma forma de se experimentar no fazer musical, unindo suas origens a sua costumeira e potente inventividade poética. “É um disco baseado na poesia mesmo. Letras grandes com pouca melodia, algo mais próximo da fala, parecido com a linguagem do contrabaixo mesmo”, explica Juliano. A canção “Súmula” abre o disco revelando diferenças entre o eu-lírico e o outro; “Haja Terapia” aborda o cotidiano da quarentena em tom confessional e existencialista – “não sei em que altura da estrada a gente perdeu a poesia”, o artista se indaga na canção, para na faixa seguinte constatar – “não há queda maior que Cair Em Si”. E assim segue o repertório. A sonoridade afiada, crua, somada à sutileza e ao acolhimento da poesia, viram tentativa de transformar solidão e decepção em resiliência e renascimento. Esse é o primeiro lançamento de Juliano Holanda desde o single “Eu, Cata-Vento”, lançado em março de 2020, que abriria caminhos para o disco “Sobre a Futilidade das Coisas”. O momento histórico, no entanto, pausou o trabalho em curso e inspirou o projeto do novo disco, que ganhou incentivo através da Lei Aldir Blanc em Pernambuco. “Este é um trabalho urgente, que pede para ser lançado agora. Nasceu pela pandemia e para a pandemia”, comenta o cantor. “Por onde as casas andam em silêncio” é uma realização da Anilina Produções e chega a todas as plataformas digitais pelo selo Dubas. Um disco de apelo ao sensível que ainda existe na humanidade, uma provocação para manter-se alerta e são, e um alento poético para atravessar a quarentena. >> Ouça agora “Por onde as casas andam em silêncio”, de Juliano Holanda: https://orcd.co/porondeascasas Disponível em Spotify, Deezer, iTunes, Amazon Music e Tidal

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Memória da SBPC-PE: Quem esteve à frente nos 70 anos da regional?

*Por Maria do Rosário Andrade Leitão e Maria do Carmo F. Soares Celebrar os 70 anos da SBPC regional de Pernambuco é um fato singular, especialmente no atual momento nacional e internacional, que envolve os avanços e reconhecimento da ciência e, de forma antagônica, o negacionismo científico, uma realidade bem diferente do contexto dos anos 1950, quando foi criada a Divisão Regional do Recife, posteriormente, denominada Regional de Pernambuco. O século XX foi marcado pelo reconhecimento dos avanços científicos e tecnológicos, evidenciado especialmente no pós-guerra. A concepção de Ciência e Tecnologia alcançou status de ser capaz de superar obstáculos anteriormente intransponíveis, entre eles: o controle da taxa de natalidade, tratamento do câncer, fertilização in vitro, cobertura vacinal, entre outros avanços da medicina. Foi nesse contexto de credibilidade da C&T e do fortalecimento e crescimento das instituições acadêmicas e de pesquisa em Pernambuco que foi criada a SBPC-PE. A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência foi fundada em 08/07/1948, pelos professores Maurício Rocha da Silva, Paulo Sawaya e José Reis, inspirados em modelos de associações semelhantes já existentes na Inglaterra, nos Estados Unidos e na Argentina, instituição que desde o seu início estruturou suas representações em várias capitais do país Resgatar fragmentos da memória da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência aqui, em Pernambuco, consiste em tecer fios do passado, reagir contra a sombra do esquecimento sobre nossas histórias de vidas e de nossas instituições. Maurice Halbwachs em sua obra “A memória coletiva”, nos conduz a reflexão de que a memória se constrói a partir das vivências sociais e, portanto, constitui-se a partir de um legado coletivo, as histórias dialogam com individualidades e experiências coletivas que definem identidades sociais, nesse caso, um coletivo de cientistas secretários/as da SBPC-PE. O texto se propõe a resgatar, de forma sucinta, a memória de pessoas que possibilitaram a concretização da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência em Pernambuco, a partir das representações dos 20 secretários regionais. O texto dá continuidade ao aprofundamento do tema de resgate da memória, já iniciado com publicações anteriores, a exemplo, do JC online, da Revista algomais online e dos Anais 72ª Reunião Anual da SBPC-UFRN/2020. Recuperar a trajetória da Regional SBPC-PE consiste em visibilizar a participação de 20 pessoas que se comprometeram, e se comprometem, a apoiar e estimular a ciência, a defender a liberdade e a obtenção de recursos para a realização das pesquisas científicas, a fomentar o compromisso ético na pesquisa e na divulgação dos dados científicos. Trata-se de pessoas que têm contribuído ao longo de 70 anos, no processo de diálogo entre ciência e sociedade. Ao todo, são 20 gestões, iniciadas em 1951, com Newton da Silva Maia, seguido por Nelson Ferreira de Castro Chaves (1955), Frederico Adolfo Simões Barbosa (1961-1963), Bento Magalhães Neto (1963-1971), Naíde Regueira Teodósio (1971-1973), Dalmo Nunes G. de Oliveira (1973-1977), José Aarão Martins de Carvalho (1977-1979), Silvio José Macêdo (1980-1981/ 1984-1985), André Freire Furtado (1982-1983), Hélio Teixeira Coelho (1986-1988), Luís Antônio Marcuschi (1988-1990), Abraham Benzaquen Sicsú (1990-1992), Celso Pinto de Melo (1992-1994), Sérgio Machado Rezende (1994-1996), José Antônio Aleixo da Silva (1998-2004), Ivan Vieira de Melo (2004-2009), Francisco Luís dos Santos (2009-2011), Rejane Jurema Mansur Custódio Nogueira (2011-2015), Marcos Antônio Ramos Pereira de Lucena (2015-2019) e Maria do Carmo Figueredo Soares, atual Secretária Regional da SBPC em Pernambuco, desde 2019. Alguns já concluíram sua contribuição entre nós aqui na terra, mas deixaram o seu legado científico e marcaram a história da SBPC-PE, Newton da Silva Maia, seguido por Nelson Ferreira de Castro Chaves, Frederico Adolfo Simões Barbosa, Bento Magalhães Neto, Naíde Regueira Teodósio, Dalmo Nunes Gonçalves de Oliveira e Luís Antônio Marcuschi. A quem prestamos nossas homenagens póstumas e gratidão Buscamos responder à pergunta: Quem são os cientistas e as cientistas que ocuparam o a cargo de Secretários e Secretárias de SBPC Regional – Pernambuco? A resposta que sistematizamos é que corresponde a um coletivo de 20 gestores, dos quais sob o enfoque de gênero, 03 gestões exercidas por mulheres, uma no século XX e duas no século XXI e as outras 17 gestões exercidas por homens. Quanto à formação acadêmica, são 05 da área de Saúde, 02 da área de Ciências Biológicas, 01 da área Ciências Humanas e 12 da área de Exatas (Física, Engenharias, Mecânica, Agronomia, Engenharia de Pesca). No que tange à internacionalização desses e dessas cientistas tem-se a realização de formação e/ou participação em grupos de pesquisas nos seguintes países: Estados Unidos, França Inglaterra, Alemanha, Argentina e Suíça. Na trajetória profissional, essas pessoas contribuíram nas seguintes instituições: Organização Mundial da Saúde (OMS); Ministério de Ciência e Tecnologia; Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), nos cargos de docente, diretores, pró-reitores, vice-reitor e reitor; Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE); Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Instituto Aggeu Magalhães (IAM): criado em 1950, o instituto pertencia à Divisão de Organização Sanitária(DOS) do Ministério da Educação e Saúde; Fiocruz Pernambuco e diversas instituições do Governo do Estado de Pernambuco; FUNDAJ; CNPq; CAPES. Interessante também pontuar que quatro gestões seguidas foram exercidas por médicos e outras quatro do total de 20 gestões foram exercidas por físicos, grandes contribuições pessoais e institucionais que dialogavam com a UFPE e com o Instituto Ageu Magalhães. A UFRPE esteve presente na Secretaria Regional da SBPC -PE em quatro gestões. Muitas são as contribuições dos Secretários e das Secretárias da SBPC-PE, na sociedade, seja local, nacional e internacional. Independentemente da diversidade de gênero, raça, formação acadêmica, trajetória profissional, quem exerceu a função de secretário foram docentes/pesquisadores socialmente responsáveis que buscaram superar desafios, atuando com uma concepção da ciência que dialoga com seu tempo e com as mudanças sociais. Dedicaram parte de suas vidas e de seus esforços em prol da SBPC acreditando e imbuídos nos seus princípios. *Maria do Rosário Andrade Leitão e Maria do Carmo F. Soares são respectivamente Secretária adjunta e Secretária Regional da SBPC-PE

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Monitor do PIB sinaliza que economia teve retração de 4% em 2020

Da Agência Brasil O Monitor do PIB-FGV sinaliza que a atividade econômica retraiu 4% em 2020. O dado foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Pela ótica da produção, dos três grandes setores (agropecuária, indústria e serviços), apenas a agropecuária cresceu no ano (2%). Enquanto pela ótica da demanda, todos os componentes retraíram, com destaque para o consumo das famílias com recuo de 5,2% no ano. Para o coordenador do Monitor do PIB-FGV, Claudio Considera, a expressiva queda de 4% da economia em 2020 consolida retrações disseminadas em diversas atividades econômicas, em decorrência da pandemia de covid-19. Segundo ele, embora a economia tenha acelerado no final do ano, com crescimento de 3,4% no quarto trimestre e de 1% em dezembro, nas comparações com os períodos imediatamente anteriores e com iguais períodos do ano de 2019, os resultados não foram suficientes para compensar a perda expressiva que o Produto Interno Bruto (PIB – a soma de bens e serviços produzidos no país) sofreu, principalmente, no segundo trimestre. “Os desafios para 2021 mostram-se grandes a partir deste cenário, tendo em vista que devido ao crescimento lento de 2017-2019 a economia foi capaz de recuperar as perdas da recessão de 2014-2016. Com o choque adverso enfrentado em 2020, que ainda não foi totalmente eliminado, os resultados de 2014, pico da série histórica, parecem cada vez mais distantes de serem alcançados”, afirmou em nota. Em termos monetários, estima-se que o PIB de 2020, em valores correntes, alcançou a cifra de R$ 7 trilhões, 434 bilhões e 248 milhões. O resultado do PIB de 2020 interrompeu a trajetória de crescimento que se estendia por três anos e retornou ao patamar de 2016. A preços constantes de 2020, o PIB de 2020, embora seja um pouco maior que o de 2016, ainda é inferior aos do período 2017 a 2019. A valores de 2020, o PIB per capita equivale a R$ 35.108, menor valor desde 2008. Já a taxa de investimento da economia foi de 16,1% em 2020, a maior desde 2015 (17,3%). Análise trimestral e mensal Na análise trimestral, o PIB apresentou, na série com ajuste sazonal, crescimento de 3,4% no quarto trimestre, em comparação ao terceiro trimestre, mostrando aceleração da atividade econômica no final do ano. Em relação ao quarto trimestre de 2019, o PIB apresentou retração de 0,8%. Na análise mensal, o PIB teve crescimento de 1% em dezembro, na comparação com novembro. Na comparação interanual, o resultado do PIB de dezembro foi de crescimento de 1,4%; o primeiro resultado positivo após nove meses consecutivos de quedas. Consumo das famílias Segundo a pesquisa, o consumo das famílias retraiu 5,2% em 2020, em comparação a 2019. Este componente, que foi um dos principais responsáveis pelo crescimento da economia, após a recessão de 2014-2016, apresentou expressivo recuo em 2020, com a disseminação da pandemia de covid-19. O consumo de serviços foi o que mais recuou em 2020 devido, principalmente à retração do consumo de serviços de alojamento e alimentação, saúde privada e serviços gerais prestados às famílias. Na análise mensal interanual, o consumo de produtos não duráveis e duráveis cresceu em dezembro de 2020. O forte crescimento de 10,2% do consumo de produtos duráveis foi devido ao aumento do consumo de todos os segmentos que compõem este tipo de bens. O consumo de produtos não duráveis cresceu devido, principalmente, ao consumo de produtos alimentícios e farmacêuticos, padrão recorrente no ano de 2020. A maior queda continuou sendo a do consumo de serviços, por causa, sobretudo, das retrações do consumo de alojamento, alimentação e demais serviços prestados as famílias, todos dependentes da interação social, dificultada devido à pandemia. Investimentos A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que são os investimentos, recuou 2,9% em 2020, em comparação a 2019. O componente de máquinas e equipamentos, que apresentou maior contribuição para o crescimento da FBCF ao longo de 2018 e 2019, foi o principal responsável pela retração em 2020. O segmento de máquinas e equipamentos que mais influenciou neste expressivo recuo foi o de automóveis, camionetas e utilitários. Na comparação interanual, a FBCF cresceu 14,5% em dezembro de 2020, devido, principalmente, ao crescimento de 36,3% do componente de máquinas e equipamentos. Esse aumento foi disseminado entre diversos segmentos, porém os de caminhões e ônibus; tratores e outras máquinas agrícolas e; máquinas e equipamentos mecânicos em geral foram os que tiveram maiores destaques positivos. Exportação A exportação retraiu 1,9% em 2020, em comparação a 2019. Os segmentos exportados que recuaram no ano foram os bens intermediários, os serviços e os bens de capital; com destaque para este último que contraiu 33,5% no ano. Em contrapartida, os segmentos que apresentaram desempenho positivo foram os de produtos agropecuários, produtos da extrativa mineral e os bens de consumo. Importação A importação apresentou retração de 10,3% em 2020 na comparação com 2019. À exceção da importação de produtos agropecuários, que cresceu 2,3% no período, todos os demais segmentos recuaram em 2020. A importação de serviços foi a principal responsável pela queda na importação com recuo de 28,4%, no ano. Apesar de apenas dois segmentos da importação terem crescido em dezembro, o total da importação aumentou 10,3% na comparação interanual. Mesmo com as quedas nos demais componentes, o crescimento expressivo dos bens intermediários (39,7%) e dos bens de capital (34,8%) impulsionaram o total importado.

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FindUP dobra o tamanho da equipe e prevê crescimento em 2021

A chamada economia do compartilhamento tem cases mundiais de sucesso, como o Airbnb e o BlaBlaCar. Na Algomais, produzimos uma reportagem há 4 anos sobre como esse modelo era uma tendência de negócios forte também no Recife. Na ocasião, destacamos uma empresa pernambucana, a FindUP.  Focada no segmento de Field Service (gerenciamento de serviço de campo), a startup foi apontada recentemente como uma das 7 empresas do pólo tecnológico pernambucano que devem deslanchar neste ano, de acordo com a Sondagem das Empresas mais Promissoras do Porto Digital em 2021. “Somos uma startup de tecnologia baseada em economia compartilhada que possibilita o gerenciamento e a solicitação de serviços de TI. Nossa solução recorre a tecnologias como Geolocalização, Machine Learning e Big Data, para oferecer a melhor experiência no atendimento e facilitar o gerenciamento da área dentro das companhias. Por meio de nossa plataforma, nós oferecemos um atendimento especializado em tempo recorde de até 3h, devido a nossa rede com profissionais presentes em mais de 790 cidades”, explica o CEO Fábio Freire. Confira abaixo o post sobre a pesquisa: Sondagem aponta as 7 empresas mais promissoras do Porto Digital em 2021 Resgatamos também a reportagem sobre o avanço da economia compartilhada no Recife: Economia compartilhada cresce no Recife . Se você já quebrou a cabeça para consertar algum bug do seu computador ou já se deparou com a necessidade de uma manutenção inesperada na impressora ou em outro equipamento do seu PC, sabe a dor de cabeça que uma falha dessas pode trazer. Imagine uma empresa com atuação nacional, com milhares de lojas e cada unidade com suas dezenas de aparelhos? Esse é o principal cliente da FindUP, que atende alguns gigantes como a Riachuelo, a Centauro, a Magazine Luiza, a Azul, além de alguns bancos. Para atender essa imensidão de serviços, a startup pernambucana conta com uma plataforma que já possui 12.800 técnicos cadastrados. No ano passado, a empresa recebeu um investimento da gestora de venture capital DOMO Invest, através do fundo DOMO Enterprise, de R$ 5 milhões. O time interno da FindUP também dobrou em 2020, alcançando o número de 42 colaboradores. A empresa prevê em 2021 a contratação de 15 engenheiros de software no Recife para fortalecer seus produtos. Fábio afirma que os principais desafios para os próximos anos da empresa estão na promoção de crescimento estruturado, na contração de mão de obra e na criação de novos produtos.

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