Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 230 De 444

Rafael Dantas

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Teatro do Parque tem programação de reabertura divulgada

Da Prefeitura do Recife O prefeito Geraldo Julio visitou o Teatro do Parque, que passou por um minucioso e grandioso trabalho de requalificação e restauro de suas estruturas e está pronto para voltar à cena cultural da cidade. Na visita, o prefeito anunciou a programação de três dias para reabertura do teatro, que será entregue ao público a partir do próximo dia 11 de dezembro. A celebração contempla várias linguagens, começando na sexta (11), com um concerto da Banda Sinfônica do Recife, e segue no sábado (12) e no domingo (13), com exibição de filme e espetáculo teatral. “Uma alegria que não existem palavras para descrever a reinauguração do Teatro do Parque. Ele está totalmente restaurado, voltando às condições históricas de 1929, mas com toda a modernidade que a gente trouxe de equipamentos, a parte de cenografia, está tudo muito bonito, feito com muito carinho e muito cuidado. Peças que foram fabricadas e encontradas também em leilões de antiquário, recuperação, fabricação de novos equipamentos, sempre preservando a parte histórica, levando a 1929”, comentou o gestor municipal. “Uma emoção muito grande, um teatro histórico da nossa cidade, muito bonito, que faz parte da vida dos recifenses e um cinema também de grande qualidade. Eu estou muito feliz. A área externa também, o parque do Teatro do Parque também está muito bonito. Durante o dia, a noite, a iluminação cênica também, está tudo muito bonito. A alegria, como eu disse no início, não tem palavras que descrevam”, complementou ele. Nos próximos dias, a Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, lançará o edital de ocupação da pauta do teatro, que, aos 105 anos de idade, vai poder voltar a contar e ostentar toda a beleza de sua história e arquitetura, sem ter nenhum de seus capítulos cobertos por tinta, descaso ou gesso. A grandiosa intervenção realizada pela Prefeitura do Recife no equipamento histórico combinou obras civis com um delicado trabalho de restauro de toda a estrutura predial, bem como de elementos decorativos, para devolver as características do projeto arquitetônico original de 1929 à casa de espetáculos, que se sagrou unanimidade entre públicos de todos os estilos e preferências estéticas, idades e perfis socioeconômicos. “Trata-se da obra mais importante para a cultura do Recife em muitos anos. Estamos devolvendo à cidade nosso maior teatro municipal, com mais de 800 lugares, preparado para todas as linguagens e acessível a todos os públicos”, celebrou Diego Rocha, presidente da Fundação de Cultura Cidade do Recife Passado e futuro dividirão espaço nas novas instalações do Teatro. Do ponto de vista técnico, o Parque será alçado à condição de uma das mais bem equipadas casas de espetáculo da capital pernambucana, com maquinário cênico de última geração, climatizado, com acessibilidade para pessoas com dificuldade de locomoção ou deficiência, câmeras, sistema e cortina de prevenção contra incêndio. Entre outras intervenções, foram recuperados alicerces e sistema de drenagem do prédio histórico, já bastante danificados, além de retiradas as tubulações de refrigeração aparentes e muitas camadas de gesso e pintura, que escondiam a beleza do projeto arquitetônico, devolvendo à casa de espetáculos as características de 1929, com direito a murais laterais do palco recuperados, pisos e cores nas paredes e colunas reproduzidas com rigor histórico, em respeito à beleza e à história do equipamento cultural presente nas memórias afetivas de muitas gerações de recifenses. Um dos únicos teatros-jardim do Brasil, o Parque ganhou ainda um projeto de paisagismo especial e convidativo ao público. Além de ser um espaço que promoverá o encontro de pessoas, o jardim do Teatro será uma extensão do palco, podendo ser cenário para apresentações ao ar livre. Importante ressaltar que o trabalho de recuperação da estrutura predial do teatro, executado pelo Gabinete de Projetos Especiais, em articulação com a Fundação de Cultura Cidade do Recife, foi fundamental para que toda a obra de reforma e restauração pudesse acontecer. A primeira fase da obra teve como objetivo sanar os problemas mais urgentes encontrados na estrutura da edificação para cessar a degradação crescente que vinha acontecendo. Todo o madeiramento, além de telhas, calhas e rufo do telhado tiveram que ser substituídos. Tubulações e fiações das instalações elétricas também precisaram ser completamente refeitas, além das instalações hidrossanitárias e do sistema de drenagem do teatro. Depois começou o trabalho de pesquisa histórica para identificação dos registros mais antigos da aparência do Teatro ao longo de sua existência, que levou em consideração fotografias e documentos, além dos elementos encontrados no próprio prédio, encobertos por muitas décadas de intervenções superficiais e pouco cuidadosas. O resultado das prospeções foi a escolha do ano de 1929, quando o Parque ganhou status de cine-teatro, como referência para a requalificação do prédio. Só a partir daí, o restauro foi iniciado, em paralelo às obras civis. Em seguida, foram executadas obras complementares, relativas à subestação, instalações elétricas, acústica, paisagismo e climatização, dentre outras intervenções já concluídas. Também já foram instalados os equipamentos de luz, som e cênicos. As cadeiras, que passaram por serviços de restauro, foram devolvidas à plateia, assim como os seculares lustres de cristal foram recolocados nos corredores que contam tantas histórias.

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PIB de Pernambuco cresceu 0,7% entre agosto e setembro

Do Governo de Pernambuco O Produto Interno Bruno (PIB) pernambucano registrou pelo quinto mês consecutivo um crescimento, com o resultado de 0,7 % no período entre agosto e setembro deste ano. Essa trajetória de recuperação também é observada com o crescimento de 1,2 % em relação a setembro de 2019. Os dados foram divulgados no segundo boletim mensal da Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco – Condepe/Fidem, com base nos números do Sistema de Contas Regionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Ainda sob o efeito causado pela pandemia da Covid-19 e tem saldo negativo de 3,4% no acumulado do ano até setembro. No acumulado de 12 meses, a variação é de menos 2%. O PIB do estado começou a apresentar crescimento na variação mensal em maio (5,5%), junho (2,7%), julho (4,6%) e agosto (2%). A indústria foi o setor da economia que mais contribuiu para o crescimento entre agosto e setembro deste ano, com variação positiva de 2,5%. O setor de serviços ficou no mesmo patamar. Já a agropecuária teve queda de 1,3%. No acumulado do ano, a agropecuária cresceu 11,6%; a indústria caiu 1,1% e o setor de serviços, o mais impactado pela pandemia do novo Coronavírus, registrou queda de 4,6%. O diretor de Estudos e Pesquisas da Condepe/Fidem, Maurílio Lima, afirma que, caso não haja uma segunda onda da Covid-19, que implique em novas suspensões de atividades econômicas, a perspectiva é de uma menor retração até o final de 2020. “Quando a economia cresce 1,2% em relação ao ano passado, já significa uma melhora em relação ao período anterior à pandemia”, explica o diretor.

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“Apagar o Histórico” estreia pelo Festival Varilux de Cinema Francês

“Apagar Histórico”, de Gustave Kervern e Benoît Delépine, chega às telas de cinema do Brasil. Vencedora do Urso de Prata na última edição do Festival de Berlim (Filme que abre novas perspectivas), a comédia já foi vista por mais de 500 000 expectadores na França e é um dos destaques da programação do Festival Varilux de Cinema Francês, que acontece desde 19 de novembro e segue até 03 de dezembro. O elenco é formado por um grupo de espirituosos anti-heróis. Os atores Denis Podalydès (Bertrand), Blanche Gardin (Marie) e Corine Masiero (Christine) protagonizam personagens descentrados, mas movidos pelo desejo profundo de retomar o controle, de lutar contra robôs e algoritmos impostos pelo sistema. Eles dão vida aos três vizinhos residentes em um loteamento no interior da França e que se descobrem vítimas das novas tecnologias digitais. Marie é mãe, divorciada, apreciadora de bebidas alcoólicas e alvo de chantagem devido a um vídeo de conteúdo sexual. Bertrand é chaveiro, viúvo e precisa defender a filha de uma perseguição nas redes sociais. Christine, motorista de carros de aluguel, se mostra inconformada ao constatar que as notas dadas por seus clientes se recusam a melhorar e ela precisa aumentar o número de avaliações positivas para garantir seu emprego. Juntos, mas cada um com suas particularidades e exageros, eles decidem declarar guerra aos gigantes da Internet, mesmo que isso pareça uma batalha perdida. Uma realidade incontrolável e também incompreensível para a grande maioria das pessoas conduz a trama, que diverte e faz pensar sobre o quanto somos vítimas ingênuas e inábeis diante das promessas e desenvolturas do mundo digital. O trailer pode ser conhecido pelo link:https://youtu.be/vsuPVtUwcFA

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Pernambuco confirma 25 óbitos por Covid-19 e mais 781 novos casos

A Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) registrou, nesta terça-feira (24/11), 781 novos casos da Covid-19. Entre os confirmados hoje, 58 (7,5%) são casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e 723 (92,5%) são leves. Agora, Pernambuco totaliza 176.939 casos confirmados da doença, sendo 27.815 graves e 149.124 leves. Também foram confirmados 25 óbitos, ocorridos entre os dias 07/11 e 22/11. Com isso, o Estado totaliza 8.951 mortes pela Covid-19. Os detalhes epidemiológicos serão repassados ao longo do dia pela Secretaria Estadual de Saúde.

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“O comportamento do eleitorado da direita definirá o segundo turno no Recife”

O cientista político Túlio Velho Barreto foi um dos entrevistados da edição desta semana da Revista Algomais, em que analisamos o cenário político-eleitoral brasileiro e pernambucano revelado pelas urnas no primeiro turno. Abaixo a entrevista concedida ao repórter Rafael Dantas na íntegra. O especialista fala sobre o segundo turno das eleições do Recife, as razões que levaram duas candidaturas do campo das esquerdas para o segundo turno e comenta sobre as chances de cada candidato na capital pernambucana. Com um segundo turno entre dois candidatos no campo da esquerda, como deve se comportar o eleitor da direita no Recife? Parte significativa do eleitorado que votou na direita, certamente, se sentirá órfã no segundo turno no Recife. Como prevíamos, essa seria a eleição mais atípica e imprevisível desde a redemocratização dos anos 1980. Por um lado, em função da crise sanitária, provocada pela pandemia, que alterou fortemente a dinâmica da campanha e a participação da população no processo eleitoral. Por outro lado, porque, diferentemente de outras eleições municipais no Recife, nessa eleição tínhamos, desde o início, quatro candidatos eleitoralmente competitivos. Dois localizados mais à direita, no caso Mendonça Filho (DEM) e a Delegada Patrícia (Podemos) e dois mais à esquerda, João Campos (PSB) e Marília Arraes (PT). Mas também porque esses dois últimos pertencem à mesma matriz familiar, que tem o ex-governador Miguel Arraes em sua origem. Quanto à imprevisibilidade do resultado eleitoral, esses se confirmaram. Basta observarmos que os candidatos da direita, que historicamente polarizavam com candidatos mais à esquerda, estão excluídos da disputa final. Isso deverá elevar agora os votos nulos e, talvez, aumentar ainda mais a abstenção, que já foi maior como resultado da pandemia. Era de se esperar a neutralidade dos dois candidatos da direita no segundo turno, o que não significaria que os seus partidos assim se comportassem nem os seus eleitores. A Delegada Patrícia já se posicionou neutra, mas o Podemos acenou o apoio a João Campos. Enquanto o DEM seguiu o posicionamento de seu candidato, que já declarou não apoiar ninguém no segundo turno. E, foi mais além, desprezando o processo democrático, do qual participou, anunciou que sequer irá votar. Tendo a opção de defender o voto nulo, o que seria legítimo, preferiu agir de forma a confirmar o seu perfil político pouco maleável, para dizer o mínimo. Penso que o eleitorado mais conservador terá um dilema a enfrentar: apoiar o PSB, muito desgastado, mas uma legenda que já esteve aliada a partidos da direita em eleições recentes sob a benção de Eduardo Campos, o que seria mais “natural”, ou apoiar, apesar do antipetismo, Marília Arraes. Nesse caso, motivado pela rejeição às sucessivas gestões do PSB no Estado e no Recife, o que poderá fazê-lo menos por ela ser petista, apesar da força do ex-presidente Lula, que contribuiu para catapulta-la ao segundo turno, e mais por ser uma Arraes, nome que permanece presente no imaginário popular. Estava difícil apontar o cenário mais provável, ainda no calor do primeiro turno, mas as primeiras pesquisas apontaram uma tendência favorável para Marília Arraes, mostrando que o desgaste do PSB e a vontade de mudança parece, no início, se sobrepor ao antipetismo. Mas não há nada decidido ainda, é claro. Quais as reais chances de cada candidato, na sua opinião? Apontaria algum favoritismo? Da mesma forma, e pelas razões apontadas antes, ainda é um cenário de difícil prognóstico nesse momento inicial da disputa para o segundo turno. A disputa foi muito equilibrada entre as duas candidaturas no primeiro turno. Como já apontei que é difícil firmar um prognóstico definitivo quanto ao comportamento da maioria do eleitorado que votou nos candidatos da direita, que parece dividido, segundo as referidas pesquisas, o resultado do segundo turno é igualmente imprevisível. E sabemos que, provavelmente, uma parcela dos eleitores dos candidatos derrotados vá optar por votar nulo ou se abster. Lembro que qualquer mudança de direção do eleitorado significará sempre uma perda de um lado e um ganho do outro. Agora é um jogo de soma zero, quando consideramos os votos válidos. Mas é o comportamento desse eleitorado que vai, enfim, definir os rumos do segundo turno no Recife. Pela proximidade do PSB com o eleitorado mais conservador, poderíamos esperar uma pequena vantagem favorável ao seu candidato no início da disputa. Mas, lembremos, que a candidata Marília Arraes teve muito menos tempo na TV e no Rádio e mesmo assim a equilibrou. E, agora, terão tempos iguais e mais debates, e apenas entre os dois. Nesse caso, se pensarmos que a propaganda eleitoral obrigatória e os debates, presenciais ou virtuais, terão peso no convencimento do eleitorado dos candidatos do DEM e Podemos, isso poderá favorecer a candidata do PT, que me parece mais segura em seus posicionamentos do que o candidato do PSB, muito jovem e quase neófito em disputas eleitorais. E, ninguém tenha dúvidas, o ex-presidente será presença marcante nesse segundo turno ao lado de sua candidata, sobretudo porque foi o que restou ao PT nas capitais: apostar na vitória de Marília Arraes. E o ex-presidente continua tendo uma influência considerável aqui no Recife e no Estado. Sobre a composição da Câmara Municipal do Recife há alguma surpresa? A nova composição indica alguma mudança no eleitorado? Vamos partir de alguns dados gerais em relação à composição da Câmara Municipal do Recife. O legislativo municipal tem 39 vagas. Essas vagas serão preenchidas por vereadores e vereadoras de 17 diferentes partidos. O PSB elegeu 12 vereadores. E o PT terá apenas três. A candidata mais votada foi Dani Portela, que é do PSOL, que a elegeu e reelegeu Ivan Moraes. Nove partidos fizeram apenas um vereador ou vereadora. Então, apenas esses dados já mostram a enorme dispersão dos votos e das vagas entre as dezenas de legendas que temos no país. O que se torna uma dor de cabeça para quem é eleito ou eleita para o executivo, em especial para compor a sua base de apoio. E esse ano não tivemos coligação para a disputa proporcional, que possibilitava uma aglutinação antecipada

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O efeito Biden no esfriamento político e climático

Por Tiago Andrade Lima Estamos vivendo um cenário de reta final de mais um processo eleitoral no Brasil. E essa foi a pauta dos noticiários e das últimas semanas, no entanto, de outro país, os Estados Unidos. As críticas direcionadas a quem alimentou essa pauta, como se tivéssemos que ficar alheios à movimentação política no país que tem a principal economia do mundo, são mais infundadas do que parece. Para além de uma eleição, existiram, nesse processo, alguns elementos de interesse mundial que merecem maior análise. Uma delas, de caráter político, foi a do combate ao extremismo. Sem qualquer juízo de valor sobre o governo Trump, a postura de uma pessoa pública jamais pode ser a do enfrentamento, de maneira extrema, da ciência. Negar o aquecimento global e os seus efeitos é uma postura ignorante, na mais pura etimologia dessa palavra. Segundo os dados divulgados no Relatório do IPCC (Intergovernmental Panel on Climate Change) em 2019, este fenômeno é o responsável direto por vários impactos causados sobre a Terra, incluindo incêndios florestais, mudanças na precipitação e ondas de calor. No mesmo sentido, um estudo apoiado pelas Organizações das Nações Unidas – ONU, e publicado no mês de setembro de 2020, aponta que a mudança climática pode levar mundo a um dos quinquênios (2016 – 2020) mais quentes da história. É sabido que o Acordo de Paris, o compromisso mundial vigente que trata das alterações climáticas e prevê metas para a redução da emissão de gases do efeito estufa, foi subscrito pela grande maioria dos países do mundo. No entanto, os Estados Unidos, maior emissor desses gases no mundo, não assinou esse Acordo por decisão do seu atual presidente, meramente pautada em critérios políticos e sem qualquer embasamento técnico. Para além dos efeitos negativos na pauta de redução dos riscos climáticos, ficou evidente caráter desestimulador do esforço mundial realizado por cada um dos países aderentes ao Acordo, por meio das suas metas nacionais e pôs dúvida sobre a ciência. Como acreditar em um acordo que demanda esforços financeiros dos setores públicos e privados de cada um dos países, se a principal economia do mundo dá as costas ao pacto? Isso tudo em um momento em que o mercado econômico mundial vem alinhando, de forma crescente, os objetivos financeiros do investidor com suas preocupações e valores acerca do meio ambiente, da sociedade e de questões de governança (Environmental, Social and Governance – ESG). Isso é claramente demonstrado em um estudo da BM&FBOVESPA sobre a quantidade de ativos e números de fundos que incorporaram critérios de ESG. Entre 2010 e 2012, esses ativos aumentaram 78%, passando de US$ 569 bilhões para US$ 1,01 trilhões em 720 fundos ESG diferentes. A postura de um líder político teria que necessariamente levar em consideração os critérios técnicos para a tomada de decisão. E assim, recentemente, o futuro presidente eleito, o democrata Joe Biden, anunciou que os Estados Unidos retornarão ao Acordo de Paris, demonstrando o seu esforço para fins de contenção do aquecimento global. E foi além: anunciou, como uma de suas propostas, o plano de investir US$ 1,7 trilhão para que os Estados Unidos alcancem uma marca de zero emissão de carbono em 2050. Infelizmente, por se tratar de uma proposta realizada no âmbito de um processo eleitoral tão acirrado como foi o que ocorreu no EUA, não se pode emprestar irrestrita credibilidade ao anúncio. No entanto, em momentos de radicalismo, a simples perspectiva de um cenário mais favorável ao combate das mudanças climáticas já serve de alento. Levantar a bandeira do clima, em um momento de extremismo exacerbado, tem o quádruplo efeito de mostrar a importância da ciência na tomada de decisão em um governo, de mostrar ao mundo que o combate ao aquecimento global deve ser uma pauta obrigatória de todos os países, de fomentar a adoção de critérios ESG nos investimentos pelo mundo e, por fim, de mostrar ao mundo que o radicalismo, independente de qual opinião seja defendida, é irracional e não atingirá o propagado desenvolvimento econômico com sustentabilidade. Na semana do nosso processo eleitoral, que os efeitos do ocorrido nos EUA sirvam de lição para os nossos políticos e, principalmente, para os nossos eleitores, para que às suas escolhas levem em consideração, para além das propostas e dos ideais políticos do candidato, o seu perfil de respeito (ou não) à ciência e às opiniões contrárias. Tiago Andrade Lima é sócio-titular da área de Direito Ambiental do Queiroz Cavalcanti Advocacia

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InovaFundaj debate reforma tributária no campo jurídico e econômico

O que é a reforma tributária e por que ela é importante? O tema será discutido na 3ª edição do InovaFundaj, com a parceria da Faculdade de Direito do Recife (FDR), hoje (terça-feira, 24), das 19h30 às 21h, no canal da Fundaj no YouTube. O encontro virtual terá participação da Doutora em Direito pela UFPE, Professora Luciana Grassano e do Doutor em Direito Tributário pela PUC/SP, Professor Antônio Guedes Alcoforado, com mediação do diretor de Pesquisas Sociais da Fundação Joaquim Nabuco, Luís Henrique Romani. Com propostas em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, o interesse sobre o tema da reforma tributária cresceu. “A reforma tributária é um assunto de interesse geral da sociedade, até porque pagamos muitos tributos, que, em muitas vezes, não é revertido em serviços adequados à sociedade. Isso acaba afetando a todos, envolvendo setor produtivo, os assalariados das esferas pública e privada, bem como a população carente”, afirma o diretor de Formação Profissional e Inovação da Fundaj, Wagner Maciel. Há várias propostas em discussão. No entanto, como as mudanças atingem vários setores e os impactos variam conforme as regiões do país, não há definição sobre o tema. “É importante a modernização do nosso sistema tributário, sobretudo por meio da simplificação. Além das propostas que estão em pauta na Câmara (dos Deputados) e no Senado (Federal), o Poder Executivo também tem a sua encaminhada, embora limitada à unificação de duas contribuições, o PIS e a COFINS, mediante a criação da CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços). A reforma tributária é essencial para a sociedade, inclusive porque a carga tributária brasileira é muito alta (36% do PIB), com muitos tributos indiretos”, comenta Wagner Maciel. Considerada prioritária pelo governo para a recuperação da economia, a reforma tributária terá impactos diferenciados entre os diversos setores econômicos brasileiros. “Na transmissão do InovaFundaj, vamos abordar também a visão econômica da reforma tributária. Isso porque os impactos serão individualizados”, pontua o economista Luís Henrique Romani. Nas duas primeiras edições do InovaFundaj, em parceria com o Programa de Pós Graduação em Direito da Faculdade de Direito do Recife da UFPE, as temáticas foram a reforma administrativa e o novo marco legal das agências reguladoras, respectivamente. Palestrantes Além de Doutor em Direito Tributário pela PUC/SP, Antônio Guedes Alcoforado é pós-graduado em Direito pelo IBET, UFPE e University of Georgia, nos EUA; Professor nas pós-graduações do IBET e da FDR/UFPE; Auditor Fiscal e ex-Superintendente Jurídico da Sefaz/PE; Ex-pesquisador doutorando na FGV/Direito/SP, em 2015, quando acompanhou as pesquisas sobre reforma tributária desenvolvidas pelo Centro de Cidadania Fiscal – CCiF. Já a Luciana Grassano fez mestrado em Direito (2000) pela Universidade Federal de Pernambuco e estágio pós-doutoral na Universidade de Bologna, na Itália. Ela também foi diretora da Faculdade de Direito do Recife por dois mandatos, de 2007 a 2015. Atualmente é Procuradora do Estado de Pernambuco (desde 1998), além de docente na UFPE e líder do grupo de pesquisa CNPq. Ao longo da carreira, orientou vários trabalhos de TCC, pesquisas de iniciação científica, especializações, dissertações de mestrado e teses doutorais. Serviço Tema: Reforma Tributária; Data: 24 de novembro; Horário: das 19h30 às 21h; Plataforma: canal da Fundaj no YouTube (transmissão ao vivo); Palestrantes: Antônio Guedes Alcoforado (Doutor em Direito Tributário pela PUC/SP) e Luciana Grassano (Doutora em Direito pela UFPE); Mediador: Luís Henrique Romani (diretor de Pesquisas Sociais da Fundação Joaquim Nabuco e economista)

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Pernambucanos pretendem comprar na Black Friday 2020

Com atrativos de grandes descontos, a quinta data mais importante para o varejo, a Black Friday, este ano está sendo aguardada pelos pernambucanos. É o que aponta uma pesquisa inédita da Fecomércio-PE, realizada através do Instituto Oscar Amorim de Desenvolvimento Econômico e Social (Instituto Fecomércio-PE) e em parceria com o Sebrae/PE. A sondagem, realizada entre os dias 18 e 19 de novembro, com 918 entrevistados, apontou que 49,7% dos consumidores no estado pretendem comprar na Black Friday em 2020. O economista da Fecomércio-PE, Rafael Ramos, explica o bom momento do comércio de Pernambuco neste final de ano e como a pesquisa pode ajudar no desempenho do setor para a Black Friday. “O comércio do estado consegue crescer e vive um movimento de retomada bem mais forte do que o que se projetava até abril de 2020. Então, o levantamento é uma maneira de informar aos empresários e gestores do varejo acerca da disposição dos consumidores pernambucanos em comemorar o evento. A classe empresarial, assim, pode tomar decisões estratégicas nas ações das vendas”, comenta. Com quase metade dos pernambucanos dispostos a comprar, o cenário é positivo para o comércio, em comparação aos meses anteriores, e com possibilidades de reversão de uma queda do Varejo em 2020. “Apesar de não representar maioria percentualmente, o número pode ser considerado elevado, visto que o resultado já mostra uma recuperação da intenção do consumo das famílias diante da data comemorativa anterior, que foi a do Dia das Crianças, quando a intenção atingiu a marca de 38,5%”, ressalta Rafael. Segundo a pesquisa, os fatores que restringem parte das intenções dos pernambucanos são as dúvidas dos consumidores a respeito da credibilidade da data, devido principalmente à maquiagem de preços ocorrido nos primeiros anos, e a sua forte ligação ao e-commerce, pois ainda existe uma parcela da população que não aderiu ao canal de compras. Entre os que pretendem comemorar a data, a maioria é do sexo masculino (55,0%) e com idade entre 18 e 29 anos (54,4%). Quanto mais se avança na faixa etária, menos é a adesão da população em comprar no período da Black Friday, com os mais velhos (maior que 60 anos) atingindo 37,8% de intenção em comprar. Refletindo uma das características da data, o principal meio de consumo apontado foi o comércio eletrônico, com 53,5%. Os demais canais também apresentaram percentual significativo de participação, com o comércio de rua e o de shopping alcançando 27,4% e 18,9%, respectivamente. “Esses números apontam que o período pode ser positivo para praticamente todos os canais de vendas no estado, o que possibilita também desdobramento positivo na geração de empregos temporários”, afirma o economista da Fecomércio-PE. Os itens mais buscados foram as roupas e os sapatos, com 18,4%, seguidos pelos equipamentos eletrônicos, celulares, tablets e utensílios domésticos. “A pesquisa traz um alento para o difícil cenário vivido pelo segmento dos calçados em 2020. O desempenho das vendas atualmente se encontra bastante negativo e sem apresentar um movimento de recuperação mesmo após a abertura dos estabelecimentos e do menor percentual de isolamento das famílias. A busca pode dar a oportunidade para que os estabelecimentos ligados a esta atividade tenham a oportunidade de trazer os estoques a níveis menos críticos, reduzindo assim o custo elevado de não vender e de estocar”, aponta Rafael. O tipo de pagamento mais indicado foi o cartão de crédito, refletindo a redução dos auxílios emergenciais disponibilizados pelo Governo Federal, com as famílias dispondo de um orçamento mais apertado e impossibilitando o consumo à vista. A maioria dos consumidores pretendem gastar até R$ 150,00. Concluindo o levantamento, dos que informaram que não vão comemorar, os dois principais motivos foram: estão sem dinheiro ou com pouco dinheiro e consideram que os preços estão elevados, atingindo 32,5% e 20,9%, respectivamente. O isolamento social, um dos motivos mais apontados nas últimas pesquisas para a não comemoração de períodos especiais, foi percentualmente o menos apontado, alcançando 9,2% das respostas.

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INOVAtic reúne diretores de operadoras para debate setorial nesta quarta (25)

A INOVAtic 2020, Feira de Negócios e Congresso, começa nesta quarta-feira, dia 25 de setembro, a partir das 9h. O primeiro painel vai debater “O Aquecido Mercado de ISPs”. Durante os três dias de Congresso, 15 CEOs e diretores das mais importantes operadora de telecomunicações regionais e nacionais estarão presentes nos painéis. O tema central do evento é “ISPs prontos para o novo salto”. No primeiro dia, 25, a partir das 9h30min estarão juntos Marcio de Jesus, Diretor de Varejo da Algar Telecom e Wellington Santos Diretor Administrativo da Ora Telecom debatendo com representantes de consultorias e fundos de investimento os modelos de negócios e fusões no segmento de ISPs. A partir das 11h30, José Roberto Nogueira, CEO da Brisanet, e Rui Augusto Gomes Filho, Presidente da UM Telecom, participam de Mesa com o Secretário de Telecomunicações do MiniCom, Artur Coimbra. No dia 26, quinta-feira, a presença confirmada de líderes de operadoras de diferentes perfis. Alessandro Maluf , Diretor de produtos de vídeo da Claro e Stella Maris Marques Freire de Medeiros , Diretora da TCM Telecom, participam da Mesa Redonda sobre streaming e TV paga. A partir das 11h30, no Painel sobre expansão das redes e notificação, juntos estarão Felipe Cansanção, CEO da Aloo Telecom; e Rosauro Leandro Baretta, CEO da Eaí Telecom com Nilo Pasqualli, da Anatel. À tarde, a partir das 14h30m reúnem-se André Telles, Diretor de Atacado e Franquias da Oi; Erich Matos Rodrigues, CEO da Interjato Soluções e Mauricio Giusti , CEO da Phoenix Tower para o debate de redes neutras. No dia 27, sexta-feira, reúnem com especialistas na rede de Gamings Clayton do Carmo, Líder Comercial da Angola Cables, Sayde Bayde, CCO da Mob Telecom, além de Robson Lima, Presidente da Abramulti, que será o moderador. E às 11h30m estarão trocando ideias sobre o futuro da regulação para ISPs com Leonardo de Morais, Presidente da Anatel, Daniel Fuchs, Diretor de Inovação Datora Telecom e Arqia; e Basilio Perez, Presidente da Associação Latino Americana e do Caribe de ISPs (LAC-ISP) e Conselheiro de Administração da Abrint. Na Feira virtual, as inovações e melhores produtos e serviços estarão em exposição e os fornecedores apresentam em detalhes suas plataformas. Com stands e muitas novidades, estarão presentes Algar Franquias; Arsitec; Padtec,;Um Telecom; os canais Paramount e Pluto TV; Fibracem; Nic.Br; Uauu!; L8; Connectoway.

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Semana ENEF discute educação financeira em tempos de crise

O atual cenário econômico e a pandemia da covid-19 têm mostrado a importância da educação financeira e como ela pode ajudar nos momentos desafiadores. Pensando nisso, a Sicredi Recife, participa da 7ª edição da Semana Nacional de Educação Financeira (ENEF), evento do Sicredi Nacional já começou e segue até o dia 29 de novembro, abordando o tema “Resiliência Financeira: Como atravessar a crise?”. O evento é promovido anualmente pelo Comitê Nacional de Educação Financeira (CONEF). As ações vão ocorrer em todo o país, através de transmissões online, para os mais de 4,5 milhões de associados, nos 23 estados e Distrito Federal, onde a instituição atua. “O objetivo é estimular o cuidado e a mudança de comportamento em relação às finanças do brasileiro, contribuindo para uma vida mais próspera e sustentável. A ideia é alcançar vários públicos, como pessoas físicas e jurídicas, mas também jovens e até as crianças”, explica Magali Guimarães, gerente de agência da Sicredi Recife. Em 2020, a edição terá o lançamento do ‘Programa Cooperação Na Ponta do Lápis’, uma iniciativa de “educação financeira, que será implantada em todo o país, com participação de todas as cooperativas e Fundação Sicredi”, explica a gerente. O foco é “desenhar uma vida financeira mais sustentável, com ações relevantes e assim levar este tipo de educação a diversos públicos, e ajudá-los a transformar as suas finanças pessoais, através de informação, conhecimento e boas práticas em relação ao dinheiro”, reforça Magali. Dentro da Semana ENEF, a Sicredi Recife promove no dia 26, uma live sobre ‘Finanças pessoais em tempos de crise’, com o consultor financeiro, sócio da ACBrasil e especialista em cooperativismo de crédito, Elias Bispo. Entre os assuntos, estão a importância de fazer escolhas financeiras conscientes, orçamento dentro da realidade familiar e sonhos e planejamento financeiro. O encontro será às 20h, no canal do Youtube da cooperativa. Outra ação da Sicredi Recife é a distribuição de um guia de bolso de educação financeira. “Quem for as nossas agências vai ter acesso a um material bem interessante, para levar para casa e tirar todas as suas dúvidas sobre o tema”, diz a gerente. Um dos destaques da iniciativa, é a parceria da instituição Mauricio de Sousa Produções (MSP), que traz os personagens da Turma da Mônica. O foco é no público infantil, com gibis e vídeos animados dos personagens abordando temas sobre a educação financeira, de forma leve e divertida. “O hábito de consumo consciente deve ser inserido na vida da criança e adolescente desde cedo, pois eles são consumidores em potencial do que é ofertado, na maioria das vezes, pelas redes sociais. O quanto antes essa educação for apresentada aos mais jovens, mais cedo será o impacto positivo”, explica a gerente. “Para a Sicredi Recife, educação financeira é um desafio real e urgente, no Brasil. O endividamento das famílias, a inadimplência e o baixo índice de pessoas com recursos em poupança são alguns dos fatores que reforçam a importância do tema. Por isso, queremos ser uma instituição transformadora, comprometida com o desenvolvimento econômico e social, a fim de construímos juntos uma sociedade mais prospera”, finaliza Magali Guimarães, gerente de agência da Sicredi Recife. Serviço: 7ª Semana Nacional de Educação Financeira (ENEF) Data: 23 a 29 de novembro de 2020 Destaque na programação: – Live “Precisamos falar de dinheiro” Participantes: Vera Rita de Mello Ferreira (Psicanalista e Dra. em Psicologia) e Marcos Piangers (Referência sobre paternidade e família, no Brasil). Data: 23/11 Hora: 19h Local: Youtube do Sicredi Nacional – Live “Finanças pessoais em tempos de crise” Participante: Elias Bispo (consultor financeiro, sócio da ACBrasil e especialista em cooperativismo de crédito) Data: 26/11 Hora: 20h Local: Youtube da Sicredi Recife. – Programa Cooperação Na Ponta do Lápis Informações: www.sicredi.com.br/site/napontadolapis/ – Turma da Mônica e Cooperação Na Ponta do Lápis Informações: www.sicredi.com.br/turmadamonica

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