Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 286 De 443

Rafael Dantas

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Restaurantes: entre o sufoco da descapitalização e o alívio do novo horário

A ampliação do horário de bares e restaurantes do Grande Recife e Zona da Mata – apoiados pelo Movimento Pró-Pernambuco (MPP) - anima os estabelecimentos nessas regiões. Os empresários preveem que o faturamento vai crescer 15%, graças a um incremento de até 35% no fluxo de clientes, esperado com as duas horas a mais de funcionamento, autorizadas pelo Governo de Pernambuco no âmbito do Plano de Convivência com a Covid-19. Mas, ao mesmo tempo em que ganha algum fôlego, o setor enfrenta as graves consequências da pandemia, num cenário marcado por falências e descapitalização. Não há caixa para os tributos e, no Recife, 80% do segmento não quitaram a taxa semestral de inscrição municipal, que tem gira em torno de R$ 1.600 e venceu nesta segunda-feira (11/8). O panorama é complexo. Enquanto aguardam com a flexibilização do horário reduzir em parte os prejuízos trazidos por quatro meses de portas fechadas devido ao isolamento social, os empresários lutam, em outra frente, para negociar com o Governo do Estado e prefeituras medidas que possam ajudá-los a sobreviver à crise. No caso do Recife, o presidente da Abrasel-PE e integrante do MPP, André Araújo, enviou, dia 18 de março, um ofício à administração municipal, pedindo o diferimento temporário de impostos, tributos e taxas – incluindo o Cartão de Inscrição Municipal (CIM), IPTU e ISS – e a suspensão de execuções fiscais em andamento por 120 dias. Sem resposta, a maioria das empresas do segmento vem tendo que fazer uma escolha dramática entre a folha de pessoal e a manutenção de empregos ou quitar os compromissos com a Prefeitura e demitir. “Nós temos, primeiro, que pagar o salário dos funcionários ou não vamos à frente e, claro, temos de pagar os insumos, pois com mão de obra e insumos nós temos produto e geramos receita. Mas não sobra caixa para os tributos. O delivery autorizado durante o isolamento representava apenas 20% do faturamento antes da pandemia e o movimento que começou no final de junho, com a reabertura do setor, é muito tímido e mal paga a folha”, avalia o empresário, que mantém a esperança de avanço na negociação com a Prefeitura. Diante do impasse, o setor chegou, com as contas praticamente zeradas, ao prazo final para pagamento da taxa cobrada a cada semestre de quem tem o CIM. “Estimamos que apenas 20% conseguiram pagar, num setor majoritariamente de micro e pequenas empresa”, diz o presidente. “A conta não fecha diante de tantas dívidas a pagar, incluindo aluguéis que foram renegociados e agora estão sendo cobrados, água, energia, telefonia e outros. E agora, inadimplentes com a Prefeitura, ainda corremos o risco de perder a licença de funcionamento”, afirma o dono da Confraria do Mar (Recife), Marcelo Wanderley. Fôlego Já o novo horário representa fôlego num momento num momento desafiador. O diretor da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes-Seccional Pernambuco (Abrasel-PE) e franqueado da McDonald's em Pernambuco, Mário Jorge Carvalheira, espera um aumento na movimentação entre 25% e 35% nas unidades da rede em shopping e 10% a 15% nas lojas de rua. “Teremos um incremento mais expressivo nas operações em centros de compras, onde as vendas dos estabelecimentos de alimentação estão fortemente concentradas no horário noturno, que chega a responder por 50% do faturamento”, destaca. Maria Hermínia Sobreira, dona do Candeias Beach (Jaboatão dos Guararapes), espera 30% a mais de clientes. “Esse era o horário de pico, antes da pandemia. Agora, o cliente que chega por volta das 19h, pode ficar até o fechamento do bar, às 22h”. O bar, que cumpre todas os protocolos de prevenção da covid-19, reforçou as ações para proteção do cliente. Também teve de ampliar o quadro na cozinha e no atendimento para dar conta do aumento de demanda com o novo horário e agilizar o fechamento de contas, de forma a respeitar rigorosamente os limites de funcionamento permitidos. Amoresa Trevejo, proprietária da Bodega e Pizza, também em Jaboatão, comemora a mudança e relembra as dificuldades enfrentadas durante a vigência do horário mais restrito: “Nosso cliente tem o hábito de chegar por volta das 20h e, no horário anterior, estávamos mandando o consumidor embora, com gente na rua pedindo para entrar. Perdemos dinheiro todos os dias, com muita tristeza”, conta.

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Recife inicia desativação do maior hospital de campanha da cidade

Da Prefeitura do Recife Depois de quase três meses de tendência de queda nos indicadores da pandemia na capital pernambucana, a Prefeitura do Recife vai iniciar, nesta quarta-feira (12), a desativação do maior hospital de campanha erguido pela gestão municipal durante esta pandemia. Na manhã desta terça-feira (11), o prefeito Geraldo Julio anunciou que a redução sustentada da ocupação de leitos permitirá, gradativamente, a desativação total das enfermarias e UTIs para pacientes com suspeita ou confirmação de covid-19 no Hospital Provisório Recife (HPR) 2, nos Coelhos, que estava com 260 leitos ativos - 100 UTIs e 160 enfermarias. “Nós chegamos à menor taxa de ocupação das UTIs, somando os leitos da Prefeitura e do Governo do Estado. Hoje 63% desses leitos estão ocupados. Nos hospitais de campanha da Prefeitura, nós temos 124 pacientes em UTI, sendo apenas 46 do Recife. E já chegamos a 90 dias de redução nos casos graves de covid-19 e nos óbitos em nossa cidade. Por isso a gente vai dar prosseguimento à reorganização da rede emergencial”, explicou o prefeito Geraldo Julio. O gestor lembrou que já havia desativado 90 leitos de uma das enfermarias no Hospital Provisório Recife 2, nos Coelhos, no início de julho. “Agora nós vamos desativar a segunda enfermaria e também as UTIs. Esse hospital, a partir de amanhã, não receberá mais novos pacientes, que serão encaminhados para outros hospitais da rede. A Prefeitura do Recife permanece com 242 leitos de UTI ativos porque a pandemia não acabou”, frisou Geraldo Julio. Maior hospital de campanha municipal, com mais de 8.000 m² de área construída em antigos galpões na Rua Largo dos Coelhos, o HPR 2 chegou a ter 350 leitos ativos - 250 de enfermaria e 100 de UTI. Depois da desativação de 90 enfermarias no mês passado, a unidade ficou com 260 leitos, que só receberão novos pacientes até esta terça. A desmobilização completa da unidade deverá ser concluída à medida que os pacientes internados forem recebendo alta da unidade que é administrado pela Fundação Martiniano Fernandes, ligada ao Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip). Nesta terça (11), há 39 pacientes internados nas 100 UTIs ativas do HPR 2 e outras 47 pessoas nas 160 enfermarias em funcionamento. No início de julho, a Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife abriu 53 UTIs e desativou 300 enfermarias em cinco hospitais de campanha. Além das 90 enfermarias fechadas no HPR 2, foram desativados leitos nos hospitais construídos nas áreas externas do Hospital da Mulher do Recife (HMR - Curado) e das Policlínicas Barros Lima (Casa Amarela), Amaury Coutinho (Campina do Barreto) e Arnaldo Marques (Ibura). No HMR e nas policlínicas, foram removidas as estruturas provisórias erguidas nas áreas externas das unidades, mas todas permanecem com leitos de covid-19 nas áreas internas. Com o fechamento do HPR2, a PCR terá desativado um total de 460 leitos - 100 deles de UTIs. Depois de abrir cerca de mil leitos municipais em sete hospitais de campanha e leitos de covid-19 em outras duas unidades de saúde, com a reorganização da rede, a Prefeitura do Recife está com 724 leitos em funcionamento, sendo 342 de UTI e 382 de enfermaria. Com essa próxima desativação de 160 leitos - 100 UTIs e 60 enfermarias, a rede municipal ficará com 564 leitos ativos - 242 UTIs e 322 enfermarias. A desativação de mais 160 leitos municipais será possível porque a ocupação está baixa de forma consolidada. A Prefeitura do Recife tem registrado as menores quantidades de pacientes internados em leitos de UTI dos hospitais de campanha municipais, desde o início de julho, quando os leitos de terapia intensiva chegaram a ter 189 pessoas em estado grave. Nesta terça, dos 124 pacientes internados nas UTIs dos hospitais de campanha, cerca de 65% são de outras cidades pernambucanas. Nas enfermarias, também vem havendo queda nas internações, chegando também a 124 pacientes em tratamento nesta terça. QUEDA NOS INDICADORES - A redução do número de pacientes com síndrome respiratória aguda grave (srag) internados dos hospitais de campanha e o baixo percentual de moradores do Recife são reflexo dos quase três meses de tendência de queda nos indicadores da pandemia na capital pernambucana. Em julho, o Recife foi responsável por apenas 16% de todos os novos casos de Pernambuco, enquanto, em abril, a cidade chegou a ser responsável por 54% dos casos do Estado. Além da queda no número de pacientes internados, de óbitos e de casos de srag por covid-19, a Secretaria de Saúde do Recife também registrou queda de 60% no número de atendimentos nas emergências das policlínicas em cujas áreas externas foram construídos hospitais de campanha. Enquanto em abril a rede registrou mais de cinco mil atendimentos a pessoas com sintomas respiratórios, no último mês, esse número caiu para cerca de dois mil. CAMPEÃ DE LEITOS - Na fase mais crítica da pandemia, entre abril e maio, a rede de saúde da capital pernambucana não entrou em colapso graças ao isolamento social e à abertura de leitos que não existiam no início deste ano. O Recife foi a capital brasileira que proporcionalmente abriu mais leitos para pacientes com suspeita ou confirmação de covid-19. De acordo com levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), a capital pernambucana criou 1.155 leitos durante a pandemia, ficando atrás apenas da cidade de São Paulo, que abriu 1.791 leitos. Levando em conta o número de habitantes, o Recife criou, proporcionalmente, cinco vezes mais leitos para sua população - 70 leitos de covid-19 para cada 100 mil habitantes, enquanto São Paulo abriu 14 leitos de covid para cada 100 mil habitantes. EQUIPAMENTOS - Os equipamento médico-hospitalares retirados dos leitos desativados nos hospitais de campanha municipais estão sendo levados para outras unidades que serão entregues pela Prefeitura do Recife este ano, como o Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (Estância), Unidade Pública de Atendimento Especializado (UPAE) do Ibura, assim como para as maternidades municipais Bandeira Filho (Afogados), Arnaldo Marques (Ibura) e Barros Lima (Casa Amarela). Algumas camas dos hospitais de campanha, serão substituídas

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Airles Fragoso: “A Covid-19 trouxe um medo não controlável para as pessoas"

Logo no início da pandemia, a Prefeitura do Recife lançou o aplicativo web Atende em Casa com orientações virtuais sobre a Covid-19. O objetivo era evitar que a população procurasse as unidades de saúde desnecessariamente durante a quarentena. Com o tempo, os atendentes do serviço perceberam que muitos recorriam ao app com dor no peito e calafrios, que não eram sintomas da infecção pelo novo coronavírus. Era a consequência emocional provocada pela pandemia. A solução foi criar um teleatendimento psicossocial. Hoje, 87 profissionais da rede de saúde municipal atuam nesse acolhimento. Airles Ribeiro Fragoso, um dos coordenadores do serviço, informa, nesta conversa com Cláudia Santos, as estratégias utilizadas para auxiliar os usuários e revela as principais aflições daqueles que recorrem à ajuda. Não deixa de ser um retrato de como a Covid-19 afeta o emocional das pessoas. Como funciona esse o serviço de acolhimento emocional? É feito por meio do aplicativo Atende em Casa. Surgiu quando constatamos que a pandemia impacta as pessoas, não só na questão corpórea, clínica, mas também na sua dinâmica psicossocial. Muita gente entrou em contato conosco com falta de ar, calafrio, mas não eram sintomas da Covid-19 e, sim, o impacto psicossocial da doença. A ideia é acolher essas pessoas, fazendo a escuta ativa, com o recorte da saúde mental. Oferecemos algumas estratégias para minimizar esse impacto dentro da possibilidade de se estar em casa. Fizemos uma junta de profissionais de psicologia, assistência social, médicos, psiquiatras e das práticas integrativas. Qual o perfil das pessoas que buscam o serviço? Pessoas idosas, pessoas em isolamento domiciliar (aquelas que estão com sintomas relacionados à Covid-19 e precisam se isolar dentro da própria casa para não infectar os familiares que moram com elas), pessoas que moram sozinhas e aquelas em luto, além de pessoas que estavam antes da pandemia em atendimento psicológico ou psiquiátrico. A maioria são mulheres dos 30 aos 60 anos em isolamento domiciliar, que, por estarem isoladas e não poderem cuidar da família, se sentem culpadas e com isso aumenta a ansiedade. As mulheres têm, socialmente, infelizmente, esse lugar de cuidadora. Como estratégia, pactuamos com elas uma rotina com qualidade. Explicamos que isolamento não significa cárcere e que elas podem ter contato com familiares respeitando o distanciamento de 2m, com uso de máscara e fazendo higienização das mãos. Também há muitos homens adultos, que estão em isolamento domiciliar e estão com medo de infectar pessoas queridas. Há ainda jovens que tiveram a rotina fragmentada. O que atormenta esses homens? Trata-se de um homem fragilizado por estar demonstrando, de alguma forma, aos seus familiares e amigos que tem medo. A Covid-19 trouxe um medo não controlável. Uma coisa é ter medo de assalto, em que se pode ter controle e evitar, mas de algo invisível, como um vírus, não se tem controle. A questão do desemprego também afetou muito esse homem e sua posição social de chefe de família. E não foi por uma escolha sua, foi uma questão social que colocou esse homem em casa, deixando-o mais frágil. Fiz um teleacolhimento no qual um deles dizia: “estou muito mal, e não quero que ninguém me veja chorando”. Trabalhamos no atendimento dessa masculinidade que naquele momento não estava sendo positiva para ele. Para muitos homens foi uma oportunidade para ressignificar esse lugar do masculino. Assine a Revista Algomais para ler a entrevista completa na Edição 173.1: assine.algomais.com

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Paço do Frevo discute Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU e Patrimônio Cultural

O Paço do Frevo, Centro de Referência na salvaguarda do Patrimônio Imaterial mantido pela Prefeitura do Recife, engaja-se neste mês do Patrimônio — celebrado nacionalmente em 17 de agosto — em uma série de ações voltadas a estimular reflexões e atitudes frente aos desafios vivenciados no cotidiano patrimonial. Reconhecendo a importância de se prospectar pensamentos e ações que interliguem patrimônios locais a pautas e engajamentos globais, o Paço do Frevo promoverá o web encontro “Conversa Virtual: Projetos Culturais e a Agenda 2030”, no dia 18 de agosto, às 14h, em link de acesso que será enviado para quem se inscrever previamente. A ação se desenvolve no âmbito da parceria estabelecida entre o Paço, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e o Observatório de Políticas de Comunicação e Cultura (POLOBS) da Universidade do Minho, em Portugal, através do projeto transnacional “Cultura e Desenvolvimento: Projetos culturais e a Agenda 2030” idealizado e implementado pelo POLOBS. O que é a Agenda 2030 e quais suas relações com o universo da cultura? Qual a importância dos objetivos do desenvolvimento sustentável da ONU para o fazer cultural, no Brasil? Quais as perspectivas de diálogo entre a Agenda 2030 e as práticas em cultura e patrimônio, em Pernambuco? Estas e outras questões serão debatidas, junto com o público, pelos convidados Vanessa Marinho, mestre em história e coordenadora de conteúdo do Paço do Frevo; o etnomusicólogo, pesquisador e professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Carlos Sandroni; e o pesquisador e coordenador do Observatório de Políticas de Comunicação e Cultura (POLOBS) da Universidade do Minho em Portugal, Manuel Gama. Criada em 2015 a partir de uma mobilização de diversos países ligados à Organização das Nações Unidas (ONU), a Agenda 2030 reúne uma série de diretrizes voltadas ao desenvolvimento humano e sustentável. Trata-se de um documento estruturado como plano de ação global que visa fortalecer a paz universal e a prosperidade de todos, protegendo os recursos naturais do planeta e promovendo sociedades mais justas. Para tanto, o documento traz 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e 169 metas a serem cumpridas até o ano de 2030. Integrados e indivisíveis, os Objetivos se desdobram em dimensões ligadas ao desenvolvimento econômico, social e ambiental, almejando concretizar os direitos humanos de todos, alcançar a igualdade de gênero e o empoderamento feminino. “Afora os compromissos e propostas mais voltadas ao todo, a Agenda 2030 traz, também, sugestões que, direta ou indiretamente, se relacionam com o universo da cultura e dos patrimônios”, comenta a Gerente Geral do Paço do Frevo, Nicole Costa. “Neste sentido, Objetivos do Desenvolvimento Sustentável como ‘Assegurar a educação inclusiva e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos’ estão totalmente relacionados às missões de instituições museais ligadas ao patrimônio, como o Paço do Frevo. De igual forma, a Agenda 2030 contém itens ligados diretamente ao patrimônio, como ‘Fortalecer esforços para proteger e salvaguardar o patrimônio cultural e natural do mundo’”, complementa. Serviço: Data: 18/08/2020 Hora: 14h Local: Plataforma Virtual - link para acesso será enviado mediante inscrição prévia, sujeito a lotação Inscrições gratuitas até o dia 14/08 através do link: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSemQ2X_DSQ41iiQl2xth-6GE39C-3Qh0B92n9Xt8LLdk_ySDw/viewform?usp=sf_link

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Pequeno Encontro de Fotografia terá edição virtual em 2020

Após cinco edições ocupando ruas, praças e diversos espaços culturais no Sítio Histórico de Olinda, o Pequeno Encontro de Fotografia terá uma edição virtual em 2020, realizada de 31 de agosto a 4 de setembro, com o tema A Insustentável Leveza da Fotografia. A mudança ocorre para que palestras, oficinas, leituras de portfólio, exposições, projeções e o Espaço do Livro possam continuar reunindo fotógrafos, pesquisadores, curadores e outros interessados na fotografia, mesmo com as medidas de isolamento social necessárias para o enfrentamento da Covid-19. As atividades ganharão páginas específicas no site do evento. A pandemia também está relacionada a outra mudança na realização do festival este ano. Com as alternativas de financiamento direto suspensas, os idealizadores do evento, Eduardo Queiroga, Maria Chaves e Mateus Sá, lançaram uma campanha de financiamento coletivo. A primeira meta já foi alcançada, cobrindo os custos básicos, mas a campanha Pequeno em Casa 2020 continua aberta, para que seja possível ampliar ações sociais, remunerar a equipe com valores simbólicos e melhorar o cachê dos convidados. Ao falar sobre o processo de escolha do tema que norteia esta edição do festival, os idealizadores do Pequeno Encontro de Fotografia avaliam: “O mundo já estava ruindo, com dificuldade de se sustentar em pé, quando seus habitantes foram tomados por um estado de suspensão. A pandemia do coronavírus aumentou os contrastes, impôs à nossa visão contornos mais nítidos de desigualdades que já sofríamos e nos convidou à reflexão”. “Como a imagem tem sido utilizada para escancarar a vulnerabilidade humana, sustentar sobrevivências e inspirar a construção de novos mundos possíveis?” e “Como a imagem tem atravessado a nossa existência a ponto de tornar-se essencial para expressar a situação de toda a sociedade?” foram algumas das perguntas que surgiram durante as reuniões virtuais feitas pelo trio e que devem se desdobrar em vários outros questionamentos durante as atividades propostas para este ano. PALESTRAS Entre elas estão as palestras, que compõem a programação noturna do evento. A primeira delas é realizada na terça-feira (1/9), com o fotógrafo Pio Figueiroa (PE). Na quarta-feira (2/9), é a vez do fotógrafo Joelington Rios (MA). A terceira palestra é a da fotógrafa Cristina De Middel (Espanha), na quinta-feira (3/9). PROJEÇÕES E EXPOSIÇÕES Antes de todas as palestras, e da live de encerramento marcada para a sexta-feira (4/9), serão exibidos trabalhos selecionados por meio da Convocatória para Projeções. As pessoas ou grupos podem escrever imagens fotográficas, ensaios completos, obras em processo, performances e vídeos. A temática é livre, mas os realizadores gostariam que houvesse um diálogo com o tema desta edição. Até 20 trabalhos serão selecionados neste ano para as exibições. Já pela Convocatória para Exposições serão escolhidos até 12 trabalhos para serem mostrados virtualmente, até o dia 30 de setembro, no site do evento. As duas convocatórias estão com inscrições abertas até o dia 17 de agosto. Os dois formulários estão disponíveis no site do evento, junto com os detalhes técnicos para envio do material. Cada participante, individual ou coletivo, pode submeter apenas uma proposta para cada categoria. OFICINAS E LEITURAS DE PORTFÓLIO O fotógrafo e professor Mariano Klautau (PA) e a curadora Rosely Nakagawa (SP) fazem as leituras de portfólio nesta edição do Pequeno. Já as oficinas deste ano serão ministradas pela artista visual Letícia Lampert (RS) e o fotógrafo Miguel Chikaoka (SP). Os temas são, respectivamente, Fotografia nas Artes Visuais: Práticas Contemporâneas (com vagas esgotadas) e Minilab Fototaxia: em busca do elo perdido. Estas atividades tiveram acesso gratuito nas edições anteriores do festival, com parcerias que envolviam ONGs, escolas públicas e associações. Em 2020, os realizadores do Pequeno sentiram a necessidade de reservar parte das vagas das oficinas e leituras de portfólio para serem oferecidas como recompensas da campanha de financiamento coletivo. Quem contribuir vai garantir bolsas para estudantes selecionados junto a projetos socioculturais. PROGRAMAÇÃO SEGUNDA-FEIRA (31/8) 19h30 Projeções + Espaço do Livro TERÇA-FEIRA (1/9) 9h às 12h Leituras de portfólio Com Mariano Klautau (PA) ou Rosely Nakagawa (SP) Bio: Mariano Klautau é artista, pesquisador em arte e fotografia, professor e curador independente. Doutor em Artes Visuais pela ECA/USP e mestre em Comunicação e Semiótica pela PUC/SP. Professor da Universidade da Amazônia – UNAMA, Belém. Curador do Prêmio Diário Contemporâneo de Fotografia, em Belém e da mostra Antilogias: o fotográfico na Pinacoteca, em São Paulo, onde foi consultor de fotografia nos anos de 2016 e 2017. Como artista participou das mostras: Viagem à Aurora de Um Novo Mundo – Galeria b_arco – SP (2020), Triangular: arte deste século - Projeto Aquisições Recentes - Casa Niemeyer – Brasília – DF (2019/2020), Feito poeira ao vento – Fotografia na Coleção MAR – RJ (2017/2018), Cidades invisíveis – MASP – SP (2014), Finisterra (individual) – Fauna Galeria – SP (2010) e Fotoclub – Montevideo – Uruguay (2009), Bienal del Fin Del Mundo - Ushuaia – Argentina (2007), Desindentidad – IVAM -Valência – Espanha (2006), IX Bienal de Havana (2006) entre outras. Possui obras nos acervos: Museu de Arte Moderna - MAM de São Paulo, Museu de Fotografia de Curitiba, Coleção Joaquim Paiva – RJ, Coleção Pirelli/MASP – SP, MAR – Museu de Arte do Rio – RJ, entre outros. Bio Rosely: Rosely Nakagawa nasceu em 1954 em São Paulo, Brasil onde vive e trabalha. É graduada em Arquitetura pela FAUUSP em 1977. Fez especialização em Museologia pela USP em 1978/80 e em Comunicação e Semiótica pela PUC_SP em 2005. Como curadora, atuou como: Curadora e gestora Cultural do Armazém Cultural 11 Santos SP desde 2015; Coordenadora de projetos de fotografia FUJIFILM 2013; Curadora da FNAC Brasil desde 2004; Curadora da Casa da Fotografia FUJI 1994 a 2013; Curadora e Festival de mídia eletrônica VideoBrasil 1982 a 2002; Curadora do Espaço SENAC Escola de Comunicações e Artes 1994 a 1998; Curadora e Coordenadora Geral de Projetos do Núcleo Amigos da Fotografia NAFOTO de 1990 a 1997 , no qual realizou o I , II e III Mês Internacional de Fotografia e Seminário Internacional da Fotografia (93, 95, 97 respectivamente); Curadora do Espaço Cultural CITIBANK de 1987 a 1991;

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Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa recebe os últimos ajustes para abertura

Da Prefeitura do Recife O Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa (HECPI), em Areias, está quase pronto e será entregue ainda este ano pela Prefeitura do Recife. Nesta segunda-feira (10), data em que o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos completaria 55 anos, o prefeito Geraldo Julio visitou a obra, na Avenida Recife, onde foram investidos aproximadamente R$ 25 milhões de recursos municipais. Além do estágio avançado das obras, em fase final de conclusão, o Hospital Eduardo Campos já está recebendo equipamentos dos leitos desativados na reorganização da rede de hospitais de campanha da pandemia da covid-19. Este é o segundo hospital erguido pela atual administração, seguindo o sucesso do Hospital da Mulher do Recife Dra. Mercês Pontes Cunha, localizado no Curado, sem contar com os hospitais de campanha erguidos pela PCR em 45 dias, durante a pandemia. “É claro que todos nós preferíamos que Eduardo estivesse aqui conosco presencialmente, mas tudo o que ele viveu, tudo o que ele realizou e o que ele representa ficaram de legado e inspiram, hoje, muitas pessoas a continuarem fazendo o que ele sempre fez: combate à injustiça social e à desigualdade, além de oferecer oportunidade a quem não tem oportunidade. Agora, aqui no Hospital Eduardo Campos, a pessoa idosa vai ter direito a um atendimento de muita qualidade no SUS”, disse o prefeito. Quando estiver funcionando, o HECPI terá capacidade para realizar, por mês, aproximadamente, oito mil consultas médicas e não médicas (como as de enfermagem e farmacêuticas, por exemplo). Serão 72 leitos, sendo dez de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). No local a população terá especialidades como cirurgia geral, vascular e plástica; geriatria, gerontologia, neurologia e outras. No local, serão ofertados exames de patologia clínica, biópsia/punção, ultrassonografia, ecocardiografia, eletrocardiograma, eletroencefalograma, eletrocardiografia, endoscopia, entre outros. Além do cuidado com os pacientes, o HECPI também terá um papel importante na formação e aprimoramento de profissionais de saúde, formação de cuidadores e na orientação de familiares e outros acompanhantes. A unidade fará parte de uma rede de cuidados e atenção integral à pessoa idosa, desde a atenção básica à especializada, promovendo a articulação e integração de ações com as demais políticas, funcionando como um centro formador e de referência para boas práticas na atenção à pessoa idosa e contribuindo para o envelhecimento saudável do cidadão recifense. O Hospital Eduardo Campos da Pessoa Idosa em números - Investimento de cerca de R$ 25 milhões - 8 mil m² de área construída - 72 leitos, com 10 UTIs - 13 consultórios - 4 Salas de Cirurgia - 8 mil consultas por mês - 700 internações por mês - 500 cirurgias por mês - 400 profissionais de saúde, sendo 70 médicos

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Fundaj recebe acervo de Miguel Arraes

Cerca de 30 mil itens compõem o acervo do advogado e ex-governador de Pernambuco por três vezes Miguel Arraes de Alencar (1916-2005). São fotografias, peças de arte, manuscritos, cartas, registros pessoais e livros. Além de charges, recortes de jornais e uma produção que documentam sua importância para a História. Considerado, em 2013, Patrimônio Cultural de Pernambuco, a herança documental e intelectual de um dos maiores políticos do País foi doada à Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) pelo Instituto Miguel Arraes. Dia 13, próxima quarta-feira, são celebrados os 15 anos do seu falecimento e 6 anos da morte de Eduardo Campos, seu neto. “Uns lutam sempre, esses são para sempre. É com emoção que recebemos esse importante acervo, de alguém que está no panteão dos heróis da pátria. Junto de Joaquim Nabuco, Delmiro Gouveia e outros importantes acervos preservados pela Fundaj”, afirma o presidente da Fundação, Antônio Campos, que é neto de Arraes e assinou o termo de doação do acervo juntamente com José Almino de Alencar e Silva Neto, diretor-presidente do Instituto Miguel Arraes e filho mais velho do político. O acervo estava na casa da família na Rua do Chacon, em Casa Forte. Em várias estantes, em caixas, em móveis. Está preservado. Mas, observa José Almino, precisava ir para um espaço onde fosse catalogado e disponibilizado para pesquisa do público. “São pedaços importantes da história de Pernambuco que estarão disponíveis na Fundaj. É a história do meu pai. Assinar esse termo de doação à Fundação próximo da data dos 15 anos da sua morte, no dia 13, é muito simbólico”, comenta. José Almino recorda que o pai era excelente datilógrafo. Escrevia cartas e textos na máquina de datilografia e utilizando papel carbono, o que garantiu cópias e, por conseguinte, a preservação da sua história que, agora, ficará no Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira Rodrigo Mello Franco de Andrade (Cehibra), braço documental da Fundaj, em Apipucos, bairro da Zona Norte do Recife. Onde estão as coleções de outros políticos e governadores pernambucanos, como Manoel Borba (1864-1928), Eraldo Gueiros Leite (1912-1983) e Moura Cavalcanti (1925-1994). Coordenadora do Centro de Documentação e de Estudos da História Brasileira Rodrigo Melo Franco de Andrade (Cehibra), Albertina Malta, comenta que a doação é fruto de uma conversa de alguns anos. “É uma coleção que possibilita estudos em várias linhas: sociológica, política, econômica, das relações exteriores, entre outras. A família reconhece a estabilidade da Fundação Joaquim Nabuco, uma Instituição pública, de renome, ligada à Educação. Assim, os acervos estarão aqui preservados para as futuras gerações, como os servidores e técnicos da Casa estão para trabalhar pela memória da história brasileira”, celebra a coordenadora. A história Miguel Arraes nasceu em 1916, no Araripe, município no Sertão do Ceará, era o primogênito de Maria Benigna Arraes e José Almino de Alencar e Silva, produtores rurais. Mudou-se para o Crato para concluir o Ensino Fundamental, à época ginásio, no Colégio Diocesano. Desses anos, um fato marcou muito a sua personalidade: flagrou um curral com três flagelados presos simplesmente por tentarem fugir da seca para Fortaleza. Lembrava dessa fase da vida e dizia: “É uma lembrança que guardo para sempre. Era um horror difícil de compreender e marcou meu jeito de ver as coisas.” Aos 17 anos, foi aprovado para Faculdade de Direito da Universidade do Brasil (atual UFRJ) e, simultaneamente, aprovado no concurso para escriturário do Instituto do Açúcar e do Álcool (IAA), no Recife. Após a posse no cargo, conseguiu a transferência para a Faculdade de Direito do Recife, incorporada posteriormente a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Formou-se em 1937. Sua carreira política começou em 1948, quando assumiu a Secretaria de Fazenda do Estado de Pernambuco, por indicação do advogado, historiador, jornalista, escritor e político, Alexandre José Barbosa Lima Sobrinho, que governou Pernambuco de 1948 a 1951. Barbosa Lima Sobrinho, como era conhecido, havia trabalhado com Miguel Arraes no IAA. Família Miguel Arraes casou-se pela primeira vez com Célia de Sousa Leão, de tradicional família pernambucana, descendente do Barão de Vila Bela. O casal teve oito filhos José Almino de Alencar e Silva Neto (1946), Ana Lúcia Arraes de Alencar ( 1947), Carlos Augusto Arraes de Alencar (1950), Miguel Arraes de Alencar Filho (1953), Marcos Arraes de Alencar (1956), Maurício Arraes de Alencar (1956), Carmen Sílvia Arraes de Alencar (1957) e Luís Cláudio Arraes de Alencar (1959). Após a morte da primeira esposa, em 1961, casou-se com Maria Magdalena Fiúza Arraes de Alencar, com quem teve mais dois filhos: Mariana Arraes de Alencar (1963) e Pedro Arraes de Alencar (1966). Entre seus inúmeros netos, destacam-se Eduardo Campos, governador de Pernambuco por duas vezes e falecido em um acidente aéreo em 13 de agosto de 2014, mesma data do avô, Antônio Campos, advogado, escritor, membro da Academia Pernambucana de Letras e presidente da Fundaj, Marília Arraes, deputada federal -PE, e Luisa Arraes, atriz.

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Temos uma reforma tributária em curso? (por Luiz José de França)

Por Luiz José de França* A proposta encaminhada pelo Sr. Ministro da Economia ao Congresso Nacional vem sendo alardeada como uma proposta de reforma tributária em sentido amplo. Mas temos de fato, uma proposta de reforma? Ao nosso sentir, não. Temos uma nova regra, com pretensa uniformidade, que cuida de tributos indiretos. O PL 3887/2020 cria a CBS. Na regra apresentada, a CBS excluirá da sua base de cálculo o ISS, o ICMS, a própria base do CBS e as hipóteses de não cobrança do CBS nos chamados descontos incondicionais (que são dados “no pé da nota” em forma de acréscimo de bens ao total adquirido ou em forma de descontos de pontualidade). É preciso que se observe que tais “exclusões” já estavam sendo feitas – seja por decisões judiciais, seja por entendimentos do CARF (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, órgão do Executivo, vinculado à estrutura do Ministério da Economia e encarregado da analise das defesas administrativas e soluções de consulta) – nas matérias supramencionadas, de modo que a União “assina” a própria rendição nesses temas. Noutra ponta, mantém pontos todos comuns à “não cumulatividade” dos antigos PIS/COFNS e IPI, os “fundidos” na criação do CBS. Para não nos estendermos muito, basta que observemos pontos como a cobrança antecipada dos combustíveis, ao adquirente de mercadoria que proceda do exterior, ao encomendante e ao depositário fiel entre outros – que são exatamente os mesmos tópicos e pontos – entre vários – da do chamado PIS e COFINS monofásico, no qual alguém no topo da cadeia antecipa por todo o restante a apuração do tributo e de algumas hipóteses do IPI. Um ponto a mais. O notório aumento da carga fiscal, que sai de 3.65 % e 9,25% - respectivamente no lucro presumido e real, para 12%. Essa “pequena” oscilação para mais, traz as seguintes consequências ao mercado como um todo (já considerando as exclusões propostas no PL), com base em estudos feitos por diversos escritórios de advocacia e controllers com experiência em tributação e planejamento fiscal: Aumento real sobre PIS e COFINS nos seguintes segmentos: Hospitais sai de 3.54% para 9% - aumento de 154% Industria lucro real sai de 5,08% para 6,33% - aumento de 25% Industria no lucro Presumido sai de 3,10% para 6,33% - aumento de 104% Comercio no lucro real sai de 2,77% para 4,08% - aumento de 47% Comercio no lucro presumido sai de 3,10% para 4,08% - aumento de 32% Serviço no lucro real sai de 6,93% para 8,03% - aumento de 16% Serviço no lucro presumido sai de 3,54% para 8,03% - aumento de 127% Informática / hotel sai de 3,54% para 7,62% - aumento de 115% O dilema que se coloca é: vale apenas simplificar para aumentar a carga? A ideia da simplificação – numa efetiva reforma tributária – precisa passar por pontos que estão ao largo de toda a atual discussão deste tema no Brasil. É preciso discutir as premissas e a distribuição da tributação. Este ponto passa por uma revisão do pacto federativo, a fim de possibilitar o avanço do tributo comum aos estados e municípios com critérios objetivos, o que torna absolutamente contraproducente a criação de tributos de mesma natureza com repartições distintas, o que na prática viola dispositivos expressos da Constituição Federal – notadamente o das competências tributárias. O IR imposto de renda e a CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) são os mais importantes tributos de qualquer (Res)pública que vem sendo tratados no Brasil, desde os anos 70 do século passado, como um apêndice. Uma fonte de regressividade e distorções. É preciso discutir tributação das empresas de forma mais objetiva, com menos critérios de exclusão e com uma progressividade real, sem obviamente tributar os lucros reinvestidos na atividade produtiva. Além de assegurar fontes efetivas de parcela desta arrecadação para dotar o Estado brasileiro com políticas públicas críveis, à luz da Constituição Federal. Outro problema é o entulho administrativo, como as multas: 20% por atraso na entrega das declarações de costume (DCTF’s, Declarações de IRPJ, etc..) e pela falta do efetivo pagamentos nos vencimentos;1% sobre o total das receitas financeiras do ano anterior no caso do atraso da entrega das ECD’s. Sem falar das multas de ofício de 50%, 75% e 225% sobre o valor do principal quando desde o simples não acatamento de compensação realizada, as multas simples e qualificadas supramencionadas no caso de auto de infração. Como poderão ser simplificadas a alteração e a criação de um sistema justo quando a interpretação da norma fiscal é vista como um risco ao sistema e de maneira absolutamente incompatível, aplicando-se a velha dosimetria do direito penal aos planejamentos fiscais e erros de lançamento? É preciso caminhar com propostas que tragam ao lume do legislador (que deverá aperfeiçoá-las, por certo) elementos da economia, de finanças, da conjuntura, de que Estado queremos e qual o seu tamanho – que permitam consagrar princípios constitucionais, redefinir todo o processo administrativo fiscal e torná-lo mais simples. Bem ao revés do que se tem feito (vide discussão da Substituição Tributária – no caso do ICMS pelos Estados – sem a desoneração da cadeia posterior e aspectos do voto de qualidade no CARF). Simplificar e manter “jabuticabas” não contribuirá seguramente para o ambiente de negócios do País e para acelerar a transparência, a eficiência e a previsibilidade. Elementos essenciais de qualquer República. *Advogado, consultor tributário, sócio do Escritório França Advogados Consultoria Jurídica e Advocacia.

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Em meio à pandemia, SegurPro contrata mais de 120 funcionários em PE

A SegurPro, empresa do Grupo Prosegur, contratou 121 novos colaboradores por meio de processo 100% digital em Pernambuco, em meio à pandemia do Covid-19. Entre os cargos contratados estão vigilante patrimonial, porteiro, recepcionista e operador de monitoramento. Durante o primeiro semestre de 2020, a empresa já contratou mais de 5000 funcionários em todo o Brasil. Desde 2018 a companhia aderiu ao processo de seleção 100% digital. As vagas são divulgadas pelos meios de comunicação digital inclusive pelas redes sociais do Grupo e o candidato interessado é direcionado para a página do Trabalhe Conosco onde pode preencher seu cadastro. Em seguida, já na plataforma EasyRecrue, os candidatos realizam a gravação de uma vídeo entrevista, com questões direcionadas e específicas para cada uma das vagas. Desde que foi implantado na empresa, a plataforma já recebeu mais de 210 mil cadastros. Com o candidato já aprovado inicia-se a jornada de admissão digital, quando todos os documentos são enviados virtualmente e inclusive o processo de assinatura dos contratos é feito de forma digital. “O processo completo de contratação digital acelerou ainda mais o processo de inovação dentro da companhia, mas o RH precisa ir além disso, precisamos garantir a experiência e a satisfação dos candidatos e futuros colaboradores. Alguns candidatos que estão em situação de desemprego muitas vezes tem restrições financeiras para se locomover, para o transporte até o local da entrevista. Com essa iniciativa conseguimos, além de acelerar o processo de contratação, ser mais eficientes e otimizar também o tempo e os custos do possível colaborador”, explica Marcelo Rucker, diretor de Recursos Humanos da SegurPro.

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