Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 306 De 442

Rafael Dantas

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Crítica| Adú (Netflix)

Em meio às dificuldades enfrentadas por refugiados em diversas partes do mundo, inclusive aqui no Brasil, o debate sobre o tema se torna cada vez mais necessário, não importa em qual canal, inclusive na sétima arte. No intuito de aquecer esse debate, chega à Netflix o filme espanhol Adú, que tem como protagonista um garoto africano e sua difícil jornada até a Espanha. Na história, Adú (Moustapha Oumarou) e a irmã, Alika (Zayiddiya Dissou), são obrigados a fugir da vila onde moravam, no extremo norte da África, após testemunharem o assassinato de um elefante por caçadores de marfim. Sua mãe é morta e agora terão de ir à Espanha ao encontro do pai. No caminho, Adú encontrará um fiel parceiro, o jovem Massar (Adam Nourou).     No entanto, a jornada de Adú não é a única do filme. Além do conflito enfrentado pelo personagem central, temos também outros dois. O do guarda civil, Mateo (Álvaro Cervantes), que é acusado junto com outros oficiais pela morte de um imigrante e o de Gonzalo (Luis Tosar), um agente florestal que enfrenta problemas de relacionamento com a filha Sandra (Anna Castillo). O grande problema de Adú é o excesso de tramas, que tira o foco e enfraquece o arco principal. Seria até justificável se, na conclusão, essas histórias se conectassem, interligando todos os arcos e amarrando bem o roteiro. No fim, esse encontro acontece, mas de forma forçada, apenas para justificar a grande salada de tramas.   Inspirado em histórias reais Adú é dirigido pelo experiente diretor espanhol, Salvador Calvo. O cineasta contou em entrevista ao SensaCine, um portal espanhol de notícias sobre cinema e séries, que se inspirou em pessoas que conheceu quando foi voluntário da CEAR (Comissão Espanhola de Ajuda aos Refugiados). Histórias como a do próprio Massar, um adolescente da Somália, que sofria abusos do tio.

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Aeroporto do Recife recebe voo inaugural da Azul vindo do Santos Dumont

O Aeroporto Internacional do Recife/Guararapes - Gilberto Freire, administrado pela Aena Brasil, recebeu na manhã dessa terça-feira (7) o voo inaugural da Azul Linhas Aéreas vindo do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. A nova frequência diária sai do terminal carioca sempre às 8h30, chegando à capital pernambucana às 11h20. No sentido contrário, os voos partem às 18h20 e chegam às 21h20. Antes, a companhia aérea oferecia ligação com o Rio de Janeiro pelo Aeroporto do Galeão,localizado na Ilha do Governador, que fica mais distante do Centro da cidade, onde se localiza o Santos Dumont. Além da Azul, é possível partir do Aeroporto Internacional do Recife com destino ao Aeroporto Santos Dumont pela Gol Linhas Aéreas. O novo voo da Azul será operado por um avião Airbus A320neo, que tem capacidade para 174 passageiros. Sobre a Aena Brasil Aena Brasil é a marca registrada da companhia espanhola Aena, considerada pelo Conselho Internacional de Aeroportos como a maior operadora aeroportuária do mundo em número de passageiros, com mais de 275,2 milhões em 2019 na Espanha. Desde começo de 2020, administra a concessão de seis aeroportos da região Nordeste: Recife (PE), Juazeiro do Norte (CE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB), Aracaju (SE) e Maceió (AL). Em 2019, os seis aeroportos somaram 13,7 milhões de passageiros. Na Espanha, opera 46 aeroportos e 2 heliportos. É acionista controlador, com 51%, do aeroporto de Londres-Luton no Reino Unido, além de gerenciar aeroportos no México (12), Colômbia (2) e Jamaica (2), que totalizaram um volume de passageiros de 78,2 milhões em 2019. Além disso, presta serviços de consultoria para clientes estratégicos como a Companhia de Aeroportos de Cuba - ECASA.

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Fundaj recebe doação de livros do acervo de Maximiano Campos

“Tive o privilégio de figurar entre as pessoas mais próximas de Maximiano no dia a dia profissional”, destacou o historiador Frederico Pernambucano de Mello, que participará da entrega do acervo do falecido escritor recifense Maximiano Campos (1941-1998) à Biblioteca Blanche Knopf, vinculada à Fundação Joaquim Nabuco. O encontro virtual no canal da Fundaj no YouTube, marcado para as 17h de hoje (8), contará com a presença do presidente da Fundaj, Antônio Campos, filho de Maximiano, além da coordenadora da biblioteca, Nadja Tenório Pernambucano. Bacharel em direito, Maximiano foi um dos intelectuais que ajudaram a fundar a Fundaj. Publicou 17 livros e trabalhou como cronista no jornal Diario de Pernambuco. “Neste ano, no Dia do Leitor (7 de janeiro), dei a biblioteca do meu pai Maximiano (Campos) ao acervo da Fundaj. A coleção é extensa, com mais de 5 mil livros catalogados, além de objetos, antigas comendas e outros arquivos. A Fundaj ganhou um grande patrimônio”, declarou Antônio Campos. Ex-superintendente do Instituto de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco, o escritor recifense Frederico Pernambucano de Mello, 72 anos, conviveu com Maximiano Campos na própria Fundaj. Uma amizade iniciada na década de 70. “Max - como os amigos o chamavam nesta Casa - era homem das chamadas letras artísticas. Para ele, literatura não era apenas a arte da palavra. Era também cultura”, ressaltou Frederico Pernambucano de Mello. “Cada um fala de seu tempo. No de Max, que foi também o meu, iniciado em 1972, quando éramos 80 servidores e passávamos de autarquia a fundação, o privilégio ia além do norte intelectual dado pessoalmente por Gilberto Freyre, gabinete aberto a cada fim de tarde para troca de ideias e sugestão de linhas de estudo, com aquele domínio de bruxo que Gilberto possuía sobre o tempo”, completou. Com uma formidável bagagem de atividades significativas na vida cultural do Estado de Pernambuco, Maximiano visitava raízes, projeções, grandezas e misérias. Ele deixou um legado em romances, novelas, contos, poesias e até um frevo. “A sua saliência não despontou no deserto, coisa fácil de acontecer em razão do contraste fácil, deu-se em meio a uma constelação de talentos, o que é façanha. Que a biblioteca, ora apropriada, chame ao presente novos exames do que foi sua contribuição a esta Casa e à inteligência da região”, pontuou Frederico. De acordo com Nadja Tenório, nesse primeiro momento serão doados livros. Ela, inclusive, fez uma visita técnica à casa de Maximiano, no mês de janeiro deste ano. Em agosto de 2018, a Fundaj homenageou Maximiano Campos. Na ocasião, o evento simbolizou os 20 anos do falecimento do escritor, sendo colocada uma placa no Edifício Paulo Guerra, no campus Casa Forte. Serviço Tema: doação de livros do acervo de Maximiano Campos Data: 8 de julho Horário: 17h Transmissão: canal da Fundaj no YouTube

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Pandemia pode acelerar adoção de bioenergia

As mudanças em curso na sociedade por causa da pandemia do novo coronavírus podem gerar transformações permanentes, inclusive acelerando a adoção da bioenergia. Essa foi uma das conclusões do webinar “Biomass and Sustainability”, ocorrido no dia 25 de junho e disponível no YouTube. O evento foi o primeiro webinar organizado no âmbito do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN). “A pandemia do novo coronavírus impôs rápidas mudanças que talvez se tornem permanentes. Mudanças no comportamento da sociedade, do perfil de gastos, das prioridades políticas e mesmo do funcionamento da economia”, disse Marco Antonio Zago, presidente do Conselho Superior da FAPESP, na abertura do webinar. “Ao final desse período agudo, talvez o resultado seja acelerar e concentrar, em um período de tempo muito curto, mudanças globais que já estão ocorrendo. Uma dessas tendências é a substituição das fontes não renováveis de energia por alternativas como a bioenergia”, afirmou. Luiz Eugênio Mello, diretor científico da FAPESP, ressaltou que o programa de bioenergia da FAPESP é um sucesso não apenas pelos 10 anos de existência e mais de 400 projetos e mais de 200 empresas financiadas. Segundo Mello, a iniciativa é bem-sucedida por gerar conhecimento que contribui para o desenvolvimento da área, mas também pelos resultados na implementação do uso da bioenergia. “Sabe-se das discussões entre Nikola Tesla e Thomas Edison sobre a forma que a energia poderia ser mais bem armazenada e transmitida para os consumidores. Essa é uma mostra de que nem sempre a melhor solução vence. Sempre há um aspecto de quão bem posicionado estão os diferentes atores. Esse evento contribui para que as melhores soluções prevaleçam”, disse. Liderança brasileira Glaucia Mendes Souza, coordenadora do BIOEN, lembrou que o programa começou em 2009 e hoje a bioenergia tem sido, cada vez mais, vista como um componente essencial da matriz energética brasileira, que já tem 42% de fontes renováveis. “A bioenergia tem de ser expandida de forma a mitigar as mudanças climáticas e permitir o desenvolvimento sustentável. É a única opção disponível para a substituição de combustíveis fósseis para muitos setores da economia”, disse. A pesquisadora lembrou que não há outro país no mundo além do Brasil com uma população maior que 6 milhões de habitantes que tenha uma matriz energética com mais de 40% de renováveis. Um dos componentes-chave que contribuíram para tal cenário foi a longa tradição de produzir açúcar no interior, mas também a capacidade de produzir hidroeletricidade e, mais recentemente, etanol, eletricidade a partir da queima do bagaço da cana-de-açúcar e biodiesel. “Outro componente-chave é a forte pesquisa no tema. O Brasil é o líder em publicações nesse campo, então somos muito gratos à robusta comunidade de cientistas que tem trabalhado nesse assunto por tantos anos”, disse. Segundo Souza, um importante resultado do BIOEN foi aumentar a articulação entre pesquisadores em estudos transdisciplinares, o que impactou diretamente a qualidade de políticas públicas geradas no setor. Ela citou as pesquisas que deram origem ao primeiro motor flex desenvolvido no Brasil, em 2003, além dos avanços em genômica que permitiram que, no fim do ano passado, fosse publicado o genoma mais completo até então de um cultivar comercial de cana-de-açúcar (leia mais em agencia.fapesp.br/32090/). O evento teve ainda a participação dos outros membros da coordenação do BIOEN, Luis Cassinelli, Rubens Maciel Filho, Heitor Cantarella e Luiz Augusto Horta Nogueira. Os outros palestrantes foram Stephen Long, pesquisador da University of Illinois Urbana-Champaign (UIUC), nos Estados Unidos; Renato Godinho, da Plataforma Biofuturo, do Ministério das Relações Exteriores, e Marcelo Morandi, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente. O webinar completo pode ser visto em: www.fapesp.br/14294. André Julião | Agência FAPESP –

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Municípios de baixo IDH terão banda larga móvel da TIM

Da Agência Brasil A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Telecom Italia Mobile (TIM), empresa de telefonia móvel de capital italiano, firmaram um termo de ajustamento de conduta (TAC) que converte multa de R$ 639,9 milhões, aplicada pela agência reguladora, em investimentos que a companhia deverá fazer para ampliar o acesso à internet, por meio do serviço de banda larga móvel com tecnologia 4G. Segundo a Anatel, a estimativa é de que três milhões de pessoas serão beneficiadas. A banda larga atingirá cidades com Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), abaixo da média nacional (0,761) nos estados do Norte, Nordeste, Minas Gerais e Goiás. Os municípios escolhidos têm menos de 30 mil habitantes. Em Pernambuco, os municípios de Aliança Afrânio, Brejinho, Calumbi, Carnaubeira da Penha, Cortês, Ibirajuba, Ingazeira, Itacuruba, Maraial, São Benedito do Sul, Solidão, Vertente do Lério foram escolhidos para receber o investimento. O IDH é um indicador criado pelas Nações Unidas (ONU) que mede o bem estar da população a partir da renda, atendimento à saúde e acesso à educação.  O TAC terá vigência de quatro anos. Até a metade do período, 80% da infraestrutura deverá estar instalada. A assinatura do TAC foi comemorada pelo ministro das Comunicações, Fábio Farias. "Ainda temos o desejo de atingir 40 milhões de brasileiros sem cobertura”, declarou. Segundo nota da Anatel, Farias classifica como urgente alcançar um quinto do território nacional sem internet de banda larga. Para o presidente da Anatel, Leonardo Euler, assinala que o acesso à internet trata vantagens econômicas para as cidades “[Vai] Gerar mais negócios, mais renda e dinamizar a economia nesses locais." A lista de municípios que serão alcançados, os processos administrativos que resultaram em multa e a memória de cálculo para o estabelecimento do TAC estão disponíveis no site da TIM.

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Setor nacional da cachaça prevê retração acima de 21% em 2020

Da Agência Brasil Pesquisa de mercado Euromonitor International estima para o setor da cachaça no Brasil terá queda de 21,7% em volume total, incluindo vendas em supermercados, bares e restaurantes, em função da pandemia do novo coronavírus. Antes da crise, o setor previa expansão de 1,5%.  O diretor executivo do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac), Carlos Lima, admitiu que o cenário pode ser ainda pior, uma vez que o estudo do Euromonitor projetava uma quarentena de dois meses e meio, para uma queda do Produto Interno Bruto (PIB, que é a soma dos bens e serviços produzidos no país) em torno de 5%. Mas a pandemia já está se estendendo por quase quatro meses, sem ainda definição para um retorno à normalidade, e os economistas indicam para o PIB retração superior a 9%. “A gente acha que pode ter um cenário ainda mais pessimista”, concordou Lima. Outras empresas de pesquisa de mercado colocam que o consumo de bebidas alcoólicas no mundo deve cair cerca de 12% em 2020 e que uma retomada aos patamares anteriores só acontecerá em 2024. “É para mostrar quanto o segmento de bebidas alcoólicas mundialmente vem sendo impactado pela questão da pandemia, da covid”, disse o diretor executivo do Ibrac. Para enfrentar a pandemia, as empresas do setor nacional de cachaça têm adotado diferentes estratégias para continuar produzindo durante a pandemia. “Dependendo do estado e do porte de empresa, foram estratégias diferentes”, disse Lima. O Ibrac teve casos de empresas do setor que paralisaram suas atividades. Estudo feito pela entidade estima que mais de 65% das empresas tiveram redução superior a 50% das vendas. “Tudo depende do porte da empresa, do canal que a empresa tinha como seu principal canal de vendas. Por exemplo, empresas que focavam muito a venda em bares e restaurantes, com o fechamento desses empreendimentos as vendas praticamente acabaram e tiveram que focar em outros pontos de venda, como supermercados e atacadistas”. MPMEs O setor é formado, em sua maioria, por micro, pequenas e médias empresas. Muitas delas não trabalhavam com o comércio eletrônico e tiveram que se estruturar para fazer vendas pela internet. “Tem sido um trabalho de reinvenção do setor para conseguir sobreviver, assim como os demais setores, nesse momento de pandemia. Cada empresa seguiu um caminho diferente para tentar se reinventar nesse momento”. O setor da cachaça respondia pela geração de 600 mil empregos diretos e indiretos. O número de postos de trabalho caiu, entretanto, durante a pandemia da covid-19, admitiu Carlos Lima. O Ibrac, entretanto, ainda não tem estimativa de quanto a pandemia afetou o setor, na área do emprego. Com a crise, várias empresas foram obrigadas a demitir funcionários, outras fizeram redução de jornada e, consequentemente, de salários, para tentar atravessar a crise. Muitas pequenas e médias empresas ficaram na expectativa do apoio do governo federal por meio do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). “Muitas empresas buscando linhas de financiamento e de crédito através do Pronampe para poderem sobreviver e manter um mínimo de estruturas básicas”. São 951 produtores de cachaça e 611 de aguardente registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, distribuídos em 835 municípios, segundo o estudo A Cachaça no Brasil - Dados de Registro de Cachaças e Aguardentes, lançado no ano passado pelo ministério. Volta ao consumo O diretor executivo do Ibrac analisou que a flexibilização das atividades econômicas que está ocorrendo em alguns municípios e estados, com a reabertura de bares e restaurantes, não significa uma volta à normalidade para os fabricantes brasileiros de cachaça. “Não quer dizer, necessariamente, que você vai ter uma volta do consumo nesses pontos de venda. Eu acho que a reabertura de bares e restaurantes ainda é um início que precisa ser observado como isso vai acontecer”. Para Carlos Lima, será um trabalho gradual de reconquistar consumidores. Ele diz acreditar que existe um desafio de retomada de confiança e de construção de confiança em vários setores, neste momento da pandemia. “Acho que vai ser um trabalho longo que a gente vai ter pela frente”. Lima salientou que outro grande desafio está atrelado à reforma tributária, que o governo federal quer aprovar neste segundo semestre. O tema é caro para o segmento de bebidas alcoólicas e, em especial, para os setores da cachaça e de destilados, que temem aumento da tributação, além das dificuldades geradas pela pandemia. Carlos Lima informou que o segmento da cachaça tem cerca de 70% do valor das vendas em impostos diretos, como PIS/Cofins, Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Considerando impostos diretos e indiretos, o peso para o setor alcança 82%. O diretor executivo do Ibrac afirmou que um dos caminhos para as empresas agora é investir nas vendas digitais. Ressaltou, porém, que o mundo digital, “nem de longe, vai chegar ao volume de vendas que supermercados, bares e restaurantes representam para o setor da cachaça”. Somente bares e restaurantes representam 70% das vendas da bebida. O setor da cachaça possui 7% de participação do mercado brasileiro de bebidas alcoólicas, em volume, enquanto a cerveja, primeira colocada, detém 87%. A cachaça representa mais de 72% do mercado de destilados.

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Oftalmopediatra orienta sobre cuidados com a visão das crianças na pandemia

Nesta sexta-feira (10) é comemorado Dia Mundial da Saúde Ocular. para lembrar a data, o IOR (Instituto de Olhos do Recife) alerta a população pernambucana, especialmente aos pais, sobre a importância do acompanhamento da saúde dos olhos das crianças. “Neste período de pandemia e isolamento social, em que as crianças trocaram as aulas presenciais, pela educação à distância, alguns cuidados são indispensáveis para manter a visão saudável”, explica a oftalmopediatra do IOR, Priscila Andrade. A principal orientação diante desta pandemia é reforçar a higiene das mãos, reduzindo assim a possibilidade de contágio pela Covid-19. “As crianças devem ser instruídas sobre a necessidade de lavar bem as mãos, para mantê-las sempre limpas, mesmo dentro de casa, além de evitar coçar os olhos. Se precisarem manipular os óculos ou usar colírio nos olhos, devem sempre lavar as mãos antes”, orienta a médica. Outro cuidado é com a higiene dos óculos de grau. “Embora eles sejam uma proteção mecânica, pois atuam como uma barreira para que o vírus não atinja a mucosa do olho, e dificultem que a criança toque os olhos, sem a higiene adequada, podem contribuir para a contaminação com o novo coronavírus”, alerta Priscila. Por isso, sempre ao tirar ou por os óculos as crianças devem higienizá-los com água e sabão neutro e, de preferência, secá-los com papel toalha bem macio. TELAS – O isolamento social tem intensificado o uso de aparelhos eletrônicos, como celulares, tablets, laptops e computadores, especialmente em estudos online. Frente a essa etapa, que deve se estender por mais alguns meses, no Brasil, a recomendação é que os pais monitorem e tentem controlar o tempo de exposição das crianças frente as telas. Segundo orientações da Sociedade Brasileira de Oftalmopediatria (SBOP), crianças abaixo de dois anos não devem usar nenhum dispositivo. Já para aquelas com idade entre 2 e 5 anos o tempo recomendado é de uma hora por dia e crianças acima de cinco anos, o ideal é no máximo duas horas de uso. “Como elas estão passando por um momento atípico, em que necessitam estudar de forma online, os pais podem minimizar os malefícios do uso excessivo de eletrônicos, controlando essa rotina”, explica a doutora Priscila. Uma das medidas é diluir o tempo de estudo, evitando que a criança passe horas consecutivas assistindo as aulas ou realizando as tarefas. “A cada trinta minutos de uso, eles devem dar uma pequena pausa, olhando sempre para longe, para relaxar o músculo que faz a focalização para perto. Após o estudo, se já tiver ultrapassado o limite diário recomendado, a criança não dever usar mais telas”, orienta a oftalmopediatra. Além de causar fadiga, a luz azul emitida pelos eletrônicos pode contribuir para o ressecamento dos olhos e assim gerar sintomas como ardor, queimor, sensação de corpo estranho, lacrimejamento, coceira e até mesmo embaçamento da visão. Crianças que possuem algum problema visual, que ainda não foi diagnosticado, ou até mesmo aquelas que já usam óculos ou fazem algum tratamento, com o aumento do uso das telas podem ter mais queixas neste período. “Elas podem cansar mais rápido, ter dor de cabeça ou outros sintomas, após as aulas. Então, o ideal é tentar reduzir ou pelo menos diluir a exposição, para minimizar danos”, aconselha a médica. DISTÂNCIA - Quanto à distância ideal para uso desses aparelhos, a regra é muito simples: quanto mais longe e maior a tela, melhor. “Orientamos usar o dispositivo a uma distância de 50 centímetros a um metro, entre o rosto e a tela. Se possível, deve-se se evitar assistir aulas e vídeos longos em celulares ou tablets, pois quanto menor a tela, mais próximo ao rosto o instrumento fica e mais prejuízos pode gerar aos olhos”, explica a doutora Priscila. A recomendação é usar preferencialmente o computador ou a televisão. A criança não deve esquecer de usar os óculos de grau. “Quem já tem óculos, principalmente com lentes antirreflexo que bloqueiam a luz azul, deve reforçar ainda mais seu uso, porque assim protegerá seus olhos dos danos relacionados à luz, além de gerar conforto e aumentar sua produtividade nos estudos”, indica a médica. Aos pais, a médica aconselha aproveitar esse momento de convívio mais intenso para verificar se as crianças apresentam algum sintoma relacionado à visão. “Se a criança aproximar o rosto das telas, fechar um pouco mais os olhos para conseguir enxergar, trocar letras parecidas ou, ao final dos estudos, se queixar de dor de cabeça, ficar sonolenta ou diminuir o rendimento nos estudos, os pais devem procurar, o quanto antes, um oftalmopediatra”.

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Pesquisa: presença feminina na política promove queda na mortalidade

Da Agência Brasil Em municípios com prefeitas mulheres, a taxa de mortalidade entre crianças com até 5 anos de idade é menor do que em locais onde os mandatários são do gênero masculino. O destaque é de um estudo publicado na revista Health Affairs, de autoria de pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade dos Andes e Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Entre 2000 e 2015, a taxa, calculada a cada 1 mil nascidos vivos, caiu de 25,1% para 13,6%, em 3.167 municípios analisados. Como critério de delimitação dos municípios, escolheram-se aqueles que apresentavam menos de 10% de dados faltantes. No período avaliado, a participação feminina em prefeituras foi ampliada de 4,5% para 9,7%. Para o mesmo intervalo, também observou-se a cobertura dos programas Bolsa Família e Estratégia de Saúde da Família, capazes de gerar mais proteção social. A variação foi, respectivamente, de 9,6% para 15,3% e de 25,2% para 54,7%, no âmbito municipal. Acrescentando ao cruzamento dos dados dos programas, os pesquisadores associam, ainda, a presença de mulheres no Poder Legislativo à melhora no índice de mortalidade. Para tanto, foram consideradas deputadas estaduais e deputadas federais, excluindo-se senadoras, e a conclusão também foi de que um fator influi no outro. "O fato de se ter uma mulher eleita como prefeita estava associado a uma redução significativa de mortalidade de crianças menores de 5 anos de idade, de 0,027 pontos percentuais. Além disso, o fato de se ter uma parcela de mulheres na legislatura estadual, de 20% ou mais, estava associado a uma diminuição de 0,038 pontos percentuais. E, ainda, um crescimento na parcela de mulheres eleitas na Câmara dos Deputados, de 0-9% para 10-19% ou para 20% ou mais, estava associado a uma queda na mortalidade infantil de 0,038 pontos percentuais", escrevem. O artigo ressalta, entre outros apontamentos, que "a relação entre o empoderamento de mulheres na política e saúde infantil envolve, provavelmente, caminhos distintos daqueles avaliados", mas que o percurso abarca aprimoramentos no acesso à educação e a recursos e participação no mercado de trabalho. Outra colocação feita é de que a atuação de lideranças políticas do gênero feminino também contribuem para diminuir índices como mortalidade materna, gravidez precoce, casamento infantil e para expandir a cobertura vacinal. Perfil de prefeitas brasileiras De acordo com levantamento feito pelo Instituto Alziras, que leva em conta as eleições de 2016, as prefeitas brasileiras governam para populações de municípios de menor porte - 91% delas venceram o pleito em municípios com até 50 mil habitantes - e que dispõem de orçamento mais restrito. Apesar de mais escolarizadas do que os homens e de ter experiência prévia com atividades políticas, as mulheres ocupam somente 12% das prefeituras de todo o país. As regiões onde têm mais espaço são Nordeste (16%) e Norte (15%). No Sul ocupam apenas 7% dos assentos, enquanto no Sudeste e no Centro-Oeste a proporção é de 9% e 13%. No caso das mulheres negras, a chance de conquistar um lugar é ainda menor. Somente 3% das prefeituras são comandadas por mulheres pretas ou pardas. A atenção voltada para a saúde e a educação é um elemento revelado pelo instituto, que informa que as políticas em ambas as áreas foram marcadas como prioridade por 85% das prefeitas ouvidas pela entidade. Para 32% delas, a assistência social é outro setor que merece um olhar mais cuidadoso.

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Em Pernambuco, reincidência criminal é menor entre ex-detentos que trabalham

Um levantamento realizado pela Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) aponta que o trabalho é fator fundamental para reduzir a reincidência criminal. De janeiro de 2019 a janeiro de 2020, no universo de 11.164 egressos prisionais que cumprem pena no regime aberto e livramento condicional, 717 reeducandos voltaram a cometer novos crimes, o que representa 8%. Entre os apenados que voltaram ao mercado de trabalho, apenas 18 reincidiram, o que representa menos de 1%. Os dados são extraídos pela SJDH em ação conjunta com a Secretaria de Defesa Social, são relativos à Região Metropolitana do Recife e aos municípios de Caruaru, Santa Cruz do Capibaribe e Petrolina. O Patronato Penitenciário, órgão vinculado à SJDH, é responsável por acompanhar os egressos, prestar assistência psicossocial e fomentar a ressocialização viabilizando cursos e vagas de trabalho. O número de empresas que empregam ex-detentos aumentou de 23 para 35, acréscimo de 52% no último ano. As organizações, entre públicas e privadas, juntas, abrem 1.128 postos de trabalho. Em média, as empresas privadas e os órgãos governamentais conveniados pouparam quase R$ 10 milhões. Economia gerada porque os contratos são regidos pela Lei de Execuções Penais, desobrigando os empregadores de encargos trabalhistas como 13° salário, férias e Fgts. Os convênios permitem que empresas e órgãos públicos contem com até 10% do seu quadro de funcionários, sem ocupar postos de trabalho de servidores e celetistas. Para o secretário de Justiça e Direitos Humanos, Pedro Eurico, a maioria dos reeducandos precisa de trabalho para não voltar ao crime. “Além dos convênios de empregabilidade, também temos mais de 2.500 reeducandos trabalhando como autônomos e empreendedores. Eles ganham a chance de recomeço e isso é refletido na segurança das ruas”, explica o secretário. Desde que começou a trabalhar na Defesa Civil de Olinda, Anderson Manoel, 23 anos, tem garantido o sustento de sua família. “É com o dinheiro que ganho pelo meu trabalho (um salário mínimo - R$ 1.045) que asseguro a alimentação da minha família. Parece pouco, mas para mim, significa um recomeço”, afirma o ex-detento. NOVAS VAGAS - a pandemia do novo coronavírus não impediu a abertura de novas vagas de trabalho. Cinquenta reeducandos integram, desde o dia 15 de junho, a equipe de limpeza urbana do município do Cabo de Santo Agostinho, no litoral Sul pernambucano.

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Governo vai apoiar 90 projetos de pesquisa sobre combate à covid-19

Da Agência Brasil Os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Saúde (MS) vão apoiar 90 pesquisas relacionadas à prevenção e combate à pandemia do novo coronavírus. Serão disponibilizados R$ 50 milhões para os projetos. A chamada do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) vai financiar estudos para auxiliar na compreensão do histórico da doença, nos métodos de diagnóstico, formas de prevenção, atenção à saúde e controle da pandemia. Dos recursos, R$ 30 milhões serão repassados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e R$ 20 milhões serão desembolsados pelo Ministério da Saúde. Ao todo, foram apresentadas 2.219 propostas. As 90 selecionadas contemplaram 50 instituições de ensino e pesquisa de 20 estados. Os principais temas das propostas de investigação foram prevenção e controle da covid-19 (38), atenção à saúde (17) e história da doença (10). No processo de seleção, foram considerados mérito, viabilidade técnica, experiência da equipe, adequação do cronograma financeiro, aplicabilidade ao Sistema Único de Saúde, potencial de impacto para atenção à saúde e vigilância no enfrentamento à covid-19. Entre os projetos selecionados estão: - Revacinação com BCG de profissionais da saúde atuando na pandemia de covid-19 - Desenvolvimento de testes moleculares rápidos e de baixo custo baseados em LAMP para diagnóstico da covid-19 - Uso da espectroscopia por infravermelho no diagnóstico da covid-19 - Desenvolvimento de teste rápido de detecção de partículas virais de SARS-Cov-2 enriquecidas por suporte funcionalizado com enzima conversora de angiotensina 2 (ECA2) - Avaliação de fatores clínicos, imunológicos e virológicos em pacientes infectados pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) em diferentes estados da Região Norte do Brasil - Avaliação dos riscos de profissionais de saúde que cuidam de pessoas com covid-19 - Patogenia e história natural da covid-19: uma abordagem baseada em autópsias - Impacto da pandemia de covid-19 na Saúde Mental de Crianças e Adolescentes: Fatores de Risco e Proteção - Saúde mental de profissionais de Enfermagem do Brasil no contexto da covid-19

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