Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 339 De 441

Rafael Dantas

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Sindsegnne tem nova diretoria

O Sindicato das Seguradoras Norte e Nordeste (SindsegNNE) tem uma nova diretoria que estará atuando deste ano até 2022. À frente da presidência está o executivo Ronaldo Dalcin, superintendente Comercial Varejo Nordeste da Tokio Marine. Ele aponta que os desafios da gestão são fortalecer a cultura do seguro na região e difundi-la amplamente em todos os segmentos da sociedade. “O ecossistema de seguros tem observado grandes mudanças e novas gerações estão adentrando nosso mercado, com variados perfis de consumo”, analisa Dalcin. Ele destaca que o setor tem observado aumento na procura nos últimos meses por causa da pandemia do coronavírus, principalmente para os seguros de saúde, de vida e também para os seguros contra riscos cibernéticos, já que muitas empresas precisaram se adaptar rapidamente ao teletrabalho e às novas ferramentas tecnológicas. Com sede no Recife, o Sindsegnne atua nos estados de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Maranhão, Pará, Amazonas, Acre, Roraima, Amapá e Rondônia.

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Teatro Santa Isabel celebra 170 anos com programação virtual

Casa secular, que testemunhou e emoldurou alguns dos mais importantes capítulos da história do Recife, o Teatro Santa Isabel completa 170 anos neste mês de maio, convidando os recifenses para uma celebração virtual. Com as portas fechadas e o atendimento ao público interrompido pela pandemia, um dos mais nobres e antigos espaços cênicos da capital pernambucana promoverá uma extensa programação de debates e apresentações musicais, que serão transmitidas ao vivo nas redes sociais do equipamento, único palco possível para escoar produções, mobilizações, alumbramentos e questionamentos artísticos em tempos de isolamento social. Oferecida pela Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, a programação começa nesta quarta-feira (6) e só acaba no próximo dia 27, com uma série imperdível de lives que serão transmitidas no perfil do teatro no Instagram (@teatrodesantaisabeloficial). Para celebrar a existência do equipamento histórico semeando conteúdos na quarentena, foram convidadas personalidades da cadeia produtiva e criativa da cultura, em seus vários desdobramentos e linguagens, como Rodrigo Dourado, Mônica Lira, Paula de Renor, André Brasileiro e o maestro José Renato Accioly. Eles participarão de conversas com o gestor do equipamento, Romildo Moreira, transmitidas nos próximos dias 6, 13, 20 e 27, sempre a partir das 19h, trazendo à tona questionamentos sobre o futuro dos mercados da arte pós pandemia, além claro de memórias e histórias que o Santa Isabel ajudou a contar na vida e na carreira de cada um. Os debates terão duração de 30 minutos a uma hora e ficarão disponíveis por 24h após a transmissão ao vivo no perfil do teatro. No dia 18 de maio, data exata em que a casa fez sua estreia, no ano de 1850, apresentando seu primeiro espetáculo, O Pajem de Aljubarrota, do escritor português Mendes Leal, para uma plateia de ilustres, a programação será música para ouvidos isolados. Exatos 170 anos depois, o Santa Isabel pede a seu público cativo que fique em casa e celebre a efeméride do sofá, a partir das 19h, curtindo a live celebração protagonizada pelas atrações musicais: SH (Surama Santos e Henrique Albino), Publius Lentulus, Grupo Instrumental Brasil e Chorinho da Roça, todos selecionados pelo edital do projeto Santa Isabel em Cena, que teve sua programação adiada por tempo indeterminado, em função do avanço da pandemia. Além de conteúdo, afeto não haverá de faltar nas comemorações virtuais ao teatro centenário. Para celebrar todas as histórias de amor e de arte guardadas por aquelas paredes, artistas, técnicos, produtores, público, visitantes e funcionários irão declarar seu amor e sua saudade, gravando pequenos vídeos sobre sua relação com o Santa Isabel, que também serão publicados no Instagram do equipamento ao longo de todo o mês de maio. Sobre o Teatro O Teatro Santa Isabel, cujo nome é uma homenagem à Princesa Isabel, foi inaugurado em 18 de maio de 1850, inserindo a então província de Pernambuco numa nova fase cultural. Idealizado pelo Barão da Boa Vista, teve o projeto dirigido pelo engenheiro francês Louis Léger Vauthier, que inovou na época, optando por não utilizar trabalho escravo na construção de arquitetura neoclássica. Tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 31 de outubro de 1949, o equipamento foi mais tarde eleito um dos 14 teatros-monumentos do país. Durante toda a sua história, a casa sempre esteve no centro da vida política da cidade, tendo assistido à Revolução Praieira e abrigado a campanha abolicionista e pelo advento da República. Frequentado, desde sempre, por notórias personalidades da cultura nacional, o Teatro de Santa Isabel foi cenário dos debates literários de Tobias Barreto e Castro Alves. Foi de lá que ecoou para todo o Brasil a histórica frase do abolicionista Joaquim Nabuco: “Aqui vencemos a causa da abolição”, imortalizada numa placa exibida numa das paredes do teatro até hoje. Uma curiosidade sobre o teatro é que ele chegou a ser destruído por um incêndio ocorrido em 19 de setembro de 1869, tendo sido totalmente recuperado, redimensionado e entregue outra vez ao povo pernambucano em 16 de dezembro de 1876, para em 2020, quem diria, virar de novo saudade, até que o coronavírus dê à humanidade uma merecida trégua. Sobre convidados e atrações da programação Rodrigo Dourado - Professor do Curso de Teatro do Departamento de Artes da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Doutor em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia, Mestre em Comunicação pela Universidade Federal de Pernambuco. Desenvolve pesquisa nas áreas de Performatividade e Teatro Contemporâneo; Identidades de Gênero, Sexualidade e Teatro; Estudos Queer. É também tradutor, dramaturgista e fundador/diretor do grupo Teatro de Fronteira, com atuação na cidade do Recife (PE). Venceu os prêmios Ariano Suassuna (Fundarpe/PE) e Funarte de Dramaturgia, em 2018, como texto "Terminal". Autor do livro "Bonecas falando para o mundo: identidades 'desviantes' de gênero e sexualidade no teatro" (Sesc/2017). Mônica Lira - Bailarina, coreógrafa, professora, artista da dança e produtora. Diretora do Grupo Experimental (Recife) desde sua fundação, em 1993, tendo criado mais de 20 obras de dança ao longo da trajetória do grupo, que circulou por todas as regiões do Brasil e apresentou-se ainda no Peru, Equador, Argentina, Chile, Paraguai, Portugal, Itália e Espanha. Realizou durante 10 anos o projeto social "Núcleo de Formação em Dança", com mais de 500 jovens passando pelas aulas de dança promovidas pelo Grupo Experimental através de sua metodologia. Atuante na política cultural local, foi uma das fundadoras do Movimento Dança Recife (uma articulação política com 15 anos de atuação). Já trabalhou como gestora pública na Prefeitura do Recife, no Serviço de Dança, e participou do Conselho de Cultura. Pós graduada em "Gestão e Produção Cultural" e “Especialização em Estudos Contemporâneos em Dança" pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), mestranda em dança na UFBA. Paula de Renor - Atriz, produtora e diretora da Remo Produções Artísticas desde 1983. Produziu diversos espetáculos de teatro, incluindo duas coproduções internacionais. Também atua na produção de programas para Televisão e projetos sociais ligados ao teatro. Esteve à frente, como curadora e produtora, do Janeiro de Grandes Espetáculos por 17 anos e

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Prefeitura do Recife abre 7º hospital de campanha

O prefeito Geraldo Julio entregou, na manhã desta terça-feira (5), o sétimo hospital de campanha municipal construído para atender a crescente demanda provocada pela pandemia de covid-19. Com a entrega do Hospital Provisório Recife 3 (HPR 3), na Imbiribeira, a Prefeitura do Recife coloca em funcionamentos todos os hospitais de campanha previstos no Plano Municipal de Contingência Covid-19, ultrapassando a marca de mais de mil leitos municipais criados para atender os pacientes com Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) em 40 dias. “Este é o Hospital Provisório Recife 3, aqui na Imbiribeira. Aqui, são 107 leitos que marcam a conclusão do plano de obras da Prefeitura. Sete hospitais de campanha foram concluídos em 40 dias. São Mais de mil leitos, 300 leitos de UTI e milhares de internações que poderão ser feitas para pacientes da covid-19. Um grande esforço feito pela Prefeitura do Recife que duplica a quantidade de UTIs existentes na nossa cidade para fazer esse tipo de atendimento”, comentou o prefeito Geraldo Julio sobre os hospitais de campanha construídos pela Prefeitura do Recife. Com mais de 2.300 m2 de área construída onde se encontrava um galpão desativado de uma empresa, na Avenida Mascarenhas de Moraes, o Hospital Provisório Recife 3 conta com 107 leitos, sendo 80 Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e 27 enfermarias. Quarenta desses leitos já começam a funcionar nesta terça - 20 leitos de UTI e 20 de enfermaria. Assim como vem sendo feito na maioria dos hospitais de campanha, a abertura dos demais leitos para os pacientes será de forma gradual, até atingir o pleno funcionamento. No total, 1.054 leitos da Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) estão com estrutura física pronta, sendo 313 de UTI e 741 de enfermaria. Desses, 494 estão abertos para os pacientes com suspeita ou confirmação de covid-19 (114 leitos de UTI e 380 de enfermaria). Até essa segunda-feira (03), 274 pessoas estavam internadas nos leitos municipais - 73 nas UTIs e 201 nas enfermarias. O prefeito falou ainda sobre a origem dos recursos para que esse investimento em salvar vidas das pessoas pudesse ser concretizado. “Um investimento feito praticamente com recursos próprios da Prefeitura. Os recursos que chegaram do Governo Federal foram bastante limitados e não fazem jus a todo esse esforço. Mas o mais importante é que muitas vidas serão salvas. A gente chega hoje a praticamente 100 altas de pacientes que estavam nesses leitos de UTI, construídos após a decretação da pandemia. E esses números não podem ser relativizados. Estamos falando de vidas de pessoas, de famílias. São praticamente 100 famílias que receberam de volta aquele paciente que passou por uma dessas UTIs construídas após a pandemia e que voltaram para casa depois desse atendimento hospitalar. Esse é o esforço que vale a pena. Salvar vidas e ajudar as pessoas nessa pandemia”, concluiu o prefeito. O sétimo hospital de campanha municipal será administrado pelo Instituto Humanize de Assistência e Responsabilidade Social (IHARS), que contratou 667 profissionais para atuar na unidade, sendo 110 médicos, 87 enfermeiros e 189 técnicos de enfermagem. Com essas contratações, o número de profissionais mobilizados pela Prefeitura do Recife como reforço para enfrentamento à pandemia já passa dos 2.800, em menos de dois meses. O hospital ainda conta com área segura para que os profissionais coloquem e tirem os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), além de dormitório e refeitório para a equipe. As paredes internas do HPR3, assim como outros hospitais de campanha municipais, receberam adesivação com imagens de janelas com fotos de paisagens e intervenções gráficas, para levar um pouco de vida e de colorido às tradicionais paredes brancas dos hospitais. O centro hospitalar vai receber apenas pessoas encaminhadas de outras unidades de saúde, como policlínicas municipais e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) estaduais, através da Central de Regulação de Leitos. OUTROS LEITOS – Os outros hospitais de campanha municipais foram construídos na Rua da Aurora, em Santo Amaro (Hospital Provisório Recife 1), nos Coelhos (Hospital Provisório Recife 2); e nas áreas externas do Hospital da Mulher do Recife (HMR), no Curado, da Policlínicas Amaury Coutinho, na Campina do Barreto; Barros Lima, em Casa Amarela; e Arnaldo Marques, no Ibura. Além dos sete hospitais de campanha, a Secretaria de Saúde do Recife ainda tem leitos na Policlínica Agamenon Magalhães, em Afogados, e no Hospital Evangélico de Pernambuco, unidade filantrópica conveniada à Prefeitura do Recife. (Da Prefeitura do Recife)

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Média de idade dos primeiros afetados pela COVID-19 no Brasil é menor do que em outros países

A média de idade dos primeiros pacientes diagnosticados com a COVID-19 no Brasil, de 39 anos, foi mais baixa do que a observada em outros países. Esse fator, associado ao fato de que, na fase inicial da epidemia no Brasil, grande parte desses pacientes pertence às classes sociais mais elevadas, pode ter contribuído para o país ter registrado uma taxa de hospitalização equivalente à metade da média internacional – de 10% contra 20% de outros países. As conclusões são de um estudo internacional, liderado por pesquisadores brasileiros. Os resultados preliminares da pesquisa, apoiada pela FAPESP no âmbito do Centro Conjunto Brasil-Reino Unido para Descoberta, Diagnóstico, Genômica e Epidemiologia de Arbovírus (CADDE), foram descritos em artigo publicado na plataforma medRxiv, ainda em versão pré-print (sem revisão por pares). “A condição econômica desses primeiros pacientes infectados permitiu que tivessem maior acesso a testes diagnósticos, por exemplo, facilitando inicialmente o isolamento social e a diminuição do contágio”, diz à Agência FAPESP Julio Henrique Rosa Croda, pesquisador da Fiocruz e um dos autores do estudo. Os pesquisadores analisaram as características epidemiológicas, demográficas e clínicas dos casos confirmados de COVID-19 durante o primeiro mês da epidemia no Brasil. Para isso, usaram principalmente a base de dados REDCap, criada pelo Ministério da Saúde no início do surto da doença para notificação de casos. As análises dos dados indicaram que, entre 25 de fevereiro e 25 de março, foram confirmados 1.468 casos de COVID-19 no Brasil, dos quais quase a metade (48%) foi de pessoas entre 20 e 39 anos de idade. Desse total de casos registrados à época, 10% necessitaram de internação e apresentaram como fatores de risco associados à hospitalização doenças cardiovasculares e hipertensão. “Pode ser que a média de idade dos pacientes com COVID-19 hospitalizados no Brasil seja menor do que a média mundial porque teriam maior prevalência de comorbidades em comparação com a população na mesma faixa etária de outros países. Mas essa hipótese ainda não foi confirmada”, afirma Croda. A menor média de idade de pacientes infectados e hospitalizados no Brasil em comparação com outros países também pode estar relacionada ao fato de que esse grupo etário, entre 20 e 39 anos de idade, representa uma parcela expressiva – de 32% – da população brasileira, ponderam os pesquisadores. Diferença de classe Para avaliar se os primeiros casos notificados de infecção pelo SARS-CoV-2 estavam relacionados ao perfil socioeconômico dos pacientes, os pesquisadores analisaram os casos registrados na Região Metropolitana de São Paulo, com base em dados de geolocalização do endereço dos pacientes. As análises revelaram que as regiões com maior renda per capita média apresentaram maiores taxas de testagem. “Constatamos que há uma disparidade socioeconômica no acesso ao teste de diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus no Brasil que persiste à medida que o número de casos da doença tem se expandido”, avalia Croda. Os pesquisadores também observaram que, durante o primeiro mês da epidemia de COVID-19 no Brasil, apenas 33,1% dos casos foram confirmados em laboratórios de saúde pública e o restante em laboratórios privados. “Inicialmente, a doença ficou mais restrita à população mais rica do país e, no final de março, ocorreu uma transição e passou a atingir a população mais pobre”, analisa Croda. O artigo Epidemiological and clinical characteristics of the early phase of the COVID-19 epidemic in Brazil (DOI: 10.1101/2020.04.25.20077396), de Julio Croda, Ester C. Sabino, Nuno Rodrigues Faria e outros, pode ser lido no medRxiv em www.medrxiv.org/content/10.1101/2020.04.25.20077396v1.full.pdf.   Elton Alisson | Agência FAPESP –

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Jornalismo em quadrinhos: a narrativa gráfica da realidade

*Por Eduardo Martins Apesar do termo Jornalismo em Quadrinhos ter sido cunhado pela primeira vez pelo jornalista e ilustrador maltês Joe Sacco, em 1994, quando ele publicou Palestina, considerado o marco inicial desse gênero, é comum alguns especialistas atribuírem o pioneirismo ao sueco Art Spiegelman, que lançou em 1991, "Maus", obra vencedora do prêmio Pulitzer, a maior premiação jornalística do mundo. Um simples, porém controverso jogo de palavras podem categorizar de diferentes formas cada uma delas. Palestina, uma longa reportagem em quadrinhos. E "Maus", uma obra biográfica baseada em entrevistas reais. A verdade é que o jornalismo e a ilustração já estão entrelaçados há muitíssimo tempo. A primeira aparição de desenhos gráficos para ilustrar notícias aconteceu em 14 de Maio de 1842, no periódico "The Illustrated London News". De tiragem semanal, o jornal foi o primeiro a recrutar em uma mesma redação, artistas e repórteres. Em 16 páginas, com ilustrações gravadas em madeira, a publicação veio com a cobertura do primeiro baile mascarado da Rainha Vitória, eleição presidencial nos Estados Unidos e extensas reportagens de crimes e resenhas de peças e livros. Essa primeira edição vendeu 26 mil cópias, um sucesso na época. Já em 1869, foi lançada a primeira história em quadrinhos publicada no Brasil, na revista "A Vida Fluminense". As "Aventuras de Nhô Quim" ou "Impressões de Uma Viagem à Corte", do escritor e desenhista ítalo-brasileiro Angelo Agostini. Dividido em 16 quadros ilustrados e com textos abaixo de cada um deles, na época ainda não existiam os balões, ele conta a história de Nhô Quim, um caipira que se muda do interior para a cidade do Rio de Janeiro. Mesmo utilizando o humor e a caricatura em seus trabalhos, Agostini mostrou como ninguém os costumes daquela época, o contraste da civilização entre o meio rural e urbano, se tornando o ilustrador mais importante do Segundo Reinado. Hoje em dia, infelizmente, os cartunistas brasileiros são relegados em uma meia página no caderno de cultura de algum jornal impresso local. Contudo, eles já fizeram bastante barulho com seus desenhos em décadas atrás, tornando-se porta-vozes da indignação de toda uma sociedade reprimida. Entre 1969 e 1991, O Pasquim foi o mais importante semanário alternativo e de oposição política do Brasil. Em seu auge, atingiu a marca de 200 mil exemplares vendidos, um fenômeno no mercado editorial brasileiro. A lei de imprensa, que instaurou a censura prévia dos meios de comunicação na ditadura militar surgiu por causa de uma entrevista da atriz Leila Diniz feita pelo cartunista Jaguar e os jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral na edição do Pasquim. Em contrapartida, mesmo bebendo da fonte cartunesca, o jornalismo em quadrinhos de formato mais longo, difundido pelo quadrinista e jornalista Joe Sacco, em meados de 90, normalmente abrange várias páginas e tem como objetivo explorar um tópico e não apenas satirizá-lo, geralmente usando: entrevistas reais, mapas, evidências estatísticas, fatos históricos e diagramas. Na coluna de hoje, vamos trazer 10 dicas essenciais para você mergulhar de cabeça nesse gênero dos quadrinhos. Um pouco sobre alguns autores e obras que mudaram a forma como se faz o jornalismo e os quadrinhos como nos costumamos. E ainda um bônus com 5 sites específicos com excelentes quadrinhos-reportagens no formato digital. Para ficar mais fácil, vamos dividir em 3 grupos distintos. São eles: I - Autores que reportam, escrevem e ilustram toda a obra. Joe Sacco Sacco foi o primeiro jornalista de quadrinhos a ganhar o prestigioso Prêmio Ridenhour pela reportagem investigativa na novela gráfica, "Notas Sobre Gaza". Sua obra mais conhecida, "Palestina - Uma nação ocupada", é fruto de uma investigação in loco do conflito entre israelenses e palestinos e ganhou o prêmio American Book Awards em 1996. Ambas foram lançadas aqui pela Editora Quadrinhos na Cia. Dan Archer O jornalista gráfico Dan Archer, nomeado ao Prêmio Eisner na categoria Não-Ficção, utiliza os quadrinhos para criar reportagens, principalmente atreladas aos direitos humanos, em situações em que o equipamento de vídeo ou fotográfico se tornam inadequados ou proibidos. Em 2012 lançou o quadrinho "Graphic Journalism on Human Trafficking in Nepal", um projeto investigativo que reporta o tráfico de pessoas no Nepal. Carolina Ito A jornalista e quadrinista Carolina Ito é autora do quadrinho-reportagem Estilhaço: uma jornada pelo Vale do Jequitinhonha, projeto experimental para conclusão do curso de Jornalismo que mostra a vida dos moradores da região do Vale do Jequitinhonha, localizada a nordeste de Minas Gerais. Entre outros trabalhos, ela mantém desde 2014 o blog Salsicha em Conserva, onde concentram-se um apanhado de reportagens em quadrinhos que ela produziu para sites e revistas, muita deles para Revista Trip. Colaborações entre jornalistas e desenhistas Extraction!: Comix Reportage, de Dan Dawn Paley, Carlos Santos, entre outros Uma antologia em quadrinhos a respeito de atividades criminosas de empresas de mineração produzida por um time de premiados jornalistas e artistas de quadrinhos. Dividido em 4 partes, as expedições relatam os impactos que essas indústrias estão causando nas comunidades e ecossistemas. Um magnífico e corajoso trabalho que tem a assinatura de nomes como: Dawn Paley, Tamara Herman, Jeff Lemire, Phil Angers e Carlos Santos. Brought to Light, de Alan Moore, Bill Sienkiewicz, entre outros Alan Moore reconstruiu a forma como se escrevia quadrinhos de super-heróis na década de 90, com obras como "V de Vingança", "Watchmen" e "Batman: A Piada Mortal". Embora todas estejam carregadas com política, filosofia e alguns distúrbios sociais, essas obras são fictícias. Porém, uma obra pouco conhecida do Mago dos Quadrinhos, "Brought To Light", em parceria com o talentosíssimo desenhista de quadrinhos Bill Sienkiewicz, mostrou um novo Alan Moore, baseado em fatos reais, contando a história de um agente da Central de Inteligência Americana (CIA) e o envolvimento da agência na Guerra do Vietnã e com figurões como Augusto Pinochet e Manuel Noriega. São Francisco, de Gabriela Güllich e João Velozo A jornalista e quadrinista Gabriela Güllich e o fotojornalista João Velozo passaram 15 dias nas cidades que cortam todo o Eixo Leste da Transposição do São Francisco para abordar 3 aspectos através da narrativa gráfica:

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Cidade de Guangzhou doa 100 mil máscaras para o Recife

A Prefeitura do Recife recebeu ontem (4), da cidade de Guangzhou, na China, uma doação de 100 mil máscaras de uso hospitalar para atuar no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus. Os utensílios de segurança serão destinados aos profissionais da área de saúde que atuam diretamente com pacientes com a Covid-19. Ao lado do presidente da Câmara de Comércio de Guangzhou, Daniel Su Xinke, o prefeito Geraldo Julio recebeu o carregamento pessoalmente. A doação faz parte do esforço de articulação da Prefeitura do Recife, que está mobilizando pessoas, sociedade civil organizada e, agora, até outras cidades ao redor do mundo no combate ao novo coronavírus. “A pandemia despertou também a solidariedade internacional. A cidade-irmã Guangzhou, acaba de nos enviar 100 mil máscaras cirúrgicas que poderão proteger nossos profissionais de saúde que estão trabalhando no atendimento dos pacientes da covid-19. Essa solidariedade está acontecendo entre as pessoas, entre as entidades e agora entre as cidades”, disse o prefeito Geraldo Julio sobre o apoio da cidade de Guangzhou. Desde 2007 Recife tem um termo de cooperação e intercâmbio com a cidade chinesa. Guangzhou é a capital e maior cidade da província de Guangdong, na China. É um importante centro portuário, figurando como a terceira maior cidade do país. Também possui o estatuto de sub-província administrativa, sendo um dos maiores centros industriais, administrativos e financeiros do país. “Essa atitude estreita ainda mais a relação com a nossa cidade-irmã Recife. A entrega representa uma atitude solidária e nós esperamos que essa doação traga muita saúde para o povo pernambucano”, desejou Daniel Su Xinke, presidente da Câmara de Comércio de Guangzhou. O Procurador Geral do Município do Recife, Rafael Figueiredo falou sobre os desafios para que a carga chegasse ao capital em segurança. “A cidade de Guangzhou, decidiu apoiar o Recife e essa é a primeira doação que ela entrega a nossa cidade. Outras ainda virão e foi um processo bastante extenso, porque nós tivemos que cuidar de toda operação logística que não é simples. Neste momento em que o mundo está vivendo em guerra por EPIs e equipamentos médicos hospitalares, nós tivemos que planejar um voo passando pela Turquia, São Paulo, passando por todo o processo aduaneiro, até a carga chegar ao Recife, sã e salva. Gostaria de destacar a cooperação da Receita Federal e também o Ministério das Relações Exteriores”, disse Figueiredo. Doações - A sociedade civil e o setor privado vêm cumprindo um papel essencial que está ajudando a salvar vidas durante a pandemia. Através de mobilização da Prefeitura do Recife e da solidariedade dos recifenses já foram possíveis a doação de mais de 68 mil cestas básicas, 14 respiradores, o item hospitalar mais importante e disputado para o atendimento dos casos graves, fruto de doação de um grupo de empresários do Recife. Também foi possível a aquisição de EPIs e outros materiais médico-hospitalares, de higiene e de construção. A lista de doações inclui ainda ajuda financeira através da Plataforma Quero Impactar, dedutível do Imposto de Renda, e viagens de transporte por aplicativo, parceria com a empresa 99. (Da Prefeitura do Recife)

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Shoppings virtuais em alta durante a pandemia

O novo coronavírus mudou o hábito de consumidores ao redor do mundo, até os mais resistentes às novas tecnologias estão se adaptando à cultura do digital. Segundo dados da SmartCommerce, quase 40% dos atuais compradores online fizeram sua primeira compra em março. Para auxiliar empreendedores e consumidores nessa atual realidade, a Sicredi Recife oferece um serviço de marketplace e reforça a utilização dos seus canais de atendimento virtuais. O isolamento social necessário para a contenção da Covid-19 está obrigando muitos consumidores a vencerem a resistência às plataformas digitais. Um levantamento feito pela NZN Intelligence apontou que 71% dos entrevistados pretendem aumentar o volume de compras online. A transformação digital, que já era pauta antes do novo coronavírus, segue em ritmo mais acelerado. Transações financeiras e compras online já faziam parte dos hábitos de muitas pessoas e agora passaram a ser essenciais para um número cada vez maior. Para atender a essa demanda, as empresas também estão se adaptando. Os marketplaces, uma espécie de shopping center virtual, são uma boa alternativa para manter os negócios em funcionamento, e a Sicredi Recife está atenta a isso. A instituição financeira cooperativa conta com um espaço online de produtos e serviços, o “Sicredi Conecta”. A ferramenta promove negócios digitais entre associados, evitando o contato direto e incentivando o comércio local. “O app permite que os usuários anunciem e vendam produtos e serviços de maneira segura. É uma solução inteligente e simples para manter as vendas e o desenvolvimento financeiro, para além dos financiamentos e linhas de créditos”, explica a gerente de Negócios da Sicredi Recife, Sandra Bradley. O Sicredi Conecta já tem mais de 11 mil usuários em todo país. Só no final de março, quando foi decretado o isolamento social em diversas regiões, o marketplace da Sicredi registrou 2 mil novos usuários em apenas uma semana e quintuplicou o número de pessoas que clicaram no botão comprar. Além do marketplace, a Sicredi Recife também disponibiliza um app para diversas transações, sem precisar se deslocar até uma agência, com consulta de saldo, extrato, senha e a fatura do seu cartão, transferências, pagamentos e gerenciamento de investimentos. “É como ter uma agência móvel nas suas mãos, de forma fácil, simples e segura”, garante Bradley.

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Dia de Doar: organizações filantrópicas se unem para captar recursos

Cinco entidades assistenciais e organizações não governamentais (ONGs) somam esforços para angariar recursos e manter suas atividades em meio à pandemia do coronavírus. Comemorado em dezembro, o Dia de Doar foi antecipado para hoje (05/05), dia escolhido para ser lançado o movimento “Todos Juntos Pela Solidariedade” que reúne o Grupo de Ajuda à Criança Carente com Câncer – Pernambuco (GAC-PE), Santa Casa de Misericórdia do Recife, Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP), Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (NACC) e o Movimento Pró-Criança. Mesmo de casa, respeitando o distanciamento social, as pessoas podem realizar doações por meio de transferência bancária, boleto, insumos, alimentos, Equipamentos de Proteção Individual (EPI) ou por aplicativo. As organizações registram queda nas doações desde o início da pandemia A proposta é celebrar as doações já recebidas e mostrar o poder de transformação que elas têm quando feitas em conjunto. Juntas, as instituições atendem mais de 20 mil pessoas por mês entre crianças, jovens, adultos e idosos em situação de vulnerabilidade. Para dar ainda mais visibilidade à mobilização, a campanha vai estar nas redes sociais das instituições e na mídia. O movimento vai usar as hastags #diadedoar, #diadedoaragora, #eudoei, #orgulhodeserdoador. Saiba mais sobre as organizações participantes e descubra como ajudar. Confira: GAC-PE A entidade filantrópica funciona há 23 anos, no Hospital Universitário Oswaldo Cruz, assiste crianças, adolescentes e jovens com faixa etária entre 0 a 19 anos em tratamento contra o câncer. O GAC-PE oferece assistência social, distribui cestas básicas, dá suporte à realização de exames. Também disponibiliza atendimento médico de urgência através do Serviço de Pronto Atendimento (exclusivo para pacientes oncológicos).“Não podemos parar. Os dias não têm sido fáceis e para continuar o nosso trabalho, contamos com o apoio dos pernambucanos. A pandemia reforça que união e solidariedade devem andar juntas”, reflete a oncologista pediatra e presidente do GAC-PE, Vera Morais. Como ajudar: Transferência bancária (conta corrente Banco do Brasil Ag 0697-1C/C 48974-3 | CNPJ: 02024876/0001-01) ou através do aplicativo GAC-PE, disponível para smartphones com as plataformas Android e IOS. Telefone para contato (81) 98517.2498 . Santa Casa de Misericórdia do Recife Fundada há 161 anos, a Santa Casa de Misericórdia do Recife nasceu com a missão de cuidar de meninos e meninas pobres, sobretudo órfãos, além de oferecer serviços de saúde para a população de rua e idosos em situação de abandono. Com o passar das décadas, a entidade ampliou suas atividades e hoje atua nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Social. São três educandários, duas escolas regulares, dois abrigos permanentes e um Instituto de Cegos, que juntos beneficiam cerca de 800 pessoas, entre crianças, adultos e idosos. Sem contar os milhares de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) atendidos no Hospital Santo Amaro, que dispõe de 130 leitos, entre clínicos, cirúrgicos e UTI. Segundo o superintendente geral da Santa Casa Recife, Amaro Lins, as instituições filantrópicas precisam mais do que nunca do apoio da sociedade. “É com muito entusiasmo que fazemos parte dessa iniciativa, envolvendo instituições comprometidas em servir ao próximo, sobretudo neste momento tão desafiador para a humanidade. As doações irão possibilitar o atendimento a crianças e idosos em situação de vulnerabilidade social, pessoas com deficiência visual e pacientes que dependem exclusivamente do SUS. Além disso, vão proporcionar mais condições de trabalho para as nossas equipes dos serviços essenciais, que seguem empenhadas e enfrentando a pandemia. Unindo as nossas forças, esperamos continuar levando mais cuidado e amor aos nossos irmãos mais necessitados”, afirma Amaro. Para mais informações, ligue (81) 3412-3800, acesse o site www.santacasarecife.org.br ou acompanhe a Santa Casa nas redes sociais. Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) Com mais de sete décadas de história, o Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP) é uma instituição privada e sem fins lucrativos, que se dedica ao diagnóstico e tratamento de pacientes oncológicos por meio do Sistema único de Saúde – SUS. Atualmente, o HCP é responsável por realizar 72% das cirurgias de cabeça e pescoço, 61% das cirurgias de pele e 50% das cirurgias de ossos e partes moles realizadas no estado. A instituição ainda possui serviços próprios de quimioterapia (4.570 ao mês) e radioterapia (6.070 por mês). Por ser uma instituição filantrópica, o HCP precisa de doações contínuas de pessoas físicas e jurídicas para manter a qualidade no atendimento aos pacientes. Esses recursos são utilizados no custeio, na modernização do parque tecnológico e nas instalações físicas do hospital. Além disso, são direcionados para complementar o custo do tratamento dos pacientes. Para fazer sua doação ligue (81) 3217.8290 ou acesse hcp.org.br/doacoes. Núcleo de Apoio à Criança com Câncer (NACC) Há 35 anos ininterruptos, o Núcleo de Apoio à Criança com Câncer – NACC oferece suporte a crianças carentes e suas famílias durante o tratamento nos centros de oncologia pediátrica no Recife. Mantido exclusivamente através de doações e contando com a ajuda de profissionais e voluntários, a instituição beneficia mensalmente cerca de 200 crianças e adolescentes disponibilizando todos os seus serviços gratuitamente para que possam dar continuidade ao tratamento com dignidade. Mas, diante do cenário instalado da pandemia do COVID-19 (coronavírus), o NACC já sente uma acentuada queda nas doações e chama a atenção da sociedade civil para a gravidade do problema. “Nossas crianças não podem parar os tratamentos e agora com os cuidados redobrados já que se enquadram no grupo de risco dessa pandemia”, ressalta a psicóloga Arli Pedrosa, diretora do NACC. Com as doações que recebe, o NACC oferece hospedagem; alimentação e fornecimento de cestas básicas, leite e suplementação alimentar; transporte e auxílio passagem; sala de aula, brinquedoteca e programas educativos; além de acompanhamento com profissionais de Nutrição, Fisioterapia, Terapia Ocupacional e Odontologia para apoiar o tratamento das crianças atendidas. Para contribuir, acesse www.nacc.org.br ou ligue (81) 3267.9200. Movimento Pró-Criança A instituição tem como missão promover o direito à cidadania de crianças, adolescentes e jovens em situação de risco ou abandono, na jurisdição dos municípios que compõem a Arquidiocese de Olinda e Recife ou a quem esta delegar, através de educação complementar e de oferta de oportunidades de inclusão social.

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Vivo lança banda larga e TV com Vivo Fibra em Caruaru

A Vivo anuncia a chegada de sua rede de fibra (FTTH) à cidade de Caruaru. Com planos de banda larga de até 300 Mega de velocidade de download, a oferta da empresa contempla tanto clientes residenciais quanto empresas de todos os portes nos bairros que serão atendidos. A Vivo também fornece serviço de TV por assinatura pela mesma rede de fibra, o IPTV, com melhor qualidade de imagem, som e conectividade. Caruaru faz parte do cronograma de municípios selecionados pela Vivo para receber a rede de fibra em 2020. Os clientes residenciais podem usufruir da conexão da Vivo de forma completa: banda larga residencial (com planos de até 300 Mega de download e serviços digitais), HomeAssist, TV por assinatura e telefone fixo. O combo com banda larga (100 Mega), HomeAssist, TV por assinatura (dois pontos do pacote Ultimate HD) e telefone fixo (Ilimitado pra todo o Brasil) sai por R$ 279,97/mês. Os clientes corporativos também poderão aproveitar uma oferta especial. As empresas que optarem por adquirir a oferta Vivo Total (fixo + móvel), podem usufruir de Vivo Fibra 300 Mega por apenas R$99,99 e ainda levam o dobro de franquia de dados nos planos de celular Vivo.

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PE passa a ofertar vacina contra 4 tipos de meningite

A partir desta segunda-feira (04.05), as salas de vacinação passam a disponibilizar um novo imunizante para os adolescentes entre 11 e 12 anos. Trata-se da vacina meningocócica ACWY (conjugada), que, nesta faixa etária, substituirá a meningocócica C, indicada agora apenas para crianças menores de 5 anos. A dose única vai beneficiar 341.828 jovens em Pernambuco. A meta do Ministério da Saúde (MS) é imunizar, no mínimo, 80% dessa população. Até o momento, mais de 60 mil doses já foram encaminhadas aos municípios para a ação. A nova vacina passa a fazer parte do calendário nacional de vacinação, ou seja, será ofertada de rotina nos postos de saúde. A dose deve ser aplicada nos adolescentes independente deles terem feito anteriormente a vacina meningocócica C. "Essa nova dose trará proteção contra outros sorogrupos da doença meningocócica, ampliando a proteção para os nossos jovens. É importante que os pais ou responsáveis fique atentos à caderneta de vacinação dos adolescentes, pois essa proteção pode evitar quadros graves da doença, com complicações neurológicas e perda de membros e audição, por exemplo, além do próprio óbito", afirma a superintendente de Imunizações da Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE), Ana Catarina de Melo. A gestora reforça que a ida ao posto de saúde pode ser aproveitada para que outras doses em atraso possam ser feitas nos adolescentes. "Na rotina, esses jovens podem ser imunizados contra o HPV, hepatite B, febre amarela, difteria e tétano, sarampo, rubéola e caxumba. É importante aproveitar essa ida aos postos para atualizar a caderneta de vacinação, documento que deve ser levado para que os profissionais possam avaliar as doses que precisam ser feitas", destaca Ana Catarina. O QUE É: A Neisseria meningitidis (meningococo) é uma das principais bactérias causadoras de meningite. Os indivíduos podem variar do quadro de portadores assintomáticos da bactéria ao desenvolvimento da doença meningocócica (DM) podendo essa ser fulminante. As manifestações mais comuns de DM são meningite e septicemia; entretanto, outras formas podem surgir, como artrite séptica, pericardite e pneumonia. Os casos graves da doença podem gerar sequelas de longo prazo entre os sobreviventes, incluindo complicações neurológicas, perda de membros, perda auditiva e paralisia, além do óbito. DADOS: Em 2019, Pernambuco notificou 47 casos suspeitos de doença meningocócica, sendo 9 no público adolescente (entre 10 e 19 anos). Do total, 23 confirmaram (6 em adolescentes). Neste ano, são 14 notificações, 1 em adolescente de 10 a 19. Desse total, 1 foi confirmado (não foi em adolescente). SARAMPO: A SES-PE ainda lembra que está em curso a vacinação indiscriminada contra o sarampo para o público entre 20 e 49 anos. Isso significa que, independente da situação vacinal, essa população deve receber uma dose da tríplice viral, que ainda protege contra caxumba e rubéola. "Os pais ou responsáveis nessa faixa etária que vão levar os adolescentes para se vacinar, também devem aproveitar o momento para se proteger", afirma a superintendente de Imunizações, Ana Catarina. Neste ano, 8 casos de sarampo foram confirmados no público dos 20 a 49 anos. INFLUENZA: Ainda é importante lembrar que segue até 10.05 a segunda etapa da campanha de vacinação contra a influenza. Neste momento, estão contemplados os povos indígenas; pessoas com comorbidades; privados de liberdade e funcionários do sistema prisional; caminhoneiros, profissionais de transporte coletivo (motorista e cobradores) e trabalhadores portuários; e força de segurança e salvamento (bombeiros, policiais civis e militares, Exército, Marinha e Aeronáutica), totalizando 599 mil pessoas. De acordo com o Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI), mais de 179 mil desse público foram imunizados pelos municípios. Além disso, idosos e profissionais de saúde ainda não vacinados também devem receber a proteção. Até o momento, 1.039.011 pessoas a partir dos 60 (109,24%) e 208.937 profissionais de saúde (106,09%) estão protegidos. Até o momento 2,9 milhões de doses ofertadas pelo Ministério da Saúde foram distribuídas aos municípios. Nesta semana, mais 996 mil serão encaminhadas para todas as cidades pernambucanas. (Do Governo de Pernambuco)

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