Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 352 De 445

Rafael Dantas

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Prefeitura do Recife contrata 1346 profissionais para combate à covid-19

A rede de saúde do Recife, que vem trabalhando para conter o avanço da pandemia da covid-19, recebeu mais um importante auxílio. Na tarde desta terça-feira (21), o prefeito Geraldo Julio anunciou a aquisição de dois milhões de itens de Equipamentos de Proteção Individuais (EPIs) para os profissionais de saúde. O montante é suficiente para garantir a proteção dos profissionais por dois meses e se soma a quantia de um milhão de EPIs distribuídos pela Prefeitura no início do mês de abril. Na ocasião, o prefeito também anunciou ainda que já foram contratados, desde o início da pandemia, 1.346 profissionais como reforço para o enfrentamento do novo coronavírus. Outra medida anunciada foi a sanção, publicada no Diário Oficial do último sábado (18), da lei que permite o pagamento da pensão integral aos familiares dos profissionais de saúde vítimas da doença. As medidas fazem parte do Plano Municipal de Contingência Covid-19. Durante pronunciamento, realizado em entrevista coletiva pela internet, o prefeito Geraldo Julio falou sobre as novas ações. “Hoje chegamos a uma marca importante para todo o atendimento a saúde dos pacientes da covid-19, que é a aquisição de mais dois milhões de itens de EPIs já adquiridos pela Prefeitura, após o início da pandemia e já recebidos. Portanto esse material já está em nosso estoque e uma parcela deles distribuídos em nossas unidades de saúde. Quero destacar que dentre esses itens, 450 mil unidades são da máscara N95, que são as mais indicadas para os profissionais de saúde que fazem este tipo de atendimento dentro das unidades de saúde que estão recebendo estes pacientes”, afirmou o prefeito. A lista dos EPIs inclui máscaras cirúrgicas, luvas, aventais, máscaras N95, toucas, óculos de proteção e protetores faciais. Entre os destaques dos itens já nos estoques da Secretaria de Saúde estão 450 mil unidades das máscaras N95. Cada profissional que presta assistência ou precisa entrar em contato a menos de um metro dos pacientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus recebe equipamentos de acordo com o tipo de procedimento que realiza no paciente, conforme recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Já os 1.346 profissionais contratados para reforçar a rede municipal de saúde do Recife são para atuar nos sete hospitais de campanha, no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), nas unidades de Atenção Básica, Vigilância à Saúde, entre outros. “Quero também anunciar que chegamos a contratação total, neste momento, de 1346 profissionais contratados para as unidades de saúde que fazem o atendimento da covid-19, sendo que 925 deles contratado pela Prefeitura e 421 profissionais contratados pelas entidades que estão administrando o Hospital Provisório Recife 1, que fica na Rua da Aurora e o Recife 2, que fica nos Coelhos”, detalhou o prefeito. Para agilizar a contratação efetiva de mais profissionais de saúde, a Prefeitura do Recife antecipou, na última semana, em mais de um mês, a homologação do concurso público para cargos de níveis médio, técnico e superior da Secretaria de Saúde do Recife. Nos Diários Oficiais do último sábado (18) e desta terça (21), foram nomeados efetivamente mais de 230 profissionais, além de 30 aprovados no concurso que foram convocados de forma temporária para suprir as necessidades emergenciais da pandemia (o que não interfere no andamento da fila de contratações efetivas do certame). Desde a última terça, a Sesau está com inscrições abertas para seleção temporária de 40 médicos. O edital de credenciamento para contratação temporária de médicos clínicos, intensivistas e intensivistas pediátricos, em regimes diarista e plantonista, está disponível no site da Prefeitura do Recife (www.recife.pe.gov.br) e no www.credenciamentosesau.recife.pe.gov.br, onde é possível fazer a inscrição gratuita. Desses, 14 médicos já tiveram as inscrições homologados e começam a trabalhar na próxima semana. PENSÃO INTEGRAL – O prefeito Geraldo Julio destacou ainda a sanção da Lei Municipal que garante pensão integral aos familiares do profissionais de saúde da Prefeitura do Recife que foram vítimas da covid-19. “Foi sancionada a lei que permite o pagamento da pensão integral aos profissionais da saúde que forem vítimas do coronavírus. O Projeto de Lei já tinha sido encaminhado para Câmara Municipal, foi aprovado e sancionamos logo em seguida, transformado em lei e garantindo a pensão integral para eses profissionais de saúde”, destacou o prefeito. (Da Prefeitura do Recife)

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Quarentena: SBC-PE alerta sobre atendimento a cardiopatas

O momento de pandemia e distanciamento social traz uma série de complicações para a vida em sociedade. Entre elas o medo de sair de casa mesmo em casos de verdadeira necessidade, únicos casos recomendados. Isso pode gerar alguns efeitos colaterais perigosos para a saúde, principalmente quando se trata dos pacientes com problemas no coração que precisam ser acompanhados continuamente por seus cardiologistas. Por isso, a Sociedade Brasileira de Cardiologia em Pernambuco (SBC-PE), alerta sobre a necessidade desses pacientes entrarem em contato com seus médicos e verificarem as formas mais adequadas e seguras para serem atendidos mesmo durante a pandemia da covid-19, não colocando em risco a sua saúde e nem a dos profissionais de saúde. De acordo com o site angioplasty.org, o corpo de bombeiros da cidade de Nova Yorque, nos Estado Unidos, registrou um chamado record, oito vezes maior que em todo o ano de 2019, para atendimento de emergência com relatos de infartos. Foram 1990 ligações, das quais 1429 resultaram em mortes por problemas cardíacos – somente de 30 de março a 5 de abril. Para a SBC-PE, o aumento ocorreu pela quebra na continuidade do acompanhamento cardiológico aos cardiopatas que, por serem grupo de risco recebem a recomendação de não sair de casa. “É incontestável o benefício do distanciamento social, mas como tem sido observado o aumento na mortalidade de doentes cardiopatas em decorrência dessa forma de isolamento, há de se tomar providências para se estabelecer meios de orientar melhor essa população de doentes para não gerarmos um efeito colateral altamente nocivo como a Covid-19”, afirma Fernando Moraes, presidente da SBC-PE e cirurgião cardiovasculas. “Em Recife se tem observado uma redução significativa dos atendimentos cardiológicos, seja nos consultórios particulares ou na rede pública. O mesmo se tem observado nas emergências cardiológicas públicas e privadas, estimando-se que desde o início de março houve uma redução de mais de 60% nos atendimentos emergenciais”, afirma Moraes. Outra questão a se considerar são as evidências científicas sobre o aumento de até 6 vezes do risco de infarto causado por infecções respiratórias em geral e síndromes gripais (NEJM 2018;378:345-53). Ponto que se soma à necessidade de cardiologistas e pacientes reverem a questão do isolamento e encontrarem formas seguras e adequadas para garantir a saúde, principalmente quando, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças cardiovasculares são a maior causa de morte no mundo (30%). Protocolo de atendimento a cardiopatas – SBC / PROCAPE Diante deste quadro e tendo as cardiopatias como uma das principais causas de morte para a COVID-19 em Pernambuco (atrás apenas de hipertensão e diabetes), membros da SBC-PE que atuam no Pronto Socorro Cardiológico de Pernambuco (PROCAPE) desenvolveram um protocolo específico de atendimento para este grupo de pacientes. O documento aponta os procedimentos de qualidade e de segurança que os médicos devem seguir para atender pessoas com problemas do coração que não podem ficar sem o tratamento e também para atender cardiopatas com sintomas da COVID-19. O material começa a ser utilizado no PROCAPE e fica aberto para que outras instituições repliquem as recomendações. O protocolo inicial, criado à luz de evidências científicas, deverá ser atualizado constantemente a fim de se adequar às melhores práticas clínicas e novas descobertas científicas. De acordo com Carlos Eduardo Montenegro, que é membro da SBC-PE e médico cardiologista do PROCAPE, o protocolo é necessário porque neste período do ano já havia um aumento de casos infecciosos virais (influenza, H1N1, dengue, entre outras) e, agora, com a pandemia de COVID-19, tende a ser exacerbado, levando principalmente a mais casos de miocardite (inflamação do músculo do coração, chamado miocárdio) e também de infartos. “Nesta época de viroses, naturalmente temos um aumento de ocorrências cardiológicas, já que os vírus podem provocar a miocardite. Não é diferente com o coronavírus, que se manifesta também no coração dos pacientes, principalmente nos pacientes de risco”, explica. Sendo assim, o protocolo define procedimentos médicos de segurança, atenção e qualidade de serviço para o atendimento de cardiopatas que venham a apresentar os sintomas da COVID-19, mas também para aqueles pacientes que não podem ficar sem o tratamento de alguma doença do coração.

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Monitor de Secas aponta fim das áreas com seca grave em Pernambuco em março

A última atualização do Monitor de Secas aponta que, em Pernambuco, as chuvas de março fizeram com que a severidade da seca no estado diminuísse em comparação a fevereiro. O estado deixou de ter áreas com seca grave e todo o território pernambucano ainda registra o fenômeno, sendo que áreas com seca fraca surgiram em Pernambuco em março. De forma geral, predominaram chuvas acima da média no estado em março, exceto em parte da Zona da Mata (região leste), onde ocorreram precipitações abaixo da média. Em algumas localidades do Sertão e Agreste, os desvios positivos foram de mais de 300mm acima da normalidade, o que refletiu em uma melhora nos indicadores de seca de curto e longo prazo e no índice de saúde da vegetação. Nessa área houve diminuição da intensidade da seca, que passou de grave a moderada. Na porção noroeste do estado (divisa com Piauí, Ceará e Paraíba) a seca regrediu de moderada para fraca. Os impactos permanecem de curto prazo no leste do estado. Nas demais áreas os impactos são de longo prazo. Em março deste ano aconteceram chuvas acima da média no Nordeste, com acumulados superiores a 100mm em relação à média em grande parte dos estados nordestinos. No Espírito Santo, Minas Gerais e Tocantins as chuvas variaram de normal a um pouco acima da média histórica para o mês. Como resultado das precipitações, os 12 estados acompanhados pelo Monitor de Secas tiveram redução da gravidade e/ou das áreas com seca. Por outro lado, em alguns pontos do noroeste e centro do Maranhão, sudeste do Piauí, litoral e Zona da Mata de Pernambuco, além do litoral sul da Bahia foram registradas chuvas abaixo do esperado para o mês. O mesmo aconteceu em março no centro de Tocantins, Triângulo Mineiro e sul de Minas Gerais. Com as chuvas de março, o Monitor de Secas registrou uma redução das áreas com seca no Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Minas Gerais, Piauí, Rio Grande do Norte e Tocantins. No caso do Espírito Santo, o estado não registra nenhuma área com seca. Também houve a redução da gravidade das secas que acontecem em Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins. O Monitor de Secas tem uma presença cada vez mais nacional, abrangendo os nove estados do Nordeste, Espírito Santo, Minas Gerais e Tocantins. Os próximos estados a se juntarem ao Monitor serão Goiás e Rio de Janeiro, que já estão em fase de testes e treinamento de pessoal. Esta ferramenta realiza o acompanhamento contínuo do grau de severidade das secas no Brasil com base em indicadores de seca e nos impactos causados pelo fenômeno em curto e/ou longo prazos. Os impactos de curto prazo são para déficits de precipitações recentes nos últimos 1 a 6 meses. Para secas acima de 12 meses, os impactos são de longo prazo. (Da Agência Nacional de Águas)

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Magazine Luiza, Cesar e Cia de Talentos discutem o futuro das relações de trabalho

Como o Magazine Luiza, o Cesar e a Cia de Talentos estão adaptando suas interações de trabalho nesse momento de mudanças? Qual será o legado após a crise? Essas são algumas das perguntas que conduziram o webinar “O Futuro das relações de trabalho pós-Covid-19”. Participarão dessa conversa Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, Karla Godoy COO do Cesar e Sofia Esteves, presidente do conselho do Grupo Cia de Talentos, sob mediação de Silvio Meira, professor extraordinário da Cesar School. O encontro virtual acontecerá nesta quarta-feira (22), às 17h. Para participar, cadastre-se gratuitamente no link: https://materiais.cesar.org.br/webinars

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Painel da Fundaj mostra avanço da Covid-19 no Recife

Com dados constantemente atualizados desde o dia 17 de março, o painel analítico da COVID-19 é um trabalho do Centro Integrado de Estudos Georreferenciados (CIEG) da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Depois de um mês em funcionamento, os pesquisadores envolvidos no projeto cartografaram a geografia da pandemia em Pernambuco. Isso, mostrando como a doença se espalhou pelo território, em pouco mais de 30 dias. O conteúdo está disponível para o público no site: www.fundaj.gov.br. “A análise desses mapas mostra que a pandemia tomou Recife, tornando a cidade seu epicentro, depois, espalhando-se pelos municípios que constituem a região metropolitana (RMR). Concentração urbana, proximidade geográfica e migração pendular são alguns dos motivos que explicam essa dispersão dos casos confirmados”, afirmou o pesquisador da Fundaj e coordenador responsável pelo painel, Neison Freire. Ao analisar dados disponibilizados pelo painel, observa-se que a elipse de distribuição do dia 18 de abril, por exemplo, com um desvio padrão, mostra o alto grau de concentração dos casos na RMR. A direção do eixo maior tem variado em função da maior ou menor concentração de casos no eixo Fernando de Noronha – Palmares. “Já não há território nas porções setentrional e meridional da costa pernambucana que não tenha alguma densidade de casos. Entretanto, a forte concentração de casos persiste no aglomerado urbano, surgindo um outro aglomerado em torno de Caruaru”, pontuou Neison. À medida que o contágio se intensifica pelo modelo histórico de ocupação do território, a disseminação avança em direção ao interior, pelo seu principal eixo rodoviário, a BR-232 (difusão hierárquica). Aos poucos, o sertão pernambucano vai sendo tomado pela pandemia, demonstrando a mudança no perfil de contaminação. (Da Fundaj)

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Startup cria máscara reutilizável com maior proteção contra coronavírus

A startup paulista Nanox desenvolveu em parceria com a indústria de plásticos Elka uma máscara reutilizável que promete conferir maior nível de proteção contra a contaminação pelo novo coronavírus, o SARS-CoV-2.  A máscara é feita com um polímero flexível – semelhante a uma borracha –, moldável aos contornos do rosto e com micropartículas à base de sílica e prata incorporadas à superfície do material. Desenvolvidas por meio de projetos apoiados pelo Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE), as partículas têm propriedades antimicrobianas. “As micropartículas de prata e sílica aumentam o nível de proteção ao impedir a presença na máscara de fungos e bactérias, que podem facilitar a adesão do novo coronavírus na superfície de materiais”, diz à Agência FAPESP Luiz Gustavo Pagotto Simões, diretor da Nanox. A fim de garantir a proteção contra o SARS-CoV-2, a máscara é totalmente esterilizável por meio da lavagem com água e sabão antes e após o uso. Para proteger as vias respiratórias, o equipamento de proteção individual possui dois filtros descartáveis do tipo PFF2, similares ao do tipo N95 presente nas máscaras usadas hoje pelos profissionais de saúde. Os filtros são inseridos em respiradores nas laterais da máscara e protegidos por tampas, que impedem o contato físico e a contaminação pelo toque direto com as mãos. A quantidade de material necessário para produzir os filtros também é muito inferior à utilizada para produção das máscaras convencionais, compara Simões. “O tempo para substituição dos filtros precisará ser estabelecido pelos serviços de saúde”, pondera. De acordo com Simões, os filtros da máscara atendem aos requisitos para fornecedores de matérias-primas presentes em produtos absorventes descartáveis de uso externo, estabelecidos na RDC 142 do Ministério da Saúde. O material também passou por testes de eficiência de filtragem bacteriológica (BFE, na sigla em inglês) – que determinam a eficiência da filtração bacteriana de um produto –, alcançando o valor mínimo de 95% requerido pela regulamentação técnica para máscaras respiratórias do tipo N95. “A meta é obter posteriormente a certificação do material como PFF2, equivalente a N95. Mas o produto já pode ser comercializado porque, em razão da pandemia do novo coronavírus, a Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] flexibilizou as normas para fabricação de alguns produtos voltados ao combate da COVID-19. Isso possibilitou que a Elka fabricasse as máscaras”, explica Simões. Inicialmente serão produzidas 200 mil máscaras, cujo custo unitário é estimado entre R$ 20 e R$ 30. As primeiras unidades estão previstas para serem entregues no início de maio. A Elka pretende doar até 10% da produção para instituições de saúde. “Recebemos seis pedidos antes do lançamento oficial do produto. A ideia é atender inicialmente o mercado nacional e que a máscara possa ser utilizada não só por profissionais de saúde que estão na linha de frente de atendimento de pacientes com COVID-19, mas pela população em geral”, afirma Simões. O pesquisador ressalva que, apesar de já demonstrado que as micropartículas de prata e sílica que produzem têm ação contra alguns tipos de vírus, ainda não há comprovação de que elas são capazes de eliminar diretamente o novo coronavírus. “As micropartículas têm potencial para atuar contra o coronavírus. Mas pretendemos realizar testes para comprovar essa hipótese”, afirma. Conexão internacional A Nanox e a Elka se conheceram no International Entrepreneurship Center (IEC) – uma aceleradora de negócios situada em Boston, nos Estados Unidos, onde a Nanox tem uma filial. Fabricante de brinquedos, a Elka buscava uma forma de utilizar parte ociosa de seu parque de injetoras para desenvolver um produto voltado a auxiliar no combate à COVID-19 e soube pelo IEC sobre as soluções desenvolvidas pela Nanox. Spin-off do Centro de Desenvolvimento de Materiais Funcionais (CDMF ), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID), da FAPESP, localizado na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a Nanox foi criada em 2004. No ano seguinte, a empresa submeteu o primeiro projeto ao PIPE-FAPESP para desenvolver tecnologia de deposição de nanopartículas de prata em filmes cerâmicos e em materiais metálicos, conferindo-lhes propriedades antiabrasivas e bactericidas. Em 2011, com o produto pronto para o mercado, a empresa obteve recursos do Programa PAPPE/PIPE – uma parceria entre a FAPESP e a Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep) – para escalonar a produção das partículas antimicrobianas nanoestruturadas. Em 2015, o PIPE-FAPESP apoiou um novo projeto da empresa, o de desenvolvimento de aplicação de materiais fungicidas nanoestruturados. Nessa trajetória, a Nanox recebeu aporte de recursos do Fundo Novarum (Jardim Botânico Partners), venceu o prêmio Finep de Inovação Tecnológica em 2007 e conquistou clientes como a Taiff – fabricante de secadores e chapas para cabelo –, Tapetes São Carlos, Dabi Atlante, entre outros. No final de 2019, a Nanox foi uma das 15 startups escolhidas entre 1.000 empresas de todo o mundo para participar do programa de aceleração de negócios da Plug and Play, plataforma global de inovação com sede no Vale do Silício, nos Estados Unidos. Já participaram dos programas de aceleração da Plug and Play empresas como a Dropbox, PayPal, Danger, Lending Club, entre outras. “O apoio do PIPE-FAPESP foi fundamental na nossa trajetória”, afirma Simões. Para mais informações sobre o produto acesse: https://www.otomask.com.br/ . Elton Alisson | Agência FAPESP

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A história de Pernambuco pelos livros da Cepe

“Nada é mais triste do que a cidade, sobretudo a península do Recife. Todos os armazéns estão fechados, as casas e as ruas desertas, só se encontram raros transeuntes que passam como sombras errantes.” Essa frase até poderia definir a capital pernambucana nos dias de hoje, com a imposição da quarentena em março para conter o avanço do novo coronavírus. Mas na verdade foi escrita no século 19, por um viajante francês, para descrever a cidade no dia 6 de março de 1817, quando teve início a Revolução Pernambucana. O relato de Louis-François Tollenare e de outros três estrangeiros sobre o Recife de 203 anos atrás compõe o livro 1817 e Outros Ensaios, lançado pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) em 2017. A publicação faz parte de uma lista bem variada de livros que contam a história de Pernambuco e se apresentam como fontes de consulta para estudantes, pesquisadores e estudiosos do tema que estão em casa cumprindo o isolamento social. As versões impressa e e-book podem ser adquiridas pelo link da editora (www.editora.cepe.com.br) ou diretamente nas lojas virtuais do leitor digital da pessoa interessada na compra (Amazon, Kindle, Kobo, Google Play Sotre, Apple, Livraria Cultura, entre outras), informa o gerente de Marketing da Cepe, Rafael Chagas. Em 1817 e Outros Ensaios, Louis-François Tollenare e os ingleses Henry Koster, Maria Graham e James Henderson narraram hábitos e costumes da sociedade recifense, principalmente das famílias mais ricas, no ano da revolta que instalou um governo republicano em Pernambuco (mesmo que de pouca duração, apenas 75 dias), contra o absolutismo do governo português no Brasil. O relato dos viajantes está no capítulo elaborado pela historiadora Sylvia Costa Couceiro e intitulado Entre banquetes e batuques: a visão dos viajantes sobre um Recife em tempos de revolução. Maria Graham, por exemplo, anotou maneiras à mesa do pernambucano que ela considerava estranha, observa Sylvia Couceiro no ensaio. A viajante descreve um jantar festivo com poucos talheres e copos para os convidados e se espanta ao ver as pessoas compartilhando os mesmos utensílios. “Todas as espécies de pratos foram misturados e tocados por todas as mãos”, comenta Maria Graham. Já Henry Koster registra o hábito de lavar as mãos antes e depois das refeições em todas as camadas da população. O livro é organizado por Antônio Jorge Siqueira, Flávio Teixeira Weinstein e Antônio Paulo Rezende. Disponível na versão e-book, custa R$ 18,50. Ainda sobre os movimentos libertários, a Cepe oferece a publicação ABCdário da Revolução Republicana de 1817, organizado por Betânia Corrêa de Araújo. “É um dicionário de palavras usadas à época e a estética do livro também reproduz a tipografia e as cores desse período”, informa Betânia Araújo. “O livro traz o lado mais popular da revolução, um movimento inspirado nas ideias francesas iluministas, de direitos iguais às pessoas”, afirma o historiador Marcus Carvalho. Professor da Universidade Federal de Pernambuco, ele participou das pesquisas para a elaboração do ABCdário com os historiadores Mateus Samico e Sandro Vasconcelos. Para o verbete Escravidão, os autores reproduzem a definição do dicionarista Morais Silva, de 1789, (estado de escravo, cativeiro, servidão) e trazem importantes informações sobre o tema. “É uma das instituições mais antigas do mundo. A propriedade privada de uma pessoa sobre a outra precede a propriedade privada da terra. Em todos os lugares, algum dia, houve escravidão. Eventualmente, as sociedades saem dela”, diz o texto que acompanha a definição da palavra na publicação, lançada em 2017 pela Cepe. “É um livro diferente, lúdico, amplo e de leitura dinâmica”, comenta Marcus Carvalho. O ABCdário, disponível na versão impressa, custa R$ 30,00. Leitores que gostam de história também podem explorar a publicação A Recriação do Paraíso: Judeus e Cristãos-Novos em Olinda e no Recife nos Séculos 16 e 17, do arquiteto José Luiz Mota Menezes. No livro, lançado em 2015, o autor revela como fez a reconstituição e a recuperação da memória judaica daquele período, incluindo o resgate do prédio onde funcionou a Primeira Sinagoga das Américas, a Kahal Zur Israel, na Rua do Bom Jesus, no Bairro do Recife, situado no Centro da capital pernambucana e que funciona como museu. Está disponível apenas na versão e-book e custa R$ 9,50. Outra opção é Barléu – História do Brasil sob o governo de Maurício de Nassau (1639-1644) lançado em 2018 e considerado um dos mais importantes documentos para se entender o Brasil do século 17 e o período holandês no Nordeste do País. É uma versão inédita para o português, a partir da tradução do original em latim para o inglês, elaborada pela pesquisadora holandesa radicada nos Estados Unidos Blanche T. van Berckel-Ebeling Koning (1928-2011). No livro há hábitos dos núcleos urbanos, relatos de batalhas entre holandeses e luso-brasileiros e registros de fauna e da flora locais, entre outros temas. Custa R$ 90,00 (impresso) e R$ 27,90 (e-book) . Veja outros títulos sobre a história de Pernambuco no catálogo da Cepe: http://editora.cepe.com.br/catalogo/historia/

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Recife retoma vacinação contra gripe nesta quarta

A Prefeitura do Recife interrompe a Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe nesta terça-feira (21), por causa do feriado de Tiradentes, e retoma a segunda fase da campanha nesta quarta-feira (22), em cerca de 150 unidades de saúde do Recife, das 8h às 17h. Nessa segunda-feira (20), a Secretaria de Saúde (Sesau) do Recife aplicou mais de sete mil doses da vacina contra o vírus Influenza e recebeu mais 42 mil doses enviadas pelo Ministério da Saúde (MS). Esta segunda etapa da campanha tem como público-alvo pessoas com doenças crônicas não-transmissíveis e outras condições clínicas especiais (diabéticos, obesos, transplantados, entre outros), detentos e funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens em cumprimento de medida socioeducativa, profissionais das forças de segurança e salvamento (policiais, militares, bombeiros, guardas municipais etc), além dos portuários, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transporte coletivo. Os idosos e profissionais da saúde que não se vacinaram na primeira etapa continuam podendo se vacinar nesta nova fase. O Programa de Imunização (PNI) do Recife vacinou cerca de 250 mil pessoas, tendo praticamente concluído a vacinação dos mais de 183 mil idosos da cidade – 99,6% do público-alvo, ultrapassando a meta de 90%. Também foram vacinados mais de 42 mil profissionais de saúde (66,8% do total, abaixo da meta de 90%). Já nesta segunda etapa, o Ministério da Saúde não estipula meta de vacinação. DOCUMENTOS – Para agilizar a vacinação, o PNI Recife recomenda que os usuários levem um documento de identificação, a carteira de vacinação e o cartão SUS (se tiverem esses dois últimos). Parte do público-alvo precisa apresentar também documentos que provem a necessidade da imunização. Os profissionais das redes pública e privada de saúde, por exemplo, devem levar comprovantes laborais, como crachás ou carteira de trabalho. Já as pessoas com doenças crônicas não-transmissíveis e outras condições clínicas especiais devem apresentar prescrição médica especificando o motivo da indicação da vacina. Os portuários, caminhoneiros, motoristas e cobradores de transporte coletivo devem apresentar documento comprobatório, como carteira de trabalho, contracheque com documento de identidade, carteira de sócio dos sindicatos de transportes ou carteira de habilitação (categorias C ou E). TERCEIRA ETAPA – O Ministério da Saúde dividiu a Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe deste ano em três etapas. Do dia 9 a 22 de maio, ocorrerá a terceira fase da vacinação, com foco em imunizar pessoas com deficiência, professores, crianças de 6 meses a menores de 6 anos, grávidas, puérperas (mulheres que tiveram filho há até 45 dias) e adultos de 55 a 59 anos. Confira no site da Prefeitura do Recife (www.recife.pe.gov.br) a lista das unidades de saúde com sala de vacinação

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Recuperados da covid-19 se aproximam de 23 mil no Brasil

O Brasil registrou, até segunda-feira (20), 22.991 pessoas recuperadas da covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde. O número foi divulgado sem detalhamento por estado. A taxa nacional de recuperação da doença encontra-se em 56,7%, uma pequena melhora em relação aos 55% registrados em 14 de abril, quando o ministério começou a divulgar o número de recuperados. O país tem 40.581 pacientes diagnosticados, segundo os dados divulgados ontem (20). O ministério contabiliza como recuperado o paciente com confirmação do novo coronavírus que recebeu alta hospitalar após internação e também os confirmados sem internação, mas que deixaram de apresentar sintomas depois de ficar em casa. Enquanto a taxa de recuperação se mantém acima da metade dos casos, o índice de letalidade encontra-se em 6,3% dos casos confirmados. No Brasil, foram registradas 2.575 mortes até ontem (20). As hospitalizações por covid-19 chegaram a 8.318. O total de pessoas internadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em investigação totalizaram 42.817. Outras 15.752 foram denominadas SRAG “não especificado”. Ontem (20), o ministro da Saúde, Nelson Teich, anunciou ter aumentado para 46 milhões o número de testes que a pasta pretende comprar para ampliar os diagnósticos. “Isso é importante para entender a doença, a evolução e fazer um planejamento para revisão do distanciamento social”, disse Teich, em vídeo divulgado pela assessoria do Ministério da Saúde. (Da Agência Brasil)

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Após o Cisne Negro, Dragões (por Edgard Leonardo)

A atual crise deixa claro, para todos nós, que não fomos capazes de prever este “Cisne Negro” perfeito. Lembro que, graças a Nassim Taleb[1], chamamos de cisne negro um evento que não foi previsto, um ponto fora da curva, um evento que foge da normalidade. Taleb, em sua obra, nos mostra como ter humildade ao realizar previsões. Estamos acostumados a tentar modelar a realidade, propor cenários, algumas vezes até mesmo “prever”. Porém, o fato está posto. Estamos em meio a uma pandemia que não foi prevista, um cisne negro perfeito diante de todos. Uma crise onde podemos facilmente observar um duplo choque. De um lado, a oferta global de produtos está afetada, pois as cadeias de suprimento que possibilitam a produção e distribuição estão paralisadas. De outro lado, os choques de demanda, pois as fortes restrições de circulação, com fechamento de escolas e centros comerciais, a interrupção de eventos de massa e viagens já está impactando fortemente a demanda agregada. Dois eventos que, ao mesmo tempo, inserem uma forte componente de incerteza e volatilidade em um cenário já caótico. Caso o Covid-19 mantenha a taxa de contaminação elevada, prolongando o isolamento, os impactos tendem a ser ainda mais críticos. Não é possível pensar em uma saída fora da presença do Estado, fugindo da discussão simplista de Estado Mínimo ou Estado Máximo proposta por muitos, e compreendendo que precisamos do Estado Necessário. Um Estado que cumpra seu papel essencial na sociedade, protegendo os mais vulneráveis e fornecendo a necessária segurança jurídica e institucional. Sem, todavia, tolher a iniciativa privada, a liberdade e a criatividade necessárias, compreendendo como Schumpeter[2] compreendeu a importância crucial do empreendedor no desenvolvimento econômico, bem como a importância do crescimento econômico para a justiça social. E percebendo que a economia é instável, como bem nos apresentou Hyman Minsky[3], muito embora nossa atual crise não se enquadre nos cenários previamente apresentados pelo autor, é compreensível que um dos elementos catalisadores do processo atual é certamente a complexidade de nossas relações (financeiras e produtivas) encadeadas globalmente, fazendo com que as turbulências se estabeleçam e adquiram movimento próprio no cenário internacional. A grande questão é que, em um cenário de choques de oferta, se estes forem contrapostos por medidas de política fiscal expansionista, ou seja: aumento dos gastos do governo, com a economia parada (trabalhadores em casa), esse tipo de política tem seu efeito minimizado, eventualmente até gerando um reflexo inflacionário (na economia brasileira atual outras pressões provavelmente atenuariam tais efeitos inflacionários). Por outro lado, choques de demanda, até poderiam ser atenuados por medidas de política fiscal, como por exemplo, uma redução importante de impostos (ou aumento combinado dos gastos). Todavia, é importante salientar que, sem elevar a produção (lembrem-se, estamos vivendo um duplo choque), não haverá produção crescente para sustentar essa maior demanda. Mas do que nunca na história recente, empresas de todo o mundo se tornaram insolventes e, dentre as principais vítimas, temos as pequenas empresas familiares, que têm pouco acesso a crédito e capital de giro, porém empregam grande parte da massa de empregados da economia brasileira. Nunca na história desligamos a economia e depois tentamos dar partida novamente. Um ‘shutdown’ global é algo inédito. Precisamos de medidas sérias para que o fechamento da economia seja o mais rápido possível e que, protegendo os mais vulneráveis, possamos voltar rapidamente às atividades. Neste momento, são necessárias medidas combinadas para a sociedade continuar consumindo, como os agora já batizados “auxílios emergenciais”, que devem cumprir seu papel social e dinamizador nesse momento de crise, além de outras medidas que já vem sendo tomadas. Todavia, precisamos permitir que empresas em dificuldades posterguem o pagamento de tributos. É imperativo oxigenar a economia brasileira. Para isso, é importante reduzir o peso da burocracia estatal que onera a produção e facilitar principalmente o trânsito internacional de insumos e matéria-prima. De forma a facilitar o financiamento a pequenas e médias empresas, é importante não apenas crédito estatal subsidiado, importante no processo. Porém, é possível reduzir, por exemplo, o imposto de renda e o imposto sobre ganhos de capital dos fundos de investimento (private equity ou de venture capital) que investirem em pequenos negócios. Isso certamente levará a um movimento maior de investimentos produtivos, gerando emprego e renda. Soluções criativas precisam ser apresentadas e debatidas de maneira profissional. Todos já perceberam que o momento é crítico e sem precedentes na história. Lembremo-nos de que na renascença, os mapas que buscavam descrever o mundo conhecido, e também o desconhecido, eram adornados com monstros e dragões míticos, simbolizando os perigos que ainda desconhecíamos. Em 1510, no globo de Hunt-Lenox, o primeiro a conter os contornos da América, aparece a frase HIC SVNT DRACONES (“Aqui há dragões”). É bem essa a nossa situação! A pandemia e a crise já instalada pedem soluções criativas e certamente marcarão nossa história. Embora guarde semelhanças com o evento de 100 anos atrás, o evento atual ocorre em outro cenário. Seguramente, a humanidade sairá dessa crise, como já saiu de outras, porém: HIC SVNT DRACONES. *Edgard Leonardo é economista, professor da graduação e pós-graduação do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), mestre em Administração pela UFPE, especialista em comércio exterior, consultor e palestrante. [1] Taleb, Nassin Nicholas. A Lógica do Cisne Negro – O Impacto do altamente improvável – Gerenciando o desconhecido. BestSeller. 2007 [2] Schumpeter J. A. (1939), Business Cycles. New York, NY: McGraw-Hill. [3] Minsky, H. Stabilizing an Unstable Economy. New Haven: Yale University Press, 1986.  

Após o Cisne Negro, Dragões (por Edgard Leonardo) Read More »