Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 390 De 445

Rafael Dantas

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75% da população acha importante a abertura do comércio aos domingos

69% acreditam que se todos os estabelecimentos comerciais funcionassem aos domingos nos mesmos horários que abrem de segunda a sexta, aumentaria o número de vagas de emprego no mercado Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em convênio com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), revela que 75% dos brasileiros acham importante abrir as lojas de rua, shoppings e supermercados aos domingos e feriados, sendo que 45% consideram que deveriam ser abertas em horário reduzido e 29% em horário normal de funcionamento. O governo lançou em novembro de 2019 a Medida Provisória 905, que criou o Programa Verde e Amarelo, que altera a legislação trabalhista e que possibilita, entre outras medidas, a ampliação da possibilidade do trabalho aos domingos e feriados para todas as categorias. A MP foi prorrogada e deverá ser votada até abril de 2020. Apesar de a permissão de trabalho nesses dias já estar prevista em lei específica, o setor de comércio dependia de convenções coletivas e legislação municipal para colocar seus funcionários para trabalhar em domingos e feriados. Para o presidente da CNDL, a aprovação da medida é fundamental para o crescimento das vendas, para o aquecimento da economia e para a geração de empregos. “Essa é uma luta antiga do setor de comércio, que trará importantes conquistas para o Brasil. Permite ao setor otimizar a mão de obra para atender às demandas em horários de mais movimento e dias que o consumo pode aumentar, como o domingo. Além, disso, mais dias de trabalho significa a geração de mais empregos. Estudos mostram que o domingo já o segundo dia de mais vendas nos shoppings, por exemplo. Os consumidores precisam contar com o comércio aberto durante os finais de semana”, destaca Costa. Maioria dos consumidores acredita que abertura do comércio aos domingos e feriados aumentaria vagas de empregos O desemprego no país, que chegou a atingir 12,4 milhões de brasileiros no ano passado, é um dos principais argumentos do governo e dos empresários que defendem a ampliação dos dias e horários de abertura do comércio. Para 69% dos entrevistados, se todos os estabelecimentos comerciais funcionassem aos domingos nos mesmos horários que abrem de segunda a sexta, aumentaria o número de vagas de emprego no mercado, sendo que 43% acreditam que aumentariam as vagas de emprego em shoppings, 42% em lojas de rua e 39% em supermercados. “O fechamento do comércio, principalmente em determinados feriados, representa enorme prejuízo, o que, de forma direta ou indireta, prejudica os empregados. Quando o comércio deixa de vender, também deixa de investir e de contratar. Essa consequência não é boa nem para o comércio e nem para os trabalhadores”, afirma o presidente da CNDL. 58% aceitariam vaga de emprego se tivesse que sempre trabalhar aos domingos A liberação do trabalho aos domingos é uma das bandeiras do Poder Executivo. E a medida parece atentar a uma nova realidade econômica e social. De acordo com a pesquisa, a maioria dos entrevistados afirmou que aceitaria uma vaga de trabalho que tivesse que sempre trabalhar aos domingos (58%), sendo a folga de descanso durante a semana, enquanto 27% não aceitariam. 39% dos consumidores costumam fazer compras aos domingos e feriados A abertura do comércio aos domingos e feriados favorece não somente as vendas, mas também ajuda aquela parcela da população que trabalha durante a semana e muitas vezes só conta com os domingos para fazer suas compras em supermercados, lojas de rua e shoppings. De acordo com a pesquisa, 39% dos entrevistados costumam fazer compras aos domingos e feriados. Outros 39% compram apenas às vezes e 18% não têm esse costume. Metodologia A pesquisa ouviu 600 brasileiros residentes em todas as capitais, com idade igual ou superior a 18 anos, ambos os sexos e todas as classes sociais. O levantamento foi realizado pela internet em pontos de fluxo de pessoas, considerando as 27 capitais do país. A margem de erro é de 4,0 pontos percentuais para um intervalo de confiança a 95%. Baixe a íntegra da pesquisa em https://www.spcbrasil.org.br/pesquisas

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Conheça Simony: criadora do Nina e destaque da Forbes Under 30

Natural do bairro de Dois Unidos, na periferia da Zona Norte do Recife, Simony César criou uma solução para um problema que ela vivenciou de perto desde cedo: o assédio às mulheres no transporte público. Simony é filha de uma ex-cobradora de ônibus. Na sua família várias pessoas trabalham nos coletivos do Recife. Quando ela mesma trabalhou numa empresa do setor, por um breve tempo, viu como as denúncias abertas pelas passageiras eram ignoradas. Na universidade, a indignação com o silêncio diante da violência contra as mulheres nos ônibus se transformou em pesquisa e em um serviço, que atende pelo nome de Nina. Ela conseguiu uma publicação científica no Congresso Cybercultura, o que validou cientificamente sua ideia inicial. Após os primeiros passos na academia, o projeto foi aprovado em um edital de empreendedorismo social da RedBull. “Eu queria entender como a violência de gênero na mobilidade urbana é um fator impeditivo para acesso e manutenção das mulheres no curso superior. Uma amiga sugeriu criarmos um produto viável. Fizemos um app para que as mulheres denunciassem o assédio no campus. Depois dessa experiência, percebemos que precisávamos criar uma tecnologia que viesse integrada em aplicativos e não desenvolver um app”, explica Simony. O projeto foi escolhido pela Toyota Mobility Fondation para receber apoio financeiro e institucional. Com a tecnologia desenvolvida, foi a capital cearense o local escolhido para aplicar a solução. E o Nina foi embarcado no aplicativo Meu Ônibus Fortaleza. Ao apertar um botão no app, as passageiras abrem um alerta e a empresa é obrigada a emitir as imagens do horário da ocorrência do assédio para a Polícia Civil em até 72h. Simony lembra que o serviço não é só de tecnologia. “Temos duas frentes, a tecnologia e a consultoria para mobilidade e gênero. Costuramos toda a política pública para depois integrar a solução tecnológica”. Com as notificações, há um mapa de informações que passam a ser acessadas pela Prefeitura de Fortaleza para combater a violência contra as mulheres. Essa solução, que nasceu na academia e já está em uso na vida real, chamou a atenção da Forbes. E no dia 31 de dezembro a versão digital da lista começou a circular com o nome da pernambucana. “Isso nunca tinha sido um sonho para mim, nem imaginava a repercussão que veio após a divulgação”, surpreende-se Simony. A jovem pretende levar a Nina para outros estados e até países. A startup planeja também criar um selo de cidades seguras para mulheres. Há uma expectativa de implantação do sistema em Pernambuco. O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Marcelo Bruto, afirmou em entrevista à Algomais que o Governo do Estado tem interesse no sistema e está em fase final de desenvolvimento do sistema operacional da frota de transporte (Simop). “Queremos finalizar o Simop no primeiro semestre. Estamos discutindo um plano de trabalho e forma de financiamento. Temos todo desejo de integrar essa tecnologia e tê-la presente dentro do Simob e também no protocolo de atendimento às denúncias e ocorrências da SDS e da Secretaria da Mulher. Estamos numa fase dessa de entendimento e desenho dos protocolos e operação, ao mesmo tempo discutindo condições de financiamento para fechar essa equação. Esperamos que ainda durante o ano conseguirmos esse resultado”. Mais 5 cidades iniciaram os trâmites para implantação da nossa tecnologia em 2020. De acordo com Simony, que tem circulado o mundo discutindo o tema da violência contra mulher no transporte público e apresentado a solução do Nina, há possibilidade de levar a tecnologia e a consultoria do Nina também para outros Países. Um projeto em fase inicial ainda com a MAN, empresa do grupo Volkswagen que produz caminhões e ônibus, estudar a possibilidade da tecnologia da Nina ser embarcada de fábrica nos ônibus da marca, inicialmente na África do Sul. “A Nina quer garantir a cidade segura para as mulheres!”, afirmou a empreendedora. Mais informações sobre o Nina pelo site: portal.ninamob.com. Para acompanhar os passos de Simony, o perfil no Linkedin é www.linkedin.com/in/simonycesar  

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Conheça Renan: Empreendedorismo e criatividade reconhecidos na Forbes

O empreendedor Renan Hannouche, chegou aos 29 anos já tendo uma série de startups na sua caminhada. Um reconhecimento recente da Forbes Under 30 o levou a outro patamar de reconhecimento profissional. A publicação destaca jovens com futuro promissor em diversos segmentos. Até a adolescência, ele era conhecido na escola como um estudante nerd e extremamente tímido, além de vítima de bulliyng. Numa mudança de colégio para poder disputar melhor uma vaga na universidade, ele teve uma virada de comportamento a partir de uma conversa com o pai. “Ele me disse: vamos colocar você num colégio maior, que tende a ser mais importante para você passar no vestibular. Nesse novo colégio ninguém sabe do seu passado, dos seus erros e apelidos. Você tem uma folha em branco para construir o Renan que você quer ser”. . . Aprovado em engenharia da computação, ele virou a chave para a área de tecnologia e, mais que isso, desenvolveu um talento para a inovação. Da universidade ao reconhecimento da Forbes, ele atuou em vários lugares. Criou um negócio para construção de sites de pequenas empresas que estavam fora do ambiente digital ou com presença online precária. Depois dessa primeira experiência, trabalhou na Embratel e foi cofundador de várias startups: Social Atmosphere, Let’s, Stape Music, Saly e Justin. “Não fui reconhecido pela Forbes por causa de um desses projetos, mas pelo pot-pourri. Acho que é a nossa história que nos faz ser reconhecidos pela revista”. A mais recente empreitada de Renan é o Gravidade Zero, um laboratório de inovação e impacto social instalado no Cabo de Santo Agostinho. O novo projeto, que Renan lidera ao lado de Dante Freitas, será instalado no Cone Multimodal. Trata-se de um espaço de incubação de startups e coworking de empreendedores e investidores tanto para resolver problemas das empresas instaladas no Cone, como da sociedade. “O Gravidade Zero é um programa não convencional de múltiplas facetas, de disrupção e inovação. Também é um prédio estrategicamente voltado para impactar o Estado, mas queremos que seja sede de geração de negócios de impacto social de Pernambuco para o mundo”, afirmou Renan. “Queremos unir pessoas com princípios e propósitos em comum que estão dispostos a se dedicar, a se doar, para tornar o mundo melhor. E o Gravidade Zero será esse centro de impacto social, empreendedorismo, educação e inovação. Esse Pot-pourri estará sendo entregue através de todos os anfitriões do centro. Não é um ambiente de competição, mas de conexão, de soma. Queremos estar junto ao Porto Digital, Cesar, Porto de Suape, Manguezal e todas iniciativas convergentes e alinhadas com o impacto social”, declarou Renan. “O princípio do Gravidade Zero é se libertar das normas. Devemos buscar mais da nossa anormalidade, a nossa naturalidade, que é a forma como nascemos, com as diferenças que temos da sociedade, não simplesmente pessoas que tem que seguir regras e aí todo mundo parece mais do mesmo”, afirma o empreendedor. “A maior parte das metas de nós seres humanos são pequenas, que só alteram o nosso ter. As metas maiores, de 10 vezes, nos fazem precisar aprender e desaprender. Buscar ser humanos melhores. Nossa maior diferenciação é a nossa autenticidade”. Acompanhe Renan no Linkedin, no perfil: www.linkedin.com/in/renanht

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Conheça Philippe Magno: head da Foz, premiado pelo MIT e pela Forbes

Philippe Magno, atual head da Foz, Centro de Inovação em Saúde e Educação da Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS) e do Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip) é destaque entre os jovens empreendedores pernambucanos. Antes da Foz, ele passou também pela startup Handsfree, que permitia aos deficientes físicos controlar equipamentos remotamente apenas com o movimento da cabeça. Uma trajetória que o levou à lista da Forbes Under 30 no início de 2019. Já em 2020, ele foi eleito pelo MIT como um dos jovens empreendedores mais inovadores da América Latina. “A Forbes foi um marco na minha carreira. Estar na maior revista de negócios do mundo, que traz uma lista muito seletiva, foi um excelente reconhecimento do trabalho, que hoje se consolida na Foz. Já em relação ao MIT, o sentimento é outro, é incentivo para continuar neste caminho. O Brasil é muito hostil para os empreendedores”, adverte Philippe. Formado em marketing, ele sempre atuou na área de negócios. Na sua trajetória, acabou entrando de cabeça na área executiva no campo da saúde e educação. Antes da Forbes e do MIT, ele já foi reconhecido também pelo Prêmio Laureate Jovem Empreendedor, em 2015, e foi o representante brasileiro na Creative Business Cup, que aconteceu na Dinamarca, em 2017. À frente da Foz, o empreendedor afirma que sua missão é melhorar a saúde e a educação do País. Em 2020, o centro de inovação irá abrir um edital para novas seis startups para um programa de desenvolvimento de 12 meses e abrirá também um coworking. “No Brasil falta inovação por ausência de investimento em educação, pesquisa e desenvolvimento. Nosso trabalho na Foz é para contribuir para mudar esse cenário, com mentorias e assessoria para desenvolvimento de negócios das startups”, afirma Philippe. O Centro tem o objetivo de conectar, formar e inspirar startups, pesquisadores, profissionais de saúde e de educação, estudantes, empreendedores e inventores a desenvolverem novos produtos, tecnologias, soluções e serviços que possam trazer impactos no desenvolvimento educacional e nos tratamentos de saúde. Você pode ter mais informações de Philippe no seu site profissional www.philippemagno.com.br ou pelo Linkedin: www.linkedin.com/in/philippe-magno

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Rodada de Negócios da Moda Pernambucana acontece neste mês

Os eventos de lançamento da 29ª edição da Rodada de Negócios da Moda Pernambucana, realizada pela Associação Comercial e Empresarial de Caruaru (Acic) e correalizada pelo Sebrae, acontecerão em Caruaru e no Recife, nos dias 4 e 5 de março, respectivamente. Em Caruaru, o lançamento será no Auditório do Senac, às 18h, e, no Recife, no Mercado Eufrázio Barbosa, às 17h, e ambos contarão com a presença do autor Mário Queiroz, que irá ministrar palestra e workshop gratuitos. A 29ª RNMP acontecerá de 11 a 13 de março, no Polo Caruaru. Nas ocasiões, Mário Queiroz fará o lançamento do livro “Homens e moda no século XXI” (Editora Senac Rio). O autor é designer, especialista em Negócios da Moda e doutor em Comunicação e Semiótica. Atua como professor e coordenador de cursos na área. Ele tem outros dois livros publicados: “O herói desmascarado – a imagem do homem na moda” (Editora Estação das Letras e Cores) e “Organização de Desfiles” (Editora Saraiva). Uma das novidades da edição será uma ala com 30 marcas de moda autoral, nos mais diversos segmentos, a exemplo de roupas, joias e acessórios, que disponibilizarão peças a pronta-entrega nos dias de evento. A rodada de negócios de moda autoral faz parte do programa Circuito Moda Pernambuco (CMP), que o Núcleo Gestor da Cadeia Têxtil e de Confecções em Pernambuco (NTCPE) irá promover durante os dias de RNMP, em parceria com Sebrae e Senac. Uma das expositoras caruaruenses, Ivanna Galindo, afirma que esse é um espaço fundamental para a divulgação da moda autoral. “A minha marca, Iv Galindo Acessórios, por exemplo, tem uma proposta de levar um novo olhar para objetos. Alguns deles, que seriam descartados, são ressignificados em acessórios afetivos. Na rodada de negócios, desejo ter a oportunidade de fazer bons negócios com lojistas que tenham o perfil dos meus acessórios”, diz. Para a serra-talhadense que vive em Caruaru, Dani Santos, da Ayô, esse é um espaço muito importante. “Na região, em grande parte, vemos o fast fashion. A gente vem com um produto diferenciado, que vai mostrar a identidade do nosso mercado. Como aqui é um polo de criação, a gente pode se destacar no contexto de criadores. Levar isso para uma grande rodada de negócios, onde temos gente do País todo, é incrível, principalmente para as marcas pequenas”. A edição outono/inverno da Rodada de Negócios da Moda Pernambucana contará com 171 marcas expositores confirmadas e será disposta em uma área de 6.500 metros quadros, espaço físico 10% maior que no ano passado. Para esta edição, há uma projeção de crescimento de 5%, em relação à rodada do mesmo período do ano passado, que movimentou R$ 16 milhões. Serviço Lançamento da 29ª Rodada de Negócios da Moda Pernambucana em Caruaru Data: 04 de março Horário: 18h Local: Auditório do Senac – Av. Maria José Lyra, 140, bairro Indianópolis Entrada: Franca

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Tipo do sapato influencia saúde dos pés

O salto alto sempre foi sinônimo de elegância, principalmente para mulheres em cargos executivos. Apesar disso, o queridinho do vestuário feminino é apontado como um dos agravantes de problemas na coluna e da saúde dos pés. Mas, recentemente, as consumidoras têm defendido o direito de as mulheres usarem sapatos sem saltos, como tênis e sapatilhas, para trabalhar, prezando pelo conforto e o bem-estar. A mudança recebeu o aval dos fashionistas. Marcelo Torres, ortopedista e especialista em pé do Hospital Jayme da Fonte, pontua os sapatos menos indicados. “Apertado ou folgado, com salto demasiadamente alto, com bico fino. Esses são calçados que interferem na biomecânica da marcha e a médio e a longo prazo podem trazer repercussões negativas para os pés”, alertou. De acordo com Torres, o sapato ideal deve ser confortável e respeitar a dinâmica da caminhada. Entre os modelos de calçado, existem aqueles que se aplicam em determinados usuários, por exemplo, o salto plataforma tem sua utilidade naquelas pacientes em quadro de dor aguda ocasionada pela fascite plantar. Trata-se da inflamação da fáscia plantar, uma membrana de tecido conjuntivo fibroso e pouco elástico, que recobre a musculatura da sola do pé, e é um dos fatores que contribui para o desenvolvimento do esporão de calcâneo, caracterizado pelo aumento do osso do calcanhar. “Esse calçado permite o relaxamento da fascia, poupando-a da sobrecarga e promovendo alívio da dor”, explicou. “Mas seu uso deve ser priorizado apenas no quadro agudo. O uso crônico pode levar a um encurtamento da fáscia, justamente pela constante posição de relaxamento, deixando uma predisposição a novas inflamações”, ponderou o especialista. Já aqueles calçados de bico fino, apesar da grande popularidade entre as mulheres, são um perigo a saúde. “Não trazem nenhum benefício. Promovem um aperto constante na região anterior do pé, influenciando na evolução de doenças como joanetes, bursites e calos”, salientou. Antes renegado pelo mundo fashion, o tênis passou a ser visto com outros olhos, agora é encarado como solução aos novos tempos e espaços ocupados pelas mulheres, seu conforto e praticidade conquistaram o público feminino. “Em geral, os tênis respeitam a biomecânica da caminhada e protegem os pés de sobrecargas que venham a culminar em processos patológicos”, elucidou. As sandálias rasteirinhas e sapatilhas também são uma opção viável no dia a dia da mulherada. “Não apresentam contraindicação específica. Apenas devem ser evitadas nos pacientes em quadro agudo de fascite plantar”, indicou. Para caminhadas, os tênis seguem absolutos como os mais indicados, justamente por serem adaptados para atividades de maior carga. A publicitária e empresária Marta Lima é uma das adeptas dos calçados baixos no cotidiano, mesmo quando está no escritório. “Eu, normalmente, no trabalho uso salto baixo e isso é pela comodidade e condição de saúde; salto alto dói as minhas costas, cansa as minhas pernas”, afirmou. “Agora, se eu vou para algum evento social ou reunião mais formal, aí eu coloco um salto”, pontuou. Marta aponta que a opção atual pelo conforto não está restrita aos calçados. “No próprio vestir, um vestido mais confortável, uma roupa mais aberta, uma calça com um elástico mais solto, eu acho que caminhamos para um vestuário mais confortável e adequado ao clima”, analisa. Fato é que, de uns tempos pra cá, os tênis foram aceitos no ambiente profissional como solução simples e confortável para a saúde. “A mudança é que, de fato, a sandália rasteirinha era uma coisa aceita, o tênis não, era um calçado de final de semana, para esporte, e hoje passou a ser aceito com vestido, com calça e é uma opção confortável e boa pra saúde”, resumiu Marta. Para os homens, o uso de calçados também requer certa responsabilidade. De acordo com Marcelo Torres, deve-se evitar sapatos sociais ou sapatênis que sejam apertados ou folgados. Se estiverem em tamanho correto e confortáveis, não há qualquer restrição. Outra revelação do ortopedista é a de que andar descalço faz bem. “Estimula e fortalece a musculatura intrínseca do pé. Principalmente em crianças que estão em desenvolvimento. Obviamente não é indicado para atividades de alto rendimento e para situações patológicas específicas”, advertiu. Os pés são a base do nosso corpo. Nos sustentam por toda uma vida. São fundamentais para o processo de andar e, por consequência, para o nosso deslocamento, portanto é extremamente necessário ter uma atenção especial para eles. “Basicamente são os responsáveis biológicos pelo direito de ir e vir. Com tamanha importância, devem e merecem ser bem cuidados”, orienta Torres. “Além de evitar os ‘inimigos’ já citados, é de bom senso a prática regular de exercícios e de alongamentos, claro que respeitando a demanda individual de cada um”, reiterou. “Assim eles podem estar aptos para executar a nobre missão que lhes cabe”, justifica. O médico alerta para em caso de dor, limitação funcional ou qualquer contexto que comprometa a saúde dos pés, é de fundamental importância a orientação de um profissional habilitado para os devidos cuidados e orientações. *Por Yuri Euzébio, da Revista Algomais (redacao@algomais.com)

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Alfredo Gomes: “Precisamos dialogar com a sociedade”

Alfredo Macedo Gomes assume a reitoria da UFPE numa época em que a ciência e a academia são criticadas e sofrem com cortes de verbas. Graduado em psicologia, com mestrado em sociologia e doutorado em educação (PhD) pela University of Bristol, o novo reitor propõe, nestes tempos em que setores rejeitam o conhecimento científico, que a universidade tenha um papel protagonista na busca de soluções para o País. Sertanejo de Ouricuri, ele comemora a interiorização dos cursos universitários e a política de cotas como forma de democratizar a instituição. Para enfrentar o contingenciamento de verbas, ele disse, nesta conversa com Cláudia Santos e Rafael Dantas, que discutiu o assunto numa reunião com o Ministério da Educação, e busca também novas fontes de recursos com a instalação de uma usina fotovoltaica e o aluguel de espaços como o Centro de Convenções da UFPE. Quais os planos da sua gestão? É uma gestão que procura recuperar uma universidade que teve seu protagonismo na relação com a sociedade, com o sistema produtivo, com os movimentos sociais e culturais. Temos que fazer um amplo diálogo com comunidade, professores, técnicos e estudantes para construir uma instituição e fortalecê-la coletivamente por meio da participação. Também organizamos um processo de planejamento. Temos nos debruçado sobre a questão da universidade de modo geral, seus diferentes setores, para fazer um diagnóstico mais detalhado. Temos feito reuniões para estabelecer objetivos, metas e estratégias para depois dizer as prioridades e como colocar isso na questão temporal. Vamos dar um foco especial na infraestrutura, temos excelentes equipamentos que precisam ser recuperados para estar à disposição da nossa comunidade e da sociedade de uma maneira geral, como o Núcleo de Educação Física e Esporte. A comunidade do entorno da universidade utiliza muito esses equipamentos. Precisamos desenvolver uma política de lazer e esporte tendo em vista a qualidade de vida. Também está nos planos a recuperação do complexo cultural, o teatro afundou o piso e desde 2013 está fechado. Estamos recuperando o Centro de Convenções, o Cecon, vamos finalizar a recuperação da concha acústica, por volta de abril ou maio do próximo ano, para desenvolver também as políticas culturais. Priorizamos ainda a qualidade do ensino, da pesquisa, da extensão, e estamos preocupados em recuperar boas taxas de aprovação e de terminalidade dos cursos de graduação. Como o senhor está lidando com os cortes do MEC? A universidade tem carências e necessita de recursos adicionais para que possamos dar um salto de qualidade. Houve um período em que o que dominou a agenda foi expandir e neste momento não conseguimos dar conta de ter uma boa infraestrutura. Estivemos no Ministério da Educação duas vezes para apresentar os projetos da universidade, de solicitar recursos para finalizar as obras em andamento. Ainda não tivemos o desembolso desses recursos porque faz parte de um processo mais longo. Temos procurado ações que garantam o funcionamento da universidade no longo prazo. Colocamos recursos para contratar uma usina fotovoltaica e com o dinheiro economizado aplicaremos em outros projetos. Tomamos medidas para colocar em prática um plano de sustentabilidade financeira, captando recursos por meio de ações como fazer a locação do Cecon para a sociedade. Temos vários outros equipamentos, como o Núcleo de Educação Física. Isso sem comprometer a utilização acadêmica. Os países que mais se desenvolveram foram os que mais investiram em educação e ciência. Diante desses cortes, qual a perspectiva do futuro do desenvolvimento do Brasil? Hoje o conhecimento é (talvez o termo não seja adequado) um insumo estratégico para o desenvolvimento de qualquer país. Conhecimento, assim como as universidades, é estratégico para colocar o Brasil de forma diferenciada no processo global. Se ignorarmos esses fatos concretos, vamos jogar o País para trás. Precisamos ter investimentos constantes e de longo prazo na área tecnológica e científica, para colocar o Brasil em outro patamar. É necessário fazer um grande esforço em educação, ciência e infraestrutura no Brasil para dar um salto de qualidade. É preciso investir na formação de professores, infraestrutura escolar, métodos de ensino adequados, equipamentos. Isso é muito dinheiro, mas tem que ser uma decisão estratégica e ter constância na pauta nacional durante 10, 20 anos. Do contrário, dizer que educação é um assunto importante continuará sendo uma figura de retórica. Como está a implantação da usina fotovoltaica? Fizemos a contratação no final de 2019 e ela vai ser executada ao longo de 2020. Foi um recurso liberado pelo MEC. Pagamos hoje R$ 1,6 milhão na conta de energia por mês. O dinheiro economizado será revertido para a manutenção, em políticas que envolvem iniciação científica, programas de extensão, bolsas para estudantes. Cinquenta por cento deles são provenientes de escolas públicas e isso alterou profundamente o perfil da universidade que era voltada para as classes médias e bem abastadas. Com a política de cotas, a universidade ficou com um perfil de que é mais a cara do Brasil. Por isso temos que implantar políticas de permanência dos estudantes. Isso envolve não apenas ter residências estudantis e restaurante universitário, mas ter também outras políticas. Essa mudança afetou o desempenho acadêmico? Não. Os dados de que a UFPE dispõe mostram que não há alteração do ponto de vista do desempenho. Temos áreas que, independentemente das cotas, têm um índice alto de evasão e de repetência. Isso acontece no Brasil como um todo em instituições públicas e privadas. Precisamos mudar as práticas pedagógicas porque não é admissível que 80% de uma determinada turma não conclua o curso. Nas áreas das engenharias, de exatas e da natureza as médias de evasão são muito altas. Alguma coisa está errada, não se pode dizer que a culpa é exclusiva dos estudantes. Precisamos fazer uma discussão, melhorar os métodos de ensino, fazer a formação do ponto de vista pedagógico dos professores, melhorar a questão da presença mais permanente dos estudantes. Uma universidade não é um curso de ensino superior, em que o estudante participa da aula e depois vai para casa. É também participar da iniciação científica, de seminários, de programas de extensão, de monitoria. O

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Lições do líder Jürgen Klopp

*Por Teresa Ribeiro No futebol encontramos exemplos claros de como a liderança pode ser exercida. No campo, os líderes são capazes de influenciar indivíduos e grupos, no sentido de alcançar objetivos previamente estabelecidos. Essa é uma receita do sucesso também no mundo corporativo. É fácil falar de um líder campeão, especialmente quando é um campeão da liga europeia, mas quando se trata de falar do alemão Klopp, há quatro temporadas comandando o Liverpool, chega a ser empolgante. Ele nos dá lições de gestão o tempo todo sobre como formar um time, gerenciar equipes, planejar, focar nos objetivos e buscar resultados de forma incansável. Na sua prática enquanto gestor, é visível, no quesito formação de equipes, como o objetivo coletivo é sempre maior do que os objetivos individuais. Em um lugar cheio de “grandes estrelas” (em competência técnica, capacidade de entregar resultados e, muitas vezes, como inspiração para uma infinidade de fãs e futuros futebolistas), a estrela que mais brilha é a do coletivo. Klopp consegue trabalhar o potencial de cada jogador, respeitando as diferenças técnicas, os estilos pessoais, os aspectos culturais e religiosos. Cuida de cada um na sua individualidade e com respeito, estimulando, abraçando e agradecendo após cada partida, mesmo que, eventualmente, não tenham desempenhado bem o trabalho ou falhado em algum ponto. Trata todos de forma carinhosa e igual, não privilegia ninguém, mesmo reconhecendo seus maiores talentos e melhores jogadores. Seu planejamento e busca de resultados é permanente, nos incansáveis treinos regulares e nas estratégias e correções de rumo. Não desiste, está junto o tempo todo e acredita no potencial da sua equipe. Vale lembrar que Klopp não está preso à lógica perversa que mede o sucesso de um trabalho pela conquista de um título, qualquer que seja. Durante inúmeras entrevistas, não se cansa de repetir que “…sucesso ou fracasso não podem ser mensurados tão somente por alguns números…”. Ele considera que o seu trabalho mais apaixonante é desenvolver o potencial dos jogadores e ajudá-los no seu crescimento enquanto profissionais. “Um jogador de um time grande como o Liverpool normalmente atua com 90% a 95% do seu potencial. Cabe a mim conseguir fazer com que entre em campo esbanjando 100%. É isto que muitas vezes vai fazer a diferença”, já declarou ele. Outro aspecto muito trabalhado pelo treinador é o fator motivacional baseado em duas colunas mestras: fé e vontade. O capitão Henderson reconhece: “A palavra de Jürgen no vestiário nos leva à inabalável crença de que podemos, sim, conquistar o que quisermos”. “Nunca vi nada parecido”, explica o intransponível zagueiro Virgil van Dijk. “Ele sempre nos diz: ‘Vocês não jogam só por vocês mesmos. Vocês jogam por todos aqueles que estão sempre disponíveis para lhes ajudar, por seus companheiros, por seus fãs, pelos funcionários do clube que sempre fazem de tudo para que vocês possam dar o melhor em campo’. Essa mensagem toca fundo o nosso coração”. E tem ainda o fator empatia. Nas dependências do clube, tem-se a nítida impressão de que Klopp é amigo de todos, dos funcionários, dos gestores e executivos. Esse é um líder!   *Teresa Ribeiro é sócia da TGI Consultoria em Gestão

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Tratamento contra o câncer de mama pode ficar menos agressivo

Uma substância inédita desenvolvida no Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP apresentou resultados promissores na busca por um tratamento menos agressivo para pacientes com câncer de mama. Após ser misturado com a Doxorrubicina – um dos quimioterápicos utilizados no combate à doença -, o novo composto permitiu que o medicamento tivesse 95% de sua concentração reduzida, mantendo a mesma eficácia. “Diminuindo a concentração do fármaco, é possível evitar uma série de efeitos colaterais, como queda de cabelo, náuseas, perda de peso, problemas cardíacos, entre outros. Muitas vezes, esses efeitos são tão fortes que o paciente precisa tomar outros remédios para conter os sintomas”, explica Andrei Leitão, professor do IQSC e orientador do estudo. Além de reduzir os efeitos colaterais, a utilização de medicamentos em menores concentrações no combate ao câncer de mama poderá baratear o custo de seu tratamento, possibilitando que mais pessoas sejam atendidas. Durante a realização do trabalho, que levou cerca de dois anos para ser concluído, os cientistas estudaram diversas substâncias criadas no Grupo de Química Medicinal & Biológica (NEQUIMED) do Instituto com o objetivo de combiná-las com fármacos já disponíveis no mercado para o tratamento do câncer. “Nós fizemos várias análises para entender os mecanismos de ação de alguns compostos e descobrir qual era o mais promissor para impedir a evolução da doença”, revela Talita Alvarenga, autora da pesquisa e doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Bioengenharia, oferecido em parceria pelo IQSC, Escola de Engenharia de São Carlos (EESC) e Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP). A substância selecionada pelos pesquisadores é constituída, basicamente, de aminoácidos quimicamente modificados. O novo composto tem potencial para “frear” uma eventual migração da doença pelo organismo (metástase) e foi combinado com a Doxorrubicina, quimioterápico conhecido por sua utilização no tratamento de vários tipos de câncer. “A pergunta que norteou nosso trabalho foi a seguinte: o que aconteceria se misturássemos um medicamento que, sabidamente, mata as células cancerosas com uma substância que inibe sua multiplicação? “, questiona Andrei. Após aplicarem a combinação desenvolvida em células humanas com câncer (testes in vitro), os cientistas foram surpreendidos pelos resultados. “Utilizando a nossa substância em conjunto com o medicamento, foi possível obter a mesma eficácia que ele teria se fosse aplicado sozinho, mas com uma concentração de quimioterápico 33 vezes menor, o que equivale a uma redução de 95%”, comenta Talita, que teve sua pesquisa financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Outro resultado interessante observado pelos pesquisadores foi que o composto combinado passou a se comportar de forma mais seletiva, ou seja, atacando majoritariamente as células cancerosas e preservando as células saudáveis. De acordo com o professor do IQSC, a terapia combinada possui diversas funções dentro da medicina e tem sido amplamente adotada por profissionais da área da saúde, principalmente para aumentar a eficiência de alguns tratamentos. No caso do câncer, a utilização de substâncias em conjunto surge como uma alternativa interessante para conter a doença, que pode se tornar resistente a alguns medicamentos convencionais por se tratar de uma enfermidade que apresenta muitas variações, subtipos e reações dentro do organismo dependendo do fármaco utilizado para o seu controle. Outro exemplo citado pelo docente é a Aids, cujo tratamento demanda um coquetel de remédios combinados para combater os sintomas gerados pela ação do vírus HIV. “Essas combinações precisam ser testadas no laboratório, pois não há modelos computacionais suficientes que possam prever os efeitos de todas essas misturas”, complementa o docente. Vilão frequente – Segundo estudo divulgado pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), o Brasil deve registrar cerca de 66.280 novos casos de câncer de mama em 2020, o que significa cerca de 61 ocorrências a cada 100 mil mulheres. A maior incidência da doença será no Estado de São Paulo, onde são esperados mais de 18 mil casos. Em 2017, o País registou 16.724 óbitos por câncer de mama, o segundo tipo que mais acomete as mulheres, perdendo apenas para o de pele não melanoma. No mundo, o câncer de mama é o mais comum entre o público feminino – só em 2018, foram registrados 2,1 milhões de casos. Fatores como obesidade, sedentarismo, menopausa tardia, além de questões genéticas, hereditárias e ambientais, contribuem para o aumento do risco de desenvolver a doença. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento gratuito para mulheres afetadas pelo câncer de mama, com a realização de exames, cirurgias, radioterapia e quimioterapia. Como forma de estimular a prevenção e o diagnóstico precoce, o Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos, sem sintomas ou sinais da doença, façam a mamografia a cada dois anos e realizem regularmente o autoexame. Os próximos passos da pesquisa da IQSC serão os testes em animais, que devem começar neste primeiro semestre, no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, em São Paulo. Se todos os resultados obtidos até o momento se confirmarem nas etapas seguintes do estudo, inclusive nos testes em humanos, a expectativa é de que a substância possa estar no mercado em alguns anos.

Tratamento contra o câncer de mama pode ficar menos agressivo Read More »