Rafael Dantas, Autor em Revista Algomais - a revista de Pernambuco - Página 426 de 435

Rafael Dantas

Rafael Dantas

Reflexões pós-carnavalescas

Mais um Carnaval se foi, levando consigo os quatro dias de alegria contagiante. Nas ruas, hoje desnudas de confetes e serpentinas e órfãs de sorrisos escancarados, ecoam – ainda bem que o melhor de tudo não se foi – os acordes dos nossos frevos mais belos. Vassourinhas, por exemplo, de Matias da Rocha e Joana Batista Ramos, composto há mais de 100 anos, até hoje incendeia ruas e salões, parecendo trazer mais energia ao folião. A arte de Levino Ferreira não deixa por menos, com sucessos do naipe de A cobra está fumando, Diabo solto, Retalhos de saudade, e tantos outros sucessos. Lídio Francisco, mais conhecido como Lídio Macacão, ou ainda como O Conde de Guadalupe (bairro olindense), se faz presente com Escama de peixe, Três da tarde e Condessa, exibindo a indiscutível qualidade característica da sua obra. O que dizer de Zumba, havido pelo sociólogo Gilberto Freyre e pelo maestro Guerra Peixe como um dos maiores compositores do frevo pernambucano, ombro a ombro com Capiba e Nelson Ferreira? Zumba, que em 1972 compôs seu último frevo, Alegria do Nordeste, sucesso do Carnaval daquele ano, teve cerca de 100 músicas gravadas. Como se vê, foram e são incontáveis os nossos compositores de frevos, como Toscano Filho, Edson Rodrigues, José Bartolomeu, Lourival Oliveira, Raul e Edgar Morais, Levino Ferreira, Severino Araújo, Getúlio Cavalcanti, J. Michilis, Heleno Ramalho, isso sem falar dos consagrados Capiba, Nelson Ferreira, Luiz Bandeira, Irmãos Valença... Se você não conhece, tenha o prazer de conhecer mais um excepcional compositor pernambucano: Clídio Nigro. Para começar, saiba que ele é o autor de um vasto repertório, incluindo o frevo Olinda n°1, hino do bloco Elefante de Olinda, transformado, pela suprema vontade do povo, no hino do Carnaval olindense, tão logo foi composto, em 1954. Não lembra? Vai lembrar agora. A última estrofe é esta: Olinda! | Quero cantar | A ti, esta canção, | Teus coqueirais, | O teu sol, o teu mar | Faz vibrar meu coração | De amor a sonhar | Minha Olinda sem igual, | Salve o teu Carnaval. É música tão importante, que Chico Buarque, que passava o carnaval aqui, ao escutar a multidão cantando a música em uníssono exclamou: Isto é que é o verdadeiro compositor popular. Olha, o povo inteiro cantando a música! Curiosamente, Clídio Nigro não foi sempre um compositor de frevos. Suas primeiras composições datadas de 1937, foram valsas, canções, sambas e até música orfeônica, chegando à Escola Cantorum São Pedro Mártir, em Olinda. A partir dos anos 1940, no entanto, dedicou-se integralmente ao frevo, enriquecendo com suas inspiradas composições a alegria dos clubes, dos blocos e das troças do carnaval olindense. Foi assim que Clídio Nigro tornou-se um carnavalesco sem ser folião. Mas voltando ao Hino do Elefante, apesar de a canção ser uma das mais ouvidas ano após ano, pouca gente sabe que seu nome primordial é Olinda nº 1 e tem uma história curiosa. Chegou a ser oferecida ao grupo rival, Pitombeira dos Quatro Cantos, que não a aceitou. Sabe como foi que a música cumpriu seu destino de ser um clássico carnavalesco? Clídio Nigro e os primos fundaram o bloco Elefante, que incorporou o frevo, e assim nasceu o hino carnavalesco da cidade de Olinda. Mas a consagrada canção tem outra história curiosa, que até parece pautada no realismo fantástico, posto ser fruto de uma parceria inusitada. A letra foi criada por um músico que também era escrivão criminal, enquanto a melodia – eis algo beethoveniano – resulta de parceria com o poeta surdo Clóvis Vieira. Conheça a trajetória desse talento tão vasto. Quando criança, Clídio Nigro tomava aulas de piano duas vezes por semana. Sua sensibilidade era tanta, que o fez expandir, em pouquíssimo tempo, sua criatividade musical. Logo ele se tornou capaz de compor de ouvido, sem subordinação à teoria musical. Talento abundante, desde muito cedo, com um grupo de jovens como ele formou um pequeno regional e com ele chegou a se exibir na Rádio Clube de Pernambuco, o veículo de comunicação de maior importância naquela época. Criador ímpar, legou à posteridade uma obra variada, destacando-se a marcha de bloco Marim dos Caetés, homenagem à sua Olinda, o frevo de rua Cinquentenário de Vassourinhas de Olinda, Banho de Conde, e tantos outros frevos. Autêntico homem dos sete instrumentos, tocava piano, tocava bandolim, tocava violão, tocava cavaquinho, e vez por outra, também tocava pistom. Mesmo assim, apesar de tanto talento, de tanta versatilidade, Clídio Nigro era um homem extremamente simples, um pai de família calmo, caseiro, e profissionalmente um modesto escrivão do cartório de Olinda. Falecido no dia 22 de setembro de 1982, aos 73 anos de idade, Clídio Nigro teria, segundo sua filha Cleonice Nigro, enviado uma mensagem psicografada nestes termos: Tudo não passou de um sonho o meu caminhar na vida. Caminhos tão serenos, numa existência tão querida. Encontro a realidade e vivo novos sonhos, sublimes e tão lindos, quem me dera nova vida. Quando se aproximava aquele 22 de setembro, já soando ao longe os clarins da hora da partida, os blocos, sabendo que ele estava seriamente enfermo, todos, passavam em frente à sua casa, e reverenciavam o invulgar olindense. Ele ficava na janela vendo os blocos que o cumprimentavam com seus estandartes, e as lágrimas transbordavam dos seus olhos. Na bela Marcha da quarta-feira de Cinzas, os autores, Vinicius de Moraes e Carlos Lyra, dizem que acabado o Carnaval ninguém ouve cantar canções... Pois em Pernambuco, e não só no Carnaval, a música de Clídio Nigro é ouvida e sentida, como que Olinda esteja ao mesmo tempo cantando e pranteando o seu filho tão ilustre. *Por Marcelo Alcoforado

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A calçada do Panamá

Aproveitei o Carnaval para conhecer a Cidade do Panamá e o famoso canal sobre os quais já tinha ouvido muito boas referências. ­Com a facilidade do voo direto pela Copa Airlines, do Recife para lá, e do roteiro cuidadosamente elaborado pelo companheiro do Observatório do Recife e do INTG, o panamenho Rubén Pecchio, desembarcamos na cidade mais imponente da América Central. Considerada a “Dubai latino-americana” pela quantidade e pelo tamanho dos seus edifícios à beira mar, os mais altos do subcontinente, a Cidade do Panamá, de fato, impressiona. Antes do colosso de engenharia que é o canal interoceânico que completou 100 anos em 2014, chama logo a atenção do visitante a Cinta Costeira, um parque linear na Av. Balboa, na costa do Pacífico, recém-inaugurado, com calçadão, ciclovia de 3,5 km, jardins, playgrounds, áreas para eventos ao ar livre, obras de arte etc., muito bem frequentado no final da tarde, quando a temperatura ambiente reduz-se para abaixo dos 30 graus (chega aos 35 graus durante o dia nesta época do ano). Trata-se, de fato, de algo que se pode chamar, sem problemas, “de primeiro mundo”. Todavia, o que logo me chamou a atenção, depois desta boa primeira impressão, foi o deplorável estado das calçadas locais. Na própria Avenida Balboa, do outro lado do parque linear Cinta Costeira, logo à frente dos grandes e modernos edifícios, as calçadas chegam a ser piores do que os piores trechos da nossa Av. Conselheiro Aguiar, que são bem ruins pelos padrões civilizados. E o que é mais grave, como uma espécie de maldição que me persegue, cheias de carros estacionados em cima... Confesso que fiquei triste. Não compreendo como as pessoas não entendem que civilização e desenvolvimento não são apenas edifícios modernos e avenidas largas e bem cuidadas (a Av. Balboa, na frente das calçadas deploráveis, tem 10 pistas para veículos automotores). Mas também, e principalmente, a relação que se estabelece com a via pública, na área de contato com ela (em muitos casos, na frente dos prédios, existem enormes estacionamentos que, não raro, invadem as calçadas), e a atenção que se dá ao pedestre, o agente mais frágil do trânsito. É por isso que somos considerados subdesenvolvidos já que não entendemos um óbvio deste tipo. Infelizmente, o Panamá e o Recife ainda têm muito a avançar para virem a ser consideradas cidades minimamente desenvolvidas.

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O CÉREBRO

Haja complexidade: o cérebro humano tem 86 bilhões de neurônios quepodem formar 100 trilhões de conexões. Se fosse possível criar um computador com o mesmo número de circuitos do cérebro, ele consumiria uma fantástica quantidade de eletricidade de 60 milhões de watts por hora. Isso equivale a quatro usinas de Itaipu trabalhando sem parar. SUICÍDIO Anote aí: são 804 mil suicídios por ano no mundo. Uma pessoa faz a opção pela morte a cada 40 segundos. No Brasil são 11.821. Os homens se matam mais: 9.198 anualmente, e as mulheres, 2.623. A decisão de morrer vem sempre num lampejo. Porém, como todo ato impensado e repentino, não é muito difícil convencer uma pessoa disposta a morrer a mudar de ideia. Tome nota: a ocasião faz o suicida. DESPERDÍCIO Projeto aprovado na França proíbe os supermercados de jogar fora os alimentos que não forem vendidos. As empresas são obrigadas a fazer doações e com os produtos ainda dentro do prazo de validade. Quem descumpre leva uma multa de 75 mil euros.    

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República Sindicalista

Em sociedades democráticas e capitalistas ter sindicatos fortes é importante para assegurar os direitos dos trabalhadores e garantir que as reivindicações das categorias sejam levadas à mesa de negociação. Em muitos países, especialmente nas socialdemocracias europeias, um ou mais sindicatos têm braço político que se materializa em partido atuante no parlamento, ocasionalmente assumindo o governo. No caso brasileiro, o braço político de centrais sindicais, como a CUT, é o Partido dos Trabalhadores (PT). O problema é que a agenda do partido no poder, embora possa e deva conter temas de interesse dos trabalhadores, não deve se confundir necessariamente com os interesses do País. Quem governa, o faz para todos e não para um segmento da sociedade. Os interesses do País não podem ficar subordinados aos interesses de um grupo especifico por mais numeroso que ele seja e por mais legítimas que sejam as suas reivindicações. A oposição do PT à realização de reforma na Previdência Social é exemplar de como os interesses de um partido de origem sindical tentam se sobrepor aos do País como um todo. Tanto o Regime Geral da Previdência Social (RGPS), onde se abrigam os trabalhadores celetistas, quanto os regimes jurídicos únicos (RJU), que abrigam os servidores públicos da União, Estados e municípios, precisam passar por uma profunda reforma. Os déficits nesses sistemas crescem de forma assustadora e caso mudanças significativas não sejam realizadas, os referidos sistemas caminharão celeremente para uma ruptura que conduzirá o País a elevados custos fiscais, sociais e políticos. Medidas duras no presente evitarão custos ainda mais altos no futuro. Todavia, o que se observa é que os governos do PT e sua base parlamentar têm enormes resistências para reformar a Previdência. Aliás, nenhuma grande reforma foi feita pelo PT. As reformas trabalhista e sindical, essenciais para modernizar as relações capital-trabalho no País, estão paralisadas no Congresso Nacional e não prosperam por falta de iniciativa do executivo federal, falta de apoio da base parlamentar e por inércia das duas casas do Congresso. Até mesmo o direito de greve no serviço público não foi regulamentado. O direito de greve deve ser assegurado a todos. No setor privado tal direito está regulamentado, mas no setor público isso ainda não ocorreu por pressão da CUT – que congrega muitos sindicatos de servidores públicos – e, por extensão, do PT por meio de sua bancada no Congresso Nacional. O resultado dessa indefinição é uma serie de paralizações intermináveis de servidores públicos em todos os níveis de governo: professores, médicos, servidores do INSS, policiais civis e até militares, entre outras categorias. Os sindicatos dos servidores, a despeito das negociações continuarem muitas vezes abertas, ignoram a crise fiscal do País, mantêm a paralização por longos períodos de tempo, causando enormes prejuízos à população que depende da provisão desses serviços. De um lado, a intolerância das categorias que vêm na tibieza dos governos espaço político para continuarem as paralisações. De outro, o imobilismo dos governos que não têm coragem de cortar o ponto dos servidores quando todas as concessões possíveis em intermináveis negociações já foram concedidas. Nesse caso vê-se a incapacidade de um governo, que detém nos seus cargos chaves, inclusive o de ministros de Estado, e em milhares de outros cargos comissionados e funções gratificadas, sindicalistas ou ex-sindicalistas, de defender os interesses da sociedade. Caso exemplar é o dos médicos-legistas do INSS em greve desde setembro do ano passado, o que têm causado inúmeros atropelos e inconvenientes à população. A conclusão inevitável é que o governo é leniente, tolerante, subordinando os interesses da sociedade aos de uma categoria porque não consegue se confrontar aos sindicatos que compõem os denominados movimentos sociais que o apoiam e que dão a base de sustentação política ao principal partido no poder. Por fim, o PT não apoia o programa de ajuste fiscal proposto pelo próprio governo. Vai na contramão do que precisa ser feito, insistindo nos mesmo erros que conduziram o País ao atual caos econômico. O argumento é preservar empregos quando o País já cortou, em 2015, mais de 1,5 milhões de postos de trabalho. Na ausência de um programa crível de estabilização macroeconômica, de uma agenda de reformas e de iniciativas para retomar o crescimento econômico, o desemprego vai aumentar cada vez mais. E não existe sindicato dos desempregados.

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Queda do varejo é a maior em 15 anos

A queda de 4,3% no volume de vendas do comércio varejista em 2015 foi a maior desde o início da série histórica, em 2001, da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Essa também foi a primeira vez que um ano fechou em queda, desde 2003. “O comércio varejista reflete o consumo das famílias. Todos os fatores que inibem o consumo das famílias têm um impacto direto no volume de vendas. É uma combinação de enfraquecimento do mercado de trabalho, com a redução da renda real, a confiança do consumidor, a pressão inflacionária, que vem evoluindo principalmente no grupamento de alimentos e combustíveis e a elevação da taxa de juros, que inibe a compra de bens duráveis”, disse a pesquisadora do IBGE, Isabella Nunes. Os principais impactos para a queda de 4,3% vieram dos segmentos de móveis e eletrodomésticos (-14%), supermercados, alimentos, bebidas e fumo (-2,5%), tecidos, vestuários e calçados (-8,7%) e combustíveis e lubrificantes (-6,2%). Entre os oito segmentos pesquisados, apenas um teve crescimento no volume de vendas: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3%). Considerando-se também os dois segmentos que misturam atacado e varejo (e compõem o chamado varejo ampliado), a maior queda veio dos veículos, motos, partes e peças: 17,8%. Os materiais de construção tiveram recuo de 8,4%. (Agência Brasil)

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Estudo mostra melhora do desempenho de jovens brasileiros em matemática

O Brasil está entre os países que mais reduziram o número de estudantes na faixa de 15 anos com baixo rendimento em matemática no período de 2003 a 2012. Conforme dados divulgados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), a Alemanha, a Itália, o México e Portugal também estão nesta lista. Relatório publicado hoje (10) pela OCDE recomenda que, para ampliar os ganhos de rendimento dos estudantes, os países aumentem o acesso à educação na infância, a oferta de atividades diferenciadas para alunos com dificuldades e o incentivo à participação dos pais e da comunidade na vida escolar. O relatório traz uma nova análise do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), divulgado em 2013, mas com dados referentes a 2012. O estudo Alunos de baixo desempenho: Por que ficam para trás e como ajudá-los? examina o baixo desempenho na escola olhando para a família, práticas escolares e políticas educacionais, entre outros fatores. Outra recomendação para melhorar o desempenho em matemática e em ciências e leitura, áreas analisadas pelo Pisa, é oferecer programas especiais para imigrantes e estudantes de áreas rurais. De acordo com a OCDE, a proporção de alunos com baixo rendimento é maior entre os que vivem na área rural. A distribuição equitativa de recursos entre as escolas e a motivação de alunos e professores também são fatores que pesam no desempenho dos estudantes. O relatório ressalta que o baixo desempenho dos alunos traz riscos como o abandono escolar, o acesso limitado a melhor remuneração no mercado de trabalho e menor participação política. “A redução do número de alunos de baixo desempenho não é apenas um objetivo em si mesmo , mas também uma forma eficaz de melhorar o desempenho geral do sistema de educação.” No último Pisa, divulgado em 2013, entre os 65 países comparados, o Brasil ficou em 58º lugar. No entanto, o estudo mostrou que, desde 2003, o Brasil conseguiu os maiores ganhos na performance em matemática, saindo dos 356 pontos naquele ano e chegando aos 391 pontos em 2012. A avaliação, feita pela OCDE, é aplicada a jovens de 15 anos a cada três anos. A pesquisa mede o desempenho dos estudantes em leitura, matemática e ciências. (Da Agência Brasil)

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Deus Não Está Morto 2 já tem data de estreia

Após o sucesso do filme Deus Não Está Morto com mais de 7 milhões de espectadores pelo mundo, sendo mais de 290 mil pessoas apenas no Brasil, segundo o BoxOfficeMojo, a distribuidora California Filmes em parceria com a 360WayUp anunciam a inserção da sequência, sob o título Deus Não Está Morto 2, nas telonas do Brasil a partir do dia 7 de abril. O longa da produtora Pure Flix apresenta no elenco nomes, como: Melissa Joan Hart (Sabrina – Aprendiz de feiticeira), Jesse Metcalfe (Dallas), Hayley Orrantia (Os Goldbergs), Ernie Hudson (Os Caça-Fantasmas), Sadie Robertson (Os Reis dos Patos), Fred Dalton Thompson (Lei & Ordem), Maria Canals-Barrera (Os Feiticeiros de Waverly Place) e Ray Wise (RoboCop e Star Trek). Dirigido por Harold Cronk, será possível reencontrar nessa nova produção alguns personagens que fizeram sucesso na história do primeiro filme Deus Não Está Morto, como: Trisha LaFache (Amy Ryan), Benjamin Onyango (Pr. Jude), David A. R. White (Pr. Dave), Paul Kwo (Martin Yip). Além disso, a participação especial da banda Newsboys (Michael Tait, Duncan Phillips, Jeff Frankenstein e Jody Davis) cantando inclusive a canção de mesmo título, vencedora do prêmio K-Love Fan Awards 2014, God’s Not Dead [Deus Não Está Morto, em português]. Sobre Deus Não Está Morto 2: Com estreia marcada para 7 de abril nos cinemas do Brasil, o filme Deus Não Está Morto 2, conta a história de uma professora cristã que tem sua fé colocada à prova em tribunal. Após citar aos seus alunos um exemplo da fé cristã, ela poderá perder seu emprego por falar de Cristo durante a aula. Nessa trajetória a professora Grace (Melissa Joan Hart) deverá decidir entre negar sua fé ou ir a júri para lutar seu direito à liberdade religiosa. (Da assessoria de imprensa)

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Coleção Postais do Recife no Museu da Cidade do Recife

Devido ao sucesso da primeira edição, o Museu da Cidade do Recife lança a segunda tiragem da Coleção Postais do Recife. Composta por imagens do Carnaval da década de 40 na capital pernambucana e do Rio Capibaribe, a iniciativa é um presente para colecionadores, turistas e amantes da cidade. Os postais estão a venda na lojinha do museu ao preço de R$ 2,00 a unidade. O Museu da Cidade, localizado no Forte das Cinco Pontas, no bairro de São José, é um equipamento cultural da Prefeitura do Recife. Esta segunda edição da "Coleção Postais do Recife" foi lançada no último mês de janeiro. As imagens foram produzidas pelos fotógrafos Alexandre Berzin e Roberto Cavalcanti e retratam o Recife contribuindo para divulgação da história e cultura local. Foliões nas ruas Centro do Recife, o Maracatu de Dona Santa, a festa do extinto Baile dos Amarrados, e brincantes do Bumba Meu Boi e do Urso são algumas das cenas que foram registradas do carnaval recifense. Do Rio Capibaribe, o público pode adquirir postais com registros de suas margens ainda com bastante vegetação no bairro de Dois Irmãos, das embarcações de pescadores e das pontes do centro da cidade. Quem comprar no mínimo cinco postais é presenteado com uma embalagem especial para armazenar os cartões. Ao adquirir a coleção, as pessoas também estão contribuindo com o trabalho de conservação do acervo do Museu – considerado o maior conjunto de fotografias da cidade no século XX. São mais de 200 mil imagens de praças, ruas, festas, construções e tipos populares. A primeira edição da "Coleção Postais do Recife" foi lançada em setembro do ano passado, reunindo belas imagens do Zeppelin e das seis praças criadas pelo paisagista Burle Marx, ainda estão à venda pelo mesmo valor. SERVIÇO: Segunda edição da Coleção Postais do Recife Ponto de venda: lojinha do Museu da Cidade do Recife, Forte das Cinco Pontas, bairro de São José. Horário de funcionamento: Terça a domingo, das 09h às 17h Informações: (81) 3355.9540

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Reverendo Sérgio Andrade é o novo presidente da Diaconia

A Diaconia tem um novo presidente para o triênio 2016-2018. Reverendo da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Sérgio Andrade nasceu no Rio de Janeiro, mas reside no Recife há quase 20 anos. Chegou na capital pernambucana em 1997 para trabalhar no terceiro setor e, dois anos depois, foi incorporado ao quadro funcional da Diaconia como coordenador de Programa Social, função que desempenhou até 2010. Entre 2010 e 2011, atuou como coordenador Político-Pedagógico e, no triênio 2013-2015, ocupou a função de 1º tesoureiro no Conselho Diretor da entidade. É casado com a professora Karina Advíncula e pai de cinco filhos: Luis Guilherme (23), Mariana (20), Isabela (19), Pedro e Letícia (6). Nesta entrevista, Sérgio Andrade fala sobre os desafios e expectativas para os próximos três anos, adianta as marcas da sua gestão, e comenta os impactos da atual conjuntura nacional e internacional sobre o terceiro setor. 1 - O que significa/representa para o senhor estar à frente de uma instituição comprometida há quase cinco décadas com a promoção e defesa dos direitos humanos? Participar da Diaconia, agora como colaborador na presidência da instituição, ao lado de outros irmãos e irmãs, é acima de tudo uma imensa responsabilidade. Digo isso diante da história da Diaconia e de tudo aquilo que foi construído no passado com nossos parceiros e público beneficiário. Olho também para o futuro e reconheço os enormes desafios que estão diante de nós, particularmente em tempo tão complexos como este, nas conjunturas nacional e internacional. Que Deus nos conceda sabedoria e discernimento para os dias que virão. 2 - Além de compor a gestão anterior como 1º Tesoureiro, o senhor também já integrou corpo funcional da Diaconia em duas ocasiões. De que forma essa experiência/proximidade com a instituição poderá contribuir, agora, para a sua atuação à frente do Conselho Diretor? De fato, conheço a instituição. Participei de um período importante de sua história recente e aprendi muito sobre a Diaconia, sua missão e trabalho. Um dos aspectos mais fortes da instituição é sua capacidade mobilizadora e intensa participação horizontal. Creio que, nessa perspectiva, colaborarei a partir de compromissos que sempre assumi na minha caminhada com a instituição. Diálogo participativo, descentralização, compromisso com a garantia de direitos e protagonismo dos beneficiários deverão estar sempre presentes em nosso trabalho. 3 - Que desafios a nova gestão da Diaconia deve enfrentar neste triênio? E o que a sociedade pode esperar da instituição para os próximos três anos? As mudanças em curso na sociedade brasileira e no mundo no campo político-econômico-social nos fazem refletir sobre os novos papéis de instituições como Diaconia. Atualmente, caminhamos para o encerramento do nosso plano decenal e, a partir do que planejamos, devemos construir o que desejamos ser no futuro. Prudência, diálogo, coragem e firmeza devem ser as marcas de uma gestão que pretende obter êxito para o encerramento desta etapa, ressaltando que nosso olhar deve estar firmado permanentemente para nosso público beneficiário. 4. O Brasil vive um período de instabilidade política e econômica, com impactos diretos no terceiro setor. Como o senhor avalia o atual cenário e que caminhos as organizações da sociedade civil devem seguir para “driblar” as dificuldades apresentadas neste momento? O cenário atual está repleto de desafios para o terceiro setor. Encontrar caminhos para realizar aquilo que ainda nos falta irá requerer criatividade e compromisso. É verdade que deveremos acessar números menores de recursos públicos diante desta crise econômica. Porém, é preciso reconhecer que ainda há campo aberto para que, ao lado de nossos parceiros, sigamos lutando por políticas amplas que atendam as demandas sociais, particularmente para crianças, adolescentes, jovens, agricultores e agricultoras. 5 - As agências de cooperação internacional também estão de saída do Brasil. Alguns parceiros históricos da Diaconia, como a Igreja da Suécia, passam a concentrar investimentos em países da América Central e da Europa. Como a Diaconia está se adaptando a esse novo cenário? Em primeiro lugar, devemos reconhecer que Diaconia contou e ainda conta com o apoio destas agências. Digo isso porque a sustentabilidade institucional passa pelo aporte de recurso financeiro, mas, principalmente, pela legitimidade política e social; e esta, sem dúvida, foi fruto de um companheirismo histórico com as agências internacionais que reconheceram a seriedade de nosso trabalho e o compromisso com a justiça, a dignidade e os direitos humanos. É verdade que alguns parceiros investem em outros países. Tal realidade impõe à Diaconia e outras instituições a procura de novos caminhos. Creio que encontraremos outras mãos que andem conosco. Há um enorme potencial na sociedade brasileira, particularmente nas igrejas, que precisa ser reconhecido e desenvolvido. O Brasil não é um país pobre. Somos uma nação marcada, historicamente, pela injustiça. (Por Clara Cavalcanti, assessora de comunicação da Diaconia)

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Vila Isabel homenageia Miguel Arraes

O centenário de nascimento de Miguel Arraes incentivou a Unidos de Vila Isabel a levar para o desfile, na Marquês de Sapucaí, a história do político que, embora, cearense, construiu sua carreira em Pernambuco, onde foi governador, prefeito do Recife, secretário da Fazenda, deputado estadual e federal. “É muito bonito. Não é fútil. Você tem uma história que vale a pena conhecer e transformar em carnaval. É preciso muita criatividade em cima de um assunto às vezes denso”, disse o carnavalesco Alex de Souza. No texto de apresentação do enredo, o cantor e compositor Martinho da Vila e Alex de Souza destacam a importância de Miguel Arraes na vida política do país. Eles lembram o Acordo do Campo, promovido por ele quando governador, para estabelecer uma relação trabalhista mais justa entre donos de usinas e canavieiros. “Foi uma das coisas mais marcantes da história dele, o encontro entre os camponeses cortadores de cana, para conseguir chegar a um valor mais digno, já que o que recebiam era irrisório”, afirmou Souza. O texto lembra que o político era chamado de Pai Arraia pelos mais humildes. “Como gesto de candura e devoção”, mostra o projeto do enredo. Alex de Souza e Martinho falam também dos ensinamentos do educador e filósofo Paulo Freire, da fé de dom Hélder Câmara e do apoio dos amigos na criação do Movimento de Cultura Popular. “Criação de escolas, mesmo que não em espaço físico de uma escola, mas em praças públicas, em igrejas, todo um trabalho de alfabetização em massa de crianças e adultos, criação de oficinas de arte, a promoção de espetáculos públicos e de pesquisa e manutenção das tradições culturais pernambucanas. Uma experiência extraordinária que durou de 1960 a 1964”, contou o carnavalesco. Para ele, o enredo se afina com a linha da Vila Isabel, que em outros carnavais já trouxe temas sociais. “A Vila tem essa tradição de enredos sociais”, disse. Alegoria da Unidos de Vila Isabel em 2016 Alegoria que a Unidos de Vila Isabel vai levar à avenida em 2016Cristina Índio do Brasil/Agência Brasil Segundo Alex de Souza, embora o início do desenvolvimento do enredo da escola na avenida vá trazer a miséria e a pobreza, vistas de perto pelo político, no restante do desfile vai sendo construído o trabalho da educação e da entrada de notáveis com o Movimento de Cultura Popular, numa tentativa de erguer o povo. “De fazer com que essas pessoas, na condição de humildes, tivessem uma condição digna e mantendo a sua arte e cultura. Começa dessa forma e termina de maneira mais alegre e leve, com as tradições pernambucanas”, conta. Souza disse ainda que no desenvolvimento do enredo enfrentou algumas dificuldades, como o tempo reduzido - neste ano, o carnaval é mais cedo, no início de fevereiro - e a falta de material no comércio. Ele afirmou que havia a expectativa de receber ajuda do governo de Pernambuco, mas que isso não ocorreu. O carnavalesco destacou que os gastos das escolas incluem a confecção das fantasias dos componentes que, no caso da Vila Isabel, não tem alas comerciais. Ele acredita que diante da redução de recursos enfrentada pelas agremiações, especialmente este ano por causa da crise financeira, as escolas vão ter que analisar esse custo. “As escolas que dão fantasias para a comunidade vão ter de repensar, porque ou a roupa tem que ser baratinha demais e o espetáculo perde, ou tem que pôr uma parte das fantasias à venda para tentar recuperar. Escolas como a Vila não têm ala comercial há muitos anos, então há um compromisso com a comunidade”, afirmou. O primeiro título obtido pela Vila Isabel foi em 1988, com o enredo Kizomba, a Festa da Raça. A segunda vitória ocorreu em 2006, quando a escola se apresentou com o enredo Soy loco por ti, América - A Vila canta a latinidade. O último campeonato foi em 2013 e a Vila encantou o público com A Vila canta o Brasil, celeiro do mundo - "Água no feijão que chegou mais um". (Da Agência Brasil)

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