Rafael Dantas, Autor Em Revista Algomais - A Revista De Pernambuco - Página 433 De 443

Rafael Dantas

Rafael Dantas

“A vida toda serei um adolescente"

    Irrequieto, eloquente e bem-humorado, Alceu Valença esbanja uma vitalidade que nem parece que fará 70 anos em julho. Nesta conversa com Algomais ele fala do filme que está lançando, inspirado nas conversas sobre Lampião que ouvia na infância, das traquinagens de criança, de como Jean-Paul Bemondo o ajudou a conquistar garotas e da política das gravadoras. Como foi ser menino em São Bento do Una? Muito bom. Eu jogava pião, corria atrás de bezerros na fazenda, via os cavalos com os vaqueiros aboiando, via na feira os emboladores, os cegos que tocavam, os cordelistas cantando seus cordéis, as mentiras que contavam dos cangaceiros, dos circos que passavam, da discussão se Lampião era bandido ou herói. São Bento para mim é um mito em tudo: o mito da música, do Agreste, dos forrós. Isso tudo está no meu filme chamado A Luneta do Tempo, que vai ser passado, finalmente, no dia 24 de março no circuito comercial. Por que fazer cinema? Meu pai morreu, eu fui enterrá-lo e me lembrei muito do papo dele comigo sobre grupos como o de Lampião. Lembro de vovô que fez o folheto Patativa e Azulão com tio Lucilo. Por isso, talvez eu tenha feito um folheto chamado A Luneta do Tempo, que primeiro era cordel virtual, não um filme. A mitologia segura a gente. Lampião, Corisco são mitos, entre outras dezenas de mitos brasileiros. Meu filme é bem-feito, mas não tem estouros, essa coisa chata da indústria do entretenimento. Não suporto efeitos especiais. Verdade que você começou a cantar aos 4 anos? Foi no Cine Teatro Rex em São Bento do Una. O prêmio era uma caixa de sabonetes. Eu concorri mas perdi a caixa de sabonetes! Um outro menino cantou Granada e ganhou porque cantava melhor do que eu. Mamãe conta que eu não entendia o que era palco o que era plateia e quando o menino vencedor começou a cantar fiquei na frente rebolando, e fazendo o que se chama de bunda canastra (cambalhotas). Aí o público ficou louco por mim naquele momento e eu sem entender muito bem, porque eu queria me amostrar pra mamãe. Como foi o início nos estudos? Tia Bebete foi minha professora. Na primeira aula, achei chato demais, pedi para sair da aula para poder cuspir. Ela deixou e aí corri para casa. Fiquei embaixo de uma cama. De repente, Miau, meu gato, me viu chegou perto de mim e fiquei com ele horas e horas debaixo da cama. Depois fui morar em Garanhuns e estudar no Colégio Diocesano de Padre Adeumar da Mota Valença, que era o diretor do colégio. Depois vim para cá e fui morar na rua dos Palmares, onde eu via passar os frevos, os caboclinhos. Essa rua eu denominei num poema de “carnavalódroma”. O maestro Nelson Ferreira morava ao lado da minha casa e na frente morava o poeta Carlos Pena Filho, que era casado com Tânia Carneiro Leão, mulher muito bonita. Olhava o belo casal passeando na rua e pensei que se fosse poeta também poderia arranjar uma gata para mim. Ao lado esquerdo da minha casa morava Maria Parísio, cantora lírica. Nesse momento eu estudava no Colégio Nóbrega e fui expulso. Por que? Eu precisava de um ponto para poder passar em francês. O professor estava com marcação comigo. Eu tirei 10, 10, 10, mas depois eu não estudei muito, porque jogava basquete na seleção pernambucana infantil e juvenil e tive que viajar para o Paraná para jogar. Ele botou zero, zero, zero. Acontece que eu tinha sido escolhido para fazer um concurso para ir para França e ainda ia ganhar um dinheirinho. Mas não podia tirar nota baixa. Precisava de um ponto só. Pedi ao professor, bote um, preciso viajar. Ele não quis, aí disse: quer saber de uma coisa? Soque no cu! (risos) Fui expulso. E foi para onde? Para o colégio do professor Rodolfo Aureliano, um desembargador que era colega de meu pai, que era procurador. Nessa época eu ia para os carnavais no Clube Português, chegava perto das moças, mas elas me davam um chute. Comecei a me achar feio. Até que um dia surgem filmes da nouvelle vague e um deles era À bout de souffle (Acossado) , com Jean-Paul Belmondo. Era o novo galã, a nova estética. Eu era parecido com ele, só que mais bonito, porque na época em tinha um nariz direitinho e ele havia levado um murro e tinha um nariz quebrado. Eu ia para o cinema São Luiz e ali aprendi a fumar por causa dele – a pior coisa que fiz na minha vida. Eu fazia assim: (coloca a mão como se estivesse com cigarro entre os dedos e toca os lábios). As meninas diziam: “meu Deus do Céu ele é igual ao artista!”. Aí namorei muito por causa de Belmondo. Nessa época eu era muito botado para fora das salas de aula, de castigo. Mas eu devo muito a Dr. Aureliano porque ele me colocava na sala dele e ficava até duas horas da tarde tendo que ler. Ele me apresentou a livros de Jorge Amado, Graciliano Ramos. Ele mandava bilhetes para papai dizendo que eu tinha sido expulso da classe. Eu levava e falsificava a assinatura de papai e entregava no colégio. Até que um dia ele desconfiou e mandou a caderneta lá pra casa por um cara que trabalhava no colégio. Aí eu corri para casa, botei uns óculos, penteei o cabelo para trás para fingir que eu era meu irmão. Quando ele chegou ficou olhando pra mim e disse: sou do colégio Padre Félix. Perguntei: aconteceu alguma coisa com Alceu? Aí ele disse “é que Dr. Aureliano mandou isso aqui”. Eu assinei e ninguém soube, aliás papai soube algum tempo atrás (risos). Você se formou? Em direito, mas trabalhava como estagiário em jornalismo. Trabalhei na redação da Bloch e do Jornal do Brasil, onde falei muito bem de São Bento. Mas eu mentia muito. Para eu reescrever uma reportagem do Diario de Pernambuco

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O mais pernambucano dos alagoanos ou o mais alagoano dos pernambucanos?

Para ambas as questões a resposta é afirmativa. Aldemar Paiva é honra e glória de Alagoas e Pernambuco, protagonista de um inesquecível caso de dupla naturalidade. Caso começado cedo, diga-se, quando ele, militar, foi transferido de Maceió para o Recife. Aqui, dia a dia, se foram distanciando os sons das ordens-unidas, dando lugar aos que vinham da Rádio Clube de Pernambuco. Foi naquela emissora que ele deu os seus primeiros passos como radialista e, para começar, enfrentou a árdua missão de substituir ninguém menos que Chico Anysio. Deu conta do recado, e com perfeição. Tanta, diga-se, que de lá para cá só conheceu o sucesso, tornando-se um dos mais disputados profissionais do mercado, inclusive fora do meio radiofônico. Afora haver sido produtor, apresentador e diretor artístico da Rádio Clube de Pernambuco, ele teve igual sucesso nas rádios Tamandaré e Jornal do Commercio, na TV Rádio Clube, onde foi diretor de teleteatro, e na TV Jornal do Commercio, onde foi apresentador. Registre-se, igualmente, que ele manteve coluna no jornal Fatorama, de Brasília, e foi redator da Golden Publicidade, na época a mais importante agência de propaganda do Estado. Fora do meio de comunicação, presidiu a Empresa Metropolitana de Turismo, planejou e instalou a Empresa Cearense de Turismo, atuou como ator e diretor do Teatro de Amadores de Pernambuco e dirigiu o Museu Murillo La Greca. Um homem de valor, não é mesmo? – mas ele foi, essencialmente, um homem de profunda sensibilidade. Assinou mais de 70 composições musicais, em meio a elas Saudade e Me abufelei, frevos-canção. Fez também Pajuçara, homenagem à bela praia maceioense, onde, dizia a letra, havia mais encanto, mais luz. Em parceria com o maestro Nelson Ferreira, compôs Frevo da saudade e Sopa no mel – frevos, Brasil campeão do mundo – hino, Elegia a Calheiros – canção, Se me viste chorar – bolero, entre outras. Notou a versatilidade dos gêneros musicais? No rádio, ele reinou. Basta dizer que, no horário, foi líder de audiência durante 25 anos ininterruptos, com o programa diário Pernambuco, você é meu. E não foi seu único sucesso. Credite-se-lhe igualmente Dona Pinoia e seus brotinhos, Festa no varandão, O céu é o limite, Campeonato das cidades... Aldemar Paiva também escreveu livros e publicou seis: O caso eu conto, Monólogos e outros poemas, A chegada de Nelson Ferreira ao céu, Gilberto Freyre descobridor do Brasil e A saga do 44 espada d’água. Com muita razão, pois, ele foi membro da Academia de Artes e Letras de Pernambuco, sócio honorário da Academia Maceioense de Letras, e foi homenageado com os títulos de Cidadão do Recife, Cidadão de Pernambuco, Memória Viva da Cidade do Recife, e o Troféu Cipriano Jucá, da Academia Maceioense de Letras. Peças teatrais? Também escreveu, bastando registrar Auto do Batizado, um especial da Rede Globo sobre a Inconfidência Mineira. Que tal conhecer agora o Aldemar Paiva poeta? Para falar dele, nada melhor do que sua própria poesia. Como este monólogo: Eu não gosto de você Papai Noel! | Também não gosto desse seu papel de vender ilusão pra burguesia. | Se os meninos pobres da cidade soubessem o desprezo que você tem pelos humildes; pela humildade, eu acho que eles jogavam pedra em sua fantasia. I Talvez você não se lembre mais, eu cresci me tornei rapaz, sem nunca esquecer daquilo que passou… | Eu lhe escrevi um bilhete pedindo o meu presente… a noite inteira eu esperei contente…| Chegou o sol, mas você não chegou. | Dias depois meu pobre pai cansado me trouxe um trenzinho velho, enferrujado, pôs na minha mão e falou: Tome filho, é pra você. Foi Papai Noel que mandou! | E vi quando ele disfarçou umas lágrimas com a mão. | Eu inocente e alegre nesse caso, pensei que meu bilhete, embora com atraso, tinha chegado em suas mãos no fim do mês. | Limpei ele bem limpado, dei corda, o trenzinho partiu, deu muitas voltas… O meu pai então se riu e me abraçou pela última vez. | O resto eu só pude compreender depois que cresci e via coisas com a realidade. | Um dia meu pai chegou assim pra mim como quem tá com medo e falou: -Filho, me dá aqui seu brinquedo, eu vou trocar por outro na cidade. | Então eu entreguei o meu trenzinho quase a soluçar, como quem não quer abandonar um mimo, um mimo que lhe deu quem lhe quer bem | Eu supliquei… Pai! Eu não quero outro brinquedo, eu quero meu trenzinho… Não vai levar meu trem pai…! | Meu pai calou-se e de seu rosto desceu uma lágrima que até hoje creio tão pura e santa assim só Deus chorou, ele saiu correndo, bateu a porta assim, como um doido varrido. | A minha mãe gritou: -José! José! José… Ele nem deu ouvido, foi-se embora e nunca mais voltou…| Você! Papai Noel, me transformou num homem que a infância arruinou… | Sem pai e sem brinquedo, Afinal, dos meus presentes não há um que sobre da riqueza de um menino pobre, que sonha o ano inteiro com a noite de Natal! | Meu pobre pai, malvestido, pra não me ver naquele dia desiludido, pagou bem caro a minha ilusão… | Num gesto nobre, humano e decisivo, ele foi longe demais pra me trazer aquele lenitivo; tinha roubado aquele trenzinho do filho do patrão! | Quando ele sumiu, eu pensei que ele tinha viajado, só depois de eu grande minha mãe em prantos me contou… que ele foi preso, coitado! E transformado em réu. | Ninguém pra absolver meu pai se atrevia. Ele foi definhando na cadeia até que um dia, Nosso Senhor… Deus nosso Pai…Jesus entrou em sua cela e libertou ele pro céu. Aldemar Buarque de Paiva, justo orgulho de alagoanos e pernambucanos, nasceu em Maceió, em 20 de julho de 1925 e repousa eternamente no Recife, desde 4 de novembro de 2014. Poeta, cordelista, radialista, jornalista, compositor, produtor artístico e publicitário, foi um homem de múltiplos talentos e incontáveis admiradores. *Por

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A vitória do acaso

Por formação, desde pelo menos o primeiro dia de faculdade, e também por dever de ofício da consultoria, tenho lidado a cada dia com planejamento há mais de 40 anos, seja de projetos, seja de clientes e parceiros, seja da TGI e, como não poderia deixar de ser, seja de minha própria trajetória pessoal e profissional. Ao longo desse tempo, muitas coisas aconteceram como resultado do planejado, outras não aconteceram e algumas mais aconteceram mesmo sem terem sido planejadas. Dentre essas últimas, do ponto de vista pessoal, nunca me passou pela cabeça, como algo planejado com antecedência, nem fazer exposição nem publicar um livro de fotografias, bem como nunca me passou pela cabeça participar do projeto de uma revista, menos ainda de um projeto vitorioso que hoje completa 10 anos como o da Algomais. Da emergência das coisas não planejadas mas bem sucedidas, tirei o ensinamento que passei a adotar no meu dia a dia de planejamento e pode ser enunciado do seguinte modo: “planeje o mais que puder, mas deixe sempre a porta aberta para o acaso”. Em não poucas situações ele se impõe de forma avassaladora. No que diz respeito à Algomais, foi um acaso e tanto que terminou se transformando num projeto de absoluto sucesso. Uma revista que, desde o seu número zero, se pauta pela defesa do nosso Estado e que, de fato, pratica a missão que definiu para si: “Prover com pautas ousadas, inovadoras e imparciais, informações de qualidade para os leitores, sempre priorizando os interesses, fatos e personagens relevantes de Pernambuco, sem louvações descabidas nem afiliações de qualquer natureza, com garantia do contraditório, pontualidade de circulação e identificação inequívoca dos conteúdos editorial e comercial publicados.” Além dessa fidelidade absoluta à missão, outro fator distingue a Algomais no meio jornalístico pernambucano: o funcionamento ininterrupto, desde o seu primeiro número em 2006, do Conselho Editorial que, de fato, pautou, avaliou e qualificou, com suas reuniões mensais, cada uma das 120 edições que hoje se completam. Na condição de colunista mais antigo da revista (desde o número zero), nesta mesma Última Página, presidente licenciado do Conselho Editorial e sócio da SMF/TGI, editora da Algomais, só tenho que me congratular orgulhosamente com o acaso. Não fora ele, eu não estaria participando desta experiência fantástica.

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Entrevista com o pintor e Pr. Paulo Roberto

Pastor da Igreja Presbiteriana em Prazeres, o pastor Paulo Roberto divide as atividades eclesiásticas com a sua produção nas artes plásticas. Amante da pintura desde a infância, ele fala para a Olhar Cristão sobre sua inspiração artística e seus planos. Formado em teologia, com pós-graduação em missiologia urbana, sua formação nas artes foi bastante empírica. Observando, admirando e testando. Até chegar as telas, tintas e pincéis demorou um longo tempo. Para futuro ele planeja criar uma escola de arte para crianças e adolescentes e em breve realizará um dia de exposição reunindo suas obras. Como começou o seu interesse pelas artes? Venho de uma família muito humilde do interior. Desde pequeno tenho essa veia artística. Quando ninguém tinha falado de arte ou pintura para mim eu já gostava e falava de arte. E na medida em que cresci fui desenvolvendo, mesmo sem nunca ter estudado formalmente. Mas sempre pesquisando e observando. Comecei pintando com barro no jornal. Depois passei para giz de cera, depois com tinta, assim que pude comprar tinta e pincel. Já adulto é que começo a pintar com tinta óleo sobre tela e acrílica sobre tela. Qual a sua cidade de nascimento? Nasci em Barra de Guabiraba, perto do município de Bonito. Na zona da Mata Sul. Vejo que a arte tem capacidade de transformar, mudar. Tirar as pessoas do lugar de pobreza e ignorância e levá-las a um lugar melhor. Ela abre a mente. Ela educa. Aconteceu comigo. A arte e educação. Apesar de muito pobre, meus pais que eram agricultores sempre me incentivaram a estudar. Consegui fazer faculdade, hoje faço pós-graduação. Fiz minha formação em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte (SPN) e pela Mackenzie. Estudo atualmente a especialização em RMI, que é Revitalização e multiplicação de Igrejas. Que fontes bebeu para formar sua arte? Sempre li e pesquisei bastante sobre artes. Sempre que viajo vou aos museus e galerias de arte. Mas não tenho uma pessoa com quem eu bebi. Acho que bebi de todas as fontes que se possa beber. As pessoas acham meu trabalho parecido com o de Romero Britto. Acredito que tem semelhanças devido as cores, mas os meus traços e minha caligrafia são totalmente diferentes. A maioria dos quadros são com animais? Estou numa fase de pintar pássaros. As pessoas gostam muito. Eu também. Nessa fase dos pássaros entram as corujas. Mas gosto de pintar rostos de pessoas também. Da minha maneira, do meu modo. Já passei por natureza, natureza morta, e as coisas do cotidiano da vida. Nessa fase atual, quanto mais pinto, mas tenho inspiração para pintar. Sua família sempre foi evangélica? Minha família não é de origem evangélica. Minha conversão foi aos 16 anos. Meus pais eram católicos. Sua formação cristã tem alguma influência na sua arte? Tem, sim. A arte é a representação do belo. A definição é essa. Pintar a natureza é pintar tudo o que Deus fez. Ele é o artista supremo. Minha visão cristã me faz ver a vida de uma forma mais diferente, reconhecendo na natureza a glória de Deus. Pintar uma tela é dar glória a Deus por tudo o que ele fez. A minha pintura é para a glória de Deus. Com a arte eu também evangelizo. Encontrei uma maneira de evangelizar personalidades, políticos, artistas. A arte abre portas para que eu entre em lugares em que poucas pessoas entram. Tive acesso a Roberto Carlos e Ivete Sangalo, por exemplo. São dois artistas de grande evidência. Consegui chegar até os dois e conversar com eles.  Com Roberto, inclusive, ficou uma ligação. Isso é algo que a arte pode me proporcionar. Já conheci através da arte também Miguel Falabela, Zeca Camargo, Elba Ramalho, Cristane Torlone, entre outros. Como é a sua rotina de produção? Geralmente eu pinto a noite. A inspiração vem e fica gravada na minha mente, como realmente está na tela. O silêncio da noite me dá inspiração e concentração. Quanto tempo o Sr. demora para fazer um quadro? Entre dois a três meses. Pinto com muito cuidado, com muita segurança. Meus traços procuro a perfeição. Não pinto por produção, mas por perfeição. Para fazer o melhor. Que artistas o Sr. admira? Frida Kahlo, que tem uma história de sofrimento, mas de superação. Já estive em uma exposição de suas obras. Admiro também Caravaggio. E entre os brasileiros gosto muito de Cândido Portinari. Ele chegou a pintar cinco telas com temas bíblicos. Essa série Bíblica foi feita entre 1942 e 1944 para a sede da Rádio Tupi de São Paulo a pedido de Assis Chateaubriand. Quais os projetos para o futuro nesse segmento artístico? Projeto ter uma escola de arte para jovens, crianças e adolescentes carentes. E levar para minha cidade também oportunidade para jovens e adolescentes terem contato com a pintura. Tenho esse sonho. No ministério, qual a área ministerial que o Sr. mais se identifica? Sou pastor na Igreja Presbiteriana dos Prazeres e já pastoreei na Igreja Presbiteriana Memorial, em Piedade. Minha veia mais forte na área ministerial é a área de missões. Sou formado e fiz pós-graduação em missiologia urbana. Também temos um trabalho forte na área de ação social, atendendo pessoas mais carentes com sopão tanto na comunidade vizinha como no Recife Antigo. Para conhecer o trabalho do pastor Paulo Roberto, acesse o site: http://artespaulo.blogspot.com.br/  

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Os últimos batuques de Naná

"Mesmo se eu morrer, não quero ninguém chorando, quero muito batuque, muito barulho, porque, se vocês fizerem silêncio, vou pensar que vocês estão dormindo e vou fazer como em casa, com minha esposa. Quando ela está dormindo, faço barulho para ela acordar. É a cigarra". Essa frase foi atribuída a Naná Vasconcelos pelo mestre Chacon Viana, da Nação do Maracatus Porto Rico, do bairro do Pina, Recife, que ouviu a brincadeira em uma reunião preparativa para o carnaval deste ano - o último de Naná. E assim foi atendido o desejo do artista: o tambor tocou e a saia rodou em frente à Assembleia Legislativa de Pernambuco, onde o corpo está sendo velado desde o início da tarde. O músico foi um dos homenageados que recebeu em 2009 o prêmio Quem faz Algomais por Pernambuco, na categoria cultura. Naná recebeu as suas últimas homenagens no centro do plenário da Assembleia, ladeado, todo o tempo, pela esposa e produtora Patrícia Vasconcelos e a filha Luz Morena, de 16 anos. Sobre o caixão, uma bandeira de Pernambuco – o músico nasceu no Recife – e uma do Santa Cruz, time de futebol pernambucano. Mais de uma dezena de coroas de flores coloriam o espaço, e um estandarte do bloco de rua Galo da Madrugada guarda, do segundo andar, o velório do percussionista. A família e os amigos usaram écharpes para homenagear Naná, uma peça que sempre fez parte de seu figurino. O próprio Naná vestia uma azul que trouxera de Israel. Patrícia Vasconcelos e a filha permaneceram serenas, apesar da tristeza. “A gente foi muito feliz e vai ser muito difícil, mas a gente sabe que muita gente vai dividir essa dor. O mundo está triste pela partida material, mas a música vai ficar”, se consola a esposa Patrícia. (Da Agência Brasil, com informações da redação)

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Ressurreição estreia no dia 17 de março

No mês em que a igreja cristã celebra a páscoa, chega aos cinemas do Brasil o filme Ressurreição com estreia marcada para o dia 17 de março. O longa distribuído pela Sony Pictures é um lembrete aos cristãos do verdadeiro significado desse momento, o encontro do homem com Cristo. De forma inédita, um incrédulo, Clavius, interpretado por Joseph Fiennes, ilustra o conflito do homem ao se deparar com algo inexplicável, a Ressurreição de Jesus. Segundo Mickey Liddell, “a abordagem de Kevin dá a oportunidade de você se colocar no lugar de Clavius, esse cético soldado romano que estava muito confuso sobre todas essas coisas loucas que aconteciam na Judéia. Ele não está procurando o corpo de Cristo para seguir sua agenda política ou religiosa. Ele está só seguindo ordens”. O ator britânico Joseph Fiennes compartilha o mesmo sentimento e comenta “o roteiro me fazia avançar as páginas sem saber ao certo como iria acabar, porque quando você vê isso através de um novo olhar, a Ressurreição de Jesus é sem dúvida a mãe de todos os mistérios de assassinato”. Assim como o significado compartilhado pela data comemorativa de maior relevância da igreja cristã, a páscoa, o filme apresenta exatamente o processo de conversão do homem por meio de Clavius, como afirma Fiennes “no início do filme, ele é um militar rigoroso e ambicioso, que passou vinte e cinco anos servindo ao Exército romano, então ele está realmente enraizado em uma forma de pensar. E, através dessa série de aventuras, Clavius chega a uma dilema, onde percebe que deve haver uma vida além de tudo que ele conhecia antes, algo além de sua condição anterior. Tendo acabado com o suposto Messias, Clavius se vê novamente diante de Jesus no final do filme, quando ele ressuscita, e essa é uma grande virada”.

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Mulheres ainda lutam por igualdade

O feminismo tem ganhado cada vez mais força na sociedade brasileira. Na internet e nas ruas, mais brasileiras estão se manifestando em defesa da igualdade de gênero e do fim da violência. No ano passado, a Marcha das Margaridas e a das Mulheres Negras levaram milhares de militantes a Brasília para pedir melhorias para a vida de 51,4% da população brasileira. A secretária de Autonomia Feminina da Secretaria de Política para as Mulheres, Tatau Godinho, avalia o que o fenômeno é muito positivo para o combate ao machismo do dia a dia. “Estamos assistindo a uma camada imensa de mulheres jovens darem um novo impulso à ideia de que a igualdade entre mulheres e homens é uma coisa legal, fundamental para se ter uma sociedade moderna, e que o feminismo não é uma pauta antiga, está nas questões cotidianas”, disse. Apesar da popularização do debate, as brasileiras ainda precisam encarar problemas como as desigualdades salariais, a pouca representatividade política e a violência. Tatau Godinho destaca que um dos principais obstáculos a ser superado é a desigualdade no mercado de trabalho. “As mulheres têm mais dificuldade de entrar e de chegar a cargos de chefia, e ganham menos que homens cumprindo a mesma função. O machismo faz com que mulheres sejam discriminadas no acesso aos melhores cargos”, avalia. Apesar de estudarem mais que os homens, elas encontram uma série de barreiras no ambiente profissional. “Elas têm mais dificuldade de ingressar no mercado. Em torno de 50% das brasileiras estão ocupadas ou procurando emprego, enquanto a taxa de participação dos homens é de 80%. É uma distância muito grande. Não combina com o século 21, não parece ser do nosso tempo essa informação. E tem mais, as que conseguem entrar, têm empregos mais precários”, avalia a técnica de Planejamento e Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Natália de Oliveira Fontoura. Segundo estudo da Organização para Cooperação do Desenvolvimento Econômico (OCDE), o salário médio de uma mulher brasileira com educação superior representa 62% do de um homem com a mesma escolaridade. De acordo com o Ipea, a renda média dos homens brasileiros, em 2014, chegava a R$ 1.831,30. Entre as mulheres brancas, a renda média correspondia a 70,4% do salário deles: R$ 1.288,50. Já entre as mulheres negras, a média salarial era R$ 945,90. Segundo a especialista do Ipea, um dos componentes que explica a diferença de rendimentos entre homens e mulheres é o fato de elas ocuparem espaços menos valorizados. “Os cursos em que as mulheres são mais de 90% dos alunos, como pedagogia, se traduzem em salários mais baixos no mercado. E os cursos em que eles são a maioria, como as engenharias e ciências exatas, têm os salários mais altos. Há uma divisão sexual do conhecimento”, explica. Especialista no assunto, Natália ressalta que não é possível entender a dificuldade das mulheres de entrar no mercado de trabalho sem pensar que, via de regra, no Brasil, recai sobre elas toda a atribuição do trabalho reprodutivo, que inclui os afazeres domésticos não remunerados e os cuidados com a família, uma sobrecarga que dificulta a evolução nos ambientes profissionais. “A responsabilização feminina sobre o trabalho reprodutivo explica a inserção de mulheres de forma mais precária no mercado de trabalho, por exemplo com jornadas menores, empregos informais e renda menor.” De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2014, 90,7% das mulheres ocupadas realizavam afazeres domésticos e de cuidados – entre os homens, esse percentual era 51,3%. A pesquisadora defende que não dá para pensar na solução para o problema como um arranjo privado. “Hoje no Brasil a gente entende que as famílias têm que se virar e, dentro das famílias, são as mulheres que geralmente se responsabilizam. Isso é uma sobrecarga para as mulheres e vai impedir que participem da vida social, tenham mais bem-estar, participem da vida política e sindical, é um impeditivo para que mulheres ocupem uma série de espaços sociais.” “Para que a sociedade se reproduza e toda a população tenha bem-estar, alguém tem que garantir o cuidado a crianças e idosos. A quem cabe?”. Ela analisa que é importante que haja uma mudança cultural para que o trabalho não remunerado seja visto como obrigação de todos e que haja divisão das tarefas com os homens e com os filhos. Ela ressalta, entretanto, que não se pode ficar esperando. “O Estado precisa assumir esse papel e oferecer serviços – tem que ter creche, educação integral, transporte escolar, mais de uma refeição nas escolas, instituição para atendimento de idosos, visitas domiciliares –, é um leque de políticas públicas de cuidado que só estamos engatinhando. Não é uma agenda do Brasil hoje.” A iniciativa privada também pode colaborar. “A gente ouve casos bem-sucedidos de maior flexibilização [de carga horária], promoção da igualdade, co-responsabilização das empresas. Mas, se não houver uma legislação para que as empresas sejam chamadas e obrigadas a compartilhar essa responsabilidade, não vai acontecer.” Segundo Tatau Godinhho, a SPM trabalha com iniciativas que contribuem para a melhoria das condições da mulher no mercado trabalho. “As mudanças na legislação das trabalhadoras domésticas, por exemplo, significou uma melhoria do rendimento e das condições de trabalho dessas mulheres. Por outro lado, trabalhamos muito com as políticas que o governo vem desenvolvendo para o aumento de formalização do trabalho feminino. Quanto mais formal, melhor pago e estruturado. A informalidade é um elemento extremamente forte na desvalorização do trabalho feminino e na perda de rendimentos.” (Da Agência Brasil)

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Por uma Cosmovisão Cristã

*Por Thomas Magnum O tipo de óculos que usamos faz muita diferença. Calma. Não iremos falar das últimas tendências da moda para uso de acessórios, nem pretendemos fazer uma abordagem oftalmológica. Trataremos um pouco sobre a importância da cosmovisão, a forma em que vemos o mundo ou a nossa percepção dele. Também não se refere a um mero olhar, mas, a nossa capacidade de absorção, análise e emprego do que nos envolve, e em nosso caso a relevância do cristianismo para todas as esferas da vida. A igreja tem uma missão, sua missão está pautada no que a Palavra de Deus revela. No entanto, é notório percebermos como existe uma disparidade entre o que muitos cristãos crêem e no que eles vivem. Há uma crença geral (errônea) em que o cristão tem uma vida sagrada e outra secular. Há uma defesa de que o sagrado é somente aquilo ligado as atividades diretas da igreja como organismo e instituição. No entanto não temos essa distinção nas Escrituras Sagradas. Um dos importantes ensinos resgatados na reforma protestante foi o da vocação, do sacerdócio universal de todos os crentes. A vocação não está restrita somente ao pastor, ao mestre ou a todo que está ligado ao trabalho interno da igreja, mas, também, ao advogado, ao médico, ao psicólogo, ao jornalista, ao engenheiro. O entendimento da vocação nos leva a compreensão de que todas as nossas atividades são para glória de Deus. A cosmovisão bíblica propõe pensarmos o mundo de forma cristã, sem uma antiga abordagem grega de matéria e forma, ou uma desenvolvida visão platônica de natureza e graça, separando em dois andares, inferior e superior aquilo que Deus estabeleceu de forma integral para seu povo. Para o cristianismo bíblico não há uma dualidade entre a fé e nossa ação no mundo. Fomos chamados para ser sal da terra e luz do mundo. Notemos que não podemos empregar um entendimento abismal transcendente para a igreja, como se ela não devesse se engajar em nada desse mundo, percebamos que somos sal da terra, estamos na terra e luz do mundo, estamos no mundo; mundo criado por Deus. A missão está em glorificarmos a Deus em todas as esferas de atuação em que estivermos inseridos. Vamos a uma definição de fato: Cosmovisão é totalidade da forma que vemos o mundo, é a nossa percepção de mundo. Essa visão nos leva inevitavelmente a uma práxis. A cosmovisão tratará ou causará problemas teológicos, antropológicos, sociológicos, espirituais e psicológicos no homem. Somente a cosmovisão cristã possui a compreensão da realidade total da criação e da criatura. Sem uma cosmovisão que tenha base na revelação de Deus que é a verdade total (Jo 8.32,26; Jo 14.6; Rm 3.11), o homem não terá uma correta e ampla percepção da realidade e do significado da vida. O evangelho não nos foi dado apenas para sermos libertos do pecado e redimidos para salvação, nos foi dado para vivermos conforme Deus planejou, de forma a glorificá-lo em nosso viver. E esse viver não está restrito a vida dentro dos parâmetros da igreja, mas, nossa adoração a Deus deve permear todas as nossas atividades. Uma cosmovisão reformacional será teocêntrica. Deus é o centro, é o ponto primeiro e último para pensamos sobre o mundo – ciência, artes, política, família, sociedade, trabalho, sexo, relacionamentos. Deus é a origem e a finalidade de tudo que há. A visão antropocêntrica tem invadido o mundo desde lampejos da renascença e posteriormente do Iluminismo, a visão teocêntrica que era forte no mundo ocidental por conta da igreja foi sendo abandonada e esquecida. As consequências disso têm sido incalculáveis. Ao tratarmos do assunto estamos sobre bases bíblicas dos mandatos em Gênesis 1.26-30. Esses mandatos dados ao primeiro casal no Éden são para nós ainda hoje. O domínio sobre a criação, o mandato para multiplicar-se e sua vida voltada para adoração e glória do Criador são preceitos que todo cristão deve observar. Nossa vocação deve ser para glória de Deus, nossa família e relacionamentos devem ser moldados pelas Escrituras que consequentemente renderão glória a Deus e não de menos importância nosso culto, seja ele individual, familiar ou público é prescrito pela Escritura para nosso bem, para seguirmos conforme Deus tem revelado em sua Palavra. A percepção reformada de mundo tem sua base na teologia do pacto. Um pacto que é soberanamente administrado. Esse pacto envolve os deveres e benefícios graciosos dados ao povo eleito descritos na revelação. A teologia bíblica é orgânica e progressiva, mostrando em toda a revelação que o homem deve viver com base naquilo que foi dado por Deus em sua lei. A cosmovisão com essa base pactual, vai atentar para os mandatos pactuais – cultural, social e espiritual descritos nos primeiros capítulos do livro do Gênesis. Esses mandatos não foram retirados do povo da aliança, eles permanecem, ainda que a queda tenha causado uma tensão quanto a eles. A tensão ocorre por causa na nossa natureza do caída. Mas no processo revelacional de Criação, queda, redenção e consumação, é evidente na Escritura, o ensino de que devemos guardar estes mandatos. Logo, temos tanto uma missão de preservação da família (no mandato social) quanto nas tarefas sociais (mandato cultural) como: arte, política, vida intelectual, negócios, administração de bens materiais etc., também com os dois mantatos anteriores o mandato espiritual. Nossa vida piedosa, a vida religiosa, vivida com o fim de glorificar a Deus em nosso culto. É importante notar que a palavra culto deu origem a cultura, temos o dever de glorificar a Deus em todas as áreas da vida, como nos diz a primeira pergunta do breve catecismo de Westminster: PERGUNTA 1. Qual é o fim principal do homem? RESPOSTA. O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre. O catecismo assevera o que foi registrado pelo autor sagrado: Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. 1 Coríntios 10:31 Notemos que nas coisas mais básicas da vida como comer e beber devemos glorificar a Deus,

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85% dos alunos a distância vêm de rede pública

A combinação de preço acessível com flexibilidade impulsiona o crescimento dos cursos de graduação online pelo país, modalidade que já responde por 17,1% dos alunos matriculados no nível superior - o equivalente a 1,3 milhão de estudantes. É o que mostra análise inédita do portal EAD.com.br (www.ead.com.br) em parceria com a Educa Insights baseada em dados da própria consultoria e do INEP. Segundo o levantamento, 85% dos alunos vêm de escola pública. A mensalidade custa, em média, R$ 260. "É um valor até 60% menor que o investimento feito na graduação presencial, fator decisivo nesse momento de crise econômica e de cortes de programas sociais por parte do Governo", afirma Fernanda Lapidus Hecht, gerente do site EAD.com.br A maioria dos alunos EAD é financeiramente independente, conforme indicam dados da Educa Insights: 87% trabalham e 83% pagam a própria mensalidade. "A flexibilidade de horários do EAD facilita a vida dos estudantes que já têm um emprego", diz Fernanda. Além disso, 55% desses alunos têm 31 anos ou mais e são, na sua maioria, do sexo feminino - 67% são mulheres. O estudo também elencou o perfil dos cursos e instituições mais procurados. A cada dez matrículas no ensino a distância, nove são efetivadas em universidades privadas. Também a cada dez, quatro são destinadas à licenciatura (vide infográfico). "Esperamos que a procura por graduação online cresça ainda mais em 2016, à medida que a modalidade se torna mais conhecida e o acesso à internet cresce no Brasil", comenta Luiz Trivelato, diretor da Educa Insights. O EAD.com.br disponibiliza uma ferramenta de busca [1] que apresenta ao estudante as melhores opções de faculdades a distância de acordo com sua localização e o curso de preferência. Lançado em 2012, é atualmente o maior portal independente sobre ensino a distância do país.

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Rádio Novas de Paz lidera audiência no segmento evangélico

A Rádio Novas de Paz (RNP) assumiu desde o final do ano passado a liderança de audiência no segmento evangélico em Pernambuco, de acordo com a medição do Ibope. Por muitos anos esse posto era da Rádio Maranata, que agora ficou em segundo lugar, sendo seguida pela Rádio Evangélica FM. A programação da emissora, que teve um crescimento meteórico no último ano, segue toda a identidade, conteúdo e linguagem da Assembleia de Deus Novas de Paz, que é presidida pelo pastor Francisco Tércio. Por 12 anos a Rádios Novas de Paz caminhou nas ondas radiofônicas da AM, tendo chegado ao FM há apenas um ano e meio. Nesse curto período ela alcançou uma audição média de 28,5 mil ouvintes. Durante uma faixa do horário matinal ela chega a atingir 80 mil pessoas. Entre os meses de janeiro e fevereiro, ela ficou atrás apenas das rádios Clube, Recife e Jornal. Contrariando o perfil da maioria das rádios, a Novas de Paz investiu numa programação voltada para o ensino. “Entendemos que Deus nos deu algumas estratégias. Quando começamos na AM, usamos rádio como instrumento para ensinar. Observo que no Brasil, em geral, há muitos crentes sem maturidade espiritual. A necessidade da igreja não é apenas o evangelismo para ganhar almas, mas de ensino, discipulado. Hoje o Brasil vive numa crise de crentes imaturos, neófitos, com pouco conhecimento”, afirma o pastor Francisco Tércio. Semanalmente há uma orientação temática para todos os locutores, com o assunto que será abordado também nas igrejas nos cultos. Um formato que caiu no gosto dos ouvintes. No entanto, o pastor acredita que o sucesso nos indicadores do Ibope não se deve apenas ao posicionamento na organização da grade de programação. “Esse desempenho não é fruto apenas fator estratégico, entendemos que vem de Deus, não é feito por obra humana”, afirma o pastor. O alcance da emissora é outro fator a ser destacado. A RNP, que não tem um canal próprio, tem sua programação retransmitida por uma rede de rádios. Os prefixos são: 101.7 (São Lourenço da Mata); 91.3 (Olinda); 107.5 (Limoeiro); e 106.3 (Goiana, funcionando apenas das 20h às 8h). A estimativa do pastor é que juntas, essas rádios alcancem aproximadamente 100 municípios. O desafio futuro da denominação é de chegar com os sinais de rádio ao Sertão do Estado. Além dessa capilaridade no interior e da RMR, a rádio disponibiliza sua programação pela web (no site www.novasdepaz.com.br) e também lançou um aplicativo para smartphones, que pode ser baixado na Play Store. Além dos investimentos na internet, a Novas de Paz já tem um programa televisivo, na TV Nova, Canal 22. A maioria dos profissionais que trabalham na emissora são membros da própria igreja, que foram formadas ao longo dos anos de funcionamento desse ministério. Recentemente integraram esse grupo o jornalista Angelo Manassés - que assina a coluna Graça e Paz no Diário de Pernambuco e tem uma vasta experiência na locução de programas jornalísticos no rádio - e o radialista Ibineias Junior - que atuava em rádios comunitárias em São Lourenço da Mata.  Robson Santos, Nadeje Mello, Jackeline Santos, Delamar Silva e Beto Guedes são outros membros que compõem a equipe ou, como define o pastor Júnior Moura (diretor da rádio), a família Novas de Paz. NOVAS DE PAZ O ministério da Assembleia de Deus Novas de Paz foi fundado em 1997 e atualmente conta com 140 congregações, sendo aproximadamente 80 em Jaboatão e 60 espalhadas pelo Estado. Destaque para os cenáculos da Av. Cruz Cabugá, Tejipió,  São Lourenço da Mata, Limoeiro, Carpina, Paudalho, Feira Nova e para o templo central da denominação em Jardim Piedade (Jaboatão). A igreja conta ainda com uma congregação no campo missionário da Venezuela. “Estimamos que atualmente tenhamos entre 25 e 30 mil pessoas integrando a igreja. Mas existe um número maior de pessoas congregadas”, afirma o pastor Francisco Tércio.

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