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Gravatá investe mais de R$ 1 milhão na requalificação do Alto do Cruzeiro

Revitalização do mirante e restauração da Cruz Monumental buscam impulsionar turismo e economia local A Prefeitura de Gravatá deu início às obras de requalificação do Alto do Cruzeiro, um dos principais pontos turísticos da cidade, com investimento superior a R$ 1 milhão. A iniciativa, viabilizada com recursos próprios e emenda parlamentar do deputado federal Waldemar Oliveira, contempla a revitalização completa do mirante e a restauração da Cruz Monumental — símbolo de fé e identidade do povo gravataense. A intervenção será conduzida pelas Secretarias Municipais de Obras e Serviços Públicos e de Turismo, Cultura, Esportes e Lazer. O projeto tem como foco ampliar o potencial turístico do local, valorizando o patrimônio histórico e cultural, além de oferecer mais conforto, segurança e acessibilidade para moradores e visitantes. A meta é transformar o espaço em um polo de convivência e lazer, fomentando a economia e o turismo religioso. Segundo o secretário Marllon Lima, a obra fortalece a imagem do Alto do Cruzeiro como um dos maiores atrativos da cidade. “Acabamos de assinar a ordem de serviço de requalificação do Alto do Cruzeiro, nosso maior cartão postal. Vai ser totalmente revitalizado para que mais eventos possam acontecer”, afirmou. O prefeito Joselito Gomes também celebrou a conquista como um marco para a cidade: “O Alto do Cruzeiro é uma referência em Gravatá. Os gravataenses amam estar aqui, as pessoas que nos visitam também. Conseguimos a emenda do deputado federal, Waldemar Oliveira, e chegou o momento, a hora de executar esse projeto e o ambiente aqui, se já é agradável, ficará ainda melhor”. As obras seguem os critérios da nova Lei de Licitações (nº 14.133/2021), assegurando legalidade, transparência e qualidade técnica.

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Foto Yacy Ribeiro Secom

Raquel Lyra promove mudanças no secretariado de Pernambuco

Novos nomes assumem Meio Ambiente, Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Planejamento. Foto: Yacy Ribeiro O Governo de Pernambuco anunciou, nesta segunda-feira (30), uma reformulação no alto escalão da gestão estadual. A governadora Raquel Lyra nomeou Daniel Coelho como novo secretário de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha (Semas) e André Teixeira Filho para a Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi). As mudanças serão oficializadas no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (1º). Outros órgãos também passam a ter novos dirigentes. Ana Luiza Ferreira assume a presidência da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), enquanto Diogo Bezerra comandará a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas (Condepe/Fidem). No setor da saúde dos servidores, Wagner Gonçalves Lyra será o novo presidente do Iassepe, e Douglas Rodrigues ocupará o cargo de secretário-executivo de Atenção à Saúde. Os antigos titulares das secretarias e órgãos seguirão com novas atribuições dentro do Executivo estadual. “O Governo de Pernambuco tem realizado entregas nas mais diversas áreas, como resultado do trabalho incansável de um time dedicado e preparado para superar os desafios do nosso Estado. Agradeço o empenho dos nossos secretários e presidentes de órgãos que têm chegado na ponta e mudado a vida do pernambucano e da pernambucana para melhor”, destacou a governadora Raquel Lyra.

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Crédito do Banco do Nordeste injeta R$ 10,2 bilhões na agricultura familiar

Safra 2025/2026 destina R$ 1,2 bilhão para pequenos produtores em Pernambuco, com foco em inclusão produtiva e práticas sustentáveis. Foto: Francisco Nero O Banco do Nordeste (BNB) anunciou que irá destinar R$ 10,2 bilhões para o financiamento da agricultura familiar na Safra 2025/2026. Desse total, R$ 1,2 bilhão será reservado para produtores rurais de Pernambuco, contemplando ações de custeio, investimento e desenvolvimento produtivo. O anúncio ocorreu em Brasília, durante o lançamento do novo Plano Safra, que prevê um investimento recorde de R$ 89 bilhões para o setor em todo o país. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destacou a importância da ampliação dos recursos para os pequenos produtores: “Nosso papel é fazer com que as pessoas tenham a oportunidade de alcançar seus objetivos e que mais recursos cheguem a todos”. Já o presidente do BNB, Paulo Câmara, enfatizou que o banco “atua como principal operador de crédito para a agricultura familiar”, alinhado às diretrizes de inclusão e sustentabilidade do Governo Federal. No ciclo anterior, o BNB movimentou R$ 9,6 bilhões em mais de 660 mil contratos com agricultores familiares, sendo R$ 8,6 bilhões apenas pelo Agroamigo — programa de microcrédito rural da instituição. A análise do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) aponta que esse volume resultou em 113 mil empregos mantidos ou gerados, R$ 2,1 bilhões em massa salarial e impacto positivo em diversos indicadores da economia regional. Em 2025, o Agroamigo completa 20 anos como o maior programa de microcrédito rural da América Latina, com R$ 46 bilhões aplicados em 8,5 milhões de operações desde sua criação. Com presença em mais de dois mil municípios e adimplência de 97,5%, o programa é referência em inclusão produtiva no campo. A nova safra seguirá priorizando ações como energias renováveis, conectividade no meio rural, turismo e valorização de comunidades tradicionais.

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Ana Paula Vilaca E

“O plano Centro Recife na Rota do Futuro é uma grande conquista”.

Secretária do Gabinete do Centro explica as diretrizes do planejamento que busca revitalizar a área central do Recife, focado no estímulo à moradia. Também visa melhorar a segurança, a mobilidade e impulsionar a economia do local. A ideia é tornar a região mais movimentada e atrativa para recifenses e turistas. Já faz algum tempo que a população se deu conta de que muitos projetos desenvolvidos por uma gestão governamental, mesmo que sejam eficazes, são descontinuados assim que começa o mandato de um novo governante. O motivo é a mera disputa política. Foi pensando em produzir um planejamento de longo para a região central do Recife, que pudesse ser abraçado pelos próximos governos municipais que o Gabinete do Centro do Recife, responsável pelo Programa Recentro, lançou o Centro do Recife na Rota do Futuro. Fruto de um intenso e amplo processo participativo – que envolveu de especialistas até empresários e o cidadão comum da cidade – o plano tem como foco o incentivo à moradia na região central, destinada a diferentes classes sociais. Mas também abrange medidas que dão qualidade a esse habitar no Centro, como a segurança, a mobilidade, a organização urbana e a preservação do patrimônio da área. Em consequência, a região vai recuperar a sua movimentação, impulsionar a sua economia e atrair visitantes locais e turistas. Empolgada com a conclusão do plano, a secretária do Gabinete do Centro, Ana Paula Vilaça, ressalta, nesta entrevista a Cláudia Santos, a importância do apoio da sociedade civil para colocá-lo em prática.  Ela também detalha  as suas diretrizes. O plano Centro do Recife na Rota do Futuro tem como um dos focos principais a habitabilidade na região, um conceito que extrapola o mero incentivo à moradia na área. A senhora poderia explicar essa visão presente no plano? A habitabilidade é entendida no sentido amplo de ocupar, de vivenciar o Centro do Recife. Então, isso é exercido por meio de múltiplas atividades, a moradia, que é o foco principal, é o nosso maior desafio, mas o plano também conta com outras atividades. O que nós queremos é o Centro da cidade ocupado, seja por moradores, por consumidores, por turistas, por visitantes, pelo próprio recifense, por meio de diversos usos e atividades.   O nosso desejo é que ele tenha um mix de atividades e atrativos, que seja frequentado em diferentes horários, todos os dias da semana, à noite, nos finais de semana, por diferentes públicos e por diferentes faixas etárias. Então, a gente acredita que o Centro da cidade tem esse potencial de atrair a diversidade, desde jovens, adultos, pessoas que vêm buscar os atrativos turísticos, consumir nas lojas, trabalhar. Ou seja, o que a gente entende como habitabilidade é esse conceito de vivenciar e ocupar o Centro da cidade por meio de diferentes atividades. Uma das ações que vem sendo noticiada sobre a moradia é o incentivo ao retrofit. Como está esse processo e qual é a sua expectativa dessa estratégia?  Desde que assumimos o Recentro, realizamos diagnósticos e percebemos que esse era o principal desafio: atrair moradores para a região central do Recife que, assim como todas as cidades do mundo, passou por um processo de esvaziamento, foi perdendo a sua importância. Isso porque a cidade começa a crescer para a sua periferia. A política habitacional do País constrói esses conjuntos habitacionais nas regiões periféricas e o Centro começa a sofrer esse esvaziamento.  Por consequência, acontece o esvaziamento da própria atividade econômica, com a concorrência com shopping centers, com as lojas nos bairros, com o comércio digital. Então, partimos para essa política de incentivar e atrair a moradia. Desde a criação do Recentro, a Prefeitura já concede benefícios fiscais de IPTU, ISS, ITBI, sobretudo para habitação de interesse social. Por exemplo, é possível chegar até a 10 anos de benefício, zerar o IPTU, aliado a outras medidas.  Isso porque, para atrair moradia, a gente precisa, por exemplo, ter um espaço público seguro, agradável, então começamos a investir também na questão do espaço público. Buscamos linhas de financiamento com os bancos porque havia uma dicotomia: não tem oferta de moradia, porque não tem demanda, se não tem demanda, dessa forma, não tem oferta. Não se sabia qual o problema que veio primeiro.  Diante disso, começamos várias tratativas com o mercado imobiliário para entender por que não existia essa oferta de moradia, porque não era atrativo fazer retrofit. Fomos identificando os gargalos, desde o processo burocrático de aprovação de um projeto na área central executado pelos órgãos de patrimônio, a questão dos custos e, assim, nós fomos tomando medidas para sanar esses obstáculos. Recentemente estamos revisando a Lei de Uso e Ocupação do Solo que concede benefício fiscal nessa transferência. Quem fizer o retrofit na região do Centro, vai ganhar potencial construtivo na Zona Sul, que é a área de maior interesse do mercado imobiliário. Fizemos também essas linhas de financiamento específicas, articulamos com o BNDES, com o Banco do Nordeste, com a Caixa Econômica Federal, para que tenhamos um Centro realmente atrativo.  A minha expectativa é que, dentro de quatro a cinco anos, nós teremos, sim, moradias sendo produzidas, sendo entregues. O programa Minha Casa, Minha Vida também tem uma linha para retrofit. A gente acredita nesse potencial de moradia para diversas classes sociais. Isso é importante frisar. Nós temos um mercado, por exemplo, com o Porto Digital que tem 18 mil pessoas trabalhando. Podem ser ofertadas moradias como flats, lofts para esse público.  Também existe a população de baixa renda que trabalha na área central e se desloca por cerca de duas horas vindo de outros municípios para trabalhar. Isso, inclusive, causa impacto na mobilidade. Acompanhamos estudos de retrofit que mostram também o impacto para o meio ambiente e a sustentabilidade, de poder reutilizar a estrutura construída. Isso é muito importante dentro desse contexto da pauta de desastres ecológicos. Nós estamos incentivando a ocupação do existente.  [O ex-secretário municipal de Planejamento Urbano do Rio de Janeiro] Washington Fajardo, que é o nosso consultor, diz que a melhor cidade é aquela  que

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Sebrae PE promove imersão gratuita sobre vendas online para pequenos negócios

Capacitação presencial em Recife ensina como faturar diariamente pela internet usando ferramentas digitais e inteligência artificial Com o crescimento acelerado do comércio eletrônico, dominar as vendas no ambiente digital se tornou essencial para os pequenos negócios. Pensando nisso, o Sebrae Pernambuco realiza no dia 2 de julho, às 19h, a imersão gratuita “Explosão de vendas: aprenda como faturar todos os dias pela internet”. A atividade integra o programa Quartas de Sucesso e será realizada na sede da instituição, no Recife, com inscrições disponíveis no site pe.loja.sebrae.com.br. A capacitação tem como foco orientar microempreendedores e aspirantes a vendedores digitais sobre estratégias práticas para gerar faturamento contínuo no online. Serão abordadas técnicas de criação de ofertas atrativas, fidelização de clientes e uso eficaz de ferramentas digitais e redes sociais, com ênfase no WhatsApp, Instagram, Google Ads e principais marketplaces. Também serão discutidos erros comuns que comprometem resultados e como evitá-los. “Investir no digital nos dias de hoje é muito mais do que um diferencial. Tornou-se uma questão de necessidade, principalmente para atender ao novo perfil de consumidor sempre conectado”, afirma o analista do Sebrae Pernambuco, Arthur Tavares. Segundo ele, a formação será prática e com foco em resultados: “Mostraremos aos empreendedores desde como usar inteligência artificial para otimizar fluxos, estruturação da rede social e Google Ads até quais os principais marketplaces e como criar conta nessas plataformas”. A programação foi pensada com base nos dados da 9ª edição da Pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, do Sebrae Nacional, que apontam o WhatsApp e o Instagram como as ferramentas mais utilizadas pelos empreendedores brasileiros. Com vagas limitadas, a ação busca fortalecer o ecossistema digital de vendas e ampliar as oportunidades para quem quer empreender com segurança e assertividade. ServiçoEvento: Quartas de Sucesso – Explosão de vendas: aprenda como faturar todos os dias pela internetData: 2 de julho (terça-feira), às 19hLocal: Sede do Sebrae Pernambuco – Rua Tabaiares, 360, Ilha do Retiro, RecifeInscrições gratuitas: pe.loja.sebrae.com.br

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OFICINA FENEARTE

Fenearte oferece 13 oficinas gratuitas com saberes do artesanato popular

Com mais de 1,6 mil vagas, atividades da 25ª edição ensinam técnicas como cerâmica, cordel, couro e reciclagem eletrônica Transmitir saberes, valorizar mestres e manter vivas as tradições artesanais. Esse é o espírito das 13 oficinas gratuitas que integram a programação da 25ª Fenearte – Feira Nacional de Negócios do Artesanato, de 09 a 20 de julho, no Mezanino do Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda. Ao todo, serão oferecidas 1.600 vagas para o público interessado em aprender práticas como xilogravura, olaria, confecção de bonecos de mamulengo, arte com resíduos eletrônicos e muito mais. Saberes ancestrais em práticaAs oficinas serão realizadas de segunda a sexta-feira, das 14h30 às 17h30 e das 18h às 21h; e aos sábados e domingos, das 13h às 16h e das 17h às 20h. Cada turma tem duração de três horas e capacidade para até 10 participantes, com inscrições feitas no próprio local, por ordem de chegada. A diversidade de técnicas reflete a riqueza do artesanato popular e a missão da Fenearte de incentivar a transmissão geracional desses saberes. Do barro ao byte: arte e inovaçãoAs atividades são divididas em dois blocos. O primeiro, de 09 a 14 de julho, inclui oficinas de xilogravura, instrumentos reciclados, modelagem em barro e argila, mamulengo e cordel. O segundo bloco, de 15 a 20 de julho, contempla o trabalho com couro, gravura com materiais recicláveis, poesia popular, vivência em olaria e arte a partir de resíduos eletrônicos. Uma oficina exclusiva de técnicas com linhas Pingouin será oferecida durante todo o período da feira. Serviço — Oficinas da 25ª Fenearte📍 Onde: Mezanino do Centro de Convenções de Pernambuco, Olinda📅 Quando: De 09 a 20 de julho de 2025⏰ Horários: De 09 a 14 de julho: De 15 a 20 de julho: De 09 a 20 de julho:

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cana de acucar

Estudo mapeia custos da cana-de-açúcar em Pernambuco

Evento em Recife reunirá dados estratégicos para fortalecer a cadeia produtiva da cana no estado A cadeia produtiva da cana-de-açúcar em Pernambuco será o foco de um importante levantamento técnico que ocorre no próximo dia 1º de julho, às 14h, na sede do Sindicato dos Cultivadores de Cana-de-Açúcar do Estado de Pernambuco (SINDICAPE), no Recife. O evento reunirá produtores rurais da Mata Norte e Mata Sul, principais regiões canavieiras do estado, para atualizar os dados sobre os custos de produção da cultura. A iniciativa integra o projeto Campo Futuro, conduzido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Conhecimento em Agronegócios (Pecege), com articulação local da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Pernambuco (FAEPE). A proposta é levantar informações que reflitam as condições reais enfrentadas pelos produtores, contribuindo para diagnósticos mais precisos e ações estratégicas. Esses dados são essenciais para que o setor canavieiro possa tomar decisões com maior embasamento técnico, considerando as oscilações de mercado, a inflação de insumos e os impactos climáticos. “A parceria reforça o compromisso da entidade com o fortalecimento do setor agropecuário em Pernambuco, por meio da produção e disseminação de conhecimento técnico de qualidade”, afirma a FAEPE. O mapeamento faz parte de uma série nacional de estudos que buscam compreender as variáveis econômicas da produção agrícola no Brasil. Ao gerar indicadores regionais, o levantamento contribui para políticas públicas mais eficazes, planejamento financeiro e negociação de contratos por parte dos produtores. ServiçoO quê: Levantamento de Custos da Produção de Cana-de-Açúcar em PernambucoQuando: 1º de julho, às 14hOnde: Sede do SINDICAPE – Recife (PE)Realização: CNA, Pecege e FAEPE

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Comunidades reforçam pedido por RESEX no Litoral Sul de Pernambuco

Campanha destaca papel do manguezal de Rio Formoso na segurança alimentar, na cultura e no equilíbrio climático Na véspera do Dia Internacional da Pescadora e do Pescador, comunidades tradicionais e organizações civis renovam o apelo pela criação da Reserva Extrativista (RESEX) do Rio Formoso, no litoral sul de Pernambuco. A proposta, que tramita há mais de 15 anos, visa proteger cerca de 2.240 hectares de manguezais entre os municípios de Sirinhaém, Rio Formoso e Tamandaré, garantindo o sustento de mais de 2.300 pescadores e pescadoras artesanais. O território abriga o último grande manguezal não urbano do estado e constitui um super ecossistema marinho, essencial para a reprodução de espécies ameaçadas como o peixe-boi, o cavalo-marinho e o mero. “A criação da RESEX do Rio Formoso é urgente para garantir a proteção legal de um território que já é cuidado coletivamente pelas comunidades tradicionais há décadas”, ressalta Nátali Piccolo, da Conservação Internacional (CI-Brasil). A proteção do mangue também está diretamente ligada à mitigação da crise climática. Além de armazenarem até quatro vezes mais carbono do que florestas tropicais, os manguezais atuam como barreiras naturais contra tempestades e filtram a água. Seu valor cultural é igualmente relevante, com espécies como caranguejo-uçá, aratu e ostra compondo a base da pesca artesanal e da culinária local. “Sem mangue limpo, não tem mariscada. E sem mariscada, não tem fungi”, diz Marô do Fungi, pescadora e cozinheira de Rio Formoso. Para fortalecer a mobilização, foi lançada a campanha #SemMangueSemBeat, que oferece uma plataforma online com cartas, informações e ferramentas para que a sociedade pressione o governo estadual a apoiar a criação da RESEX. O nome faz referência ao movimento Manguebeat, ícone da resistência cultural pernambucana, e reforça que proteger o mangue é também preservar a identidade do estado. ServiçoMais informações sobre a campanha: www.semmanguesembeat.com.brSobre a Conservação Internacional: www.conservacao.org.br

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Transação tributária avança no Nordeste

Felipe Athayde destava que o Nordeste lidera entre estados com legislação própria. Região amplia adesão à quitação negociada de dívidas. Ao completar cinco anos, a transação tributária – política pública para quitação de débitos da dívida ativa – cresce na esfera da União, com expectativa de arrecadação recorde em 2025, quando deve atingir R$ 68 bilhões negociados. Esse montante é praticamente o dobro do volume registrado em 2024. “No entanto, apesar do sucesso na administração fazendária nacional, esse instrumento – que possibilita descontos e prazos maiores que os Refis tradicionais – avança de forma desigual nos estados”, analisa o advogado tributarista . Felipe Athayde, fundador do escritório Felipe Athayde Advogados Associados, que tem sede em São Paulo (SP) e Maceió (AL) e atua em 17 estados. Regulamentada pela lei federal nº 13.988/20, essa ferramenta, destinada a pessoas jurídicas, precisa de legislação estadual para a implementação em nível local. Porém, até abril deste ano, apenas 13 das 27 unidades da federação tinham estabelecido esses marcos legais, segundo pesquisa do Núcleo de Direito Tributário da Fundação Getúlio Vargas em São Paulo. “Nesse cenário, o Nordeste aparece como um dos destaques positivos, pois cinco dos nove estados nordestinos fazem parte do grupo que instituiu formalmente a transação tributária estadual: Pernambuco, Sergipe, Ceará, Bahia e Piauí”, ressalta Felipe Athayde. O governo sergipano foi o pioneiro na região, ao criar sua legislação própria ainda em 2021, um ano depois da lei federal. Já Pernambuco, Bahia, Ceará e Piauí adotaram mecanismo semelhante em 2024.

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Cultura como motor de transformação: a trajetória do Instituto Burburinho

Em entrevista, Priscila Seixas fala sobre desafios, aprendizados e o papel estratégico da cultura nas periferias brasileiras Fundado em 2006, o Instituto Burburinho Cultural surgiu no contexto de fortalecimento das políticas públicas para a cultura e se consolidou como uma referência nacional em projetos voltados para territórios periféricos. Hoje presidido por Priscila Seixas, o instituto aposta na escuta ativa, na formação em rede e em parcerias estratégicas com universidades e órgãos públicos para promover cultura como ferramenta de desenvolvimento social. Nesta entrevista, Priscila compartilha os desafios de atuar com cultura e educação em diferentes territórios, os aprendizados do livro Método Burburinho de Produzir Cultura, e os avanços do curso Criar Jogos, que já ultrapassou 6 mil alunos e agora inclui temas como desinformação, letramento midiático e inteligência artificial. Uma conversa inspiradora sobre persistência, reinvenção e a potência transformadora da cultura brasileira. O que te motivou a fundar a Burburinho Cultural? A Burburinho foi fundada em 2006, logo depois que eu terminei a faculdade, impulsionada por um contexto muito favorável de fortalecimento das políticas públicas para a cultura. Naquele momento, havia uma abertura interessante para editais e para as leis de incentivo fiscal, especialmente a lei federal. Então, a fundação do instituto nasceu desse encontro entre um momento contemporâneo de efervescência cultural e a possibilidade concreta de viabilizar projetos por meio dessas ferramentas. Há quatro anos, assumi a presidência do instituto. Isso também reflete uma virada: passamos a trabalhar com ainda mais foco na cultura como motor de desenvolvimento econômico e transformação social, em diálogo direto com as políticas públicas e com a universidade. Essa possibilidade de atuar de forma estruturada na criação e implementação de políticas públicas por meio da cultura só é viável graças à existência de institutos e organizações sociais. Por isso, assumir a presidência da ONG — que nasceu em Brasília e agora tem sua sede no Rio de Janeiro — foi também um passo estratégico dentro desse movimento de fortalecimento institucional. Qual o maior desafio ao trabalhar com cultura e educação em territórios periféricos? Lidar com territórios é trabalhar em conjunto. Os projetos da Burburinho Cultural buscam contratar equipes locais que conheçam sobre o espaço em que será implementado as nossas iniciativas. Para conseguir a capilaridade alcançada através das ações culturais, a escuta é uma das ferramentas mais importantes. A equipe da sede da Burburinho Cultural mantém contato com as produções locais e organiza as ações a partir dos retornos das localidades. Nossos projetos se adaptam às diferentes realidades por conta dessa sensibilidade que é exercida através da escuta e parceria com os locais atendidos. Quais os principais aprendizados que você extraiu ao escrever o livro “Método Burburinho de Produzir Cultura”? Acredito que a continuidade em ações culturais, algo que é complexo no setor. É comum que, na cultura, as ações fiquem restritas a poucas edições. Nós estamos investindo em processos de reinvenção de nós mesmos. Por exemplo, o Criar Jogos nasce de uma demanda de um de nossos parceiros e hoje já contou com mais de 6 mil alunos inscritos. O curso vem se aperfeiçoando através da metodologia design thinking, com os pilares de construção de uma ideia, sua execução e sua remodelação através de dados coletados para sua sofisticação. Nesse processo, leva-se em consideração como devemos atuar nos diferentes territórios em que atuamos. Assim, estamos conseguindo novas parcerias, como o termo de cooperação com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict), uma vez que, hoje, o Criar Jogos é um curso de extensão da Escola Nacional de Informação (Enacin). O que esperar da parceria com o IBICT e a ENACIN? A parceria estabelecida com o Ibict, por meio do projeto Enacin, levou o Criar Jogos para Ceilândia, cidade satélite localizada na região periférica de Brasília-DF. Além de ser a primeira vez que o Criar Jogos chega, com um laboratório social, no Centro-Oeste, foi uma oportunidade incrível em atuar em um novo local, com suas peculiaridades. Através desse compromisso com o Ibict, desenvolvemos um novo módulo que discute sobre Integridade da Informação, que chamamos de “Quem é você nas redes?”. A ideia é trabalhar com temas como desinformação, a utilização de ferramentas de pesquisa, fake news, uso de inteligência artificial, temas que tangenciam a realidade vivida pelos alunos beneficiados. É mais uma avanço no curso que agora se consolida como uma ferramenta que estimula o letramento midiático-informacional, oferecendo a oportunidade de refletirem de maneira crítica através de seus próprios meios. O que te inspira a continuar empreendendo na área cultural? Que conselho daria para quem está começando? A inspiração tem uma relação direta com a cultura como esse lugar de solução para os problemas do mundo. Eu entendo que, mesmo com todos os avanços — com a gente operando, trabalhando, produzindo cultura nesses últimos 20 anos — ainda existe, no Brasil, uma visão muito limitada da cultura, como se fosse apenas entretenimento. Muitas vezes, o campo cultural é tratado com um certo olhar vira-lata. A Burburinho, pra mim, entra justamente como uma ferramenta de informação, de compreensão da centralidade da cultura. De como a cultura pode ocupar esse lugar estratégico, potente, capaz de propor saídas para questões complexas. E, pra quem está começando, eu sempre falo sobre a importância da informação e dos filtros que a gente aplica sobre ela. Existe uma ideia de que os recursos para a cultura não existem — mas eles existem. Talvez ainda sejam insuficientes, mas eles estão aí. Só que é preciso estar atualizado: acompanhar o que está sendo proposto pelas secretarias de cultura, tanto estaduais quanto municipais, e pelo Ministério da Cultura. Também é essencial compreender a dimensão transversal da cultura, suas relações com a educação, com a tecnologia — e, principalmente, com as pessoas. Porque a cultura se faz em rede. Não é um caminho solitário, é um trabalho de conexão constante. A gente precisa estar sempre se conectando com pessoas diferentes, o tempo todo, para conseguir operar e realmente atuar nessa área.

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