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Mas afinal, o que é Inteligência Artificial?

*Por Rafael Toscano Essa é uma pergunta recorrente quando somos apresentados a esse vasto mundo dentro do universo da tecnologia, entenda em 3 passos. Como podemos definir a IA? Para respondermos essa pergunta, é necessário dar um passo para trás, voltando nossa atenção para a definição de inteligência. Será que alguém duvidaria que um simpático cachorrinho seria dotado de grande inteligência? (e de fofura). Provavelmente não! Os cachorros, assim como diversas espécies do reino animal, têm grande capacidade de aprender, adaptando-se às diversas situações em que são expostos, tanto na natureza selvagem, quanto na sala da sua casa, ao aprender um novo truque. De forma bastante resumida, podemos estabelecer o conceito de que Inteligência Artificial é a capacidade de um computador aprender e se adaptar para realizar tarefas comumente associadas aos seres inteligentes. De forma mais aprofundada, se você perguntar sobre inteligência artificial a um pesquisador(a) de IA, ele(a) dirá que é um conjunto de algoritmos que podem produzir resultados sem precisar ser explicitamente instruído para isso. É a simulação da inteligência natural em máquinas que são programadas para aprender e imitar as ações dos humanos. Qual é o objetivo da Inteligência Artificial? Do ponto de vista técnico, o objetivo da Inteligência Artificial é auxiliar as capacidades humanas, sobretudo, nos ajudar a tomar decisões complexas com impactos de longo prazo. Já numa visão mais filosófica, a Inteligência Artificial tem o potencial de ajudar os humanos a viver vidas mais significativas, mitigando o trabalho árduo e maçante, em benefício de uma nova fase de nossa humanidade. Atualmente, o propósito da Inteligência Artificial é compartilhado e aplicado por diferentes ferramentas e técnicas que inventamos no último milênio, como um meio que melhoraria tais ferramentas e técnicas existentes. Entretanto, a Inteligência Artificial também apresenta um viés de produto final, uma criação que de forma autônoma inventaria as ferramentas e serviços inovadores que teriam o poder de mudar a forma como conduzimos nossas vidas. Esperançosamente, contribuindo na eliminação de conflitos, desigualdades e o sofrimento humano. Entretanto, ainda estamos muito longe desses tipos de resultados. De forma aplicada, a Inteligência Artificial está sendo usada principalmente pelas corporações para melhorar a eficiência de seus processos, automatizar tarefas que exigem muitos recursos, bem como nas tarefas de previsões de negócios com base em dados concretos. Quais são as vantagens do uso da Inteligência Artificial? Não há dúvida de que a IA representa um avanço tecnológico que tornou e ainda tem potencial para tornar a nossa vida melhor. Desde recomendações de música, marketing social, geolocalização em mapas de tempo real, mobile banking até prevenção de fraudes, a IA e outras tecnologias já assumiram o controle. Vamos então destacar de forma geral e sumária quais seriam as principais vantagens do uso de IA: Redução significativa do erro humano;Disponibilidade de 24×7;Ajuda no trabalho árduo e repetitivo;Assistência digital personalizada para cada tipo de atividade;Decisões tomadas em frações de segundo;Processo decisório totalmente segregado dos aspectos emocionais;Grande capacidade como meio de melhoria de ferramentas já existentes. Desse vasto mundo desconhecido da IA, restam algumas certezas. Entre elas, a de que o espaço conhecido por nós é bem menor do que o que ainda temos a conhecer. E aí, a IA já bateu na sua porta hoje? Rafael Toscano é gestor financeiro, Engenheiro da Computação e Especialista em Direito Tributário, Gestão de Negócios. Gestor de Projetos Certificado, é Mestre em Engenharia da Computação e Doutorando em Engenharia com foco em Inteligência Artificial aplicada.

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Sumaya Espelho dagua

MAMAM recebe exposição colaborativa Isto é um roçar de mãos?

“Isto é um roçar de mãos?'' é a pergunta-provocação que nomeia a próxima exposição coletiva no Aquário Oiticica, sediado no Museu de Arte Moderna Aloisio Magalhães (Mamam). A mostra reúne os trabalhos dos artistas Kaísa Lorena, Mitsy Queiroz e Sumaya Nascimento que, a partir de reuniões iniciadas em janeiro deste ano, apresentam 23 obras-híbridas, nas quais a mistura de linguagens, processos criativos, afetos, materiais, técnicas, suportes e conceitos serviram enquanto mote expositivo. A exposição contou com a curadoria de Guilherme Moraes, editor da Revista Propágulo e pesquisador no Programa Associado de pós-graduação em Artes Visuais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e Ana Gabriella Aires, professore, escritore e pesquisadore associada ao Programa de Pós-Graduação em Literatura Comparada da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA). Em conjunto, a dupla de co-curadores atuou enquanto testemunhas, ouvintes e conversadores dentro dos encontros, contribuindo com interrogações e observações que se transformavam, gradativamente, em debates metalinguísticos sobre os processos de curadoria, socialização e criação coletiva desenvolvidos ao longo dos últimos seis meses. “Isto é um roçar de mãos?'' foi incentivado pela Prefeitura do Recife, por meio do edital de fomento à cultura Recife Virado, e é um desdobramento da pesquisa de Mestrado de Kaísa, intitulada “O entretecer estético-político para criação poética de imagens híbridas: um estudo teórico e prático de criar em rede tecendo junto a corpos dissidentes”. Dentro da pesquisa, a artista-proponente da mostra pretende investigar processos criativos dentro de dinâmicas de criação em rede, herança de uma auto-observação: “comecei a pensar sobre como era mais estimulada a criar quando estava com outras pessoas”, explica em uma das reuniões. Partindo da observação da bricolagem como forma de produção, isto é, um trabalho manual feito de improviso e que aproveita materiais diferentes, o ponto de partida para a reunião dos três artistas foi o ato de entretecer, que significa vamos tecer juntos. Por isso, durante o período de imersão, os artistas compartilharam uma espécie de diário de campo coletivo, em que foram estimulados a incorporar o imprevisível dos percursos de produção artística ao diálogo e dinâmicas de produção construídas entre eles em cada encontro. “Pudemos ver Mitsy Queiroz, artista e arte-educador, desafiar suas colegas a partir de produções suas, solicitando, para o encontro seguinte, a realização de imagens fotográficas arranjadas em frase. Em um encontro seguinte, após a socialização e conversa sobre o exercício posto por Mitsy, a artista Sumaya Nascimento foi propositora de uma nova partida que se sucederia: cada um dos outros dois artistas deveria, em uma semana, apresentar-lhe uma produção tridimensional. Desses entrecruzamentos foi-se criando um processo de socialização de inquietações e vontades relativas a cada investigação individual em curso, como também sendo propostos, paulatinamente, pontos de contato e contaminação entre poéticas dispostas a se parearem no espaço-tempo desta ação”, explicou Guilherme Moraes no comentário curatorial da Exposição. A exposição “Isto é um roçar de mãos?'', pergunta retirada do poema de Carlito Azevedo, crítico e poeta brasileiro, não deve ser pensada enquanto produto final, mas enquanto processo de constante construção. “As reuniões foram momentos de andanças em direção aos outres”, escreve Euana, autora do texto curatorial. “Entretecidos entre si e entre as obras – que em dado momento têm a autoria contaminada – ficamos todos. Como não ficar, no aqui e no agora? […] Eis, pois, a mostra de diálogos, afetos, a mostra do contato que para acontecer sempre tiveram e continuam tendo os próprios afetos enquanto guia, um roteiro errante”, pontua em outro trecho. Após a inauguração, a mostra colaborativa fica aberta para visitação até 30 de julho, de terça-feira a sábado, das 12h às 17h. Ao todo, somam-se 23 obras, entre elas, 12 fotografias, uma instalação, 4 esculturas e 2 livros-objetos. SERVIÇO MAMAM recebe exposição colaborativa Isto é um roçar de mãos Siga no Instagram: @entre_tecer

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Férias: como evitar acidentes com as crianças no período de lazer

(Da Agência Brasil) Julho chegou e o período de férias escolares para as crianças e os adolescentes também. Aguardada pelos pequenos (e não tão pequenos) pelas numerosas possibilidades de lazer, brincadeiras e descanso, as férias alteram as rotinas o que aumenta os riscos de pequenos acidentes, quedas e traumas dentro e fora de casa. No ambiente doméstico, os responsáveis precisam cuidar de situações como queimaduras, envenenamento, afogamento, quedas, cortes, sufocação e choque elétrico. Tanto dentro quanto fora de casa é preciso estar atento ao movimento das crianças. Os acidentes mais comuns nas emergências são pequenos ferimentos e contusões, segundo o ortopedista pediátrico, Wilson Lino Junior, coordenador da ortopedia Pediátrica do Hospital infantil Sabará de São Paulo.  “As crianças estão sempre em movimento e procurando aventuras e interação com seus semelhantes. Devemos pensar em alguns fatores que podem justificar a maior quantidade de traumas e acidentes: a coordenação das crianças está em constante desenvolvimento, a marcha normal só se assemelha a de um adulto aos 6 anos de idade, mudanças corporais ocorrem até a fase final de crescimento, próximo dos 16 anos de idade”.  Segundo o médico, a criança cresce muito ao longo de pouco tempo e a relação com o mundo que a envolve muda constantemente. “Imagine que uma mesa tem a altura padrão de 80cm, uma criança aos 2 anos de idade pode passar por baixo da mesa sem necessitar abaixar e, em menos de um ano, precisa recalibrar seus parâmetros, pois se não abaixar irá bater a cabeça, um dos traumas mais comuns vistos nas emergências.” Após o acidente, a orientação é observar a criança. “Desmaios e vômitos são sinais de alerta com traumas de cabeça. Deformidades, dor intensa nos membros são sinais de fratura. Ferimentos cortantes com sangramento abundante também devem levar ao pronto-socorro", enumera o médico. "No caso de trauma nos membros, recomenda-se imobilização provisória, nos ferimentos sangrantes deve-se envolver com toalha ou pano limpo e não fazer garrotes e torniquetes. Nunca colocar substâncias como café, óleo, pasta de dente e outros produtos de crendices que podem contaminar os ferimentos, causar infecções graves e dificultar o tratamento”, alerta o ortopedista. Segundo Lino Junior, os acidentes mais frequentes costumam ocorrer dentro de casa, onde os pais, em geral, estão mais tranquilos por considerar um ambiente seguro.  Engasgos Durante as férias, crianças ficam mais expostas a pequenos acidentes. Brinquedos com peças pequenas, por exemplo, devem ser evitados. - Fabio Rodrigues Pozzebom/Arquivo Agência Brasil Além dos acidentes, há ainda outras situações inesperadas, entre elas, o engasgo, que costuma ocorrer com as crianças menores de 5 anos, de acordo com a otorrinolaringologista Saramira Bohadana, responsável pela área Aerodigestivo do Hospital infantil Sabará de São Paulo.  “A criança na fase oral, normalmente, põe tudo na boca. Se o objeto for pequeno, a criança tem risco de aspirar ou de deglutir. Os objetos que representam mais risco para a criança são as baterias. Então os pais devem tomar muito cuidado para que não tenha em casa brinquedos com baterias pequenas, porque as baterias que não são alcalinas, em contato com a mucosa tanto nasal quanto a mucosa digestiva,  corroem a mucosa e provocam perfuração e destruição do tecido e isso é extremamente grave, a criança deve ser atendida o mais rápido possível”, alerta a médica. Ela reforça que não se deve esperar para ver se o objeto sai nas fezes. “A família da criança deve sempre procurar o pronto-socorro mais próximo quando perceber que a criança se engasgou ou se ela teve algum acidente com o corpo estranho e nunca esperar para ver o que vai acontecer ou se vai eliminar nas fezes”. Pipoca e amendoim  Difícil encontrar uma criança que não goste de pipoca, mas as menores devem ficar longe do alimento, assim como do amendoim, pelo alto risco de engasgo, acrescentou a médica  “A orientação é evitar a exposição de amendoim e de pipoca para criança de 2 a 4 anos, onde o risco de engasgo é maior. Também tirar brinquedos pequenos como legos e brinquedo com bateria nem pensar. Então é tirar todo tipo de objetos que a criança pode pôr na boca e eventualmente aspirar”.  A mãe do Luis, a bancária Janaína Vieira de Oliveira Grave e Souza, passou por um susto quando o menino, aos 2 anos, engasgou com amendoim. “Ele estava com meus sobrinhos mais velhos e eles estavam comendo amendoim, o Luís pegou uma porçãozinha de amendoim e estava brincando com eles e acabou se engasgando. Na hora, ele perdeu o ar um pouco e a gente fez aquela manobra do engasgo, aquele desespero de pai, né? Vira de ponta cabeça, aperta a barriga, enfia o dedo na garganta, enfim, ele vomitou, voltou o ar e ficou tudo bem", relembra. "Mas à noite a gente acabou levando na emergência porque eu fiquei assustada, fui buscar na internet e vi vários relatos de crianças que aspiraram amendoim ou coisas parecidas. Na emergência tiraram um raio X e, aparentemente, estava tudo normal”, contou Janaína. Durante a madrugada, entretanto, o quadro mudou. “Ele estava respirando um pouco mais ofegante. Falei com a pediatra dele e ela disse que era grave e que deveria ir em um hospital pediátrico. A médica que atendeu olhou o mesmo raio X e falou que o amendoim estava no pulmão. Ele ficou internado na UTI quatro dias e precisou fazer uma broncoscopia”, conta a mãe. O procedimento foi rápido, mas o menino precisou ser anestesiado. “A doutora que atendeu ele, superexperiente, explicou como seria o procedimento pois poderia trazer sequelas, poderia demorar para localizar o amendoim, mas no caso dele foi tudo bem. Mas, como mãe, você fica fica desesperada na hora e se pergunta como que você deixou isso sendo que você cuida tanto”.  Hoje com 5 anos, Luís continua sem comer amendoim. E só está liberado para a pipoca quando tem adulto por perto. “Toda vez que ele come algo que eu acho que pode engasgar ou pode trazer algum risco, ele fica sob supervisão. Por exemplo, bolinha de chocolate, pipoca que ele ama, ele só come sob supervisão e a gente, às vezes, fica tirando casquinha, olhando ele comer”.  Objetos perigosos Segundo a médica, os

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196.1

Capa da semana: Cansados das Redes Sociais

*Por Rafael Dantas As redes sociais revolucionaram a comunicação e trouxeram grandes mudanças na sociedade, mas o seu uso em excesso está deixando um legado de cansaço na população. Instagram, WhatsApp, TikTok, Facebook, Linkedin e tantas outras plataformas ocupam em média aproximadamente quatro horas no dia dos brasileiros, segundo um estudo da agência de marketing digital Sortlist. Quando somados os outros usos de navegação na internet, o tempo conectado supera as 10 horas por dia. Seja por trabalho ou por lazer, a vida virtual excessiva e todo o contexto atrelado a ela (como fake news, cyberbullying, cancelamentos, positividade tóxica, entre outros fenômenos) têm ampliado os problemas de saúde mental e exigido uma mudança na forma como lidamos com o mundo digital. Leia a reportagem completa na edição 196.1 da Revista Algomais: assine.algomais.com

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Claudia Lima

Entrevista com Cláudia Lima: "A saída é a bioeconomia"

No ano passado, em entrevista a Algomais, Cláudia Lima, diretora do ITCBio (Instituto Tecnológico das Cadeias Biossustentáveis) defendeu ser possível aplacar a fome do País e ainda ganhar muito dinheiro com a biodiversidade do Brasil. E o melhor: deixando a floresta em pé. Em meio à atual crise econômica, que tem arrastado um grande contingente de brasileiros para a pobreza, Cláudia vive hoje a expectativa de o instituto começar a caminhar em direção a que ela idealiza e acredita. A organização foi selecionada em três editais para capacitar pequenas comunidades no sertão, na mata atlântica e no litoral do Nordeste para atuar na cadeia produtiva de bioinsumos. Está prevista a instalação de três biofábricas. As marisqueiras do litoral norte pernambucano também serão beneficiadas. Um dos projetos visa a implantar a qualidade no processo da pesca e lançar um novo produto no mercado para aumentar o valor agregado e a biossegurança. Exultante com as novas perspectivas, Cláudia, que também é professora da UFPE, crê na abertura de grandes oportunidades, já que a indústria brasileira importa boa parte dos bioinsumos produzidos em clima tropical. Nesta entrevista a Cláudia Santos, ela detalha os projetos e as possibilidades desse mercado. Quais ações deste ano do ICTbio? A indústria brasileira importa insumos originários de climas tropicais, mas nós também podemos produzi-los. Nós desconhecemos a riqueza que temos com a biodiversidade do Brasil, que é a maior do planeta. A nossa população nordestina, tão trabalhadora, está passando fome. Mais da metade da população brasileira está abaixo do limite de pobreza, uma boa parte morando na região do semiárido nordestino. É algo muito triste e a gente pode e deve fazer alguma coisa para reverter essa situação. A saída, que a gente vem defendendo há seis anos, é a bioeconomia. Numa outra entrevista, eu disse a você que com a bioeconomia dá para aplacar a fome e ganhar dinheiro. Essa é uma frase que não são espumas ao vento, é algo concreto. Demos um primeiro passo nesse sentido com a aprovação do nosso projeto num edital da Facepe (Fundação de Amparo a Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco) para instalação de fábricas de bioinsumos, ou seja, insumos biológicos, originados da natureza, para fornecermos para o setor industrial, nas áreas de alimentos, cosméticos e farmacêutica. A produção será realizada por pequenas comunidades que serão capacitadas por nós para profissionalizar os seus processos, que estão em nível artesanal, e estabelecer uma cadeia produtiva. A capacitação também abrangerá a gestão desses bionegócios. Estamos comprando os equipamentos, organizando toda a infraestrutura, para capacitarmos as comunidades. No final de 2019, concorremos com um projeto em um edital de pesquisa e desenvolvimento do Banco do Nordeste, com foco na cadeira de valor de mariscos e ostras. O objetivo é apoiar pescadoras artesanais (a maioria são mulheres) no litoral norte de Pernambuco, implantar a qualidade no processo e lançar um novo produto no mercado para aumentar o valor agregado e a biossegurança. Esse projeto também foi aprovado. E acabamos de aprovar um grande projeto na Sudene para implantação de fábricas de bioinsumos em três Estados do Nordeste. Foi um edital muito concorrido, com alto nível de exigência e tenho muita satisfação de dizer que fomos os únicos aprovados. Vamos capacitar, mas a palavra seria empoderar as comunidades, propor cooperativas, realizar um diagnóstico social para mostrar as potencialidades de cada região. Ao mesmo tempo, entramos em contato com indústrias que utilizam esses insumos. Perguntamos: se você tivesse um insumo produzido no Brasil, qualificado pelo ITCbio, que fará toda a parte de controle de qualidade, você tem interesse em comprar? Claro que eles têm interesse, porque vão deixar de importar esses ativos. Onde serão localizadas essas biofábricas? Uma delas será sediada na cidade de Crateús (na foto abaixo), no sertão do Ceará, que um tem um polo de desenvolvimento tecnológico e um trabalho muito interessante na produção do mel. As outras biofábricas serão na região de Caicó, no Rio Grande do Norte, e em Carpina, em Pernambuco. Vamos contar com o apoio da Universidade Federal do Ceará, do Instituto Federal do Ceará, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, da Universidade Federal de Pernambuco e da Universidade Federal Rural de Pernambuco, que foi a nossa primeira parceira. Inclusive a biofábrica daqui do Estado vai ser instalada numa estação experimental UFRPE, em Carpina. Quais os bioinsumos que serão produzidos? Levantamos quais os insumos que a indústria está precisando. Inicialmente não vamos colocar produtos novos, mas aqueles que o setor industrial brasileiro já importa. O objetivo é fortalecer a base dessa cadeia produtiva para essas comunidades terem o retorno financeiro e, a partir daí, poderemos ampliar. Faremos um manejo racional de produtos que já são utilizados, em especial na indústria alimentícia e cosmética, e que estão sendo importados. Selecionamos três insumos da caatinga, três da mata atlântica e dois do litoral do Nordeste. Um fator importante é que o ITCbio vai fornecer um selo de origem biotecnológica. Não se trata de indicação geográfica, mas um selo desenvolvido pelo ITCBio que irá atestar a qualidade e a origem dos insumos e dos produtos acabados. Quais os insumos que serão produzidos no sertão? Um dos insumos que selecionamos é o mel produzido na caatinga. O que ele tem de tão interessante? Essa é uma região muito árida, muito agressiva para as pessoas e para as plantas. Fazendo um comparativo, podemos imaginar que ao estar num ambiente hostil, a pessoa fica preparada para se defender a qualquer momento. Na caatinga, que tem alto estresse solar, baixa quantidade de água e competitividade por nutrientes no solo, as plantas também precisam se defender. E elas se defendem produzindo compostos para que possam se manter vivas por mais tempo, para ter uma reserva nutritiva necessária para crescer. Esses compostos apresentam maior índice de oxigenação nos seus componentes. Isso significa que eles têm um potencial antioxidante fantástico contra radicais livres. O Nordeste tem esse potencial em relação às outras regiões do Brasil. Por exemplo há um estudo mostrando que a pitanga nossa

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tapete voador

Cais do Sertão ganha programação infantil no mês de julho

Projeto gratuito do grupo Tapete Voador promete, além de pocket show, poesia e contação de histórias, uma verdadeira viagem às origens do povo do Sertão. A cultura, a música e as crenças do Sertão Pernambucano serão apresentadas de forma interativa para o público infantil, pelo grupo Tapete Voador, durante todas as terças de julho (05, 12, 19 e 26), no Museu Cais do Sertão. Intitulado “Um Cais de Histórias”, além de pocket shows, apresentações e contação de histórias, o projeto levará o público em uma viagem às origens do povo Sertanejo. O tour é completamente gratuito e acontece das 15h às 16h. A intervenção ocorre dentro da Exposição “O Mundo do Sertão”, na qual o grupo formado pelas artistas Mila Puntel, Bruna Peixoto e os artistas convidados Manoel Malaquias e Kika Farias irão oferecer uma visita aos territórios temáticos contidos na mostra, recitando poemas, canções e histórias. No final de cada visita, o grupo também apresenta o Pocket Show “Reza a Lenda”, com lendas cantadas e contadas em Pernambuco. Todas as apresentações contam com a presença de uma intérprete de Libras e, duas delas, serão exclusivas para o público com deficiência auditiva. “Esse projeto tem um valor muito grande para nós, pois além de se tratar de uma temática tão importante para as crianças e público geral, é também, o reconhecimento e valorização das histórias, da cultura e das origens sertanejas. Estamos muito felizes e emocionadas em vê-lo nascer”, comenta Mila Puntel, uma das idealizadoras do projeto. “Um Cais de Histórias” acontece com Incentivo do Governo do Estado de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura, com apoio da CEPE Editora e do Cais do Sertão. A entrada está sujeita a lotação do espaço. SERVIÇO: CAIS DO SERTÃO SE TRANSFORMA EM “UM CAIS DE HISTÓRIAS” PARA A CRIANÇADA DURANTE AS TERÇAS DE JULHO Durante as terças de julho (05, 12, 19 e 26), das 15h às 16h No Museu Cais do Sertão Entrada Gratuita

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Fotografia Eliza Albuquerque

Sertão é tema de exposição no Recife com diversas expressões de arte

21 artistas compõem ‘Entre Sertão e Versos’, mostra que acontece no Bairro do Recife até o dia 27 de julho (Foto: Eliza Albuquerque) A galeria 180Arts, na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife, recebe até o dia 27 de julho a exposição "Entre Sertão e Versos”. A entrada é gratuita. A mostra coletiva apresenta obras de 21 artistas com recortes de sentimentos, arte, olhares e personalidade do povo sertanejo. “Memórias afetivas, cotidiano, terras abstratas, versos sobre imensidão, todas as expressões artísticas desta exposição formam um mapa poético da essência de vida que vibra sob as terras do Sertão”, conta Yasmin Batista, uma das curadoras da exposição. Para Gisele Carvallo, a outra curadora da mostra, o Sertão é sinônimo de vida que pulsa intensamente, histórias de luta, de amores, sorrisos e lágrimas. “Na terra, entre as pessoas, no sol que se põe magicamente, no céu estrelado que surge como tapete de reticências, reticências que faz o povo sonhar”, conta Carvallo sobre referências do recorte principal da obra. Diante dos olhos florescem esculturas, pinturas, fotografias e poemas que evocam histórias do Sertão. Os artistas da exposição são Adilson A. Silveira Júnior, Alexsandro S. Maior, Antonio Monteiro, Bella Soares, Cíntia M. da Silva, Diego de A. Martins, Eliza Albuquerque, Flávio H. Nascimento Miranda, Jacira Nascimento, Josiane Nardaci Rodrigues, Kallynny B. Marinho Carvalho, Mariane Paiva, Mayssa L. C. C. Leão, Nilo dos Anjos, Noilton Pereira, Paulo Romão, Pollyanna Queiroz, Romulo Barros, Silvana de Andrade, Vivian Matias dos Santos e Wilder Barros. SERVIÇO: Exposição coletiva Entre Sertão e VersosQuando: até 27 de julhoOnde: Galeria 180Arts, rua da Guia, 207. Bairro do RecifeVisitação:Quarta a sexta: das 10h às 12h e das 14h às 18hSábados e domingos: das 14h às 18hEntrada: gratuita

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Amaury Cantilino

"O sofrimento ansioso pode ser duradouro em demasia e vir acompanhado de uma constelação de sintomas"

Presidente da Sociedade Pernambucana de Psquiatria, Amaury Cantilino, foi um dos entrevistados da edição 195.3 da Algomais sobre a epidemia de ansiedade que atormenta a população. Nesta conversa com o repórter Rafael Dantas, o psiquiatra alerta para os ricos dos transtornos relacionados à ansiedade e sobre como lidar com eles. Sobre a ansiedade: o que é normal e o que não é tolerável? Quando podemos identificar se ela chegou em um nível preocupante para a saúde? A ansiedade normal tende a ser útil para o indivíduo. Ele acaba se precavendo de situações adversas do futuro, consegue evitar desfechos negativos, se mobiliza para resolução de problemas. Claro, sem desconsiderar que todos nós temos, de fato, limites. A ansiedade patológica atrapalha, paralisa, faz com que o indivíduo superestime os riscos e subestime as suas capacidades de enfrentamento de problemas. Se, na maioria das vezes, a ansiedade prejudica a pessoa, ao invés de ajudar na produtividade, é sinal de que algo deve ser feito. A OMS tem falado de uma epidemia de ansiedade, dentro desse contexto de pandemia da Covid-19. Como a pandemia contribuiu para o aumento dos casos de ansiedade? O estresse é gerador de ansiedade e a pandemia nos deu vários motivos para preocupação. A COVID com seus lutos e sequelas, as perdas financeiras, o desemprego, a mudança na rotina de trabalho, dentre outros inúmeros fatores, todas as indefinições deste período nos deixaram num alerta constante. O ser humano se sente mais confortável com o que lhe é previsível. Da incerteza germina a apreensão. A economia do País - com o risco do desemprego e a perda do poder de compra - são fatores importantes para o estresse da população de maneira geral e da classe média? A falta de emprego pode ser particularmente perturbadora. Em qualquer classe social, com o tempo, a pessoa se habitua a um determinado padrão de consumo. Já foi dito que “quanto mais você tem, mais você tem com o que se preocupar”. É o apego, o medo atávico da privação. Todos nós temos em maior ou menor intensidade. A queda da renda exige adaptações que nem todos conseguem assimilar. No país em que vivemos, onde a pobreza e as dificuldades de acesso ao básico ainda são tristes realidades para uma parcela significativa da população, não surpreende que as pessoas tenham essa aflição constante. O que é possível fazer para minimizar ou prevenir as situações mais críticas da ansiedade (já que muitos fatores geradores da ansiedade são absolutamente externos ao indivíduo)? Quando é o momento de buscar um profissional para apoio? Quando a situação deve ser direcionada a um psicólogo e quando deve ser orientado um psiquiatra? Embora boa parte dos fatores geradores sejam externos ao indivíduo e ninguém seja completamente livre, da mesma forma, ninguém é integralmente aprisionado pelas circunstâncias. Todos temos um campo de ação e, neste espaço, podemos fazer escolhas que nos conduzam a um estilo de vida mais próximo ao que nos propicia equilíbrio. Outro aspecto relevante é sempre ter a consciência de que, no mais das vezes, como diria a minha avó, “não há mal que sempre dure, nem bem que nunca se acabe”. O sofrimento agudo, na grande maioria das vezes, é passageiro. No entanto, para algumas pessoas, esse sofrimento ansioso pode ser duradouro em demasia e vir acompanhado de uma constelação de outros sintomas como insônia, irritabilidade, crises repetitivas de taquicardia, tremores, falta de ar, etc. Ele pode se constituir numa síndrome que requer tratamento. Normalmente deve-se pensar numa consulta psiquiátrica quando ele é significativamente intenso a ponto de prejudicar sobremaneira o funcionamento social, familiar, acadêmico ou ocupacional. Atualmente, há medicamentos bastante seguros e eficazes para tratar os chamados transtornos de ansiedade, assim como diversas modalidades de psicoterapia, além de meditação, atividades físicas, etc. que podem conjuntamente promover uma melhor qualidade de vida para o indivíduo atormentado com a ansiedade.

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fenearte

Fenearte 2022 faz homenagem ao Movimento Manguebeat

Entre 6 e 17 de julho, maior feira de artesanato da América Latina celebra os 30 anos do Manguebeat, movimento que revolucionou a cena artística-cultural de Pernambuco e reverbera até hoje Com um intervalo de sete meses da realização da sua última edição, a Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) volta a acontecer no seu calendário tradicional.  Com 12 dias de duração, de 06 a 17 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, o evento presta homenagem ao Manguebeat, um dos grandes acontecimentos da década de 1990 no Brasil, uma revolução cultural que eclodiu em Pernambuco e seu legado identitário reverbera até hoje. Com a imagem-símbolo de uma antena parabólica fincada na lama e outra no que acontecia ao redor do mundo, o movimento misturou o regional ao que era mais pop, articulou as manifestações culturais da periferia do Grande Recife e conseguiu conectar a cultura popular com expressões globais. , Como a principal bandeira do Manguebeat é a diversidade cultural, ao promover o diálogo entre os saberes ancestrais e as expressões do movimento, a Fenearte amplia a audiência, forma novos públicos e permite diferentes articulações e aprendizados.  Nesta edição histórica, a Feira enaltece a riqueza cultural do artesanato e o seu potencial de negócios com uma extensa programação: salões de arte, desfiles de moda, oficinas gratuitas, rodas de conversas, shows, decoração, gastronomia, atividades infantis e muito mais.  Este ano marcam presença cerca de 5 mil expositores distribuídos em 700 espaços, em uma área de 30 mil m². Com investimento de R$ 7 milhões, o evento vai gerar cerca de 2,5 mil postos de trabalho temporário e tem uma expectativa de movimentação financeira de R$ 40 milhões. Sempre muito concorrida, esta vigésima segunda edição espera atrair mais de 200 mil visitantes. A Fenearte é a maior vitrine de produção artesanal da América Latina e chega à 22ª edição com recorde de inscrições e fôlego na retomada. Atuando como importante instrumento de fomento à diversidade da economia criativa, juntamente com o Centro de Artesanato de Pernambuco - entre outras iniciativas do Governo do Estado – é a principal plataforma de geração de negócios do setor. Tem o reconhecimento do IPHAN, por meio do prêmio Rodrigo Melo Franco, como uma iniciativa de preservação do patrimônio cultural imaterial, reconhecimento importante por valorizar e difundir os saberes tradicionais. A Fenearte é uma realização do Governo do Estado, Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDEC) e da Agência de Desenvolvimento de Pernambuco (Adepe). PERNAMBUCO –Considerando a pluralidade da produção artesanal do Estado, a robusta participação de Pernambuco na Fenearte é de 80 %.  Esta força criativa é ressaltada na Alameda dos Mestres pelos 64 artistas provenientes de todas as regiões pernambucanas. “A Fenearte é uma das maiores feiras do País. É a retomada do desenvolvimento econômico do Estado com a realização de uma das maiores ações de política pública para o artesanato. Mas não só. É o entendimento da riqueza e dimensão cultural que temos, que envolve vários setores culturais que são estruturais para a movimentação da economia criativa. É cultura como eixo do que gera renda, emprego e movimenta a economia; assim como legitima e preserva a identidade e saberes do nosso povo”, detalhou a coordenadora da Fenearte e diretora de Economia Criativa da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Adepe), Márcia Souto. A Fenearte renova-se a cada montagem, ampliando seu escopo e alcance. Entre os destaques deste ano estão: ●   Exposição Comemorativa - Mercado Pop; ●   Programação artística com Patrimônios Vivos e apresentações de influências do Manguebeat ●    Participação do SOM na Rural apresentando o mais instigante da cena atual; ●   Restaurante da Casa dos Frios no mezanino celebrando 64 anos deste patrimônio pernambucano; ●   Cozinha Fenearte com aulas gastronômicas ministradas por 16 chefs pernambucanos; ●   Rodas de Conversas no Espaço Janete Costa e a presença de 3 artesãos de Minas Gerais; ●   130 oficinas gratuitas somando 1.300 vagas; ●   Ampla programação cultural com desfiles de moda, shows, três salões de arte e acessibilidade permeados por uma grande homenagem ao Movimento Manguebeat. Detalhamento da 22ªFenearte CENOGRAFIA- Passados 30 anos as referências do Manguebeat perpetuam sua existência e tomam conta do pavilhão do Centro de Convenções: no clima, na estética, na trilha sonora e nas metáforas propostas. Logo na entrada o público será convidado a mergulhar neste universo por meio da cenografia monumental assinada pelo arquiteto Carlos Augusto Lira e projeto visual ilustrado pelo designer André Rebouças. Um dos destaques da expografia é a reprodução de uma compilação de símbolos da linguagem Mangue aplicada na fachada do pavilhão do Centro de Convenções e na série de pórticos e lustres que acolhem e iluminam a Alameda dos Mestres. Também haverá um grande painel de LED no qual serão projetados registros da raiz efervescente do movimento e seus colaboradores. ALAMEDA DOS MESTRES – O magistral abre-alas do evento dá boas-vindas aos milhares de visitantes reunindo 64 mestres artesãos pernambucanos. Esses reconhecidos expoentes, provenientes de diversas regiões do Estado, carregam a sabedoria de transformar matérias-primas em arte, cultura e identidade. Por meio de suas habilidades passadas de geração em geração, mantêm viva a diversidade da arte popular de Pernambuco e escrevem a nossa história com as mãos cheias de talento, força e dedicação. Entre os mestres da Fenearte deste ano, estarão a rendeira Dona Odete, de 94 anos, que há mais de 70 trabalha na confecção da renda renascença e o mais jovem representante da Ala, Mestre Gilson, de 41 anos. Com os primeiros passos na arte com apenas oito anos de idade, o escultor de Lagoa Grande é conhecido como “o caba do tatu” na região onde mora. PASSARELA FENEARTE – A Feira também tem na sua programação um destaque para a produção pernambucana de moda autoral. Por meio do espaço Passarela Fenearte, que fica no mezanino do pavilhão do Centro de Convenções, estudantes de moda, estilistas locais e projetos sociais apresentam suas coleções especialmente elaboradas para esta edição do evento tendo o Manguebeat como inspiração. A agenda de desfiles começa no sábado (9), às 19h, com a caprichosa apresentação dos criativos expositores da Loja de Moda Autoral de Pernambuco. Ao longo da programação serão 15 desfiles até o dia 16/07. 09/07   10/07 11/07 12/07 13/07

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sangue doce capa

Siameses de um só coração

*Por Paulo Caldas Do arsenal de virtudes guardadas na escrita de Ricardo Braga e presentes neste “Sangue Doce”, sobressai a forma elegante, atraente, distante da habitual mesmice com que são comumente abordados dramas do cotidiano. O autor faz uso do notável poder de observação e o transpassa para as letras, frases, parágrafos, na composição das cenas construídas sobre cenários autênticos, realçando o sentimento de quem está ali, junto, vivenciando par e passo, inclusive, intimidades com os protagonistas. Em meio a enlaces e desenlaces, razão e emoção, ternura e conflitos nascem, siameses de um só coração, casos amorosos do universo conjugal (oficiosos ou de papel passado). Em momentos intimistas ou não, o autor encara ainda a dura realidade de temas gestados na aflição das carências sociais mais comuns, naturais deste país tropical, outrora abençoado por Deus.   Apoiado sobre um alicerce feito de sentimentos, o livro recebeu tratamento visual de Ricardo da Cunha Melo, concepção de capa de Rodrigo Braga e trabalho gráfico da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). Os exemplares podem ser adquiridos pelo WhatsApp  81.9.93762725. *Paulo Caldas é Escritor  

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